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História e Preservação do Engenho Reinaldo Roesch em Cachoeira do Sul

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Prévia do material em texto

LOCALIZAÇÃO
BRASIL RIO GRANDE DO SUL
CACHOEIRA DO SUL
ENGENHO REINALDO ROESCH
MALHA URBANA
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De acordo com RITZEL (2012), a rua da primeira quadra da Rua 7 de
Setembro, entre os bancos Banrisul e o Unibanco, teve seu calçamento
decorado e seus paralelepípedos que artisticamente estão ordenados
no chão, tinham a dupla função de estabilizar o terreno e de parecer
um tapete para dar as boas-vindas aos visitantes.
Entretanto, a estação férrea que passava pela área central da cidade
de Cachoeira do Sul foi desativada em 1973 e uma nova foi construída
no bairro Oliveira. O motivo de ter sido desativada foi pelo bloqueio da
expansão da cidade ao lado norte e pela especulação imobiliária da
área. Logo após foi retirado os trilhos e em 1975 o edifício da estação
localizada perto dos Engenhos foi demolida. Boa parte do conjunto
ferroviário da região central foi retirado de forma rápida e brusca, os
poucos elementos preservados encontram-se na praça Honorato de
Souza Santos. Por essa medida, a área central da cidade teve toda sua
configuração urbana modificada. Atualmente, existem apenas dois
marcos edificáveis do período da estação ferroviária na praça
Honorato e também os vestígios das áreas verdes entre o complexo dos
Engenhos Brasil remete a esse período. Segundo SELBACH (2018):
Com exceção dos engenhos, na zona Central da
cidade haviam poucas indústrias, as quais
localizavam-se principalmente na avenida Brasil,
na parte alta da cidade, e na Júlio de Castilhos,
(...). Tal divisão industrial era reflexo da ocupação
urbana. Da parte alta da cidade até as
proximidades da parte baixa, (...) os moradores
eram predominantemente oriundos das zonas
coloniais, do município ou de outras partes do
Estado. De forma natural, a diversificação
industrial, vista principalmente em pequenos
empreendimentos, ocorreu no entorno da região.
(SELBACH, 2018, P. 266)
Este trabalho tem como objetivo pesquisar e analisar a edificação do complexo do
Engenho Reinaldo Roesch seu entorno sob aspectos históricos, estéticos, culturais e
etc. Também, tem a finalidade de identificar e entender a importância da preservação
do edifício tanto no valor material como no imaterial, e do seu caminho histórico em
para um projeto de reutilização do edifício, juntamente com a requalificação do
entorno imediato. Para a realização do trabalho, foram feitas visitas técnicas para
melhor identificar e reconhecer a área de intervenção com isso, foi possível realizar o
diagnóstico do objeto e da área com um melhor entendimento. Foram gerados mapas
com os dados coletados no levantamento da área obtendo mais informações uteis para
a realização de uma futura proposta para o edifício. Ao longo do trabalho é feita uma
análise crítica da área e do edifício da intervenção relacionando aos dados contidos
nos levantamentos e efetuando uma análise de condicionantes, potencialidades e
deficiências da área do entorno e do bem imóvel.
A área de estudo está localizada no centro do Rio Grande do Sul, à margem esquerda do rio
Jacuí, na cidade de Cachoeira do Sul. Cachoeira do Sul, foi o quinto município a ser criado no
Rio Grande do Sul desmembrando-se de Rio Pardo em 1819. Com uma área de 3.735 km² e
população equivalente a 83,827 habitantes. IBGE (2010) Cachoeira está a aproximadamente
68 metros acima do nível do mar e o clima predominante se caracteriza como subtropical.
Distante 200km da capital Porto Alegre, faz divisa com Restinga Seca, São Sepé, Caçapava,
Candelária, Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Rio Pardo, Encruzilhada do Sul e Santana da Boa
Vista. Cachoeira do Sul divide-se em sete distritos, classificados como zona urbana e zona
rural. Por zona urbana, compreende-se o distrito Sede da Cidade de Cachoeira do Sul. Já a
zona rural, é composta pelos distritos de Ferreira, Bosque, Três Vendas, Barro Vermelho,
Capané e Cordilheira. A área de estudo circunda os bairros Centro, Rio Branco, Santo Antônio
e Parque Scopel, o complexo do Engenho Roesch situa-se na porção central da cidade, e
encontra-se na Zona Comercial 1 (ZC1) conforme o plano diretor do município (ao longo do
trabalho explicaremos mais detalhadamente sobre a ZC1¹.
ÁREA DE ESTUDO
Retirada dos trilhos. Fonte: Arquivo pessoal Mirian Ritzel.
Em 1900, a produção de arroz começa a ganhar aspectos relevantes no
município, devido a modernização da agricultura e a vinda da estação férrea.
Com a produção de arroz em ascensão, foi necessário que o município tivesse
uma estação férrea, a mesma foi construída em 1883 e o serviço do transporte
ferroviário no lugar durou pouco mais de 90 anos e foi responsável, dentre
várias coisas, pela divisão da cidade em zona baixa e alta, tendo como marco os
trilhos. A presença da estação ferroviária e as chegadas e saídas diárias dos
trens de carga e de passageiros intensificaram a concentração de engenhos de
arroz e outras empresas no entorno pela facilidade de escoamento da produção.
E com isso, houve também, a expansão do bairro Rio Branco, onde os lotes eram
vistos como os mais que haviam futuro na cidade, conforme SELBACH, “o bairro
era ocupado principalmente pela elite de origem teuta e considerado a parte
mais linda da cidade, dada às novas e imponentes edificações” (2007 p. 239).
Configuração da cidade. Fonte: Arquivo pessoal Mirian Ritzel
Estação Férrea. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen.
Panorama da cidade, tomado do Bairro Rio Branco. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen.
