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CAPÍTULO 4 - POLÍTICAS DE EQUIDADE E PROGRAMAS NACIONAIS DE ASSISTENCIA A SAUDE

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
CAPÍTULO 4 - POLÍTICAS DE EQUIDADE E 
PROGRAMAS NACIONAIS DE ATENÇÃO À 
SAÚDE
Helga Rocha Pitta Portella Figueiredo
- -2
Introdução
Caro estudante, nesta unidade, você conhecerá políticas de saúde que buscam, especialmente, a garantia de um
dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS): a equidade. Esse princípio possui relação com os
conceitos de igualdade e de justiça social e, no SUS, está relacionado à oferta de atendimento aos indivíduos de
acordo com suas necessidades, isto é, oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem menos precisa.
Garantir a equidade é garantir que as diferenças não prejudiquem na assistência prestada, reconhecendo e
agindo na subjetividade e na diversidade de cada indivíduo (PAIM, 2009).
Nos últimos anos, o Brasil vem passando por avanços no combate a situações de preconceito e discriminação,
como o racismo, a misoginia, a LGBTfobia e a exclusão social de populações que vivem em situação de rua ou em
condições de isolamento, como no sistema prisional. Esses avanços buscam não apenas garantir o princípio da
equidade, mas também o da universalidade, isto é, garantir o acesso de toda população a serviços de qualidade,
com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde. Porém, ainda há muito a se
trabalhar para melhorar o acesso e reduzir a iniquidade no país, diminuindo as vulnerabilidades presentes
nesses grupos.
Você sabe o que significa vulnerabilidade? Esse termo está relacionado às situações a qual estão expostos os
grupos que sofrem de exclusão social, nos quais, de alguma forma, os determinantes sociais de saúde estão
prejudicados (CAMPOS, 2007). Mas a exclusão social, o que significa? E quais são os determinantes sociais?
Quando alguns grupos são isolados da maior parte da sociedade e não conseguem ter acesso a todos os tipos de
serviço disponibilizados, eles são considerados grupos socialmente excluídos. Trata-se de sujeitos vulneráveis e
neles residem fatores que interferem em sua saúde, como os determinantes sociais, isto é, elementos como falta
de moradia ou moradia precária; acesso à saúde, educação, lazer, trabalho e saneamento prejudicados; além da
ausência de serviços que visam garantir a cidadania, como liberdade de expressão, direito ao voto, entre outros.
Você conhece alguma política de equidade em vigor no Brasil que vise sanar ou reduzir os problemas acima
destacados? Quer conhecer mais sobre o tema? Acompanhe a unidade e bons estudos!
4.1 Gênero, direitos sexuais e suas implicações na saúde
Você sabe o que é gênero? Sabe a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual? Se não sabe, agora é
chegado o momento de conhecer um pouco sobre esse tema! Uma ideia muito comum em nossa sociedade é a de
que existe uma conexão fundamental entre o sexo biológico, a identidade de gênero e a orientação sexual, não é
mesmo? Porém, há diferenças entre esses três conceitos.
Na espécie humana, por determinação da biologia, historicamente, existem machos e fêmeas. Contudo, a ideia
enraizada por trás dos conceitos de homem e mulher é cultural. Diante disso, o conceito de é entendidogênero 
como as relações estabelecidas a partir da percepção social das diferenças biológicas entre os sexos, o que
significa que homens e mulheres são produtos da realidade social, da cultura e não decorrência da anatomia dos
seus corpos.
Essa divisão entre o feminino e o masculino está presente há milênios em nossa cultura e é incorporada na nossa
forma de ver os indivíduos. Ela está fundada, também, em esquemas classificatórios que opõem o masculino ao
feminino (ANJOS, 2002). Assim, é possível dizer que a masculinização do corpo masculino e a feminilização do
corpo feminino são expressões da ordem social. Contudo, o gênero deve ser compreendido também como uma
questão de autopercepção: uma pessoa pode ser cisgênero (identificar-se com o gênero designado ao nascer) ou
trans (transexual ou transgênero, não se identificando com o gênero que lhe foi designado ao nascer).
