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Relatório de Impacto Ambiental

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) 
 
 
 
CLARA ARIANE COSTA 
FLÁVIA KLAINE TAVARES 
GIULIA MAZETO 
LARISSA DIAS TERRAS 
MARIANA DIAS OLIVEIRA E SILVA 
 
 
 
 
 
RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
UNIVERSIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
2 
 
CLARA ARIANE COSTA 
FLÁVIA KLAINE TAVARES 
GIULIA MAZETO 
LARISSA DIAS TERRAS 
MARIANA DIAS OLIVEIRA E SILVA 
 
 
 
 
 
RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
UNIVERSIDADE 
 
 
Relatório apresentado ao curso de Arquitetura 
e Urbanismo da Universidade Tecnológica 
Federal do Paraná (UTFPR), como requisito 
avaliativo do 2º semestre de 2016 da 
disciplina Ciências do Ambiente. 
Professor(a): Tatiana Gadda. 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
3 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................6 
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ......................................................... 7 
3 RELATÓRIO DE ESTUDO DA REGIÃO ........................................................... 8 
4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO...............................................10 
5 ÁREAS DE INFLUÊNCIA ................................................................................ 11 
5.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) ........................................................ 11 
5.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) ........................................................... 12 
5.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) ......................................................... 13 
6 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA................................................... 14 
6.1 FATORES FÍSICOS ........................................................................................ 14 
6.1.1 CLIMA E AR .................................................................................................... 14 
6.1.2 ÁGUA .............................................................................................................. 15 
6.1.3 SOLO E SUBSOLO ......................................................................................... 16 
6.2 FATORES BIOLÓGICOS ................................................................................ 16 
6.2.1 FLORA E FAUNA ............................................................................................ 16 
6.3 FATORES ANTRÓPICOS ............................................................................... 17 
6.3.1 ASPECTOS TERRITORIAIS ........................................................................... 17 
6.3.1.1 ZONEAMENTO ............................................................................................. 19 
6.3.1.2 SISTEMA DE TRANSPORTE ....................................................................... 19 
6.3.2 ASPECTOS SOCIO-ECONÔMICOS .............................................................. 20 
7 IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGATÓRIAS ................................ 23 
8 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL ..................................... 25 
9 CONCLUSÃO .................................................................................................. 26 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 27 
 
4 
 
SUMÁRIO DE IMAGENS 
 
1 IMAGEM AÉREA DO TERRENO ...................................................................... 9 
2 IMAGEM DO TERRENO COM VIAS DE ACESSO ......................................... 10 
3 IMPLANTAÇÃO ............................................................................................... 11 
4 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA ................................................................... 11 
5 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA .................................................................... 12 
6 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA ................................................................. 13 
7 MAPA DE VENTOS ......................................................................................... 14 
8 HIDROGRAFIA ................................................................................................ 15 
9 SOLO E SUBSOLO ......................................................................................... 16 
10 MAPA DE VEGETAÇÃO ................................................................................. 17 
11 OCUPAÇÃO DO ENTORNO ........................................................................... 18 
11.2 OCUPAÇÃO DO ENTORNO ........................................................................... 18 
12 ZONEAMENTO ............................................................................................... 19 
13 CICLOVIAS ..................................................................................................... 20 
14 VILA IZABEL ................................................................................................... 21 
15 DEMOGRAFIA VILA IZABEL .......................................................................... 21 
16 RENDA MÉDIA VILA IZABEL.......................................................................... 21 
17 ECONOMIA VILA IZABEL ............................................................................... 22 
18 PIRÂMIDE DEMOGRÁFICA VILA IZABEL...................................................... 22 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO DE TABELAS 
 
 
1 IMPACTOS DURANTE A CONSTRUÇÃO .................................................... 23 
2 IMPACTOS DURANTE A OPERAÇÃO DA UNIVERSIDADE........................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho aborda o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), caracterizado 
como um estudo técnico multidisciplinar que realiza uma avaliação acerca de um 
empreendimento altamente poluidor ou que causará significativo impacto ambiental. 
Nesta avaliação, são levados em conta diversos fatores ecológicos que deverão ser 
devidamente mitigados pelo empreendedor. As análises feitas devem ser 
rigorosamente levadas para a construção e ao longo do funcionamento do 
empreendimento, para que a fauna e flora local sejam minimante afetadas. Neste 
documento trataremos de uma universidade que deveria ser implementada em um 
terreno situado na área de preservação ambiental do rio Iguaçu (APA do Iguaçu), 
mas devida a inviabilidade, escolheu-se outro lugar para a implementação. Assim, 
serão feitas análises a respeito do terreno, dos fatores físicos e biológicos da região, 
das influências humanas e do urbanismo com relação à manutenção dos sistemas 
ambientais e a criação de medidas mitigatórias para eventuais danos ao meio 
ambiente que a construção e o funcionamento da universidade causarão ao entorno 
e à cidade de Curitiba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 
 