Calçamento rua 7 de setembro. Fonte: 
Jornal do povo de 05/08/2018
Vestígios de elementos da estação na 
praça Honorato. Fonte: googlemaps 2/23
CONTEXTO HISTÓRICO DO LUGAR LEVANTAMENTO SÓCIO-CULTURAL DA ÁREA
Por se tratar de uma zona consolidada mais antiga e central, é provida de sistemas básicos como água e esgoto sanitário, galeria pluvial, guias e
sarjetas, energia e iluminação pública, limpeza pública e coleta de lixo. Entretanto, nesta área a infraestrutura e os serviços são utilizados abaixo de
sua capacidade. Porém, dentro da Praça Honorato existem sérios problemas, principalmente de iluminação, em consequência a segurança. Poucos
postes de iluminação baixa da Praça funcionam atualmente, e os pontos de luz ficam limitados aos veículos dos lanches (BeerBus, Pittbul, Cabana
Lanches, etc). Como se trata de área pública, há um certo descaso por parte dos usuários quanto à limpeza - ainda que as lixeiras sejam poucas e
mal dispostas - deixando uma má impressão da área que impede sua apropriação efetiva. A má conservação dos edifícios desta área, as ruas e
passeios muito irregulares e até mesmo a falta de manutenção da vegetação local também contribuem muito para essa imagem negativa.
Em 1750, após o Tratado de Madri, soldados da coroa portuguesa vindos de São Paulo, Paraná e Santa
Catarina (moradores de Laguna), receberam sesmarias onde hoje ocupa-se o município, a fim de garantir
posse do território. Assim, surgem os primeiros registros de ocupação do município. Após isso, em 1753,
iniciou-se a imigração açoriana no município e as famílias começaram a se dedicar à agricultura e
pecuária. Por volta de 1779, o povoado começa a ser denominado Freguesia de Nossa Senhora da
Conceição de Cachoeira e instalam-se militares oriundos de guerras territoriais e casas de comércio.
Então no ano de 1853 a cidade passou a chamar-se Vila Nova de São João da Cachoeira, tornando-se o
quinto município da colônia de São Pedro do Rio Grande do Sul.
USO DIURNO USO NOTURNO DURANTE A SEMANA USO NOTURNO EM FINAIS DE SEMANA 
O uso da área durante o dia é marcada pelo
fluxo de pedestres devido ao comércio e pelo
fluxo de veículos, principalmente na rua
Marechal Floriano, onde essa faz ligação entre
o centro da cidade e o bairro Soares.
A ocupação noturna do local é moderada
durante a semana. Restringindo-se a
passagem de pedestres moradores da área e
entorno. Há passagem de veículos é
significativa.
O uso do local se acentua nos finais de
semana. Dessa forma, a comunidade se
apropria da área e boa parte do público,
jovensprincipalmente, reúnem-se para
escutar música e ingerirem bebidas
alcoólicas.
Cachoeira do Sul em 1963 Cachoeira do Sul atualmente
USO COMERCIAL
USO INSTITUCIONAL | DELEGACIA DE POLÍCIA
USO ESPORÁDICO DE LAZER
USO RELIGIOSO | IGREJA MARTIN LUTERO
USO INSTITUCIONAL | ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO
USO SERVIÇOS | POSTO DE GASOLINA
Casa de festas. Fonte:blitzprodutora e
arquivo pessoal..
O primeiro mapa é baseado na planta baixa da cidade do engenheiro João Marinho Buff, indicando o núcleo
central da cidade, as ruas principais e as ruas secundárias. É visto que o prolongamento de uma rua
principal deu origem à Rua Moron, que por muitos anos foi o eixo de crescimento da cidade. De acordo com
SELBACH apud GUIDUGLI (2007) pelo levantamento da época, existiam em torno de 500 prédios
construídos em aproximadamente 42 quadras.
No segundo mapa, através de um documento do Arquivo Histórico Municipal, mostra um crescimento da
cidade na direção leste e um forte desenvolvimento próximo à Estação Ferroviária. No mapa de 1963,
segundo o arquiteto João Paulo Schwerz, o qual conseguirá no Guia Geral do Município de Cachoeira do Sul
(2004), foi durante o período de 1940 e 1963 que surgiram alguns dos maiores loteamentos de Cachoeira
até hoje, como o bairro Rio Branco, Santo Antônio, Frota, Ponche Verde, entre outros. Atualmente, não se
vê muita diferença em forma de expansão de território para o último mapa. Há um crescimento natural na
periferia e um aumento populacional inserido na cidade.
Cachoeira do Sul em 1935Cachoeira do Sul em 1850
Atualmente existe ocupações no complexo. Os usos são de comércio e serviços em gerais, tais como: quadra de futebol, distribuidora de bebidas,
vidraçaria, depósito de adubos, lojas varejistas, entre outros. Porém, esses usos são segmentados e boa parte de todo o complexo está em desuso e
em estado de abandono.
Quadra de futebol. Fonte: arquivo pessoal. Comércio varejista. Fonte: arquivo pessoal. Depósito de adubos. Fonte: arquivo pessoal.
Nota-se que a área dos engenhos têm usos mistos e bem distribuídos em seu entorno. Observou-se que a área é utilizada de formas diferentes e em
períodos distintos, conforme mostra a tabela abaixo:
3/23
A partir do mapa de sistema viário, fluxos e acessos,
podemos observar que o acesso principal para o município
de Cachoeira do Sul é pela Rua Marcelo Gama, esta
também é ligação entre cidades e microrregiões próximas
do município. Já sobre o sistema viário da cidade, podemos
concluir que praticamente todas as ruas são mão dupla,
exceto, as ruas principais da cidade que devido o seu fluxo
intenso são mão única. Todas as vias abrigam tráfego de
veículos e as vias de maior gabarito (Júlio de
Castilhos/Avenida Brasil/Sete de Setembro, Pinheiro
Machado) tornam-se passagem diária de ônibus.
Grande parte das ruas da cidade são pavimentadas e em
sua grande maioria possui paralelepípedo. Apenas as ruas
principais, tais como a Av. Brasil, a Rua Júlio de Castilhos,
Pinheiro Machado e alguns trechos das suas transversais
são asfaltadas. Isso, porque estas ruas precisam suportar
o tráfego intenso gerado na zona central da cidade. Porém,
há má qualidade de manutenção nas ruas pavimentadas de
paralelepípedo e também nas asfaltadas, desconsiderando
o fato de que há grande circulação de transporte de carga
e descarga, assim como, transporte público.
A cidade não possui ciclovia, com isso, os ciclistas fazem a
rota da maneira que melhor os convém.
