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1 ASPECTOS DA ÉTICA Neste módulo iremos abordar: conceito e classificação de ética, 
moral e ética, ética empresarial e nos negócios. 
Nunca foi tão importante e necessário falar sobre ética como na atualidade em que 
vivemos. A crise da humanidade é refletida através da violência, da discriminação, da 
pobreza, da indiferença, entre tantos outros problemas sociais que as pessoas vivem 
e com que convivem. 
2 ASPECTOS FILOSÓFICOS SOBRE A ÉTICA A palavra “ética” vem do grego ethos que 
significa costume, ou seja, ética é a ciência dos costumes, que tem como objeto a 
moral. 
Moral vem do latim mores que tem o mesmo sentido de costumes, apesar de ser 
considerada uma ciência. Podemos concluir que, apesar da identidade semelhante 
entre ética e moral, a ética é uma ciência e a moral é o objeto dessa ciência, ou seja, o 
conjunto de normas adquiridas pelo hábito de sua prática. Para o filósofo Aristóteles 
(384 a.C. – 322 a.C.), o homem é um ser feito para a convivência social. Por meio das 
constituições e dos códigos em vigor, ele procura discernir uma forma justa e racional, 
a fim de encontrar o justo meio (equilíbrio ou eqüidade). O maior objetivo da ética é 
a felicidade (sumo bem). O bem é o fim buscado para a convivência social e ocorre por 
meio da virtude[1]. Pode-se dizer que a felicidade é a própria virtude ou uma certa 
virtude. 
Ética, nos dias de hoje, reporta-nos à ciência que de fato tem por objeto a investigação 
da conduta dos homens; e a abstração feita dos juízos relacionados à conduta humana, 
nem sempre poderá ser objeto de estudo, uma vez que o comportamento dos homens 
segue em conformidade aos seus próprios juízos sobre o valor dos atos. 
Dessa forma, quando se fala sobre ética, aborda-se termos como o bem, o mal, o certo, 
o errado, o permitido, o proibido, a virtude, o vício, dentre outros. A grande questão 
é a seguinte: os valores morais de um grupo, de uma organização, enfim, de uma 
sociedade, devem ser definidos claramente para os indivíduos através de normas de 
conduta que mostram o que é ser ético para si e para os outros. Nesses aspectos, 
temos como campo de atuação da ética os problemas que estão relacionados ao 
comportamento humano, com o objetivo de minimizar o nível de conflito de interesses 
dentro de um grupo ou sociedade. A partir daí, ou seja, a partir da existência do 
comportamento humano, surge o que chamamos de dilemas morais. De acordo com 
Valle (2003, p.19): “os dilemas morais estão relacionados ao cotidiano de cada 
sociedade, o que nos permite afirmar que um mesmo comportamento pode ser visto 
por uma sociedade como desprovido de moral, enquanto aos olhos de outra sociedade 
pode ser considerado moralmente aceito”. 
Um exemplo básico sobre o tema acima é o que ocorre nos países árabes, onde pode 
casar com várias mulheres (Poliginia), sem que ocorra o fenômeno da amoralidade, 
https://online.unip.br/conteudo/detalhes/37511#_ftn1
pois nessas regiões esse tipo de procedimento é aceito não só pela comunidade, mas 
pela própria lei. 
Já em alguns países, como no Brasil, o tema é tratado como crime (bigamia[2]) pela 
nossa legislação (artigo 235 do Código Penal): “Contrair alguém, sendo casado, novo 
casamento - Pena de reclusão, de dois a seis anos.” 
O assunto em pauta é tão importante que não poderíamos deixar de mencionar alguns 
princípios éticos que devem ser adotados pelos indivíduos. São eles: 
• Responsabilidade: o indivíduo deve procurar adotar um critério livre e imparcial em 
sua vida pessoal e profissional, evitando participar de conflitos de interesses, de 
discriminação, de situações injustas e desleais. 
• Lealdade: o ser humano necessita exercitar a lealdade em todas as situações 
pessoais e profissionais, tanto em conflitos, como em discussões que possam interferir 
no seu comportamento. 
• Respeito às pessoas: a cordialidade, a educação e o bom relacionamento com os 
outros são pontos primordiais para que o indivíduo seja ético. O homem 
contemporâneo enfrenta muitos problemas ao discutir a respeito da moral, do 
individualismo e do relativismo moral. Esse mesmo homem, ao se comportar 
moralmente, preocupa-se em saber distinguir o bem do mal. O homem como sujeito 
moral se pergunta como deve agir diante de determinada situação e certamente se 
aproxima da seguinte questão teórica e abstrata: 
Em que consiste o bem e o mal? Que devo fazer? Como devo ser? Como devo agir? 
Alguns autores definem claramente a moral absoluta e a moral relativa. Afirma Nalini 
(2004, p. 30): “para a moral absoluta, a pessoa que é dotada de um mínimo de 
consciência é dotado de uma bússola natural que a predispõe ao discernimento do 
que é certo e errado em termos éticos”. Podemos entender, nesse caso, que a pessoa 
sabe que precisa se definir, bastando atentar para a sua consciência e o seu conceito 
de valor. 
Já na moral relativa, o aspecto empírico[3] sinaliza a existência de inúmeras morais, 
o que revela o lado subjetivo da questão. De acordo com Nalini (2004, p.31): “os 
relativistas entendem não haver sentido falar em valores à margem da subjetividade 
humana, ou seja, o bom e o mau são palavras cujo conteúdo é condicionado por 
referenciais de tempo e espaço”. Segundo Saldanha (2002, p.23): “sustentam os 
empiristas que as teorias de conduta se baseiam no exame da vida moral onde os 
preceitos disciplinadores do comportamento estão implícitos no próprio 
comportamento”. Podemos entender que não se deve questionar o que a pessoa deve 
fazer, e sim o que sempre faz, pois deve-se enfatizar que o comportamento natural 
não deve ser substituído. 
https://online.unip.br/conteudo/detalhes/37511#_ftn2
https://online.unip.br/conteudo/detalhes/37511#_ftn3
Devemos entender que o valor moral não se baseia na idéia do dever e esse valor não 
é convencionado, pois cada indivíduo descobre, identifica seu valor. Enfim, a ética 
formal aborda a moralidade de uma ação a partir do foro íntimo do indivíduo, ou seja, 
do momento ético de escolher a melhor decisão, isto é, de praticar ou não 
determinada ação. 
Ética e Sociologia A Sociologia estuda as relações entre as pessoas que convivem em um 
grupo social, em uma comunidade, e a Ética estuda o ser humano em contato com o 
seu semelhante. Segundo Saldanha (2002, p.75): ”a ética estuda o ser humano como 
entidade gregária, no seu contato com os semelhantes, onde esse contato ou contágio 
acarreta que a criatura se comporte sob o efeito de influências sociais”. Assim como a 
ciência da psique (Psicologia) auxilia a ética, a ciência da sociedade (Sociologia) auxilia, 
mas ao mesmo tempo é incompleta para a compreensão do fenômeno ética nos 
indivíduos de uma sociedade, pois se o indivíduo fosse apenas um ser coletivo não 
poderia responder por suas atitudes, suas escolhas, e quem responderia seria um 
grupo em que ele estivesse inserido. 
Ética e Direito Segundo Nalini (2004, p.78): “dentre todas as formas de comportamento 
humano, a jurídica é a que guarda maior intimidade com a moral, e é com base na 
profunda vinculação moral/direito que se pode estabelecer o relacionamento Ética/ 
Direito”. Existem alguns fatores que aproximam o Direito da moral. São eles: 
• As normas jurídicas e as normas morais não são meras recomendações. Elas são 
estabelecidas de maneira imperativa. 
• A Moral e o Direito são ligados ao comportamento do indivíduo, modificando-se o 
sentido de sua função social no decorrer da história. 
• O Direito e a Moral obrigam conduta aos indivíduos, disciplinando a relação entre as 
pessoas, através de normas e regras. Não podemos esquecer também de elencar 
alguns aspectos divergentes entre a Moral e o Direito. São eles: 
A moral é interior e o direito é exterior, ou seja, a moral trabalha com a intimidade e 
a consciência individual, enquanto a norma jurídica (Direito) não depende da 
consciência, podendo o ato jurídico ser praticado inconscientemente. De acordo com 
Maynez (2003, p.166):“a legalidade de um proceder consiste na mera adequação 
externa do ato à regra; sua moralidade, na concordância interna”. 
• Em relação ao direito, a coação é externa; e em relação à moral, a coação é interna. 
No caso de o indivíduo ou o grupo descumprirem um preceito moral ocorre uma 
reação da consciência, conceituada como remorso ou reprovação social. No caso do 
descumprimento da norma jurídica, as conseqüências serão a reparação no nível civil, 
a prisão no nível penal, ou seja, há uma sanção (punição) concreta. 
• A Moral é mais complexa do que o Direito, pois todo descumprimento à norma 
jurídica é também um descumprimento à moralidade. A Moral abrange um domínio 
amplo das relações humanas, como por exemplo, as relações familiares, de vizinhança, 
de solidariedade, de amizade, de negócios, entre outras. Extremamente importante 
saber diferenciar Ética, Moral e Direito. Essas três áreas de conhecimento se 
distinguem, porém mantêm grandes vínculos e até mesmo sobreposições. 
