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Prévia do material em texto

Ética e Legislação 
Profissional
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Samuel Dereste Santos
Prof. Dr. Silvio Pinto Ferreira Junior
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Fundamentos da Democracia e da Cidadania
• Democracia e Cidadania;
• Constituição Brasileira, Direitos e Deveres
dos Cidadãos e Profissionais.
• Discutir a importância do conceito de democracia e cidadania no Brasil;
• Discutir sobre a importância da constituição e dos deveres e direitos dos cidadãos;
• Subsidiar o aluno nos conhecimentos fundamentais sobre a cidadania e democracia e sua 
interface com a atuação profi ssional.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Fundamentos da Democracia
e da Cidadania
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Fundamentos da Democracia e da Cidadania
Democracia e Cidadania
Origens da Democracia e os Pensadores Gregos
Para dar início ao estudo da democracia e seu impacto na história da humani-
dade e nos dias atuais, é importante analisar o conceito de democracia, ainda no 
mundo clássico. Para os gregos, o termo democracia significava demos – povo e 
kratia, de kratos, governo, poder e autoridade. Na Grécia Antiga, a cidade-estado 
de Atenas é o símbolo do desenvolvimento das cidades e do comércio, além da 
expansão populacional.
Figura 1 – A Acrópole de Atenas.
As acrópoles da Antiga Grécia eram “cidades altas”, construídas no ponto mais 
elevado das cidades e serviam originalmente como proteção contra invasores 
de cidades inimigas, e quase sempre eram cercadas por muralhas. Com o tem-
po, passaram a servir como sedes administrativas civis ou religiosas. Foi cons-
truída por volta de 450 a.C, sendo um dos símbolos do mundo grego antigo
Fonte: Wikimedia Commons
Porém, o mundo grego possuía um desenho bastante distinto do que entendemos 
como senso comum sobre o conceito de democracia. O conceito vivido no mundo gre-
go correspondia à realidade da época e das relações sociais, porém, é um momento 
histórico de grande importância, pois surge o conceito de vida pública.
A democracia grega possuía duas características de 
grande importância para a Filosofia: a primeira afirmava 
a igualdade de todos os homens adultos perante as leis, 
e o direito de participarem do governo da cidade. A se-
gunda característica, por sua vez, é que quem atendesse 
ao primeiro requisito, tinha direito de participar do governo e exprimir e defender 
suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia, assim, a figura 
política do cidadão (COTRIM, 2012).
Porém, vale salientar que estavam excluídos da Ágora os que os gregos consi-
deravam dependentes, como mulheres, escravos, crianças, velhos e estrangeiros. 
Notadamente, a democracia que vivemos atualmente não é a que os gregos viviam 
por volta do século VI A.C. (COTRIM, 2012).
“Os gregos são referên-
cia no mundo clássico 
sobre o entendimento 
atual de democracia”.
8
9
Para que suas ideias fossem aceitas nas assembleias, os cidadãos precisavam sa-
ber falar e ser capazes de persuadir seus ouvintes. Nesse cenário ocorreu uma mu-
dança profunda na educação grega. Era necessário que houvesse uma “estrutura 
social” que permitisse que os cidadãos pudessem aprender conceitos fundamentais 
e, assim, opinar e atuar politicamente de forma adequada.
A partir do momento em que o cidadão precisa de conhecimentos para poder 
exercer sua cidadania de forma correta, a educação ganha destaque:
Ora, qual é o momento em que o cidadão mais aparece e mais exerce sua 
cidadania? Quando opina, discute, delibera e vota nas assembleias. As-
sim, a nova educação estabelece como padrão ideal a formação do bom 
orador, isto é, aquele que saiba falar em público e persuadir os outros na 
política. (CHAUÍ, 2000: 43)
Ainda no mundo grego, eram denominados Sofistas os professores que ensi-
navam seus alunos a vencerem discussões, mesmo que fazendo uso da técnica de 
argumentar sem responder. Estes não eram bem vistos pelos filósofos, porque co-
bravam para ensinar seus alunos como discursar e convencer alguém, até mesmo 
em uma discussão de inverdades.
Porém, para alguns historiadores, os Sofistas são considerados os verdadeiros 
representantes do espírito democrático, por representarem a pluralidade conflitu-
osa de opiniões e interesses, ao passo que seus adversários seriam partidários de 
uma política aristocrática para a qual algumas opiniões e interesses deveriam pre-
valecer sobre as opiniões do restante da sociedade (COTRIM, 2012).
