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Estudo das Cavidades Orbitárias e Nasais

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TRABALHOS CABEÇA 
COMPILAÇÃO 
ANO LETIVO: 2018/2019 
TURMA 15 
Pág. | 2 
 
Índice 
Cavidades Orbitárias ............................................................................................................................... 6 
Noções gerais ...................................................................................................................................... 6 
Base ..................................................................................................................................................... 6 
Ápice/Vértice ...................................................................................................................................... 7 
Face Superior/Abóbada ...................................................................................................................... 7 
Face Inferior/Pavimento ..................................................................................................................... 7 
Face Lateral (Externa) ......................................................................................................................... 8 
Face Medial ......................................................................................................................................... 8 
Foramenes e Comunicação com Outras Cavidades ............................................................................ 9 
Comunicação com o exterior .......................................................................................................... 9 
Comunicação com a Cavidade Craniana ......................................................................................... 9 
Comunicação com as Cavidades Nasais ........................................................................................ 10 
Conteúdo das cavidades orbitárias: .................................................................................................. 11 
Bulbo ocular .................................................................................................................................. 11 
Pálpebras e Aparelho Lacrimal...................................................................................................... 12 
Músculos: .......................................................................................................................................... 13 
Músculo Levantador da Pálpebra superior: .................................................................................. 15 
Músculos Retos do globo ocular: .................................................................................................. 15 
Músculos Oblíquos ........................................................................................................................ 18 
Vascularização: .................................................................................................................................. 19 
Arterial .......................................................................................................................................... 19 
Venoso: ......................................................................................................................................... 20 
Inervação ........................................................................................................................................... 21 
Nervos motores: ........................................................................................................................... 21 
Nervos sensitivos: ......................................................................................................................... 22 
Cavidades Nasais ................................................................................................................................... 23 
Noções Gerais ................................................................................................................................... 23 
Parede Medial/Septo Medial ............................................................................................................ 23 
Cartilagem do septo nasal:............................................................................................................ 23 
Desvio do Septo Nasal - Implicações............................................................................................. 24 
Parede Superior/ Abóbada/ Teto/ Ápice .......................................................................................... 24 
Parede Inferior/ Pavimento ou Assoalho: ......................................................................................... 25 
Parede Lateral: .................................................................................................................................. 25 
Características da face lateral: ...................................................................................................... 26 
Pág. | 3 
 
Esqueleto Cartilagíneo do Nariz ............................................................................................................ 27 
Cartilagens Principais ........................................................................................................................ 27 
Cartilagem do Septo Nasal ............................................................................................................ 27 
Cartilagem Vómeronasal ............................................................................................................... 27 
Cartilagens Laterais do Nariz......................................................................................................... 28 
Cartilagens Acessórias ................................................................................................................... 28 
Membrana Fibrosa do Nariz ............................................................................................................. 28 
Mucosa Nasal .................................................................................................................................... 29 
Seios Paranasais ................................................................................................................................ 29 
Vascularização: .................................................................................................................................. 33 
Arterial .......................................................................................................................................... 33 
Venosa:.......................................................................................................................................... 35 
Inervação ........................................................................................................................................... 35 
Nervo olfativo (I) ........................................................................................................................... 36 
Nervo Trigémeo (V) ....................................................................................................................... 36 
Anatomia Funcional: ......................................................................................................................... 37 
Crânio em geral ..................................................................................................................................... 38 
Abóboda craniana/Calvária vs Base do Crânio ................................................................................. 38 
Desenvolvimento da cabeça ............................................................................................................. 38 
Calvária .............................................................................................................................................. 40 
Conformação externa da calvária .................................................................................................41 
Conformação interna da calvária .................................................................................................. 41 
Acidentes anatómicos desta face: ................................................................................................ 42 
Base do Crânio .................................................................................................................................. 43 
Conformação externa da base
 .................................................................................................... 43 
Forames existentes apenas na superfície externa da base do crânio: ......................................... 44 
Conformação interna da base ....................................................................................................... 45 
Arquitetura do Crânio ....................................................................................................................... 50 
Arquitetura Funcional do Crânio ................................................................................................... 50 
Estruturas de reforço da Base do crânio ....................................................................................... 50 
Estruturas de reforço da Calvária ................................................................................................. 51 
Meios de resistência auxiliares ..................................................................................................... 51 
Pilares (pontos de união) .............................................................................................................. 52 
Pontos Craniométricos ..................................................................................................................... 52 
Craniometria ................................................................................................................................. 52 
Pontos Craniométricos/Pontos Singulares ................................................................................... 53 
Pág. | 4 
 
Diâmetros Craniométricos ................................................................................................................ 54 
Diâmetros Longitudinais: .............................................................................................................. 54 
Diâmetros Transversais: ................................................................................................................ 54 
Diâmetros Verticais
 ..................................................................................................................... 54 
Diâmetros Oblíquos ...................................................................................................................... 54 
Fossa Infratemporal .............................................................................................................................. 56 
Noções Gerais ................................................................................................................................... 56 
Forma: ............................................................................................................................................... 56 
Conteúdos da fossa infratemporal ................................................................................................... 57 
Ligamento esfeno-mandibular ...................................................................................................... 58 
Músculos ........................................................................................................................................... 58 
Músculo Pterigoideu Medial (1 de 4 músculos mastigadores) ..................................................... 58 
Músculo pterigoideu lateral (1 de 4 músculos mastigadores) ...................................................... 59 
Fáscia interpterigoideia................................................................................................................. 59 
Vascularização ................................................................................................................................... 60 
Arterial .......................................................................................................................................... 60 
Venosa ........................................................................................................................................... 63 
Nervos ............................................................................................................................................... 63 
Comunicações entre a Fossa infratemporal e outras regiões: ......................................................... 68 
Fossa ptérigo- palatina ...................................................................................................................... 68 
Fissura Ptérigo-maxilar ..................................................................................................................... 70 
Artrologia da Cabeça ............................................................................................................................. 71 
Visão Geral ........................................................................................................................................ 71 
Artrologia do crânio e da face ........................................................................................................... 72 
Suturas e sinfibroses ..................................................................................................................... 72 
Relevância clínica .......................................................................................................................... 74 
Articulação têmporo-mandibular ..................................................................................................... 76 
Classificação: ................................................................................................................................. 76 
Superfícies articulares ................................................................................................................... 76 
Disco articular ............................................................................................................................... 77 
Cápsula articular ........................................................................................................................... 77 
Membrana sinovial ....................................................................................................................... 79 
Ligamentos .................................................................................................................................... 79 
Músculos ........................................................................................................................................... 81 
Músculos Mastigadores (miologia da cabeça) .............................................................................. 81 
Músculos Supra-hioideus (miologia do pescoço) ......................................................................... 82 
Pág. | 5 
 
Vascularização ................................................................................................................................... 82 
Arterial .......................................................................................................................................... 82 
Venosa ........................................................................................................................................... 82 
Inervação ........................................................................................................................................... 83 
Movimentos da Articulação .............................................................................................................. 83 
Relevância clínica.............................................................................................................................. 84 
 
Pág. | 6 
 
Cavidades Orbitárias 
 
Noções gerais 
 
As cavidades orbitárias são duas cavidades profundas situadas na metade 
superior da face, inferiormente à fossa anterior do crânio, 
anteriormente à fossa média do crânio, superiormente às maxilas e 
súpero-lateralmente às cavidades nasais. Encontram-se separadas das 
cavidades nasais pelos lacrimais e paredes laterais dos labirintos 
etmoidais. 
São estruturas bilaterais, simétricas à linha mediana, que alojam e 
protegem diversas estruturas oculares como os globos oculares, o nervo 
ótico, os músculos oculares, o aparelho lacrimal e os nervos e vasos 
relacionados com estas estruturas. 
As cavidades orbitárias são formadas por sete 
ossos: frontal, esfenoide, zigomático, maxila, 
etmoide, palatino e lacrimal. E apresentam a 
forma de uma pirâmide quadrangular de 
base anterior e vértice posterior. Esta forma 
permite dividi-las esquematicamente em 
quatro paredes, quatro ângulos, um ápice e 
uma base. 
 
Base 
 
A base é a abertura anterior da órbita e apresenta a forma de um quadrado, com uma 
orientação ântero-ínfero-lateral, ao qual se atribuem quatro margens. 
• Margem Supraorbital/Superior: margem órbitonasal do frontal. Termina lateralmente 
no processo zigomático e medialmente no processo orbital da maxila 
• Margem Ínfero-orbital/Inferior: compreende na sua metade medial o processo frontal 
da maxila e termina lateralmente na margem anterior do zigomático 
• Margem Medial: Processo orbital medial do frontal e processo frontal da maxila 
• Margem Lateral: margem ântero-superior do zigomático terminando superiormente 
no processo zigomático do frontal 
Resta referir que a base apresenta uma importante função de proteção do bulbo ocular 
porque contém estruturas ósseas espessas, e por isso, resistentes. 
 
Pág. | 7 
 
Ápice/Vértice 
 
O ápice das fossas orbitárias é póstero-medial e corresponde ao extremo medial da fissura 
orbital superior. Neste ponto existe um sulco estreito cujo lábio anterior sobressai e se 
converte no tubérculo infra-ótico. No sulco e no tubérculo insere-se o anel tendinoso comum 
(origem dos quatro músculos retos do globo ocular). 
 
