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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Fichamento de Estudo de Caso de Harvard Ademar da Silva Corrêa Júnior Trabalho da disciplina Engenharia Social e Conscientização em Segurança da Informação Tutor: Prof. Marcelo Vasques de Oliveira Resende-RJ 2020 http://portal.estacio.br/ 2 ESTUDO DE CASO: CONFLITO NO ANDAR DE DERIVATIVOS (A) Referências: Joseph L Badaracco Jr e Jerry Ussem. Estudo de Caso Harvard Business School, 09 de março de 2006. Histórico Minha experiência profissional vai de março de 1986 a maio de 1988 como assistente, depois tornei-me vendedor na mesa de derivativos negociados em moeda estrangeira, mercados futuros, opções e itens cujo valor é baseado em outros valores mobiliários, vindo a me especializar em swaps de taxa de juros de moedas cruzadas. Como assistente, trabalhei com 3 vice-presidentes e conheci Linda, uma vendedora de muita garra, que muito contribuiu para o meu desenvolvimento profissional. Em setembro de 1986 passei a trabalhar com Linda em uma nova transação para uma de suas maiores contas, a Poseidon Cruize Lines, numa transação de financiamento da construção de um novo navio de cruzeiro, a ser feita por um estaleiro francês, navio este dos maiores e mais luxuosos da frota, com conclusão prevista para 5 anos, ao custo aproximado de U$$700 milhões. Um desafio e tanto! A transação Durante cerca de 3 meses foi feito o planejamento para se chegar ao menor custo possível em dólares, sendo que: (i) pagamento inicial de 10% ao estaleiro na assinatura do contrato; (ii) o FirstAmerica tentaria obter o melhor preço à vista para a compra (aproximadamente US$70 milhões em francos; (iii) durante os primeiros 3 anos da transação, a Poseidon deveria fazer uma série de pagamentos mensais iguais de juros para o estabeleiro sobre o valor pendente da compra; (iv) pagamentos que deveriam ser feitos ao fim de 3, 4 e 5 anos, à Poseidon para comprar os francos do FirstAmerica em 3 contratos “a termo”. 3 Várias análises foram feitas contra riscos e finalmente o CFO (“Chief Financial Officer”) concordou com o plano de Linda. As questões Durante o processo com Linda, tomei ciência de vários aspectos que me levaram a questionar a forma como ela conduzia os negócios: (i) exagerar a necessidade de segredo na transação; (ii) preço cotado por Linda, que eram em média 80 pontos básicos mais altas que as taxas de que os negociadores precisavam. O dilema Mantínhamos contatos constantes com o CFO (“Chief Financial Officer”), sendo que ao encaminhar as análises ilustrando os benefícios da transação, eles informaram que só dariam continuidade ao negócio se pudessem ver por si mesmos que as taxas de 3 a 5 anos de empréstimos francesas para uma corporação com a taxa de crédito da Poseidon realmente flutuavam de 12,50% e 13,50%, o que deixou Linda visivelmente abalada, pedindo que eu fizesse o que ela havia solicitado e que parasse de fazer perguntas. Embora Linda fosse minha superior direta no banco, suas instruções tivessem sido claras, além de acreditar na importância de se respeitar instruções de pessoas em posição de autoridade, sentia que tinha um dever a cumprir, além do que, sou judeu praticamente e acredito no ser humano decente e na honestidade básica nas interações humanas. Por todo exposto e embora Linda não estivesse me pedindo explicitamente para mentir, a informação que eu deveria dar era suficientemente enganosa para me constranger. Eu poderia ter levado a questão na escala administrativa mais alta, poderia ter ido ao vice-presidente sênior, que gerenciava toda a equipe de 550 membros do andar de derivativos do FirstAmerica e eu havia estado com ele apenas uma única vez e, um vendedor júnior abordar uma pessoa desse porte com a intenção de “delatar” a chefe, certamente seria muito intimidador. Tinha em minha cabeça um verdadeiro dilema...
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