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FICHA 03

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FICHA 03 
GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL 
Sabemos que há três estruturas geológicas que 
formam a superfície terrestre (dobramentos 
modernos, escudos cristalinos e bacias sedimentares), 
porém, no Brasil, encontraremos apenas duas: 
• Escudos Cristalinos ou Maciços Antigos – é a 
estrutura mais antiga, oriunda da solidificação do 
magma, datada da Era Arqueozóica e Proterozóica, 
por isso, muito desgastada, fazendo com que a 
média de altitude do Brasil fique na faixa de 800 
metros apenas. Nesta área que encontramos as 
jazidas de ferro, ouro, prata, bauxita, estanho, 
níquel, manganês, urânio, entre outros minerais 
metálicos, principalmente. 
Aqui no Brasil destacamos o Escudos das 
Guianas (ocorre na região norte do país), o Escudo 
Brasileiro (ocupa a parte central do país) e ainda o 
Escudo Atlântico (alguns autores incluem ele ao 
Central). Ela representa apenas 36% do território. 
• Bacias Sedimentares – temos ocorrência das Eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica, sendo 
formadas pela deposição de sedimentos vindos dos Escudos Cristalinos, ou seja, as Bacias 
Sedimentares estão em áreas mais baixas do relevo, certo? Nem sempre, porque temos a formação 
de bacias em áreas no alto dos planaltos. Isso significa que havia áreas mais elevadas naquela região, 
mas sofreram erosão e foram depositadas nas partes mais baixas daquele planalto. Ocorre na maior 
parte do território, sendo 64%. 
Você não vai encontrar DOBRAMENTO MODERNO na estrutura geológica do Brasil, pois 
essa formação ocorre apena na parte oeste da América do Sul. Isso ocorre por conta da 
movimentação das placas Sul Americana e de Nazca que, ao se chocarem formam os dobramentos 
que compõem a Cordilheira dos Andes. No Brasil não há a formação desse tipo de relevo pois seu 
território está localizado no MEIO da placa tectônica (mesmo motivo pelo qual não temos abalos 
sísmicos de grande intensidade em nosso país). 
Já O relevo brasileiro, assim como o do mundo inteiro, apresenta uma velocidade de 
transformação bastante baixa. Deste modo, pode-se dizer que, no geral, ele é praticamente o 
mesmo há milhares de anos. Os agentes externos que mais participam da formação do relevo 
brasileiro são o clima (temperatura, ventos, chuvas) e os rios. A respeito dos estudos sobre o 
relevo brasileiro, destacam-se principalmente o de 3 autores: Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’Saber e 
Jurandyr L.S. Ross. 
Aroldo de Azevedo 
Ao elaborar sua divisão (1949), o professor Aroldo de Azevedo dividiu o relevo brasileiro 
em planaltos e planícies. Para realizar essa classificação, o autor levou em conta principalmente 
as diferenças de altitude. Dessa forma, classificou-se como planícies as formas de relevo 
relativamente planas, com altitudes inferiores a 200 metros. Em contrapartida, os 
planaltos foram classificados como as partes de relevo cuja altitude superam 200 metros. Com 
essa classificação, 59% do território brasileiro foi considerado planaltos e 41% planícies. 
Aziz Ab’Saber 
Durante a década seguinte, Aziz Ab’Saber aperfeiçoou a classificação anteriormente 
realizada, dando prioridade aos processos de formação do relevo, ou seja, às diferentes 
estruturas e aos mecanismos de esculturação. 
Nesta divisão, as áreas cujo o processo de erosão apresenta predominância sobre o 
de sedimentação foram chamadas de planaltos. Em áreas em que ocorre o contrário 
- processo de sedimentação é maior que o de erosão - foram considerados planícies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com o avanço tecnológico, foi possível conhecer melhor as características do território 
brasileiro. Com auxílio dos estudos do professor Ab’Saber e das informações adquiridas por meio 
do projeto Radam (reconhecimento dos recursos naturais através de radar), Jurandyr L. S. Ross 
apresentou, em 1989, uma classificação dos relevos brasileiros bem mais detalhada, levando em 
consideração as estruturas e a influência de agentes climáticos antigos e atuais, na 
formação do relevo. 
Nessa classificação, as unidades 
dos planaltos foram divididas de acordo 
com as estruturas que as sustentam: 
• Planaltos em bacias sedimentares; 
• Planaltos em intrusões e coberturas residuais de 
plataforma; 
• Planaltos em núcleos cristalinos arqueados; 
• Planaltos em cinturões orogênicos. 
As depressões são formadas por longos 
processos erosivos, geralmente em regiões de 
menor resistência. O uso dessa forma de relevo 
é uma novidade em relação às 
classificações anteriores, entretanto, sua 
presença é bastante frequente no território 
brasileiro. 
 
