Buscar

Critérios+de+Avaliação+de+Passivos%2c+Mensuração+a+Valor+Justo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Critérios de Avaliação de Passivos, Mensuração a Valor Justo, Custo de Transação e Prêmios na Emissão de Valores Mobiliários, Debêntures, Partes Beneficiárias e Tratamentos de Reparo e conservação de bens
Critérios de Avaliação de Passivos
De acordo com a Lei das S.A., no balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
- As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 tenha uma obrigação a pagar no curto prazo (Título a Pagar), referente à compra a prazo de um veículo, que, na data do balanço, é de R$ 50.000,00. O lançamento por ocasião da aquisição, seria:
Débito: Veículo (Ativo Não Circulante Imobilizado) 50.000,00
Crédito: Título a Pagar (Passivo Circulante) 50.000,00
- As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 contraiu um empréstimo no valor de US$ 500.000,00 (quinhentos mil dólares), em 1°.12.2014 (Taxa de Câmbio: US$ 1,00 = R$ 2,00). Quando do encerramento do exercício social (31.12.2014), a taxa de câmbio era US$ 1,00 = R$ 3,00. Efetue os lançamentos contábeis:
I-Na aquisição do empréstimo:
Empréstimo (em Real) = 500.000 x 2 = 1.000.000
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 1.000.000
Crédito: Empréstimos em Moeda Estrangeira (Passivo Circulante) 1.000.000
II- No encerramento do exercício social:
Empréstimo (em Real) = 500.000 x 3 = 1.500.000
Variação Cambial Passiva = 1.500.000 - 1.000.000 = 500.000
Débito: Variação Cambial Passiva (Despesa) 500.000
Crédito: Empréstimos em Moeda Estrangeira (Passivo Circulante) 500.000
 
- As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Exemplo (Compra a prazo do terreno): A empresa J4M2, em 31.12.2013 adquiriu um terreno no valor de R$ 100.000,00, como investimento, a ser pago em 31.12.2014. Considere que o juros embutidos na operação correspondem a R$ 3.600,00, que possuem efeito relevante e que serão reconhecidos linearmente em função dos meses (para facilitar os cálculos).
I- No momento da compra do terreno:
Repare que o valor presente do terreno será:
Valor da Compra a Prazo 100.000
(-) Juros da Transação (3.600)
(=) Valor Presente do Terreno 96.400
O curto prazo (circulante) será até 31.12.2014 (até 12 meses).
Débito: Terreno (Ativo Não Circulante – Investimentos) 96.400
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) 3.600
Crédito: Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante) 100.000
II- Apropriação mensal dos juros passivos em 2013:
Para facilitar os cálculos, o exemplo determina que o reconhecimento dos juros será linear. Repare que o período entre a data de transação e a data do pagamento é de 12 meses (de 31.12.2013 a 31.12.2014). Portanto, os juros passivos mensais serão calculados da seguinte forma:
Juros Passivos (Mensal) = 3.600/12 meses = R$ 300,00 por mês
Débito: Despesas Financeiras (Despesa) 300
Crédito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante – Retificadora) 300
Portanto, de janeiro a dezembro de 2014 (12 meses), há o lançamento acima. O lançamento consolidado, referente a todos os meses de 2014, seria:
Débito: Despesas Financeiras (Despesa) 3.600
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante – Retificadora) 3.600
III- No pagamento do financiamento (31.12.2014):
Débito: Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante) 100.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 100.000
Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
A Deliberação CVM n°649/2010 e a Resolução CFC n°1.313/2010 aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC08 (R1), que dispõe sobre os cursos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários.
Introdução
Custos de Transação: Incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das seguintes transações:
- distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição;
- aquisição e alienação de ações próprias (são as ações em tesouraria);
- captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida;
- prêmios na emissão de debêntures; e 
- outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente referidos como títulos e valores mobiliários – TVM).
Os custos de transação são considerados gastos incrementais, tendo em vista que, caso as transações supramencionadas não ocorressem, não haveria tais custos.
O prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores mobiliários é o valor recebido que é superior ao valor de resgate desses títulos na data do próprio recebimento ou ao valor formalmente atribuído aos valores mobiliários.
São exemplos de custos transação:
I- gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
II- remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores etc.);
III- gastos com publicidade;
IV- taxas e comissões;
V- custos de transferência;
VI- custos de registro etc.
Não fazem parte dos custos de transação os ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de carregamento (gasto para manter determinado ativo).
Despesas Financeiras: São os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.
 Encargos Financeiras: Correspondem à soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros.
Despesas Financeiras
(+) Custos de Transação
(+) Prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados
(diferença entre os valores recebidos e os valores pagos a terceiros)
Encargos Financeiros
Valor Presente Líquido: É o valor dos fluxos financeiros trazidos à data zero, considerando-se a taxa data.
Taxa Interna de Retorno: É a taxa necessária para igualar o valor de um investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos da caixa, ou seja, a TIR faz com que o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto seja zero. Ou seja, a TIR iguala, no momento “0”, o fluxo de entrada e o fluxo de saída. Um investimento é atrativo quando sua TIR for maior que o custo de investimento.
Juros Compostos: Na capitalização por juros compostos, os juros são calculados sobre o montante do capital (C) no período anterior (juros sobre juros), ou seja, o capital inicial de cada período é o capital do período anterior acrescido dos juros do período anterior.
