Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Radiologia Digital A radiologia digital é o ramo do diagnóstico médico que emprega sistemas computacionais nos diversos métodos para a aquisição, transferência, armazenamento, ou simplesmente tratamento das imagens digitais adquiridas. A evolução da computação, especialmente na área médica, permitiu um enorme avanço no diagnóstico por imagem. A partir de modernos sistemas computacionais desenvolvidos em plataforma apropriadas de tratamento gráfico tornou-se possível uma gama de aplicações que vão, desde uma simples medida linear, até um complexo modelo de apresentação tridimensional. Os mecanismos de comunicação, transferência de arquivos e armazenamento de informações, possibilitou ainda o estabelecimento do trabalho em rede onde, equipamentos conectados entre si, passaram a trocar informações do paciente, de exames, de protocolos, ou simplesmente passaram a fazer armazenamento de imagens e documentação radiográfica em impressoras laser. O ambiente de rede comum nos serviços de diagnóstico por imagem é conhecido pela sigla “ RIS” ( Radiology Information System). A rede RIS apresenta melhor eficiência, quando conectada ao Sistema de Informações do Hospital – “HIS” (Hospital Information System). Com o auxilio de redes de transmissão de alta velocidade ou mesmo via INTERNET, tornou-se possível o envio de imagens para equipamentos localizados em pontos distantes do serviço de origem. Este tratamento da imagem digital constitui a base da Teleradiologia. A comunicação entre os equipamentos de diagnóstico por imagem e estações remotas, tornou-se possível graças ao desenvolvimento de redes de computação de longa distância (WAN – Wide Área Network) e de softwares modernos de transmissão de dados. A partir do uso da teleradiologia, hospitais, clínicas ou mesmo residências particulares localizadas em pontos distantes passaram a receber arquivos de imagens permitindo a seus usuários um tratamento interativo à distância, abrindo novas perspectivas para o tratamento das imagens com fins diagnósticos. O Computador. O computador usa o sistema binário de informações como base numérica para interpretação e execução das suas funções. O elemento básico de informação é o bit (binary integer), unidade que admite o estado lógico “um “ ou “zero” ( ON / OFF ). A ordem de execução de uma tarefa a um computador é dada através do “Byte “. O byte, por sua vez, é a informação contida num conjunto de 8 bits. Os computadores podem receber ordem a partir de 8 bits (1 Byte), 16 bits (2 bytes) , 32 bits ( 4 bytes ) ou mesmo 64 bits ( 8 bytes ). A CPU ( Central Processing Unit ) A CPU é o principal processador das informações. A velocidade com que uma CPU trabalha os dados é fundamental, particularmente na radiologia digital que lida com imagens médicas, muitas vezes, de alta resolução. Velocidade de alguns processadores em MIPS ( Milhões de Instruções por Segundo) 2 Memória: Memória RAM : (Random Access Memory ) Os computadores utilizam-se dispositivos que armazenam informações como “bits”, por meio de capacitores, semicondutores e transistores, denominados de memória RAM. A memória RAM contém os programas que fazem o computador funcionar e só está disponível quando o equipamento está ligado. Sinal Analógico: Os sinais analógicos são transmitidos de forma contínua e periódica. A propagação do som é um exemplo típico de sinal analógico. Propagação da energia Sinal Digital: Os sinais digitais são transmitidos de forma discreta, isto é, em valores absolutos, e podem facilmente ser manipulados por computador. Neste caso os valores discretos são transformados em dígitos e convertidos no sistema binário. Os sinais digitais constituem o princípio da formação das imagens digitais. Conversão do sinal analógico para digital. A conversão dos sinais analógicos para digitais deve obedecer ao Teorema de Nyquist. Diz o teorema que para a representação em valores discretos de um sinal analógico periódico devemos obter no mínimo duas amostras do sinal por período. Sinal Analógico Sinal Digital Um número de amostras inferior ao proposto por Nyquist seria incapaz de reproduzir com fidelidade a informação analógica. Número de amostras superior ao proposto produz excesso de informação (overrange). Imagem