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Apostila - Inteligência competitiva (I C

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Inteligência competitiva (I.C.)
De acordo com Patricia Canarim (2012), em plena Era da Informação ouvimos muito falar em Informação como ferramenta de estratégia para as empresas, e pouco sabemos o que é Inteligência Competitiva. A Inteligência Competitiva (IC) tem por objetivo a produção de informação para a tomada de decisões. A IC é exercida desde 1950 tanto no Japão como na Europa e teve sua origem na atividade de inteligência militar e de Estado, mas foi rapidamente adaptada às necessidades das organizações. No Brasil, a IC inicia-se nos anos 90 liderada por profissionais da informação do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ou seja, longe do meio empresarial, o INT é um órgão público federal, pertencente ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mas na última década tem recebido relevância nas empresas brasileiras de grande porte.
A Inteligência Competitiva tem como meta a manutenção ou o aumento da competitividade das organizações a partir da produção de informação acionável de interesse de determinada empresa. Constitui processo informacional proativo e sistemático que visa identificar os personagens e forças que regem as atividades da organização, reduzir o risco e conduzir o tomador de decisão a melhor posicionar-se em seu ambiente.
A Inteligência Competitiva (IC) busca identificar tendências do mercado, desenvolver análises estratégicas, descobrir oportunidades e mapear riscos através de metodologias científicas.
A Inteligência Competitiva é o processo contínuo de monitoramento e análise estratégica dos cenários e conjunturas mercadológicas em que determinada empresa está inserida.
De acordo com Carlos Hilsdorf (2010),o objetivo da inteligência competitiva é ampliar as condições de competitividade de uma empresa, reorientando seu modelo de negócios, suas metas, planejamentos, etc. 
CONCEITO 
Você sabe o que é inteligência competitiva? Se você é um profissional inovador, antenado às novidades do mercado, às demandas dos clientes de diversos segmentos e sabe como adaptar suas estratégias às novas tendências, então você já faz parte do time de pessoas que realizam esse tipo de trabalho!
A inteligência competitiva, ou inteligência de mercado, é um processo de análise e captação de informações sobre a concorrência. Em geral, grandes empresas possuem um setor dedicado a analisar comportamento de clientes e tendências de mercado. O objetivo é se antecipar às demandas e novidades, ampliando as condições de competitividade da organização.
Inteligência Competitiva é a atividade de coletar, analisar e aplicar, legal e eticamente, informações relativas às capacidades, vulnerabilidades e intenções dos concorrentes, ao mesmo tempo monitorando o ambiente competitivo em geral. A definição de Zanasi (1998, p. 45) para sistema organizacional inteligente traz a essência da Inteligência Competitiva (IC) ao descrever esse sistema como elemento essencial para que as empresas possam: coletar informações do ambiente externo para entender as forças e fraquezas dos competidores; avaliar sua própria competitividade; prever as intenções dos competidores e as expectativas dos clientes e prever ações governamentais.
A Inteligência Competitiva trata de "[...] ler as entrelinhas do site do concorrente ou mesmo das informações tornadas públicas. Envolve, também as conversas com os colegas em eventos, e, sobretudo, saber para onde olhar, o que perguntar e o que fazer com os dados que se descobrem" (STAUFFER, 2004, p. 5).
A maioria dos tomadores de decisão nas organizações trabalha com muitos dados em estado bruto, poucas informações baseadas em análises e quase nenhuma inteligência.
Um Sistema de Inteligência Competitiva busca transformar dados em informação e estes em inteligência.
Os dados são a base desta estrutura, por natureza são quantitativos, públicos e publicados. Segundo Garber (2001, p. 32) dados são "o elemento básico a partir do qual percebemos e registramos uma realidade".
A informação é o conjunto de dados analisados e organizados, sendo útil à tomada de decisão.
Já a inteligência fornece um grau de previsão das coisas que possam causar um impacto na organização. Ela é ativa, pois obriga algum tipo de atitude em resposta ao que foi recebido. Leonard Fuld (1994, p. 23) diz que, em sua descrição mais básica, inteligência é a "informação analisada". Ainda segundo o mesmo autor, "a inteligência - não a informação – ajuda um gerente a responder com táticas de mercado corretas ou decisões de longo prazo".
"Inteligência Competitiva é o processo sistemático que transforma pedaços e partes aleatórias de dados em conhecimento estratégico" (TYSON, 2002, p. 1-3).