Com isso, você pôde compreender, até aqui, que o gênero tem relação com a forma como a pessoa se enxerga no
mundo e na sociedade. Mas em relação aos desejos e interesses, como ficam esses conceitos? Nesse caso,
partimos para uma outra expressão, a saber: a orientação afetiva e sexual. Sobre isso, observe a figura abaixo.
- -3
Figura 1 - Diferenças entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação afetiva e sexual
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em AGÊNCIA EBC, 2020.
Na figura acima, podemos identificar os conceitos de identidade de gênero, já discutido, de sexo biológico e de
orientação afetiva e sexual. Além desses conceitos, há ainda a expressão de gênero, que está relacionada à forma
como a pessoa se expressa e é percebida pelos outros: suas vestimentas, seu comportamento e outros itens
influenciam nessa percepção.
Clique e entenda, resumidamente, esses conceitos:
S e x o
biológico
São as características de nascimento, órgãos sexuais e traços.
Atração ou
orientação
afetiva e
sexual
Diz respeito à forma como nos sentimos em relação à afetividade e à sexualidade. De
acordo com o “Manual orientador sobre diversidade” (BRASIL, 2018, p. 15), “Os conceitos
de homossexualidade, bissexualidade, heterossexualidade e assexualidade são os tipos de
orientação sexual. Esse conceito também é conhecido como orientação afetivo-sexual, uma
vez que não diz respeito apenas a sexo”.
- -4
vez que não diz respeito apenas a sexo”.
Agora que você já conhece alguns conceitos específicos para essa população, você irá estudar e conhecer, na
sequência, quais são as políticas voltadas para sua assistência e de que forma podem ser asseguradas a
universalidade e a equidade, previstas pelo SUS, para a população LGBT.
4.1.1 Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, 
Travestis e Transexuais
A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais foi divulgada pelo
Ministério da Saúde no ano de 2011 e atualizada em 2017. Conheça mais sobre essa política navegando no
recurso a seguir:
Por meio dela, entram para os determinantes sociais em saúde a identidade de gênero e a orientação sexual.
Essa política apresenta como seu principal objetivo o combate firme às desigualdades e inequidades dessa
população.
Porém, para cumprir com esse objetivo, é necessário que o Estado se liberte de qualquer tipo de preconceito,
visando alcançar a democracia social e garantindo a todos o direito integral à saúde e o respeito à autonomia
sobre os direitos sexuais e reprodutivos.
Diante disso, é necessária toda uma agitação e mobilização por parte da sociedade, incluindo a sensibilização e
capacitação de todos os profissionais envolvidos na promoção da saúde, na prestação do cuidado e na assistência
dessa população, frisando atitudes como o combate à LGBTfobia e à discriminação nas instituições e serviços do
SUS (BRASIL, 2018).
De acordo com o “Manual orientador sobre diversidade”, em virtude do “[...] preconceito existente na sociedade,
a população LGBT, em especial travestis e transexuais, sofrem exclusão social, muitas vezes sendo submetidos à
situação de pobreza e vulnerabilidades sociais, como a dificuldade em acessar serviços públicos” (BRASIL, 2018,
p. 26). O preconceito traz diversos transtornos à população LGBT: a discriminação, a violência de todas as
formas e principalmente quando somadas a outros fatores de exclusão, como de classe social, de raça ou a
existência de uma deficiência, trazem prejuízos de acesso à educação, trabalho e o pleno exercício da cidadania
desses sujeitos.
Esses fatores funcionam com uma “bola de neve”, pois, quanto mais difícil o acesso dessa população ao mercado
de trabalho, menos poder aquisitivo ela terá, o que lhe impossibilitará, consequentemente, ter acesso à moradia
e lazer, por exemplo, pontos que interferem de forma abrupta na qualidade de vida. É diante desses fatores que
essa política visionária e necessária surge, sendo considerada um marco naluta pelos direitos da universalidade
e equidade no SUS (BRASIL, 2011b).
VOCÊ QUER LER?
Em 2018, o Ministério dos Direitos Humanos lançou o “Manual orientador sobre diversidade”.
Nele, você encontra a definição completa dos conceitos aqui apresentados e muitos outros.