 Tatiana Gadda, herdeira de uma rica família da elite Paranaense, solicitou 
nosso serviço para a construção de uma Universidade na região de Curitiba. O 
projeto deve ser social e ambientalmente positivo, com espaços adequados aos 
estudos universitários e profissionais, junto ao incentivo de pesquisas ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3 RELATÓRIO DE ESTUDO DA REGIÃO 
 
O terreno, conhecido como Bioparque, é situado na região do Uberaba, o qual 
possui áreas de preservação, cavas e faz divisa com o rio Belém e com o rio Iguaçu. 
A partir de análise de mapas do solo do terreno, constata-se que a área é rica em 
vegetação nativa, rios e terrenos alagáveis. 
A região, situada junto à APA do Iguaçu, é envolta por diversas zonas, como por 
exemplo zonas de serviços, parques, setores de uso esportivo, setor de transição, 
zonas residenciais e zonas de conservação ambiental. Além disso, o terreno está ao 
lado da Avenida Comendador Franco, uma importante via de ligação com o centro 
de Curitiba, e faz fronteira com o município de São José dos Pinhais,área com 
enfoque no setor industrial. 
Com base nos mapas de zoneamento do terreno, retirados do site do Ippuc, 
constata-se que a região é caracterizada como APA do Iguaçu, SS (Setor de 
Serviços) e SUE (Setor de Uso Esportivo). Ou seja, é uma área que poderia ser 
utilizada com serviços em prol da comunidade, como por exemplo a construção de 
terminais rodoviários, cemitérios, torres comerciais, parques e universidades. 
Contudo, devido ao fato do terreno estar classificado como APA, a Secretaria 
Municipal do Meio ambiente e a Secretaria Municipal de Obras Públicas tornam 
deferido o alvará de construção somente mediante aprovação do conselho. 
A partir da análise da guia amarela do terreno sugerido, constata-se que o lote é 
atingido por área de preservação permanente, o que dificulta a liberação do alvará 
de construção. Ademais, a área é atingida pelo Cone Afonso Pena, devido sua 
proximidade com o aeroporto, e por um bosque de mata nativa Paranaense. Diante 
destas considerações, torna-se inviável a construção de um empreendimento no 
referido terreno. 
Com isso, pode-se concluir que não é viável a construção de uma Universidade, 
mesmo que em uma parcela do terreno do Bioparque, pois o mesmo situa-se em 
área de preservação permanente e, como descrito na guia amarela do lote, foram 
protocolados vários pedidos de liberação de alvará, sendo que nenhum foi deferido. 
9 
 
Devido às características do terreno citadas anteriormente, foi decidido escolher 
outra área que atenda às necessidades de construção de uma Universidade. Para 
tal qual, foi escolhido um lote que pudesse ter um bom aproveitamento do solo. 
O terreno selecionado localiza-se em uma região de fácil acesso, com testada 
para três ruas, sendo uma delas a Av. Iguaçu, importante via de ligação com o 
centro de Curitiba e demais regiões. Neste local, é permitida a construção de até 4 
pavimentos, devendo ter um recuo frontal de 5 metros. Como o terreno possui um 
córrego, é necessária também uma faixa de recuo de 30 metros. Das áreas 
construtivas, o coeficiente de aproveitamento é de 1.5, e a taxa de ocupação e de 
permeabilidade são, respectivamente, 50% e 25%. A área total que será utilizada 
para implantação da universidade é de 6.937,48 m² e, com base nas informações 
citadas anteriormente, a área total que poderá ser edificada é de 10.406,22 m², se a 
área com permissão de construção for multiplicada por 1,5 (com o aumento de 4 
pavimentos), podendo assim ser adquirido potencial construtivo, aumentando o 
coeficiente de 1,5 para 2. 
Como o terreno deve ter um recuo bastante grande, pode-se utilizar do subsolo 
para a construção, pois o esse não conta como área computável devido à legislação 
de Curitiba. 
Para a construção de uma Universidade, o terreno está de acordo com as 
necessidades legais e funcionais, por estar em uma região privilegiada com vias de 
rápido acesso e fácil localização. Mesmo não possuindo uma área extensa, existem 
soluções viáveis para a construção do empreendimento. Abaixo, podemos ver 
ilustrado o terreno que futuramente será implantada a universidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Imagem aérea do terreno 
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4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
 O empreendimento que será construído na área é uma Universidade. O 
terreno localiza-se na cidade de Curitiba – PR, no bairro Vila Izabel (Rua Cel. Enock 
de Lima, nº 349). Apresenta uma área de 6.937,48 m², e possui acessos pela 
Avenida Iguaçu, Rua Cel. Hoche Pedro Pires e Avenida Presidente Getúlio Vargas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A respeito da implantação, a ideia pricipal é criar uma universidade que 
englobe o meio construído com o ambiente externo. Tomando isto como partido 
arquitetônico, a criação de um universidade ecológica deve ser adequada à normas 
de orgãos competentes, como a secretaria municipal do meio ambiente e 
principalmente o ippuc, que detêm de todas as informações acerca de mapas que 
influenciam na contrução da universidade. A partir disto, iniciam-se estudos sobre a 
composição do empreendimento. A ideia inicial é a criação de três subsolos, sendo 
dois pisos para garagens e um deles destinado à usos da universidade, como salas 
de auditório, e laboratórios. Acima disto haverão 3 pavimentos, destinado à salas de 
aula, almoxarifados, restarantes e áreas tecnicas. 
 