Jacobiak define Inteligência Competitiva como a "atividade de gestão estratégica da informação que tem como objetivo permitir que os tomadores de decisão se antecipem às tendências dos mercados e à evolução da concorrência, detectem e avaliem ameaças e oportunidades que se apresentem em seu ambiente de negócio para definirem as ações ofensivas e defensivas mais adaptadas às estratégias de desenvolvimento da organização" (In: GOMES; BRAGA, 2001, p. 26).
Inteligência Competitiva (IC) é a Atividade de Inteligência aplicada ao mundo dos negócios.
Já Gomes e Braga (2001, p. 28) a definem como "o resultado da análise de dados e informações coletados do ambiente competitivo da empresa que irão embasar a tomada de decisão, pois gera recomendações que consideram eventos futuros e não somente relatórios para justificar decisões passadas".
Fleisher e Blenkhorn defendem que a Inteligência Competitiva é o processo pelo qual as organizações obtêm informações sobre concorrentes e o ambiente competitivo e, idealmente, as apliquem ao seu processo de tomada de decisões e planejamento, de forma a melhorar seu desempenho (2001, p. 4).
Segundo Miller (In: PRESCOTT; MILLER, 2002, p. 11) o objetivo da Inteligência Competitiva é o de gerar "informações que possam ser utilizadas para colocar a empresa na fronteira competitiva dos avanços".
Já Gary Costly diz que: "o maior resultado da Inteligência Competitiva é ela nos mostrar falhas internas decorrentes da força dos concorrentes" (In: PRESCOTT; MILLER, 2002, p. 11-12).
No âmbito empresarial, Inteligência competitiva é se antecipar às exigências do mercado. Isso é possível quando a empresa é gerida por meio de uma administração estratégica. Trata-se, portanto, de saber utilizar as informações sobre o mercado (cliente, concorrente, fornecedores)  de forma estratégica. ( Sebrae 2016)
CICLO DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
O ciclo da IC se dá em 4 fases: planejamento, coleta, análise e disseminação.
1. O Planejamento é a etapa de estudo preliminar do problema na qual são estabelecidos os procedimentos necessários.
2. A coleta é o processo de obtenção de dados que serão transformados em informação.
3. A análise é a etapa em que a inteligência é gerada.
4. A disseminação é a última fase do ciclo: consiste na remessa de inteligência formalizada, apresentada de forma lógica e de fácil absorção para o usuário.
Uma confusão comum ocorre entre Inteligência Competitiva e Inteligência de Marketing. A inteligência de marketing tem como processo a produção de informação que colaboram e apoiam as decisões de marketing. Enquanto que a Inteligência Competitiva tem como premissa o auxilio às decisões estratégicas. (Patricia Canarim, 2012).
MÉTODOS
Nas últimas 2 décadas foram criados os conceitos de armazém de dados (data warehouse), mineração de dados (data mining), CRM (customer relationship management) e outros visando a obtenção, extração e análise de dados. Todos estes conceitos, de uma forma ou de outra, são focados quase que exclusivamente no tratamento ao cliente. Entretanto, o conhecimento dos concorrentes e do ambiente externo também é fundamental para o negócio e necessita ser mapeado, analisado e tratado. Esta é a base da inteligência competitiva: obter informações e utilizá-la de forma adequada para produzir um diferencial estratégico.
O uso correto e sistematizado das técnicas de aquisição, tratamento e análise dos dados como foco no ambiente externo é a base da IC.
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA X BENCHMARKING
O trabalho de inteligência competitiva não é um simples benchmarking, no qual empresas trocam informações sobre seus processos e produtos de modo a buscar soluções com base no que o concorrente faz.
O profissional de inteligência competitiva atua buscando informações que ainda não estão explícitas no mercado e ainda não foram totalmente aplicadas pela concorrência. Trata-se de um modelo preditivo de gestão, por meio de um aprendizado definido pela competição para aperfeiçoar a estratégia organizacional.
BENEFÍCIOS DA IC NA ANÁLISE SWOT
Uma das formas mais eficazes de se definir um planejamento organizacional é por meio da realização da Análise SWOT, sigla que consiste em Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).
O trabalho consiste em realizar uma análise de forças e fraquezas internas, contrastando-as com oportunidades e ameaças do mercado. A partir dos resultados dessa análise, os gestores podem definir uma atuação mais focada em investimentos ou em espera de uma situação mais estável.
Um bom trabalho de inteligência competitiva torna a Análise SWOT muito mais assertiva, principalmente no que diz respeito às informações do mercado, já que o resultado desse trabalho trará as principais tendências do segmento no qual a empresa atua.