Face Superior/Abóbada 
 
Esta face constitui o teto da órbita, é concava, em forma triangular e é formada anteriormente 
pela fossa orbital do frontal e junto ao ápice, isto é, posteriormente pela asa menor do 
esfenoide. 
Ântero-medialmente apresenta uma fóvea troclear onde se insere a tróclea de reflexão do 
músculo oblíquo superior do olho e, por vezes, também dá inserção de parte do seio frontal 
Na porção ântero-lateral existe uma fossa profunda, a fossa da glândula lacrimal onde se 
encontra a glândula lacrimal. 
Posteriormente é formada pela face inferior da asa menor do esfenoide e apresenta a sutura 
esfeno-frontal que resulta da articulação do osso frontal com a asa menor do esfenoide. 
 
Face Inferior/Pavimento 
 
Tem uma forma triangular e forma um plano que é inclinado ântero-ínfero-lateralmente. É 
fina e considerada também o teto do seio maxilar. Tal como a face superior, apresenta uma 
concavidade, e é formada por porções de três ossos: palatino, zigomático e maxila. 
Ântero-medialmente é formada pela face orbital do processo zigomático do osso maxilar, que 
ocupa os dois terços mediais desta parede. É nesta porção que constitui o teto do seio maxilar. 
Ântero-lateralmente é formada pela face medial do processo orbital do osso zigomático. 
Posteriormente é formada pela vertente superior da superfície não articular do processo 
orbital do palatino. 
Na maioria da sua extensão, o pavimento é constituído por uma lamina óssea que separa a 
cavidade do seio mamilar que passa infrajacente. 
 
Pág. | 8 
 
Face Lateral (Externa) 
 
Esta face é plana e triangular, separando-se da face superior pela fissura orbital interior. É a 
parede mais espessa das quatro, sobretudo posteriormente onde separa a órbita da fossa 
média do crânio. Por ser a parede mais espessa é também a mais resistente. 
A face lateral é formada posteriormente pela asa maior do esfenoide, anteriormente pelo 
processo frontal do osso zigomático e superiormente pelo processo zigomático do frontal. 
Apresenta três suturas: esfeno-zigomática, fronto-zigomática e esfeno-frontal. 
 
Face Medial 
 
A face medial é uma face fina, frágil e de forma quadrilátera. Relaciona-se com as suas 
cavidades anexas, isto é, as células etmoidais e o seio esfenoidal e separa a cavidade orbitária 
da cavidade nasal. 
É quase vertical e paralela ao plano sagital, curvando-se ínfero-lateralmente para dar 
continuidade à parede inferior da cavidade orbital. 
É constituída por porções de quatro ossos distintos, que de anterior para posterior são: 
• Maxila, mais concretamente o processo frontal da maxila; 
• osso lacrimal; 
• lâmina orbital do etmoide 
• pequena porção do corpo do esfenoide situada anteriormente à fissura orbital 
superior e à asa maior do esfenoide. 
Esta face inclui também as suturas entre estes ossos. São elas: lácrimo-maxilar, etmoido-
lacrimal e esfeno-etmoidal. 
É também importante referir que o lacrimal e o processo frontal da maxila formam entre eles 
o sulco lacrimal, que é limitado por duas cristas: a crista lacrimal posterior e anterior. 
Anteriormente localiza-se a fossa para o saco lacrimal, que é limitado pela crista lacrimal 
anterior da maxila e pela crista lacrimal posterior do osso lacrimal. O saco lacrimal abre-se na 
cavidade nasal através do canal naso-lacrimal, canal esse que se dirige inferiormente desde a 
fossa para o saco lacrimal até à cavidade nasal, formando a via lacrimal principal. 
O etmoide articula-se com a margem medial da fossa orbital do frontal onde se forma a sutura 
fronto-etmoidal que é interrompida pelos forames etmoidais anterior e posterior, que se 
abrem posteriormente em canais com o mesmo nome. Estes forames fazem a comunicação 
entre a cavidade orbitária, a fossa craniana anterior, a cavidade nasal e o osso etmoide. 
Posteriormente, o etmoide articula-se com o corpo do esfenoide formando o resto da parede 
medial até ao ápice. 
Pág. | 9 
 
Foramenes e Comunicação com Outras Cavidades 
 
Comunicação com o exterior 
• Forame supraorbital: localiza-se na margem órbito-nasal do frontal, perfurando-o, e 
dá passagem aos vasos e nervo supra-orbitais. 
• Forame frontal: localiza-se na margem órbito-nasal do frontal medialmente ao forame 
supraorbital e dá passagem aos vasos supratrocleares. 
• Forame infra-orbital: começando posteriormente e ao longo de dois terços da fissura 
orbital inferior encontra-se o sulco infra-orbital. Este sulco liga-se com o canal infra-
orbital que, por sua vez, se abre no forame infra-orbital. 
Comunicação com a Cavidade Craniana 
• Canal ótico: 
Abertura esférica no ápice da 
cavidade orbitária que se abre para 
a fossa média do crânio e é limitado 
medialmente pelo corpo do 
esfenoide e lateralmente pela asa 
menor do esfenoide. É atravessado 
pelo nervo ótico e artéria oftálmica. 
• Fissura orbital superior: 
Lateralmente ao canal ótico e com 
uma forma triangular, a fissura 
orbital superior está situada entre a 
abóbada e a parede lateral da órbita. 
Esta fissura permite que as 
estruturas passem entre a órbita e a 
fossa média do crânio. É atravessada pelos ramos superior e inferior no nervo 
oculomotor (III), pelo nervo troclear (IV), pelo nervo abducente (VI), pelos ramos 
lacrimal, frontal e nasociliar do nervo oftálmico (V1) e pela veia oftálmica inferior. 
 
Pág. | 10 
 
• Fissura orbital inferior: 
a separar a face lateral da orbita do seu 
pavimento, esta fissura é uma abertura 
longitudinal entre a asa maior do esfenóide, 
palatino, zigomático e maxila. Permite a 
comunicação entre a órbita e a fossa pterigo-
palatina (posteriormente), entre a órbitae a 
fossa infra-temporal (medialmente) e entre a 
órbita e a fossa temporal (póstero-lateralmente). 
É atravessada pelo nervo maxilar (V2) e pelo seu 
ramo zigomático e pelos vasos infra-orbitais 
 
Comunicação com as Cavidades Nasais 
• Canal lácrimo-nasal: formado entra a face medial da maxila através da articulação do 
seu sulco lacrimal (que é anterior à concha lacrimal) com a porção inferior do sulco 
lacrimal do osso lacrimal que está na sua face lateral e é anterior à crista lacrimal. 
• Canais etmoidais anterior e posterior: na junção entre a abóbada e a face medial, estes 
canais resultam da reunião entre os sulcos transversais da face superior do etmoide 
com os canais semelhantes que estão na face inferior do frontal. O canal etmoidal 
anterior permite a passagem da artéria e nervo etmoidais anteriores e o canal 
etmoidal posterior permite a passagem da artéria e nervo etmoidais posteriores. 
 
Pág. | 11 
 
Conteúdo das cavidades orbitárias: 
 
O conteúdo que se encontra dentro de cada cavidade diz respeito ao conjunto de estruturas 
que formam o órgão da visão, nomeadamente o bulbo do olho, o nervo ótico, os músculos 
extrínsecos do olho, o aparelho lacrimal, tecidos adiposos, fáscia e os nervos e vasos que 
suprem estas estruturas. 
 
Bulbo ocular 
 
É irregularmente esférico, uma vez que a córnea sobressai do resto do corpo. 
A parede do bulbo ocular é constituída por 3 túnicas: 
• Túnica Externa (Fibrosa): Esclera + Córnea 
• Túnica Média (Músculo-vascular): Coroideia + Corpo ciliar + Íris (que contém a Pupila) 
• Túnica Interna (Nervosa): Retina 
No interior das paredes do bulbo ocular podemos encontrar os meios transparentes: 
• Cristalino 
• Humor aquoso (líquido incolor que preenche o espaço compreendido entre a córnea 
e o cristalino) 
• Corpo vítreo 
Importa salientar que, nas três dimensões, os movimentos do bulbo do olho são: 
- Elevação (direcionando a pupila 
superiormente) 
- Depressão (direcionando a pupila 
inferiormente) 
- Abdução (direcionando a pupila 
lateralmente) 
- Adução (direcionando a pupila 
medialmente) 
- Rotação Interna (rodando e 
direcionando a pupila para medial) 
- Rotação Externa (rodando e 
direcionando a pupila para lateral) 
 
Pág. | 12 
 
Pálpebras e Aparelho Lacrimal 
 
Pálpebras 
Recobrem o bulbo ocular, quando fechadas, protegendo-o de lesão e de luz excessiva, 
mantendo, também, a córnea húmida. São pregas móveis recobertas por pele fina 
externamente e pela túnica conjuntiva da pálpebra internamente. A camada das pálpebras 
consiste, de anterior para posterior: 
• pele 
• tecido subcutâneo 
• músculo estriado 
• septo orbital 
• tarso 
• túnica conjuntiva 
A perda de inervação do orbicular das pálpebras pelo nervo 
facial [VII] causa incapacidade de fechar firmemente as 
pálpebras, provocando a queda das pálpebras e causando 
derramamento de lágrimas. Esta perda de lágrimas provoca 
a ressecagem da túnica conjuntiva que pode ulcerar, causando assim uma infeção. 
 