MAPA DE SISTEMA VIÁRIO,
FLUXOS E ACESSOS
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Fonte imagens: Google Earth
Praça Honorato Rodovia de Acesso Rua Comendador Fontoura com canteiros centrais Rua Júlio de Castilhos
Rua Sete de Setembro
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A Ao observarmos o mapa de
equipamentos urbanos, percebemos
que estes não se limitam a nenhuma
zona da cidade, os elementos se
distribuem sem lógica previsível.
No entorno imediato do antigo engenho
há presença de equipamentos de cunho
comercial, educacional, religioso e
financeiro. Próximo se encontra a área
que mais possui edifícios comerciais,
esta é marcante na morfologia da
cidade, pois torna a região mais densa
e de maior procura para inserção de
equipamentos.
Nota-se a debilidade de equipamentos
urbanos nas áreas mais extremas do
raio de abrangência, como os bairros
Fátima, Cristo Rei, Bom Retiro e
Ponche Verde.
Os edifícios culturais se encontram na
zona mais antiga da cidade,
predominantemente na Rua Sete de
Setembro.
MAPA DE
EQUIPAMENTOS
URBANOS
Fonte imagens: Google Earth
Edifícios financeiros: Banco Banrisul à direita Câmara dos Vereadores Colégio Barão do Rio Branco, uma das escolas mais antigas Casa da Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha
Equipamentos de patrimônio, Chateau D’au e Matriz..
5/23
IDENTIFICAÇÃO DE 
MACIÇOS DE VEGETAÇÃO, 
CORPOS D’ÁGUA E 
GRANDES ESPAÇOS LIVRES
Os maciços de vegetação acompanham os corpos d’água
presentes nas extremidades da cidade. Estas áreas
recebem menor número de habitantes.
O rio se torna limitador da cidade, juntamente com os
maciços de vegetação nativa que o acompanha.
Percebemos nesta área próxima ao rio, a quantidade bem
mais expressiva de vegetação quando comparados aos
outros locais extremos do raio. No lado oeste do mapa,
existe um curso de água que é possível visualizar sua
partida através do Rio Jacuí, estendendo-se pelo mapa,
adentrando nos bairros da cidade, juntamente com
vegetação maciça. Também, alguns dos vazios territoriais
presenciam os cursos d’água com ausência de vegetação.
É possível perceber que no centro do raio há presença
marcante de arborização, refletidas pela existência de
praças públicas.
Como um todo, esta parcela da cidade possui a vegetação
e espaços livres como um potencial, pois é característica
presente ao longo dos bairros.
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Fonte imagens: Google Earth
Zoológico Municipal Áreas verdes localizadas em fins de rua Arborização perceptível da Praça Honorato Arborização e espaços livres localizados nas periferias
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O fluxo dos pedestres se dá por boa parte nas ruas de principal acessos que são a Rua Sete de Setembro e a
Rua Ernesto Alves, que teve maior relação nos mapas.
A relação de maior fluxo no mapa corresponde até quinze pessoas por minuto, para médio fluxo dez pessoas por
minuto, médio-baixo entre sete e cinco, e baixo três pessoas por minutos. Nestes casos não possui uma
sequência certa, horas dava este movimento e horas não, por questão da movimentação da parada de ônibus.
A calçada mais utilizada é a do lado da praça da Rua Ernesto Alves e as calçadas da Rua sete de Setembro por
razões de ter as paradas de ônibus no local.
As áreas de alimentação é o que mais movimento esta área dos engenhos principalmente a noite, se não fosse
por estes estaria abandonada, apenas para uso de serviço. As ruas mais próximas ao engenho não possui muita
circulação apenas para as boates, e para serviço que possuem no local.
FLUXOS E ACESSOS DE PEDESTRES
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TO GABARITOS
As edificações que predominam são de altura média de 5 metros, sendo estas, comerciais, institucionais e de uso
misto. Percebe-se um crescimento em altura em direção ao norte do mapa, pois as alturas começam a dobrar
comparado à parcela a sul, portando até 10 metros. As menores edificações possuem altura média de 3 metros,
mesclando-se entre edifícios de uso exclusivo comercial e residencial.
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Os usos predominantes são de cunho comercial, devido a área central bem movimentada. Alguns estabelecimentos
comerciais possuem extensões residenciais, recebendo tipologias de maisde um pavimento. Porém, este tipo de uso
misto é pouco visto no recorte estudado. Há uma exceção quando se trata de uso misto na edificação do antigo engenho
Roesch, pois o edifício recebe uso comente em uma parcela, abrigando uma pequena distribuidora de bebidas.
Há presença de edificações institucionais, as quais são de responsabilidade municipal e estadual, como por exemplo o
IRGA, o Museu do Arroz, Registro Civil e Detran.
Algumas residências estão localizadas nas extremidades do recorte, onde os bairros começam a surgir.
Alguns lotes sem uso também se encontram presentes no recorte, sendo edificações abandonadas ou lotes vazios.
USOS
ESCALA 1/2500 
O fluxo das vias ocorre de baixo a alto, sendo as de fluxo intenso aquelas
Quanto ao sentido das vias, boa parte permite o tráfego de veículos com sentido
duplo, e estacionamento paralelo aos dois lados da via, porém há presença de
ruas de mão única.
FLUXO DE VEÍCULOS 
8/23
Nota-se uma grande área de espaço livre no recorte em análise. Esta área consiste em vias, lotes sem edificação e uma praça pública de grande importância 
para a cidade. A malha urbana não segue um padrão formal, revelando uma morfologia resultante dos antigos usos e construções, voltadas à economia e 
transporte local, uma vez que era ponto de descarga de mercadorias desembarcadas por trens. 
ESCALA 1/5000
ESCALA 1/5000
FIGURA E FUNDO
ORIENTAÇÃO SOLAR E VENTOS
Clima Subtropical úmido, com as estações bem marcantes já a mudança de horário de verão temos duração diferente de horas de luz solar nos meses das
estação de inverno. a predominância de chuva mais elevadas está entre os meses de agosto, setembro e outubro os demais não tem uma cota elevada, para
cultivo os meses de janeiro à maio, setembro à dezembro se estima até 85%. A temperatura são bem variantes em cada estação, tendo várias sensações no
mesmo dia, os ventos sudeste e leste sendo o engenho uma barreira nesta condição, não deixando passar toda a sua potência para a outra quadra. por
influência das massas de ar polar vindas do Uruguai e da Argentina, no inverno sopra o minuano.
