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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR

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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR - COMENTADO
(POR ALUNOS DA UNICID)
INTRODUÇÃO
        Palavra ética deriva da palavra grega ethos1, que significa costume. Originariamente, é sinônimo de moral, termo originado do latim, mos, moris2, que também significa costume. A partir de Aristóteles a ética passou a ser a ciência da moral e se tornou a disciplina que estuda e regula as ações do comportamento humano. 
       Ao estudar os costumes do comportamento humano, a Ética acaba influenciando a Moral, inspirando a criação ou mudança de princípios que as sociedades assumem como seus valores maiores e aos quais os costumes devem se submeter.
       Comportamento ético exige mais que leis, normas, regulamentos. Nenhum código de ética contempla todas as situações que surgem e exige do profissional um julgamento pessoal, subjetivo sobre o comportamento ético.
Assim, em qualquer profissão, os princípios éticos devem ser respeitados. No caso do Contador, existe um princípio Moral geral que é o Código de Ética do Profissional Contabilista, e outro, decorrente da moral particular, ou individual, que é de natureza comportamental. Nesse caso, existe um código de ética a ser obedecido e outro que é regido pelo caráter, pelos princípios e pelos valores do profissional como pessoa, como indivíduo.
       Entende-se como moral o “certo” e “errado” no comportamento humano, na intenção das pessoas no relacionamento interpessoal. No dia a dia o ser humano se depara com diversas situações que exigem dele escolhas. Escolhas estas que envolvem a si mesmo e a outras, que impõem decisões e consequências e na maioria das vezes causam um dilema ético, pois a escolha pode ser boa para um e não boa para outro.
A ética geral propõe obrigações e deveres que os indivíduos possuem com seus pares, na sua convivência diária. Há uma corrente que defende que há normas
BREVE HISTÓRICO
Em 1970, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), atendendo determinação ao art. 10 de Decreto-Lei 1.040, de 1969, aprovou o Código de Ética do profissional Contabilista, através da Resolução 290, que por vinte anos, orientou como deveria ser a conduta do profissional de Contabilidade no exercício de suas atividades.
Assim em 1996, o CFC introduziu Código de Ética do Profissional Contábil, através da Resolução 803, de 10 de outubro de 1996, que visa nortear a conduta desse profissional de forma a prestar adequadamente seus serviços à sociedade.
O Código de Ética define as obrigações e proibições, os deveres perante os colegas e a classe e as penalidades a serem aplicadas caso necessário. As modificações começaram pelo nome. O Código de Ética Profissional do Contabilista passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador e deve ser seguido tanto pelos Contadores, quanto pelos Técnicos em Contabilidade.
APRESENTAÇÃO
A ética de um profissional é um conjunto de comportamentos impostos a ele pela empresa em que ele trabalha ou pela profissão que ele pratica. A fim de normatizar estas situações foram criados diversos códigos de ética, para o profissional da contabilidade não foi diferente.
O profissional contábil tem que ter um comportamento ético inquestionável, saber manter sigilo, ter conduta pessoal, dignidade, honra competência e serenidade para proporcionar ao usuário informações com segurança e confiabilidade e, ao mesmo tempo, ter uma conduta pessoal de forma a não se sentir seduzido em fraudar informações. Por essas razões, o assunto “Ética” adquire enorme importância no contexto atual do mercado empresarial capitalista.
Assim, é fundamental que existam cada vez mais estudos como instrumentos de reflexão no sentido de mudar a consciência individual, que é o primeiro passo para se mudar a consciência coletiva.
As questões éticas são discutidas hoje no campo profissional, organizacional e governamental. Os escândalos contábeis envolvendo empresas de renome nacional e internacional intensificam a preocupação da sociedade quanto a informações que demonstrem a real situação das empresas.
O profissional contábil além das constantes atualizações para seguir a legislação vigente, possui o Código de Ética que regulamenta a profissão. A “Ética” é uma ciência com embasamento científico e filosófico sólido, que trata da moral e do comportamento humano, das relações comportamentais e interpessoais, do respeito pelo outro, de se pensar coletivamente e não de maneira somente individual. Então, é preciso que o profissional de contabilidade exerça uma conduta ética, sem perder sua autonomia para trabalhar.
