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2º TRABALHO DE DIREITO ADMINISTRATIVO I Prof.: Lorrayne Simões Valor: 5,0 pts Componentes: Juliana Lauren Rodrigues Silva RA: 5150577 1) Diferencie excesso de poder e desvio de poder. No excesso de poder, o agente público atua sem competência, seja por sua total ausência, seja por extrapolar os limites da competência que lhe foi legalmente atribuída, exorbitando, assim, suas faculdades administrativas e, consequentemente, incorrendo em ofensa formal à lei. Já no desvio de poder, a autoridade age dentro dos limites da sua competência, mas o ato não atende o interesse público enunciado na norma que lhe atribuiu competência para agir, ferindo, portanto, os objetivos por ela colimados, razão pela qual incorre em violação ideológica da lei. 2) Diferencie poder vinculado de poder discricionário. O Poder Vinculado é aquele em que a lei prevê a conduta e todos os detalhes a serem praticados pela Administração Pública, sem dar liberdade de escolher ou outra formar de agir. O poder vinculado ou regrado é aquele que o Direito Positivo – a lei - confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Desta forma, o administrador fica vinculado ao que está previsto na lei, não tendo liberdade para agir de outra forma, pois se assim fizer o ato será nulo. Já o Poder Discricionário é aquele no qual é permitido a Administração Pública praticar atos com a liberdade de escolha, pautada na conveniência e oportunidade. Ao utilizar-se do Poder Discricionário o administrador deve fazer a escolha entre as alternativas permitidas no ordenamento, sob pena de agir com arbitrariedade. Nos casos em que o ato discricionário é pratica com abuso de autoridade ou fora dos limites legais, ou ainda com finalidade diversa ao interesse público, ele será ilegítimo e nulo. 3) Acerca do poder disciplinar, assinale a alternativa INCORRETA: a) O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais. b) Trata-se de poder interno porque somente pode ser exercido sobre agentes públicos, não permanente porque é aplicado apenas se e quando o agente cometer falta funcional, e discricionário porque a administração tem certa margem de liberdade para escolher a punição mais adequada. c) O art. 127 da Lei 8112/90 prevê seis penalidades diferentes para faltas funcionais, quais seja: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão e destituição de função comissionada. d) O poder disciplinar admite discricionariedade quanto à aplicação ou não de penalidade quando constatada a falta funcional. 4) No que se refere aos contratos administrativos, assinale “V” para as alternativas verdadeiras e “F” para as alternativas falsas: (V) Compete privativamente à União criar normas gerais sobre licitações e contratos administrativos. (V) Em regra, a celebração do contrato administrativo exige prévia licitação, exceto nos casos de contratação direta previstos em lei. (F) Os contratos administrativos são regidos pelo Direito Civil e pelo Direito Empresarial. (V) Nos contratos administrativos, as partes envolvidas não estão em condições de igualdade, em virtude da prevalência do interesse público sobre o privado, o que faz com que a relação seja de verticalidade, ficando a Administração Pública em posição de superioridade em relação ao particular. (V) Regra geral, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração Pública. 5) Defina poder regulamentar. Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Seu alcance é apenas de norma complementar à lei; não pode, pois, a Administração, alterá-la a pretexto de estar regulamentando-a. Se o fizer, cometerá abuso de poder regulamentar, invadindo a competência do Legislativo. O poder regulamentar é de natureza derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei existente. Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da Constituição. Ela consiste na possibilidade de os Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos para dar fiel execução à lei. Decorrente do poder hierárquico, enquadra-se em uma categoria denominada poder normativo, que inclui as diversas categorias de atos gerais, tais como: regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias. Conforme artigo 84, inciso IV, da Constituição Federal 6) No que se refere ao poder de polícia, assinale “V” para as alternativas verdadeiras e “F” para as alternativas falsas: (V) Representa uma atividade estatal restritiva dos interesses privados, limitando a liberdade e a propriedade individual, em prol do interesse público. (V) O poder de polícia não se reduz à atuação estatal de oferecimento de segurança pública, sendo bem mais abrangente do que o combate à criminalidade, vez que fundamenta qualquer atividade fiscalizatória do Estado. (V) O fechamento de um estabelecimento pela vigilância sanitária, por infestação de baratas e ratos, é um exemplo do exercício do poder de polícia. (V) O poder de polícia encontra respaldo no princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, vez que a atuação estatal, no exercício de tal poder, visa resguardar o interesse público. (V) Um regramento municipal que define o tamanho mínimo das calçadas a serem construídas nos imóveis particulares, é exemplo da aplicação do poder de polícia. (F) O poder de polícia pode ser delegado a particulares contratados pela Administração. (F) É permitida a delegação, a particulares, de atos preparatórios, que servem de apoio instrumental, para que o Estado exerça o poder de polícia.