 
Figura 2: Imagem do terreno com vias de acesso 
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5 ÁREAS DE INFLUÊNCIA 
 
5.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) 
 
Trata-se da área do empreendimento. A implantação da universidade causaria 
impactos no solo do terreno, uma vez que seria necessária sua retirada para a 
edificação do subsolo. Além disso, é necessário levar em consideração que, durante 
as obras, a fauna presente no lote seria afetada, assim como a flora, que mesmo 
que exista em pequena quantidade, deverá ser retirada do local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Área diretamente afetada 
 
Figura 3: Implantação 
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5.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) 
 
 Trata-se da região entorno do terreno, ou seja, os bairros ao redor da 
construção, como demonstrado no mapa a seguir. A construção da Universidade 
pode afetar no comércio, no trânsito de carros e no deslocamento de pessoas dentre 
as regiões de Curitiba. Ademais, a universidade causaria um movimento 
intermunicipal, pois tratando-se de um empreendimento universitário, geraria uma 
maior demanda por comércios ao redor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Área de influência direta 
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5.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) 
 
 Trata-se da área mais abrangente em torno da região, como mostrado no 
mapa abaixo; compõe toda a cidade de Curitiba e as cidades ao redor, no Estado do 
Paraná. Por se tratar de uma Universidade, pode englobar até mesmo outras 
regiões do Brasil, uma vez que são facilmente encontrados estudantes de outros 
estados do país e até mesmo de outros países nas faculdades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Área de influência indireta 
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6 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 
 
6.1 FATORES FÍSICOS 
 
6.1.1 CLIMA E AR 
 
 O clima da região de Curitiba é caracterizado como CFB, de acordo com a 
classificação climática de Koppen-Geiger. Nele, define-se um clima com verões 
amenos, geadas severas e frequentes, chuvas bem distribuídas ao longo do ano e 
índice pluviométrico anual de 1400 mm a 1600 mm. Portanto, a universidade deve 
possuir isolamento térmico, para que durante o inverno suas paredes amenizem o 
frio exterior. 
 Em relação aos ventos incidentes da cidade, Curitiba recebe ventos vindos do 
Leste e nordeste e, como a cidade situa-se entre duas serras, a incidência é 
bastante pequena comparada com regiões vizinhas da cidade. O mapa internacional 
a seguir, nos mostra que a velocidade dos ventos na cidade é menor que 100 W/m² 
(medida internacional de potência dos ventos) em 50 metros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 7: VENTOS 
 
 
Figura 6: Mapa de velocidade de ventos incidentes em Curitiba F
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6.1.2 ÁGUA 
 