A matéria “Ética” vem sendo estudada com bastante ênfase nos cursos de Ciências Contábeis. É necessário que se dê a devida importância à disciplina e que os acadêmicos se mantenham atualizados sobre o que acontece em nível de corrupção e fraudes nos meios empresariais, governamentais e mesmo de pessoas físicas, pois só assim é possível formar profissionais contadores aptos a lidar com essas questões e exercer a profissão com dignidade, respeito, lealdade, ética, autonomia e independência.
       De acordo com Lisboa (1997), o objetivo do código de ética para o contador é habilitar esse profissional a adotar uma atitude pessoal, consoante com os princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade.
Para o exercício da profissão de contador, não basta à preparação técnica, ele deve defender os princípios e valores éticos aplicáveis a sua profissão, de modo a produzir uma imagem verdadeira do que ela se constitui para as novas gerações de profissionais.
       Em 1970, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), atendendo determinação ao art. 10 de Decreto-Lei 1.040, de 1969, aprovou o Código de Ética do profissional Contabilista, através da Resolução 290, que por vinte anos, orientou como deveria ser a conduta do profissional de Contabilidade no exercício de suas atividades.
Assim em 1996, o CFC introduziu Código de Ética do Profissional Contábil, através da Resolução 803, de 10 de outubro de 1996, que visa nortear a conduta desse profissional de forma a prestar adequadamente seus serviços à sociedade. O artigo segundo e seus incisos estabelecem como deve ser sua conduta:
OBJETIVO
     Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os Contabilistas, quando no exercício profissional, habilitar esse profissional contábil a adotar uma atitude pessoal, de acordo com os princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade.
DAS DISPOSIÇOES GERAIS
        O conselho federal de contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,
      Considerando que o julgamento das infrações ao Código de Ética Profissional do Contabilista - CEPC exige prudência na análise do comportamento do Contabilista no campo do exercício profissional a fim de não se confundir com os valores que definem a infração ao Decreto-Lei nº 9.295,de 27 de maio de 1946;
      Considerando que na estrutura organizacional do CFC a Câmara de Ética se especializa na apreciação e julgamento dos processos de natureza ética que sobem à instância “ad quem” em grau de recurso;
       considerando que dentre as penas previstas no Código de Ética Profissional do Contabilista - CEPC, a de CENSURA PÚBLICA é a que merece destaque,em razão de sua publicidade perante à sociedade, extrapolando,por esse motivo, o campo restrito do mundo profissional da Contabilidade, fato esse que pode gerar grave lesão à imagem da profissão;
Considerando que com a instituição da Câmara de Ética no campo estrutural do Conselho Federal de Contabilidade, o melhor caminho será adotar critérios uniformes em termos de aplicação da pena de CENSURA PÚBLICA, para tanto, restabelecendo-se o instituto do recurso “ex ofício” na área do Processo Ético;
RESOLVE:
        Art. 1º – Ao § 2º, do art. 13, do Código de Ética Profissional do Contabilista - CEPC, aprovado pela Res. CFC nº 803/96, dê-se a seguinte redação:
       “§ 2º – Na hipótese do inciso III, do art. 12, o Tribunal Regional de Ética Profissional deverá recorrer “ex ofício” de sua própria decisão (aplicaçãode pena de Censura Pública)”.
      Art. 2º – Renumere-se o atual § 2º, do art. 13, do Código de Ética Profissional - CEPC, aprovado pela Resolução CFC nº 803/96, para § 3º.