Figura 2 – Aristóteles ensinando Alexandre, o grande. Gravura de Charles Laplante (1886).
Uma gravura bastante signifi cante no sentido de que a educação estava atrelada
apenas a uma parte restrita da população
Fonte: Wikimedia Commons
Sócrates, um dos grandes filósofos da antiguidade clássica, discordava dos an-
tigos poetas, filósofos e dos sofistas, ao propor que, antes de pretender persuadir 
os outros, cada um deveria conhecer-se a si mesmo. Uma frase atribuída a este 
pensador é: Antes de conhecer o outro, “conhece-te a ti mesmo”. 
9
UNIDADE Fundamentos da Democracia e da Cidadania
Figura 3 – Sócrates e seus Alunos, Gravura de Johann Friedrich Greuter. 
As questões existenciais buscadas por Sócrates permeiam diversas 
discussões dentro da filosofia clássica
Fonte: Wikimedia Commons
No período Socrático, o homem se volta para o conhecimento do seu espírito e 
de sua capacidade de conhecer a verdade. Sócrates procura a essência verdadeira das 
coisas, das ideias e dos valores, não por meio de opiniões, mas procurava o conceito 
daquilo que era relacionado a nós mesmos, às coisas, aos valores e às ideias.
Qual a diferença entre uma opinião e um conceito?
A opinião varia de pessoa para pessoa, de lugar para lugar, de época para época. É instável, 
mutável, depende de cada um, de seus gostos e preferências. 
Já o conceito, ao contrário, é uma verdade intemporal, universal e necessária que o pensamen-
to descobre, mostrando que é a essência universal, intemporal e necessária de alguma coisa.
Ex
pl
or
A busca de Sócrates não estava no entendimento das questões superficiais, como 
beleza, por exemplo, mas sim nas questões profundas e que movem a humanidade 
desde os tempos imemoriais. Questões como:
• O que é a beleza?• Qual é a essência ou o conceito do belo? 
• O que é o justo? 
• O que é o amor? 
• O que é amizade?
• O que é a vida?
Essa contribuição que Sócrates dá à Filosofia neste período foi de extrema im-
portância, pois estimulou a reflexão, o entendimento e a definição do lugar que o 
homem ocupa no mundo, frente às constantes mudanças que ocorrem, e permitiu 
a consolidação da importância da educação neste contexto (COTRIM, 2012).
10
11
Conceitos de Cidadania
Como vimos anteriormente, os gregos definem como cidadão uma classe social 
que tinha aptidão para defender, na Ágora, suas ideias de como deveriam ser toma-
das as decisões. Durante muito tempo, o conceito original de cidadania, historica-
mente, não se estendia a toda a população. Imaginemos uma época desprovida de 
indústria, tecnologia, meios de comunicação como os conhecemos hoje, crenças 
diferentes, enfim, só por isso tudo já podemos imaginar que ser cidadão na Grécia 
ou na Roma antiga era muito diferente da ideia de cidadania que temos hoje.
Segundo Herbert de Souza (1995), cidadão é um indivíduo que tem consciência 
de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade. 
Um cidadão com sentimento ético forte e consciência da cidadania não deixa pas-
sar nada, não abre mão desse poder de participação (...). A ideia de cidadania ativa 
é ser alguém que cobra, propõe e pressiona o tempo todo. O cidadão precisa ter 
consciência de seu poder, para poder interferir no meio em que vive.
Já para Dermeval Saviani (2006), define-se como cidadão o sujeito que tem di-
reitos e deveres, pois ele está capacitado a participar da vida da cidade, porém, irá 
lidar com uma sociedade na qual terá direitos, e em contrapartida, deveres.
Desta forma, a cidadania pode ser entendida como o compromisso de fazer 
mudanças significativas em sua comunidade, estado e país, contribuindo para a me-
lhoria da qualidade de vida da coletividade, hoje com um viés muito mais inclusivo, 
onde todas as pessoas possuem um papel nesse cenário (DIAS, 2004).
A participação cidadã supõe o resgate de experiências anteriores e a criação de 
novas formas de atuação na sociedade, partindo do princípio de que todos os indiví-
duos, desde o analfabeto até o letrado, podem e devem expor seus próprios interes-
ses e pontos de vista, sem distinção de gênero ou classe social, com possibilidade 
e espaço para manifestação e debate dentro de sua consciência pessoal e coletiva.