Trata-se de uma leitura riquíssima e muito importante para a compreensão das políticas
públicas voltadas para a população LGBT. Confira o manual em: https://www.mdh.gov.br
/todas-as-noticias/2018/dezembro/ministerio-lanca-manual-orientador-de-diversidade
./copy_of_ManualLGBTDIGITAL.pdf
https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/dezembro/ministerio-lanca-manual-orientador-de-diversidade/copy_of_ManualLGBTDIGITAL.pdf
https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/dezembro/ministerio-lanca-manual-orientador-de-diversidade/copy_of_ManualLGBTDIGITAL.pdf
https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/dezembro/ministerio-lanca-manual-orientador-de-diversidade/copy_of_ManualLGBTDIGITAL.pdf
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O nome social é um direito que deve ser respeitado em qualquer unidade de saúde. Tanto esse direito quanto
outros fazem parte da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Conheça outros desses direitos na figura a seguir!
VOCÊ SABIA?
No SUS, é direito de qualquer pessoa, seja esta travesti, mulher transexual ou homem trans,
optar por utilizar seu nome social, isto é, como se percebem em seu cotidiano. Isso significa
que, nesse caso, não é mais obrigatório o uso do nome de registro. A garantia do direito do uso
do nome social veio por meio da “Carta de direitos dos usuários da saúde”, aprovada em 2009.
Segundo ela, “É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde, ter atendimento humanizado,
acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude de idade, raça,
cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero [...]” (BRASIL, 2011d, p. 11).
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Figura 2 - Objetivos da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 2011b.
Nos objetivos acima, observa-se a preocupação com a garantia de respeito, autonomia e com a humanização do
cuidado. Percebe-se, ainda, a vontade do Ministério da Saúde em trabalhar a política de redução de danos, em
que se entende quais são os riscos aos quais essas pessoas estão submetidas e se busca intervir de forma
compartilhada e livre de julgamentos e restrições.
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4.1.2 Processo transexualizador no SUS
Você já ouviu falar em processo transexualizador? Trata-se de uma série de procedimentos para a readequação
sexual, parte da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, e foi instituído no SUS pelas Portarias n. 1.707 e n. 457,
de agosto de 2008, e ampliado pela Portaria n. 2.803, de 19 de novembro de 2013. Essa série de procedimentos
visa garantir o atendimento integral às pessoas trans, incluindo acolhimento e acesso humanizado aos serviços
do SUS, desde o uso do nome social, passando pela hormonioterapia e seguindo até a cirurgia de adequação do
corpo à identidade de gênero (BRASIL, 2018).
Observe, na figura a seguir, quais os componentes da rede de atenção para aqueles que desejam realizar ações no
âmbito do processo transexualizador.
Figura 3 - Componentes da rede de atenção aos usuários e usuárias com demanda para a realização das ações no 
processo transexualizador
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
A seguir, clique nas abas e conheça melhor esses componentes:
Atenção Básica
A Atenção Básica é o elo da Rede de Atenção à Saúde (RAS) que coordena o cuidado e deve sempre ser percebida
como a porta de entrada do usuário no SUS. Entre suas funções primordiais, estão a realização do acolhimento
humanizado, a prestação do cuidado, o acompanhamento e, quando indicado e solicitado, essa rede deve realizar
o encaminhamento aos serviços especializados no processo transexualizador (Atenção Especializada).
Atenção Especializada
Já a Atenção Especializada é composta por variados pontos de atenção, com diversas densidades tecnológicas,
garantindo ações ambulatoriais, de urgência, emergência e até mesmo serviços hospitalares especializados. A
ideia é oferecer a integralidade do cuidado em tempo oportuno para a garantia da saúde dos usuários. Cabe à
Atenção Especializada, ainda, garantir o compartilhamento do cuidado com a Atenção Básica, trocando
informações de cuidados e intervenções dispensados ao usuário. Ocorre em dois momentos: ambulatorial e
hospitalar. A primeira é destinada a ofertar atendimento especializado, procedimento e exames complementares
(hormonioterapia e psicologia, por exemplo); já a segunda, além dos serviços citados, oferta, ainda,
procedimentos cirúrgicos e os cuidados pré e pós-operatórios, como a cirurgia transexualizadora, por exemplo.
Agora que você conheceu um pouco sobre as políticas direcionadas à população LGBT, veja, na sequência, as
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Agora que você conheceu um pouco sobre as políticas direcionadas à população LGBT, veja, na sequência, as
políticas destinadas às pessoas privadas de liberdade no sistema prisional.