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de 
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma 
identidade entre pessoas que nem sequer se conhecem, mas utilizam esse mesmo 
referencial moral comum. 
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas 
fronteiras a um Estado[4]. As leis limitam-se a uma base territorial, elas valem apenas 
para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados 
vivem. O Direito Civil, que é o referencial utilizado no Brasil, baseia-se na lei escrita e 
também dos costumes[5]. 
Diante todo o estudo até aqui aplicado, estaremos adentrando nas matérias em que 
exista a relação da Ética X Direito com as normas aplicadas no Direito Nacional: 
Preliminarmente devemos conhecer o que diz a Constituição da República Federativa 
do Brasil: É a Lei Maior – Suprema em nosso país. Segundo definição de Pedro Calmon 
“O corpo de leis que rege o Estado, limitando o poder de governo e determinando 
a sua realização”. 
Ética e Direito Constitucional De acordo com Vasquez (2002, p.101): “existe um pacto 
entre a ética e o Direito Constitucional, pois obriga uma normatividadecomplexa, não 
sendo um mero conjunto de regras jurídicas e sem o núcleo ético, histórico, 
econômico, político e social, condensado pela constituinte, num preciso momento 
para a nacionalidade”. 
Podemos concluir que a Constituição Federal atual aborda os vários temas de cunho 
moral e ético, em que a conduta ética do cidadão deve produzir efeitos para a 
sociedade em geral, como preceitua o artigo 5º e seus 78 incisos. Cabe ressaltar que 
as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais possuem aplicação 
imediata, conforme o parágrafo 1º do próprio artigo. O tema é de suma importância 
para que o cidadão não seja compelido de suas garantias fundamentais determinadas 
pela Carta Constitucional.[6] 
 Ética e Direito Penal De acordo com Leisinger (2004, p.90): “quase todo crime é também 
falta moral, pois ao iniciar a vulneração dos valores protegidos pela comunidade até 
atingir aqueles mais vitais à subsistência do pacto de convívio, o infrator percorrerá, 
necessariamente, a área reservada à moral”. Temos como exemplo os crimes de 
https://online.unip.br/conteudo/detalhes/37511#_ftn4
https://online.unip.br/conteudo/detalhes/37511#_ftn5
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homicídio, em que tirar a vida de alguém não é só um crime, mas também é falta de 
moral, é contra todas as religiões etc, mas devemos observar com cautela cada caso, 
pois em muitas situações o agente do ato poderá estar agindo em Estado de 
Necessidade, Legítima Defesa, no Estrito Cumprimento de Dever legal ou no Exercício 
Regular de um Direito[7], não havendo em que se falar em crime. 
Também podemos observar em que as infrações atingem diretamente a moral, como 
a sedução, o estupro, a corrupção de menores, o atentado ao pudor, enfim, todos os 
atos que ofendem e ferem qualquer noção de moral. Segundo Nalini (2004, p.89): “o 
Direito Penal é muito mais do que a leitura e a aplicação do Código Penal, ou seja, o 
que está em jogo, quando se pune alguém por uma conduta considerada delitiva, é a 
noção de moral nutrida pela sociedade considerada sobre o que está a merecer castigo 
e repressão”. 
A grande pergunta que se faz é: Será que tudo que é legal é moral e ético? A resposta 
deverá ser bem analisada para que não se cometa injustiças. Um fato que não é 
especificado em lei, moralmente e eticamente poderá ser reprovado pela sociedade, 
mesmo que o cidadão argumente que em momento algum estava proibido em fazer. 
O nepotismo[8] no serviço público é uma clara indicação sobre este tema. 
Ética e Direito Civil Numa sociedade organizada, a lei civil é que regula as relações entre as 
pessoas privadas, seu estado, sua capacidade, sua família e, principalmente, sua propriedade, 
consagrando-se como o reino da liberdade individualal. Muitos dos conceitos trabalhados no 
Direito Civil são intimamente De acordo com Vasquez (2002, p.103): “a moral permeia 
todo o Direito Civil, principalmente no Direito de Família e no Direito das Obrigações, 
pois ao obrigar-se, o ser humano vincula-se também moralmente”. 
Logicamente que outras relações entre Ética e Moral existem noutros ramos do 
Direito, os quais estaremos analisando na medida do desenvolvimento de nosso curso. 
[1] Na verdade, ética não se ensina porque ela é a moral que é o conjunto dos 
valores pessoais, os quais representam o verdadeiro eu. O que podemos é 
inspirar para transformar e polir os valores. Assim, ética será a conseqüência. 
[2] Estado matrimonial em que um homem convive com duas mulheres ou uma mulher com dois homens. 
[3] Que se baseia somente na experiência ou observação, ou por elas se guia, sem 
levar em consideração teorias ou métodos científicos 
[4] Não há propriamente uma só definição, mas inúmeras. O mais importante para 
o nosso estudo e saber o significado em que nos leve a um fácil entendimento que 
é: O Estado é uma sociedade política e juridicamente organizada para atender o 
bem comum, ou seja, sua organização é determinada por normas de direito (leis) e 
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https://online.unip.br/conteudo/detalhes/37511#_ftn8
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hierarquizada na forma de governo e governados e tem uma finalidade própria que 
é o bem (Interesse Público) 
[5] È o princípio ou regra não escrita de direito que se introduziu pelo uso contínuo. 
A lei que o uso estabeleceu. Exemplo: Fila de banco. 
[6] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
[7] Artigo 23 do Código Penal que são causas que excluem a própria ilicitude ou a 
antijuridicidade. Por isso a legislação penal diz que não há crime nesses casos. 
[8] Favoritismo de certos governantes aos seus parentes e familiares, facilitando-
lhes a ascensão social, independentemente de suas aptidões. 
1 ASPECTOS DA ÉTICA Neste módulo iremos abordar: conceito e classificação de ética, 
moral e ética, ética empresarial e nos negócios. 
Nunca foi tão importante e necessário falar sobre ética como na atualidade em que 
vivemos. A crise da humanidade é refletida através da violência, da discriminação, da 
pobreza, da indiferença, entre tantos outros problemas sociais que as pessoas vivem 
e com que convivem. 
2 ASPECTOS FILOSÓFICOS SOBRE A ÉTICA A palavra “ética” vem do grego ethos que 
significa costume, ou seja, ética é a ciência dos costumes, que tem como objeto a 
moral.Moral vem do latim mores que tem o mesmo sentido de costumes, apesar de ser 
considerada uma ciência. Podemos concluir que, apesar da identidade semelhante 
entre ética e moral, a ética é uma ciência e a moral é o objeto dessa ciência, ou seja, o 
conjunto de normas adquiridas pelo hábito de sua prática. Para o filósofo Aristóteles 
(384 a.C. – 322 a.C.), o homem é um ser feito para a convivência social. Por meio das 
constituições e dos códigos em vigor, ele procura discernir uma forma justa e racional, 
a fim de encontrar o justo meio (equilíbrio ou eqüidade). O maior objetivo da ética é 
a felicidade (sumo bem). O bem é o fim buscado para a convivência social e ocorre por 
meio da virtude[1]. Pode-se dizer que a felicidade é a própria virtude ou uma certa 
virtude. 
Ética, nos dias de hoje, reporta-nos à ciência que de fato tem por objeto a investigação 
da conduta dos homens; e a abstração feita dos juízos relacionados à conduta humana, 
nem sempre poderá ser objeto de estudo, uma vez que o comportamento dos homens 
segue em conformidade aos seus próprios juízos sobre o valor dos atos. 
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Dessa forma, quando se fala sobre ética, aborda-se termos como o bem, o mal, o certo, 
o errado, o permitido, o proibido, a virtude, o vício, dentre outros. A grande questão 
é a seguinte: os valores morais de um grupo, de uma organização, enfim, de uma 
sociedade, devem ser definidos claramente para os indivíduos através de normas de 
conduta que mostram o que é ser ético para si e para os outros. Nesses aspectos, 
temos como campo de atuação da ética os problemas que estão relacionados ao 
comportamento humano, com o objetivo de minimizar o nível de conflito de interesses 
dentro de um grupo ou sociedade. A partir daí, ou seja, a partir da existência do 
comportamento humano, surge o que chamamos de dilemas morais. De acordo com 
Valle (2003, p.19): “os dilemas morais estão relacionados ao cotidiano de cada 
sociedade, o que nos permite afirmar que um mesmo comportamento pode ser visto 
por uma sociedade como desprovido de moral, enquanto aos olhos de outra sociedade 
pode ser considerado moralmente aceito”. 
Um exemplo básico sobre o tema acima é o que ocorre nos países árabes, onde pode 
casar com várias mulheres (Poliginia), sem que ocorra o fenômeno da amoralidade, 
pois nessas regiões esse tipo de procedimento é aceito não só pela comunidade, mas 
pela própria lei. 
Já em alguns países, como no Brasil, o tema é tratado como crime (bigamia[2]) pela 
nossa legislação (artigo 235 do Código Penal): “Contrair alguém, sendo casado, novo 
casamento - Pena de reclusão, de dois a seis anos.” 
O assunto em pauta é tão importante que não poderíamos deixar de mencionar alguns 
princípios éticos que devem ser adotados pelos indivíduos. São eles: 
• Responsabilidade: o indivíduo deve procurar adotar um critério livre e imparcial em 
sua vida pessoal e profissional, evitando participar de conflitos de interesses, de 
discriminação, de situações injustas e desleais. 
