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Resumo Literatura Portuguesa

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A literatura portuguesa abrange oito séculos de produção. Os primeiros registros datam 
do século XII, quando ocorre a expulsão dos árabes da Península Ibérica e com a formação 
do Estado Português. 
Primeiramente, os relatos foram escritos em "Galego-Português". Isso ocorreu em 
virtude da integração cultural e linguística existente entre Portugal e Galícia. 
Essa região pertencente à Espanha e ainda hoje os laços com o povo português, são 
ligados por meio da cultura e economia. 
A literatura portuguesa acompanha as grandes transformações históricas. São essas as 
influências que ditam as divisões e subdivisões da produção literária em: Era Medieval, 
Era Clássica, Era Romântica ou Moderna. 
Já as eras são subdivididas em escolas literárias ou estilos de época. 
 
A Era Medieval 
A Era Medieval da literatura portuguesa é dividida entre Primeira Época (trovadorismo) 
e Segunda Época (humanismo). 
Ela tem início no início do século XII com a publicação de texto a Canção Ribeirinha, 
também conhecida como Canção de Guarvaia, de Paio Soares de Taiverós. Essa obra é 
considerada a mais antiga da literatura portuguesa. 
 
A Cantiga Ribeirinha pertence ao estilo lírico e é uma cantiga de amor. 
As cantigas de amor possuem um Eu- lírico masculino e falam sobre o amor cortes ou 
amor impossível. O interlocutor era uma dama. 
Vale lembrar que naquela época as únicas pessoas que tinham acesso a escrita eram os 
nobres e senhores feudais. 
Aconteciam Palácios e Castelos. 
O trovadorismo é dividido em dois tipos Lírico e Satirico 
No gênero Lirico temos as cantigas de amor e as cantigas de amigo. Já as satíricas temos, 
as cantigas de escárnio e de maldizer. 
Cantigas de amigo 
“ai .flores” 
 
O Trovadorismo ocorre entre 1189, data da publicação da Canção Ribeirinha, até 1434, 
quando Fernão Lopes é nomeado cronista-mor da Torre do Tombo. Ao decorrer do 
Trovadorismo, ocorrem manifestações na poesia, na prosa e no teatro. 
 
A poesia trovadoresca é subdividida entre: 
Poesia Lírica: Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo; 
Poesia Satírica: Cantigas de Escárnio e Cantigas de Maldizer. 
 
Humanismo - Segunda Época 
 
O Humanismo estende-se de 1434 até 1527, e é considerado um período de transição da 
cultura medieval para a cultura clássica. Ele começa com a nomeação de Fernão 
Lopes para cronista-mor da Torre do Tombo, em 1418. 
Nesse período, a poesia é classificada como Poesia Palaciana. O autor Fernão Lopes é a 
principal representante da prosa humanista e, no teatro, Gil Vicente. 
https://www.todamateria.com.br/humanismo/
https://www.todamateria.com.br/fernao-lopes/
https://www.todamateria.com.br/fernao-lopes/
https://www.todamateria.com.br/poesia-palaciana/
https://www.todamateria.com.br/gil-vicente/
A poesia palaciana foi desenvolvida a partir do século XV dentro do movimento literário 
denominado Humanismo. 
Recebeu esse nome pois ela era produzida nos palácios e estava destinada aos nobres. 
Ou seja, tinham o intuito de entreter os membros da Corte. 
Os principais temas explorados pela poesia palaciana eram: costumes da corte, temas 
religiosos, satíricos, líricos e heroicos. 
A poesia palaciana foi reunida pelo poeta português Garcia Resende (1482-1536) no 
“Cancioneiro Geral” (1516). O cancioneiro reunia cerca de 900 produções poéticas da 
época. 
 
Não se esqueça!! 
 
Em Portugal, o humanismo literário tem como marco inicial a nomeação de Fernão 
Lopes para cronista-mor da Torre do Tombo, em 1418. Esse movimento terminou em 
1527, com a chegada do poeta Sá de Miranda da Itália, dando início ao classicismo. 
O humanismo está inserido no contexto do Renascimento, movimento artístico, filosófico 
e cultural que teve início no século XV na Itália. 
 
As principais características do humanismo são: o antropocentrismo (homem no centro 
do mundo), a valorização do ser-humano, a racionalidade e o cientificismo. 
Os trabalhos produzidos nesse período envolvem o teatro, a prosa e a poesia. Na prosa 
destaca-se a prosa historiográfica e os escritos de Fernão Lopes. 
 
No teatro popular temos as obras de Gil Vicente. Já na poesia, elas eram recitadas nos 
palácios, e por isso são chamadas de "poesia palaciana". Nessa categoria, merece 
destaque o escritor Garcia de Resende. 
 
 
Principais Caraterísticas da Poesia Palaciana 
Ausência de instrumentos musicais 
Separação entre poesia e música 
Presença de redondilhas ( versos de 5 ou 7 sílabas poéticas) 
Uso de figuras de linguagem 
Presença de idealismo e sensualidade 
Métrica, ritmo e expressividade 
 
As crónicas como epopeias 
As crónicas de Fernão Lopes, se por um lado constituem um progresso em relação 
à narrativa medieval, por outro fazem pensar num género literário que é muito anterior 
a este tipo de narrativa. A mesma combinação de feitos individuais e de movimentos de 
massas, a mesma unidade de acção onde convergem vários acontecimentos para o 
desfecho, a mesma ordenação de grandes séries de episódios, encontramo-las nas 
epopeias, nomeadamente nos poemas homéricos e na Chanson de Roland. 
 
