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2-Lei Antidrogas aula 3

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Lei de Drogas: 11.343/06
Waldir freire 2020
ALTERAÇÕES INTROZUDIZAS PELA LEI 13.840/2019
A Lei nº 13.840/2019 promoveu algumas mudanças na Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006)
MUDANÇAS NO SISNAD
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD)
A Lei nº 11.343/2006 criou o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) prevendo que ele teria a finalidade de realizar atividades relacionadas com:
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas;
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
 
O que é o SISNAD?
A Lei nº 13.840/2019 inseriu um parágrafo no art. 3º da Lei nº 11.343/2006 conceituando o que é o SISNAD:
Art. 3º (...)
§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
 
Além disso, a Lei também incluiu um parágrafo prevento que o SISNAD deverá atuar em conjunto com o SUS e com o SUAS:
Art. 3º (...)
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social - SUAS.
COMPETENCIA: UNIÃO
Plano Nacional de Políticas sobre Drogas(ART.8°D)
São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros:
I - promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas. Interdisciplinaridade e interação significa que deverá haver atividades nas mais diversas áreas, como saúde, educação, trabalho, assistência social, cultura, desporto e lazer etc.
II - viabilizar a ampla participação social nas políticas públicas sobre drogas;
III - priorizar programas com os estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a família;
IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente;
V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos;
VI - garantir a efetividade dos programas sobre drogas;
VII - fomentar a criação de atendimento telefônico para apoio aos usuários ou dependentes;
VIII - articular programas de incentivo ao emprego;
IX - promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia solidária e o cooperativismo;
X - articular saúde, assistência social e justiça para enfrentamento ao abuso de drogas; e
XI - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas.
 
Duração do plano
O Plano Nacional de Políticas sobre Drogas terá duração de 5 anos a contar de sua aprovação.
ALETRAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI ANTICRIME
Art. 33 ................................................................................. ............................................................................................. 
§1º ....................................................................................... IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
Especificidades - Incluidas pela lei 13.840-2019
1- A lei institui o Sistema Nacional de Políticas sobre drogas;
2-Afirma medidas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção do usuário e dependentes de drogas;
3-Estabelece normas de repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito, além de definir os respectivos ilícitos penais e regulamentar o procedimento para apuração;
4- Trás um tratamento legal diferenciado entre o usuário e o traficante , com novo rito processual;
5- Fundamento constitucional no artigo 5º XLIII da CF
6- A Atual legislação optou por usar o termo Drogas em vez de substancias entorpecentes;
7- A definição de Drogas está no artigo 1º parágrafo único da lei.
8- O artigo 1º da lei estabelece que um dos objetivos da lei é conferir tratamento diferenciado entre o traficante e o usuário de drogas.
Especificidades - Incluidas pela lei 13.840-2019
PREVENÇÃO, TRATAMENTO, ACOLHIMENTO E REINSERÇÃO DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES
Tratamento do usuário ou dependente de drogas deve ser preferencialmente ambulatorial
O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser realizado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial.
 
Protocolos baseados em evidências
Importante registrar que o tratamento oferecido aos usuários e dependentes deverá ser orientado por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências científicas.
Deverá ser oferecido atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial.
Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito nacional.
 
IMPORTANTE. Admite-se, excepcionalmente, a internação
Vale ressaltar que, excepcionalmente, poderão ser admitidas formas de internação em unidades de saúde e hospitais gerais.
A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento no qual se dará a internação.
 
Comunidades terapêuticas não podem ser utilizadas para internação
É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades terapêuticas acolhedoras.
 
Especificidades - Incluidas pela lei 13.840-2019
	TIPOS DE INTERNAÇÃO
Serão possíveis 2 tipos de internação do dependente em droga	
	1) Internação VOLUNTÁRIA	2) Internação INVOLUNTÁRIA
	É aquela que se dá com o consentimento do dependente de drogas.	É aquela que se dá, sem o consentimento do dependente. Neste caso, será necessário:
• pedido de familiar ou do responsável legal; ou
• na absoluta falta deste, será necessário pedido de servidor público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad.