A formação da atitude democrática tem como instrumento principal o exercício 
da participação dos cidadãos e de sua consciência, para que se possa compreender 
os problemas que estão a sua volta e de sua comunidade, e de que maneira se pode 
saná-los por meio do conhecimento das leis do país (DIAS, 2004). 
O indivíduo participativo torna-se cidadão na medida em que atua efetivamente da 
vida de sua comunidade, cidade, estado ou país, se transformando em sujeito crítico, 
com capacidade de realizar escolhas e defender seus direitos e cumprir seus deveres.
A participação pode ser entendida como um sentimento de respeito à dignidade 
humana, que requer um comportamento de valorização do diálogo, respeito mú-
tuo; quando se propõe a discutir ideias, exige atuação em presença física, espaço 
para descentralização das decisões, oportunidade de acesso às informações e, prin-
cipalmente, capacidade de julgamento da realidade (DIAS, 2004).
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UNIDADE Fundamentos da Democracia e da Cidadania
Constituição Brasileira, Direitos e 
Deveres dos Cidadãos e Profissionais
Fundamentos de Direito no Mundo
O Direito Romano, que é considerado o primeiro 
ordenamento jurídico do mundo ocidental, previa di-
reitos fundamentais que foram escritos nas 12 tábuas, 
conhecido como “Lei das XII Tábuas”. Porém, tais di-
reitos se referiam à parcela dominante da população, 
excluindo-se dela os estrangeiros e plebeus.
A independência dos Estados Unidos, declarada por 
Thomas Jefferson em 1776, é um marco na história 
do direito. A deflagração da guerra em função da não 
aceitação, por parte da Inglaterra, da independência 
das suas 13 colônias, a então independência dos Esta-
dos Unidos da América implicou na elaboração da 1ª 
Constituição escrita do mundo, e trouxe nela direitos 
fundamentais, como a propriedade privada e liberda-
des individuais (PRADA e MESQUITA, 2019).
Esta constituição, denominada de Bill of Rights, trouxe 10 emendas que previam 
direitos fundamentais dos cidadãos e os limites de atuação do governo dentro da so-
ciedade. A primeira emenda, por exemplo, garante a liberdade de manifestação de 
pensamento, de imprensa, de associação/reunião para protestos e o Estado laico. 
Porém, existia a exclusão de grupos sociais, pois o Estado só proíbe a escravidão 
em 1863, com a Proclamação da Emancipação, de Abraham Lincoln.
Figura 5 – Carta dos Direitos (Bill of Rights). Primeira versão da constituição dos Estados Unidos da América
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 4 – Lei das XII Tábuas 
Romanas - conceito inicial 
do mundo moderno sobre a 
noção de direitos e deveres
Fonte: eicee.org
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13
Muitas Constituições, ao redor do mundo, consideram que a razão é a melhor 
maneira de se conquistar liberdade e autonomia, opondo-se ao absolutismo que 
dominou muitas nações. A Constituição Portuguesa, de 1822, é uma das que se 
apropriou dos conceitos de igualdade e fraternidade entre as pessoas e foi utilizada 
como base para a primeira Constituição Brasileira, promulgada em 1824 (PRADA 
e MESQUITA, 2019).
Durante o Regime Militar, mesmo com os direitos fundamentais previstos na 
Constituição de 1967, os cidadãos sofreram limitações e restrições, muitas delas 
oriundas da Emenda Constitucional (Ato Institucional 5) implementada pelo então 
presidente Artur da Costa e Silva. Dentre algumas delas, estava a privação do direi-
to de ir e vir e a imposição da censura aos veículos de comunicação. 
Porém, este período findou com o movimento das Diretas Já, e com a imple-
mentação da Constituição de 1988, também chamada de constituição cidadã, as 
liberdades e direitos fundamentais foram retomados, diminuindo as desigualdades e 
aumentando a equidade (PRADA e MESQUITA, 2019).
A Constituição do Brasil de 1988
Com o término do Regime Militar, foi elaborada uma nova constituição para 
atender os preceitos do processo de redemocratização que se iniciou. Em 1988 foi 
aprovada, pelo então presidente José Sarney, a nova Constituição Brasileira, que 
vigora até os dias atuais.