4.2 Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de 
Liberdade no Sistema Prisional
Refletir sobre a atenção à saúde das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional, uma interface tão
delicada do SUS, traz questionamentos e nos obriga a problematizar sobre o acesso e a qualidade da atenção à
saúde ofertada para esses cidadãos. Um indivíduo passa a compor a população carcerária quando aguarda sua
sentença em prisão preventiva ou cumprindo sua pena. Nos dois casos, sua liberdade se torna cerceada, ficando
este sob a custódia do Estado. O Estado, por sua vez, torna-se responsável pela manutenção da saúde dessa
população, assim como pela garantia de acesso a todos os outros direitos que lhe são reservados (educação,
trabalho, bem-estar e inclusão social). Mas será que esses direitos de fato são garantidos?
O Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário (PNSSP) surge diante da necessidade de reestruturar as
estratégias de promoção de direitos e de saúde da população carcerária. Publicado pelo Ministério da Saúde em
2003, sob a Portaria n. 1.777, de 2003, esse plano trazia estratégias direcionadas para a inclusão da população
penitenciária no SUS, com garantia de todos os direitos previstos a qualquer cidadão. Havia, assim, nesse
momento, uma tentativa de respeitar não só um dos princípios doutrinários do SUS, o da universalidade, mas
também o da integralidade da assistência à saúde da população confinada (BRASIL, 2003).
Dez anos depois do PNSSP, quando este aponta seu esgotamento, surge a Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). O PNAISP visa garantir o acesso das
pessoas privadas de liberdade ao cuidado integral no SUS, prevendo que os serviços de saúde, no sistema
prisional, passem a ser ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS, qualificando também a
Atenção Básica, no âmbito prisional, como porta de entrada do sistema e ordenadora do cuidado.
As Equipes de Atenção Básica Prisional (EABp) são compostas por profissionais de diferentes categorias que,
como em qualquer Atenção Básica, são a porta de entrada do usuário no sistema e articuladores do cuidado em
toda a rede. Suas ações podem ser desenvolvidas dentro do pavilhão, por meio da visita dos profissionais
(BRASIL, 2014a). Veja, na sequência, quais os objetivos específicos do PNAISP.
VOCÊ QUER VER?
O filme dirigido por Héctor Babenco (2003), conta a história do maior presídio daCarandiru,
América Latina sob o ponto de vista de um médico sanitarista, que se oferece para realizar um
trabalho de prevenção ao vírus HIV nesse estabelecimento, durante os anos 1990. Nessa
produção, é possível observar a dura realidade dos prisioneiros, presenciando cenas de
violência, a superlotação, a precariedade dos serviços prestados e a falta de humanização com
os usuários do sistema. Confira o filme e reflita sobre a importância que um sistema
humanizadopossui para esses sujeitos.
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Figura 4 - Objetivos da PNAISP
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 2014a.
E você, o que pensa sobre a política de assistência à população carcerária? Acredita que os princípios de
integralidade, equidade e universalidade estão sendo garantidos a esse grupo? Agora que você já conhece a
política por trás da garantia desses direitos, fica mais fácil de avaliar e responder a essas questões.
Para finalizar este item, vamos assistir à uma videoaula sobre equidade em saúde?
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/ e n t r y _ i d / 1 _ z o 2 r s n j v ?
wid=_1972831&iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1584561507&entry_id=1_zo2rsnjv
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- -10
4.2.1 Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS)
Você já ouviu falar na Força Nacional do SUS? Você sabia que você pode atuar em situações de gravidade como
voluntário? Essa possibilidade passou a existir em 2011, quando o Ministério da Saúde, pensando em situações
calamitosas, criou um programa com o intuito de permitir a cooperação de profissionais de saúde de forma
voluntária em situações de emergência pública e desastres epidemiológicos. Esses profissionais viriam, então,
assumir, em conjunto com os demais, as intervenções necessárias. Podem participar da Força Nacional do SUS,
segundo o Decreto n. 7.616, de 17 de novembro de 2011:
I - servidores ou empregados públicos de hospitais sob gestão federal e hospitais universitários
federais;
II - servidores ou empregados públicos do Ministério da Saúde e entidades vinculadas;
III - pessoal contratado temporariamente por excepcional interesse público;
IV - servidores ou empregados públicos estaduais, distritais ou municipais vinculados ao SUS; e
V - voluntários que atuem na área da saúde. (BRASIL, 2011a, online)
Para o decreto, são consideradas emergências em saúde pública situações que necessitam do emprego urgente
de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
Figura 5 - Situações condizentes com o acionamento da Força Nacional do SUS
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 2011a.