As crónicas como epopeias 
As crónicas de Fernão Lopes, constituem um progresso em relação à narrativa medieval, 
por outro fazem pensar num género literário que é muito anterior a este tipo de 
https://www.todamateria.com.br/fernao-lopes/
https://www.todamateria.com.br/fernao-lopes/
https://www.todamateria.com.br/antropocentrismo/
http://mundodelivros.com/iliada/
narrativa. A mesma combinação de feitos individuais e de movimentos de massas, a 
mesma unidade de ação onde convergem vários acontecimentos para o desfecho, a 
mesma ordenação de grandes séries de episódios, encontramo-las nas epopeias, 
nomeadamente nos poemas homéricos e na Chanson de Roland. 
 
O Fernão Lopes era um homem que dava voz aos Plebeus através de suas crônicas 
O humanismo é o período em que o pensamento começa a contestar os valores 
religiosos. 
Os principais escritores reunidos no cancioneiro foram: 
Garcia de Resende 
João Ruiz de Castelo Branco 
Nuno Pereira 
Fernão da Silveira 
Conde Vimioso 
Aires Teles 
Diogo Brandão 
Gil Vicente 
 
Teatro 
 
O Teatro de Gil Vicente é marcado pela transição no contexto-histórico cultural do Teatro 
da Idade Média entre o Humanismo e o Renascentismo. 
O humanismo foi um movimento literário de transição entre o trovadorismo e o 
classicismo. Ele marcou o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. 
A obra de Gil Vicente carrega fortes traços religiosos, com trações não religiosos; 
Lembre-se que o humanismo determina uma fase de transição entre o trovadorismo e o 
classicismo. Ou seja, é o momento que marca o fim da Idade Média e o início da Idade 
Moderna. 
As principais características do humanismo é a valorização do ser humano, com o advento 
do pensamento antropocêntrico (homem no centro do mundo) no período renascentista. 
 
Seu primeiro trabalho foi o "Auto da Visitação", também chamado de "Monólogo do 
Vaqueiro". 
Foi apresentado na presença do rei Dom Manuel e da rainha Dona Maria em 1502 na 
celebração do nascimento do príncipe que viria a ser o futuro D. João III. Além de ter 
escrito a peça baseada na adoração dos magos, também participou como ator. 
Nos anos seguintes, organizou diversos eventos, festejos e celebrações da realeza 
sempre aproveitando para apresentar seus textos. 
Suas peças, de caráter popular, possuem um forte teor satírico. 
Nas obras mais emblemáticas, ele critica os costumes da sociedade portuguesa, tecendo 
um fiel retrato de sua época. Além do caráter satírico, o conteúdo das obras apresentava 
um teor moralizante, repleto de humor. 
 
Gil Vicente se destacou no teatro com a produção de diversas peças, sobretudo os autos 
e as farsas. 
É por isso, considerado o “Pai do Teatro Português” e de sua obra, merecem destaque: 
Auto da Visitação, O Velho da Horta, Auto da Barca do Inferno e a Farsa de Inês Pereira. 
http://mundodelivros.com/iliada/
https://www.todamateria.com.br/auto-da-barca-do-inferno/
Características do Teatro Vicentino 
Retrato da sociedade portuguesa 
Teatro de costumes 
Crítica socialObra de caráter universal 
Influência do antropocentrismo 
Contexto do renascimento 
Presença de temas de cultura popular 
Personagens caricaturadas e alegóricas 
Perfil psicológico das personagens 
Presença de humor e comicidade 
Elementos alegóricos e místicos 
Caráter moralizante e satírico 
Temas pastoris, cotidianos, profanos e religiosos 
 
 
A era clássica da literatura portuguesa ocorreu entre os séculos XVI, XVII e XVIII. Assim 
como na Era Medieval, contou com manifestações na poesia, prosa e teatro. Essa fase é 
dividida em três períodos: Classicismo; Barroco e Arcadismo 
 
Classicismo (1527-1580) 
 
O Classicismo tem como marco inicial a chegada de Sá de Miranda da Itália. Berço do 
Renascimento, o poeta português trouxe um novo estilo conhecido como “dolce stil 
nuevo” (Doce estilo novo). 
Classicismo é o nome dado aos estilos literários que vigoravam no século XVI, na época 
do Renascimento. Por isso, a produção desse período também é chamada 
de Literatura Renascentista. 
 
No tempo de Camões cruzavam-se duas correntes literárias, por um lado a que era 
tradicional na Espanha (romances de cavalaria, lírica em redondilha, cantigas com mote 
e volta romandes, teatro vicentino, etc. ). Por outro lado, um estilo importado da Itália 
que se camava dolce still nuvo, que tinha como características as eloquências ciceronas 
na prosa pelo uso de decassílabos em suas composições, pelo teatro em prosa ao modo 
de Plauto, Terencio e Séneca, ela introdução de gênero greco-latinos ou italianos, como 
epopeia, a elegia, canção e soneto. 
 
A elegia era um estilo de Poesia triste, melancólica e complacente. 
Sonetos eram poetas compostos de catorze versos. 
 