No pedido deverão ser demonstrados motivos que justificam a medida.
Atenção: servidores da área de segurança pública não podem fazer pedido de internação involuntária.
	A internação voluntária deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de tratamento.	A internação involuntária:
• deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; 
• será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde.
	Seu término se dará:
• por determinação do médico responsável ou
• por solicitação escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento.	A internação involuntária perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável.
A família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento.
Especificidades - Incluidas pela lei 13.840-2019
	Seu término se dará:
• por determinação do médico responsável ou
• por solicitação escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento.	A internação involuntária perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável.
A família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento.
Internação é a última medida
A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
Especificidades - Incluidas pela lei 13.840-2019
Plano Individual de Atendimento (PIA) art. 23 B
O atendimento ao usuário ou dependente de drogas na rede de atenção à saúde dependerá de:
I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e multissetorial; e
II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA.
 
A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a elaboração e execução do projeto terapêutico individual a ser adotado, levantando no mínimo: 
I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas com as quais convive.
 
O PIA deverá contemplar a participação dos familiares ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes, passíveis de responsabilização civil, administrativa e criminal, conforme previsto no ECA.
 
Elaboração do PIA
O PIA será inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto terapêutico que atender o usuário ou dependente de drogas e será atualizado ao longo das diversas fases do atendimento.
Constarão do plano individual, no mínimo:
I - os resultados da avaliação multidisciplinar;
II - os objetivos declarados pelo atendido;
III - a previsão de suas atividades de integração social ou capacitação profissional;
IV - atividades de integração e apoio à família;
V - formas de articipação da família para efetivo cumprimento do plano individual;
VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para o cumprimento do previsto no plano; e
VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido.
 
O PIA será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias da data do ingresso no atendimento.
As informações produzidas na avaliação e as registradas no plano individual de atendimento são consideradas sigilosas.
 
Crimes em espécie
Conceito de Drogas. Art.1º PU
Consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. Portaria SVS/MS 343/98.
Artigo 28 e §1º- Usuário de Drogas- Consumo Pessoal
Condutas Típicas:
Adquirir =Obter a droga
Trazer consigo= Transportar perto ao corpo
Guardar= Tomar conta protegendo
Ter em depósito= Manter em reservatório
Transportar = Levar de um lugar para outro
Semear cultivar ou colher
SUBSTANCIA ENTORPECENTE PARA CONSUMO PRÓPRIO
Orientações legais quanto ao Usuário de drogas:
NUNCA cabe pena de privação de liberdade pela conduta isolada do artigo 28; e parágrafos
Para o usuário caberá prestação de serviços a comunidade ou frequência a cursos e tratamentos para superar o uso indevido de drogas.
ATENÇÃO: Dentre as condutas típicas não se encontra a conduta de uso de drogas, logo se o agente foi pego usando eles será responsabilizado pelo porte de drogas.
Atenção: A conduta do artigo 28 da lei 11.343/2006 é uma conduta criminosa?
Há 3 posições:
1-Não é crime porque a conduta não foi apenada com pena de privação de liberdade e nem com multa, desta forma o legislador teria optado pela descriminalização, desta forma aconteceu abolitio criminis; ( Alice Bianchini)
2-A figura do artigo 28 teria uma natureza suigeneris, ou seja, não se trata de crime nem de contravenção, mas de uma figura suigeneris sendo um fato ilícito , mas não penal; ( Luiz Flávio Gomes).
3-A figura continua tipificada como crime., não importando a espécie de sanção que receberá o condenado.( corrente majoritária , inclusive com manifestação do STF: 1ª Turma RE430.105 QO/RJ/2007)
Características do tipo do artigo 28
Trata-se de crime de ação múltipla ( várias condutas em relação a mesma droga identifica um só crime);
O legislador NÃO tipificou o uso passado da droga;
O tipo do artigo 28 exige que a droga encontrada seja para consumo próprio.