Aparelho Lacrimal 
Consiste em: 
• Glândulas lacrimais, que produzem o líquido lacrimal. Apresentam forma de amêndoa, 
e situam-se na fossa da glândula lacrimal, (parede superior, lateralmente à cavidade 
orbitária e inferiormente à margem inferior do frontal). 
Encontra-se dividida em duas porções pelo músculo levantador da pálpebra: 
o Porção orbitária (glândula lacrimal principal), localizada na porção ântero-
súpero-lateral da cavidade; 
o Porção palpebral (glândula lacrimal acessória), localizada na pálpebra superior 
ao longo da parede súpero-lateral do fundo do saco conjuntival superior; 
A glândula é inervada pelo ramo lacrimal do nervo oftálmico. 
• Ductos lacrimais: transportam a lágrima da glândula lacrimal para o saco da túnica 
conjuntiva; 
• Canalículos lacrimais situados na face medial da órbita, medial e superiormente; 
• Lago lacrimal: recolhe o fluido que cobre a córnea; 
• Ducto lacrimo-excretor: conduz a lágrima para a cavidade nasal. 
• Trajeto da lágrima: excesso de fluido -> lágrimas saem do globo ocular para serem 
excretadas pelos canalículos lacrimais superiores e inferior 
 
Pág. | 13 
 
As secreções produzidas pela glândula lacrimal drenam em canalículos lacrimais, 
medialmente, para se acumular no saco lacrimal. Quando choramos, ocorre contração do saco 
lacrimal, forçando o líquido lacrimal a percorrer o ducto lacrimo-nasal (ou ducto lacrimo-
excretor), para drenar no meato nasal inferior. 
 
Músculos: 
 
Os músculos das cavidades orbitarias podem ser divididos em Intrínsecos e Extrínsecos. 
Os Músculos Intrínsecos encontram-se dentro do bulbo ocular e controlam a forma da lente 
e o diâmetro da pupila. São: 
• músculo ciliar 
• músculo esfíncter da pupila 
• músculo dilatador da pupila 
 
 
Pág. | 14 
 
Os Músculos Extrínsecos (ou extraoculares) encontram-se fora do bulbo ocular e estão 
envolvidos na elevação das pálpebras superiores nos movimentos do bulbo. São: 
• músculo levantador da pálpebra superior 
• músculos retos superior, inferior, medial e lateral 
• músculos oblíquos superior e inferior 
Sendo que o primeiro movimenta a pálpebra e os restantes movimentam o bulbo ocular. 
 
Pág. | 15 
 
Músculo Levantador da Pálpebra superior: 
É um músculo longo, achatado e triangular. É inferior à parede superior da órbita. Estende-se 
desde o vértice da órbita até à pálpebra superior. 
Inserções e descrição: 
Posteriormente, insere-se na porção inferior da asa menor do esfenóide, supero-
anteriormente ao canal ótico, através de fibras tendinosas. As fibras vão dirigir-se para diante 
entre a parede superior da órbita e o músculo reto superior. 
Anteriormente, o músculo dispõe-se em forma de leque cuja base se vai inserir em toda a 
largura da pálpebra superior. Insere-se mediante dois feixes: um cutâneo (anterior) e outro 
tarsal (posterior). 
A inserção cutânea ou lâmina superficial (Clermont) é, das duas, a mais importante. Os seus 
fascículos atravessam o músculo orbicular do olho e inserem-se na pele das pálpebras 
superiores. 
A inserção tarsal ou lâmina profunda é composta pelos fascículos mais profundos e 
posteriores inserindo-se na metade inferior da face anterior do tarso. Existe por vezes, uma 
lamina muscular fina – músculo superior do tarso- que passa inferiormente ao músculo 
levantador das pálpebras até à margem superior do tarso. 
Função: eleva a pálpebra superior. 
Inervação: ramo superior do nervo oculomotor III 
Perda de função do nervo oculomotor: ptose completa da pálpebra superior 
Perda de inervação simpática para o músculo tarsal superior: pstose parcial 
Traumatismo craniano grave: causa lesão no nervo oculomotor III 
 
Músculos Retos do globo ocular: 
• São quatro: superior, inferior, lateral e medial. 
• São achatados e afilados nas extremidades. 
• Comprimento médio é 4cm. 
• Estendem-se desde o vértice da órbita até ao hemisfério anterior do bulbo ocular. 
Inserções posteriores 
Inserem-se posteriormente, no vértice da órbita por meio de um tendão comum aos quatro 
músculos - o anel tendinoso comum ou tendão de Zinn. 
 
Pág. | 16 
 
Tendão de Zinn: 
O tendão de Zinn insere-se no vértice da cavidade orbitaria, ou seja, na porção medial da 
fissura orbital superior e insere-se no tubérculo infra-orbital. O tendão de Zinn diz respeito ao 
ponto de origem dos músculos retos do olho. Contém o canal ótico e parte da fissura orbital 
superior. Assim, dentro do anel passam o nervo ótico, a artéria oftálmica, ramos superior e 
inferior do nervo oculomotor, nervo nasociliar e nervo abducente. 
Este tendão circunda as margens superior, medial e inferior do canal ótico, continuando-se 
lateralmente pelas porções medial e inferior da fissura orbital, ligando-se à espinha da asa 
maior do esfenóide. O tendão divide-se em quatro secções tendinosas que separam a origem 
dos quatro músculos retos: 
• Ínfero-medial: entre as origens do músculo reto inferior e medial• Ínfero-Lateral: entre as origens do músculo reto inferior e lateral 
• Súpero-lateral: entre as origens do músculo reto superior e lateral. Apresenta um 
orifício denominado anel de Zinn que dá passagem a diferentes nervos (de superior 
para inferior): divisão superior do nervo oculomotor (III), nervo nasociliar (ramo do 
nervo oftálmico), nervo abducente (VI) e divisão inferior do nervo oculomotor (III). 
• Súpero-medial: entre as origens do músculo reto superior e medial. Divide-se em duas 
porções, constituindo um orifício que dá passagem ao nervo ótico (II) e à artéria 
oftálmica 
 
O reto inferior, parte do reto medial e as fibras inferiores do reto lateral inserem-se todas na 
parte mais inferior do anel, enquanto que o reto superior parte do reto medial e as fibras 
superiores do reto lateral se inserem superiormente no anel. Por vezes existem algumas fibras 
do reto lateral que se inserem diretamente na asa maior do esfenoide lateralmente ao anel 
tendinoso. 
As fibras de cada músculo reto vão dirigir-se anteriormente para se inserirem na porção mais 
anterior do bulbo ocular, posteriormente à margem da córnea, sendo que o músculo reto 
superior se vai inserir na porção ântero-superior, o reto medial na porção ântero-medial, o 
reto inferior na porção ântero-inferior e o reto lateral na porção ântero-lateral. 
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Reto superior 
Origem: parte superior do anel tendinoso comum 
Inserção: metade anterior do bulbo do olho, superiormente 
Inervação: nervo oculomotor (III) – ramo superior 
Função: elevação, adução e rotação medial do bulbo do olho 
 
Reto inferior 
Origem: parte inferior do anel tendinoso comum 
Inserção: metade anterior do bulbo do olho, inferiormente 
Inervação: nervo oculomotor (III) – ramo inferior 
Função: depressão, adução e rotação lateral do bulbo do olho 
 
Reto medial 
É mais curto, mas o mais forte. 
Origem: parte medial do anel tendinoso comum 
Inserção: metade anterior do bulbo do olho, medialmente 
Inervação: nervo oculomotor (III) – ramo inferior 
Função: adução do bulbo do olho 
Reto lateral 
Origem: parte lateral do anel tendinoso comum 
Inserção: metade anterior do bulbo do olho, lateralmente 
Inervação: nervo abducente (VI) 
Função: abdução do bulbo do olho 
 
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Músculos Oblíquos 
Oblíquo superior 
É fusiforme. Reflete se sobre si mesmo 
Inserção: Posteriormente, insere-se no corpo do esfenoide, supero-medialmente ao canal 
ótico e ao anel de Zinn. As suas fibras vão dirigir-se anteriormente ao longo da margem medial 
do teto da órbita até atingir uma tróclea, que se fixa à fóvea troclear do osso frontal. É nesse 
ponto que ocorre a reflexão do tendão (formando um ângulo agudo) que depois se vai dirigir 
póstero-ínfero-lateralmente, inserindo-se no quadrante póstero-lateral do bulbo ocular. O 
tendão e a tróclea estão separados por uma membrana sinovial delicada. 
Inervação: nervo troclear (IV) 
Função: depressão, adução e rotação medial do bulbo do olho 
Oblíquo inferior 
É fino, afilado. É o único músculo que não tem origem na parte posterior da órbita. 
Inserção: Origina-se do lado medial do pavimento da órbita, posteriormente à margem 
orbitária e insere-se na superfície orbitária da maxila, lateralmente ao sulco lacrimonasal. As 
suas fibras dirigem se postero-lateralmente ao longo do pavimento da cavidade orbitária, 
passando inferiormente ao músculo reto inferior, para se inserirem no quadrante póstero-
lateral do bulbo ocular. 
Inervação: nervo oculomotor (III) – ramo inferior 
Função: elevação, abdução e rotação do bulbo do olho 
 
Estes músculos não atuam isoladamente. Funcionam como uma equipa no movimento 
coordenado do bulbo do olho para posicionar a pupila conforme necessário. 
Ex: embora o reto lateral seja o principal responsável pelo movimento do bulbo do olho 
lateralmente, é auxiliado nesta ação pelos músculos oblíquos superior e inferior. 
 