Contexto Histórico 
Na idade Média, período que durou dez séculos (V ao XV), o principal atributo da 
sociedade era a religião. 
Esse momento esteve marcado pelo teocentrismo, cujo lema eram os dogmas e 
preceitos da Igreja Católica, que cada vez mais adquiria fiéis. 
Assim, pessoas que estivessem contra ou questionassem esses dogmas, eram 
excomungados, além de sofrer alijamento da sociedade, ou em último caso, a morte. 
https://www.todamateria.com.br/classicismo/
https://www.todamateria.com.br/teocentrismo/
O humanismo, que surgiu a partir do século XV na Europa, começou a questionar diversas 
questões uma vez que o cientificismo despontava. 
Esse momento esteve marcado por grandes transformações e descobertas históricas: 
as Grandes Navegações; 
a Reforma Protestante (que levou a uma crise religiosa) encabeçada por Martinho Lutero; 
a invenção da Imprensa pelo alemão Gutenberg; 
o fim do sistema feudal (início do capitalismo); 
o cientificismo de Copérnico e Galileu. 
Foi nesse contexto que as pessoas buscavam novas expressões artísticas pautadas no 
equilíbrio clássico. 
Assim, surgiu o renascimento cultural, período de grandes transformações artísticas, 
culturais, políticas e que espalhou-se por todo o continente europeu. 
Esse novo modelo estava baseado na forma fixa do soneto (2 quartetos e 2 tercetos), nos 
versos decassílabos e na oitava rima. 
Além de Sá de Miranda merecem destaque os escritores portugueses classicistas: 
Bernardim Ribeiro (1482-1552), com sua novela “Menina e Moça” (1554); 
António Ferreira (1528-1569), com sua tragédia “A Castro” (1587). 
No entanto, foi a partir de Luís de Camões, um dos maiores poetas portugueses e da 
literatura mundial, que a literatura portuguesa ganha notoriedade. 
Sem dúvida, Luís de Camões, foi o principal representante do momento com sua poesia 
épica Os Lusíadas. 
"Os Lusíadas” (1572), é uma epopeia classicista onde ele narra a viagem de Vasco da 
Gama às Índias. Ela foi escrita em 10 cantos e está composta de 8816 versos decassílabos 
em oitava rima distribuídos em 1120 estrofes. 
O Classicismo em Portugal permaneceu até 1580. Esse é o ano da morte de Camões e 
também da União das Coroas Ibéricas, aliança estabelecida até 1640 entre Espanha e 
Portugal. 
Obs: No Brasil, esse período literário ficou conhecido como Quinhentismo. 
 
Sobre Camões 
Camões escreveu poesias, epopeias e obras de dramaturgia. Foi assim que se tornou um 
poeta múltiplo, sofisticado e ao mesmo tempo, popular. 
Decerto que ele possuía grande habilidade poética, na qual soube explorar com muita 
criatividade as mais diferentes formas de composição. 
Foi um dos maiores poetas do Renascimento, mas às vezes se inspirou em canções ou 
trovas populares escrevendo poesias que lembram várias canções medievais. 
Seus versos revelam que estudou os clássicos da Antiguidade e os humanistas italianos. 
Suas obras de maior destaque são: 
El-Rei Seleuco (1545), peça de teatro; 
Filodemo (1556), comédia de moralidade; 
Os Lusíadas (1572), grande poema épico; 
Anfitriões (1587), comédia escrita em forma de auto; 
Rimas (1595), coletânea de sua obra lírica; 
Os Lusíadas: a grande obra de Luís de Camões 
 
Lembre-se!!! 
https://www.todamateria.com.br/renascimento-cultural/
https://www.todamateria.com.br/soneto/
https://www.todamateria.com.br/luis-de-camoes/
https://www.todamateria.com.br/luis-de-camoes/
https://www.todamateria.com.br/quinhentismo/
A poesia épica “Os Lusíadas”, publicada em 1572, celebra os feitos marítimos e guerreiros 
de Portugal. Destacam-se as conquistas ultramarinas, as viagens por mares 
desconhecidos, a descoberta de novas terras, o encontro com povos e costumes 
diferentes. 
Tomando como assunto central a viagem de Vasco da Gama às Índias, Camões fez do 
navegador uma espécie de símbolo da coletividade lusitana. Ele exaltou a glória das novas 
conquistas e as proezas dos navegadores portugueses 
Isso permitiu comparar os feitos dos portugueses com as façanhas dos lendários heróis 
dos poemas de Homero (Odisseia e Ilíada) e de Virgílio (Eneida). 
Camões usou os modelos clássicos para cantar os acontecimentos do seu tempo, que ao 
contrário dos antigos, eram reais e não fictícios. Camões faz algumas entidades 
mitológicas participarem da ação. 
Assim, coube a Vênus o papel de protetora dos portugueses. Ela os defende do deus Baco 
que quer destruir a frota de Vasco da Gama. 
No final do poema, os navegantes são levados à ilha dos Amores, onde são 
recompensados de seus esforços por sedutoras ninfas. 
Vale lembrar que o lirismo aparece em vários trechos da dessa epopeia. 
Curiosidade 
Camões sofreu um naufrágio na costa do Vietnã e diz a lenda que ele nadou salvando o 
manuscrito de Os Lusíadas na mão e o Parnaso (coleção de líricas). Ele conseguiu publicar 
somente os Lusiadas, pois o Parnaso foi roubado. Camões morreu na profunda miséria. 
Curiosidade 2: Parnaso era uma Montanha Grega dedicada a Apolo e as Musas. 
 
 
 
 
Poesias de Camões 
A maior parte da poesia lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas (estrofes 
com versos de cinco ou sete sílabas). 
 
Ver página 140 apostilas. 
https://www.todamateria.com.br/odisseia/
https://www.todamateria.com.br/iliada/
https://www.todamateria.com.br/eneida/
 Barroco (1580-1756) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=zGVONzNXGSo 
 
Gregório de Matos 
 
https://www.youtube.com/watch?v=5Bmdp9FoWsM 
 
Padre Antônio Vieira 
https://www.youtube.com/watch?v=Ngkz0QP30zA 
 
 
 
O marco inicial do Barroco em Portugal é a morte do escritor Luís de Camões em 1580. 
Esse período durou até 1756 com a chegada de um novo estilo: o Arcadismo. 
Sem dúvida Padre Antônio Vieira foi o maior representante do período do qual se 
destacam seus Sermões. Essas obras foram escritas em estilo conceptista, onde o 
trabalho com os conceitos era o mais importante. 
Lembre-se que o Barroco (ou Seiscentismo) é uma escola literária posterior ao 
Classicismo e anterior ao Arcadismo (Setecentismo). 
 