Para determinar se é para uso próprio o Juiz observará: quantidade da substância apreendida, o local, as condições onde se desenvolveu a ação, as circunstâncias sociais e pessoais , bem como, a conduta e os antecedentes do agente.
A materialidade do crime se configura pela substancia proibida ( portaria 344 SVS/MS);
É crime de perigo presumido e abstrato, pois pune o risco a saúde pública
Só se pune na forma dolosa
As penas são: Advertência, prestação de serviço a comunidade ou participação em curso educativo;
Podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente e substituídas a qualquer tempo. 
Bem jurídico Tutelado: Saúde Pública
Critérios para diferenciar O usuário do Traficante:
O Artigo 28 §2º da lei 11.343/06 determina critérios a serem analisados pelo juiz para determinação do enquadramento:
1- Natureza e quantidade da substancia= Grandes quantidades não podem ensejar o crime do artigo 28, não é razoável;
2-Local e condições da ação;
3- Circunstâncias sociais e pessoais ;
4- Condutas e antecedentes do agente ( Critério contestado pela doutrina por ser considerado direito penal do autor). (Samuel Miranda).
ATENÇÃO: O Brasil adotou o sistema da quantificação judicial e não legal. Ou seja, a avaliação fica adstrita a critérios avaliativos do Juiz.
Resumo: Como separar usuário de traficante
Considerar:
Quantidade da Droga
Natureza da substância
Circunstância sociais e pessoais
Conduta e antecedentes
Prazo para aplicação
O prazo para aplicação será de no máximo 5 meses, porém em caso de reincidência poderão ser aplicadas pelo prazo máximo de 10 meses.
ATENÇÃO: Caso o condenado se recuse injustificadamente (artigo 28 §6º )ao cumprimento da medida educativa o juiz poderá: admoestá-lo verbalmente e aplicar multa respeitando o limite do artigo 60 CP. 
ATENÇÃO: Princípio da Insignificância ainda gera controvérsias quanto a sua aplicação no caso do art.28. No STJ é pacífico a sua não aceitação, porém no STF esse posicionamento começa a mudar, já se tem precedente ( STF 1º turma HC 110.475/SC- Relator Mins. Dias Tofoli).
Medidas Coercitivas de Garantia para cumprimento das penas:Art.28 §6º:
Na busca de que o réu cumpra com as penas o juiz poderá impor sucessivamente admoestação verbal e Multa.
Não poderá, em hipótese alguma, substituir por pena privativa de liberdade;
O descumprimento injustificado não ensejará crime de desobediência, pois a própria lei já prevê as consequências.
Ação penal e procedimento na conduta do artigo 28 da lei 11.343/06
Ação penal = Pública incondicionada
O procedimento é o da lei 9.099/95 que está descrito a partir do artigo 60 e seguintes. ( atenção esta lei será objeto de aula específica).
Quanto a aplicação da multa ( art. 29 da lei 11.343/2006)
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.
Prescrição:
Será de 2 anos tanto para aplicação quanto para a execução da pena, respeitadas as causas de interrupção do prazo previsto nos artigos 107 e seguintes do Código Penal ( causas extintivas de punibilidade).
Artigo 117 do CP interrupção da prescrição.
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Tráfico ilícito de drogas ( artigo 33 Caput). Condutas típicas:
Importar ( ingresso irregular da droga no Brasil)
Exportar (levar para fora do Brasil)
Remeter (Enviar para algum lugar dentro do Brasil)
Preparar( obter algo por meio da composição ou decomposição de elementos)
Produzir- ( dar origem a algo)
Adquirir (obter a propriedade)
Fabricar ( produção em grande quantidade)
Vender (alienar)
Expor a venda (apresentar)
Oferecer (ofertar)
Guardar e 
Ter em depósito ( Atenção aqui).
