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Absolutismo: Poder Monárquico Absoluto

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Absolutismo
 No final da Idade Média, conforme o poder monárquico se fortalecia. Diversos pensadores passaram a afirmar a necessidade de o Estado concentrar o comado da política e o domínio sobre a sociedade. Para eles, era importante que os reis impusessem seu controle absoluto, pois assim evitariam ou limitariam as disputas e os conflitos internos.
 Esse poder pleno dos reis era justificado de muitas maneiras. Para alguns teóricos, ele era oriundo de Deus. Outros o consideravam uma forma de impedir que os homens se auto destruíssem. Também houve quem afirmasse que o monarca deveria ser hábil e prudente na condução dos assuntos públicos, para governar com tranquilidade e evitar ameaças de golpes e usurpação do poder.
 Os soberanos podiam fazer as leis e realizar julgamentos, dominavam os parlamentos e a administração pública, exerciam o comando militar e o religioso. Definiam o acesso à nobreza, atribuindo ou vendendo títulos, e a controlavam por meio da concessão de benefícios e privilégios. Estimulavam a ascensão financeira da burguesia e, ao mesmo tempo, limitavam seu acesso a cargos políticos.
Características do absolutismo:
-Formação de exércitos permanentes em lugar de pequenos exércitos de guerreiros medievais, permitindo a gradativa passagem de vassalos a súditos.
- Formação de uma burocracia estatal
-Implementação de um sistema fiscal tributário que permitiu a constituição de um mercado nacional unificado e a codificação do direito.
- Padronização de pesos e medidas e o estabelecimento de moedas nacionais
- Intervenção estatal da economia.
- Padronização de idiomas nacionais e estabelecimento das primeiras regras gramaticais das línguas vulgares (português, castelhano, inglês, Francês).
A natureza social do Absolutismo:
Todos esses aspectos parecem apontar para o vínculo entre os Estados absolutistas, o capitalismo e os interesses da burguesia. No entanto a nobreza e o clero continuaram a ser as classes dominantes, como haviam sido durante o período medieval. A dominação social residia na posse da terra e na produção de tipo feudal, baseada na exploração dos camponeses/servos.
 A centralização política não alterou as bases dessa dominação. Pelo contrário, o Estado absolutista permitiu um maior controle social sobre a massa camponesa, tornando-se eficiente para reprimir revoltas populares com seus exércitos e controlar comportamentos inadequados por meio da inquisição.
 Os principais cargos e funções eram ocupados pela aristocracia. Ela forneceu os quadros para a burocracia monárquica. Integrantes do mundo urbano e da burguesia também compunham a burocracia absolutista. Mas não se tronaram o grupo dominante desses Estados.
 O Estado absolutista dominava a tal ponto a vida política da sociedade europeia na Idade Moderna que um rei pôde dizer de si mesmo: “O Estado sou eu”. A frase foi atribuída a Luís XIV, conhecido como “rei Sol”, que governou a França entre 1661 e 1715. Essa visão do poder certamente seria compartilhada por outros monarcas absolutistas Europa e encontrava sua legitimidade teoria na obra de diversos pensadores e filósofos. Os mais representativos foram:
· Jean Bodin (1530-1596), para quem o rei detinha a soberania – isto é, o poder de criar ou revogar as leis – e no exercício dessa soberania tinha poder supremo sobre os súditos, sem nenhuma limitação, a não ser a lei divina;
· Thomas Hobbes (1588-1679), autor de Leviatã, no qual desenvolveu a teoria de que os seres humanos, em troca de segurança, haviam conferido toda a autoridade a um soberano – por isso, o poder do soberano sobre os súditos era absoluto;
· Jacques Boussuet (1627-1704), bispo, autor da obra Política tirada da Sagrada Escritura; defendeu a teoria da origem divina do poder real. Segundo essa teoria, o poder do rei era absoluto porque vinha de Deus. Logo, ele devia satisfação de seus atos apenas ao Criador.
· Nicolau Maquivel (1469 – 1527), ficou conhecido principalmente pelas suas frases simbólicas para retratar o governo ideal. Uma das alternativas para construir um governo forte seria a separação entre moral e política, uma vez que as razões do Estado deveriam ser superiores a quaisquer valores culturais e sociais da nação. Maquiavel elaborou a tese de que o Príncipe (Líder político) deveria aprender a ser mau para conseguir manter o poder e, além disso, defendeu um governo em que os indivíduos eram vistos como súditos, que deveriam apenas cumprir ordens.

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