Está no Brasil, a maior rede hidrográfica do mundo, com 55.457 km²! Seus rios se destacam 
pela profundidade, largura e extensão. Na maioria deles, suas nascentes estão em áreas de baixas 
altitudes. Geralmente são rios exorréicos com foz em estuário. A formação de relevo do Brasil fez 
com que esses rios fossem divididos em bacias hidrográficas, com características peculiares. O Brasil 
é muito pobre em formações lacustres, ou seja, a formação de lagos. No litoral, é bastante comum 
termos lagunas, os “lagos” com ligação ao mar. 
 
 
Bacias Hidrográficas são aquelas que apresentam um rio principal e seus afluentes. Com isso, 
temos as seguintes Bacias no país: 
• Bacia Amazônica: é a maior bacia do mundo, com o maior rio do mundo em extensão, 
profundidade, largura e vazão d’água. É a única bacia que tem sua nascente principal fora do país. 
Apesar de ser caracteristicamente de planície, muito utilizado para o transporte (considerado “a 
estrada” da região Norte do país), pela quantidade de água e a forte correnteza, tem grande 
potencial hidrelétrico. Importante fonte de água para a floresta. 
• Bacia do Tocantins-Araguaia: nasce na parte central do país e segue em direção ao norte. 
São os dois rios que se encontram, formando uma foz. Também fundamental para o transporte. Os 
rios da região foram bastante degradados por conta da mineração. Hoje, a Empresa Vale utiliza 
muito o rio para o transporte de suas produções em Carajás. É a maior bacia totalmente 
brasileira. 
• Bacia do São Francisco: nasce em Minas Gerais, 
na Serra da Canastra, vai em direção ao Sertão 
Nordestino e tem sua foz entre os estados de Alagoas 
e Sergipe. Leva riqueza ao sertão, tornando o solo 
fértil por onde passa, mas está sofrendo muito com a 
perda de volume de água por conta da interrupção do 
fluxo de alguns afluentes, abastecimento de cidades e 
propriedades agropecuárias. O “prolongamento” do 
rio São Francisco, a chamada transposição, que é a 
tentativa de levar água para áreas que não são 
banhadas naturalmente pelo rio, pode diminuir o fluxo 
de água até a foz, prejudicando diretamente a “vida” 
do rio. 
 