O relevo da região é o pampa, tendo uma vasta zona agrícola, com uso intensivo no verão.
LEGENDA: 9/23ES
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As visuais foram mais direcionadas para as perspectivas das ruas como um todos de modo a
demonstrar como é o olhar dos usuários, como o espaço se relaciona com eles, tendo entre estes
espaços de lazer que foram postos juntos nas visuais como a praça da Rua Sete de Setembro nas
duas direções, a que possui uma área mais aberta com espaços de alimentação, e a outra com
uma área mais de vegetação com pracinha para as crianças, tendo um grande uso em dias que
foram observadas. Neste mesmo lado se encontra as paradas de ônibus, e sanitário público, sendo
um fator bem marcante nestas observações os espaços de uso de lazer junto da área de
alimentação, fazendo com que o local fique com mais usuários não apenas de passagem.
Notou se também que pela praça fazer conexão com a Rua Otto Mernak, atalhos se criaram pelo
meio desta, tendo em vista que esta área é um lugar agradável para percorrer e não passar na
frente da parada de ônibus se não for utilizar, pois esta ocupa grande parte do passeio público.
POSSIBILIDADES DE VISUAIS 
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LOCALIZAÇÃO DAS VISUAIS EM MAPA 
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Legenda:
1- Vista Rua Otto Mernak; 2- Vista Rua Maria do Carmo; 3- Vista Rua Comendador Fontoura; 4-Vista Rua
Comendador da esquina junto da Rua Mal. Deodoro; 5-Vista da Rua Mal. Deodoro; 6-Vista da Rua
Comendador Fontoura com vestígio do complexo; 7-Vista da Rua Mal. Deodoro; 8-Vista Rua Mal. Deodoro; 9-
Vista da Rua Mal. Floriano; 10-Vista de outro sentido da Rua Mal. Floriano; 11-Vista Rua Ernesto Alves; 12-
Vista Rua Mal. Floriano; 13-Vista Rua Ernesto Alves em direção a praça; 14-Vista da entrada do mercado para
a Rua Ernesto Alves; 15-Vista Rua Sete de Setembro; 16-Vista Rua Sete de Setembro voltada para a parada
de ônibus; 17-Vista da praça Rua Sete de Setembro; 18-Vista praça; 19-Vista parada de ônibus em relação a
praça do outro lado; 20-Vista caminhos criados na praça direção Rua Otto Mernak; 21-Vista Rua Otto Mernak
em direção aos engenhos;Fonte imagens: Feitas por Pâmela Melo
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LOCALIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE ACESSIBILIDADE 
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IDENTIFICAÇÃO DE ACESSIBILIDADE UNIVERSAL
Notou-se que não possui a muitas identificação de acessibilidade em alguns locais possuem
rampas mas a passagem entre rua não possui faixa de pedestre, calçamento dos passeios
públicos inviáveis para pessoas que necessitam de um espaço de qualidade, pedras do passeio
descoladas de modo as pessoas caírem facilmente, sem sinalização nos pisos ou alertas. Em
esquinas onde o passeio era bem elevado se tem barreiras de proteção, e as inclinações das
rampas algumas nem parece ser calculada como por exemplo a imagem 6, possui apenas uma
faixa de pedestre neste entorno, na Rua Sete de Setembro.
Características que se deveria ter no local mas não se segue, são calçadas com obstáculos
verticais e horizontais(faixa livre com largura mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo
admissível de 1,20 m, e a altura livre mínima de 2,10 m.), superfície regular, firme, estável e
antiderrapante, evitando trepidações, sinalização tátil, 3% de inclinação transversal, pelo
menos uma rota acessível, rampas de acesso 8,33%, sinalização estacionamento para pne,
sinalização vertical e horizontal, rebaixo de calçada largura recomendada de 0,40 m e distantes
a 0,50 m do limite da guia, plantas não podem avançar na faixa de circulação livre, respeitando
a altura mínima de 2,10 m
Legenda:
1- rampas de acesso Rua Sete de Setembro; 2-pavimentação passeio da Rua Otto Mernak do lado do engenho; 3-
pavimentação passeio Rua Otto Mernak do lado oposto do engenho; 4-único local com sinalização no piso, em
frente a uma edificação apenas na Rua Otto Mernak; 5-mudança de pisos e formatos irregulares impossibilitando
entendimento no passeio; 6,7,8-falta de rampa correta junto da esquina da Rua Otto Mernak;9-Vista da Rua
Maria do Carmo demonstrando falta de pavimentação nos passeios; 10-mudanças de alturas nos passeios; 11-
falta de acesso adequado no canteiro de acesso para o passeio Rua Comendador Fontoura; 12-sem pavimentação
na esquina do engenho Rua Mal. Deodoro; 13-equipamentos ocupando grande espaço do passeio; 14-rampa com
inclinação sem condições para acesso fácil; 15-falta de pavimentação no passeio em trechos da Rua Mal.
Deodoro; 16,17-pavimentação com muitos buracos Rua Mal. Floriano; 18-rampa entre diferenciações de níveis
Rua Mal. Floriano; 19-pavimentação das ruas com grandes ondulações Rua Ernesto Alves; 20-rampas de acesso
para mercado; 21-rampas sem faixa de pedestre na Rua Ernesto Alves onde se encontra fluxo médio de
veículos;22-unica faixa de pedestres na Rua Sete de Setembro;23-pavimentação passeio Rua Sete de Setembro
se descolando;24-parada de ônibus sem indicações ou sinalização para deficientes;Fonte imagens: Feitas por Pâmela Melo
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IDENTIFICAÇÃO DE TIPOLOGIAS
Observa-se tipologias principalmente de edificações sem recuos laterais, estas são mais antigas 
correspondendo a história do bairro. Algumas tipologias são isoladas no lote, tanto de um pavimento 
quanto de dois pavimentos, estes são predominância dos usos residenciais e mistos. 
As edificações à norte são de mais de 2 pavimentos, sem recuos frontais, algumas também não possuem 
recuos laterais. 