Digital As imagens geradas nos diferentes equipamentos de diagnóstico por imagem,podem ser reconstruídas a partir da transformação de um número muito grande de correntes elétricas em dígitos de computador formando uma imagem digital. A imagem digital é apresentada em uma tela de computador ou filme radiográfico na forma de uma matriz formada pelo arranjo de linhas e colunas. Na intersecção das linhas com as colunas forma-se a unidade básica da imagem digital, o Pixel (picture element). Para que a imagem digital possa interpretada como a imagem de um objeto ou de uma estrutura anatômica os dígitos de cada pixel da imagem são convertidos em tons de cinza numa escala proporcional a seus valores. A imagem digital final será o resultado do arranjo de uma grande quantidade de 3 pixels apresentando tonalidades diferentes de cinza e formando no conjunto uma imagem apreciável. Características: Pixel O arranjo de linhas e colunas forma a matriz da imagem digital. Quanto maior a quantidade de linhas e colunas menor será o pixel e conseqüentemente a imagem final apresentará melhor resolução, no entanto, não necessariamente melhor qualidade, pois os sinais provenientes de pixels de pequenas dimensões apresentam grande quantidade de ruído eletrônico, prejudicando as imagens que passarão a se apresentar com aspecto granulado. Matrizes usuais de imagens digitais em diagnóstico. Simétricas Assimétricas MN 64 x 64 64 x 32 MN/RMN 96 x 96 128 x 96 MN/RMN 28 x 128 256 x 192 MN/RMN 192 x 192 MN/RMN/CT 256 x 256 CT/RMN/ASD 512 x 512 512 x 256 CT/ASD/ RD 1024 x 1024 RD 2048 x 2048 As imagens digitais poderão ainda se apresentar com resolução diferente da que foi adquirida. Com ajuda do computador e pela técnica de interpolação de dados, uma imagem inicialmente adquirida com matriz 192 x 192 poderá ser apresentada como de matriz 256 x 256. Neste caso o preenchimento dos pixels será calculado com base nas informações disponíveis na memória do computador. Em ressonância magnética a técnica de interpolação de dados reproduz imagens em matriz com resolução de até 1024 x 1024. 4 Voxel Em tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear as imagens representam as estruturas anatômicas em “cortes” ou “fatias”. A espessura do corte está relacionada com a profundidade da imagem. O cubo de imagem formado pelo pixel mais a espessura do corte que representa (profundidade) é denominado VOXEL (Elemento de volume). O voxel poderá ser isotrópico, quando apresentar as mesmas dimensões entre a sua largura, altura, e profundidade ou, anisotrópico, quando essas medidas forem diferentes. Voxel Isotrópico Voxel Anisotrópico O conjunto de imagens utilizado na preparação de modelos tridimensionais ou de reformatação multiplanar, deverá, tanto quanto possível, se aproximar do modelo isotrópico. Com os modelos isotrópicos obtemos imagens de reconstrução ou reformatação com qualidade comparável as imagens adquiridas originalmente. Modelo Isotrópico Modelo Anisotrópico Os diversos métodos de diagnóstico que trabalham com imagem digital, necessitam fazer uma conversão da imagem analógica, para a linguagem compreendida pelos computadores, o sistema binário de informação. O dispositivo responsável pela transformação dos sinais da imagem em equivalente no sistema binário é o ADC (Analog to Digital Converter). Este dispositivo tem por finalidade converter a voltagem correspondente a um ponto em particular do objeto em dígitos de computador. As informações presentes na curva senoidal da voltagemsão transformadas em amostras que obedecem ao princípio da freqüência de Nyquist. 5 DAC – Conversor Digital Analógico Nos sistemas digitais, os dados brutos armazenados pelo computador, serão processados pelo dispositivo conhecido por DAC (Digital Analog Converter), que se encarregará de atribuir aos diferentes dígitos o correspondente de uma escala de cinzas. Após o devido processamento esta imagem estará disponível para ser apresentada na forma de uma matriz de escala de cinzas, em um terminal de vídeo, impressora, ou mesmo, filme radiográfico. Qualidade da imagem digital. O ruído é o principal fator que afeta a qualidade de uma imagem digital. O ruído pode ser definido como um artefato eletrônico e se caracteriza pela presença de “granulação”na