M = C . (1+ i)t
J = M – C
Onde,
M = montante
C = capital
J = juros 
i = taxa de juros
t = período
(1+ i)t = fator de capitalização
Contabilização das Captações de Recursos para o Capital Próprio
Os recursos que forem captados por meio da emissão de títulospatrimoniais, como por exemplo ações ou bônus de subscrição, devem ser registrados na contabilidade da entidade pelos seus valores líquidos, ou seja, os valores efetivamente disponibilizados para a entidade decorrente da transação.
Como essas transações são efetuadas com sócios já existentes ou novos sócios, os custos das transações não devem causar influência nos saldos líquidos das transações que geram resultado para a entidade e devem ser registrados em conta retificadora do patrimônio líquido, deduzidos de eventuais efeitos fiscais.
Caso ocorra ágio na emissão dos referidos títulos patrimoniais, esse prêmio (ágio) deve ser reconhecido em conta de reserva de capital, como prevê a Lei das S.A.
As Reservas de Capital correspondem a valores recebidos dos proprietários ou de terceiros, isto é, são “receitas” que, entretanto, não são tratadas desta maneira, visto que não transitam pelas contas de resultado, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido.
De acordo com art. 182, parágrafo 1°, da lei nº 6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
i) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias (Reserva de Ágio na Emissão de Ações).
ii) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição (Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição e Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias).
Captações de recursos para o capital próprio ( Patrimônio Líquido):
Registro Inicial 	Valores líquidos disponibilizados para a entidade pela a transação.
Custos não devem alterar o saldo líquido das transações geradoras de resultados da entidade.
Captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais:
Exemplos: Ações, bônus de subscrição etc.
Custos de Transação: Conta redutora de patrimônio líquido (natureza devedora), deduzidos os eventos fiscais.
Reserva de Capital: Prêmio na alienação de ações e alienações de bônus de subscrição e partes beneficiárias.
Há que se ressaltar que, quando houver prêmio (ágio) na emissão de títulos patrimoniais, primeiramente devem ser compensados os custos de transação com esse ágio.
Caso o ágio não seja suficiente para absorver todos os custos da transação, a diferença entre os custos de transação e o ágio é que deverá ser contabilizada como retificadora do patrimônio líquido (na conta “Custos de Transação”).
Prêmio na Alienação de Títulos Patrimoniais (Ágio): Utilizado para absorver os custos de transação, até o limite de seu saldo.
Hipóteses:
1. Prêmio na Alienação de Ações > Custos de Transação
Prêmio na Alienação de Ações
(-) Custos de Transação
Reserva de Capital
2. Prêmio na Alienação de Ações < Custos de Transação
 Custos de Transação
(-) Prêmio na Alienação de Ações
Conta Redutora do Patrimônio Líquido
(Gastos com emissões de ação)
Exemplo: A empresa J4M2, visando a um aumento do seu capital social, emitiu 10.000 novas ações, com valor nominal de R$ 1,00. As ações foram vendidas no mercado a R$ 1,20 e os custos da transação totalizaram R$ 1.000,00.
Valor Nominal Total (Aumento do Capital Social) = 10.000 x R$ 1,00 
 Valor Nominal Total (Aumento do Capital Social) = R$ 10.000,00
Valor da Venda Total (das Ações) = 10.000 x R$ 1,20 
 Valor da Venda Total (das Ações) = R$ 12.000,00
Valor da Venda Total (das Ações) 12.000
(-) Valor Nominal Total (10.000)
(=) Ágio na Emissão das Ações 2.000
(-) Custos de Transação (1.000)
(=) Valor a Ser Registrado em Reserva de Capital 1.000
Lançamento consolidado da operação:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 11.000(*)
Crédito: Capital Social (Patrimônio Líquido) 10.000
Crédito: Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 1.000
(*) Corresponde à diferença entre o valor recebido na venda das ações (R$ 12.000,00) e os custos da transação (R$ 1.000,00)
Exemplo: A empresa J4M2, visando a um aumento do seu capital social, emitiu 10.000 novas ações, com valor nominal de R$ 1,00. As ações foram vendidas no mercado a R$ 1,20 e os custos da transação totalizaram R$ 3.000,00.
Valor Nominal Total (Aumento do Capital Social) = 10.000 x R$ 1,00 
 Valor Nominal Total (Aumento do Capital Social) = R$ 10.000,00
Valor da Venda Total (das Ações) = 10.000 x R$ 1,20 
 Valor da Venda Total (das Ações) = R$ 12.000,00
Valor da Venda Total (das Ações) 12.000
(-) Valor Nominal Total (10.000)
(=) Ágio na Emissão das Ações 2.000
(-) Custos de Transação (3.000)
(=) Valor a Ser Registrado em Reserva de Capital (1.000)
Lançamento consolidado da operação:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 9.000(*)
Débito: Custo da Transação (Patrimônio Líquido- Retificadora) 1.000
Crédito: Capital Social (Patrimônio Líquido) 10.000
(*) Corresponde à diferença entre o valor recebido na venda das ações (R$ 12.000,00) e os custos da transação (R$ 3.000,00).
Caso a captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais não seja concluída, os custos de transação devem ser reconhecidos como despesa no resultado do período em que se frustrar a referida captação.