Esse estilo floresceu nas artes (arquitetura, pintura, literatura e a música) europeias a 
partir do século XVII. 
Além da literatura, pintura e escultura, a arquitetura teve grande destaque em Portugal. 
Merece atenção a arquitetura jesuítica, conhecida como arquitetura chã (estilo chão). 
De influência clássica, o 'estilo chão' buscou demostrar a simplicidade, a funcionalidade 
ea proporcionalidade das formas. 
 
Contexto Histórico: página 37 apostila. 
 
O Barroco em Portugal inicia-se durante o período de colonização do Brasil e de diversos 
conflitos com os holandeses. Eles tentavam conquistar parte do território que estava sob 
domínio português. 
Além disso, o surgimento da União Ibérica, diversos conflitos com a Espanha e a Guerra 
de Restauração, enfraqueciam ainda mais o país. Esses fatores foram essenciais para o 
surgimento de uma grande crise econômica, política e social no país. 
Assim, Portugal estava sob o domínio espanhol e lutava pela independência, que somente 
conquista em 1640. 
No geral, a Europa enfrentava momentos de crise entre o humanismo renascentista e o 
medievalismo religioso. 
 
Podemos dizer que o barroco foi um momento de transição, onde diversas descobertas 
científicas incitaram muitas dúvidas, sobretudo no campo religioso. 
 
Nesse período ocorre o declínio do feudalismo, ascensão do capitalismo mercantilismo, 
das navegações e o comércio e a vida ubana. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=zGVONzNXGSo
https://www.youtube.com/watch?v=5Bmdp9FoWsM
https://www.youtube.com/watch?v=Ngkz0QP30zA
Com a Reforma Protestante de Martinho Lutero, a Igreja Católica começa a se 
enfraquecer em certas regiões da Europa e a perder muitos fiéis. 
 
Diante disso, surge um período de perseguição religiosa, ao mesmo tempo que o 
humanismo renascentista inaugura uma nova era: a idade Moderna. 
 
Vale destacar que o Renascimento, que teve início na Itália, influenciou e abrangeu 
aspectos importantes da cultura e das artes. 
 
As principais características do barroco português são: 
Exagero e minúcia nos detalhes; 
Temática religiosa e profana; 
Dualidade e complexidade; 
Uso de figuras de linguagem; 
Contrastes e conflitos; 
Teocentrismo versus antropocentrismo; 
Cultismo e conceptismo. 
 
 
Cultismo e Conceptismo 
 
Dois conceitos muito importantes na escola literária do barroco são o cultismo (ou 
Gongorismo) e o conceptismo (ou Quevedismo). 
Enquanto o cultismo é determinado pelo jogo de palavras, o conceptismo refere-se ao 
jogo de ideias e conceitos. 
 
O cultismo tem influência do poeta espanhol Gôngora, é marcado pela linguagem 
rebuscada, ornamental e culta, valorizando a forma textual. 
Esse estilo utiliza a descrição, termos cultos (preciosismo vocabular), linguagem 
rebuscada e ornamental para expressar as ideias. 
Além do uso desses termos, o cultismo valoriza os detalhes e a forma textual. É comum 
o uso de diversas figuras de linguagem (hipérbole, sinestesia, antítese, paradoxo, 
metáfora, etc.). 
 
Gregório de Matos foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Além de 
poeta, Gregório foi advogado durante o período colonial. 
É conhecido como o “Boca do Inferno”, sendo famoso por seus sonetos satíricos, donde 
ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época. 
Dono de uma personalidade rebelde, Gregório criticou diversos aspectos da sociedade, 
do governo e da Igreja Católica. Por esse motivo, foi perseguido pela Inquisição e 
condenado ao degredo em Angola no ano de 1694. 
 
A obra de Gregório de Matos reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, 
eróticos e religiosos. 
Inseridas no movimento do barroco, reúnem pitorescos jogos de palavras, variedade de 
rimas, além de uma linguagem popular e termos da língua tupi e outras línguas africanas. 
 
https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-do-barroco/
https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/
No entanto, Gregório não publicou seus poemas em vida, tendo muita controvérsia sobre 
a autoria de alguns escritos. 
Inicialmente, alguns de seus poemas foram publicados pelo historiador Francisco Adolfo 
de Varnhagen, visconde de Porto-Seguro, no livro "Florilégio da Poesia Brasileira" (1850) 
editado em Lisboa. 
Já o conceptismo é baseado na poesia do espanhol Quevedo, caracteriza o racionalismo 
e o pensamento lógico. Esse estilo tem como principal objetivo convencer o leitor. 
O conceptismo significa “jogo de ideias”. Também é chamado de Quevedismo, pois foi 
inspirado na poesia do poeta espanhol Francisco de Quevedo (1580-1645). 
 
Nessa vertente literária, a retórica aprimorada bem como a imposição de conceitos é 
notória, a qual se produz através da apresentação de diversas ideias. 
Sendo assim, o conceptismo é definido pelo uso de argumentos racionais, ou seja, do 
pensamento lógico, valorizando sempre o conteúdo textual. 
O objetivo principal dos escritores conceptistas era o de convencer o leitor além de 
instruí-lo por meio de diversos argumentos. Como fez o Pedra Antônio Vieira em seus 
Sermões. 
Além do raciocínio lógico, duas importantes características desse estilo eram: 
Silogismo: baseado na dedução, o silogismo apresenta duas premissas que geram uma 
terceira proposição lógica. 
Sofisma: baseado no argumento lógico, o sofisma gera uma ilusão de verdade. Isso 
porque está associado a algo enganoso que parece real, uma vez que utiliza argumentos 
verdadeiros. 
 