imagem. Depende de vários fatores: Detectores: Os detectores são responsáveis pelo ruído quântico, resultado da interação do fluxo de fótons do feixe com o material sensitivo dos detectores. Eficiência na digitalização: Eficiência na conversão dos sinais analógicos na codificação binária. Depende diretamente da eletrônica utilizada no equipamento. Magnificação: Diminuindo-se o campo de visão, diminui a densidade de fótons, o que, aumenta o ruído. Resolução da imagem A resolução da imagem digital está relacionada com a matriz. Quanto maior o arranjo da matriz melhor será a resolução da imagem. O tamanho do pixel varia em função do campo de visão utilizado. A resolução da imagem pode ainda ser definida em linhas por mm (Lp mm-1) especialmente nas imagens apresentadas em telas de computador. A mamografia digital 18 x 24 cm necessita de uma matriz 2048 x 2048 para fornecer uma resolução de aproximadamente 0.1 mm. Processamento das imagens digitais A grande vantagem da imagem digital está na possibilidade do seu processamento, alterando-se, com técnicas simples de computação, o realce dos contornos, a suavização das imagens, magnificação, inversão de cores, etc... Imagens Digitais nos atuais Centros de Diagnóstico por Imagem. A tecnologia digital implementada nos últimos anos, permitiu que as imagens produzidas nos atuais centros de diagnóstico pudessem ser trocadas ou, simplesmente enviadas para diferentes equipamentos, estações de trabalho, ou mesmo, diferentes setores em uma unidade hospitalar, como por exemplo, entre o setor de diagnósticos e a unidade de terapia intensiva. 6 Este trabalho, no entanto, nunca foi de fácil implantação, dado ao tamanho dos arquivos gerados pelas imagens digitais, onde, muitas vezes, nos deparamos com exames que apresentam um número muito grande de imagens. Outro fator de limitação está relacionado com a velocidade de transmissão de dados. Se os dados forem transmitidos a velocidades baixas este procedimento poderá não ser viável. Sistema DICOM Com objetivos de unificar os arquivos de imagens e facilitar a manipulação e transferência desses arquivos entre os diversos equipamentos e setores de um hospital, o American College of Radiology – ACR, em conjunto com o National Electronics Manufacters Association – NEMA - criou no ano de 1993 um protocolo de imagens médicas denominado DICOM. O sitema DICOM – Digital Image and Communications in Medicine, é um protocolo que permite a manipulação e transferência de imagens usadas em medicina, entre diferentes equipamentos. Uma imagem arquivada em modo Dicom pode ser manipulada, modificada, ou mesmo transferida, para qualquer estação de trabalho compatível com este protocolo. Workstation A worskstation (estação de trabalho) é o posto onde se processam as imagens digitais com diversas finalidades, destacando-se: Reformatações multiplanares Reconstruções 3D (Tridimensionais) Reconstruções vasculares Medidas lineares, de ângulos, e de volumes. Análise de densidades. Adição ou subtração de imagens Análises funcionais. Outras. Reconstruções vasculares. As reconstruções vasculares normalmente são obtidas na tomografia computadorizada após injeção de meio de contraste. O tempo exato de obtenção dos cortes será fundamental para a qualidade final do modelo vascular. Os cortes primários deverão ser adquiridos no momento de maior concentração de contraste no interior dos vasos, tornando a luz destes, intensa ao monitor. Em RMN nem sempre será necessário o uso de meio de contraste. Neste método, diferentes técnicas podem tornar o sangue no interior dos vasos hiperintensos quando visualizados ao monitor. As reconstruções vasculares estão relacionadas principalmente com os pixels que apresentam grande intensidade de sinal. A técnica utilizada para este fim é conhecida por MIP ( Maximum Intensity Pixel ) e está relacionada com a reconstrução de modelos que colocam em evidência apenas os pixels com sinal intenso. A reconstrução do modelo vascular segue os mesmos princípios da reconstrução tridimensional. Neste caso, em particular, as funções de corte e filtro dos modelos serão muito importantes, uma vez que, só os vasos interessarão. Em tomografia computadorizada os pixels que representam as estruturas ósseas se apresentam intensos à imagem tornando-se difíceis de separá-los das imagens dos vasos contrastados. 