• Lealdade: o ser humano necessita exercitar a lealdade em todas as situações 
pessoais e profissionais, tanto em conflitos, como em discussões que possam interferir 
no seu comportamento. 
• Respeito às pessoas: a cordialidade, a educação e o bom relacionamento com os 
outros são pontos primordiais para que o indivíduo seja ético. O homem 
contemporâneo enfrenta muitos problemas ao discutir a respeito da moral, do 
individualismo e do relativismo moral. Esse mesmo homem, ao se comportar 
moralmente, preocupa-se em saber distinguir o bem do mal. O homem como sujeito 
moral se pergunta como deve agir diante de determinada situação e certamente se 
aproxima da seguinte questão teórica e abstrata: 
 
Em que consiste o bem e o mal? Que devo fazer? Como devo ser? Como devo agir? 
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Alguns autores definem claramente a moral absoluta e a moral relativa. Afirma Nalini 
(2004, p. 30): “para a moral absoluta, a pessoa que é dotada de um mínimo de 
consciência é dotado de uma bússola natural que a predispõe ao discernimento do 
que é certo e errado em termos éticos”. Podemos entender, nesse caso, que a pessoa 
sabe que precisa se definir, bastando atentar para a sua consciência e o seu conceito 
de valor. 
Já na moral relativa, o aspecto empírico[3] sinaliza a existência de inúmeras morais, 
o que revela o lado subjetivo da questão. De acordo com Nalini (2004, p.31): “os 
relativistas entendem não haver sentido falar em valores à margem da subjetividade 
humana, ou seja, o bom e o mau são palavras cujo conteúdo é condicionado por 
referenciais de tempo e espaço”. Segundo Saldanha (2002, p.23): “sustentam os 
empiristas que as teorias de conduta se baseiam no exame da vida moral onde os 
preceitos disciplinadores do comportamento estão implícitos no próprio 
comportamento”. Podemos entender que não se deve questionar o que a pessoa deve 
fazer, e sim o que sempre faz, pois deve-se enfatizar que o comportamento natural 
não deve ser substituído. 
Devemos entender que o valor moral não se baseia na idéia do dever e esse valor não 
é convencionado, pois cada indivíduo descobre, identifica seu valor. Enfim, a ética 
formal aborda a moralidade de uma ação a partir do foro íntimo do indivíduo, ou seja, 
do momento ético de escolher a melhor decisão, isto é, de praticar ou não 
determinada ação. 
Ética e Sociologia A Sociologia estuda as relações entre as pessoas que convivem em um 
grupo social, em uma comunidade, e a Ética estuda o ser humano em contato com o 
seu semelhante. Segundo Saldanha (2002, p.75): ”a ética estuda o ser humano como 
entidade gregária, no seu contato com os semelhantes, onde esse contato ou contágio 
acarreta que a criatura se comporte sob o efeito de influências sociais”. Assim como a 
ciência da psique (Psicologia) auxilia a ética, a ciência da sociedade (Sociologia) auxilia, 
mas ao mesmo tempo é incompleta para a compreensão do fenômeno ética nos 
indivíduos de uma sociedade, pois se o indivíduo fosse apenas um ser coletivo não 
poderia responder por suas atitudes, suas escolhas, e quem responderia seria um 
grupo em que ele estivesse inserido. 
Ética e Direito Segundo Nalini (2004, p.78): “dentre todas as formas de comportamento 
humano, a jurídica é a que guarda maior intimidade com a moral, e é com base na 
profunda vinculação moral/direito que se pode estabelecer o relacionamento Ética/ 
Direito”. Existem alguns fatores que aproximam o Direito da moral. São eles: 
• As normas jurídicas e as normas morais não são meras recomendações. Elas são 
estabelecidas de maneira imperativa. 
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• A Moral e o Direito são ligados ao comportamento do indivíduo, modificando-se o 
sentido de sua função social no decorrer da história. 
• O Direito e a Moral obrigam conduta aos indivíduos, disciplinando a relação entre as 
pessoas, através de normas e regras. Não podemos esquecer também de elencar 
alguns aspectos divergentes entre a Moral e o Direito. São eles: 
A moral é interior e o direito é exterior, ou seja, a moral trabalha com a intimidade e 
a consciência individual, enquanto a norma jurídica (Direito) não depende da 
consciência, podendo o ato jurídico ser praticado inconscientemente. De acordo com 
Maynez (2003, p.166): “a legalidade de um proceder consiste na mera adequação 
externa do ato à regra; sua moralidade, na concordância interna”. 
• Em relação ao direito, a coação é externa; e em relação à moral, a coação é interna. 
No caso de o indivíduo ou o grupo descumprirem um preceito moral ocorre uma 
reação da consciência, conceituada como remorso ou reprovação social.No caso do 
descumprimento da norma jurídica, as conseqüências serão a reparação no nível civil, 
a prisão no nível penal, ou seja, há uma sanção (punição) concreta. 
• A Moral é mais complexa do que o Direito, pois todo descumprimento à norma 
jurídica é também um descumprimento à moralidade. A Moral abrange um domínio 
amplo das relações humanas, como por exemplo, as relações familiares, de vizinhança, 
de solidariedade, de amizade, de negócios, entre outras. Extremamente importante 
saber diferenciar Ética, Moral e Direito. Essas três áreas de conhecimento se 
distinguem, porém mantêm grandes vínculos e até mesmo sobreposições. 
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de 
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma 
identidade entre pessoas que nem sequer se conhecem, mas utilizam esse mesmo 
referencial moral comum. 
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas 
fronteiras a um Estado[4]. As leis limitam-se a uma base territorial, elas valem apenas 
para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados 
vivem. O Direito Civil, que é o referencial utilizado no Brasil, baseia-se na lei escrita e 
também dos costumes[5]. 
Diante todo o estudo até aqui aplicado, estaremos adentrando nas matérias em que 
exista a relação da Ética X Direito com as normas aplicadas no Direito Nacional: 
Preliminarmente devemos conhecer o que diz a Constituição da República Federativa 
do Brasil: É a Lei Maior – Suprema em nosso país. Segundo definição de Pedro Calmon 
“O corpo de leis que rege o Estado, limitando o poder de governo e determinando 
a sua realização”. 
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Ética e Direito Constitucional De acordo com Vasquez (2002, p.101): “existe um pacto 
entre a ética e o Direito Constitucional, pois obriga uma normatividadecomplexa, não 
sendo um mero conjunto de regras jurídicas e sem o núcleo ético, histórico, 
econômico, político e social, condensado pela constituinte, num preciso momento 
para a nacionalidade”. 
Podemos concluir que a Constituição Federal atual aborda os vários temas de cunho 
moral e ético, em que a conduta ética do cidadão deve produzir efeitos para a 
sociedade em geral, como preceitua o artigo 5º e seus 78 incisos. Cabe ressaltar que 
as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais possuem aplicação 
imediata, conforme o parágrafo 1º do próprio artigo. O tema é de suma importância 
para que o cidadão não seja compelido de suas garantias fundamentais determinadas 
pela Carta Constitucional.[6] 
 Ética e Direito Penal De acordo com Leisinger (2004, p.90): “quase todo crime é também 
falta moral, pois ao iniciar a vulneração dos valores protegidos pela comunidade até 
atingir aqueles mais vitais à subsistência do pacto de convívio, o infrator percorrerá, 
necessariamente, a área reservada à moral”. Temos como exemplo os crimes de 
homicídio, em que tirar a vida de alguém não é só um crime, mas também é falta de 
moral, é contra todas as religiões etc, mas devemos observar com cautela cada caso, 
pois em muitas situações o agente do ato poderá estar agindo em Estado de 
Necessidade, Legítima Defesa, no Estrito Cumprimento de Dever legal ou no Exercício 
Regular de um Direito[7], não havendo em que se falar em crime. 
Também podemos observar em que as infrações atingem diretamente a moral, como 
a sedução, o estupro, a corrupção de menores, o atentado ao pudor, enfim, todos os 
atos que ofendem e ferem qualquer noção de moral. Segundo Nalini (2004, p.89): “o 
Direito Penal é muito mais do que a leitura e a aplicação do Código Penal, ou seja, o 
que está em jogo, quando se pune alguém por uma conduta considerada delitiva, é a 
noção de moral nutrida pela sociedade considerada sobre o que está a merecer castigo 
e repressão”. 
A grande pergunta que se faz é: Será que tudo que é legal é moral e ético? A resposta 
deverá ser bem analisada para que não se cometa injustiças. Um fato que não é 
especificado em lei, moralmente e eticamente poderá ser reprovado pela sociedade, 
mesmo que o cidadão argumente que em momento algum estava proibido em fazer. 
O nepotismo[8] no serviço público é uma clara indicação sobre este tema. 
Ética e Direito Civil Numa sociedade organizada, a lei civil é que regula as relações entre as 
pessoas privadas, seu estado, sua capacidade, sua família e, principalmente, sua propriedade, 
consagrando-se como o reino da liberdade individualal. Muitos dos conceitos trabalhados no 
Direito Civil são intimamente De acordo com Vasquez (2002, p.103): “a moral permeia 
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todo o Direito Civil, principalmente no Direito de Família e no Direito das Obrigações, 
pois ao obrigar-se, o ser humano vincula-se também moralmente”. 