- -11
Após a composição das equipes da Força Nacional do SUS, estas responderão por ações de promoção,
recuperação, fornecimento de medicações e orientações, realização de resgates e cuidados, entre outras que
sejam necessárias.
Você conhecia esse programa ministerial? O que pensa sobre a possibilidade de atuar de forma voluntária para
salvar vidas em grandes emergências nacionais? Sabemos que em situações de urgência e emergêcia, o tempo é
crucial para salvar vidas e a possibilidade de contar com a ajuda de voluntários é de suma importância para
aumentar as chances de atuar em tempo oportuno.
4.3 Programa Nacional de Atenção à Saúde da População 
em Situação de Rua (Consultório de Rua)
Viver na rua é uma situação bastante complicada e na qual não nos imaginamos, não é mesmo? Porém, a partir
de agora, você é convidado a fazer um esforço de tentar imaginar como deve ser a questão do acesso a direitos
para essas pessoas, não somente o acesso à saúde, mas a todos os determinantes sociais, como moradia,
alimentação segurança, educação, trabalho e lazer. Quantas vezes vemos notícias de moradores de rua que
sofrem violência nas grandes cidades? Viver na rua traz para essa população diversos fatores de risco que
ampliam sua vulnerabilidade. Além das citadas, o próprio preconceito e a invisibilidade social agravam a
situação dessa população.
São consideradas pessoas em situação de rua, segundo a Política Nacional para a População em Situação de Rua:
[...] grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares
interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os
logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma
temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou
como moradia provisória. (BRASIL, 2009a, online)
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), mais de 50 mil adultos estão
em situação de rua, sendo em sua maioria homens (82%) e negros (67%). Os principais motivos que levaram
esses indivíduos a viver nas ruas são o uso e o abuso de álcool e outras drogas (35,5%), o desemprego (29,8%) e
os conflitos familiares (29,1%) (BRASIL, 2008b).
Conheça a história do Programa Nacional de Atenção à Saúde da População em Situação de Rua (Consultório de
Rua) clicando nas abas a seguir:
• Política Nacional para a População em Situação de Rua
VOCÊ QUER VER?
Quer saber em quais situações a Força Nacional do SUS já atuou em nosso país? Na tragédia da
boate Kiss, por exemplo, em 2013, esse recurso foi de significativo valor. Para conhecer um
pouco mais sobre a atuação da FN-SUS, confira a entrevista com Paulo de Tarso, que já atuou
como coordenador geral desse recurso, concedida ao TV BrasilGov. Disponível em: 
.https://www.youtube.com/watch?v=E9qixUzg7Bs
•
https://www.youtube.com/watch?v=E9qixUzg7Bs
- -12
• Política Nacional para a População em Situação de Rua
Em 2009, por meio do Decreto n. 7.053, o Ministério da Saúde implantou a Política Nacional para a
População em Situação de Rua. Esta visava, principalmente, a redução das iniquidades na assistência à
saúde dessa população. A vulnerabilidade a que esses sujeitos estão expostos aumenta a chance de
adoecimento e probabilidades de agravos à saúde, segundo a Pesquisa Nacional sobre a Saúde da
População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS), em 2008, que ouviu cerca de 32 mil pessoas adultas em situação de rua, em 71 cidades
brasileiras. O que mais se evidenciou com a pesquisa foi que 30% dessa população mencionou ter
problemas de saúde, sendo que 18,5% alegou ter passado por experiências de impedimento de
atendimento em unidades de saúde (BRASIL, 2008b).
• Plano Operativo de Ações para a Saúde da População em Situação de Rua
A partir de 2013, as ações voltadas para a melhoria da assistência a essa população tão vulnerável
passaram a ser orientadas pelo Plano Operativo de Ações para a Saúde da População em Situação de Rua.