De maneira geral, identificam-se tipologias sem recuos frontais e laterais, porém é possível identificar 
espaços vazios nos fundos de lotes independente de seus usos. Percebe-se que a praça é elemento 
limitador, tendo em vista a expansão das edificações até sua fronteira.
O antigo complexo de engenhos marca a tipologiade maior altura, marcando presença nas vias devido a 
ausência de recuos e também a paisagem, pois ocasiona um vazio onde antigamente o trem circulava. 
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TO SKYLINE E TIPOLOGIA ESTILÍSTICA
RUA MARECHAL DEODORO SUL
RUA MARECHAL DEODORO NORTE 
RUA MARECHAL FLORIANO LESTE
ESCALA 1/2500
Galpões do
complexo do
Engenho Roesch,
Estilo Art Deco
Edifício principal
do Engenho
Roesch,
Estilo Art Decô
Lateral dos
galpões do
Engenho Roesch,
Estilo Art Decô
Loja de tintas e casa de
festa, Estilo
contemporâneo
Loja de seguros, Estilo
eclético
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SKYLINE E TIPOLOGIA ESTILÍSTICA
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RUA COMENDADOR FONTOURA OESTE
RUA COMENDADOR FONTOURA LESTE
RUA MARECHAL FLORIANO OESTE
Loja comerciais
com o mesmo
Estilo
contemporâneo
Lateral do
principal
Engenho Roesch,
estilo Art Decô
Loja comercial,
Estilo eclético
Edifício misto e
estabelecimento
institucional,
Estilo
contemporâneo
Estabelecimento
institucional,
Estilo Art DecôLoja comercial,
Estilo eclético
13/23
SKYLINE E TIPOLOGIA ESTILÍSTICA
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RUA ERNESTO ALVES NORTE
RUA ERNESTO ALVES SUL
Loja comercial,
Estilo Art Decô
Loja comercial,
Estilo eclético
Antigo
Unibanco, Estilo
neoclássico
Casarão Pub,
Estilo eclético
Edifício misto,
Estilo eclético
Edifício comercial, Estilo
eclético
Edifício
comercial, Estilo
eclético
Edifício
comercial,
Estilo
contemporâ
-neo
Edifício antigo Engenho Bacchin, Estilo Art Decô Edifício comercial, Estilo
contemporâneo
Edifício comercial e residência, Estilo
contemporâneo
Edifício comercial, Estilo
eclético
Edifício industrial Edifício Art Decô
RUA OTTO MERNAK NORTE
RUA OTTO MERNAK SUL
14/23
Os espaços livres são contemplados pela Praça Honorato e pelas vias
públicas. A rua Ernesto Alves possui canteiros centrais, isso é possível
através do seu gabarito de cunho largo. Já a rua Marechal Floriano possui
gabarito largo sem presença de canteiros centrais, possui vegetação na
faixa de serviço da calçada, mas em proporção menor diminuindo cada vez
mais até se extinguir no encontro com a rua Comendador Fontoura. É visível
que a presença de vegetação se encontra aglomerada apenas na área da
Praça Honorato,
MOBILIÁRIO URBANO
FOTOS DOS MOBILIÁRIOS
ESCALA 1/2500 
IDENTIFICAÇÃO DE VEGETAÇÃO E 
ESPAÇOS LIVRES
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TO Os mobiliário urbanos se encontram mais na região da praça da Rua Sete deSetembro, com lixeiras de metal, bancos de concreto, luminárias queambientaliza este espaço, banheiro público que servem as áreas de
alimentação e usuários da praça, como nota-se no mapa a aglomeração
maior de pontos. já ao entorno do engenho tem um número menor deste
podendo citar algumas lixeiras, pouca iluminação, apenas dois containers
um na Rua Mal. Deodoro e outro na Rua Ernesto Alves, nos canteiros desta
mesma rua se encontra lixeiras pequenas e bancos, estacionamento podem
ocorrer em várias ruas apenas no lado onde os ônibus param na Rua Sete de
Setembro e na frente do engenho.
Fonte imagens: Feitas por Pâmela Melo 15/23
CONDICIONANTES POTENCIALIDADES DEFICIÊNCIAS
Localização Localização Acessibilidade
História | Antiga Linha Férrea História | Antiga Linha Férrea Passeio Público
Complexo do Engenho Brasil Complexo do Engenho Brasil Descaso com o Beco dos Trilhos
Espaços Livres Espaços Livres Equipamentos Urbanos
Infraestrutura do local Infraestrutura do local
Praça Honorato de Souza Santos Praça Honorato de Souza Santos
Vegetação
Rota de Ônibus Urbano ES
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A área correspondente abrange a Zona Comercial 1 do zoneamento municipal,
segundo o Plano Diretor da cidade esta se encontra no entorno das ruas centrais
da metade sul da cidade, destina-se ao comércio varejista e a estabelecimentos
de prestação de serviços. Também segundo o Plano, é obrigatória a construção de
garagem ou estacionamento interno nas edificações destinadas a comércio.
Em anexo deste, encontramos a Lei Municipal Nº2190 que no seu quarto artigo
indica, para ZC1, alturas de 9 a 18m e taxa de ocupação para usos comerciais de
100%, exceto alturas acima de 18m que recomenda-se utilizar taxa de ocupação
correspondente a 90%.
As características abordadas no Quadro X (anexo do Plano Diretor Municipal),
correspondentes a zona em questão, determinam índices de aproveitamento de 4
a 5, taxa de ocupação de 100%, dimensões de lotes com testada de 6m e área
mínima de 150m², assim como, alturas de 25m de frente, 18 lateral e fundos.
CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO DA ÁREA E 
FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO
ANÁLISE CPD 
LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
Fonte: Plano Diretor Municipal de Cachoeira do Sul
COMO USAM
-Comerciante
-Pagar contas
-Tomar chimarrão
-Pedir dinheiro
-Trabalho
-Compras no comércio 
BAIRROS
-Bom retiro
-Centro
-Gonçalves
-Ponche verde
-Soares
Percurso do entrevistado até o local; SEM ESCALA
MULHERES
entre 38 anos à 54 anos 
HOMENS
entre 25 anos à 58 anos 
As pessoas que foram entrevistadas sempre ressaltaram que o local é bom, tem fácil acesso
contendo uma praça que mesmo não tendo tantos equipamentos e recursos para uso, se
qualifica por várias pessoas passarem por ela, lembrada como a praça dos lanches.