O terreno que será implantada a Universidade possui um pequeno córrego, 
nomeado córrego da Vila Izabel. Possui uma área de 140,8 km² e, apesar de correr 
a céu aberto no lote, não causa riscode alagamento, uma vez que seu volume é 
bastante pequeno. Em algumas áreas ele já é canalizado, fator que não ocorre no 
lote, sendo então necessárias medidas de preservação, como a manutenção das 
áreas verdes e encaminhamento dos efluentes para rede de tratamento, evitando 
assim a poluição do afluente do rio Barigui. Em relação a hidrografia da região, 
mesmo o terreno estando situado próximo do rio Barigui, (cuja nascente é na serra 
da Betara, em Almirante Tamandaré), na região do empreendimento não são 
encontrados grandes rios, apenas o córrego da Vila Izabel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Hidrografia. 
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6.1.3 SOLO E SUBSOLO 
 
A composição do solo e subsolo de região do terreno, localizado na região de 
número 28 do mapa abaixo, é basicamente composto por argilitos arcósios, margas, 
arenitos e conglomerados. A partir de estudos feitos pelo Departamento de 
Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC – USP), constata-se que 
o solo da parte centro-norte da cidade é favorável para a perfuração subterrânea, 
ressaltando que para a construção da universidade seriam necessárias construções 
de subsolo. Portanto, baseado nas pesquisas acerca do solo da região e análises 
dos mapas, torna-se viável a execução da obra, apesar de necessária a sondagem 
do solo referido para que não ocorram acidentes no lote e nos lotes vizinhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.2 FATORES BIOLÓGICOS 
 
6.2.1 FLORA E FAUNA 
 
O terreno escolhido possui quantidade pouco densa de árvores. Com a 
execução da obra, poderá ocorrer relativa descaracterização do ambiente natural 
para que a edificação possa ser construída. Com a urbanização da cidade e da área, 
junto ao desenvolvimento de novas infraestruturas na região, perde-se muito da 
Figura 8: Solo e Subsolo 
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vegetação nativa. Numa tentativa de resgate desta vegetação tão valorosa para a 
cidade e a região, serão implementadas medidas de rearborização com a vegetação 
nativa, com o auxílio do horto de Curitiba, permitindo-se assim rearborizar em 
conformidade com a vegetação original. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Mapa de Vegetação 
 
 
6.3 FATORES ANTRÓPICOS 
 
6.3.1 ASPECTOS TERRITORIAIS 
 
Em suas redondezas, o terreno possui, entre outras coisas, comércios 
variados, escolas, hospitais, mercados, restaurantes e linhas de integração de 
ônibus. Localiza-se na região Norte de Curitiba, próximo ao Terminal do Campina do 
Siqueira e do Portão, além de sua fácil conexão ao parque Barigui e uma distância 
de cerca de 10 minutos do centro da cidade. A implementação da universidade trará 
para a região uma maior especulação da área, levando à criação de novos postos 
comerciais, como lojas, casas estudantis, restaurantes, entre outros. A seguir, 
podemos ver mapas que ilustram algumas das ocupações do entorno. 
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Figura 10: Ocupação do entorno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11.2: Ocupação do entorno 
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6.3.1.1 ZONEAMENTO 
 
O empreendimento é caracterizado pelo Setor especial conector 4, como 
ilustrado abaixo no mapa de zoneamento, acolhido do site do Instituto de Pesquisas 
e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). No mapa, mostra-se que a região é 
uma área que faz a conexão com o setor especial estrutural e o setor da Cidade 
Industrial de Curitiba, caracterizando-se por uma zona onde podem ser construídos 
até 4 pavimentos, e as edificações que podem ser implementadas são qualificadas 
como unifamiliares, institucionais - que é o caso da universidade - e até mesmo 
pequenas indústrias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3.1.2 SISTEMA DE TRANSPORTE 
 
 A área apresenta a disponibilidade de diversas linhas de ônibus na região, 
como o Fazendinha, Caiuá, Santa Quitéria, Carmela Dutra, Vila Velha, Cotolengo e 
Interbairros II, além da ligação com outros pontos da cidade por meio de ciclovias. 
O empreendimento situa-se próximo ao centro da cidade, além da 
proximidade aos terminais de ônibus. Junto a isto, o terreno faz ligação com 
importantes vias rápidas de Curitiba, sendo assim, bastante pertinente este ponto na 
Figura 12: Zoneamento 
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escolha da localização da universidade, pois a área receberá um tráfego importante 
de pessoas de diversas regiões da cidade e inclusive de regiões metropolitanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3.2 ASPECTOS SOCIO-ECONÔMICOS 
 