7 ANGIO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Aorta – TC Aorta - TC Antes do Tratamento Após Tratamento Angio Tóraco-Abdominal CTCoração 3D – CT Angio Cerebral - CT 8 ANGIO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (MultiSlice) Coração CT - Multi-Slice Pericárdio/Brônquios - Multi-Slice 9 A Radiografia Computadorizada ( Raio-X Digital ) A documentação digital das exposições radiográficas tornou-se possível, graças ao desenvolvimento de potentes sistemas de computação dotados de grande capacidade de armazenamento de dados. O maior desafio da digitalização das imagens radiográficas convencionais é permitir alta definição e grande capacidade de resolução dessas imagens. É preciso lembrar que as imagens nas radiografias convencionais são obtidas pelo enegrecimento de microscópicos cristais sensibilizados por fótons de raios-x. Para que a imagem digital pudesse ser utilizada para fins diagnósticos seria imprescindível o uso de matrizes de alta definição, assim, observamos radiografias digitais com matrizes variáveis entre 2000 x 2000 à 4000 x 4000. Estas imagens ocupam grande espaço na memória dos computadores e demandam tempo para serem transmitidas à estações remotas. O desenvolvimento da computação e a redução dos custos dos equipamentos tornou viável a digitalização da radiologia convencional, de forma que, cada vez mais, observamos a incorporação desta tecnologia nos atuais centros de diagnósticos hospitalares. As principais vantagens no uso desta tecnologia são: Maior latitude de exposição. Redução da dose de exposição no paciente. Possibilidade de pós processamento das imagens. Armazenamento das imagens. Disponibilização das imagens em redes de computação. Latitude de exposição: A latitude exposição está relacionada com a faixa de energia necessária para produzir a imagem radiográfica. A energia necessária para produzir essas imagens são definidas pelos fatores de dosagens conhecidos por kV (Kilovolt) e mAs (Mili- ampére/segundo). Redução da dose de exposição: Principalmente em função da maior latitude de exposição tornou-se possível a redução da dose no paciente. A possibilidade de armazenamento e pós processamento permite a impressão de duplicatas da imagem sem a necessidade de re-exposição no paciente. Pós-processamento das imagens: Uma vez armazenada na memória do computador as imagens poderão ser processadas de forma a colocar em evidência diferentes estruturas, assim como; ossos e partes moles; partes moles e estruturas aéreas; etc. No pós-processamento é possível ainda a ampliação da imagens, inversão do sinal de vídeo, anotações, medidas lineares, ângulos,etc... Armazenamento das imagens: 10 Outra grande vantagem da radiografia computadorizada é a possibilidade de armazenamento da imagem como um arquivo de computador, podendo esta ser impressa quantas vezes forem necessárias. Disponibilização das imagens em rede: Talvez a principal vantagem da radiografia computadorizada está no fato de poder ser disponibilizada para uso em redes de computação. Um vez disponibilizada em rede a imagem poderá ser compartilhada simultaneamente por diversos usuários, assim como, o médico do paciente e o médico radiologista, ou ainda permitindo que um terceiro profissional em qualquer lugar do mundo possa emitir um parecer. É preciso considerar no entanto que, embora os custos de implantação de um sistema computadorizado de imagens tenha diminuído muito nos últimos anos, o acesso a esta tecnologia ainda não faz parte da nossa realidade, assim, levaremos ainda algum tempo, até que possamos conviver com este novo momento. A Radiografia Computadorizada A imagem radiológica digital é obtida a partir de placas digitais detectoras que substituem os chassis convencionais. Na prática essas placas apresentam as mesmas dimensões dos chassis convencionais. Os chassis digitais apresentam duas constituições básicas: Dispositivo fósforo-armazenador. Conversor ópto-eletrônico. Dispositivo fósforo-armazenador (Ecran Digital) As placas que utilizam ecran fósforo-armazenador (ex.: iodeto de césio) armazenam a energia recebida do feixe de raios-x. Posteriormente esta placa, ou chassi digital, é levada a um dispositivo do sistema conhecido por