Houve, ainda, a criação do Comitê Técnico de Saúde da População em Situação de Rua, que executa ações
de promoção de acesso, acompanhamento e de avaliação das ações do Ministério da Saúde. O plano
trouxe a importância da atuação de equipes multiprofissionais para a prestação de serviços, garantindo a
integralidade da assistência a essa população, enfatizando a promoção e a prevenção e garantindo,
finalmente, o acesso em todos os níveis de complexidade: Atenção Básica, Especializada e ações de
urgência e emergência. A partir desse plano, iniciou-se a implantação dos Consultórios na Rua (BRASIL,
2012a).
4.3.1 Consultórios na Rua
A ideia do Consultório na Rua traz a presença de uma equipe multiprofissional para atuar mais próximo dessa
população, podendo estar presente nas ruas de forma itinerante ou atuar dentro de Unidades Básicas de Saúde já
existentes na localidade. O importante é facilitar e promover o acesso à saúde para o usuário. Esse programa faz
parte da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), instituída em 2017, que rege todas as formas de se fazer
Atenção Básica no SUS (BRASIL, 2017b).
São categorias profissionais que podem compora equipe de consultório na rua: enfermeiros, psicólogos, 
assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, médicos, agentes sociais, técnicos ou auxiliares de enfermagem e 
técnicos em saúde bucal.
As Equipes de Consultório na Rua (eCR) são formadas por, no mínimo, quatro dos profissionais citados acima. A
definição de onde será inserida a equipe e qual seu campo de atuação é dada por meio do censo da população de
rua localizada nesses espaços.
•
•
VAMOS PRATICAR?
S.M., 54 anos, em situação de rua, comparece à unidade de saúde com queixa de fraqueza e
tosse há mais de um mês. Ele faz uso de tabaco e álcool rotineiramente e por vezes consumo de
drogas, não possui residência fixa e costuma descansar em um posto de gasolina desativado na
orla da cidade. Alega já ter tido tuberculose em outro momento de sua vida, mas não sabe
informar a conclusão do tratamento. Ao exame físico, apresenta alterações da função
pulmonar. Sabendo da importância da realização do exame de raio X e do exame de escarro, a
equipe entrega as solicitações desses exames para o paciente e decide iniciar a medicação. São
fornecidos medicamentos para apenas um dia e é solicitado retorno para o próximo dia. Dias
depois, o agente comunitário da unidade encontra o paciente na rua e questiona sobre os
exames e o tratamento. O paciente relata que perdeu os pedidos e que não teve forças para ir
até a unidade, pois segue fraco. Sabendo disso, você ofertaria algo de forma diferente? Quais
- -13
Entre as diversas atribuições e possibilidades de cuidados ofertados por essas equipes, estão o pré-natal, o
acompanhamento de hipertensão e diabetes, realização de curativos, entre outros. Porém, é importante frisar
que o atendimento à saúde da população em situação de rua é de responsabilidade de toda a Rede de Atenção
Primária, o que inclui as Clínicas da Família e os Centros Municipais de Saúde. Isso significa dizer que, mesmo
que haja à disposição da população uma eCR, sua presença não deve impedir o atendimento em qualquer
unidade de saúde, seja esta de Atenção Básica, de urgências e emergências, Centros de Atenção Psicossocial
(CAPs) etc., prática que estaria indo de encontro ao princípio da universalidade do acesso.
até a unidade, pois segue fraco. Sabendo disso, você ofertaria algo de forma diferente? Quais
unidades poderiam ser acessadas para garantir integralidade da assistência e a segurança do
tratamento? Que tipo de acompanhamento deve receber o paciente em questão? Qual
dispositivo que compõe a Rede de Atenção à População em Situação de Rua seria de grande
valia no acompanhamento desse usuário? Outros dispositivos, além da saúde, poderiam ser
acessados por esse usuário?
- -14
Figura 6 - Portas de entrada possíveis para a população em situação de rua na Rede de Atenção à Saúde
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Entendendo a importância e a necessidade de ampliar o acesso dessa população à saúde, percebemos que o
Consultório na Rua é um ganho e um grande passo em busca da redução das iniquidades e das dificuldades
oriundas da exclusão social a qual essa população está submetida.