Transportar ( levar de um lugar para outro, por meio não pessoal)
Trazer consigo ( transportar junto ao corpo).
Prescrever (receitar).
Ministrar ( introduzir no organismo).
Fornecer ( prover).
Entregar a ( dar a alguém)
Polêmica: Diferença entre TER EM DEPÓSITO E GUARDAR
Há divergências sobre estes termos:
NELSON HUNGRIA- Diz que ter em depósito é reter
a droga que lhe pertence, enquanto que GUARDAR é reter a droga de terceiros;
FERNANDO CAPEZ- Também tem o mesmo entendimento;
VICENTE GRECO FILHO- ambas significam a retenção da substância entorpecente, mas ter em depósito significa provisoriedade com possibilidade de deslocamento rápido de um local para outro, enquanto guardar tem significado de ocultação;
GUILHERME NUCCI – Diz que ter em depósito significa manter em reservatório ou armazém e guardar é tomar conta de algo, proteger.
Características: 
Ação Múltipla
Comum
Alguns autores apontam a impossibilidade de concurso material dizendo que se trata de crime continuado ( José Paulo Junior) outros apontam essa possibilidade quando se tratar de condutas diversas Ex. Importar Crack e Produzir Maconha. ( Guilherme Nucci ).
 A questão não está pacificada, tem que ser analisada no fato concreto.
Todas as figuras relacionadas ao tráfico de drogas tem como elemento subjetivo o DOLO.
O objeto material é a DROGA- Trata-se de norma penal em Branco.- Complementada na portaria 344 SVS/MS.
Consumação :
Instantâneo – consuma-se num ato só, Ex. Vender, oferecer, fornecer...
Permanente – Quando se prolonga no tempo. Ex. transportar, trazer consigo, guardar, ter em depósito, expor a venda etc.
Flagrante Preparado.
Existem situações em que a polícia recebe denuncia de que alguém é traficante e vai até o local comprar a droga e quando o agente entrega é então dado o flagrante. 
Ocorre que o flagrante preparado é situação já sumulada pelo STF 145 que diz : “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.” No caso de flagrante preparado é enquadro em crime impossível, por causa da ineficácia do meio, pois falta vontade livre.
Neste caso se tem que observar que com relação a compra o flagrante não se realiza em decorrência do já estabelecido na súmula, mas o flagrante terá validade se for efetuado pela tipificação anterior, ou seja, ter a guarda, que constitui crime permanente, sendo portanto a conduta típica.
Flagrante Esperado:
Há investigação, sem nenhum tipo de induzimento, instigação ou provocação, ocorre a espera que o crime ocorra para que seja dado o flagrante. Neste caso o flagrante é legal ( STJ 2º turma HC 78.250/RJ).
No caso de policial infiltrado que pede ao traficante que traga droga pra ele comprar e dá o flagrante em seguida, trata-se de flagrante preparado na modalidade venda simulada, porém poderia ter dado o flagrante por outra figura. Como por exemplo trazer consigo.(STJ 5º turma 17.454/SP)
Na mudança operada pela lei 13.964/19 já não descaracterizado posto que:
§1º ....................................................................................... 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
Decisão do STJ: RESp.1574681/2017 ( Invasão de domicílio) 
Em decisão unânime, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve absolvição de um homem acusado de tráfico de entorpecentes ao reconhecer a ilicitude de prova colhida em busca realizada no interior de sua residência sem autorização judicial.
De acordo com o processo, o denunciado, ao avistar policiais militares em patrulhamento de rotina em local conhecido como ponto de venda de drogas, correu para dentro da casa, onde foi abordado.
Após buscas no interior da residência, os policiais encontraram, no banheiro, oito pedras de crack e, no quarto, dez pedras da mesma substância. Pelo crime previsto no artigo 33 da lei 11.343/06, o homem foi condenado, em primeira instância, à pena de quatro anos e dois meses de reclusão, em regime inicial semiaberto.