Operação não concluída:
Custos de Transação Despesas do período em que se frustrar a transação
Contabilização da Aquisição de Ações de Emissão Própria (Ações em Tesouraria)
Ações em tesouraria são as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas em tesouraria.
As ações em tesouraria que excederem o saldo de lucros e reservas, exceto a legal, de lucros a realizar e a especial para dividendos obrigatórios não distribuídos, devem ser vendidas no prazo de três meses, a contar da aprovação do balanço em que se apurar o excesso. Caso não seja feito dentro desse prazo, as ações excedentes serão canceladas.
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido (retificadoras do patrimônio líquido) que registar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
As ações em tesouraria não terão direito a dividendo e a voto e o resultado obtido na venda de tais ações não devem transitar pelo resultado do exercício, devendo ser registrado em reservas ou lucros acumulados.
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu 10.000 ações próprias por R$ 5,00 cada. Nesse caso, o lançamento seria:
Ações de Tesouraria = 10.000 ações x R$ 5,00 = R$ 50.000,00
Débito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 50.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 50.000
Caso a J4M2, posteriormente, venda as ações adquiridas por R$ 6,00, haverá um ágio na alienação das ações em tesouraria, que deverá ser registrado como reserva de capital.
O lançamento seria:
Valor da alienação = 10.000 ações x R$ 6,00 = R$ 60.000,00
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 60.000
Crédito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 50.000
Crédito: Reserva de Ágio na Alienação de Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido) 10.000
Por outro lado, caso a J4M2 venda as ações adquiridas por R$ 4,00, haverá um prejuízo na venda, que também não poderá passar pelo resultado do período. Nessa situação, o prejuízo na venda será absorvido por alguma reserva de lucro.
É por essa razão que o saldo das ações em tesouraria não pode superar o saldo de lucros e reservas, exceto a legal, de lucros a realizar e a especial para dividendos obrigatórios não distribuídos.
O lançamento, considerando que o prejuízo seria absorvido, por exemplo, pelas reservas estatutárias,seria: 
Valor da alienação = 10.000 ações x R$ 4,00 = R$ 40.000,00
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 40.000
Débito: Reserva Estatutárias (Patrimônio Líquido) 10.000
Crédito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido - Retificadora) 50.000
Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, para manutenção em tesouraria, devem ser registrados como acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido.
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu 10.000 ações próprias por R$ 5,00 cada. Além disso, houve gastos com corretagem, decorrentes da compra dessas ações, no valor de R$ 2.000,00.
Nesse caso, o lançamento seria:
Ações de Tesouraria = 10.000 ações x R$ 5,00 = R$ 50.000,00
Gastos com Corretagem = R$ 2.000,00
Custo de Aquisição das Ações = 50.000 + 2.000 = 52.000
Débito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido - Retificadora) 52.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 52.000
Exemplo: A empresa J4M2 apresentou o seguinte balanço antes da aquisição de suas próprias ações:
	Ativo
	Passivo
	Caixa 10.000
Duplicatas a Receber 30.000
Estoques 60.000
Imóveis 90.000 
(-) Depreciação Acumulada (10.000)
	Fornecedores 40.000
Financiamentos 10.000
Capital Social 100.000
Reservas de Capital 30.000 
	 180.000
	 180.000
Caso a referida empresa adquira R$ 5.000,00 de suas próprias ações, o balanço ficará da seguinte maneira:
Débito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido - Retificadora) 5.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 5.000
	Ativo
	Passivo
	Caixa 5.000
Duplicatas a Receber 30.000
Estoques 60.000
Imóveis 90.000 
(-) Depreciação Acumulada (10.000)
	Fornecedores 40.000
Financiamentos 10.000
Capital Social 100.000
(-) Ações em Tesouraria (5.000)
Reservas de Capital 30.000 
	 175.000
	 175.000
Se, posteriormente, a empresa vendesse as ações por R$ 7.500,00, com custos de transação de R$ 500,00 o lançamento a ser efetuado seria:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 7.000(*¹)
Crédito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 5.000
Crédito: Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 2.000(*²)
(*¹) Corresponde à diferença entre o valor da venda (R$ 7.500,00) e os custos da transação (R$500,00).
(*²) Corresponde à diferença entre o valor do lucro na alienação (R$ 7.500,00 – R$ 5.000,00 = R$ 2.500,00) e os custos da transação (R$500,00).
Caso a empresa vendesse as ações por R$ 4.000,00, com custos de transação de R$ 500,00 o lançamento a ser efetuado seria:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 3.500(*¹)
Débito: Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido – Retificadora) 1.500(*²)
Crédito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 5.000
(*¹) Corresponde à diferença entre o valor da venda (R$ 4.000,00) e os custos da transação (R$500,00).
(*²) Corresponde à soma do valor do prejuízo na alienação (R$ 5.000,00 – R$ 4.000,00 = R$ 1.000,00) e os custos da transação (R$500,00).
Contabilização da Captação de Recursos de Terceiros
Os recursos captados de terceiros serão classificados no passivo exigível, pelo seu valor justo, líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão desse passivo financeiro.
Debêntures, Conceito, Avaliação e Tratamento Contábil
Debêntures são títulos de crédito com valor nominal emitidos por companhias, os quais conferem a seus titulares (debenturistas) o direito de participação nos lucros da companhia ( rendem juros e são atualizados monetariamente). Caso não sejam resgatados no seu prazo de emissão, serão convertidos em ações da companhia. Normalmente, são títulos de longo prazo.