• Bacia do Paraguai: situada na região Centro-Oeste, principalmente nos estados do Mato 
Grosso e Mato Grosso do Sul, é caracteristicamente de planície, muito utilizada para o transporte. 
Há poucos investimentos nesse setor pela baixa diversidade de produção na região, afirma o 
governo. Os rios dominam a vida na área do Pantanal, pois no período de chuvas, os rios tendem a 
aumentar consideravelmente o nível, alagando as regiões mais baixas, forçando os pecuaristas a 
deslocarem os gados periodicamente. Libera suas águas para a bacia do rio Paraná. 
• Bacia do Paraná: caracteristicamente planáltica, tendo o maior potencial 
hidrelétrico instalado do país, é nela que estão furnas e Itaipu, por exemplo. Libera suas águas para 
a bacia do rio Uruguai. 
• Bacia do Uruguai: rios de planície, bastante utilizados para o transporte. É a bacia que libera 
as águas para o oceano Atlântico. 
Dentre as bacias secundárias, que são as bacias que não apresentam um rio principal, mas são vários 
pequenos rios, geralmente vindo dos planaltos em direção ao oceano Atlântico, temos: 
• Bacia do Norte-Nordeste 
• Bacia do Leste 
• Bacia do Sul-Sudeste 
O Aquífero Guarani 
Quanto às águas subterrâneas, o Brasil também figura entre os maiores detentores, no 
entanto, temos vários lençóisfreáticos e temos a maior parte do maior aquífero do mundo, o 
Aquífero Guarani, que está nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, abrangendo ainda o Paraguai, 
Argentina e Uruguai. 
Ao se generalizar o clima brasileiro levando-se em conta fatores de maior evidência, como 
as zonas climáticas, é possível observar que a maior parte do território do Brasil se encontra 
na faixa tropical, entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Devido a isso, as condições de 
recepção de energia solar são boas em quase todo o país. 
É possível observar essa tropicalidade brasileira principalmente nos domínios da 
vegetação e na sua hidrografia. Em relação à primeira, mais de 90% da vegetação original do 
Brasil consistia em matas e savanas tropicais. Já o regime brasileiro de bacias hidrográficas 
é pluvial (controlado pelas chuvas), tendo poucas exceções. Entretanto, no Brasil, é possível 
encontrar fortes variações climáticas. Tais variações ocorrem por consequência de diversos 
fatores, como a altitude e as massas de ar. 
As massas de ar que atuam no Brasil 
Quase todo o clima brasileiro é controlado, na maior parte do ano, pelas massas tropicais e 
equatoriais. Somente ao sul do trópico de Capricórnio a influência da massa polar é mais intensa. 
As massas de ar são os fatores de maior predominância no controle do clima, 
desconsiderando a localização latitudinal, que determina inclusive quais as massas de ar atuam em 
uma região. 
Massa Tropical atlântica (mTa) 
É formada sobre o oceano Atlântico, entre os paralelos 20° e 30°; desta forma, é uma massa quente 
e úmida. Apresenta fácil penetração no continente sul-americano, dominando as regiões Sul, 
Sudeste e Centro-Oeste. 
Massa Polar atlântica (mPa) 
A massa Polar Atlântica é fria e úmida e é formada no Atlântico Sul, próximo à região da Patagônia. 
Tem grande atuação sobre a região Sul do Brasil durante todo o ano e nas outras regiões durante 
o inverno. 
Massa Equatorial continental (mEc) 
A mEc é gerada sobre as terras baixas da Amazônia. Esta é uma massa quente de elevada 
umidade. Por ser originada em uma zona de baixas pressões, tende a permanecer o ano todo 
naquela área. Entretanto, no verão, acaba por se expandir em direção às regiões Centro-Oeste e 
Sudeste, tendo forte influência sobre estas áreas. 
Massa Tropical continental (mTc) 
É uma massa quente e seca, formada nas terras baixas do centro da América do Sul, na depressão 
do Chaco. É um centro de atração, tendo assim, uma influência secundária na dinâmica da circulação 
regional. 
Massa Equatorial atlântica (mEa) 
É formada ao norte do Equador, próximo ao arquipélago dos Açores; sendo assim, quente e 
úmida. Não possui grande influência no território brasileiro, limitando-se ao litoral da região Norte 
e ao litoral setentrional do Nordeste. 
Climas dominantes 
Da dinâmica entre essas massas de ar 
nascem os climas dominantes no Brasil. A 
atuação de cada uma delas varia conforme a 
estação do ano, já que são diferentemente 
potencializadas de acordo com o movimento 
de translação e a inclinação do eixo terrestre. 
Por exemplo, no verão, como a radiação é 
maior no hemisfério Sul, a Massa Tropical 
atlântica (mTa) ganha força e domina grande 
parte do território brasileiro, acontecendo o 
mesmo com a Massa Equatorial atlântica (mEa). 
Porém, durante o período de inverno, 
a radiação diminui e, assim, a força das massas 
tropicais e equatoriais também. A partir de 
então, sobra espaço para a atuação da Massa 
Polar atlântica (mPa), agora potencializada. 
Devido à dinâmica entre as massas de ar, 
formam-se os climas brasileiros. Uma das 
https://querobolsa.com.br/enem/geografia/climas-do-brasil
classificações mais relevantes é a de Arthur 
Strahler, onde: 
Climas do Brasil 
Clima Equatorial Úmido (Rosa) 
Este clima é dominado pelas massas equatoriais úmidas. Há presença de chuvas bem 
distribuídas durante o ano, com temperaturas elevadas e uniformes. 
Clima Tropical semiárido (Amarelo) 
Clima controlado pela massa Tropical atlântica. A atuação irregular das massas de ar, causa, 
parcialmente, as irregularidades das chuvas. 
Clima Tropical (Amarelo Claro) 
É controlado por massas tropicais, instáveis no verão e estáveis no inverno, o que ocasiona 
a alternância de períodos secos e úmidos. 
Clima Tropical Úmido (ou Litorâneo Úmido) (Verde) 
É formado pela atuação das massas tropicais marítimas, instáveis pelo relevo da região 
litorânea. 
Clima Subtropical Úmido (Azul) 
É um clima dominado pela massa Tropical atlântica, mas sujeito à penetração periódica da massa 
Polar atlântica durante todo o ano, o que explica a regularidade da distribuição das chuvas. 
 