        Art. 3º– Para processar e julgar a infração de natureza ética é competente o Conselho Regional de Contabilidade, investido de sua condição de Tribunal Regional de Ética e Disciplina (TRED) do local da sua ocorrência. (1)
       Parágrafo único – Quando o CRC do local da infração não for o do registro principal do infrator, serão observadas as seguintes normas:
I – O CRC do local da infração encaminhará cópia da notificação ou do auto de infração ao CRC do registro principal, solicitando as providências e informações necessárias à instauração,instrução e julgamento do processo;
II – O CRC do registro principal, além de atender, em tempo hábil, as solicitações do CRC do local da infração,fornecerá a este todos os elementos de que dispuser no sentido de facilitar seus trabalhos de informação e apuração;
III – De sua decisão condenatória, o TRED interporá, em todos os casos, recurso “ex ofício” ao TSED;
IV – Ao CRC (TRED) do registro principal do infrator incumbe executar a decisão cuja cópia, acompanhada da Deliberação do TSED sobre o respectivo recurso, lhe será remetida pelo CRC (TRED) do julgamento do processo.
RESOLUCAO 972/03
RESOLVE:
      Art. 1º - O contabilista inscrito em CRC, em situação regular, quando ofendido publicamente em razão do exercício profissional, cargo ou função de órgão ou entidade da classe contábil, poderá requerer o desagravo público, a ser promovido pelo CRC do registro definitivo, após o cumprimento do disposto nesta Resolução.
Parágrafo único. O desagravo será promovido pelo Conselho competente, a pedido do ofendido.
Art. 2º - O processo iniciar-se-á com as razões do pedido, instruído com os documentos probantes, e será distribuído a um conselheiro, designado relator pelo presidente do Conselho. 
§ 1º - Ao relator caberá solicitar, por intermédio do presidente do CRC, informações do ofensor ou de outras pessoas cujo depoimento lhe pareça conveniente ou necessário, no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º - Recebidas ou não as informações, o relator emitirá parecer, que será submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina competente, na primeira reunião subsequente. 
§ 3º - Sendo julgado improcedente o pedido, o processo será arquivado.
§ 4º - Acolhido o pedido, será convocada pelo presidente, no prazo de até 30 dias, Sessão Especial de Desagravo, que deverá ser divulgada com a antecedência necessária.
§ 5º - Na sessão especial, o presidente fará a leitura da nota a ser publicada na imprensa, encaminhada ao ofensor e registrada na ficha cadastral do ofendido.
§ 6º - Se a ofensa tiver ocorrido na jurisdição do CRC de registro secundário, caberá a este a apuração e a promoção do desagravo.
Art. 3º - Compete, originariamente, ao CFC apurar e promover o desagravo público nos casos de:
I. Conselheiro federal ou presidente de CRC, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos;
II. Portadores da medalha João Lyra.
Art. 4º - Da decisão que julgar improcedente o pedido de desagravo, caberá recurso ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina, no prazo de 15 dias.
Parágrafo único. O recurso somente poderá ser interposto pelo ofendido, devendo ser encaminhado ao tribunal destinatário no prazo máximo de cinco dias.
DOS DEVERES
O verbo dever indica a existência de uma norma de eficácia plena, absoluta. O contador é obrigado compulsoriamente a seguir os nove incisos deste artigo sob pena de cometer uma infração ética. 
         Inexiste a opção de escusa ao descumprir qualquer um destes incisos,mesmo que involuntariamente, incorre o contabilista a punições pelo Conselho de Regional de Contabilidade. É, portanto uma regra deontologica, que nada mais é do que um conjunto de princípios e regras e deveres inerentes à profissão contábil:
Art. 2º. São deveres do contabilista:
I. Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
II. Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;
III. Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
IV. Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em  documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores;
V. inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso;
VI. Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VII. Se substituído em suas funções, informar o substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento dele, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas;
VIII. Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;
IX. Ser solidário com os movimentos de defesa da  dignidade  profissional, seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional  da Contabilidade e seu aprimoramento técnico.
DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE
As informações competentes ao Art.9 demonstram a conduta que o profissional de contabilidade deve seguir mediante aos colegas e a classe em geral.Os principais princípios são:
         Consideração,
         Respeito,
         Apreço,
         Solidariedade.
        Em relação ao ultimo tópico o espírito de solidariedade não justifica a conivência de erros ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem a profissão.