Autores e Obras 
Os principais autores do barroco português foram: 
Padre Antônio Vieira (1608-1697): Sermão de Santo António aos Peixes (1654), Sermão 
da Sexagésima (1655), Sermão do Bom Ladrão (1655). 
Padre Manuel Bernardes (1644-1710): Pão Partido em Pequeninos (1694), Luz e Calor 
(1696), Nova Floresta (1706). 
Francisco Manuel de Melo (1608-1666): Carta de Guia de Casados (1651), Obras Métricas 
(1665), Apólogos Dialogais (1721). 
Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622): O Pastor Peregrino (1608), Condestabre (1609), A 
Corte na Aldeia (1619). 
Soror Mariana Alcoforado (1640-1723): Cartas Portuguesas (1669) 
Antônio José da Silva (1705-1739): Vida do grande D. Quixote de la Mancha e do gordo 
Sancho Pança (1733), Labirinto de Creta (1736), Guerras do Alecrim e da Manjerona 
(1737) 
 
“Rococó” é um substantivo masculino de origem francesa (rocaille, que 
significa “concha”) e faz alusão a um estilo artístico tipicamente decorativo. 
Ele prosperou na Europa (especialmente no sul da Alemanha e na Áustria) do 
início ao fim do século XVIII, marcando a passagem do Barroco para o 
Arcadismo. 
Caracterizado pelo uso de conchas, laços e flores em seus adornos, o estilo 
rococó predominou na esfera da arquitetura, escultura e pintura. Elas deveriam 
https://www.todamateria.com.br/silogismo/
se complementar harmonicamente, muitas vezes pela união de artistas 
especializados em afazeres distintos. 
O Rococó pode ser considerado como uma reação da aristocracia e burguesia 
francesa contra a suntuosidade do barroco tradicional. 
“Rococó” é um substantivo masculino de origem francesa (rocaille, que 
significa “concha”) e faz alusão a um estilo artístico tipicamente decorativo. 
Ele prosperou na Europa (especialmente no sul da Alemanha e na Áustria) do 
início ao fim do século XVIII, marcando a passagem do Barroco para o 
Arcadismo. 
Caracterizado pelo uso de conchas, laços e flores em seus adornos, o estilo 
rococó predominou na esfera da arquitetura, escultura e pintura. Elas deveriam 
se complementar harmonicamente, muitas vezes pela união de artistas 
especializados em afazeres distintos. 
O Rococó pode ser considerado como uma reação da aristocracia e burguesia 
francesa contra a suntuosidade do barroco tradicional. 
 
Setecentismo ou Arcadismo (1756-1825) 
 
Também chamado de Neoclassicismo, o Arcadismo em Portugal teve como marco inicial 
a fundação da Arcádia Lusitana em 1756 na capital, Lisboa. 
 
Posterior ao movimento artístico do Barroco, o arcadismo português foi 
inspirado na Arcádia Italiana, fundada em 1690. 
Vale lembrar que a Arcádia era uma academia literária que reunia escritores 
empenhados em apresentar um novo estilo, alijado do anterior: o barroco. 
De tal modo, o arcadismo esteve marcado por uma arte menos rebuscada e 
extravagante que representava o movimento anterior. 
O Arcadismo Português terminou em 1825, com a publicação do poema 
“Camões”, de Almeida Garrett, o qual inaugura uma nova fase: o Romantismo. 
O maior destaque na produção árcade portuguesaforam os poemas, sendo 
Bocage um dos maiores representantes. 
A Arcádia Lusitânia foi fundada pelos poetas Cruz e Silva, Manuel Nicolau 
Esteves Negrão e Teotónio Gomes de Carvalho extinguindo-se em 1776. Em 
seu lugar foi criada a Nova Arcádia, em 1790 em Lisboa. 
 
Romantismo 
O Romantismo é a escola literária que sucede o Arcadismo. Ele surge num 
momento histórico de insatisfação e transformação econômica, política e social, 
destacando-se a Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas e as 
Revoluções de 1830 e 1848. 
https://www.todamateria.com.br/arcadismo-em-portugal/
Assim, mais do que o estudo literário, as escolas literárias sugerem o estudo 
dos acontecimentos históricos da época em que surgem. 
A escola romântica não encerra somente o significado da palavra romântico no 
sentido restrito ao sentimento do amor e da paixão. 
Romântico deriva da palavra francesa romaunt, designação que era dada aos 
romances medievais de aventuras, de modo que inicialmente designava as 
expressões artísticas que contivessem aspectos da cavalaria e da Idade Média. 
Contexto Histórico 
O momento histórico vivido em cada país altera as características do 
Romantismo, que teve início na Alemanha, na Inglaterra e na França. 
Em Portugal, o Romantismo surge no século XIX. Temendo a invasão 
francesa, em decorrência do Bloqueio Continental, em 1808 a corte portuguesa 
havia se transferido para o Brasil dando início a um trabalho de reestruturação 
do país, o que começou a propiciar a independência dessa sua colônia, que 
ocorreu finalmente em 1822. 
O início do Romantismo em Portugal é marcado com a publicação, em 1836, 
de A Voz do Profeta, de Alexandre Herculano, sendo na sequência lançada a 
primeira revista romântica portuguesa, o Panorama, em 1837. 
Embora em 1825 tenha sido publicado Camões, obra de Almeida Garret, pode-
se datar a o início do Romantismo a partir de 1836. 
Principais Caraterísticas 
Além do byronismo, do culto ao fantástico, do egocentrismo, do mal-do-século, 
do medievalismo e da religiosidade, são características do Romantismo: 
Libertação Estilística 
O Romantismo é oposição ao Classicismo dada a liberdade da criação 
existente nesse novo estilo que dispensa as regras exaltadas pelos clássicos e, 
inclusive, faz uso de uma linguagem muito próxima à coloquial. 
Subjetivismo 
Valorização de opiniões e expressão de pensamento de acordo com as 
percepções individuais em detrimento da objetividade. 
Sentimentalismo 
Exaltação dos sentimentos, em detrimento do racionalismo. Há uma forte 
expressão de tristeza, melancolia e saudade. 
Idealização 
Visão ideal das coisas, que não são vistas de forma verdadeira, mas 
idealizadas, perfeitas. 
Nacionalismo ou Patriotismo 
Como uma forma de recuperar o orgulho português e os seus valores, a pátria 
é exaltada, destacando-se apenas suas qualidades. 
Culto ao Fantástico 
Forte tendência para a fantasia, para os sonhos, em detrimento à razão. 
Culto à Natureza 
Forte tendência para expressar sentimentos situando-os em ambientes 
naturais. 
Saudosismo 
Necessidade de refugiar-se no passado, com forte expressão de melancolia e 
saudade. 
 