ONDE BUSCAR AS INFORMAÇÕES
Com a democratização da internet, o trabalho de inteligência competitiva ficou muito mais facilitado e com resultados mais próximos da realidade. O profissional ou a equipe responsável pela análise pode ir atrás de informações que estão em toda a parte: clientes, representantes, fornecedores ou concorrentes.
Os responsáveis pela pesquisa devem saber ler e interpretar as informações obtidas, para que a direção da empresa tenha uma boa base para tomar decisões corretas.
PERFIL PROFISSIONAL
Embora as grandes empresas tenham setores voltados exclusivamente para a inteligência competitiva, isso não impede que todas as áreas da organização estejam atentas às tendências, principalmente àquelas ligadas à atividade específica dos seus profissionais. Por isso mesmo, o perfil dos colaboradores desejado pelas organizações mudou.
A capacidade técnica continua a ser um diferencial, mas pessoas antenadas, que gostam de ler e que conhecem muito do mercado no qual atuam estão saindo na frente nos processos seletivos.
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA X BUSINESS INTELLIGENCE
Enquanto a Inteligência Competitiva é voltada para o profissional, o Business Intelligence está ligado ao negócio. O BI é fundamental para gestores e organizações no processo de definição de estratégias, correção dos planejamentos e avaliação constante do sucesso do negócio.
As ferramentas de BI estão ligadas à coleta, organização, análise e compartilhamento de dados de sistemas, com foco na integração do negócio como um todo. O Business Intelligence garante decisões mais seguras e ações direcionadas para a obtenção de resultados sólidos.
A contribuição da Inteligência Competitiva para o Planeamento Estratégico
O planejamento estratégico pode ser considerado como um processo de avaliação das implicações futuras das decisões presentes, procurando reduzir a incerteza causada pelas mudanças no ambiente externo e interno da empresa. É comumente associado ao estabelecimento de metas e objetivos de longo prazo, e à formulação de políticas, estratégias e tomadas de decisão para os atingir.
Talvez seja por isso que Mintzberg e outros critiquem o processo de planeamento estratégico. “O planejamento estratégico tornou-se uma atividade burocrática, baseada em dados, de baixa inovação e originalidade das alternativas” [REEDER, Robert R.; BRIERTY, Edward G.; REEDER, Betty H. Industrial Marketing].
 Os gestores das empresas, por sua vez, estão a aprender que quando o planeamento está distanciado do mercado, utilizando dados de 2ª e 3ª mãos, “produz estratégias erróneas e de baixo impacto”.
Para minimizar esse tipo de crítica, a Inteligência Competitiva (IC) surge como um forte aliado aos praticantes do Planeamento Estratégico. A IC dá alma aos números, como um processo ético e sistemático por meio do qual a organização captura, analisa, protege e dissemina conhecimentos estratégicos sobre os ambientes competitivo, concorrencial e organizacional, de forma a apoiar a tomada de decisão estratégica no tempo adequado. De forma pragmática, a IC orienta as pessoas a procurarem fontes secundárias de informações ou fontes primárias fidedignas  (dentro dos limites estabelecidos da ética concorrencial) e a atribuírem graus de relevância às informações encontradas, evitando assim uma avalanche de dados sem sentido e impróprios para a tomada de decisões.
Em suma, os interessados em ampliar a eficácia da IC aplicada ao planeamento estratégico podem utilizar as seguintes lições:
A IC supre o processo de planeamento estratégico com os elementos adequados para a formulação de alternativas: esta atividade sintetiza o conhecimento, revelando oportunidades e ameaças, imaginando e testando as defesas, os ataques e contra-ataques dos concorrentes sobre as decisões e ações tomadas pela empresa. IC apoia e reforça as atividades de planeamento estratégico, não o substitui;
A gestão da rede de relacionamento (ou de atores-responsáveis / stakeholders) é fundamental: esta atividade requer a estimulação da equipa na fronteira com o ambiente concorrencial para registrar e aproveitar estes contactos com pessoas detentoras de informação relevante para o processo de planeamento estratégico;
A síntese da situação competitiva vale o seu peso em ouro para o alto escalão: depois de filtrar o que é mais relevante para a tomada de decisão, esta atividade qualifica os dados e informações em categorias, elimina redundâncias, resolve inconsistências, confirma rumores e completa as lacunas.
O Planeamento Estratégico deve prender-se com o passado, o presente e o futuro da empresa.
 A IC integrada ao Planeamento Estratégico gera insights e obtém informação “quente” para os tomadores de decisão. Desta maneira, torna o processo de Planeamento Estratégico mais robusto e colabora no entendimento do passado e na criação de opções críveis sobre o futuro.

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