Absolvição
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no entanto, absolveu o acusado, com fundamento no artigo 386, II, do Código de Processo Penal, por considerar ilícita a violação domiciliar. Segundo o acórdão, “o fato de alguém retirar-se para dentro de casa ao avistar uma guarnição da PM não constitui crime nem legitima a perseguição ou a prisão, menos ainda a busca nessa casa, por não ser suficientemente indicativo de algum crime em curso”
O relator do recurso da acusação, ministro Rogerio Schietti Cruz, não entendeu da mesma forma. Segundo ele, o contexto fático anterior à invasão não permitia a conclusão da ocorrência de crime no interior da residência que justificasse o ingresso dos agentes.
Mera intuição
“A mera intuição acerca de eventual traficância praticada pelo recorrido, embora pudesse autorizar abordagem policial em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o consentimento do morador – que deve ser mínima e seguramente comprovado – e sem determinação judicial”, disse o ministro.
Ele reconheceu que o combate ao crime organizado exige uma postura mais enérgica por parte das autoridades, mas afirmou que a coletividade, “sobretudo a integrada por segmentos das camadas sociais mais precárias economicamente”, precisa ver preservados seus “mínimos direitos e garantias constitucionais”.
Entre esses direitos, destacou Schietti, está o de “não ter a residência invadida, a qualquer hora do dia, por policiais, sem as cautelas devidas e sob a única justificativa, não amparada em elementos concretos de convicção, de que o local supostamente seria um ponto de tráfico de drogas, ou que o suspeito do tráfico ali se homiziou”.
O relator ressalvou a eventual boa-fé dos policiais militares – sujeitos “a situações de risco e à necessidade de tomada urgente de decisões” –, mas, como decorrência da doutrina dos frutos da árvore envenenada, prevista no artigo 5º, LVI, da Constituição Federal, declarou nula a prova derivada da conduta ilícita e manteve a absolvição do réu, no que foi acompanhado pela Sexta Turma.
Decisão do STF Abril de 2017
“Policial só pode entrar na casa de alguém se tiver mandado judicial de busca e apreensão ou se houver fundadas razões de que ocorre flagrante delito no local.” A decisão ocorreu quando do julgamento do Habeas Corpus nº. 138.565, relator Ministro Ricardo Lewandowski.”
Interpretação conforme a constituição.
Quando o tráfico de drogas é equiparado a hediondo?
Nas tipificações do artigo 33caput e §1º e nos artigos 34 a 37 de acordo com o que determina o art. 44 . ( esta é a posição mais aceita).
ATENÇÃO ao artigo 35 ( será analisado mais a frente).
Questões relevantes:
1- Os tribunais não tem aceito o princípio da insignificância nos crimes de tráfico de drogas, porque atingem a saúde pública;
2-Competência para julgamento é da justiça estadual se ocorre dentro do território nacional e da Justiça Federal se envolve tráfico internacional;
3- O traficante que é usuário o crime de tráfico absorve o de consumo;
4- Artigo 243 do ECA X art.33 da lei 11.343/06- Neste caso deverá prevalecer o Eca porque a redação foi determinada pela lei 13.106/2015- Lei especial posterior. (ATENÇÃO). 
5- Confrontando com o artigo 290 e 291 do CPM X artigo 33 da lei 11.343/06= Deve prevalecer a lei militar por se tratar de lei militar especial em relação a civis, só responderiam pela lei 11.343 quando a conduta não for prevista no CPM.
Progressão de Regime
Após cumprimento de 2/5 da pena se primário e 3/5 se reincidente.
Revogado pela Lei 13.964/2019, o disposto no paraagrafo 2° da lei 8.072/90.