Logicamente que outras relações entre Ética e Moral existem noutros ramos do 
Direito, os quais estaremos analisando na medida do desenvolvimento de nosso curso. 
[1] Na verdade, ética não se ensina porque ela é a moral que é o conjunto dos 
valores pessoais, os quais representam o verdadeiro eu. O que podemos é 
inspirar para transformar e polir os valores. Assim, ética será a conseqüência. 
[2] Estado matrimonial em que um homem convive com duas mulheres ou uma mulher com dois homens. 
[3] Que se baseia somente na experiência ou observação, ou por elas se guia, sem 
levar em consideração teorias ou métodos científicos 
[4] Não há propriamente uma só definição, mas inúmeras. O mais importante para 
o nosso estudo e saber o significado em que nos leve a um fácil entendimento que 
é: O Estado é uma sociedade política e juridicamente organizada para atender o 
bem comum, ou seja, sua organização é determinada por normas de direito (leis) e 
hierarquizada na forma de governo e governados e tem uma finalidade própria que 
é o bem (Interesse Público) 
[5] È o princípio ou regra não escrita de direito que se introduziu pelo uso contínuo. 
A lei que o uso estabeleceu. Exemplo: Fila de banco. 
[6] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
[7] Artigo 23 do Código Penal que são causas que excluem a própria ilicitude ou a 
antijuridicidade. Por isso a legislação penal diz que não há crime nesses casos. 
[8] Favoritismo de certos governantes aos seus parentes e familiares, facilitando-
lhes a ascensão social, independentemente de suas aptidões. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 1.Conceito de Constituição 
 O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público. Porém, distingue-se 
dos demais ramos do Direito Público, por ser um Direito Público fundamental, 
segundo José Afonso da Silva, por "referir-se diretamente à organização e 
funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários do mesmo e ao 
estabelecimento das bases da estrutura política." Numa conceituação mais aclarada: 
"Podemos defini-lo como o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e 
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sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado." Portanto, o objeto de 
estudo do Direito Constitucional "é constituído pelas normas fundamentais da 
organizaçãodo Estado, forma de governo, modo de aquisição e exercício do 
poder, estabelecimento dos seus órgãos, limites de sua atuação, direitos 
fundamentais do homem e respectivas garantias e regras básicas da ordem 
econômica e social". 
 Obviamente, como o próprio nome diz, a principal norma do Direito 
Constitucional é a Constituição. A Constituição é a norma fundamental que funda e 
organiza o Estado. Ou seja: 
 "A constituição do Estado, considerada sua Lei fundamental, seria, então, a 
organização dos seus elementos essenciais: um sistema de normas jurídicas, escritas 
ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de 
aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua 
ação, os direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias. Em síntese, a 
constituição é o conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do 
Estado." (SILVA, 2001, p. 38) 
 A Constituição Federal de 1988 é a norma fundamental do Direito Positivo 
Brasileiro. Por normalizar a democracia e restabelecer o Estado Social e Democrático 
de Direito, a CF/88 é diferente das constituições antecedentes. A CF/88 é organizada 
em nove títulos: 
 "(1) dos princípios fundamentais; (2) dos direitos e garantias fundamentais, 
segundo uma perspectiva moderna e abrangente dos direitos individuais e coletivos, 
dos direitos sociais dos trabalhadores, da nacionalidade, dos direitos políticos e dos 
partidos políticos; (3) da organização do Estado, em que estrutura a federação com 
seus componentes; (4) da organização dos poderes: Poder Legislativo, Poder Executivo 
e Poder Judiciário, com a manutenção do sistema presidencialista, seguindo-se um 
capítulo sobre as funções essenciais à Justiça, com Ministério Público, Advocacia 
Pública (da União e dos Estados), advocacia privada e defensoria pública; (5) da defesa 
do Estado e das instituições democráticas, com mecanismos dos Estado de Defesa, 
Estado de Sítio e da segurança pública; (6) da tributação e do orçamento; (7) da ordem 
econômica e financeira; (8) da ordem social; (9) das disposições gerais. Finalmente, o 
Ato das Disposições Transitórias." (SILVA, 2001, p. 89-90) 
 2.Importância da Constituição Federal de 1988 para o Profissional 
 No intuito de seguir as ordens da coordenação e a ementa deste curso, 
enfocaremos os aspectos da CF/88 relacionados aos direitos e garantias 
fundamentais (Título II – Dos Direitos e das Garantias Fundamentais, CF/88). 
Alguns podem se perguntar: "O que a Constituição tem a ver com o meu cotidiano 
profissional?" Tem tudo a ver. A CF/88 é a norma fundamental e suprema do 
Estado Brasileiro. Portanto, todas as leis e atos infra-legais lhe devem 
subordinação. Muito se diz sobre constitucionalidade ou inconstitucionalidade de 
determinadas medidas. Pois bem, algo é constitucional se estiver segundo a 
Constituição. É inconstitucional, se apresentar dispositivo contrário à Constituição. 
Assim, o é com as Leis, com os atos infra-legais (decretos, portarias e demais atos 
administrativos, entre outros) e com as normas de conduta impostas pelas empresas 
aos seus funcionários. 
 O empregador tem poderes para disciplinar e gerir a empresa e as relações 
desta com os empregados. Porém, esses poderes são limitados. E não podem, de 
maneira alguma, contrariar dispositivos contidos na Constituição e na legislação, 
seja ela administrativa, trabalhista, financeira, tributária, penal, internacional, civil, 
comercial, ambiental, entre outras. Quer dizer, mesmo sendo uma pessoa de 
direito privado, a empresa não pode fazer o que quiser no seu âmbito interno, 
devendo, inclusive, respeitar e implementar os Direitos Fundamentais, 
naquilo que lhe couber, segundo a Constituição e as Leis. A liberdade, in casu, 
é para agir segundo o que ordenam e o que permitem as Leis e a Constituição, esta 
a norma fundamental que confere validade e norteia toda uma ordem jurídica 
nacional. 
2.1. Noções Básicas de Direito: 
 O ordenamento jurídico possui uma responsabilidade compartilhada entre o Estado e os 
cidadãos na proteção e preservação do desenvolvimento da humanidade. Pensar sobre o 
desenvolvimento humano importa em refletir sobre a vida em sociedade - o ambiente em seus 
infinitos ecossistemas e correlações, em cuja totalidade insere-se a vida humana. É sobre a base da 
vida em sociedade que o homem desenvolve sua atividade cultural, segundo certos valores, na 
busca de múltiplos objetivos, cuja multiplicidade de fatos constitui a História. 
 O sucesso das ações que devem conduzir ao desenvolvimento social dependerá em grande 
parte da influencia da opinião pública, do comportamento das pessoas, e de suas decisões 
individuais. Mesmo considerando que existe certo interesse pelas questões sociais, econômicas e 
políticas há que reconhecer a falta de informação e conhecimento dos direitos básicos ou 
considerados fundamentais. Logo, a educação que tenha por objetivo informar e sensibilizar as 
pessoas sobre os deveres e direitos existentes em sua sociedade, buscando transformar essas 
pessoas em indivíduos que participem das decisões sobre seus futuros, exercendo desse modo o 
direito a cidadania torna-se instrumento indispensável no processo de desenvolvimento social. 
 Assim é necessário que se faça uma avaliação sob o ponto de vista constitucional, diante da 
infinidade de novas situações jurídicas que se apresentam, mesmo porque o direito não é estanque, 
mas sim a têm nos costumes como um dos princípios do direito, e segundo os costumes e a 
convivência entre os componentes certamente surgiram novas situações que precisam ser regradas 
em alguns casos e protegida em outros. 
 Declara a Constituição que a ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano 
e na livre iniciativa, tendo por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da 
justiça social. São princípios da ordem econômica: soberania nacional, propriedade privada, função 
social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, redução 
das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego e tratamento favorecido às empresas 
brasileiras de capital nacional de pequeno porte. 
 Após esse panorama geral, a linha principal seguirá para uma análise individual, da 
Constituição Federal, com maior ênfase nos Princípios Constitucionais de Direito, pois baseados em 
conceitos antropológicos o homem é fruto de meio, e mesmo que essa questão seja passível de 
discordância, ninguém poderá afirmar que o homem sobreviveria sem apoiar-se no meio em que 
vive rodeado pelos conceitos culturais e legais. 
 E se o desenvolvimento da humanidade não for sustentado por normas o caos estará 
formado, seja no tocante a saúde, à igualdade das pessoas, à liberdade, à segurança e também à 
propriedade privada. 
 A experiência jurídica é experiência histórico-cultural, em cuja realização o homem altera 
aquilo que lhe é “dado”, alterando-se a si próprio. 
 Existe a “Responsabilidade Conjunta do Estado e do Cidadão na busca de uma sociedade 
“ideal”, onde todos trabalham contra a usurpação dos princípios e dos direitos sociais em termos 
gerais, respeitam os direitos e zelam pela preservação da lei, enfocando a importância para o mundo 
jurídico na proteção da interrelação homem e sociedade. 
 O tempo que levaremos para atingir essa nova era dependerá da determinação de cada um 
de nós de conhecer, meditar a respeito, seguir e disseminar os princípios fundamentais da nossa 
sociedade, assim como de exigir a sua observância por parte de todos. 
