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Elementos resistivos lineares e não lineares. Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Exatas Departamento de Física Elementos resistivos lineares e não lineares. Relatório de Física Experimental III Acadêmicos: José Pedro Costa Valério, ra: 110071; Vicente Neto Campos Giovinazzo, ra:115825; Curso/Turma: Engenharia de Produção – Confecção Industrial / 34. Professor: Marlon Ivan Valério Cuadros. Maringá, 30 de Agosto de 2020. Elementos resistivos lineares e não lineares. Relatório de Física Experimental III 1 - Introdução Algumas substâncias apresentam variação de resistência tão pequena que, dentro de limites, têm resistências praticamente constantes, sendo usadas na fabricação de resistores. Em geral a resistência elétrica dos materiais aumenta quando há a elevação da temperatura. O carvão, o vidro, o quartzo, a grafita e a porcelana são exceções; suas resistências diminuem quando a temperatura aumenta e vice-versa. O comportamento dos materiais quando submetidos a eletricidade é de suma importância, de modo que os objetivos deste trabalho são distinguir elementos resistivos lineares de não lineares, através de determinação experimental de suas curvas características e analisar a dependência da variação da resistência com a temperatura e iluminação para resistores de tungstênio, NTC e LDR. 2 - Fundamentação Teórica A resistência elétrica de um corpo pode ser medida aplicando uma diferença de potencial entre seus extremos, gerando assim uma corrente entre os polos, podendo-se calcular sua resistência através da lei de Ohm: (2.1) No qual (V) é a tensão aplicada nos extremos do condutor e (i) a intensidade de corrente gerada que atravessa o condutor. Quando a razão V/i é uma constante, então o resistor obedece à lei de Ohm, mas nem sempre a resistência vai ser constante, ela pode variar, nos resistores cuja relação entre V e i não é linear, estes são chamados resistores não ôhmicos. Um exemplo de resistor não ôhmico é a lâmpada incandescente. Os dois gráficos abaixo mostram a diferença entre um resisto rôhmico e um não ôhmico. a) RESISTOR (TERMISTOR) NTC O NTC é um componente resistivo que responde com uma diminuição do valor ôhmico à medida que a temperatura se eleva (coeficiente negativo de temperatura), enquanto que o PTC possui característica inversa, responde com um aumento do valor ôhmico à medida que a temperatura se eleva (coeficiente positivo de temperatura). Para o PTC a resistência sobe junto com a temperatura, o NTC comporta-se de maneira contrária. b) RESISTORES VDR Certos resistores apresentam variação da resistência devido a diferentes tensões que lhes são aplicadas, este resistor é denominado VDR (Voltage Dependent Resistor), ou ainda conhecido como varistor. Os varistores estão sempre associados à proteção de fontes e circuitos de alimentação, pois seu funcionamento se baseia na forte condução, ou seja, na queda brusca da resistência com o aumento da tensão. c) CÉLULA FOTO RESISTIVA LDR Resistor