As paisagens naturais brasileiras, são então, compostas pela interação entre as características 
naturais de cada localidade do país. A paisagem natural geralmente é composta pelos elementos que 
a nossa visão destaca, aquilo que se sobressai ao olharmos uma paisagem. Deste modo, podemos 
dizer que a vegetação é o que mais caracteriza uma paisagem natural. 
A vegetação é o que mais nos chama a atenção pelo fato de possuir uma apresentação mais 
homogênea em questão de porte, densidade e das demais características que se destacam. Sendo 
assim, vamos para os tipos de vegetação natural brasileira. 
Vegetação Brasileira 
Floresta Amazônica: de clima equatorial e conhecida como Amazônia Legal, abriga milhões de 
espécies animais e vegetais, sendo de vital importância ao equilíbrio ambiental do planeta. Ela é 
classificada como uma formação florestal Latifoliada, pois suas folhas são largas e agrupam-se 
densamente, geralmente atingindo grandes alturas. 
Mata Atlântica: caracterizada como uma floresta latifoliada tropical e de clima tropical úmido, foi 
a vegetação que mais sofreu devastação no Brasil, restando apenas 7% de sua cobertura original. Era 
uma vegetação que se estendia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, mas que foi 
intensamente degradada pelos portugueses para a extração de madeira e plantio de cana-de-açúcar. 
Caatinga: é uma vegetação típica de clima semiárido, localizada no Nordeste brasileiro. Possui 
plantas espinhosas e pobres em nutrientes. Nos últimos anos, vem sofrendo diversas agressões 
ambientais que causam empobrecimento do solo, dificultando mais ainda o desenvolvimento dessa 
região. 
Cerrado: típica do Planalto Central brasileiro e de clima tropical semiúmido, é a segunda maior 
formação vegetal do Brasil. Apesar de sua paisagem ser composta por árvores baixas e retorcidas, 
é a vegetação com maior biodiversidade do planeta. Somente nos últimos anos é que os 
ambientalistas vêm se preocupando com esse ecossistema, que sofre vários danos ambientais 
causados pela plantação de soja e cana-de-açúcar e pela pecuária. 
Pantanal: localizada no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é considerada uma vegetação de 
transição, isto é, uma formação vegetal heterogênea composta por diferentes ecossistemas. Em 
determinadas épocas do ano, algumas porções de área são alagadas pelas cheias dos rios e é somente 
nas estiagens que a vegetação se desenvolve. 
Campos sulinos: também conhecidos como “pampas” e característicos de clima subtropical, 
apresentam vegetação rasteira com a predominância de capins e gramíneas. 
Mata de Araucária: com a predominância de pinheiros e localizada no estado do Paraná, é uma 
vegetação típica de clima subtropical. Sua cobertura original é quase inexistente em razão da intensa 
exploração de madeira para fabricação de móveis. 
Mangues: é um tipo de vegetação de formação litorânea, caracterizado principalmente por 
abranger diversas vegetações, ocorrendo em áreas baixas e, logo, sujeito à ação das marés. 
 