unidade leitora digital, de onda são extraídas as informações e enviadas para a memória principal do computador. Após o processo de coleta das informações armazenadas no chassi digital, o écran responsável pelo armazenamento, sofre um processo de escaneamento LASER, limpando a sua área, e tornando-o assim, disponível para uma nova exposição. Registro Digital Dispositivo Opto-eletrônico Escaneamento Digital 11 Em alguns sistemas digitais o chassi pode estar constituído por uma superfície de silício que atua como um conversor opto-eletrônico, levando a informação obtida do feixe de raios-x diretamente ao computador principal. No computador os dados obtidos são trabalhados em processo “ look-up- table” e “ windowing” e apresentados na tela do monitor. A imagem visualizada na tela poderá ser processada e disponibilizada para arquivo, uso em rede, ou, impressão em filmes LASER. Leitora Digital Tratamento da Imagem Radiografias Digitais 12 Mamografia Digital Raio-X mamográfico convencional. Raio-X mamográfico digital. Posicionador Estereotático. Workstation. Posicionamento convencional da mamografia. Raio-X mamográfico convencional. O sistema de raios-X Senographe-DMR consiste de tubo de raios-x com dupla pista focal (molibdênio / ródio ). O controle da exposição pode ser manual ou automático. No controle automático utiliza-se as funções: AEC ( Automatic Exposure Control ), e AOP (Automatic Optimization Parameters ). Outros ajustes feitos pelo operador estão relacionados com: Escolha da pista focal: Molibdênio ou Ródio. Escolha da filtragem adiconal: Molibdênio, Ródio ou Alumínio. Ponto Focal: 0,1 mm ou 0,3 mm. Faixa de KV. A pista focal de molibdênio é a mais indicada para as mamas com grande quantidade de tecido adiposo e as de pequena espessura ( faixa de kV 25 à 29 ). O ródio é mais indicado nas mamas densas ( Faixa de kV entre 28 / 35 ). Raio-X mamográfico digital. A utilização da documentação digital é um procedimento adotado em conjunto com as técnicas de marcação estereotáxica e agulhamento. O chassis digital está permanentemente acoplado ao sistema, permitindo que a dose seja controlada manualmente ou pelo recurso AES ( Automatic Exposure Settings ). O controle automático de exposição poderá ainda ser ajustado de acordo com as características da mama: MEAN: Recomendado para mamas com 50% de tecido glandular e 50% de tecido adiposo. ADIP: Para mamas com grande quantidade de tecido adiposo. DENS: Para mamas com tecido glandular denso. O chassis digital possui dimensões de 18 x 24 cm e contém no seu interior os 13 sensores eletrônicos responsáveis pela conversão da radiação em correntes elétricas interpretáveis pelo computador. Após a interação da radiação com o chassis digital a imagem estará disponível na workstation em cerca de 15 segundos. Mamógrafo “Gantry” Estação digital “SENOVISION” Posicionador para Estereotaxia. O posicionador para estereotaxia encontra-se acoplado à workstation. No momento da aquisição das imagens estereotáxicas o posicionador é instalado junto ao gantry. Após as orientações à paciente, obtém-se um conjunto de 3 radiografias. Este dispositivo suporta até 20 kg. Armazenamento e Rede de conexão. O armazenamento das imagens poderá ser feito em Discos Ópticos, CD-R, Fitas Magnéticas, etc. A transferência das imagens é ser feita no protocolo DICOM. Estereotaxia Princípios: Estereotaxia é um processo que permite a localização espacial de uma estrutura interna, não visualizada, com máxima precisão, usando-se para tanto, de um par de estereoradiografias. Com a ajuda de um sistema de computação é possível localizar uma estrutura de interesse em um modelo tridimensional segundo os eixos X, Y e Z. As dimensões X e Y são facilmente identificadas na radiografia. Já o cálculo da profundidade da estrutura de interesse representada pela dimensão “Z”, é calculada pelo computador a partir das informações obtidas em um par de estereoradiografias. De posse das informações obtidas nas três projeções o computador calcula a localização da estrutura de interesse inclusive com relação à sua profundidade. A partir de então o próprio sistema se encarrega de orientar a localização e definir a profundidade de introdução de agulhas próprias para biópsias ou de marcação. 