Gerações Românticas 
O Romantismo é marcado por três gerações. Citamos seus principais autores e 
respetivas obras: 
Primeira Geração Romântica Portuguesa 
Almeida Garret escreveu teatros (O Alfageme de Santarém, D.Filipa de 
Vilhena, A Sobrinha do Marquês, Frei Luís de Sousa) novelas (O Arco de 
Sant’Ana e Viagens na Minha Terra) e poesias (Camões, Lírica de João 
Mínimo, Flores sem Fruto, Folhas Caídas). 
Alexandre Herculano escreveu poesias (O Soldado, A Vitória e a Piedade, 
Tristezas do Desterro, O Mosteiro Deserto, A volta do Proscrito), romances (O 
Bobo, Eurico, o Presbítero, O Monge de Cister), lendas e narrativas (A 
Abóbada, O Bispo Negro, Dama Pé de Cabra), historiografia (Apontamentos 
para a História dos Bens da Coroa e Forais, História de Portugal). 
 
Antônio Feliciano de Castilho escreveu Escavações Poéticas, Crônica Certa 
e Muito Verdadeira da Maria da Fonte, Tosquia de um Camelo, Ajuste de 
Contas. 
Oliveira Marreca, economista, escreveu um dos primeiros tratados de 
economia em Portugal, intitulado Noções Elementares de Economia Política, 
entre outros vários artigos sobre a mesma ciência. 
Segunda Geração Romântica Portuguesa 
Camilo Castelo Branco escreveu Inspirações, Um livro, Ao Anoitecer da Vida, 
Pundonores Desagravados, Delitos da Mocidade, Murraça, Esboços de 
Apreciações Literárias, Curso de Literatura Portuguesa, O Eco Nacional, O 
Nacional, Amor de Perdição, Queda de Um Anjo, A Bruxa do Monte Córdova, A 
Mulher fatal. 
Terceira Geração Romântica Portuguesa 
Júlio Diniz escreveu As Pupilas do Senhor Reitor, Uma Família Inglesa, A 
Morgadinha dos Canaviais, Os Fidalgos da Casa Mourisca, Serões na 
Província. 
 
https://www.todamateria.com.br/segunda-geracao-romantica/
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Confira na tabela abaixo as diferenças entre o Classicismo e o Romantismo: 
 
Sentimentalismo Romântico 
Entre as marcas principais do Romantismo estão o sentimentalismo, a 
supervalorização das emoções pessoais, o subjetivismo e egocentrismo. É 
dessa maneira que os poetas se colocavam como o centro do universo. 
Dentro de um universo particular, o poeta sente a derrota do ego, produz 
frustração e tédio. São características do movimento romântico: as fugas da 
realidade por meio do abuso de álcool e ópio, a idealização da mulher, da 
sociedade e do amor bem como a saudade da infância e a busca constante por 
casas de prostituição. 
 
 
Pré- Modernismo e Modernismo em Portugal 
 
Fernando Pessoa 
Contexto Histórico 
https://www.youtube.com/watch?v=HCrecOeJmx8&list=PL-
xwM0e5miEwkkOIWdj5CxKJHLvhVBVMa&index=38 
 
https://www.youtube.com/watch?v=33GDEBQvpN0&list=PL-
xwM0e5miEwkkOIWdj5CxKJHLvhVBVMa&index=42 
 
Fernando Pessoa é um dos mais importantes escritores portugueses do 
modernismo e poetas de língua portuguesa. 
Destacou-se na poesia, com a criação de seus heterônimos sendo considerado 
uma figura multifacetada. Trabalhou como crítico literário, crítico político, editor, 
jornalista, publicitário, empresário e astrólogo. 
Nessa última tarefa, vale destacar que Fernando Pessoa explorou o campo da 
astrologia, sendo um exímio astrólogo e apreciador do ocultismo. 
Obras e Características 
Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, ainda que tenha publicado 
somente 4 obras em vida. Escreveu poesia e prosa em português, inglês e 
francês, além de ter trabalhado com traduções e críticas. 
Sua poesia é repleta de lirismo e subjetividade, voltada para a metalinguagem. 
Os temas explorados pelo poeta são dos mais variados, embora tenha escrito 
muito sobre sua terra natal, Portugal. 
Obras publicadas em Vida 
 35 Sonnets (1918) 
 Antinous (1918) 
 English Poems, I, II e III (1921) 
 Mensagem (1934) 
Algumas Obras Póstumas 
 Poesias de Fernando Pessoa (1942) 
 A Nova Poesia Portuguesa (1944) 
 Poemas Dramáticos (1952) 
 Novas Poesias Inéditas (1973) 
https://www.youtube.com/watch?v=HCrecOeJmx8&list=PL-xwM0e5miEwkkOIWdj5CxKJHLvhVBVMa&index=38
https://www.youtube.com/watch?v=HCrecOeJmx8&list=PL-xwM0e5miEwkkOIWdj5CxKJHLvhVBVMa&index=38
https://www.youtube.com/watch?v=33GDEBQvpN0&list=PL-xwM0e5miEwkkOIWdj5CxKJHLvhVBVMa&index=42
https://www.youtube.com/watch?v=33GDEBQvpN0&list=PL-xwM0e5miEwkkOIWdj5CxKJHLvhVBVMa&index=42
 Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pessoa (1974) 
 Cartas de Amor de Fernando Pessoa (1978) 
 Sobre Portugal (1979) 
 Textos de Crítica e de Intervenção (1980) 
 Obra Poética de Fernando Pessoa (1986) 
 Primeiro Fausto (1986) 
 
 
 
Fernando Pessoa foi um poeta excêntrico, de forma que criou inúmeros 
personagens, os famosos Heterônimos. 
Diferentes dos pseudônimos, eles possuíam vida, data de nascimento, morte, 
personalidade, mapa astral e estilo literário próprio. 
Isso porque o poeta teria criado apenas a biografia de Alberto Caeiro, Ricardo 
Reis e Álvaro de Campos. 
 