DOMINIOS MORFOCLIMÁTICOS 
 
Os domínios geoecológicos podem ser compreendidos como a combinação ou síntese dos 
diversos elementos da natureza, em uma determinada porção do território. Assim sendo, 
reconhecemos, no Brasil, a existência de seis grandes paisagens naturais: 
Domínio amazônico 
O domínioamazônico é formado por terras baixas: depressões, planícies aluviais e planaltos, 
cobertos pela extensa floresta latifoliada equatorial Amazônica. É banhado pela Bacia Amazônica, 
que se destaca pelo grande potencial hidrelétrico. A degradação ambiental, representada pelas 
queimadas e pelos desmatamentos, é um grava problema desse domínio. O governo brasileiro, por 
meio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, pretende adotar 
atividades como o ecoturismo e a biotecnologia, para promover o desenvolvimento da Amazônia, 
preservando-a 
Domínio do cerrado 
O domínio do cerrado corresponde à área do Brasil Central e tem essa denominação devido 
à ocorrência de vegetação do mesmo nome. Apresenta extensos chapadões e chapadas, e o clima é 
tropical semiúmido. A vegetação do cerrado é formada por arbustos com troncos e galhos 
retorcidos, recobertos por casca grossa. Os solos são pobres e ácidos, mas colocando-se calcário 
no solo (método da calagem), estão sendo aproveitados pelo setor agrícola. Já é considerada a nova 
fronteira da agricultura, pois representa a expansão do cultivo da soja, feijão, arroz e outros 
produtos. 
Domínio dos mares de morros 
O domínio dos mares de morros acompanha a 
faixa litorânea do Brasil desde o Nordeste até o Sul do 
país. Caracteriza-se pelo relevo com topografia em “meia 
laranja” (mamelonares ou mares de morros), formados 
por intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serras 
do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço. Nele, predomina 
o clima tropical quente e úmido, caracterizado pela 
floresta latifoliada tropical. Na encosta da Serra do Mar, 
essa floresta é conhecida como Mata Atlântica. 
Domínio da caatinga 
O domínio da caatinga corresponde à região da 
depressão sertaneja nordestina, com clima quente e 
semiárido. A caatinga, formada por cactáceas, 
bromeliáceas e árvores, é a vegetação típica. O 
extrativismo vegetal de fibras, como o caroá, o sisal e a 
piaçava, destaca-se nesse domínio. 
É atravessado pela bacia do São Francisco e tem 
destaque pelo aproveitamento hidrelétrico. Os projetos 
de irrigação no seu vale propiciam a produção de frutas 
(melão, manga, goiaba, uva, por exemplo). 
A tradicional ocupação da caatinga é a pecuária extensiva de corte, porém com baixo 
aproveitamento. No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes 
do processo de pediplanação em clima semiárido. 
Domínio da araucária 
O domínio da araucária ocupa o planalto da Bacia do Rio Paraná, onde o clima subtropical 
está associado às médias altitudes, entre 800 e 1300 metros. Nesse domínio aparecem áreas com 
manchas de terra roxa, como no Paraná. É homogênea, aciculifoliada e tem grande aproveitamento 
de madeira e erva-mate. A floresta de araucária também é conhecida como Mata dos Pinhais. Nesse 
domínio, a devastação a floresta é causada pela intensa ocupação agrária, especialmente a agricultura 
de café e soja. 
Domínio das pradarias 
O domínio das pradarias é representado pelo Pampa, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo 
é baixo, com suaves ondulações (coxilhas) e coberto pela vegetação herbácea das pradarias 
(campos). A ocupação econômica desse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva de corte, 
com gado tipo europeu, obtendo altos rendimentos. Destaca-se, também, a rizicultura irrigada. 
 
 
BORA PRATICAR? 
 