dependente da luz, ou LDR, varia sua resistência elétrica de acordo com a quantia de luz que incide sobre ele. Na escuridão, um LDR tem uma resistência muito alta e assim impede a corrente de fluir em um trecho do circuito. Na luz, porém, a resistência é muito mais baixa e isso permite o fluxo de boa intensidade de corrente num certo trecho do circuito. Passando o LDR do escuro total para uma região de certa iluminação, verifica-se uma variação de resistência mais rápida, decrescendo com grande velocidade (cerca de 10ms para passar de 1M ohms para 1000 ohms). Uma característica importante do LDR é o fato da variação de sua resistência frente a uma variação de iluminação independe do sentido de percurso da corrente que por ele circula. Existem LDR para potências altas e tensões de trabalho tão elevadas que podemos inclusive utiliza-las diretamente com a tensão da rede AC. Por isso, é perfeitamente possível o seu emprego em corrente alternada. A relação entre a resistência elétrica e a intensidade da luz incidente no LDR, pode ser expressa por: (2.2) Sendo R a resistência em (Ω), L o fluxo luminoso sobre a área do LDR em “lux”, R0 e α constantes sendo α< 0. 3 - Método de Investigação 3.1. Materiais Utilizados Fonte de tensão DC, multímetros, resistor de porcelana, lâmpada 12V, NTC, LDR, cabos e jacarés, termômetro, sistema com NTC e sistema com LDR. 3.2. Procedimentos a) Resistor de porcelana Mediu-se a resistência do resistor, após montou-se o circuito. Variou-se a tensão de saída na fonte de 2,0V em 2 ,0V até 20V, anotando a respectiva corrente em uma tabela V x i. b) Filamento metálico da lâmpada Substituiu-se o resistor de porcelana pela lâmpada de 12V, variando então a tensão de 1,0V, começando de 0,0V até 10,0V, anotando os resultados em uma tabela V x i. c) Resistor NTC Inseriu-se o termômetro no sistema com o NTC, ligando as extremidades do NTC ao ohmímetro e anotando o valor da resistência. Mediu-se também a temperatura inicial. Ligou-se o aquecedor a um a rede que fornece corrente alternada, anotando o valor da resistência do NTC de 2,0ºC em 2,0ºC, até atingir 70,0ºC. d) Foto resistor LDR Ligou-se uma fonte DC que fornece corrente contínua a uma tensão de 3,0 V, afastou-se a fonte de luz da foto resistor de 0,5 cm em 0,5 cm, até 11 cm e anotaram-se os resultados numa tabela R x d. 4 - Resultados Tabela 4.1 – Dados experimentais de tensão versus corrente, utilizando-se um resistor de valor nominal (18 x 102 ± 5%)Ω. (V ± ΔV) V (i ± Δi) mA (Rcalc ± δ) Ω 0,2070 ± 0,0001 2,06 ± 0,01 0,1004 0,4094 ± 0,0001 4,08 ± 0,01 0,1003 0,6012 ± 0,0001 5,98 ± 0,01 0,1005 0,8041 ± 0,0001 8,01 ± 0,01 0,1003 1,0051 ± 0,0001 10,01 ± 0,01 0,1004 1,509 ± 0,001 15,04 ± 0,01 0,1003 2,009 ± 0,001 20,04 ± 0,01 0,1002 2,513 ± 0,001 25,07 ± 0,01 0,1002 3,003 ± 0,001 29,99 ± 0,01 0,1001 3,497 ± 0,001 34,97 ± 0,01 0,1000 3,997 ± 0,001 39,98 ± 0,01 0,0999 4,510 ± 0,001 45,22 ± 0,01 0,0997 5,019 ± 0,001 50,38 ± 0,01 0,0996 Tabela 4.2 – Dados experimentais de tensão versus corrente utilizando-se uma