 O terreno localiza-se no bairro Vila Izabel, na cidade de Curitiba. Atualmente, 
o site do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) possui 
estudos acerca dos bairros, com suas principais características. A respeito do bairro 
Vila Izabel, pudemos retirar diversas informações para que pudéssemos realizar 
estudos acerca da área. Na região, pode-se destacar a presença de uma classe 
média, dado que o bairro possui uma renda média superior à da cidade de Curitiba, 
como mostra a figura 16. Além disso, a maioria da população da região é composta 
por mulheres, entre 30 e 34 anos. Os homens que habitam a região têm entre 24 a 
29 anos. A seguir tem-se uma demonstração mais detalhada da demografia da 
região, na figura 15. Além disso, os serviços variam entre comércio e principalmente 
serviços em geral, e como mostrado no gráfico do anexo 18, a região possui poucas 
indústrias, e as mesmas seguem as normas prescritas na lei de zoneamento e uso 
do solo, onde a mesma indica que área deve possuir apenas pequenas indústrias. 
Figura 13: Ciclovias 
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Figura 14: Vila Izabel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15: Demografia da Vila Izabel 
Figura 16: Renda média da Vila Izabel 
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Figura 17: Economia da Vila Izabel 
Figura 18: Pirâmide demográfica da Vila Izabel 
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23 
 
 
7. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGATÓRIAS 
 
 A seguir, tem-se uma relação dos impactos que a futura implantação da 
universidade poderá causar no terreno e as possíveis medidas de resolução dos 
problemas causados pelo empreendimento. 
 
Tabela 1: Impactos durante a construção 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa Impactos Medida mitigatória 
 
 
Impactos 
durante a 
construção da 
universidade. 
DIMINUIÇAO DA ÁREA 
DE INFILTRAÇÃO DO 
SOLO 
CRIAÇÃO TELHADOVERDE (COM 
APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA 
PARA UTILIZAÇÃO EM BANHEIROS E 
LIMPEZA) 
SUPRESSÃO DA 
VEGETAÇÃO DO 
LOCAL 
ARBORIZAÇÃO DA ÁREA DE RECUO DO 
CÓRREGO E CRIAÇÃO DE CORREDORES DE 
BIODIVERSIDADE. 
GERAÇÃO DE 
RESÍDUOS DA OBRA 
RECICLAGEM E UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS 
RECILADOS PARA A CONSTRUÇÃO DA 
CALÇADA; REUTILIZAÇÃO DA MADEIRA DOS 
ANDAIMES PARA CONSTRUÇÃO DOS 
JARDINS VERTICAIS. 
EMISSÃO DE RUÍDOS 
DURANTE A OBRA 
FISCALIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DE 
TRABALHO. 
POLUIÇÃO DO AR 
COM RESÍDUOS DA 
OBRA 
FUTURA INSTALAÇÃO DO TELHADO VERDE 
E REARBORIZAÇÃO DA ÁREA. 
IMPACTOS SOBRE A 
FAUNA E FLORA 
REFLORESTAR A ÁREA DO CÓRREGO. 
24 
 
Tabela 2: Impactos durante a operação da universidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa Impactos Medida mitigatória 
 
 
Impactos 
durante a 
operação da 
universidade. 
GERAÇÃO DE EMPREGO 
CRIAÇÃO DE CURSOS 
PROFISSIONALIZANTES DE BAIXO 
CUSTO. 
ALTO CONSUMO DE ENERGIA E 
ÁGUA 
UTILIZAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES 
E DA ILUMINAÇÃO NATURAL E 
REPROVEITAMENTO DA ÁGUA DA 
CHUVA. 
CRIAÇÃO DE VAGAS 
UNIVERSITÁRIAS 
PROGRAMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE 
BOLSAS ESTUDANTIS. 
INCENTIVO A PRESERVAÇAO 
AMBIENTAL 
CRIAÇÃO DE PROGRAMAS QUE 
ENVOLVAM A COMUNIDADE 
(COMO A HORTA COMUNITÁRIA). 
CONSUMO DE ENERGIA 
UTILIZAÇÃO DE ILUMINAÇÃO DE 
LED E QUANDO POSSÍVEL DA 
ILUMINAÇÃO NATURAL. 
AUMENTO DO FLUXO DE 
VEÍCULOS 
CRIAÇÃO DE ACESSOS 
ALTERNATIVOS PARA 
UNIVERSIDADE E CRIAÇÃO DE 
ESTACIONAMENTO ALTERNATIVO 
PARA BICICLETAS. 
AUMENTO DA INFLUENCIA 
HUMANA NA AREA DE 
PRESERVAÇÃO 
ALTERNATIVA: CERCAR A ÁREA 
ARBORIZADA. 
GERAÇÃO DE ESGOTO 
ENCAMINHAMENTO AO 
TRATAMENTO. 
 