14 Normalmente este procedimento guia as punções utilizadas nos procedimentos de biópsias citológicas e/ou histológicas, sendo também utilizado na marcação pré- operatória. Tipos de Exames 1. Citológico FNA ( Cytology ) O exame citológico é feito com uma agulha fina de punção (FNA- Fine Needle Aspiration ). Neste exame, uma amostra da região de interesse é coletada de forma estereotáxica. O material coletado seguirá para um estudo anátomo-patológico em laboratório. 2. Histológico CORE BIOPSY ( Histológico ) O exame histológico por CORE Biopsy, refere-se ao procedimento para obtenção de amostras de tecidos a partir da punção por agulhas de grosso calibre. O material coletado, neste caso em maior quantidade, também será analisado em laboratório. 3. Marcação Pré-operatória. O procedimento de marcação pré-operatória, ou agulhamento, consiste em identificar o exato local de uma lesão no(a) paciente a partir da fixação de fios metálicos radioopacos orientados pela estereotaxia . Normalmente, após este procedimento, o(a) paciente deixa o serviço de imagem e se dirige para o centro cirúrgico a fim de extrair a área marcada. O sistema senovision permite a marcação estereotáxica para mamas com espessura até 10 cm sob compressão. Os procedimentos de marcação, punção, ou biópsia, devem ser precedidos de uma orientação detalhada ao paciente. Estes procedimentos geram muita apreensão e ansiedade, e a colaboração do(a) paciente será fundamental para um resultado preciso. Durante as tomadas de imagens estereotáxicas o paciente deverá permanecer absolutamente imóvel. ANGIOGRAFIA POR SUBTRAÇÃO DIGITAL. Angiografia é a técnica utilizada para o estudo dos vasos. Quando o estudo visa os vasos arteriais o procedimento é denominado de arteriografia, se o objetivo for a imagem dos vasos venosos, a técnica recebe o nome de Flebografia ou Venografia. O estudo dos vasosna radiologia, iniciou em 1927, com a introdução de meio de contraste iodado no sistema circulatório pelo Prof. Egaz Moniz. Ainda hoje se faz angiografia pelo método convencional, no entanto, com o desenvolvimento da imagem computadorizada, o exame de angiografia pela técnica de subtração digital, tem sido mais utilizado. A ASD – Angiografia por Subtração Digital, apresenta inúmeras vantagens em relação ao método convencional, cabendo destacar: Redução da dose de exposição. Subtração das imagens indesejadas como os ossos. Possibilidade de armazenamento das imagens. Possibilidade de escolha das melhores imagens para documentação. Arquivo de imagens no padrão DICOM. Manipulação das imagens em workstations. Interligação do sistema de ASD com a rede RIS. O Sistema de Angiografia por Subtração Digital. 15 O sitema ASD está constituído basicamente de: “Gantry” em forma de intensificador de imagens. Gerador de alta tensão. Arco“C “, contendo o tubo de raios-x e o tubo Computador para armazenamento e processamento das imagens. Console de planejamento dos exames. Monitor digital. Dispositivo de arquivo. Console do Sistema ASD. Gantry em forma de Arco “C “. Princípios da Subtração Digital. A angiografia por subtração digital é uma técnica que utiliza recursos de computação para produzir imagens angiográficas de alta definição com subtração do tecido que não sofre impregnação pelo meio de contraste e que normalmente se superpõe aos vasos na radiografia convencional. O método consiste na obtenção de pelo menos duas imagens digitais sendo, uma primeira simples e, uma segunda, com meio de contraste administrado por via venosa ou arterial. O computador se encarrega de armazenar as informações digitais da primeira imagem para subtrair os dados comuns na segunda imagem, colocando em evidência apenas os vasos que foram impregnados com meio de contraste. As primeiras imagens obtidas servirão de máscaras no processo de subtração digital. Das imagens obtidas após a infusão do meio de contraste subtrai-se a máscara, colocando-se em evidência apenas os vasos contrastados. É muito importante que o paciente não se mova entre a realização da máscara e a obtenção das imagens pós contraste. Densitometria Óssea. 