 O estudo das normas de direito, pressupõe o conhecimento de certos conceitos básicos que 
servem de pilares para todo o ordenamento de direitos e deveres dentrode um Estado: 
 I. Estado - é uma sociedade política dotada de algumas características próprias, ou de 
elementos essenciais que a distinguem das demais: povo, território e soberania. POVO: é o 
elemento humano do Estado, o conjunto de pessoas que mantêm um vínculo jurídico-político com o 
Estado, pelo qual se tornam parte integrante deste. SOBERANIA: poder de império do Estado, 
caracterizando-o como o poder jurídico de que são investidas as autoridades. TERRITÓRIO: é o 
elemento material do Estado, o espaço dentro do qual este exerce a sua supremacia sobre pessoas e 
bens. O conceito de território é jurídico e não meramente geográfico. Abrange, além do espaço 
delimitado entre fronteiras do Estado, o mar territorial, o respectivo espaço aéreo, navios e 
aeronaves em alto-mar e, navios e aeronaves militares onde quer que estejam. 
 O Brasil caracteriza-se pela Federação como forma de organização do Estado, formada pela 
união indissolúvel de seus estados e municípios, cuja forma de governo instituída é uma República 
(coisa do povo), cujo poder emana do povo. 
 II. Lei – norma escrita, vigente em um país, elaborada pelo Poder Legislativo; podemos 
definir a lei como uma norma aprovada pelo povo de um país. 
Em outras palavras, Lei é a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de tornar expresso o 
comportamento considerado desejável ou indesejável (âmbito penal) para a coletividade. O 
ordenamento jurídico brasileiro assenta-se basicamente nas leis, ou seja, dispõe no Artigo 5º da 
Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) que: “Ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
 III. Costume – é o conjunto de normas de comportamento ao qual as pessoas obedecem 
de maneira uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade. É criado 
espontaneamente pela sociedade, sendo produzido por uma prática geral, constante e reiterada. 
Exemplo: Fila, não há uma lei determinando à obediência a fila em locais de atendimento, mas as 
pessoas por costume a respeitam, por ordem de chegada. 
 
2.2. Princípios Constitucionais Fundamentais de Direito: 
 A Constituição é a lei maior do país, o vértice do sistema jurídico. Contém as normas 
fundamentais do Estado, estando todos sujeitos ao seu império, inclusive os membros do governo. 
As regras do texto constitucional, sem exceção, são revestidas de supralegalidade, ou seja, possuem 
eficácia superior às demais normas. 
 A estrutura do ordenamento jurídico é escalonada, sendo que todas as normas abaixo da 
Constituição devem ser com ela compatíveis. 
 No ápice da pirâmide estão às normas constitucionais, logo, todas as demais normas do 
ordenamento jurídico devem buscar seu fundamento de validade no texto constitucional, sob pena 
de inconstitucionalidade. Basta que a regra jurídica esteja na Constituição Federal para ela ser 
revestida de supralegalidade, ou seja, a regra encontra-se em nível hierarquicamente superior as 
demais regras. 
 Diversos sinônimos de Constituição são utilizados pelos autores, sempre realçando o caráter 
de superioridade das normas constitucionais em relação às demais normas jurídicas. Destacamos os 
mais frequentes, como Carta Magna, Lei Fundamental, Código Supremo, Lei Máxima, Lei Maior e 
Carta Política. 
 Princípios são Direitos fundamentais s considerados indispensáveis à pessoa humana, 
necessários para assegurar a todos uma existência digna, livre e igual. Não basta ao Estado 
reconhecer direitos formalmente; deve buscar concretizá-lo, incorporá-los no dia a dia dos cidadãos 
e de seus agentes. 
 
• Direito à Vida: O direito à vida é o principal direito individual, o bem jurídico de maior 
relevância tutelado pela ordem constitucional, pois o exercício dos demais direitos depende 
de sua existência. Consiste no direito à existência do ser humano. O Direito à Vida, 
basicamente se resume no DIREITO DE NÃO SER MORTO, mas possui ampla interpretação, 
incluindo o Viver com Dignidade. Assim, não basta garantir um simples direito á vida, mas 
assegurá-lo com o máximo de dignidade e qualidade na existência do ser humano. A 
integridade física deve ser entendida como o absoluto respeito à integridade corporal e 
psíquica de todo e qualquer ser humano. 
• Direito de Liberdade: 
 Liberdade é a faculdade que uma pessoa possui de fazer ou não fazer alguma coisa, senão em 
virtude de lei. Um indivíduo é livre para fazer tudo o que a lei não proíbe. Envolve sempre um direito 
de escolher entre duas ou mais alternativas, de acordo com sua própria vontade. 
• Liberdade de Pensamento (art. 5.°, IV e V): O pensamento, em si, é absolutamente livre. 
Está fora do poder social, pertence ao próprio indivíduo. A tutela constitucional surge no 
momento em que ele é exteriorizado com a sua manifestação. É importante que o Estado 
assegure a liberdade das pessoas de manifestarem o seu pensamento. Contudo, foi vedado 
o anonimato, as pessoas são obrigadas a assumir a responsabilidade do que exteriorizam, 
caso haja danos materiais, morais ou à imagem. O direito de manifestação de pensamento 
deve ser exercido de maneira responsável. O limite na manifestação do pensamento se 
encontra no respeito à imagem e à moral das outras pessoas. 
 
• Liberdade de Consciência, de Crença e de Culto (art. 5.°, VI, VII e VIII): A liberdade de 
consciência refere-se à visão que o indivíduo tem do mundo, ou seja, são as tendências 
ideológicas, filosóficas, políticas etc., de cada indivíduo. A liberdade de crença tem um 
significado de cunho religioso. É importante salientar que inclui o direito de professar ou não 
uma religião, de acreditar ou não na existência de um ou diversos deuses, ou até mesmo, na 
não existência de nenhum deus (ateísmo). A liberdade de culto é a exteriorização da 
liberdade de crença, ou seja, as pessoas têm a liberdade de cultuar o que elas acreditam. A 
liberdade de culto inclui o direito de honrar as divindades preferidas, celebrar as cerimônias 
exigidas pelos rituais, à construção de templos e o direito de recolher contribuições dos fiéis. 
A Constituição Federal proíbe qualquer distinção ou privilégio entre as igrejas e o Estado. 
• 
• Liberdade de Atividade Intelectual, Artística, Científica e de Comunicação (art. 5.°, IX): A 
Constituição Federal estabelece que a expressão das atividades intelectual, artística, 
científica e de comunicação é livre, não se admitindo a censura prévia. É uma liberdade, no 
entanto, com responsabilidade, ou seja, se houver algum dano moral ou material a outrem, 
haverá responsabilidade por indenização. 
• Liberdade de Locomoção (art. 5.°, XV): É a liberdade física de ir, vir, ficar ou permanecer. 
Essa liberdade é considerada pela Constituição Federal como um dos mais fundamentais 
direitos, visto que é requisito essencial para que se exerça o direito das demais liberdades. 
No que diz respeito à liberdade de sair, entrar e permanecer em território nacional. A lei 
pode estabelecer exigências para sair, entrar ou permanecer no país, visando à proteção da 
soberania nacional. 
• Liberdade de Reunião (art. 5.°, XVI): É a permissão constitucional para um agrupamento 
transitório de pessoas com o objetivo de alcançar um fim comum. O legislador exige que a 
reunião seja PACÍFICA (sem violência ou armas), que tenha um FIM LÍCITO (legal) e que seja 
COMUNICADO AO PODER PÚBLICO o dia, local e hora da referida reunião para evitar 
reuniões conflitantes no mesmo local e, para que possa haver uma preparação com o intuito 
de não atrapalhar os demais cidadãos. O direito de reunião pode ser analisado sob dois 
enfoques: de um lado a liberdade de se reunir para decidir um interesse comum e de outro 
lado à liberdade de não se reunir, ou seja, ninguém poderá ser obrigado a reunir-se. 
• 
•Direito à Segurança: 
 A Constituição Federal, no caput do artigo 5.°, quando fala de segurança, está se referindo à 
segurança jurídica. Refere-se à segurança de que as agressões a um direito não ocorrerão e, se 
ocorrerem, existirá uma eventual reparação pelo dano que a pessoa tenha. Segurança é a 
tranquilidade do exercício dos direitos fundamentais. Não basta ao Estado criar e reconhecer 
direitos ao indivíduo; tem o dever de zelar por eles, assegurando a todos o exercício, com a devida 
tranquilidade. O Estado deve atuar no sentido de preservar as prerrogativas dispostas nas normas 
jurídicas. 
A competência para dar a segurança jurídica é do Poder Judiciário. É por meio do acesso ao Poder 
Judiciário que as pessoas conseguem a segurança jurídica. Diante de uma agressão ou de ameaça de 
agressão a um direito, a pessoa poderá ir ao Poder Judiciário e assegurá-lo. Para que o Judiciário 
tenha o dever de conceder a segurança jurídica, não é necessário comprovar a efetiva lesão, ou seja, 
pode-se, preventivamente, buscar essa segurança para impossibilitar a lesão ao direito. 
• Direito de Igualdade: 
 O direito de Igualdade consiste em afirmar que “todos são iguais perante a lei sem distinção 
de qualquer natureza”. Deve haver um tratamento isonômico, de igualdade. Igualdade consiste em 
tratar igualmente os iguais, com os mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os desiguais, na 
medida de sua desigualdade. Tratar igualmente os desiguais seria aumentar a desigualdade 
existente. Todos os órgãos públicos deverão dar tratamento isonômico para as partes. Responde por 
discriminação quem sem motivo justo tratar de forma diferenciada qualquer pessoa independente 
de sexo, origem, cor, raça, crença, posição social, filosófica, política ou cultural. 