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Vascularização: 
 
Arterial 
A irrigação é feita através da artéria oftálmica que é um ramo da artéria carótida interna e 
que entra na orbita ocular pelo canal ótico juntamente com o nervo ótimo. Esta artéria dá 
origem a diversos ramos divididos em dois grupos: 
Ramos oculares (vascularizam o bulbo ocular) 
• Artéria Central da retina: entra no nervo ótico e desce até a retina 
• Artéria Ciliares posteriores curtas: em numero de 10-20, atravessam a esclera e 
vascularizam as restruturas interiores do bulbo ocular 
• Artéria Ciliares posteriores longas: em numero de 2, atravessam a esclera e 
vascularizam as restruturas interiores do bulbo ocular 
Ramos Orbitários (vascularizam a glândula lacrimal e os músculos intrínsecos) 
• Artéria lacrimal: dirige-se para a 
parte lateral da orbita, irriga a 
glândula lacrimal, músculos, as 
paredes laterais da pálpebra e o 
ramo ciliar anterior para o bulbo 
ocular. 
 
• Artérias musculares (superior e 
inferior): vascularizam os músculos 
intrínsecos do bulbo ocular 
 
Ramos Extra-Orbitários (vascularizam estruturas externamente a orbita) 
• Artéria supra-orbital: inicia-se logo apos a artéria oftálmica atravessar o nervo ótico e 
sair da orbita através do forame orbital juntamente com o nervo supra-orbital. 
• Artéria etmoidal posterior: sai da orbita pelo forame etmoidal posterior e vasculariza 
as células etmoidais 
• Artéria etmoidal anterior: sai da orbita pelo forame etmoidal anterior e vasculariza o 
septo e as paredes laterais das cavidades nasais. 
• Artéria palpebral superior e inferior: vascularizam as pálpebras superiores e inferiores 
e a conjuntiva. 
• Artéria dorsal do nariz e Artéria supratroclear: são ramos terminais da artéria 
oftálmica. A artéria dorsal do nariz sai da orbita para irrigar a superfície do nariz e a 
artéria supratroclear deixa a orbita juntamente com o nervo supratroclear indo irrigar 
a região frontal. 
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Venoso: 
Existem dois canais venosos na orbita 
• Veia oftálmica superior: começa na área 
anterior da orbita e resulta da união da 
veia supra-orbital e da veia angular. Passa 
pela parte superior da orbita e recebe 
ramos tributários acompanhantes da 
artéria oftálmica e veias drenantes da 
parte posterior do bulbo ocular. Sai da 
orbita pela porção medial da fissura orbital 
superior. 
• Veia oftálmica inferior: é mais pequena 
que a veia oftálmica superior. Passa na 
parte inferior da orbita (no pavimento da 
orbita) e recebe ramos tributários 
provenientes de músculos e da porção 
posterior do bulbo ocular. Sai da órbita por 
três maneiras possíveis: 
o Junta-se com a veia oftálmica superior; 
o Passa pela fissura orbital superior e termina no seio cavernoso; 
o Passa pela fissura orbital inferior e junta-se ao plexo pterigoide na fossa 
infratemporal. 
 
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Inervação 
Nervos motores: 
Nervo Oculomotor (III): 
• Antes de entrar na cavidade orbital divide-se em dois ramos que entram na cavidade 
pela fissura orbital superior, no interior do 
anel de Zinn; 
• O ramo superior é mais pequeno e inerva 
o musculo reto superior e levantador da 
pálpebra superior 
• O ramo inferior divide-se em três: 
o Um ramo inerva o reto medial; 
o Outro ramo inerva o reto inferior 
o E outro ramo o musculo obliquo 
inferior e para o gânglio ciliar. 
 
Nervo Troclear (IV): 
• Antes de entrar na orbita cruza o nervo oculomotor; 
• Entra na orbita pela fissura orbital superior, superiormente ao anel de zinn, e dirige-
se supero-medialmente cruzando o musculo levantador das pálpebras superior e 
entra no músculo oblíquo superior. 
 
Nervo Abducente (VI): 
• Entra na orbita pela fissura orbital superior, no interior do anel de zinn; 
• Inerva o musculo reto lateral. 
 
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Nervos sensitivos: 
Nervo Ótico (II) 
• Não é um nervo ótico verdadeiro, mas sim uma extensão do cérebro que transporta 
fibras aferentes da retina ocular para os centros visuais do cérebro; 
Nervo Oftalmico (V1): 
• O mais pequenoe superficial das 3 divisões do nervo trigémeo 
• Antes de entrar na orbita divide-se em 3 ramos (nasociliar, lacrimal e frontal) 
• Nervo lacrimal (o mais pequeno dos 3 ramos): 
▪ Entra pela fissura orbita sup., superiormente ao anel de zinn; 
▪ Inversa a glândula lacrimal, a conjuntiva e a parte lateral da pálpebra 
superior 
• Nervo frontal (o maior dos 3 ramos): 
▪ Entra pela fissura orbital sup., superiormente ao anel de zinn; 
▪ Divide-se em 2 ramos: 
Supratroclear: sai da orbital pelo forame supraorbital, inervando a 
conjuntiva e a pele da pálpebra superior 
Supraorbitário: sai pelo incisura supra-orbital e ascende inervando a 
conjuntiva, a pálpebra superior, a testa e o coro cabeludo. 
• Nervo naso-ciliar (o primeiro ramo dos 3) 
▪ Entra pela fissura orbital sup., interiormente ao anel de zinn; 
▪ Dirige-se medialmente originando um ramo comunicante com o 
gânglio ciliar e continua-se para medial originando muitos mais ramos: 
Nervos ciliares longos- para o bulbo ocular e pode conter fibras 
simpáticas para a dilatação da pupila 
Nervo infratroclear- para inervar a porção medial das pálpebras sup. e 
inf., o saco lacrimal e a pele da metade superior do nariz. 
Nervo etmoidal posterior- para inervar celular etmoidais posterior e o 
seio esfenoidal 
Nervo etmoidal 
anterior - para 
inervar a fossa 
cranial anterior, a 
cavidade nasal e 
a pele da metade 
inferior do nariz. 
 
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Cavidades Nasais 
 
Noções Gerais 
 
As cavidades nasais, são 2 cavidades/espaços em forma de cunha situadas 
de cada lado da linha mediana, medialmente às cavidades orbitais 
(separada pela parede medial da maxila), superiormente à cavidade oral 
(separada pelo palato duro), inferiormente à base do crânio (separada pelo 
osso frontal, etmoide e esfenoide). 
As cavidades nasais esquerda e direita estão 
separadas por um septo sagital, o septo nasal. 
As cavidades nasais ósseas são constituídas por quatro paredes 
e duas aberturas. 
As quatro paredes são a lateral, a medial, a superior e a inferior. 
As duas aberturas são a anterior e a posterior. 
 
Parede Medial/Septo Medial 
 
Parede delgada, lisa e vertical que separa as duas cavidades nasais entre si (situada no plano 
sagital ou mediano). 
Constituída, de anterior para posterior, pela cartilagem do septo nasal, lâmina perpendicular 
do etmóide e pelo vómer. Os ossos nasais e o osso frontal sustentam, também, a parede 
medial. 
 
Cartilagem do septo nasal: 
Encontra-se na porção ântero-inferior do septo nasal e relaciona-se com: 
• Póstero-inferiormente: vómer (verde) e maxila 
(rosa) 
• Póstero-superiormente: lâmina perpendicular 
do etmoide (lilás) 
 
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Lâmina perpendicular do etmoide (lilás): 
Superior ao vómer (Verde). Na sua margem posterior relaciona-se com a crista esfenoidal 
anterior (lilás -> castanho), na margem ântero-inferior com a cartilagem do septo nasal (azul) 
e na margem ântero-superior com a espinha nasal do frontal. (laranja) 
Vómer (verde): 
Margem inferior relaciona-se com o pavimento das cavidades nasais. Superiormente, 
relaciona-se com a cartilagem do septo nasal (azul) (porção anterior) e com a lâmina 
perpendicular do etmoide (lilás) (posterior). 
Margem posterior relaciona-se com a lâmina vertical do palatino (Azul). Por fim a margem 
superior relaciona-se com o seio esfenoidal inferior (Cavidade castanha). 
Desvio do Septo Nasal - Implicações 
Uma diferente angulação do septo nasal nas peças ósseas pode não influenciar a inspiração. 
Por outro lado, um desvio na porção anterior e cartilaginosa pode gerar uma pressão negativa 
de sucção. Isto porque, sendo a parede lateral móvel, na ocorrência de um colapso entre a 
parede lateral e o septo, dá-se uma marcada obstrução do fluxo de ar. Consequências 
possíveis deste colapso são o ressonar, a apneia obstrutiva do sono e a necessidade de 
respirar pela boca. 
Um diagnóstico precoce permite evitar a “desprogramação do crescimento facial”. Se a 
respiração for feita pelo nariz, a boca está fechada e os maxilares encostados, sofrendo a 
remodelação óssea normal. Em caso de uma obstrução nasal, a boca abre, logo a língua já 
não faz remodelação interna e os músculos da mímica alteram-se. Os rostos vão ser longos, 
os maxilares recuados, o queixo curto e os dentes não tem espaço. 
 