Conforme art. 112 LEP Atualizada pela Lei 13.964/2019;
33
Livramento Condicional
Após o cumprimento de 2/3 com vedação ao reincidente específico.
Conforme art. 112 LEP Atualizada pela Lei 13.964/2019;
VEDAÇÕES: O ARTIGO 44 DA LEI 11.343/06
Estabelece que o crime de tráfico de drogas e seus equiparados são insuscetíveis de sursis, graça, anistia e indulto. Além disso veda a concessão de fiança e liberdade provisória de forma que o traficante preso em flagrante deveria ficar preso até sentença.
 MAS ATENÇÃO: com a lei
11.464/07, que deixou de proibir a liberdade provisória para crimes hediondos , o entendimento é de que também a concessão é cabível para o tráfico.
Observar que o o Inciso II – Liberdade Provisória e o parágrafo 2° do artigo 2° da Lei 8.072-90 foram revogados.
Crimes do artigo 33 § 1º incisos I, II, III
Condutas típicas:
Inciso I- os verbos são os mesmos do caput, porém a ação se destina à matéria –prima, insumos ou produto químico destinado à preparação de drogas;
Matéria Prima= Substancia bruta de onde se pode extrair o princípio ativo da droga;
Insumo= elemento participante do processo de formação de determinado produto, eles será utilizado para a produção da droga.
Produto Químico= substancia química utilizada na elaboração da droga
Inciso II- Semear, cultivar ou fazer a colheita sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar no intuito de produzir drogas; ( Plantas que são matéria prima para a preparação da Droga)
Inciso III- Utilizar local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade , posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico de drogas.
DESTINAÇÃO DOS BENS APREENDIDOS:
Dispõe o artigo 243 da CF que na propriedade onde forem encontradas culturas ilegais de psicotrópicos , assim como, qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecente será confiscada.
	LEI DE DROGAS (LEI 11.343/2006)	
	Antes da Lei nº 13.840/2019	Depois da Lei nº 13.840/2019 (atualmente)
	Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade de polícia judiciária, ouvido o Ministério Público, havendo indícios suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias relacionadas aos bens móveis e imóveis ou valores consistentes em produtos dos crimes previstos nesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua prática, procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.	Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
	§ 1º Decretadas quaisquer das medidas previstas neste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produção de provas acerca da origem lícita do produto, bem ou valor objeto da decisão.	Revogado
	§ 2º Provada a origem lícita do produto, bem ou valor, o juiz decidirá pela sua liberação.	Revogado
	§ 3º Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores.	§ 3º  Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, o juiz poderá determinar a prática de atos necessários à conservação dos bens, direitos ou valores.
Artigo 33 §2º - Participação no uso indevido de drogas.
Conduta típica: 
Induzir ( Incutir), Instigar (estimular) ou auxiliar ( dar condições) uma pessoa ao uso indevido de drogas.
Atenção: considerado de pequeno potencial ofensivo, cabendo suspensão condicional do processo de acordo com alei 9.099 art.89 ou pena restritiva de direitos, desde que preenchidos os requisitos do artigo 44 do CP.
Não é crime considerado como equiparado a hediondo.
Artigo 33 § 3º da lei 11.343/06
Conduta Típica: Oferecer droga eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem.
Infração de menor potencial ofensivo com possibilidade de aplicação dos benefícios da lei 9.099.
Tráfico privilegiado: artigo 33 §4º ( causa de diminuição de pena)
Trata-se de causa de diminuição de pena, não de figura autônoma, para os que praticarem o crime de tráfico , mas são primários , de bons antecedentes, não integram organização criminosa. É o traficante eventual.
Súmula 512 STJ A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas.
MAS ATENÇÃO= Em decisão de 23.06.2016= O STF julgou que o Tráfico Privilegiado não é crime equiparado a Hediondo ( HC 118.533), com isso haverá maior possibilidade de liberdade provisória além dos outroa benefícios não permitidos a crimes hediondos.