         O Art.10 demonstra que o profissional da Contabilidade deve observar as normas e conduta de seus colegas, evitando assim qualquer atitude que desabone e prejudique os outros ou a si mesmo. Não aceitar serviços negados devido à preservação da dignidade ou os interesses da profissão apenas para aquisição de encargos ou até mesmo apropriar-se de ideias e iniciativas dadas por outros colegas evitando assim qualquer desentendimento desnecessário.
       O Art.11 se refere à observação das normas e condutas adotadas pelos membros da classe, conferindo assim o cumprindo do código de ética, zelando pela dignidade profissional, pelo prestígio e pelo aperfeiçoamento de suas instituições, comprometendo-se a acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive a honorários profissionais e caso necessário representar perante aos órgãos competentes irregularidades comprovadas na administração de suas entidades.Podemos nos prontificar a aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, se dispondo a prestar seu concurso moral, intelectual e material admitindo-se a justa recusa.Jamais devemos utilizar a posição ocupada em benefício próprio ou para proveito pessoal, ou formular juízos depreciativos sobre a classe contábil.
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
       Art. 13 - O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de trinta dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética.
§ 1º - O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética se o Tribunal Regional de Ética respectivo mantiver ou reformar parcialmente a decisão.
§ 2º - Quandose tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias após esgotado o prazo de defesa.
Art. 14 - O Contabilista poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.
Art. 24. Constitui infração:
I – transgredir o Código de Ética Profissional;
II – exercer a profissão sem registro no CRC ou, quando registrado, esteja impedido de fazê-lo.
III – manter ou integrar organização contábil em desacordo com o estabelecido em ato específico do CFC;
IV – deixar o profissional ou a organização contábil de comunicar, ao CRC, a mudança de domicílio ou endereço, bem como a  ocorrência de outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional;
V – transgredir os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade;
VI – manter conduta incompatível com o exercício da profissão, desde que não previsto em outro dispositivo;
VII – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para registro em CRC;
VIII – incidir em erros reiterados, evidenciando incapacidade profissional;
IX – reter abusivamente ou extraviar livros ou documentos contábeis que lhes tenham sido profissionalmente confiados;
X – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei define como crime ou contravenção;
XI – praticar ato destinado a fraudar as rendas públicas;
XII – elaborar peças contábeis sem lastro em documentação hábil e idônea;
XIII – emitir peças contábeis com valores divergentes dos constantes da escrituração contábil;
XIV – deixar de apresentar prova de contratação dos serviços profissionais, quando exigida pelo CRC, a fim de comprovar os limites e a extensão da responsabilidade técnica perante cliente ou empregador, ou, ainda e quando for o caso, servir de contraprova em denúncias de concorrência desleal.
      Parágrafo único. O CFC classificará as infrações segundo a frequência e a gravidade da ação ou omissão, bem como os prejuízos dela decorrentes.
Art. 25. As penas consistem em:
I – multas;
II – advertência reservada;
III– censura reservada;
IV – censura pública;
V –  suspensão do exercício profissional;
VI – cancelamento do registro profissional.
§ 1ºOs critérios para enquadramento das infrações e aplicação de penas serão estabelecidos por ato do CFC.
§ 2°Para conhecer e instaurar processo destinado à apreciação e punição é competente o CRC da base territorial onde tenha ocorrido a infração, feita a imediata e obrigatória comunicação, quando for o caso, ao CRC do registro principal.
§ 3º A suspensão do exercício profissional por falta de pagamento de anuidade ou multa cessará, automaticamente, com a satisfação da dívida.
($ 3ª do Art. 25 com nova redação dada pela Resolução CFC nº 1.045, de 16 de setembro de 2005.)
§ 4ºOs sócios respondem solidariamente pelos atos relacionados ao exercício profissional praticados por contabilistas ou por leigos em nome da organização contábil.
Art. 26. Na esfera administrativa, o poder de punir a quem infringir disposições deste Regulamento Geral e da legislação vigente é atribuição exclusiva e privativa de Conselho de Contabilidade.