lâmpada de 12 Volts. (V ± ΔV) V (i ± Δi) mA (Rcalc ± δ) Ω 0,2060 ± 0,0001 29,32 ± 0,01 0,0070 0,4006 ± 0,0001 37,74 ± 0,01 0,0106 0,6064 ± 0,0001 44,29 ± 0,01 0,0136 0,8051 ± 0,0001 50,25 ± 0,01 0,0160 1,0245 ± 0,0001 56,36 ± 0,01 0,0181 1,5064 ± 0,0001 68,72 ± 0,01 0,0219 2,016 ± 0,001 80,06 ± 0,01 0,0251 2,508 ± 0,001 90,31 ± 0,01 0,0277 3,049 ± 0,001 100,75 ± 0,01 0,0302 3,505 ± 0,001 109,07 ± 0,01 0,0321 4,006 ± 0,001 117,76 ± 0,01 0,0340 4,514 ± 0,001 126,09 ± 0,01 0,0357 5,017 ± 0,001 134,01 ± 0,01 0,0674 Tabela 4.3 – Dados experimentais de distância de uma fonte de luz a uma foto resistor, capturados de uma célula fotoelétrica. (R ± ΔR) Ω d (cm) 1/d2 (cm-1) 16,312 x 103 ± 0,001 0 0 13,919 x 103 ± 0,001 1,0 1 11,249 x 103 ± 0,001 2,0 0,250 8,562 x 103 ± 0,001 3,0 0,111 7,570 x 103 ± 0,001 4,0 0,062 5,890 x 103 ± 0,001 5,0 0,040 4,307 x 103 ± 0,001 6,0 0,027 2,827 x 103 ± 0,001 7,0 0,020 2,069 x 103 ± 0,001 8,0 0,016 1,346 x 103 ± 0,001 9,0 0,012 0,861 x 103 ± 0,001 10,0 0,010 0,392 x 103 ± 0,001 11,0 0,008 0,217 x 103 ± 0,001 12,0 0,006 Tabela 4.4 – Dados experimentais de resistência versus temperatura para o resistor NTC. (T ± ΔT) °C T (K) 1/T (K-1) (R ± ΔR) Ω 20 ± 0,5 293 3,41 x 10-3 13,448 x 103 22 ± 0,5 295 3,39 x 10-3 11,543 x 103 24 ± 0,5 297 3,37 x 10-3 10,431 x 103 26 ± 0,5 299 3,34 x 10-3 9,334 x 103 28 ± 0,5 301 3,32 x 10-3 8,476 x 103 30 ± 0,5 303 3,30 x 10-3 7,769 x 103 32 ± 0,5 305 3,28 x 10-3 7,110 x 103 34 ± 0,5 307 3,26 x 10-3 6,423 x 103 36 ± 0,5 309 3,24 x 10-3 5,900 x 103 38 ± 0,5 311 3,22 x 10-3 5,421 x 103 40 ± 0,5 313 3,20 x 10-3 4,931 x 103 42 ± 0,5 315 3,18 x 10-3 4,569 x 103 44 ± 0,5 317 3,16 x 10-3 4,191 x 103 46 ± 0,5 319 3,14 x 10-3 3,815 x 103 48 ± 0,5 321 3,12x 10-3 3,528 x 103 50 ± 0,5 323 3,10 x 10-3 3,282 x 103 52 ± 0,5 325 3,08 x 10-3 3,006 x 103 54 ± 0,5 327 3,06 x 10-3 2,783 x 103 56 ± 0,5 329 3,04 x 10-3 2,557 x 103 58 ± 0,5 331 3,02 x 10-3 2,367 x 103 60 ± 0,5 335 3,00 x 10-3 2,180 x 103 62 ± 0,5 337 2,97 x 10-3 2,037 x 103 64 ± 0,5 339 2,95 x 10-3 1,887 x 103 66 ± 0,5 341 2,93 x 10-3 1,767 x 103 68 ± 0,5 343 2,91 x 10-3 1,634 x 103 70 ± 0,5 345 2,89 x 10-3 1,513 x 103 5 - Análise dos Resultados a) Fazendo o gráfico i x V para o resistor de porcelana, temos: b) Com os dados da Tabela 4.2 obtêm-se o gráfico para a resistência da lâmpada de 12V. c) Da Tabela 4.4 obtemos o gráfico R x T para o resistor NTC, observando-o, percebe-se que a resistência decresce muito rapidamente com o aumento da temperatura, o que confirma as afirmações feitas na seção 2(a). d) Fazendo um gráfico R x d-2 em escala log-log, utilizando os dados da Tabela 4.3 para a célula fotoelétrica, tem-se a Figura 5.4. *colocar gráfico logaritmo* 6 - Referências Bibliográficas [1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; KRANE, K. S. Física 3. 5ª Ed. Rio de Janeiro, Editora LTC, 2011. [2] CAVALCANTI, P. J. M. Fundamentos de eletrotécnica. 17ª Ed. Rio de Janeiro, Livraria Freitas Bastos S.A. 2 1 - Introdução 1
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