“O tráfico privilegiado não se hamoniza com a qualificação de hediondez do delito definido no caput e no parágrafo 1º do artigo 33 da lei de Drogas” ( Celso de Mello)
Pressupostos para o Privilégio:
1- Acusado primário
2- Bons antecedentes
3- Não dedicação a atividades criminosas
4- Não integração de organização criminosa
Questão POLÊMICA:
SIMPLES POSSE SEMENTES. Nesse caso é necessário o exame toxicológico para constatar o princípio ativo será enquadrado em uma das figuras de tráfico, porém se não constatar, como ocorre com a maconha, duas correntes se posicionam:
1- o agente deve ser punido na figura do artigo 33§ 1º da lei 11.343/06. ( esta corrente é a mais aceita inclusive com decisões do STF e STJ 5º turma HC- 100.437/SP)
2- O fato é atípico , pois embora a semente constitua matéria-prima, ela não é tecnicamente usada na preparação da maconha . ( corrente minoritária)
Artigo 34- Maquinismo e objetos destinados ao Tráfico ( equiparado a hediondo).
Art. 34.  Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Delito onde se enquadrada os equipamentos das destilarias de drogas e seus outros equipamentos.
Trata-se de crimes subsidiário, em relação ao crime do artigo 33, dessa forma ocorrendo o crime principal de tráfico de drogas, em um mesmo contexto fático, afasta-se a aplicação do tipo penal subsidiário do artigo 34. ( STF 1º Turma HC 104.633/SP).
Condutas típicas do art.34
Fabricar= Produção em grande escala
Adquirir= obter a propriedade
Utilizar=Fazer uso
Oferecer= Ofertar
Vender=alienar
Distribuir=Entregar a diferentes Partes
Possuir= Ter algo em seu poder
Guardar=Tomar conta
Fornecer= Abastecer, prover
O que?
1- Maquinário=Conjunto de peças de determinada máquina
2- Aparelho= dispositivo inserido em uma máquina
3-Instrumento=Objeto mecânico que fará o serviço igual a de uma máquina
Art. 35 Associação para o Tráfico.
Art. 35.  Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei.
É crime plurissubjetivo que pressupõe a união de pessoas para a prática delitiva.
Crime formal, portanto independe da prática do delito de tráfico, entretanto se o crime foi praticado vão responder pelos dois crimes
Requisitos:
1- Envolvimento mínimo de 2 pessoas;
2- Intenção de cometer qualquer dos crimes previstos nos artigos 33 caput e §1º e 34 da lei antidrogas;
3- Que os agentes queiram cometer o crime de forma reiterada ou não.
A tentativa não tem como se configurar, porque havendo o acordo de vontades o crime já está configurado.
Associação para fins de financiamento do Tráfico Art.35 P. Único.
Tipifica associação destinada ao financiamento para o tráfico de drogas.
Demanda também a existência de duas ou mais pessoas, mas a associação tem por objeto o financiamento do tráfico;
Como se trata de figuras autônoma
pode ocorrer de os agentes responderem pelo 35 e 36 em concurso material.
Atenção: o artigo 35 X equiparação como hediondo.
Questão polêmica, pois uma parte da doutrina dizia tratar-se de crime equiparado a hediondo porque apesar de não ser tráfico ocorreu figura mais grave de associar-se para ganhar força a prática do tráfico. MAS assim não reconheceu nem o STJ e nem o STF que já se manifestou pela sua não equiparação em hediondo. Dessa forma, os condenados por esse crime terão progressão de acordo com as regras comuns do CP. 