25 
 
8. PROGRAMAS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL 
 
 RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS; 
 RESGATE DA FLORA --- PLANTIO COMPENSATÓRIO; 
 PROGRAMA DE HORTAS VERTICAIS COMUNITÁRIAS; 
 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PROPORCIONAR PALESTRAS 
E CURSOS PARA DIFUNDIR AS NECESSIDADES DE PRESERVAÇÃO 
AMBIENTAL; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
9 CONCLUSÃO 
 
 Após o estudo de caso acerca do Impacto Ambiental, pode-se perceber que a 
construção de um empreendimento não é simples. Um projeto acarreta em diversos 
desdobramentos, negativos e positivos, e cada fator deve ser analisado 
cuidadosamente. A alteração de um espaço no meio ambiente gera interferências 
nos ecossistemas e na população, sendo assim necessário o monitoramento 
constante de todas as ações humanas na composição urbanística de uma cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ACESSOS do terreno. Disponível 
em: <https://www.google.com/maps/d/edit?mid=1jQDupXNDgYUqyhUOobufPsPkcu0
>.Acesso em: 25 nov. 2016. 
ÁREAS verdes. Disponível em: <http://www.ippuc.org.br/>. Acesso em: 09 nov. 
2016. 
CICLOVIAS, 2016. Disponível em: <http://www.ippuc.org.br/>. Acesso em: 17 nov. 
2016. 
CONSTRUÇÃO sustentável. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-
sustentaveis/urbanismo-sustentavel/constru%C3%A7%C3%A3o-
sustent%C3%A1vel>. Acesso em: 25 nov. 2016MAPA de Zoneamento. Disponível 
em: <http://www.ippuc.org.br/>. Acesso em: 09 nov. 2016. 
GEOLOGIA, 1988. Disponível em: <http://www.ippuc.org.br/>. Acesso em: 09 nov. 
2016. 
HIDROGRAFIA, 2012. Disponível em: <http://www.ippuc.org.br/>. Acesso em: 17 
nov. 2016. 
KÜSTER CHEROBIM, Ângela M. Silvia; WONS, Lucimara. Nosso Bairro: Vila 
Izabel. 2015. Disponível em:<http://ippuc.org.br/nossobairro/anexos/28-
Vila%20Izabel.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2016. 
LOSCHIAVO, Rafael. O que é e como fazer um telhado verde. Disponível 
em: <http://www.ecoeficientes.com.br/o-que-e-e-como-fazer-um-telhado-verde/ 
>. Acesso em: 25 nov. 2016REDE Integrada de Transportes: RIT. Disponível 
em: <http://www.ippuc.org.br/>. Acesso em: 17 nov. 2016. 
SWERA. Disponível em: <https://maps.nrel.gov/swera/#/>. Acesso em: 17 nov. 
2016.nov. 2016. 
TALAMINI, Edmundo . Mapeamento do subsolo de Curitiba. 13/12/2002. Disponível 
em:<http://www.usp.br/agen/repgs/2002/pags/318.htm>. Acesso em: 28 nov. 2016. 
TERRENO no mapa de Curitiba. Disponível 
em: <https://www.google.com/maps/d/edit?mid=1MWf814bvSQmJQNS-
wRVceWctzDo&ll=-25.464839783397863%2C-49.26694945979&z=13>. Acesso 
em: 25 nov. 2016. 
URBS. Disponível em: <https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/horario-de-
onibus>. Acesso em: 17 nov. 2016. 
28 
 
 
 
 
	1 INTRODUÇÃO
	2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
	3 RELATÓRIO DE ESTUDO DA REGIÃO
	4 caracterizAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
	5 ÁREAS de influência
	5.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)
	5.2 ÁREA de influência direta (Aid)
	5.3 ÁREA de influÊncia indireta (Aii)
	6 diagnóstico da área de influência
	6.1 FATORES FÍSICOS
	6.1.1 CLIMA E AR
	6.1.2 ÁGUA
	6.1.3 SOLO E SUBSOLO
	6.2 FATORES BIOLÓGICOS
	6.2.1 FLORA E FAUNA
	6.3 FATORES ANTRÓPICOS
	6.3.1 ASPECTOS TERRITORIAIS
	6.3.1.1 ZONEAMENTO
	6.3.1.2 SISTEMA DE TRANSPORTE
	6.3.2 ASPECTOS SOCIO-ECONÔMICOS
	9 CONCLUSÃO

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