 O artigo 03º da Constituição Federal estabelece entre as metas do Brasil a erradicação da 
pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais e regionais e a promoção do “bem 
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
• Direito de Propriedade: 
 Estabelece a Constituição Federal/1988: “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar ou permanecer, sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou ainda, durante o dia, por ordem judicial”. 
 Considera-se “casa”, no sentido constitucional, todo local delimitado e separado, que alguém 
ocupa com exclusividade, a qualquer título, inclusive profissionalmente, desde que constitua um 
ambiente fechado ou de acesso restrito ao público. Com relação ao dia e a noite, temos dois 
critérios: um referente ao período das 06h00min da manhã às 18h00min, o outro chamado de 
critério físico-astronômico, como o intervalo de tempo situado entre a aurora e o crepúsculo. 
Entendemos que a aplicação conjunta de ambos os critérios alcança a finalidade constitucional de 
maior proteção ao domicílio durante a noite (exemplo – horário de verão). 
 Exceção – DESAPROPRIAÇÃO: Ato pelo qual o Estado toma para si ou transfere para terceiros 
bens de particulares, mediante o pagamento de justa e prévia indenização. A Constituição prevê 03 
hipóteses de desapropriação: 
1º) Por necessidade pública – a Administração Pública defronta com problemas de emergências, 
sendo a desapropriação indispensável para a realização de uma atividade essencial do Estado. 
2º) Por utilidade pública – a desapropriação, embora não imprescindível, é conveniente para a 
realização de uma atividade estatal. 
3º) Por interesse social – a desapropriação é conveniente para o progresso social, para o 
desenvolvimento da sociedade. 
 Requisitos da Indenização: a) Justa – a indenização deve ser feita de forma integral, 
reparando todo prejuízo sofrido pelo particular que teve seu bem desapropriado. A indenização 
deve ser calculada de acordo com o valor de mercado do bem no momento da transferência da 
propriedade. Devem ser acrescidos os danos emergentes e os lucros cessantes, além do pagamento 
de juros moratórios e compensatórios, despesas judiciais e correção monetária. b) Prévia – o 
pagamento deve ser feito antes do ingresso na titularidade do bem. c) Em dinheiro – o pagamento 
deve ser feito em moeda corrente. 
OBS.: Na desapropriação para Reforma Urbana e Agrária, o pagamento pode ser feito 
respectivamente, em títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos, ou em títulos da dívida 
agrária, resgatáveis em até 20 anos. 
 Por fim conclui-se que o homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao 
desfrute de condições de vida adequadas, em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita 
levar uma vida digna e gozar de bem-estar, e é portador solene da obrigação de proteger e melhorar 
o meio em que vive, para as gerações presentes e futuras. 
DIREITO DO TRABALHO 
Contrato De Trabalho 
Preliminares acerca da noção de relação de trabalho 
 A noção de trabalho é sempre relacional. Com efeito, não se há de pensar o 
fenômeno humano trabalho a não ser da perspectiva de uma relação que o define 
fundamentalmente. O trabalho pode ser definido, a priori, como uma relação do 
homem com o mundo que o cerca. Pensado como individualidade, ou 
subjetividade, o homem não é um universo autônomo que se baste a si mesmo. Ele 
precisa sair de si e ir ao mundo para pode realizar-se, como no mais o faz todo ser 
vivo. Portanto o isolamento do homem há de ser rompido sua ida ao mundo em 
função de necessidades básicas a sua manutenção. O homem sente fome e precisa 
comer, então vai à natureza obter aquilo de que necessita. Essa ida primeira do 
homem ao mundo, pelo qual ele o transforma, ainda não é propriamente humana, 
vez que assim o faz qualquer ser vivo, porém é já do homem. Todavia, as 
necessidades do homem não se suprem completamente nessa ida primeira ao 
mundo. Surgem para eles outras necessidades, mais complexas que, como tal, 
exigem modos mais complexos de supressão. Essas começam a ser necessidades 
mais propriamente humanas. E o modo como o homem se porta diante delas vai, 
pouco a pouco, definindo-o como humano . 
 O trabalho, pensado aqui como aquele que interessa ao Direito, é o trabalho 
humano, realizado pelo homem fundamentalmente para sua subsistência. Outros 
animais também realizam trabalho, e desse modo se relacionam com o mundo. 
Existe ainda o conceito físico de trabalho, onde já não haveria uma relação com o 
mundo, na medida em que um fenômeno físico é o acontecer do próprio mundo 
enquanto tal. Interessa-me aqui o trabalho humano, primeiramente no que ele se 
distingue dos outros modos de ser do trabalho. 
 Marx pensava no trabalho como essência do homem. O trabalho "é a 
essência do homem, pois é o meio pelo qual ele se relaciona com a natureza e a 
transforma em bens a que se confere valor" . Esta noção de trabalho é 
perfeitamente relacional: o trabalho é relação do homem com o mundo, pela qual 
aquele transforma este, valorando-o. O valor atribuído pelo homem ao mundo 
transforma diz respeito ao modo como o homem retira do mundo sua subsistência. 
 A relação de trabalho enquanto relação do homem com o mundo é trabalho 
do homem para si. Porém, esta não é a forma exclusiva da relação de trabalho. O 
trabalho é também do homem para o outro, medida em que modo de o homem se 
relacionar com outros homens. A relação de trabalho além de ser homem-mundo, 
isto é, entre o sujeito e o objeto, é também uma relação homem-homem e, 
portanto, intersubjetiva. Além de prover a própria subsistência, o homem provê a 
subsistência de outros homens, seja isto seu próprio fim, seja ela meio para isto. 
Assim é porque a relação de trabalho enquanto intersubjetiva se especifica de dois 
modos. O produto da ação do homem sobreo mundo, o resultado do trabalho pode 
ser apropriado e consumido pelo indivíduo mesmo que o realizou – hipótese em 
que será trabalho para si –, ou pode exceder as necessidades e capacidades de 
consumo desse indivíduo, com o que será apropriado e consumido por outro, ou 
outros, indivíduo. Neste último caso será trabalho para outro. Este trabalho pode 
ser realizado de modo livre, quando o trabalhador se torna uma espécie de 
comerciante do produto de seu trabalho, ou de modo coagido, quando o 
trabalhador é impelido por outrem a produzir algo. Interessante notar que muitas 
vezes, o trabalho de uns é – como sabe o homem há muito – impelir pela coação 
os outros a essa produção. De modo que uns, os que se fazem suficientemente 
fortes para isso, retiram sua subsistência do produto do trabalho de outros, mais 
fracos, e nisso se configura o seu trabalho. 
 Pelo trabalho o homem se vincula, é dizer se relaciona, com o mundo físico 
e com o mundo cultural de todos os homens. O homem se retira da natureza, 
tornando-se propriamente homem, quando altera o mundo por seu trabalho – 
pensado aqui em sua forma concreta –, quando faz cultura. Daí Marx pensar o 
trabalho como essência do homem. Com o advento do trabalho humano passa-se 
do mundo do dado, da natureza, para o mundo do construído, da cultura, que pode 
ser pensado como propriamente humano. Duma perspectiva materialista, o 
homem não pode ser nada além, ou aquém, daquilo que ele faz: o homem é o que 
faz, é suas ações. E no âmbito daquilo que ele faz, o homem é, mais propriamente, 
aquilo que ele faz para sobreviver, para reproduzir sua existência. A existência 
humana seria garantida, aqui, pelo trabalho, em que pese o fato de muitos homens 
trabalham e não conseguem garantir sua subsistência, enquanto outros tantos – 
muito menos que aqueles, é verdade – não trabalho e esbanjam existência. 
 Seja como for, pensado enquanto relação do homem com o mundo ou dos 
homens entre si, o trabalho é sempre uma relação. 
DANO MORAL 
Conceito de Dano Moral 
 A necessidade de conceituação de dano moral está ligada diretamente a 
decidibilidade do caso concreto, restando portanto, a sua importância. 
 Em verdade, a aceitação da doutrina que defende a indenização por dano 
moral repousa numa interpretação sistemática de nosso direito, abrangendo o 
próprio artigo 159 do Código Civil que, ao aludir à "violação de um direito" não está 
limitado à reparação ao caso de dano material apenas. 
 Porém, qual seria a sua amplitude. A extensão do significado dano moral 
exige acuidade, inteligência e preparo, conforme nos ensinou o Professor Tércio 
Sampaio Ferraz Júnior, pois do seu conteúdo é que se discute as diversas hipóteses 
de ressarcibilidade. 
 Vamos procurar elucidá-lo. 
 Para Savatier, dano moral "é qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda 
pecuniária, e abrange todo atentado à reputação da vítima, à sua autoridade legitima, ao seu pudor, à sua 
segurança e tranqüilidade, ao seu amor próprio estético, à integridade de sua inteligência, a suas afeições, etc". 
(Traité de La Responsabilité Civile, vol.II, nº 525, in Caio Mario da Silva Pereira, Responsabilidade Civil, Editora 
Forense, RJ, 1989). 