HC 294935/ STJ 2014
Ementa: HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO. EXECUÇÃO PENAL. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. CRIME NÃO INCLUÍDO NO ROL DOS DELITOS HEDIONDOS OU EQUIPARADOS. PROGRESSÃO DE REGIME. LAPSO DE 1/6 A SER APLICADO. FLAGRANTE ILEGALIDADE EVIDENCIADA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. - O Superior Tribunal de Justiça, seguindo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, passou a inadmitir habeas corpus substitutivo de recurso próprio, ressalvando, porém, a possibilidade de concessão da ordem de ofício nos casos de flagrante constrangimento ilegal. - O Superior Tribunal de Justiça entende que o delito de associação para o tráfico de drogas não possui natureza hedionda, por não estar expressamente previsto nos arts. 1º e 2º, da Lei n. 8.072/90. - Afastada a hediondez do delito descrito no art. 35 da Lei n. 11.343/06, deve ser cumprido o lapso de 1/6 de pena para a progressão de regime, não se aplicando o disposto no art. 2º, § 2º da Lei n. 8.072/90. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício, para determinar que o Juízo das Execuções, analisando o caso concreto, avalie a possibilidade de concessão ao paciente da progressão de regime, afastando-se a condição de hediondo do delito de associação para o tráfico.
Artigo 36 da lei 11.343/06
Art. 36.  Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei.
Só se pune forma dolosa;
Crime equiparado a hediondo, com restrição de benefícios;
Aqui quem financia não tem participação direta na execução do tráfico, limitando-se a fornecer o dinheiro ou bens, sem prática as condutas dos artigos 33 e 34.
Condutas Típicas: 
Financiar= significa sustentar os gastos, bancar, prover o capital necessário para o desenvolvimento do Tráfico.
Custear= Prover as despesas, os gastos
Artigo 37 da lei 11.343/2006
Art. 37.  Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei.
Crime equiparado a hediondo;
Restrição de benefícios como nos hediondos.
Condutas típicas:
 Colaborar como informante= Cooperar, prestar auxílio
A quem?
Grupo- simples reunião de pessoas 
Organização- Associação de 4 ou mais pessoas
Associação= 2 ou mais pessoas
Atenção: O Crime do artigo 37 é crime subsidiário do 35, ou seja, esta colaboração deve ser eventual, geralmente com objetivo de receber determinada quantia pelo serviço, se for permanente responderá pelo 35.
Art.38 Crime de prescrição culposa
Art. 38.  Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
O elemento subjetivo é a culpa;
Não admite a tentativa por ser culposo
Processado com os benefícios da lei 9.099
Art. 39 Condução de embarcação ou aeronave após o consumo de drogas
Art. 39.  Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.
Requisitos: condução sobre o efeito de drogas e expor a dano potencial outrem
Cabe benefícios dos artigos 44 e 77 do CP.
Crime de Perigo Concreto. Deve-se fazer prova do nado potencial
Causas de aumento da pena Artigo 40:
As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sede de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Causas de aumento: comentários
1- Transnacionalidade= Transcenda o território nacional. O STJ já decidiu que remessa via postal para o estrangeiro, mesmo que não tenha chegado ao destino, pois interceptado pela PF, incide a majorante (STJ 3º secção CC109.646);
2- Abuso de função pública, missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância= Objetivo é punir de forma mais severa que teria o dever de proteção contra as drogas;
3-a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos= Trata-se de rol taxativo. Imediações aquele que se pode atingir facilmente com alguns passos.
4-Execução do crime com violência ou grave ameaça etc= são condutas graves na prática do crime.
5- Tráfico entre Estados da Federação= O mesmo da transnacionalidade
6-Envolvimento de C/A e outros= proteção aos fragilizados
Causas de aumento: comentários
7 - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Esta causa de aumento é bem polêmica. Ela não pode ser aplicada ao artigo 36 por causa do bis in idem.
A maioria da doutrina reconhece como de difícil aplicação, pois ela também foi tipificada como crime autônomo,
Causas de Diminuição
Art. 41.  O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.
Critérios para a diminuição:
1- Voluntariedade
2- Informações suficientes que efetivamente impliquem na identificação de todos no crime bem como na recuperação do produto do crime
Causa excludente de ilicitude
Art. 45.  É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

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