Bernardode Campos é considerado um semi-heterônimo de Pessoa. Isso 
porque essa personalidade apresenta características muito semelhantes às de 
Fernando Pessoa, sendo muitas vezes confundido com o próprio escritor. 
 
Alberto Caeiro 
Alberto Caeiro (1889-1915) nasceu em Lisboa. É o mestre dos heterônimos, 
tendo como discípulos Ricardo Reis e Álvaro de Campos. 
Passou a sua vida no campo e ficou órfão de pai e mãe muito cedo, passando 
a viver com uma tia avó. Morreu de tuberculose. 
Apesar da data indicada para o seu falecimento, há registro de poemas de 
Alberto Caeiro do ano 1919. 
Características do seu estilo 
Caeiro valoriza a simplicidade e demonstra o seu gosto pela natureza. Para 
ele, mais importante do que pensar é sentir, delegando todo o conhecimento à 
experiência sensorial. 
A linguagem da sua poesia é simples, afinal, Caeiro não estudou além da 
escola primária. 
Ricardo Reis 
Ricardo Reis nasceu em 1887 no Porto, não sendo conhecida a data da sua 
morte. 
Estudou Medicina e, antes, em colégio de jesuítas. Foi viver no Brasil em 1919, 
após a instauração da república em Portugal (1910), porque era monarquista. 
Características do seu estilo 
Tal como Caeiro valoriza a simplicidade, Ricardo Reis gosta do que é simples, 
mas num sentido de oposição ao que é moderno. 
https://www.todamateria.com.br/heteronimos-de-fernando-pessoa/
Tradicional, para ele, a modernidade é uma mostra de decadência. Sua 
linguagem é clássica e seu vocabulário, erudito. 
Álvaro de Campos 
Álvaro de Campos nasceu em Tavira, Portugal, no ano 1890. A data do seu 
falecimento não é conhecida. 
Formado em Engenharia na Escócia, não exerceu a profissão. 
Características do seu estilo 
Álvaro de Campos valoriza a modernidade e é um pessimista, pois apesar do 
gosto pelo progresso, o tempo presente o angustia. 
Seu estilo pode ser definido em três fases: decadentista, progressista e 
pessimista. 
 
Curiosidade 
Estudos recentes feito pelo brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho, membro da 
Academia Pernambucana de Letras, apontam a existência de 127 
pseudônimos, heterônimos, semi-heterônimos, personagens fictícias e poetas 
mediúnicos. 
 
 
Ricardo Reis 
Recebeu uma educação clássica e se formou em medicina. Era considerado 
um defensor da monarquia. Dono de uma linguagem culta e estilo neoclássico, 
alguns temas presentes em sua obra são mitologia, morte e vida. 
Possuía grande interesse pela cultura latina e helenista. A obra “Odes de 
Ricardo Reis” foi publicada postumamente, em 1946. 
Álvaro de Campos 
Foi um engenheiro português que recebeu educação inglesa. Sua obra, repleta 
de pessimismo e intimismo, possui forte influência do simbolismo, 
decadentismo e futurismo. As “Poesias de Álvaro de Campos” foi publicada 
postumamente, em 1944. Por exemplo: Tabacaria. 
Alberto Caeiro 
Com uma linguagem simples, direta e temas que se aproximam da natureza, 
Alberto Caieiro cursou apenas a escola primária. Embora ele tenha sido um 
dos mais profícuos heterônimos de Fernando Pessoa. 
Foi um anti-intelectualista, anti-metafísico, rejeitando, dessa forma, temas 
filosóficos, místicos e subjetivos. Foi publicada, postumamente, as “Poesias de 
Alberto Caeiro” (1946). 
 
 
 
 
José Saramago 
Características Literárias 
Forma 
 
A crítica afiada e a descrição minuciosa estão entre as características da obra 
de Saramago. A pontuação não é convencional. Os pontos finais aparecem ao 
fim dos parágrafos, que podem ser longos. 
Os travessões foram excluídos e a interpretação da fala dos personagens é, 
muitas vezes, confundida com a autorreflexão. 
Mescla personagens reais com fictícios. Entre os exemplos estão Memorial do 
Convento (1982) e a Viagem do Elefante (2008). 
Conteúdo 
Saramago era comunista declarado e o pensamento é evidenciado em sua 
obra. Também fazia duras e ácidas críticas à igreja católica e seus dogmas. 
O Evangelho Segundo Jesus Cristo 
O romance, lançado em 1991, foi censurado pelo governo de Portugal que o 
considerou ofensivo aos católicos. 
Como resultado da manobra política, Saramago e a mulher transferiram a 
residência para o arquipélago de Canárias, permanecendo na ilha de 
Lanzarote. 
Entre as passagens de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" está o 
envolvimento sexual de Jesus com Maria Madalena. 
Caim 
O romance Caim, lançado em 2009, também foi considerado ofensivo à fé 
católica. Na obra, Caim questiona os critérios de Deus para suas escolhas. 
Deus é apontado como um ser vaidoso, vingativo e contraditório. 
Ensaio sobre a Cegueira 
A obra aponta o comportamento de uma sociedade diante de uma epidemia 
sem explicação ou cura em que a pessoa atingida perdia a visão. 
Diferente da escuridão, a cegueira era branca e apavorante. Aos poucos, o 
escritor vai revelando o caráter das personagens e suas instituições. 
O romance, lançado em 1995, foi reproduzido no cinema em 2008, e venceu o 
festival de Cannes daquele. 
O filme foi dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles e contou com a 
participação dos atores Julianne Moore e Mark Ruffalo. 
 