As debêntures são consideradas como recursos captados de terceiros e serão classificadas no passivo exigível, pelo seu valor justo, líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão desse passivo financeiro.
Os encargos financeiros envolvidos na transação serão apropriados ao resultado pelo regime de competência, em função da fluência do prazo, pelo custo amortizado com a utilização do método dos juros efetivos, que considera a taxa interna de retorno (TIR) da transação para a apropriação dos encargos financeiros durante a vigência da transação.
A taxa interna de retorno (TIR) deve considerar todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido pela concretização da transação até todos os pagamentos feitos ou a serem efetuados até a liquidação da transação.
Contabilidade de Debêntures Emitidas:
I- Na emissão de debêntures:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante/Passivo Não Circulante-Retificadora)
Crédito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante/Passivo Não Circulante)
II- Na apropriação de encargos financeiros:
Débito: Encargos Financeiros (Despesas)
Crédito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante -Retificadora)
Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valos justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido).
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante/Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo-Retificadora)
Débito: Custos a Amortizar(Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante-Retificadora)
Crédito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante)
Além disso, há que se ressaltar que os prêmios na emissão de debêntures (ágio na emissão de debêntures) devem ser acrescidos ao valor justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento financeiro para o mesmo fim, apropriando-se ao resultado em função da fluência do prazo.
Antes das alterações da lei das S.A. pela lei n° 11.638/2007, o prêmio recebido na emissão de debêntures era registrado em reserva de capital. Contudo, a partir de 1°.01.2008, esse dispositivo foi revogado e o prêmio recebido na emissão de debêntures passou a ser classificado no passivo exigível, devendo ser apropriado ao resultado, pelo Princípio da Competência, ao longo da vigência das debêntures como redutores das despesas financeiras.
Contabilização do prêmio recebido na emissão de debêntures (ágio na emissão de debêntures)
I- Na emissão de debêntures:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante/Passivo Não Circulante-Retificadora)
Crédito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante/Passivo Não Circulante)
Crédito: Prêmio Recebido na Emissão de Debêntures(Passivo Circulante/Passivo Não Circulante)
II- Na apropriação de encargos financeiros:
Débito: Encargos Financeiros (Despesas)
Crédito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante -Retificadora)
III- Na apropriação do prêmio na emissão de debêntures(redutor das despesasfinanceiras):
Débito: Prêmio Recebido na Emissão de Debêntures(Passivo Circulante/Passivo Não Circulante)
Crédito: Encargos Financeiros(Despesas)
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 emitia uma séria de debêntures de valor nominal R$ 150.000,00, em outubro de 2014, lançada no mercado pelo preço de R$ 160.000,00. Os custos da transação foram de R$ 1.000,00. Além disso, o resgate das debêntures, após 10 meses, será no valor de R$ 180.000,00.
I- Lançamento por ocasião da venda no mercado das debêntures: Como o resgate será em 10 meses, as debêntures emitidas e as contas relacionadas serão classificadas no passivo circulante.
Repare, ainda, que houve custos de transação no valor de R$ 1.000,00. Portanto, o valor efetivamente recebido pela empresa foi de R$ 159.000,00 (R$ 160.000,00 – R$ 1.000,00). Além disso, os custos de transação serão amortizados, pelo Princípio da Competência, durante o prazo de vigência das debêntures.
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 159.000
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) 30.000
Débito: Custos a Amortizar(Passivo Circulante-Retificadora) 1.000
Crédito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante) 180.000
Crédito: Prêmio na Emissão de Debêntures(Passivo Circulante) 10.000
 II- Apropriação mensal dos encargos financeiros na emissão de debêntures: 
Apropriação mensal dos encargos financeiros = 30.000/10
 Apropriação mensal dos encargos financeiros = 3.000
Débito: Encargos Financeiros (Despesas) 3.000
Crédito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) 3.000
III- Apropriação mensal dos custos de transação: 
Apropriação mensal dos Custos de Transação = 1.000/10
 Apropriação mensal dos Custos de Transação = 100
Débito: Amortização dos Custos de Transação (Despesas) 100
Crédito: Custos a Amortizar (Passivo Circulante-Retificadora) 100
IV- Realização mensal do prêmio na emissão de debêntures: 
 Realização mensal do prêmio na emissão de debêntures = 10.000/10
 Realização mensal do prêmio na emissão de debêntures = 1.000
Débito: Prêmio na emissão de debêntures (Passivo Circulante) 1.000
Crédito: Realização do prêmio na emissão de debêntures (Receita) 1.000
V- Pagamento das debêntures ao final do período: 
Débito: Debêntures emitidas (Passivo Circulante) 180.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 180.000
Por outro lado, caso a transação das debêntures seja efetivada por um valor inferior ao seu valor nominal, a diferença (deságio na emissão de debêntures) deverá ser registrada em conta retificadora do passivo exigível. A apropriação da despesa referente ao deságio também ocorrerá ao longo do prazo das debêntures, pelo Princípio da Competência.