01. “Nesse domínio predominam os planaltos antigos, intensamente desgastados e aplainados por 
processos erosivos, que o caracterizam como um dos domínios brasileiros de formação mais 
antiga, tanto do ponto de vista geomorfológico quanto biológico. Nele predominam os solos bem 
desenvolvidos com grau elevado de acidez, que exigem a adoção de métodos corretivos como a 
calagem para viabilizar a produção agrícola […]”. 
(Adaptado de: JOIA, A. L., GOETTEMS, A A. Geografia: leituras e interação. Volume 01. 1º ed. São 
Paulo: Leya, 2013. p.223). 
O domínio morfoclimático brasileiro descrito pelo trecho acima é o: 
a) Cerrado 
b) Amazônico 
c) Pradarias 
d) Caatinga 
e) Faixas de transição do meio norte 
 
02. Analise o mapa a seguir: 
 
Percurso pelos domínios morfoclimáticos entre os pontos A e B 
 
Considerando o trajeto A-B no mapa, um turista que se deslocou de Manaus (AM) até Recife (PE) 
terá presenciado ao longo de sua viagem vários aspectos singulares que envolvem as inter-relações 
dos domínios morfoclimáticos brasileiros. A seguir, foram apontados determinados aspectos 
naturais que abrangem alguns domínios morfoclimáticos brasileiros presenciados pelo turista ao 
longo do trajeto A-B. 
I) Domínio Amazônico, com clima equatorial, floresta equatorial e terras baixas com grande 
sedimentação. 
II) Domínio das Caatingas, com presença de formações cristalinas, de áreas depressivas 
intermontanas e domínio de clima semiárido. 
III) Domínio dos Cerrados, presença de grandes chapadões, solos ácidos e predomínio de clima 
subtropical. 
IV) Domínio das Pradarias, com clima tropical, depressões interplanálticas, denominadas coxilhas 
subtropicais e vegetação perenifólia. 
Está correto apenas o indicado na alternativa 
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) I,II,III e IV. 
d) I e IV. 
e) III e IV. 
 
03. Sobre o relevo brasileiro, julgue as afirmativas a seguir: 
I. As áreas de depressão no Brasil correspondem somente às zonas de depressão relativa, com 
altitudes variando entre 100 e 500 metros, com destaque para a Depressão Sertaneja e a do São 
Francisco. 
II. As áreas de planície do Brasil estão restritas às margens de grandes rios e seus afluentes, além de 
boa parte do litoral do país. 
III. O centro-sul do Brasil é predominantemente constituído por formações planálticas. 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
a) I 
b) II 
c) III 
d) I e III 
e) I, II, e III 
 
04. O relevo brasileiro não apresenta elevadas altitudes. Cerca de 92% do espaço natural do país 
apresenta altitudes inferiores a 900 metros acima do nível do mar. Isso ocorre porque: 
a) Predomina no país a ação dos agentes endógenos. 
b) A formação geológica do Brasil é antiga. 
c) Ocorrem frequentes terremotos, que aplainam o relevo. 
d) A atividade humana atuou no sentido de degradar as formas antigas da superfície. 
e) O Brasil localiza-se, em grande parte, nas zonas de encontro entre placas tectônicas. 
 
05. O texto abaixo refere-se à qual formação vegetal? 
“De origem bastante discutida, essa formação é característica das áreas onde o clima apresenta duas 
estações bem marcadas: uma seca e outra chuvosa, como no Planalto Central. Ela apresenta 2 
estratos nítidos: uma arbóreo-arbustivo, onde as espécies tortuosas têm os caules geralmente 
revestidos de casca espessa, e outro herbáceo, geralmente dispostos em tufos”. 
a) Floresta tropical 
b) Caatinga 
c) Formação do Pantanal 
d) Mata semiúmida 
e) Cerrado 
 