 
E ainda... 
TEXTO LITERÁRIO X TEXTO NÃO LITERÁRIO 
 
Os textos literários são aqueles escritos com intenção estética, quer para 
entretenimento, quer para contemplação. Portanto, são comuns a essa espécie 
os textos narrativos e poéticos, dotados de carga emotiva e expressos em 
linguagem mais conotativa. 
Texto não literário, por sua vez, correspondem à modalidade textual escrita 
de forma objetiva, cuja intenção é comunicar ou relatar um fato de maneira 
exata. Por isso, apresentam, predominantemente, linguagem denotativa ou 
referencial. São exemplos de textos não literários os manuais, as notícias de 
jornal, os artigos acadêmicos etc. 
Funções da linguagem 
FUNÇÃO REFERENCIAL, DENOTATIVA OU INFORMATIVA 
A função referencial é aquela empregada com o intuito de informar objetivamente 
acerca de um determinado assunto ou de um contexto específico. Para isso, emprega-
se, de modo predominante, a terceira pessoa do discurso. Além disso, os fatos são 
apresentados por meio de uma linguagem conotativa, com pouca interferência do 
locutor, ou seja, evitam-se expressões adjetivas ou conotativas. Dessa maneira, o foco 
recai integralmente no assunto, tal como se vê em notícias, reportagens ou textos 
acadêmicos. 
FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA 
 
A função emotiva, ao contrário da informativa, não tem a intenção de comunicar um 
fato objetiva. Sua finalidade é emitir uma opinião pessoal, um desejo ou um 
sentimento, de maneira que se fará predominante a linguagem conotativa, de caráter 
mais subjetivo, estruturada na primeira pessoa do discurso. São comuns nessa 
espécie as crônicas, os contos, as cartas e os poemas. 
FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA 
A função conativa ou apelativa coloca ênfase no emissor, uma vez que a 
finalidade é persuadir ou convencer o interlocutor. Para isso, a emprego de 
verbos no modo imperativo, de maneira a trazer comandos para a ação do 
outro. Trata-se de uma função muito comum em textos publicitários. 
FUNÇÃO FÁTICA OU DE CONTATO 
A função fática centra-se no canal de comunicação, de modo que corresponde 
se faz presente quando a intenção dos interlocutores é manter o ato 
comunicativo, ou seja, quando, num diálogo, o emissor procura sustentar sua 
interação com o emissor. É uma função muito comum em conversas coloquiais, 
cuja finalidade é apenas a comunicação desinteressada. São exemplos da 
função fática aquelas “conversas de elevador”, em que se pergunta 
despretensiosamente sobre o tempo. 
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA 
A função metalinguística corresponde ao uso de um código (linguagem) para 
se explicar o próprio código (linguagem). São exemplos de metalinguagem as 
músicas que falam de música, os poemas que tratam do ofício poético, os 
dicionários que explicam o significado das palavras e, entre outros, os filmes 
que falam do cinema. 
FUNÇÃO POÉTICA 
 
A função poética é mais comum nas obras literárias que utilizam linguagem 
conotativa, uma vez que a preocupaçãodo emissor recai mais na forma como 
a mensagem é passada. Ainda que o nome possa confundir, a função poética 
não é exclusiva de textos literários, sendo muito comum também na 
publicidade e na linguagem do cotidiano, em casos de uso frequente de 
metáforas. 
A função poética da linguagem, um dos seis elementos da comunicação 
prescritos pelo linguista russo Roman Jakobson, tem como principal 
característica a emissão de uma mensagem elaborada de maneira inovadora, 
encontrada predominantemente na linguagem literária, sobretudo na poesia. 
 
 
MAIS 
 
Écloga  é um poema ambientado na natureza. que apresenta, na maioria das vezes, a 
forma de um diálogo entre pastores ou o solilóquio de um só pastor, de tal modo que pode 
ser representado como uma pequena peça de teatro. O termo "écloga" deriva do grego 
eklogē, "seleção, poesia escolhida", através do latim écloga. 
Um exemplo: Poemas de Virgílio 
O humanista português Henrique Caiado (Lisboa, por volta de 1470 - Roma, 1509 ) 
escreveu nove éclogas, também em latim, muito celebradas no seu tempo e cuja 
qualidade poética e perfeição formal permanecem inegáveis nos nossos dias 
Elegia  é uma poesia triste, melancólica ou complacente, especialmente composta como 
música para funeral, ou um lamento de morte. 
O primeiro escritor de elegias foi Sá de Miranda, 
Ode  é um poema de estilo particularmente elevado e solene, elaboradamente 
estruturado, descrevendo intelectual e emocionalmente a natureza e o mundo. 
Na poesia portuguesa, tradicionalmente, desde o Renascimento, a composição da ode 
vernácula foi realizada utilizando combinações de decassílabos e hexassílabos, de modo a 
imitar as curtas estrofes dos poemas horacianos, que utilizam geralmente 4 versos. Desde 
então, foram muito populares a "lira" (estrofe cujo esquema de rimas é aBabB, em que as 
letras minúsculas representam versos de 6 sílabas e as maiúsculas versos de 10 sílabas), 
amplamente utilizada por Camões, e outras estrofes semelhantes.

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