Esta praça a noite tem maior uso e iluminação com os espaços de lanches, quando estes não
estão funcionando, fica sem vida.
Em relação ao engenho a maioria descrevia como um fator histórico para o local mas que
quanto mais perto dele era perigoso principalmente à noite, onde vários fatos já ocorreram
neste local. As festas chamam as pessoas para este ambiente mas no outro dia o vandalismo
se mostra, como com lixos pois o local não disponibiliza muitos recursos, pichação e vidros
das janelas e até garrafas, cheiro forte de urina por vezes até impossibilitando as pessoas
que vão trabalhar no comércio local.
Mas se propusesse algo interessante poderia fazer ter mais uso e as pessoas também iriam
até os mais novos conhecer o local que conta em partes a história da cidade, não querem que
este espaço se perca, pois se retirar ele do local algo sem caracterização para o bairro vai se
criar, como prédios entre outros.
As referências para o que se propor para junto do engenho são espaços de comércio, como de
alimentação, vendas de utensílios, de modo quase a ser um shopping, feiras na rua para atrair
pela tarde a população, eventos diferentes com músicas (informação verbal²).
² entrevista realizada nos dias 03 a 05 de abril do ano de 2019.
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FUNDADOR DOS ENGENHOS BRASIL: REINALDO CARLOS PAULO ROESCH
Natural de Candelária, filho de Woldemar Roesch e Otília Decker
Roesch. Casado com Amélia Martins e pai de Yeda, Yelva, Yone e
Yara. Prefeito de Cachoeira do Sul
Deputado estadual , Rotariano, Membro Grande Conselho e
provedor do Hospital de Caridade e Beneficência., Presidiu a
Associação de Comércio e Indústria, o Clube Comercial, o Sindicato
da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul, Presidiu a comissão de
construção do Ginásio Rio Branco
Membro ativo da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana
.
.
1921
INAUGURAÇÃO JUNTO A 
FUNDIÇÃO DA EXTINTA 
FIRMA TREPTOW & CIA 
LTDA
INÍCIO DA 
CONSTRUÇÃO DO 
COMPLEXO
CONSTRUÍDA
A CHAMINÉ
RECONSTRUÇÃO
DO EDIFÍCIO
ENCERRAMENTO
DAS ATIVIDADES.
1928 1930 1961 DÉC. 50 1989
INCÊNDIO
LINHA DO TEMPO
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O sistema construtivo utilizado no Engenho Brasil foi o de alvenaria estruturada por vigas, pilares e lajes e, para
vedação e separação de ambientes, foram utilizados tijolos cerâmicos com espessura de 15cm. As janelas são do
tipo basculante (esquadrias metálicas) e de abrir (esquadrias e venezianas em madeira). As portas que ainda
restam possuem, também, metal ou madeira como materialidade. Sua cobertura é em telhas de aluzinco
(atualmente) e as tesouras de madeiras.
Em 1921, o Engenho Brasil inicia suas atividades onde antes funcionava a extinta firmaTreptow & Cia LTDA, junto aos trilhos da viação
férrea, localizado na Rua Marechal Deodoro. Assim em 1928, o fundador Reinaldo Roesch juntamente com Edwino Schneider, decidem iniciar
a construção do Engenho Brasil, logo depois o mesmo se tornaria o maior da América Latina. Era conhecido como o engenho com maquinário
com a tecnologia mais avançada da época, encomendado da Inglaterra, hoje esquecido dentro do prédio. E a empresa, como a melhor
pagadora da cidade por saco de arroz com casca. De acordo com PORTELA:
“Todos os maquinismos, à exceção da locomóvel e do classificador, eram produtos da indústria nacional. Foi a
maior indústria particular de beneficiamento de arroz da América Latina. A capacidade de descasque era de
800 sacos de arroz por dia e com depósito de armazenagem para 40.000 sacos. Comercializava as marcas de
arroz Oriente, Zênite e Gaivota nas principais capitais do país, onde possuía rede de representantes. ”
(PORTELA, Manoel de Carvalho. CACHOEIRA HISTÓRICA E INFORMATIVA. p. 204-207).
O complexo Engenho Roesch é composto por sete prédios, totalizando 17.307 metros quadrados de área construída num terreno de 18.036
metros quadrados. Inicialmente, a área aproveitada seria de 7,2 mil metros quadrados que possui três pavimentos divididos em diversas salas
e compartimentos. Na questão da paisagem, o Engenho tem participação fundamental. Com sua chaminé de quase 50 metros de altura, que
tinha função essencial em lançar a fumaça e cinzas, causadas pela combustão das cascas de arroz, utilizadas para a geração de energia local.
Dessa forma, por conta de sua altura, a chaminé é vista em vários pontos da cidade sendo parte da memória, história e paisagem da cidade.
Em 24 de fevereiro de 1961, um grande incêndio destruiu as instalações do engenho. Não há relatos sobre o incêndio, mas de acordo com o
Sr. Wilto Edmundo Schultz, ex-funcionário, em uma entrevista (informação verbal) afirmou que o Jornal da época não relatou o incêndio,
apenas publicou uma carta aos seus diretores e é de conhecimento público que houveram dois incêndios na empresa.
Com a diminuição das atividades relacionadas à produção de arroz, assim como ao aumento dos custos referentes a transporte, o Engenho
Brasil acabou por encerrar suas atividades em 1989. Desde então, o local permanece fechado, com pouca ou nenhuma manutenção, fato que
levou ao aparecimento de uma série de patologias.
Primeiro e Segundo (da esquerda p/ direita) incêndio no Engenho 
Reinaldo Roesch. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth TomsenVista aérea do Engenho Reinaldo Roesch. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
Maquinário existente dentro do 
Engenho. Fonte: Arquivo pessoal 
Elizabeth Tomsen
Fotografia do interior do engenho em que aparecem 
vigas e pilares. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
Janelas e passarela do engenho. 
Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth 
Tomsen
As diferentes materialidades das 
janelas. Fonte: Arquivo pessoal 
Elizabeth Tomsen
Fundador do Engenho Fonte: 
Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
Dia da inauguração dos Engenhos Brasil, Reinaldo Roesch. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
A edificação conta com uma passarela, antes utilizada como esteira que atravessava a rua Marechal Deodoro e
conectava a edificação da frente. A passarela é feita de madeira e está em estado degradável. A edificação
atualmente encontra-se em estado de degradação e abandono.
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CH
AM
IN
É
A chaminé do Engenho Brasil, que por muito tempo foi a maior da América
Latina, com um altura 55 metros e com um diâmetro de 3,5 metros foi
construída no final da década de 30. É um dos pontos que dominam a
paisagem de Cachoeira do Sul. Não há muito registro sobre a sua
construção, entretanto, segundo Darci da Rosa Hanna, ex-trabalhador da
empresa Roesch, sua estrutura é feita de uma camada dupla de tijolos, os
externos foram colocados de forma horizontal e na parte interna estão na
vertical. Atualmente a chaminé teve sua área interditada pela Prefeitura
Municipal de Cachoeira do Sul, em um raio de 30 metros da sua base, por
condições de segurança de um possível colapso da estrutura de
coroamento da chaminé. Essa intervenção foi necessária, porque com ela
descobriu-se uma trinca de 4 metros o que compromete ainda mais sua
estrutura.
AÇÕES DO TEMPO
Imagens de Drone Renata Thomsen. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
A edificação atualmente encontra-se em estado de degradação e abandono. É visível as diversas patologias existes, tais como mostram as figuras abaixo. Essas anomalias 
do imóvel são resultantes da ação do tempo , do vandalismo, bem como da falta de manutenção do local e deterioração dos materiais construtivos.
Devido ao incêndio e as condições ao qual
se encontra o edifício apenas uma
pequena área foi adaptada e está sendo
utilizada com fins comerciais. O uso é
motivado a ocupação de jovens no entorno
e as casas de festa próximas.
Há presença de maquinário da 
época na edificação.
PA
SS
AR
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A
Imagens do Locomotor. Fonte: 
Arquivo pessoal Elizabeth 
Tomsen
Imagens da passarela. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
Imagens área. Fonte: Arquivo pessoal
Além da chaminé, outro elemento marcante pertencente ao edifício é a
passarela. Essa faz conexão com o edifício a frente, transpassando a rua
Marechal Deodoro, construída em madeira e denomina o Engenho Reinaldo
Roech S.A. Quando os engenhos, ainda desempenhavam suas atividades,
essa passarela funcionava como esteireira e realizava o transporte dos
sacos de arroz entre os prédios, visto que um deles destina-se ao depósito
e o outro o descasque.
OC
UP
AÇ
ÃO Desplacamento total da argamassa e 
pichações. Fonte: Arquivo pessoal
Desgaste da pintura, vidros quebrados, corrosão, chuva escorrida, entre outros. 
Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen
Desgaste da estrutura e corrosão. 
Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth 
Tomsen
Chuva escorrida, biodegradação, 
corrosão metálica, fissuras 
reparadas, desgaste do reboco. 
Fonte: Arquivo pessoal
Marcas do incêndio. Fonte: Arquivo 
pessoal Elizabeth Tomsen
Alguns espaços viraram acumulo de 
lixo e restos da construção civil. Fonte: 
Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen 18/23
PLANTA-BAIXA, CORTES E FACHADAS DOS ENGENHOS BRASIL
Por ser uma tipologia industrial, toda sua conformação é de acordo com as necessidades industriais. São três
pavimentos com o pé direito alto, mas não se sabe da existência de nenhuma planta baixa no Arquivo
Histórico do município de Cachoeira do Sul tampouco no Museu para descrevermos com precisão a sua
tipologia. Há registro apenas de uma planta rascunho de 1992 onde podemos ter uma noção da distribuição
interna da linha de serviço. Entretanto, podemos, através dos cortes, concluir que a unidade de
beneficiamento de grãos tinha grandes vãos, poucas paredes divisórias, pés-direitos triplo e espaço amplos
devido o tamanho dos maquinários.
Observamos no corte A-B um vão com o pé-direito triplo onde existia um esteira para grãos, sua estrutura
metálica aparece em corte. Ainda na parte significativa do corte A-B podemos perceber a iluminação zenital
representada. O estilo arquitetônico do antigo engenho tem características Art Decó, podemos perceber por
suas retas estilizadas, o uso de formas geométricas bem definidas, um elemento que remete bem à esse
estilo é na fachada da rua Comendador Fontoura (demarcada na foto abaixo na primeira fachada).
O prédio é resquício dessa tipologia, e a sua importância em relação ao entorno é a do seu tamanho que
impacta na paisagem juntamente com a chaminé e a passarela.
TIPOLOGIA E ESTILO ARQUITETÔNICO
Fachada do Engenho Brasil da rua Comendador Fontoura. FONTE: Arquivo 
histórico Cachoeira do Sul
Fachada do Engenho Brasil da rua Marechal Deodoro. FONTE: Arquivo histórico 
Cachoeira do Sul
VA
LO
RE
S 
IM
AT
ER
IA
IS O complexo dos Engenhos Brasil marca a paisagem central da cidade de Cachoeira do Sul,
através de sua estrutura e dimensão determinam sua forte imponência. É triste ver o estado
que está o Engenho, pois não muito tempo atrás, pelos anos 80, estava inteiroe ativo
(informação verbal). É um local de ponto de encontro de jovens na cidade, há um apego
material pela sociedade pelas estruturas ali presentes.
O conjunto fabril é um ícone do valor histórico e cultural do município. Uma vez que ele
representa o momento de apogeu da cidade, época marcada pela expansão agrícola,
econômica e urbana, onde Cachoeira do Sul ficou conhecida como a “Capital do Arroz”. De
maneira que ele foi a maior indústria privada de beneficiamento de arroz da América Latina
gerou milhares de empregos, por isso alavancou a economia do município.
O vínculo afetivo do bem em questão é bem significativo para as pessoas que participaram
da construção, trabalharam ou fazem parte da família dos proprietários, também daqueles
que comercializavam seus produtos no local. Por esse motivo, há um apego sentimental da
população que vivenciou essa época. Pode-se perceber essa ligação através da entrevista do
Sr. Darci.