06. A Amazônia é uma área em evidência, seja pela questão ecológica ou pela riqueza de seus 
recursos minerais. A expansão e a crescente valorização dessa área provocam uma infinidade de 
suposições a respeito do seu quadro natural. Sobre a Amazônia são feitas as afirmações a seguir: 
I - As queimadas podem alterar o clima do planeta e a destruição da floresta pode influenciar o 
aumento da temperatura; 
II - A floresta Amazônica funciona como "pulmão do mundo", sendo a principal fonte produtora de 
oxigênio; 
III - A bacia hidrográfica do Amazonas é a maior do mundo, drenando em torno de 20% da água 
doce dos rios para os oceanos; 
IV - Os solos amazônicos são de alta fertilidade, a qual é facilmente explicada pela concentração de 
matéria orgânica e pelo tempo de formação. 
As afirmações corretas são: 
a) somente I e III. 
b) somente II e III. 
c) somente I, II e III. 
d) somente II, III e IV. 
e) somente I, II e IV 
 
07. Sobre o relevo brasileiro, julgue as afirmativas a seguir: 
I. As áreas de depressão no Brasil correspondem somente às zonas de depressão relativa, com 
altitudes variando entre 100 e 500 metros, comdestaque para a Depressão Sertaneja e a do São 
Francisco. 
II. As áreas de planície do Brasil estão restritas às margens de grandes rios e seus afluentes, além de 
boa parte do litoral do país. 
III. O centro-sul do Brasil é predominantemente constituído por formações planálticas. 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
a) I 
b) II 
c) III 
d) I e III 
e) I, II, e III 
 
08. 
 
A tirinha faz uma referência cômica aos mares de morros de Minas Gerais, que são: 
a) um domínio morfoclimático brasileiro 
b) uma vegetação típica do cerrado 
c) uma província geológica antiga 
d) uma forma de relevo originalmente oceânica 
e) uma feição geográfica das áreas de planície 
 
09. As características descritas abaixo fazem referência a um único tipo de clima brasileiro. Analise-
as e responda a qual tipo de clima elas estão se referindo. 
• Temperaturas médias elevadas ao longo do ano. 
• Baixa precipitação anual e chuvas mal distribuídas. 
• Encontro de quatro massas de ar: Equatorial Continental, Equatorial Atlântico, Tropical 
Atlântico e Polar Atlântica. 
• O fenômeno La Niña, em que há um resfriamento da temperatura média das águas do Oceano 
Pacífico Equatorial, pode acarretar um excesso de precipitação. 
a) Clima Tropical 
b) Clima Semiárido 
c) Clima Equatorial 
d) Clima Subtropical 
e) Clima Tropical Úmido 
 
10. Os diferentes tipos de províncias geológicas revelam as diferentes feições do relevo enquanto 
expressões das diferentes temporalidades que marcam o passado geológico do planeta Terra. Por 
seus processos formativos, as estruturas geológicas com condições mais favoráveis à formação de 
combustíveis fósseis são: 
a) as bacias sedimentares 
b) os maciços antigos 
c) as plataformas cristalinas 
d) os dobramentos antigos 
e) os dobramentos modernos 
 
 
 
 
 
	Aziz Ab’Saber
	Durante a década seguinte, Aziz Ab’Saber aperfeiçoou a classificação anteriormente realizada, dando prioridade aos processos de formação do relevo, ou seja, às diferentes estruturas e aos mecanismos de esculturação.
	Está no Brasil, a maior rede hidrográfica do mundo, com 55.457 km²! Seus rios se destacam pela profundidade, largura e extensão. Na maioria deles, suas nascentes estão em áreas de baixas altitudes. Geralmente são rios exorréicos com foz em estuário. A...
	O Aquífero Guarani
	As massas de ar que atuam no Brasil
	Massa Tropical atlântica (mTa)
	Massa Polar atlântica (mPa)
	Massa Equatorial continental (mEc)
	Massa Tropical continental (mTc)
	Massa Equatorial atlântica (mEa)
	Climas dominantes
	Clima Equatorial Úmido (Rosa)
	Clima Tropical semiárido (Amarelo)
	Clima Tropical (Amarelo Claro)
	Clima Tropical Úmido (ou Litorâneo Úmido) (Verde)
	Clima Subtropical Úmido (Azul)
	Vegetação Brasileira
	Domínio amazônico

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