 Para o Professor Yussef Said Cahali, dano moral "é a privação ou diminuição daqueles bens que têm 
um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a 
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, 
em dano que afeta a parte social do patrimônio moral(honra, reputação, etc.) e dano que molesta a parte afetiva 
do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral que provoca direta ou indiretamente dano 
patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)" (obra citada, p. 20). 
 Segundo Minozzi, um dos Doutrinadores Italianos que mais defende a ressarcibilidade, Dano Moral "é 
a dor, o espanto, a emoção, a vergonha, a aflição física ou moral, em geral uma dolorosa sensação provada pela 
pessoa, atribuindo à palavra dor o mais largo significado". (Studio sul Danno non Patri moniale, Danno Morale, 
3ª edição,p. 41). 
 Em adequadas lições, ensina o grande jurista luso, Professor Inocêncio Galvão Telles 
que "Dano moral se trata de prejuízos que não atingem em si o patrimônio, não o fazendo diminuir nem 
frustrando o seu acréscimo. O patrimônio não é afectado: nem passa a valer menos nem deixa de valer mais". 
"Há a ofensa de bens de caráter imaterial - desprovidos de conteúdo econômico, insusceptíveis 
verdadeiramente de avaliação em dinheiro. São bens como a integridade física, a saúde, a correção estética, a 
liberdade, a reputação. A ofensa objectiva desses bens tem, em regra, um reflexo subjectivo na vítima, traduzido 
na dor ou sofrimento, de natureza fisica ou de natureza moral". "Violam-se direitos ou interesses materiais, 
como se se pratica uma lesão corporal ou um atentado à honra: em primeira linha causam-se danos não 
patrimoniais, v.g., os ferimentos ou a diminuição da reputação, mas em segunda linha podem também causar-
se danos patrimoniais, v.g., as despesas de tratamento ou a perda de emprego". (´Direito das Obrigações, 
Coimbra Editora, 6ª edição, p. 375). 
 Nas palavras do Professor Arnoldo Wald, "Dano é a lesão sofrida por uma 
pessoa no seu patrimônio ou na sua integridade física, constituindo, pois, uma lesão 
causada a um bem jurídico, que pode ser material ou imaterial. O dano moral é o 
causado a alguém num dos seus direitos de personalidade, sendo possível à 
cumulação da responsabilidade pelo dano material e pelo dano moral" (Curso de 
Direito Civil Brasileiro, Editora Revista dos Tribunais, SP, 1989, p. 407). 
 Wilson de Melo Silva, em síntese, diz que "dano moral é o conjunto de tudo 
aquilo que não seja suscetível de valor econômico" (O dano Moral e sua Reparação, 
Editora Forense, RJ, 1993, p. 13). 
 O Desembargador Ruy Trindade, diz que dano moral "é a sensação de abalo 
a parte mais sensível do indivíduo, o seu espírito" (RT 613/184). 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
As relações de consumo e o surgimento da tutela do consumidor 
 Antes de adentrarmos ao tema propriamente dito, necessário se faz 
explicitar como foi o caminho trilhado do "movimento consumerista" que teve 
nuanças próprias, embates acirrados e por fim uma difusão mundial da consciência 
de que o consumidor, diante do avanço tecnológico dos meios de produção passara 
a ser a parte fraca da relação de consumo necessitando de uma legislação que 
resguardasse não apenas os direitos básicos, mas também que punisse aqueles que 
o desrespeitassem. 
 Temos que a origem protecionista do consumidor se deu com as 
modificações nas relações de consumo, sendo esta, por seu turno difícil de precisar 
seu início. Não ficamos um só dia sem consumir algo, de modo que o consumo faz 
parte do dia-a-dia do ser humano. A afirmação de que todos nós somos 
consumidores é verdadeira. João Batista de Almeida aduz que 
"independentemente da classe social e da faixa de renda, consumimos desde o 
nascimento e em todos os períodos de nossa existência. Por motivos variados, que 
vão desde a necessidade e da sobrevivência até o consumo por simples desejo, o 
consumo pelo consumo". 
 Hodiernamente as chamadas relações de consumo, outrora campo exclusivo 
do estudo da ciência econômica passou a fazer parte do rol da linguagem jurídica. 
E o fez, dado as alterações substanciais no panorama mundial, político, econômico 
e jurídico que permeavam época pretérita transportando-se para o cenário atual. 
Para Maria Antonieta Zanardo Donato, estas alterações foram introduzidas pelo 
liberalismo emergente do século XIX, que infiltrou-seno Direito operando sua 
transformação. 
 Após a transformação do panorama econômico, nasce um capitalismo 
agressivo que impôs um ritmo elevado na produção, erigindo um novo modelo 
social, qual seja, a sociedade de consumo (mass consumption society) ou sociedade 
de massa. Instaura-se um novo processo econômico, causando profundas e 
inesperadas alterações sociais. 
 Não há dúvidas de que as relações de consumo ao longo do tempo evoluíram 
drasticamente. Do primitivo escambo e das minúsculas operações mercantis tem-
se hoje complexas operações de compra e venda, que envolvem milhões de reais 
ou de dólares. 
 Para trás ficou aquelas relações de consumo que estavam intimamente 
ligadas às pessoas que negociavam entre si, para dar lugar à "operações impessoais 
e indiretas, em que não se dá importância ao fato de não se ver ou conhecer o 
fornecedor. Os bens de consumo passaram a ser produzidos em série, para um 
número cada vez maior de consumidores. Os serviços se ampliaram em grande 
medida". E essa produção em massa aliada ao consumo em massa, gerou a 
sociedade de consumo ou sociedade de massa. 
 Mas esta nova forma de vender e comprar trouxe em seu bojo o poderio 
econômico das macro-empresas de impor seus produtos e mercadorias àquele 
(consumidor) que ao que parecia seria "monarca do mercado" ou o "rei do 
sistema". 
 Dado a esta imposição, os consumidores começaram a enxergar que 
estavam mais para súditos do que para monarcas, bem como estavam 
desprotegidos e vulneráveis às práticas abusivas das empresas e para tanto 
necessitavam de proteção legal. 
 A partir dessa fundamental constatação, vários ordenamentos jurídicos do 
mundo todo passaram a reconhecer a figura do consumidor e, sobretudo a sua 
vulnerabilidade outorgando-lhes direitos específicos. 
 O caminho natural da evolução nas relações de consumo certamente 
acabaria por refletir nas relações sociais, econômicas e jurídicas do mundo. A partir 
deste evento, a tutela do consumidor ganhou espaço no seio jurídico, e os debates 
em torno da matéria iniciaram-se face às novas situações decorrentes do 
desenvolvimento. 
 Esse entendimento é corroborado por João Batista de Almeida que citando 
Camargo Ferraz, Milaré e Nelson Nery Júnior aduzem que a tutela dos interesses 
difusos em geral e do consumidor em particular deriva das modificações das 
relações de consumo e evidenciam que: ‘o surgimento dos grandes conglomerados 
urbanos, das metrópoles, a explosão demográfica, a revolução industrial, o 
desmesurado desenvolvimento das relações econômicas, com a produção e 
consumo de massa, o nascimento dos cartéis, holdings, multinacionais e das 
atividades monopolísticas, a hipertrofia da intervenção do Estado na esfera social 
e econômica, o aparecimento dos meios de comunicação de massa, e, com eles, o 
fenômeno da propaganda maciça, entre outras coisas, por terem escapado do 
controle do homem, muitas vezes voltaram-se contra ele próprio, repercutindo de 
forma negativa sobre a qualidade de vida e atingindo inevitavelmente os interesses 
difusos. Todos esses fenômenos, que se precipitaram num espaço de tempo 
relativamente pequeno, trouxeram a lume à própria realidade dos interesses 
coletivos, até então existentes de forma latente despercebidos’. 
DIREITO AUTORAL 
O DIREITO AUTORAL 
 O direito autoral, conhecido como "sistema europeu" ou da União de Berna, 
busca tutelar a relação jurídica entre o criador e a sua obra, desde que a mesma 
seja de caráter estético, pois se for utilitário será regido pelo direito industrial. 
 De sua natureza desdobram-se três grandes espécies: a primeira delas é a 
paternidade da obra, como direito moral do autor; a segunda é o aspecto 
patrimonial; e, por fim, a última diz respeito aos direitos conexos dos executantes 
e intérpretes. 
 
OBRAS PROTEGIDAS 
 Conforme anteriormente explicado, o direito autoral em nosso país é 
tutelado pela Lei n.o 9.610/98, e da mesma pode-se extrair o rol das obras que são 
protegidas pelo ordenamento jurídico, fazendo a ressalva de que esta descrição é 
meramente exemplificativa. 
 Desta forma, por meio deste diploma legal, que seguiu orientação da 
Convenção de Berna para enunciação de obras, é possível proteger outras que 
futuramente podem ser criadas, sem necessidade de qualquer modificação 
legislativa. BITTAR faz interessante comentário a esse respeito: "Com isso, tem-se 
tornado possível a contínua absorção de novas formas de expressão intelectual 
neste campo, que o progresso tecnológico vem introduzindo ao longo dos tempos". 
 As obras protegidas, segundo a nossa legislação, estão elencadas no Art. 7o 
da Lei n.o 9.610/98. 
 Da análise desse rol, é possível entender que o requisito fundamental 
exigido é a originalidade da obra criada para que a mesma seja protegida pelo 
ordenamento jurídico. 