Reportagem Jornal do Povo, 2008. Fonte: Arquivo pessoal 
Elizabeth Tomsen
AN
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IS
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CP
D 
DO
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ÓV
EL Após observações, entrevistas e pesquisas na área desenvolvemos a análise de condicionantes, potencialidades e deficiências do imóvel. 
Corte A-B do Engenho Brasil, demarcado a parte de mais destaque do prédio 1949. 
FONTE: Arquivo histórico Cachoeira do Sul
2
3 7
41
5 6
1- DEPÓSITO II
2- ENGENHO
3- VITAMINADO II
A área de intervenção demarcada no levantamento feito em 24/04/1992. FONTE: 
Arquivos pessoais Elizabeth Tomsen. Acesso em: 25 de março de 2019
4- SECADEIRA E VITAMINADO
5- DEPÓSITO III - FÁBRICA DE RAÇÃO
6- PÁTIO E GARAGENS
7- OFICINA
Corte G-H do Engenho Brasil 1949. FONTE: Arquivo histórico Cachoeira do Sul
Corte J-K do Engenho Brasil 1949. FONTE: Arquivo histórico Cachoeira do Sul
CONDICIONANTES POTENCIALIDADES DEFICIÊNCIAS
Estrutura | Tamanho do 
Edifício Amplo Espaço Consequências Incêndio
Maquinário Maquinário Patologias 
Chaminé Chaminé
Ventilação
Fácil Acesso
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RE
LA
TÓ
RI
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DE
 VI
SIT
A
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível identificar os condicionantes, potencialidades e debilidades da área de intervenção. Reconhecemos a
importância histórica do edifício, assim como seu impacto na paisagem local. Notemos a proximidade do edifício com os
equipamentos de serviços básicos, pois se localiza em uma zona central, consequentemente, bem movimentada. Recebe
visitantes principalmente no período da noite para eventuais confraternizações. Infelizmente a área é conhecida como área
marginalizada devido vários aspectos, tanto culturais quanto de paisagem.
Conclui-se que a etapa de identificação e diagnóstico da área serve de subsídio para o processo projetual. A partir desse
levantamento de dados podemos conhecer o objeto de estudo, bem como seu entorno e o impacto que causa na cidade.
Com uma pesquisa e análise bem fundamentadas podemos partir para a próxima fase e propor as melhores soluções para a
intervenção patrimonial.
Durante o período do dia 01 a 08 de abril foram realizadas observações in loco afim de reconhecer a área de estudo/intervenção. As visitas ocorreram nos três turnos
do dia. As matutinas entre as 9:30 e 11 horas, as vespertinas entre às 14 e 16 horas e as noturnas entre as 20 horas até as 01 da madrugada. A primeira visita foi
realizada por toda a turma de Projeto VI, juntamente com as professoras, tendo como objetivo como o reconhecimento de todo o local, suas características, bem como
os fatores aos quais deveriam ser analisados.
Nas visitas realizadas pela manhã nota-se que o movimento da área aumenta devido à população advindas dos bairros afastados chegarem ao centro para trabalhar na
zona comercial, tornando todas as ruas do entorno movimentadas. Nesse horários os trabalhadores das áreas de alimentação estão recém abrindo seu estabelecimento
e realizando a limpeza. Na pracinha não há qualquer tipo de uso. Nesse horário foram realizadas algumas entrevistas e registros para o desenvolvimento dos mapas e
para o embasamento das análises.
Nos registros da visita à tarde, notou-se o uso do mercado na Rua Ernesto Alves, tendo entrada de vans e de taxistas. Algumas pessoas que utilizavam o mercado eram
da região rural da cidade, são estes que depois de suas compras fazem lanches pela região. Também utilizam os recursos básicos, como banheiros lixeiras, assim como,
o monumento próximo ao mercado servindo de assento. Já no mercado Dia, na Rua Otto Mernak, é pouco utilizado. Esta rua em si não atrai tantas pessoas, tampouco
comércios. Nesta mesma rua, rapazes olham os carros em troca de dinheiro, no entanto este fato serve de motivo para espantar os frequentadores.
Na visita pela parte da noite, foi possível analisar em noites de eventos e em noites cotidianas. O lugar recebe mais usuários, tanto perto da praça como nas ruas mais
perto do engenho, em dia de eventos. As Ruas Ernesto Alves e Otto Mernak servem de passagem para os usuários. As ruas em frente ao engenho ganham uma
movimentação de carros, pessoas e música, este espaço se transforma, se comparado em noites sem evento.
Em dias sem eventos, as ruas mais próximas do engenho como Rua Comendador Fontoura, Rua Mal. Deodoro e Mal. Floriano, tem apenas uso dos comércios locais, como
o Soccer Club. E os ônibus movimentam as ruas próximas a praça até a meia noite.
Segundo Luiza Ribeiro (cachoeirense), ao passar dos anos a região dos Engenhos começou a se tornar local de grande movimentação de jovens, onde aconteciam brigas,
discussões e agressões, como iniciativa de diminuir o movimento, a prefeitura proibiu estacionamento de veículos em frente do Engenho Roesch, rua Marechal Deodoro.
Consequentemente, diminuiu-se o numero de frequentadores, porém continua sendo local de encontro.
Imagens de Drone Renata Thomsen. Fonte: Arquivo pessoal Elizabeth Tomsen RE
FE
RÊ
NC
IAS
 ¹ COSTA, A; SPETH, G; PERES,L; RODRIGUES,Q. Registro de bem imaterial:
Encrenca. Universidade Federal de Santa Maria, Cachoeira do sul, RS, 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050:
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2004.
Rio de Janeiro, 2004.
CACHOEIRA DO SUL. Plano Diretor Municipal. Cachoeira do Sul, RS: Prefeitura 
Municipal, 4 de novembro de 1983. 
SCHUH, Angela Schumache e CARLOS, Ione Maria Sanmartin. Cachoeira do Sul, em 
busca de sua história. Porto Alegre: Editora Martins Livreiro,1991
SELBACH, Jeferson. Muito além da praça José Bonifácio: as elites e os “outsiders” 
em Cachoeira do Sul, pela voz do Jornal do Povo. 1930-1945. Cachoeira do Sul/RS: 
2007. 20/23
ANEXOS 
21/23
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