Contabilização do deságio na emissão de debêntures:
I- Na emissão de debêntures:
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante -Retificadora)
Débito: Deságio na emissão de Debêntures (Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante-Retificadora)
Crédito: Debêntures emitidas (Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante)
II- Na apropriação dos encargos financeiros: 
Débito: Encargos Financeiros (Despesas) 
Crédito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) 
III- Na apropriação do deságio na emissão de debêntures:
Débito: Amortização do deságio (Despesas) 
Crédito: Deságio na emissão de debêntures (Passivo Circulante) 
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 emitia uma séria de debêntures de valor nominal 
R$ 150.000,00, em outubro de 2014, lançada no mercado pelo preço de R$ 140.000,00. Além disso, o resgate das debêntures, após 10 meses, será no valor de R$ 180.000,00. Considere que não houve custos de transação.
I- Lançamento por ocasião da venda no mercado das debêntures: como o resgate será em 10 meses, as debêntures emitidas e as contas relacionadas serão classificadas no passivo circulante.
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 140.000
Débito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) 30.000
Débito: Deságio na emissão de debêntures (Passivo Circulante-Retificadora) 10.000
Crédito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante) 180.000
 II- Apropriação mensal dos encargos financeiros na emissão de debêntures: 
Apropriação mensal dos encargos financeiros = 30.000/10
 Apropriação mensal dos encargos financeiros = 3.000
Débito: Encargos Financeiros (Despesas) 3.000
Crédito: Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) 3.000
III- Apropriação mensal do deságio na emissão de debêntures: 
Apropriação do deságio na emissão de debêntures = 10.000/10
 Apropriação do deságio na emissão de debêntures = 1.000
Débito: Amortização do deságio (Despesas) 1.000
Crédito: Deságio na emissão de debêntures (Passivo Circulante-Retificadora) 1.000
IV- Pagamento das debêntures ao final do período: 
Débito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante) 180.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 180.000
Tratamento das Partes Beneficiárias
Partes Beneficiárias são títulos de crédito sem valor nominal, emitidos por companhias fechadas, por um prazo máximo de dez anos, que conferem a seus titulares o direito de participação, no máximo em 10%, nos lucros (um décimo dos lucros) das referidas companhias. Caso não sejam resgatados no prazo de sua emissão, serão convertidos em ações da companhia, podendo haver ágio na emissão de ações.
De acordo com a Lei das S.A. é vedado conferir às partes beneficiárias quaisquer direitos privativos de acionista, exceto o de fiscalizar os atos dos administradores da empresa.
Cabe ressaltar que as partes beneficiárias só darão origem à Reserva de Capital se forem vendidas, ou seja, se forem atribuídas gratuitamente à acionistas ou terceiros, não darão origem à Reserva de Capital.
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 emitia partes beneficiárias no valor nominal de 
R$ 150.000,00, em janeiro de 2012, vendidas no mercado pelo mesmo preço. Desconsidere os custos de transação.
I- Lançamento por ocasião da alienação das partes beneficiárias. 
Débito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 150.000
Crédito: Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 150.000 
 Contabilização Temporária dos Custos de Transação
Os custos de transação, referentes a recursos ainda não captados, devem ser apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado, devendo ser reclassificados em conta específica de acordo com a transação, logo que for concluídoo processo de captação de recursos ou baixado, caso a operação não se concretize.
Custos de Transação Enquanto não captados os recursos a que se referem Serão despesas antecipadas
Débito: Custos de Transação a Vencer (Ativo Circulante)
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
Exemplos
Exemplo 1: Suponha que a empresa J4M2 S.A. emitiu 100.000 novas ações com valor nominal de R$ 1,00 por ação. Os custos de transação incorridos na captação de recursos totalizaram R$ 0,20 por ação e as referidas ações foram vendidas no mercado de renda variável no valor de R$ 1,20 por ação. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
Nas operações de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais em que exista prêmio (excedente de capital) originado da subscrição de ações aos quais os custos de transação se referem, deve o prêmio, até o limite do seu saldo, ser utilizado para absorver os custos de transação registrados na conta redutora do patrimônio líquido definida acima.