16 A densitometria óssea é o método de diagnóstico que avalia o grau de mineralização óssea do esqueleto ou de segmentos do esqueleto e, os seus resultados, são comparados com a densidade mineral óssea (DMO) da O estudo por segmentos é mais freqüente, sendo comum a avaliação da densidade óssea da coluna lombar e do quadril direito. A densidade mineral óssea é expressa em “ g/cm2 “ e representa a massa de cálcio expressa em gramas em uma área de 1 centímetro quadrado de tecido. Os valores obtidos junto à população e que representam a média populacional são importantes para as conclusões diagnósticas do médico radiologista. Esses valores precisam ser significativos, e isto requer cuidados na amostragem. Os valores precisam ainda estar distribuídos por faixa etária e peso, e considerar as características regionais da população. No Brasil os valores DMO da população estão relativamente bem definidos para as mulheres. O referencial para os indivíduos do sexo masculino ainda é feito com base nos valores da população americana. A quantidade de exames realizados em homens no Brasil ainda é muito baixa para se traçar um perfil confiável da média populacional. O exame de densitometria está especialmente indicado na avaliação da osteoporose, estado em que os ossos perdem cálcio, na osteopenia, estado em que ocorre redução do número de osteoócitos no tecido ósseo, e nas patologias em que está presente hipercalcificação. A osteoporose é uma doença que pode se manifestar sem etiologia definida ou de forma secundária associada a outras doenças. Hipotireoidismo, insuficiência renal e hepática, mielomatose, anemia, imobilizações prolongadas, são situações que podem desencadear estado de osteoporose. As mulheres em idade de menopausa e as pessoas que se encontram na terceira idade apresentam, não raramente, índices significativos de osteoporose. Normalmente a osteoporose é precedida da osteopenia. O exame de Densitometria Óssea. O método de densitometria óssea utiliza os raios-x em baixos níveis de exposição para obtenção de imagens anatômicas de uma região de interesse. Os resultados da exposição radiológica são analisados por programas de computador que medem, de forma indireta, o grau de atenuação do feixe de raios-x incidentes e estabelece comparações com os indivíduos da população. Dependendo dos resultados o indivíduo poderá ser enquadrado em faixas que variam de: “Acima da média” - “ Normal “ - “Abaixo da média”. Esquema de um equipamento de Densitometria Óssea. 17 O procedimento técnico: Como num exame radiológico de rotina, o paciente deverá retirar eventuais objetos metálicos que possam influenciar na atenuação dos raios-x. Com freqüência, o mesmo é solicitado a efetuar a troca de sua roupa por vestimentas hospitalares adequadas. Deve-se tomar o peso e a altura antes do posicionamento. Inserimos no computador os dados pessoais do paciente, informando inclusive o seu peso e a altura . A fase seguinte compreende a avaliação da densidade mineral óssea dos dois segmentos pesquisados. A avaliação é feita por programas específicos de computador. Os programas variam entre os diferentes fabricantes, contudo, avaliam o grau de atenuação ao feixe de raios-x dos diferentes segmentos estudados, comparando-os, com os resultados obtidos na média populacional. O exame documentado é apresentado ao médico radiologista que deverá proceder às suas conclusões diagnósticas, seguindo com a emissão do laudo densitométrico. O equipamento de Densitometria Óssea Vários equipamentos estão disponíveis no mercado. As características a seguir, se referem ao equipamento de densitometria óssea LUNAR – PRODIGY. Neste equipamento o campo de radiação é de 19,2 mm X 3,3 mm. O tempo de duração do scan é de aproximadamente 30 segundos, com dose de radiação absorvida em média de 3,45 mrads. O equipamento Lunar-Prodigy opera na faixa de 76 kV e corrente de tubo de 48 Apresenta corrente de tubo de até 5mA. Requisito mínimo da área física: 3,7 m x 3,7 m. Peso máximo do paciente: 136 kg. 18 Redes, no Centro de Diagnóstico por Imagem Rede de Computadores. A conexão de computadores em rede pode ser do tipo LAN (Local Área Network) redes de computadores numa área restrita ou, do tipo WAN (Wide Área Network ), conexão de computadores remotos dependentes de dispositivos de comunicação. Uma rede de computadores tem na sua estrutura um computador principal denominado servidor. O servidor normalmente possui um processador veloz e alta capacidade de