CASO
A presença da equipe de consultório na rua é de grande valia para diversos usuários em
situação de rua, pois, com ela, eles podem ser acompanhados in loco, no seu local de descanso,
sem a necessidade de se encaminhar até a unidade de saúde. Essa é uma característica que
- -15
Desse modo, percebe-se que existem inúmeras formas de agir no cuidado dos pacientes e inúmeras maneiras de
se fazer saúde. Em todo caso, o mais importante é lembrar que o objetivo principal da rede é a garantia integral
da assistência e a melhoria do acesso dos usuários em situação de rua.
4.4 Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
O Brasil é um país miscigenado e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019
apud SILVEIRA, 2019), a maior parte de nossa população é autodeclarada negra, grupo no qual se incluem
aqueles que se autodeclaram como pardos ou pretos.
Figura 7 - Representação da população brasileira por cor, em percentual
Fonte: IBGE, 2019 apud SILVEIRA, 2019, online.
sem a necessidade de se encaminhar até a unidade de saúde. Essa é uma característica que
garante, muitas vezes, a continuidade de diversos tratamentos, sobretudo nas situações em
que o usuário relata fraqueza ou apresenta outras vulnerabilidades, como o abuso de drogas,
por exemplo. Outra atribuição importante dessa equipe, que pode ser também realizada pelo
agente comunitário da Equipe de Saúde da Família, é a entrega de medicamentos e a
supervisão da tomada destes, que se insere no Tratamento Diretamente Observado. Por fim, é
importante destacar que existem leis que garantem o atendimento dos usuários mesmo que
estes não possuam documentação: esta é um direito do usuário, e não condição para seu
atendimento.
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Mesmo a maior parte de nossa população sendo composta por pardos e pretos, ainda é muito presente, em nosso
cotidiano, o racismo, uma expressão clara da desigualdade social.
Nesse cenário, é importante destacar o racismo institucional, isto é, as práticas coletivas que colocam pessoas de
grupos raciais ou étnicos em situação de desvantagem no acesso aos serviços e benefícios, bem como na garantia
de seus direitos (BRASIL, 2017c). Na saúde, as desigualdades são vistas quando, ao consultar dados do
Ministério da Saúde, percebe-se a diminuição da qualidade e da expectativa de vida da população negra, as taxas
elevadas de mortalidade materna e neonatal e a grande violência contra esse grupo, principalmente contra
jovens do sexo masculino. Com todos esses dados, fica evidente a vulnerabilidade da população negra e a
importância de medidas para reverter essa situação.
Além do racismo institucional e das vulnerabilidades anteriormente citadas, ainda existem doenças genéticas e
hereditárias que possuem maior incidência na população negra. Clique a seguir para conhecer as principais:
Anemia falciforme
Doença oriunda dos antepassados africanos, responsável por alteração em células sanguíneas e que é encontrada
em uma frequência média de 4% na população brasileira em geral e em 8% na população negra.
Diabetes (tipo II)mellitus
É a diabetes que normamelmente se inicia na fase adulta e que se não tratada adequadamente pode trazer
inúmeras consequências à saúde do indivíduo. É a quarta causa de morte e a principal causa de cegueira
adquirida no Brasil. Mais comum em negros, atinge 50% a mais das mulheres negras em comparação às brancas.
VOCÊ QUER LER?
Em 2018, foi publicado, pelo IBGE, um estudo intitulado “Desigualdades sociais por cor ou raça
no Brasil”. Informações sobre o acesso ao mercado de trabalho e à educação, a participação
política, entre outros dados comparativos, mostram que as desigualdades estão enraizadas em
nossa sociedade. Confira o estudo em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros
./liv101681_informativo.pdf
VOCÊ O CONHECE?
Um importante marco da luta antirracismo foi a obra de Carlos Alberto de Oliveira (1941-
2018), advogado, baiano e autor da Lei n. 7.716, de 1989, que ficou conhecida como Lei Caó,
em sua homenagem. Essa lei tornou crime a discriminação racial e qualquer forma de
preconceito, com penas de multa e prisão que variam de dois a cinco anos. Ainda lutando em
combate ao racismo, quando ocupava o cargo de deputado constituinte, incluiu esse crime
entre os inafiançáveis de nosso país.