Parede Superior/ Abóbada/ Teto/ Ápice 
 
Apresenta uma concavidade que olha para o interior das cavidades nasais. É formado de 
anterior para posterior: 
• ossos nasais que se articulam com a face anterior da espinha nasal do frontal e 
apresentam uma obliquidade póstero-superior 
• espinha nasal do frontal cujas faces póstero-laterais fazem parte da constituição da 
abóbada das fossas nasais; 
• lâmina horizontal/cribriforme do etmoide situada posteriormente à espinha nasal do 
frontal, preenche a incisura etmoidal do frontal e articula-se posteriormente com o 
corpo do esfenoide; 
• corpo do esfenoide - articula-se com a lâmina cribriforme do etmoide através da 
margem anterior do prolongamento etmoidal do esfenoide e com os labirintos 
etmoidais pelas porções laterais da face anterior. A face anterior e inferior do corpo 
do esfenoide contribuem para formar a abóbada das fossas nasais; 
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Parede Inferior/ Pavimento ou Assoalho: 
 
É constituída por: 
• Anteriormente: processo palatino da maxila 
• Posteriormente: lâmina horizontal do palatino 
Processo Palatino 
Articula-se posteriormente com a lâmina horizontal do 
palatino, constituindo o palato duro. É limitado 
anteriormente pela espinha nasal anterior da maxila e 
posteriormente pela espinha nasal posterior do 
palatino. Em que anteriormente se abre o canal 
incisivo para a passagem do nervo nasopalatino e 
artéria esfeno-palatina/a anastomose entre a artéria 
palatina maior e a artéria nasopalatina. 
 
Parede Lateral: 
 
Fazem parte da constituição desta 
parede seis ossos: a maxila, o esfenoide, 
o palatino, o lacrimal, a concha nasal 
inferior e o etmoide. 
• Face Medial da Maxila - delimita a 
parede acima do processo palatino 
da maxila; 
• Lâmina medial do processo 
pterigoide do esfenoide 
(posteriormente à maxila) 
• Lacrimal (posteriormente à maxila e 
ântero-lateralmente ao labirinto 
etmoidal do etmoide) 
• Lâmina perpendicular do palatino (que se articula com a porção posterior da maxila 
e com a face anterior da lâmina medial do processo pterigoide do esfenoide) 
• Concha nasal inferior - situa-se na metade inferior da parede lateral das cavidades 
nasais, fixa pela sua margem superior. Articula-se com a maxila anteriormente e 
posteriormente com o palatino. Lateralmente temos a abertura do canal lacrimo-
nasal que faz a drenagem das lágrimas para a cavidade nasal 
• Etmoide, mais precisamente o labirinto etmoidal, localizado superiormente à 
maxila, póstero-medialmente ao lacrimal e anteriormente ao esfenoide e processo 
orbital do palatino. 
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Características da face lateral: 
Na metade inferior podemos destacar conchas nasais (estruturas ósseas com inserção 
superior, concavidade lateral e livres inferiormente): 
De inferior para superior temos: 
• Concha inferior (osso independente, insere-se nas faces medias da maxila, do 
lacrimal e da lâmina perpendicular do palatino) 
• Concha média 
• Concha superior 
• Concha suprema/de Santorini (inconstante) 
• Concha nasal/de Zuckerkandl (inconstante) 
Cada uma destas conchas vai delimitar um espaço designado por meato nasal. De Inferior 
para superior: 
• Meato Inferior (entre a concha inferior e o pavimento das cavidades nasais) 
Na sua porção superior e anterior, encontra-se a abertura do canal lacrimo-nasal 
que liga o saco lacrimal às fossas nasais, o que permite a drenagem das lágrimas 
para as fossas. 
• Meato Médio (entre a concha média e a inferior) 
Neste meato encontra-se o processo uncinado, a eminência nasal, a abertura do 
seio maxilar e de várias células etmoidais,a bolha etmoidal, o sulco uncibolhar, o 
sulco retrobolhar e a trabécula uncibolhar (lâmina óssea achatada que une as 
extremidades superior do processo unciforme e da bolha etmoidal) 
• Meato Superior (entre a concha superior e média) 
onde se encontra o forame do canal esfeno-palatino e dois terços das células 
etmoidais. 
• Meato Inconstante de Santorini (entre a concha suprema/de Santorini e a concha 
nasal superior) 
• Meato Inconstante de Zuckerkandl (entre a concha nasal/de Zuckerkandl e a 
conha nasal suprema) 
Os meatos inconstantes dão abertura a uma célula etmoidal, quando existem. 
• Recesso esfeno-etmoidal (espaço compreendido entre a concha superior e o teto 
nasal) 
destacam-se da face medial 
dos labirintos etmoidais 
 
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Esqueleto Cartilagíneo do Nariz 
 
Constituído por três cartilagens principais e por cartilagens acessórias localizadas 
anteriormente ao vómer. 
Cartilagens Principais 
 
Cartilagem do Septo Nasal 
• Lâmina cartilaginosa, quadrilátera (4 margens), vertical e mediana 
• Esta cartilagem constitui a parte mais espessa do septo nasal 
• Anteriormente ao vómer e à lâmina perpendicular do etmoide 
• Posteriormente aos nasais e às cartilagens das asas do nariz 
• As suas faces são maioritariamente planas, mas podem apresentar ligeiros desvios que 
lhes confere uma concavidade e convexidade. 
Margem póstero-inferior - une-se ás lâminas da margem anterior do vómer. 
Margem póstero-superior - une-se a lâmina perpendicular do osso etmoide. 
Margem ântero-superior - une-se superiormente à parte inferior e medial dos ossos nasais. 
Inferiormente está relacionado com a pele até ao vértice do nariz, no interstício existente 
entre as 2 cartilagens laterais. 
Margem ântero-inferior - relaciona-se com a 
margem ântero-superior segundo um ângulo 
arredondado que se relaciona com o vértice 
do nariz e termina na espinha nasal anterior 
onde se une com a margem póstero-inferior. 
NOTA: A cartilagem do septo nasal pode 
apresentar alguns engrossamentos 
irregulares que se situam sobretudo na 
margem póstero-inferior e posteriormente à 
espinha nasal anterior. 
 
Cartilagem Vómeronasal 
Duas lâminas cartilaginosas estreitas e inconstantes situadas em ambos os lados da 
cartilagem do septo nasal póstero-inferiormente e posteriormente à espinha nasal. 
 
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Cartilagens Laterais do Nariz 
• Duas lâminas triangulares situadas de cada lado da linha mediana, situadas sobre as 
faces laterais do nariz 
• Situadas inferiormente aos ossos nasais e superiormente às asas do nariz. 
• Três margens a destacar: 
Margem anterior – funde-se parcial 
ou totalmente á margem ântero-
superior da cartilagem do septo nasal 
Margem superior – une-se ao osso 
nasal do lado correspondente 
Margem inferior - relaciona-se com o 
segmento lateral da cartilagem das 
asas do nariz, à qual está unida por 
uma lâmina fibrosa. 
 
Cartilagem das Asas Maiores e Menores do Nariz 
• Encontram-se em cada uma das narinas 
• Cada uma delas constitui uma lâmina delgada e flexível, em 
forma de “U”, cuja concavidade limita lateral, anterior e 
medialmente a narina correspondente. 
• Apresentam 3 segmentos: 
a) Segmento lateral 
b) Segmento medial - mais estreito e curto que o lateral; aplicado 
na margem ântero-inferior do septo nasal 
c) Segmento anterior – intermédio aos outros 2 segmentos 
referidos, com forma redonda e concavidade posterior, 
relaciona-se com a metade correspondente do vértice do nariz. 
 
Cartilagens Acessórias 
 
Pequenas peças cartilaginosas com forma variável, situadas nos intervalos que separam as 
cartilagens das asas do nariz das cartilagens laterais. 
 
Membrana Fibrosa do Nariz 
 
Membrana que preenche os espaços entre as cartilagens nasais e que se continua com o 
periósteo dos ossos e com o pericôndrio das cartilagens (tecido conjuntivo que envolve as 
cartilagens). 
 
 
 
 
 
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Mucosa Nasal 
 
• Tecido epitelial que cobre as cavidades nasais com exceção dos vestíbulos nasais (duas 
pequenas cavidades ligeiramente dilatadas situadas anteriormente) 
• Os vestíbulos nasais apresentam um revestimento cutâneo (sem mucosa nasal) 
• Reveste as câmaras que comunicam com as cavidades, seios paranasais, nasofaringe, 
saco lacrimal e túnica conjuntiva 
• Na parede lateral, ao revestir o processo uncinado e a bolha etmoidal vai originar o 
hiato semilunar (no espaço uncibolhar) 
• Anteriormente à concha nasal média a mucosa vai formar uma saliência (anterior ao 
processo uncinado) chamada de Agger Nasi ou eminência nasal, que será importante 
para a anatomia funcional da cavidade. 
• Recobre os canais palato-vaginais e vómero-esfenoidais, fazendo com que estes sejam 
canais submucosos. 
• As suas secreções são importantes para a anatomia funcional das cavidades nasais. 
 
Seios Paranasais 
 
Correspondem a cavidades pneumáticas que crescem a partir das fossas nasais e se alojam-
nos ossos circundantes: frontal, etmoide, esfenoide e maxila. São nomeados de acordo com 
os ossos em que se alojam. 
Existem quatro grupos principais: frontal (seios frontais), maxilar (seios maxilares), etmoidal 
(células etmoidais) e esfenoidal (seios esfenoidais). 
Funções dos seios paranasais: 
• Redução do peso do crânio; 
• Proteção das estruturas intraorbitais e intercranianas; 
• Crescimento facial; 
Seios Frontais 
Seios Maxilares 
Células Etmoidais 
Seios Esfenoidais 
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• Formação de caixas de ressonância de voz; 
• Aquecimento e humedecimento do ar inspirado; 
• Secreção de muco; 
• Isolamento térmico do encéfalo; 
• Equilíbrio da pressão da cavidade nasal; 
• Coadjuvantes no sentido do olfato. 
 