Prêmio (Ágio) na Emissão de Ações = (1,20 – 1,00) x 100.000 ações
Prêmio (Ágio) na Emissão de Ações = 20.000
Custos de Transação = 0,20 x 100.000 ações = 20.000
Bancos = 120.000 (venda) – 20.000 (custos) = 100.000
Capital Social = deverão ser adicionados 100.000 referentes às novas ações
	
Primeiramente, utilizar o prêmio na emissão de ações para absorver os custos:
Prêmio na Emissão de Ações (saldo final) = 20.000 – custos de transação
Prêmio na Emissão de Ações (saldo final) = 20.000 – 20.000 = zero
Débito: Bancos (Ativo Circulante) 100.000 
Crédito: Capital Social (Patrimônio Líquido) 100.000
Exemplo 2: Suponha que a empresa J4M2 S.A. emitiu 100.000 novas ações com valor nominal de R$ 1,00 por ação. Os custos de transação incorridos na captação de recursos totalizaram R$ 0,20 por ação e as referidas ações foram vendidas no mercado de renda variável no valor de R$ 1,40 por ação. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
Prêmio (Ágio) na Emissão de Ações = (1,40 – 1,00) x 100.000 ações
Prêmio (Ágio) na Emissão de Ações = 40.000
Custos de Transação = 0,20 x 100.000 ações = 20.000
Bancos = 140.000 (venda) – 20.000 (custos) = 120.000
Capital Social = deverão ser adicionados 100.000 referentes às novas ações
	
Primeiramente, utilizar o prêmio na emissão de ações para absorver os custos:
Prêmio na Emissão de Ações (saldo final) = 40.000 – custos de transação
Prêmio na Emissão de Ações (saldo final) = 40.000 – 20.000 = 20.000
Débito: Bancos (Ativo Circulante) 120.000 
Crédito: Capital Social (Patrimônio Líquido) 100.000
Crédito: Reservas de Capital – Ágio na Emissão de Ações (PL) 20.000
Exemplo 3: Suponha que a empresa J4M2 S.A. emitiu 100.000 novas ações com valor nominal de R$ 1,00 por ação. Os custos de transação incorridos na captação de recursos totalizaram R$ 0,20 por ação e as referidas ações foram vendidas no mercado de renda variável no valor de R$ 1,10 por ação. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
Prêmio (Ágio) na Emissão de Ações = (1,10 – 1,00) x 100.000 ações
Prêmio (Ágio) na Emissão de Ações = 10.000
Custos de Transação = 0,20 x 100.000 ações = 20.000
Bancos = 110.000 (venda) – 20.000 (custos) = 90.000
Capital Social = deverão ser adicionados 100.000 referentes às novas ações
	
Primeiramente, utilizar o prêmio na emissão de ações para absorver os custos. Contudo, nesta situação, como os custos de transação são maiores que o prêmio:
Custos de Transação (Saldo Final) = 20.000 – Prêmio na Emissão de Ações
Custos de Transação (Saldo Final) = 20.000 – 10.000 = 10.000
Débito: Bancos (Ativo Circulante) 90.000 
Débito: Gastos com Emissão de Ações (Patrimônio Líquido – Retificadora) 10.000 
Crédito: Capital Social (Patrimônio Líquido) 100.000
Exemplo 4: Suponha que a empresa J4M2 S.A. emitiu 100.000 novas ações com valor nominal de R$ 1,00 por ação. Os custos de transação incorridos na captação de recursos totalizaram R$ 0,20 por ação. Contudo, essa operação de captação de recursos por intermédio de emissão de novas ações não foi concluída. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
Quando a operação de captação de recursos por intermédio de emissão de títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os custos de transação devem ser baixados como perda destacada no resultado do período em que se frustrar a transação.
Débito: Custos de Transação (Despesa) 20.000
Crédito: Bancos (Ativo Circulante) 20.000 
 Exemplo 5: Suponha que a empresa J4M2 S.A. adquiriu suas próprias ações, retirando essas ações do mercado por R$ 100.000,00. Os custos de transação incorridos na aquisição das próprias ações (tais como: corretagem e emolumentos) totalizaram R$ 20.000,00. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.
Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.
Valor de Aquisição das Próprias Ações = 100.000 + Custos de Transação 
Valor de Aquisição das Próprias Ações = 100.000 + 20.000 = 120.000
Débito: Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 120.000
Crédito: Bancos (Ativo Circulante) 120.000 
Exemplo 6: Considerando os dados do exemplo 5, suponha que a empresa J4M2 S.A. alienou as ações que estavam em tesouraria por R$ 140.000,00. Os custos de transação incorridos na alienação das ações (tais como: corretagem e emolumentos) totalizaram R$ 10.000,00. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
Valor da Alienação = 140.000
Custos de Transação = 10.000
Banco (Saldo Final) = 140.000 – 10.000 = 130.000
Custos das Ações (questão 13) = 120.000
Ágio na Alienação (Lucro) = 140.000 – 10.000 – 120.000 = 10.000 
Débito: Bancos (Ativo Circulante) 130.000 
Crédito: Ações em Tesouraria (PL – Retificadora) 120.000
Crédito: Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 10.000
Exemplo 7: Suponha que a empresa J4M2 S.A. emita uma série de debêntures de valor nominal R$ 150.000,00, em outubro de 2008, lançada no mercado pelo preço de R$ 200.000, resgatáveis em junho de 2009. Determine, com base nessas informações, o lançamento consolidado a ser efetuado na empresa J4M2 S.A.
O prêmio recebido na emissão de debêntures não é mais reserva de capital.
Débito: Bancos (Ativo Circulante) 200.000 
Crédito: Debêntures Emitidas (Passivo Circulante) 150.000
Crédito: Prêmio na Emissão de Debêntures (Passivo Circulante) 50.000
Valor Justo
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração a Valor Justo:
Valor Justo: É uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica de entidade. Para alguns ativos e passivos, pode haver informações de mercado outransações de mercado observáveis disponíveis e para outros pode não haver. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos é o mesmo – estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes no mercado (ou seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de participantes do mercado que detenha o ativo ou o passivo).
A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular.
Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo se os participantes do mercado, ao precificar a ativo ou o passivo na data de mensuração, levarem essas características em consideração. Essas características incluem, por exemplo:
(a) A condição e a localização do ativo; e 
(b) Restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo.
O ativo ou passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes:
(a) Um ativo ou passivo individual (por exemplo, um instrumento financeiro ou um ativo não financeiro); ou
(b) Um grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e passivos (por exemplo, uma unidade geradora de caixa ou um negócio).