Parágrafo único. O CRC delibera de ofício ou sem necessidade de representação de autoridade, de qualquer de seus membros ou de terceiro interessado, por meio do processo regular, no qual será assegurado o mais amplo direito de defesa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
        Não poderíamos falar do código de ética do profissional contábil, sem discorrer sobre a importância do mesmo em relação ao setor profissional e o mundo dos negócios, pois ele funciona como uma diretriz para nortear o profissional e evitar que ele sofra sanções por parte da sociedade. Em um contexto de economia globalizada, temos visto em todo o mundo, a adoção por parte das empresas, de rigorosos padrões éticos e morais seja por questão de sobrevivência e cultivo de uma boa imagem ou pela  própria demanda da sociedade que exige que as organizações se atuem de acordo com tais padrões. 
        O profissional contábil, no exercício de sua profissão, quando na condição de empregado da empresa, não pode, em função de eventual dependência econômica, divulgar informações não verdadeiras por ordem da empresa a qual presta serviços. Antes, deve-se comportar de modo cauteloso observando a legislação vigente e assumindo o compromisso perante a profissão de se comportar observando sempre a moral e a ética, pois atualmente avalia-se melhor a empresa que se vale dessas ferramentas em seus negócios, sendo esse o perfil do profissional que está conquistando o seu espaço no mercado de trabalho.
      Ao considerar o volume de informação privilegiada que o profissional tem em seu poder no meio em que atua, é de se entender que as oportunidades que o contabilista tem para desrespeitar as regras surgem inúmeras vezes, porém é necessário que se mantenha a postura, pois cada profissional por mais especializado que seja ele não é único e sempre haverá alguém capaz de avaliar a sua postura. Sendo assim o contabilista tem uma enorme responsabilidade sobre as tarefas que ele desempenha, por isso é preciso ter um consciência bem formada e observar atentamente a ética e moral sendo que ao mesmo tempo em que ele pratica tais virtudes ele está construindo a sua imagem perante a sociedade. A dedicação de um indivíduo ao exercer a sua profissão, permite que ele receba reconhecimento público, e a ética está associada à construção de uma imagem que muitas vezes exigem anos de dedicação, e que pode ser destruída muito rapidamente por uma atitude impensada ou mesmo antiética. 
      O profissional que profissional que faz uso de pareceres, laudos, projetos e planos legais  para propiciar a eficácia na utilização das riquezas de terceiros, é fortemente responsabilizado pelo novo código civil. Em seu parágrafo único, do artigo 1177 o qual cita: “no exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis perante os preponentes pelos atos culposos e perante terceiros solidariamente como os  preponentes pelos atos doloso.” Ou seja, O artigo 1177 do novo Código trata da responsabilidade civil do contabilista. Caso o erro contido no balanço tenha sido involuntário, causado por imperícia, o profissional deve responder a quem prestou o serviço. Se o contador tiver conhecimento do erro ao divulgar o balanço, ele responderá à Justiça e outras entidades da mesma forma que o proprietário da empresa. 
      Hoje, a responsabilidade do contador é solidária e ele pode responder inclusive ao Fisco - considerando a responsabilidade no caso de sonegação de impostos. Porém o contador não é responsável pela verdade material apresentada pelos clientes. Ou seja, se o cliente traz notas e títulos falsos e o contador lhe dá forma contábil, não pode ser responsabilizado pela falsidade ou adulteração do documento. 
       Somente para concluir o que discorremos sobre o código de ética, destacamos que um  dos principais objetivos do código de ética, é evitar que atitudes individuais, por parte do profissional comprometa o ganho ou o sucesso coletivo, sempre valorizando a coletividade, a competência profissional e a lealdade entre a classe.
       O CFC através da resolução 803 de 1996 estabelece essas diretrizes para o profissional da área contabilidade, observando que essas qualidades acima citadas, atrelada ao caráter virtuoso do profissional permite que se construa uma boa imagem para a profissão, para o profissional e para a empresa a qual ele presta seus serviços.

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