São inervados por ramos do nervo trigémeo. 
 
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Caracterização Inervação Irrigação 
Seios Frontais 
• Situam-se um em cada lado em relação à linha 
média, na parte do osso frontal sob a fronte. 
• Possuem tamanho variável e são os seios que se 
localizam mais superiormente; 
• Possuem forma triangular: base orientada 
verticalmente na linha média acima da raiz do 
nariz e ápice lateral. 
• Cada um drena para a parede lateral do meato 
nasal médio, através do ducto frontonasal, que 
penetra o labirinto etmoidal (células etmoidais 
anteriores) e continua como infundíbulo 
etmoidal na extremidade frontal do hiato 
semilunar; 
Ramos do nervo 
supraorbital 
provenientes do 
nervo oftálmico. 
Ramos das artérias 
etmoidais anteriores. 
Células etmoidais 
• Ocupam o labirinto etmoidal de cada lado. 
• Cada grupo de células é separado da órbita pela 
lâmina orbital do labirinto etmoidal e da cavidade 
nasal pela parede medial do labirinto etmoidal. 
• Formadas por nº variável de câmaras de ar 
individuais, que se dividem em células etmoidais: 
anteriores - abrem-se no infundíbulo etmoidal ou 
no ducto frontonasal, e de seguida no meato 
nasal médio 
médias - abrem-se a bolha etmoidal ou na parede 
lateral 
posteriores - abrem-se na parede lateral do 
meato nasal superior, de Santorini e de 
Zuckerkandl 
 
• Ramos etmoidais 
anterior e 
posterior do 
nervo nasociliar 
(do nervo 
oftálmico) 
• Nervo maxilar, 
através de ramos 
orbitais do 
gânglio 
pterigopalatino 
• Ramos das 
artérias etmoidais 
anterior e 
posterior. 
Seios Maxilares 
• Um em cada lado; são os seios paranasais de 
maior dimensão 
• Ocupa quase toda a espessura da apófise 
zigomática do osso maxilar 
• Têm forma piramidal triangular: base direcionada 
para a parede lateral da cavidade nasal adjacente 
e ápice direcionado lateralmente 
• Abrem-se no hiato semilunar (inferior ao centro 
da bolha etmoidal) 
• Ramos infra-
orbital e 
alveolares 
superiores do 
nervo maxilar 
• Ramos infra-
orbital e alveolar 
superior, 
provenientes das 
artérias maxilares 
Seios Esfenoidais 
• Situam-se 1 a cada lado no corpo do esfenoide e 
abrem-se no teto da cavidade nasal por meio de 
aberturas na parede posteriordo recesso 
esfenoetmoidal 
• Separados um do outro por um fino septo 
• Estão relacionados: 
Lateralmente- cavidade do crânio. Em particular com 
os seios cavernosos 
Acima- cavidade do crânio; hipófise e o quiasma ótico 
Abaixo e anteriormente- cavidades nasais 
• Ramo etmoidal 
posterior do 
nervo oftálmico; 
• Nervo maxilar, 
através de ramos 
orbitais 
provenientes do 
gânglio 
pterigopalatino. 
• Ramos das 
artérias faríngeas, 
provenientes das 
artérias maxilares. 
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Vascularização: 
 
Principais funções: 
• Rica irrigação para alteração da humidade e da temperatura do ar inspirado 
• Tecido cavernoso 
Arterial 
 
Ao nível das artérias, temos a irrigação das paredes, pavimento e teto das cavidades nasais 
por parte de ramos provenientes das artérias carótida externa e interna, nomeadamente: 
 
Artéria Carótida Externa: 
• Artéria Esfenopalatina 
• Artéria Palatina Maior 
• Artéria labial superior 
• Artéria nasal lateral 
 
Artéria Carótida Interna: 
• Artérias etmoidais posteriores e anteriores (ramos da artéria oftálmica). 
Ramos da Artéria Maxilar 
 
Ramos da Artéria Facial 
 
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Artéria esfenopalatina: 
• O maior vaso que irriga as fossas nasais. 
• Ramo terminal da artéria maxilar que entra na fossa pterigopalatina e se subdivide 
originando a artéria esfenopalatina. A artéria esfenopalatina, por sua vez, passa no 
forame esfenopalatino e dirige-se à parede lateral da cavidade nasal dividindo-se em 
dois ramos: 
• Ramos nasais posteriores laterais irrigam a parede lateral que se anastomosam 
anteriormente com ramos das artérias etmoidais anterior e posterior e da artéria 
nasal lateral 
• Ramos septais posteriores passam sobre o teto da cavidade e vão até ao septo nasal, 
irrigando a parede medial e “ligam-se” aos ramos da artéria palatina maior e labial 
superior. 
 
Artéria palatina maior 
• Origina-se na fossa pterigopalatina como ramo da artéria maxilar 
• Teto da cavidade oral -> canal palatino e forame palatino maior -> parte posterior do 
palato -> fossa e canal incisivo -> assoalho da cavidade nasal 
• Ao fazer este trajeto, irriga as regiões anteriores da parede medial e do pavimento e 
une-se com o ramo septal da artéria esfenopalatina. 
 
Artéria labial superior 
• Origina-se na artéria facial 
• Dirige-se medialmente, emitindo ramos que irrigam o nariz e as cavidades nasais. 
• Um dos ramos, o ramo alar completa a irrigação da região ao redor da parte lateral do 
nariz 
• Ramo septal penetra na cavidade nasal e vasculariza a região anterior do septo nasal 
 
Artéria nasal lateral 
• Origina-se na artéria facial 
• Responsável pela irrigação da parte externa do nariz. 
• Os seus ramos alares dirigem-se à margem lateral da narina e irrigam o vestíbulo do 
nariz. 
 
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Artérias Etmoidal Anterior(AEA) e Posterior (AEP) 
• Originam-se a partir da artéria oftálmica. 
• Irrigam os seios frontais adjacentes atravessando o labirinto etmoidal e o osso frontal. 
• AEP – Desce para a cavidade nasal através da lâmina cribriforme do etmoide e emite 
ramos para as partes superiores das paredes medial e lateral das cavidades nasais. 
• AEA – Segue anteriormente com o nervo etmoidal anterior e entra na cavidade nasal 
descendo por um forame lateral à crista etmoidal. Dá origem aos ramos que irrigam a 
parede medial e lateral da cavidade nasal e termina passando entre os ossos nasais e 
as cartilagens nasais laterais, emergindo para irrigar a pele e tecidos adjacentes. 
 
Venosa: 
 
Acompanham de um modo geral as artérias: 
• As veias das regiões mais posteriores drenam para as veias da 
fossa infratemporal. 
• As veias que acompanham as artérias etmoidais são veias 
emissárias que drenam para os seios cavernosos 
• Veias das regiões anteriores das cavidades nasais drenam para 
a veia facial. 
 
Inervação 
 
Os nervos que inervam as cavidades nasais podem ser divididos em: 
• Nervo Olfativo (I) - responsável pelo olfato; 
• Nervo Trigémeo (V) - mais propriamente o 1º e 2º ramos, que conferem a 
sensibilidade geral das cavidades 
Nervo Oftálmico (I) 
Nervo Trigémeo- 
Ramo Maxilar (V2) 
Nervo Trigémeo – 
Ramo Oftálmico (V1) 
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Nervo olfativo (I) 
 
Passa nos sulcos olfativos da lâmina cribriforme inervando a região olfativa da cavidade nasal. 
 
Ramo Etmoidal Anterior 
• Segue o trajeto da artéria etmoidal anterior e sai da órbita através de um canal entre 
o labirinto etmoidal e o frontal (forame etmoidal anterior). 
• Inerva as células etmoidais adjacentes e o seio frontal e depois entra na cavidade do 
crânio lateral e superior à lâmina cribriforme. 
 
Ramo Etmoidal Posterior 
Passa no forame etmoidal posterior e no canal etmoidal posterior, inervando as células 
etmoidais posteriores e o seio esfenoidal. 
 
Nervo Trigémeo (V) 
 
Ramos do Nervo Maxilar (V2) 
Originam-se no gânglio pterigopalatino e na fossa pterigopalatina, saindo pelo forame 
esfenopalatino e dividindo-se em três ramos: 
• Ramos nasais posteriores súpero-laterais: Inervam a parede lateral da cavidade nasal. 
• Ramo nasopalatino: Dirige-se anteriormente e desce a parede medial da cavidade 
nasal, atravessa o canal incisivo e chega até à cavidade oral onde inerva a mucosa oral. 
• Ramos nasais posteriores ínfero-laterais: originam-se no nervo palatino maior, 
descem a fossa pteriogopalatina pelo canal palatino e atravessam pequenos forames 
para inervar a parede lateral da cavidade nasal. 
• Canais Naso-Lacrimais: cada um associado a uma 
das cavidades nasais. O canal naso-lacrimal 
relaciona-se com a cavidade nasal correspondente 
na medida em que conduz o excesso de lágrima 
proveniente do olho até à cavidade nasal através 
do meato nasal inferior, localizado entre a concha 
nasal inferior e pavimento nasal. 
 