A mensuração do valor justo presume que o ativo ou passivo é trocado em uma transação não forçada entre participantes do mercado para venda do ativo ou a transferência do passivo na data de mensuração nas condições atuais de mercado.
A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transfer~encia do passivo ocorre:
(a) No mercado principal para o ativo ou passivo; ou
(b) Na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo.
O preço no mercado principal (ou mais vantajoso) utilizado para mensurar o valor justo do ativo ou passivo não deve ser ajustado para refletir custos de transação, pois os custos de transação não correspondem a uma característica de um ativo ou de um passivo.
Há que se ressaltar que os custos de transação de um ativo ou de um passivo são referentes a uma transação específica e podem diferir de uma transação para outra, a depender do modo de realização da transação pela entidade.
A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro ( Exemplo: Ativo Não Circulante Imobilizado) leva em consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível (highest and best use) ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso (eventual comprador).
O melhor uso possível de um ativo não financeiro leva em conta o uso do ativo que seja fisicamente possível, legalmente permitido e financeiramente viável, conforme abaixo:
(a) Um uso que seja fisicamente possível leva em conta as características físicas do ativoque os participantes do mercado levariam em conta ao precificar o ativo (por exemplo, a localização ou o tamanho de um imóvel);
(b) Um uso que seja legalmente permitido leva em conta quaisquer restrições legais sobre o uso do ativo que os participantes do mercado levariam em conta ao precificá-lo ( por exemplo, as regras de zoneamento aplicáveis a um imóvel);
(c) Um uso que seja fisicamente viável leva em conta se o uso do ativo que seja fisicamente possível e legalmente permitido gera receita ou fluxos de caixa adequados (levando em conta os custos para converter o ativo para esse uso) para produzir o retorno do investimento que os participantes do mercado exigiriam do investimento nesse ativo colocado para esse uso. 
A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro presume que o ativo seja vendido de forma consistente com a unidade de contabilização especificada em outros Pronunciamentos (que pode ser um ativo individual). Esse é o caso mesmo quando essa mensuração do valor justo presume que o melhor uso possível do ativo é utilizá-lo em combinação com outros ativos ou com outros ativos e passivos, já que a mensuração do valor justo presume que o participante do mercado já detém os ativos complementares e os passivos correspondentes.
São técnicas amplamente utilizadas para avaliação a valor justo:
 - Abordagem de Mercado: Utiliza preços e outras informações relevantes geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos – como, por exemplo, um negócio – idêntico ou comparável (ou seja, similar).
- Abordagem de Custo: Reflete o valor que seria necessário atualmente para substituir a capacidade de serviço de ativo (normalmente referido como custo de substituição/ reposição atual ou custo de reposição corrente).
- Abordagem de Receita: Converte valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). Quando a abordagem de receita é utilizada, a mensuração do valor justo reflete as expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros.
De acordo com o parágrafo 1° do art. 183 da Lei das S.A., considera-se valor justo:
Matérias-prima e bens em almoxarifados: Preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado. 
Estoques de mercadorias fungíveis (mercadorias idênticas, que não podem ser diferenciadas pela simples inspeção visual) destinadas à venda: Poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. 
Bens ou direitos destinados à venda: Preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro.
Investimentos: Valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
Instrumentos financeiros: Valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:
- o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e riscos similares; 
- o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e riscos similares; ou 
- o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros.
Ajuste a Valor Presente x Valor Justo
Valor justo (fair value): É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
Valor presente (present value): É a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade.
Portanto, é possível distinguir o ajuste a valor presente do valor justo conforme abaixo: 
Ajuste a Valor Presente: tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro, que pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos (ou montante equivalente; por exemplo, créditos que diminuam a saída de caixa futuro seriam equivalentes a ingressos de recursos). Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informações são requeridas:
- valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as condições contratados);
- data do referido fluxo financeiro; e
- taxa de desconto aplicável à transação.
Valor Justo: Tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de determinado ativo ou passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por comparação a outros ativos ou passivos que tenham valor de mercado; na impossibilidade dessa alternativa também, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por utilização do ajuste a valor presente dos valores estimados futuros de fluxos de caixa vinculados a esse ativo ou passivo; finalmente, na impossibilidade dessas alternativas, para utilização de fórmulas econométricas reconhecidas pelo mercado.
Vê-se pois, que, em algumas circunstâncias, o valor justo e o valor presente podem coincidir.
Exemplo: A empresa J4M2 realizauma venda a prazo no valor de R$ 100.000,00, que será recebida cinco anos após a realização da venda. Se a venda fosse efetuada à vista, teria um valor de R$ 60.000,00 (suponha que a taxa de juros corresponde à taxa de mercado no dia da transação).
I-	No momento da venda de mercadorias: 
Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo) 100.000
Crédito: Juros Ativo a Apropriar (Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo – Retificadora) 
 40.000
Crédito: Receita de Vendas (Receita)
Portanto, no momento inicial de mensuração do ajuste a valor presente, ele é igual ao valor justo (o valor de mercado das mercadorias vendidas é de R$ 60.000,00).
II-	Contudo, após o primeiro ano, o reconhecimento da receita financeira respeitará a taxa de juros da transação, mesmo que a taxa de juros de mercado seja diferente: 
Portanto, após o primeiro ano, não necessariamente o valor presente e o valor justo serão iguais (muito provavelmente não serão).