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf
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Hipertensão arterial
A doença crônica não transmissível (DCNT) mais comum entre adultos brasileiros também possui maior
incidência entre negros de ambos os sexos (BRASIL, 2017c).
Diante desses dados, fica evidente a necessidade de políticas públicas em saúde voltadas para a população negra.
4.4.1 Atuando para garantir os direitos
Em 13 de maio de 2009, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
(PNSIPN),buscando garantir a equidade da atenção à saúde dessa população por meio de sua promoção, da
prevenção e da reabilitação. Assim, além da equidade, essa política aponta, também, para a integralidade da
assistência.
A PNSIPN traz consigo a implementação de ações destinadas à população negra e dá voz à sociedade civil por
meio de movimentos, o que é possível com o Comitê Técnico de Saúde da População Negra (CTSPN), por
exemplo. Como todo comitê, ele tem a responsabilidade de acompanhar e avaliar as ações do Ministério da Saúde.
Entre as principais diretrizes dessa política, destacam-se:
I - inclusão dos temas Racismo e Saúde da População Negra nos processos de formação e educação
permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social na saúde;
II - ampliação e fortalecimento da participação do Movimento Social Negro nas instâncias de controle
social das políticas de saúde, em consonância com os princípios da gestão participativa do SUS,
adotados no Pacto pela Saúde;
III - incentivo à produção do conhecimento científico e tecnológico em saúde da população negra;
IV - promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo aqueles
preservados pelas religiões de matrizes africanas;
V - implementação do processo de monitoramento e avaliação das ações pertinentes ao combate ao
racismo e à redução das desigualdades étnico-raciais no campo da saúde nas distintas esferas de
governo; e
VI - desenvolvimento de processos de informação, comunicação e educação, que desconstruam
estigmas e preconceitos, fortaleçam uma identidade negra positiva e contribuam para a redução das
vulnerabilidades. (BRASIL, 2009b, online)
As ações para o enfrentamento do racismo contra a população negra continuaram no Ministério da Saúde e, em
2012, foi lançada a campanha “Igualdade racial no SUS é pra valer”, que veio ao encontro da campanha
“Igualdade racial é pra valer”, criada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Esses fatos
trazem esperanças de um futuro melhor na assistência à saúde das mais diversas populações e apontam para a
importância da conscientização e do respeito às diversidades.
Conclusão
O preconceito é um marcador de vulnerabilidade e prejudica os mais diversos grupos sociais. Além dele, há
outros determinantes sociais que interferem na qualidade de vida e na saúde da população, como as condições
sociais, econômicas, culturais e étnico-raciais, por exemplo. Sabendo que esses fatores afetam os indivíduos de
modos diversos, é fundamental que o Estado promova políticas públicas em saúde que visem sanar ou diminuir
as iniquidades observadas, de modo a garantir os princípios doutrinários do SUS.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer políticas públicas de saúde voltadas para grupos específicos, como a população LGBT, as •
- -18
• conhecer políticas públicas de saúde voltadas para grupos específicos, como a população LGBT, as 
pessoas privadas de liberdade no sistema prisional, a população em situação de rua e as pessoas negras;
• descobrir o que são determinantes sociais e seus efeitos para as mais diversas populações;
• compreender a importância das ações do Ministério da Saúde para reverter situações de 
vulnerabilidade, como aquelas que se dão por meio da educação permanente, da divulgação de ações e de 
orientações e, principalmente, por meio da capacitação de profissionais da saúde para lidarem com a 
diversidade e promoverem a equidade e o respeito com a população em geral;
• identificar as portas de entrada ao SUS e as redes de atenção às populações mais vulneráveis.
Bibliografia
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	Introdução
	4.1 Gênero, direitos sexuais e suas implicações na saúde
	4.1.1 Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
	4.1.2 Processo transexualizador no SUS
	4.2 Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
	4.2.1 Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS)
	4.3 Programa Nacional de Atenção à Saúde da População em Situação de Rua (Consultório de Rua)
	Política Nacional para a População em Situaçãode Rua
	Plano Operativo de Ações para a Saúde da População em Situação de Rua
	4.3.1 Consultórios na Rua
	4.4 Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
	4.4.1 Atuando para garantir os direitos
	Conclusão
	Bibliografia

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