 Esta originalidade deve estar presente para diferenciar a obra criada de 
outra pré-existente, mas nem sempre será absoluta, pois com certeza absorverá, 
pelo menos em parte, a cultura da sociedade em que o criador está inserido. 
 Assim, podemos fazer a distinção entre obras originárias e derivadas. 
 Por obras originárias entende-se as que foram originada diretamente do 
intelecto humano, sem qualquer vinculação com outra obra. Por outro lado, a 
derivada possui um vínculo direto de ligação com uma outra obra, e origina-se de 
qualquer método criativo, e sendo considerada como nova, utiliza-se de 
transformação, incorporação, complementação, redução ou reunião da obra 
original referida. Ambas as modalidades são protegidas pela Lei n.o 9.610/98. 
 Outro requisito exigido pela legislação no próprio caput do Art. 7o e indicado 
por BITTAR diz respeito à necessidade de haver a exteriorização da obra por meio 
de um suporte, pois "enquanto na mente do autor, não se pode cogitar da proteção 
legal da obra, que somente passa ao mundo físico quando plasmada na forma 
possível". 
 O suporte não precisa ser necessariamente tangível, pois deve-se considerar 
a existência de suportes intangíveis, como a publicação da obra por meio da 
Internet, tema que será objeto de análise no próximo capítulo. 
 A proteção da criação da obra intelectual não se dá somente pelo seu valor 
intrínseco, ou seja, pelo seu conteúdo, mas sim em conjunto com a forma com que 
é exteriorizada. Assim, não havendo suporte, não estará protegida, pois continuará 
apenas no âmbito do intelecto humano. 
 No tocante à obras científicas, as mesas serão protegidas somente se 
estiverem na forma literária ou artística, deixando-se de lado o chamado "estado 
da técnica" (Art. 7o, §3o da Lei n.o 9.610/98) 
OBRAS NÃO PROTEGIDAS 
 Por outro lado, a própria Lei n.o 9.610/98 se preocupou em elencar um rol 
das obras que não serão abrangidas pela sua proteção . 
 Por meio da análise deste rol, pode-se perceber que o legislador cuidou para 
não proteger, por exemplo, nomes ou títulos isolados. Se assim não o fizesse, 
qualquer mãe que desse o nome de João para o seu filho poderia estar violando 
um direito autoral. 
– A ÉTICA SOCIAL E EMPRESARIAL: 
 A palavra “ética” origina-se do grego “ethos”, que vem a ser o caráter distintivo, os 
costumes, hábitos e valores de uma determinada coletividade de pessoas. 
 No entanto a expressão “ética” tem sido utilizada no sentido de ser a maneira correta 
de agir de uma determinada sociedade, a fim de promover o bem comum. 
 A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as pessoas (sujeito ético) 
e os comportamentos (conduta ética), dentro de uma sociedade. 
 A Ética é o estudo das avaliações do ser humano em relação às suas condutas ou às 
dos outros.Todas as condutas humanas podem ser classificadas eticamente. Contudo a cultural e 
a evolução da sociedade determina o que é certo ou errado, criando normas universais, com 
a finalidade de determinar as melhores ações. 
 Os conceitos éticos são extraídos da experiência e do conhecimento da humanidade. 
 Assim podemos considerar que a ética de um indivíduo, grupo, organização ou 
comunidade seria a manifestação visível, através de comportamentos, hábitos, práticas e 
costumes, de um conjunto de princípios, normas, pressupostos e valores que regem a sua 
relação com o mundo. 
 Dentre as terminologias ligadas a ÉTICA, destaca-se principalmente a MORAL e a 
JUSTIÇA, que estão intimamente ligadas, e juntas determinam a forma de viver em sociedade, 
seguindo os valores culturais e os princípios traçados. 
 O conceito de JUSTIÇA, ou seja, o conceito do indivíduo sobre o que ele considera 
Justo ou Injusto, está diretamente ligado as suas convicções pessoais, íntimas, sobre o que 
ele entende por certo ou errado, dentro daquilo que mais lhe convém. 
 Já a Moral é um sistema de valores culturais e sociais que regem o comportamento 
de um indivíduo. Os diferentes padrões culturais desfrutam de justificações morais apoiadas 
no tempo e espaço. 
 À medida que a sociedade evolui, ou até mesmo se globaliza, ela modifica os seus 
conceitos morais. 
 O comportamento moral não se baseia numa reflexão, mas nos costumes de 
determinada sociedade em determinado lugar, num preciso tempo histórico. 
 A moral é habitualmente um meio mais poderoso do que a lei para reger o 
comportamento humano. Muitas vezes é mais fácil infringir a lei para agir de acordo com a 
moral, do que infringir a moral para agir de acordo com a lei. 
 Embasando qualquer decisão que tomamos, na vida profissional ou privada, estará 
sempre os nossos valores morais como orientação. 
 Diante dos conceitos expostos e, na forma como conduzem o comportamento do 
homem em sociedade, atualmente a expressão “ética empresarial”, ou seja, o 
comportamento de uma empresa em conformidade com os princípios culturais, considerados 
éticos e morais, em outras palavras o “proceder corretamente”, vem ganhando espaço no 
mundo mercadológico, inclusive sendo estampado dentro dos “valores” da organização. 
 O comportamento ético por parte da empresa é esperado e exigido pela sociedade, 
devendo a empresa agir com ética em todos os seus relacionamentos, especialmente com 
clientes, fornecedores, empregados, concorrentes e governo, além da própria sociedade. 
Assim, toda empresa tem o dever ético de cumprir a lei. 
 Ter controle sobre a reputação, independentemente de qual âmbito, político, 
empresarial, pessoal ou profissional, tornou-se uma preocupação significativa no mundo na 
atualidade, tendo em vista o importante e determinante papel que a opinião pública 
desempenha na vida da sociedade contemporânea, instruída e municiada pela mídia. 
 O Código de Ética formaliza um padrão de conduta, considerado adequado para uma 
organização. Quando uma empresa decide adotar uma postura ética em seus 
relacionamentos, é muito importante que essa resolução conste num documento interno 
(Código de Ética ou Código de Conduta). 
 As pessoas que integram uma organização possuem formações culturais e científicas 
diferentes, experiências sociais diferentes e opiniões diferentes sobre os fatos da vida. 
 Contudo o Código de Ética tem a missão de padronizar e formalizar o entendimento 
da organização empresarial, incluindo seus colaboradores (empregados) em seus diversos 
relacionamentos e operações. 
 A existência do Código de Ética evita que os julgamentos subjetivos deturpem, 
impeçam ou restrinjam a aplicação plena dos princípios. 
 O profissional da atualidade, no Brasil, está vivendo uma experiência ímpar ao integrar 
o mundo dos negócios nessa Era Ética. 
 O Código de Ética, como já ressaltado, irá formalizar numa espécie de documento da 
empresa, seus padrões éticos e morais, criando assim, regras de condutas. 
Nessa linha pode-se dizer que gerir a ética de uma empresa é gerir o alinhamento do 
comportamento dos seus colaboradores com um conjunto de normas que consideramos 
indispensáveis, e que formam a base da cultura desejada para a empresa. 
 Os profissionais ou organização empresarial agindo de forma ética, dentro dos 
padrões previamente traçados, são os verdadeiros responsáveis pela construção de um novo 
“mundo dos negócios”. 
 Um mundo considerado cada vez melhor, pois está sendo pautado, com mais 
oportunidades, com competições comerciais e de carreiras mais honestas e com retribuições 
mais justas para todos: agentes econômicos, empregados, consumidores e sociedade em 
geral. 
 Por fim segue um texto para reflexão (fonte - 
http://brasilmaisetico.wordpress.com/etica): 
ÉTICA PARA HOJE 
 Ética é solidariedade. É a única maneira de viver a nossas vidas. Ética é algo objetivo, 
ou você tem ou não tem. Tem que estar dentro de todos, tem que vir da “alma”. Um 
comportamento digno que se aprende no berço. É o que pode e o que não pode. Ser correto 
e verdadeiro é condição essencial para o crescimento humano, para o desenvolvimento 
sustentável de um povo. Ética é não jogar o papel no chão, é não tentar “dar um jeitinho”, é 
pagar os impostos, é não querer levar vantagem. É exercer os direitos, mas principalmente os 
deveres da cidadania. Devemos esperar do outro um comportamento ético sim, mas é 
imprescindível que cada um faça a sua parte, antes de tudo. Ser ético é ser generoso e 
responsável. Nas relações pessoais, nas reuniões com grupos de pessoas, no espaço coletivo; 
na sua cidade, na rua, a ética é necessária. Todos temos nossas ideias e convicções, mas, antes 
está o bem comum, a ética. Ética não pode ser um atributo ou qualidade, tem que ser uma 
condição natural, algo que se espera de todos. É uma obrigação não apenas do cidadão, ética 
é obrigação da nação, um princípio fundamental para que se possa construir uma sociedade 
justa. Aos que governam e representam a nação, ter ética é um dever básico. Ter respeito 
pelo que é nosso. Ética é atitude, o que se espera, não do amanhã, mas de hoje. É nosso dever 
ajudar a construir um país melhor, é nosso desejo viver em um Brasil mais ético. 
 
 
http://brasilmaisetico.wordpress.com/etica)

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