Supondo que os juros sejam reconhecidos de forma linear
Juros Anuais = 40.000/5 = 8.000
Crédito: Receita Financeira (Receita) 8.000
Débito: Juros Ativo a Apropriar 
 (Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo – Retificadora) 8.000
Saldo de “Juros Ativos a Apropriar” = 40.000 – 8.000 = 32.000
Se considerar o valor presente ao final do primeiro ano:
Contas a Receber 100.000
(-) Juros Ativos a Apropriar (32.000)
Valor Presente das Contas a Receber 68.000
Portanto, embora no momento inicial o valor presente e o valor justo de uma operação sejam normalmente iguais, com o passar do tempo esses valores não guardam, necessariamente, nenhum tipo de relação.
	
Valor Presente 
	Relação com a taxa de juros explícita no contrato ou com a taxa de juros implícita (de mercado) no momento da transação, que não varia ao longo do tempo. 
	Valor Justo
	Varia em decorrência das condições de mercado ao longo do tempo.
Tratamentos de Reparo e Conservação de Bens do Ativo, Gastos de Capital Versus Gastos do Período
Há dois tipos de gastos relacionados a bens do ativo não circulante imobilizado: gastos de capital e gastos do período (despesas).
Gastos de Capital: São os gastos que beneficiarão mais de um exercício social e, por consequência, devem ser somados ao valor do bem do ativo não circulante imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo.
Exemplos: Custo de aquisição do bem, custo de instalação do bem, custo de montagem do bem etc.
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu um equipamento para utilizar na sua atividade-fim por R$ 100.000,00 à vista. Além disso, houve um custo de instalação no valor de R$ 2.000,00. Efetue o lançamento contábil referente à operação.
Custo de Aquisição 100.000
(+) Instalação 2.000
Custo do Bem 102.000 
Lançamento:
Débito: Equipamento (Ativo Não Circulante Imobilizado) 102.000
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 102.000
Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em intervalos regulares. Nesse caso, a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem atendidos.
Exemplo: Um forno pode requerer novo revestimento após um número específico de horas de uso; ou o interior dos aviões, como bancos e equipamentos internos, pode exigir substituição diversas vezes durante a vida da estrutura.
Além disso, também são considerados gastos de capital os gastos extraordinários, de valor relevante, que ocorram após o processo de construção e que tenham como objetivo manter a vida útil do bem ou evitar que a vida útil seja reduzida.
Exemplo: Reforços de estruturas não previstos nos orçamentos originais.
Há que se ressaltar que a adição dos gastos de capital é limitada ao valor recuperável do bem ativo não circulante imobilizado. Portanto, caso o valor recuperável seja menor do que o valor do custo original do bem somado aos gastos de capital, o custo total do bem estará limitado ao valor recuperável, sendo a diferença considerada como perda por valor não recuperável.
Gastos do Período: São despesas do período, pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o bem do ativo não circulante imobilizado em condições de operar. Portanto, como são despesas do período, não aumentam o valor do bem do ativo não circulante imobilizado.
Exemplo: Despesas de manutenção e despesas de reparo.
Portanto, os gastos com manutenção de reparo são aqueles incorridos para manter ou recolocar o bem do ativo não circulante imobilizado em condições normais de utilização, sem entretanto, aumentar sua capacidade de produção ou a sua vida útil. Logo, devem ser registrados na contabilidade quando efetivamente incorridos, pelo Princípio da Competência, como despesas do período. 
Grandes manutenções ou paradas programadas: Alguns ativos necessitam, além de manutenção de rotina, de gastos substanciais a cada período de alguns anos, para reparo ou reformas principais e a substituição de componentes principais.
Exemplo de setores industriais com grandes manutenções: Naval, aviação, siderúrgica, agroindústria e petroquímico.
A entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item: Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão de obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas pecas. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.
Exemplo: A empresa J4M2 possui um equipamento , cujo custo anual de manutenção e reparo foi estimado em R$ 12.000,00, o que daria uma média de R$ 1.000,00 por mês (R$ 12.000,00/12 meses). Nos meses de janeiro e fevereiro do referido ano, os gastos de manutenção e reparo foram R$ 500,00 e R$ 1.000,00, respectivamente. Como ficariam os lançamentos contábeis nessa situação?
Como o valor estimado dos gastos com manutenção e reparo foi informado, farei uma provisão mensal pela média (R$ 1.000,00 por mês).
 
I-	Lançamento de Janeiro: 
Primeiramente há o lançamento da provisão mensal:
Débito: Despesas com Manutenção e Reparos (Despesa) 1.000
Crédito: Provisão para Manutenção e Reparos (Passivo Circulante) 1.000 
 
Lançamento do gasto efetivo (R$ 500,00) ocorrido em janeiro:
Débito: Provisão para Manutenção e Reparos (Passivo Circulante) 500 
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 500
II-	Lançamento de Fevereiro: 
Primeiramente há o lançamento da provisão mensal:
Débito: Despesas com Manutenção e Reparos (Despesa) 1.000
Crédito: Provisão para Manutenção e Reparos (Passivo Circulante) 1.000Lançamento do gasto efetivo (R$ 1.000,00) ocorrido em fevereiro:
Débito: Provisão para Manutenção e Reparos (Passivo Circulante) 1.000 
Crédito: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 1.000
19

Outros materiais