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Anatomia Funcional: 
 
As funções da cavidade nasal prendem-se essencialmente com dois domínios: o respiratório 
e o olfativo. 
Para tal, as cavidades nasais são constituídas por três regiões: 
• Vestíbulo do Nariz: pequeno espaço dilatado interno à 
narina, revestido por pele 
• Região Respiratória: constitui grande parte da cavidade 
nasal e apresenta uma grande irrigação neuro-vascular 
sendo revestida por epitélio respiratório 
• Região olfativa: de pequena dimensão, situa-se no ápice 
de cada cavidade nasal e contém os recetores olfatórios. 
Todas estas regiões são altamente vascularizadas de 
forma a regular a temperatura e humidade do ar. 
 
Há a referir uma particularidade acerca da respiração - o percurso do ar é diferente para a 
inspiração e expiração: 
• Na inspiração, o ar passa essencialmente no meato nasal médio e na face superior da 
concha nasal inferior; 
• Na expiração, a via principal de passagem do ar é o meato nasal inferior. 
 
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Crânio em geral 
 
Abóboda craniana/Calvária vs Base do Crânio 
 
No crânio distinguem-se duas porções, uma superior que corresponde à abóbada e uma 
inferior que corresponde à base do crânio. 
A abóbada, também designada de calvária, é constituída por: 
• Anteriormente: Escama do osso frontal 
• Lateralmente: Ossos parietais e porções escamosas dos temporais 
• Posteriormente: Porção superior da porção escamosa do osso occipital 
O limite entre a calvária e a base do crânio corresponde a uma linha sinuosa que se estende 
desde o sulco nasofrontal, passa pela margem supraorbitária, arco zigomático, linha nucal 
superior e termina na protuberância occipital externa. 
O plano transversal, que permite distinguir 
abóbada craniana da base, interseta a 
glabela no osso frontal e a protuberância 
occipital externa, apresentado uma 
obliquidade ântero-posterior e formando 
um angulo de cerca de 25º com o plano 
horizontal. 
 
Desenvolvimento da cabeça 
 
O desenvolvimento do crânio e da face não se dá simultaneamente. No recém-nascido, o 
crânio encontra-se muito mais desenvolvido,ocupando grande parte da cabeça, ao contrario 
da face, sendo a relação de 1:8. Aos 2 anos de idade de 1:6 e aos 6 anos de idade de 1:4, 
proporção que se mantém na idade adulta. 
No entanto a origem dos ossos do crânio não é toda a mesma: 
• Os da base resultam da ossificação de um esboço cartilagíneo que se estende por toda 
a base do crânio, denominando se ossos primários ou de cartilagem – OSSIFICAÇÃO 
ENDOCONDRAL 
• Os ossos da calvaria desenvolvem se diretamente a partir do tecido conjuntivo 
embrionário denominando se ossos de membrana ou de revestimento – OSSIFICAÇÃO 
INTERMEMBRANOSA 
 
 
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Desenvolvimento dos ossos da calvária - ossificação intermembranosa 
• Os pontos de ossificação dos diversos ossos da calvária desenvolvem-se de forma 
regular do centro até à periferia. 
• O desenvolvimento da calvária dá-se em três fases distintas: a fase fonticular, a fase 
ósteossutural e a fase senil. 
 
Fase Fonticular 
Uma vez que os pontos de ossificação dos 
ossos da calvária se desenvolvem do centro 
para a periferia, é evidente que os ângulos dos 
mesmos (que são os pontos mais afastados do 
centro) sejam os últimos a ser invadidos por 
substância óssea. Não estando a ossificação 
terminada na altura do nascimento, é natural 
que as regiões onde convergem os ângulos 
dos ossos persistam num estado 
membranoso. Estas áreas da calvária 
membranosas e não-ossificadas (que constituem os pontos de junção dos vários ossos e que 
os separam uns dos outros) são denominadas de fontanelas ou fontículos. 
Na calvária existem seis fontanelas: duas médias, que são ímpares, e como o nome indica 
ocupam a linha mediana do crânio, e quatro laterais (pares - duas de cada lado - e simétricas). 
Fase Ósteo-sutural 
Devido ao seu crescimento periférico, os ossos unem-se, causando o desaparecimento das 
fontanelas. 
Os ossos vão articular-se através de sinartroses do tipo das suturas (ou sinfibroses), que 
resultam da sobreposição de tecido fibroso. Na calvária encontram-se as seguintes: 
• Sutura sagital - entre os parietais 
• Sutura metópica ou médio-frontal - entre as metades do frontal 
• Sutura coronal ou fronto-parietal - entre o frontal e os dois parietais 
• Sutura lambdoideia - entre a escama do occipital e as margens posteriores dos dois 
parietais 
• Sutura parieto-mastoideia – entre a porção mastoide do temporal e o parietal 
• Sutura escamosa ou temporo-parietal – entre a porção escamosa do temporal e o 
parietal 
 
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A atividade osteogénica ao nível das articulações imóveis, que é mantida até à idade adulta, 
irá permitir o aumento da calvária. 
Por volta dos 45 anos, quando essa membrana é ossificada os ossos da calvaria ficam soldados 
entre si e a capacidade do crânio não aumenta mais, as sinartroses fundem se, formando 
sinostoses. 
 
Fase senil 
Nesta fase ocorre um adelgamento da calvária, pelo desenvolvimento de todas as sinostoses 
(que antes eram sinartroses) - completa-se entre os 65 e os 80 anos. 
Sincondroses Cranianas - Unem entre si os ossos da cabeça e desaparecem com a ossificação 
progressiva 
• Sincondrose esfeno-occipital: dorso da sela e o occipital 
• Sincondrose esfeno-petrosa: esfenóide e a parte petrosa do temporal 
• Sincondrose petro-occipital: parte petrosa do temporal e o occipital 
• Sincondrose intra-occipital posterior: núcleos de ossificação posteriores e dois núcleos 
medianos do occipital 
• Sincondrose intra-occipital anterior: dois núcleos de ossificação anterior e dois 
núcleos medianos do occipital 
 
Calvária 
 
A calvaria é constituída por: 
• Anteriormente: Escama do osso frontal 
• Lateralmente: Ossos parietais e porções escamosas dos temporais 
• Posteriormente: Porção superior da porção escamosa do osso occipital 
Nas regiões superiores, o osso frontal articula-se com o osso parietal na sutura coronal. 
O osso parietal articula se com o osso occipital na sutura lambdoide. 
Nas partes inferiores da porção lateral da calvária, o osso frontal articula-se com a asa maior 
do osso esfenoide, que então se articula com o osso parietal na sutura esfeno-pareital e com 
a borda anterior do osso temporal na sutura esfeno-escamosa. 
Os dois ossos parietais articulam se na linha média na sutura sagital. 
Junções visíveis dessas suturas: 
• Bregma - onde as suturas coronais e sagitais se encontram 
• Lambda - Suturas lambdoides e sagitais se encontram 
• Ptérion - junção dos ossos frontal, parietal, esfenoide e temporal 
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Os ossos que compõem a calvária são únicos em sua estrutura, consistindo de densas 
camadas internas e externas de osso compacto separadas por uma camada de osso esponjoso 
(a diploe). 
 
Conformação externa da calvária 
Esta face relaciona se com o tecido subcutâneo e é convexa e lisa 
A calvaria é constituída pelas faces exocranianas do frontal onde se encontram a glabela e as 
tuberosidades frontais, pelos dois parietais (onde encontramos as tuberosidades parietais 
separadas pela sutura sagital e lateralmente a esta os forames parietais) e pelo occipital 
(representado por uma porção da sua escama) 
• Esta apresenta na linha mediana, e de anterior para posterior, a glabela e a sutura 
metópica do frontal, seguidas da sutura sagital. 
• Lateralmente, de anterior para posterior encontram se as tuberosidades frontais, a 
sutura coronal, as tuberosidades parietais, os forames parietais (que dão passagem à 
veia emissária parietal) e a sutura lamdoidea 
• Ínfero-lateralmente à tuberosidade parietal encontra se a fossa temporal que 
apresenta uma face e três limites: 
Limite Superior - linha temporal do osso parietal que se continua anteriormente com 
a linha temporal do osso frontal e com a margem lateral do processo zigomático do 
temporal 
Limite Inferior - processo zigomático do temporal que se continua com a margem 
póstero-superior do osso zigomático 
Limite Anterior - margem póstero-superior do osso zigomático, que se continua 
superiormente com a margem lateral do processo zigomático e pela linha temporal 
do osso frontal 
A face é constituída pela parte escamosa do temporal, a parte inferior do parietal, a 
porção temporal da asa maior do esfenoide e a porção mais lateral do osso frontal 
 
 
Conformação interna da calvária 
Relaciona se com o encéfalo e é concava, sendoconstituída pelas faces endocranianas do 
frontal, dos dois parietais e do occipital 
• Na Linha mediana, de anterior para posterior, encontram se a crista frontal, o sulco 
do seio sagital superior (estende se desde o ponto de bifurcação da crista do frontal 
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até à protuberância occipital interna) e a protuberância occipital interna (que é o 
limite posterior da calvaria) 
• Na região media da calvária e de cada lado do sulco reconhecem se as favéolas 
granulares de Pacchioni (que se desenvolvem nas meninges) 
• Lateralmente, de anterior para posterior, podemos encontrar as fossas frontais, a 
sutura coronal, as fossas parietais, a sutura lambdoideia e as fossas cerebrais do 
occipital 
 
Acidentes anatómicos desta face: 
• A folha de figueira corresponde a um conjunto de sulcos escavados no temporal e no 
parietal, pelos ramos da artéria meníngea média e suas veias satélite. 
• A duramáter, na porção temporoparietal, constitui um plano facilmente descolável a 
nível da ramificação da artéria meníngea média, chamada a área descolável de Gérard 
Marchant. 
• Em redor do sulco onde se inicia o seio sagital superior no frontal, é frequente 
ocorrerem foveólas granulares de número e distribuição variáveis, escavadas por 
grânulos de tecido subaracnoideu (corpúsculos de Pacchioni). Por vezes, são 
encontradas de apenas um dos lados da sutura, quase sempre o esquerdo, onde são, 
por norma, mais profundas. Estes grânulos permitem a comunicação entre o espaço 
subaracnoideu (onde circula o líquido cefalo-raquidiano) e o seio sagital superior, 
proporcionando a passagem de líquidoem excesso para a corrente sanguínea e 
impedindo o refluxo do sangue venoso para o espaço subaracnoideu. 
As consequências clínicas de uma 
fratura craniana nessa área podem ser 
muito graves, uma vez que o osso 
nesta área é particularmente fino e se 
sobrepõe à divisão anterior da artéria 
meníngea média, que pode ser 
rasgada por uma fratura craniana 
nessa área, resultando num 
hematoma extradural. 
 