armazenamento. É a partir dele que os computadores ligados buscam informações e trocas de instruções. As redes podem apresentar as seguintes estruturas: BUS Topology: Na estrutura BUS, os computadores, printers, work-stations são ligados em uma rede local. TOKEN RING Topology. Sistema de rede local caracterizado por ligação “circular “ incluindo todos os postos. Ethernet : Rede local desenvolvida pela XEROX com capacidade de manuseio de grande volume de informação. INTRANET: Rede local do tipo LAN utilizada em grandes empresas INTERNET : A rede internet é um exemplo de rede do tipo WAN. É a maior rede de computadores pessoais do mundo e amplamente conhecida pela sigla WWW (World Wide Web). Conecta milhares de PCs em todo o mundo , utilizando-se de protocolos próprios de comunicação principalmente o TCP/IP ( Transfer Control Protocol / Internet Protocol ). A conexão de um computador é feita a um servidor que se encarrega de redistribuir a comunicação para outros servidores, ou estabeleceruma conexão direta com o computador central. Empresas especializadas se encarregam deste trabalho e são conhecidas como provedores. Redes no Centro de Radiologia Os centros de diagnóstico por imagem possuem diversos equipamentos de imagem, processadoras, work-stations e computadores pessoais que ligados em rede formam o sistema de informações da radiologia, conhecido pela sigla RIS ( Radiology Information System ). As imagens existentes nos diferentes postos (NODES) num serviço de radiologia podem ser convenientemente transferidas utilizando-se do protocolo DICOM de imagens criado pelo Colégio Americano de Radiologia em associação com os fabricantes de equipamentos eletro-eletrônicos ACR/NEMA. 19 As imagens produzidas no centro de diagnóstico poderão ser exportadas para o sistema de informação hospitalar HIS ( Hospital Information System ). A integração RIS / HIS constitui a base do PACS. ( Picture Archiving Communications System ) , sistema de comunicação e arquivo de imagens radiológicas. RIS - Radiology Information System PACS ( Picture Archiving And Communication Systems ) O PACS é o último conceito no gerenciamento, arquivo e técnicas de transmissão de imagens digitais entre o serviço de diagnóstico por imagem e as diversas unidades hospitalares e na comunicação à distância junto à clinicas ou unidades remotas de computadores pessoais. O conceito do PACS introduz novas perspectivas no manuseio das imagens radiológicas apresentando como pontos de interesse: As imagens são disponibilizadas em terminais de computador, eliminando os gastos com filmes radiológicos. As imagens podem rapidamente ser transmitidas para estações distantes como as clínicas médicas particulares. As imagens podem ser armazenadas para posterior tratamento. A viabilidade do PACS teve início com o acordo firmado entre o American College of Radiology (ACR) e a National Electrical Manufacturer’s Association (NEMA) na criação, em 1993, de um protocolo comum de manipulação e arquivo de imagens radiológicas denominado DICOM (Digital Image Communication in Medicine ) A utilização do sistema PACS nos meios hospitalares ainda está longe do ideal. A capacidade de armazenamento de informações e a velocidade com que os dados são transmitidos exigem muito do sistema. Essas dificuldades técnicas, aliadas ao alto custo de implantação e manutenção da rede, constituem-se no principal fator limitante para sua ampla utilização. Apenas subsistemas do PACS encontram-se instalados na maioria das unidades hospitalares. 20 RMN RX WS C T I Hospital Enfermaria CT US Laser Residência Sociedade A imagens, antes de serem armazenadas, devem sofrer um processo de compressão para redução no tamanho dos arquivos gerados. Este procedimento no entanto, leva com freqüência, a uma redução na qualidade das imagens. A transmissão das imagens é também um fator preocupante. TELERADIOLOGIA Teleradiologia é o termo que designa a parte do PACS encarregada pela comunicação entre um sistema de imagem e um computador remoto conectado numa rede WAN ( Wide Área Network ). A teleradiologia atual, ainda se utiliza muita da rede Internet e dos softwares comerciais utilizados por esta rede. Alguns softwares disponíveis no mercado, permitem a transferência de informações no modo DICOM 3.0.
Compartilhar