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UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais GABRIELA NUNES ANDRADE PETROGRAFIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES 2ª. Avaliação assíncrona segundo modo remoto BELO HORIZONTE – MG 2020/01 UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais GABRIELA NUNES ANDRADE PETROGRAFIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES 2ª. Avaliação assíncrona segundo modo remoto Avaliação assíncrona, através do modo remoto, apresentada ao curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais, para a disciplina de Petrografia. BELO HORIZONTE – MG 2020/01 1. Notavelmente, percebemos que as rochas sedimentares siliciclásticas são formadas a partir dos detritos originados de outras rochas, que mediante soterramento e compactação formam as rochas sedimentares. Já as rochas sedimentares químicas são formadas da reação química ocorrida entre os íons dos minerais com os íons contidos na água. Uma grande diferença é que os detritos das rochas siliciclásticas são removidos de outras rochas originárias e transportados até o local de deposição, sofrendo assim desgaste no trajeto. 2. As rochas sedimentares possuem ampla utilização no dia a dia da sociedade, gerando, portanto, significativo valor econômico. Posto que cerca de 60 a 70% do substrato do Brasil é formado por rochas sedimentares, então a quantidade física deste tipo de material é massiva, agregando ainda maior peso econômico, já que elas revelam importante valor na economia do país. Os recursos minerais energéticos, que consistem em petróleo, carvão e gás, são originados de rochas sedimentares e possuem um largo espaço na economia mundial. Os argilominerais, o arenito e o calcário são rochas sedimentares que dão origem a produtos importantes da construção civil. Dos argilominerais são produzidos tijolos, telhas e cerâmicas, por exemplo; os arenitos servem como rochas de revestimento e o calcário agregado à gipsita e a argilominerais formam a base para a produção do cimento, item indispensável na construção. Além disso, a areia, que também é uma rocha sedimentar também é utilizada para construções e ainda é a essência da fabricação do vidro. 3. Processos da formação e geração de rochas sedimentares: Intemperismo: conjunto de modificações de ordem física, que provocam a desagregação, e de ordem química que provocam a decomposição das rochas, que elas passam a sofrer a partir do momento em que afloram na superfície da Terra. Erosão: consiste no desgaste da superfície da Terra ocasionado por processos físicos, químicos e biológicos, que causa a remoção de detritos. Transporte: trata-se do carregamento, por meio de água, vento ou da própria ação da gravidade, dos produtos da erosão e do intemperismo. Sedimentação: também chamada de deposição, é a fase em que os materiais desagregados e carregados são de fato depositados sobre uma bacia, que virá a ser uma bacia sedimentar. Dá-se mediante o acúmulo de partículas minerais seja em meio subaquoso ou subaéreo. A sedimentação possui dois tipos: pode ocorrer devido à redução da velocidade da corrente e da ação da gravidade sobre os sólidos granulares, fazendo com que parem o percurso e estacionem, ou pode ser devido à variação de parâmetros químicos, somada à atividade orgânica sobre íons num meio aquoso. 4. Os sedimentos são convertidos em rochas sedimentares por meio da diagenese. Após a sequência de transporte e deposição de sedimentos, estes formam camadas diferentes, à medida que os diferentes tipos ali se depositam. Então, depois estes sedimentos já depositados sofrem transformações químicas, físicas e biológicas, a que se nomeia diagenese. Isto inclui a compactação e o rearranjamento espacial de grãos. Dessa forma se dá a consolidação, cimentação, autogênese, substituição, solução de pressão, precipitação, recristalização, oxidação, redução, desidratação, hidratação, lixiviação, polimerização, adsorção e ação bacteriológica. 5. Os tipos de rochas sedimentares siliciclásticas/detríticas são conglomerados, brechas, arenitos, siltitos e argilitos. Eles são classificados de acordo com a granulometria, ou seja, a medida do diâmetro das partículas dos sedimentos que os compõe. 6. Consistem em tipos de rochas sedimentares siliclásticas, ou seja, detríticas, compostas por detritos originados de outras rochas. Estão descritos abaixo. Conglomerados: são compostos pela compactação e cimentação de cascalho somado a mistura de partículas de diversos tamanhos, com predominância daquelas com tamanhos maior que 2 mm e arrendadas devido ao desgaste sofrido no transporte. Formam-se em ambientes fluvial, litorâneo ou marinho. Brechas: rochas formadas também por sedimentos de tamanho predominantemente maior que 2 mm. No entanto, são angulosos, ou seja, pouco arredondados, devido ao curto trajeto percorrido entre a soltura da rocha a que pertencia até a deposição para a formação rocha sedimentar. Portanto, são formadas próximo à área fonte do sedimento. Arenitos: é uma rocha sedimentar formada pela agregação de grãos de areia. Sua aparência é mais homogênea e sua textura mais lisa, devido à menor granulometria dos sedimentos que a formam, porém ainda distinguíveis a olho nu. Geralmente os grãos de areia são predominantemente de quartzo. É formada em ambientes diversos como fluvial, de praia, dunas de deserto ou marinho. Siltitos: são formados por grãos não visíveis a olho nu, por terem uma granulometria muito baixa. Portanto, a aparência é bastante homogênea e lisa, sendo possível perceber uma leve aspereza apenas mediante o tato. É possível desagregar os grãos com o uso de canivete ou dente. Argilitos: esta rocha é composta por sedimentos de granulometria extremamente fina, não podendo ser percebidos a olho nu, e textura lisa mediante o tato. São formadas em ambientes fluviais. Geralmente, ao ser molhada, este tipo de rocha emite odor característico semelhante ao de moringa. 7. Os arenitos são compostos principalmente pelos minerais de quartzo. 8. As rochas sedimentares químicas se formam pela precipitação dos materiais que foram transportados em solução. Calcários: são formados mediante a precipitação do carbonato de cálcio, geralmente em condições marinhas. Apresentam característica efervescência ao ácido clorídrico diluído, e possuem textura clástica. São formados por mais de 50% de CaCO3. Evaporitos: são rochas decorrentes de minerais que se precipitam a partir de uma solução, à medida que a concentração de íons aumenta por causa da evaporação da água. Os íons em solução na água do mar têm sua concentração aumentada, à medida que a água evapora. Dessa forma, os cátions e ânions começam a se combinar para formar os minerais evaporitos. Jaspilitos: são rochas formadas por sedimentos químicos com chert somados á hidróxidos de ferro. 9. O cimento é produzido a partir do calcário, da gipsita e de argilominerais. As rochas extraídas são britadas até a obtenção de tamanhos menores que 200 mm. O processo de produção do cimento em si inicia por uma moagem e homogeneização das matérias primas, obtendo uma farinha crua. Após isso, essa farinha é posta em fornos rotativos, dando origem ao clínquer, que depois é resfriado. Este clínquer é moído e adicionado de gesso, obtendo assim o cimento. 10. O petróleo e o gás natural são formados a partir da matéria orgânica de origem continental ou marinha (que são os plânctons) depositada em bacias marinhas ou folhelhos. A matéria orgânica se mistura aos sedimentos nos ambientes anóxicos, e então é degradada lentamente, sendo transformada em hidrocarbonetos estando em uma rocha chamada geradora, a detentora da matéria orgânica. Este material é maturado mediante o aumento da pressão e temperatura, decorrentes do soterramento. Então o petróleo formado migra da rochageradora para uma rocha reservatório, que pode ser arenito poroso ou calcário, onde é aprisionado por uma rocha capeadora impermeável. Se esta matéria degradar mais, o petróleo se transforma num condensado volátil associado aos hidrocarbonetos gasosos, dando origem ao gás natural.
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