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Base do Crânio 
 
Conformação externa da base
 
Divide-se em 2 porções: 
• Anterior – articula-se com o maciço ósseo da face, denominada de porção facial 
• Posterior - livre, denominada de porção temporo-occipital 
Porção Facial: tem como principais constituintes o etmoide, a porção orbito-nasal do frontal 
e o esfenoide. Divide-se em duas porções: 
Porção média (anterior para posterior): 
• bordo nasal e espinha nasal do frontal 
• Face inferior do etmoide 
• Face anterior do corpo do esfenoide, aberturas dos seios esfenoidais 
• Face inferior do corpo do esfenoide 
 
Porção lateral (anterior para posterior): 
• Faces orbitárias do frontal 
• Face inferior das asas menores do etmoide 
• Face exocraniana (lateral e anterior) das asas maiores do esfenoide (separado das asas 
menores pela fissura orbital superior) 
• Processos pterigoides (união das asas maiores e o corpo do esfenoide) 
 
Porção Temporo-occipital: 
Linha média (de anterior para posterior): 
• Face inferior da porção basilar do occipital com o tubérculo faríngeo (para a rafe da 
faringe), fóssula navicular e no seu fundo fóssula faríngea 
• Forame magno 
• Crista occipital externa 
• Protuberância occipital externa 
Porções laterais: 
Divididas em duas zonas triangulares - anterolateral/temporal e posteromedial/occipital – por 
meio de uma linha que vai desde a margem posterior da lâmina medial do processo 
pterigoideu até à margem posterior do processo mastoide. Esta linha passa pela fissura petro-
occipital e pelo forame jugular. 
• Triângulo Temporal - Constituído pela face inferior do temporal e extremo posterior, 
anguloso, da asa maior do esfenóide. A asa maior ocupa o ângulo entre a porção 
escamosa e a margem anterior da parte petrosa. 
Neste triângulo observam-se lateralmente e de anterior para posterior: tubérculo 
articular (raiz transversa do processo zigomático do temporal), fossa mandibular 
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(ATM), processo mastoide, incisura mastóidea (ventre posterior do músculo 
digástrico) e sulco para artéria occipital. Medialmente, todos os acidentes anatómicos 
da face inferior da porção petrosa do temporal 
• Triângulo Occipital - anteriormente, porção lateral do occipital (côndilos + canal do 
nervo hipoglosso + canal condilar). Posteriormente, escama occipital (linhas nucais 
superior e inferior) 
 
Forames existentes apenas na superfície externa da base do crânio: 
 
• Forame supraorbital - nervos e vasos supraorbitais (ver pág. 4) 
• Forame frontal - vasos supratrocleares (nervo passa inferiormente) (ver pág. 4) 
• Canal palatovaginal - nervo e artéria faríngea 
• Canal pterigóideo - nervos e vasos do canal 
• Fissura de Glaser (fissura tímpano petro-escamosa) – artéria timpânica, ramo da 
artéria maxilar, ramo da artéria carótida externa… 
• Forame estilo-mastóideo: saída do nervo facial (VII), artéria estilo-mastóidea 
• Canalículo Timpânico - nervo timpânico de Jakobson (do nervo glossofaríngeo) 
• Meato acústico externo – coluna de ar 
• Canalículo mastoideu – ramos auricular do nervo vago (ramo comunicante entre o 
nervo facial e o nervo vago) 
 
Pág. | 45 
 
Conformação interna da base 
Constituída por três fossas/andares: anterior, média e posterior 
Fossa anterior 
Limitada anteriormente pela porção vertical (escama) do frontal. 
• Póstero-medialmente: sulco pré-quismático 
• Póstero-lateralmente: margem posterior das asas menores do esfenoide 
Constituída por porções de diversos ossos: 
• Frontal - fossas frontais, crista frontal e parte orbital (eminências da parede superior 
das órbitas) 
• Etmoide - crista etmoidal (Galli) e lâmina cribriforme 
• Esfenoide - porção anterior da face superior do corpo e asas menores 
 
Foramenes existentes na fossa anterior da superfície interna do crânio: 
Forame Cego (A) 
Veia emissária para o seio sagital superior ou 
prolongamento dura-máter 
Fenda Etmoidal (B) Prolongamento da dura-máter 
Forame Etmoidal Anterior (C) 
- Artéria Etmoidal Anterior (ramo da artéria 
oftálmica  ramo da artéria carótida 
interna) 
- Nervo Etmoidal Anterior (ramo do nervo 
nasociliar  ramo do nervo oftálmico (V1)) 
Forames da Lâmina Cribriforme (D) Ramos do Nervo Olfativo (I) 
Forame Etmoidal Posterior (E) 
 
-Vasos Etmoidais Posteriores (ramo da 
artéria oftálmica  ramo da artéria carótida 
interna) 
- Nervo Etmoidal Posterior (ramo do nervo 
nasociliar  ramo do nervo oftálmico (V1) 
 
Canal Ótico (F) 
 
- Artéria Oftálmica (ramo da artéria carótida 
interna) 
- Nervo Ótico (II) 
 
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Fossa Média (Fossa esfenotemporal) 
É limitada 
• Anteriormente: limite posterior da fossa anterior do crânio 
• Póstero-medialmente: dorso da sela do esfenoide 
• Póstero-lateralmente: margem superior da porção petrosa dos temporais 
Constituída por porções de diversos ossos: 
• Esfenoide - na sua linha média pelo corpo até ao dorso da sela e lateralmente pela 
face endocraniana das asas maiores 
• Temporal - face endocraniana/medial da porção escamosa e face ântero-superior da 
porção petrosa 
Foramenes existentes na fossa média da superfície interna do crânio: 
Fissura orbital superior (G) 
-Nervo oculomotor (III) 
-Nervo troclear (IV) 
-Nervo abducente (VI) 
-Ramos terminais do nervo oftálmico 
(nasociliar, frontal e lacrimal) 
-Veia oftálmica superior 
Forame redondo (H) -Nervo maxilar (V2) 
Forame oval (I) 
-Nervo mandibular (V3) 
-Artéria meníngea acessória (ramo da a. 
carótida externa) 
-Nervo petroso menor (inconstante) 
Forame Petroso 
(abertura superior do canal inominado 
de Arnold) 
-Nervo petroso menor 
Forame espinhoso (J) 
-Ramo acessório do nervo mandibular (V3) 
-Vasos meníngeos médios 
Forame venoso (Vesalius) (inconstante) -Veia emissária 
Forame lácero (L) Nervo petroso maior 
Canal Carótico (abertura superior) (M) 
-Artéria carótida interna 
-Plexos carotídeos internos 
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Hiato do nervo petroso menor (N) 
-Nervo petroso menor (ramo do nervo 
timpânico, que é ramo do nervo 
glossofaríngeo (XII) 
Hiato do nervo petroso maior (O) 
-Nervo petroso maios (ramo do nervo facial 
(VII) 
 
Nesta fossa, ao nível do corpo do esfenoide, encontra-se a sela turca do esfenoide, para a 
glândula hipofisária e o sulco do seio carótico para a passagem da artéria carótida externa. 
Em seu redor está o seio cavernoso onde passam: 
• Artéria Carótida Interna (superiormente) 
• Nervo Abducente (VI) (inferiormente) 
Entre o seio e a sua lâmina lateral passa, de superior para inferior: 
• Nervo Oculomotor (III) 
• Nervo Troclear (IV) 
• Nervo Oftálmico (V1) 
• O nervo maxilar (V2) passa na sua periferia. 
Este seio cavernoso vai drenar nos seios petroso superior e inferior. 
 
Fossa Posterior (occipitotemporal) 
É limitada: 
• Anteriormente pelo limite posterior da fossa média 
• Posteriormente pelos sulcos dos seios transversos 
Esta é a maior das fossas e contém o cerebelo, a medula oblonga (mielencefalo) e a ponte 
(metencéfalo). 
É constituída por porções de diversos ossos: 
• Temporal - face póstero-superior da porção petrosa 
• Occipital - clivo, crista occipital interna, protuberância occipital interna, fossas 
cerebelosas e sulcos do seio transverso 
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Foramenes existentes na fossa posterior da superfície interna do crânio: 
Forame Magno (V) 
-Medula oblonga 
-Artérias vertebrais 
-Meninges 
-Ramos espinhais do nervo acessório (XI) 
Forame Medial do Canal do Hipoglosso 
(U) 
Nervo hipoglosso (XII) 
Forame Lateral do Canal Condilar 
(inconstante) (T) 
Veia emissária

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