Figura 6 – Sessão solene que estabeleceu a Constituição Federal de 1988
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Fundamentos da Democracia e da Cidadania
Figura 7 – Ulysses Guimarães segurando uma cópia da nova constituição Federal
Fonte: Wikimedia Commons
O estabelecimento da nova constituição foi de suma importância para desenhar 
o novo perfil do Brasil após o período da ditadura militar e dos novos anseios das 
pessoas e da sociedade.
A Organização das Instituições e o Modo de Participação 
Segundo a Nova Constituição de 1988
A Constituição Brasileira garante aos cidadãos brasileiros a possibilidade de par-
ticiparem diretamente das decisões importantes da nação. Tal participação pode se 
dar através de:
• Conselhos que representem segmentos específicos da população, sejam crian-
ças e adolescentes, mulheres, negros e idosos, dentre outros;
• Conselhos Comunitários que reúnam pessoas, instituições sociais e empre-
sariais com o objetivo de buscar soluções para problemas comuns que afetem 
determinada localidade;
• Movimentos Sociais que reivindiquem e busquem conquistas de direitos civis, 
políticos e sociais;
• Movimentos de Gestão que reúnam pessoas, organizações sociais e empre-
sariais dispostas a participar no planejamento, execução e avaliação dos servi-
ços públicos (DHNET, 2019).
Os Movimentos, Instituições Sociais, Organizações Não Governamentais, Em-
presas e todas as formas de organização da sociedade podem representar, legal-
mente, as necessidades da população. Por essa razão, devem ser respeitadas,refor-
çadas e qualificadas para que, juntas, possam criticar a realidade e construir uma 
nova forma de convivência pacífica e organizada, que possa promover uma melhor 
qualidade de vida para todos os brasileiros (DHNET, 2019).
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15
Para o debate de soluções dos problemas nas esferas local, municipal, estadual 
ou federal, a Constituição prevê a participação da sociedade civil por meio de meca-
nismos como: o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, o referendo e o plebiscito, 
que atestam o avanço extraordinário no tratamento jurídico do respeito e garantia 
à vigência dos direitos humanos e do atendimento dos preceitos da constituição.
Em seu primeiro artigo, a constituição define a República Federativa do Brasil 
como a união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal, constituindo-
-se, assim, em um Estado Democrático de Direito. Sendo assim, cabe às pessoas 
determinarem as regras jurídicas sob as quais desejam viver. Porém, a criação de 
regras jurídicas não é a única questão, pois é necessário garantir aos cidadãos os 
instrumentos jurídicos de defesa, para que, caso as leis não sejam respeitadas, isso 
possa ser contestado (DHNET, 2019).
Os instrumentos de defesa disponíveis na constituição são:
• Habeas-Corpus: visa impedir ou interromper uma prisão, o cessar uma ação 
penal sem fundamento, ou ainda, garantir o direito de ir e vir. Qualquer pessoa 
pode requerê-lo gratuitamente para si ou terceiros;
• Habeas-Data: visa dar conhecimento ou retificar informações a seu respeito 
que constem de arquivos e registros de órgãos governamentais ou de caráter 
público. Qualquer pessoa pode requerê-lo gratuitamente;
• Mandado de segurança: visa o combate de ilegalidades ou abuso de poder, 
nos casos que não caiba “habeas-corpus” ou “habeas-data”, visando proteger 
um direito ameaçado. Qualquer cidadão pode requerê-lo gratuitamente.
• Ação Popular: visa preservação dos interesses da coletividade contra atos de 
improbidade administrativa. Qualquer cidadão pode propor uma ação popular 
(DHNET, 2019).
Direitos e Deveres na Constituição do Brasil de 1988
A constituição garante que todos os cidadãos tenham seus direitos respeitados e 
cumpram seus deveres em prol da coletividade. São deveres dos cidadãos brasileiros:
• Votar e eleger seus representantes;
• Cumprir as leis do país;
• Respeitar os direitos sociais dos seus semelhantes;
• Proteger a natureza e o meio biótico natural;
• Proteger o patrimônio público e social do Brasil;
• Colaborar com as autoridades;
• Dentre outros.
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UNIDADE Fundamentos da Democracia e da Cidadania
Direitos:
• Igualdade de Homens e mulheres perante a lei;
• Acesso à saúde, educação, moradia, segurança, lazer, vestuário, alimentação 
e transporte;
• Não submissão a condições de tortura ou tratamento desumano e degradante;
• Manifestação do livre pensamento, sendo vedado o anonimato;
• A inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença;
• Dentre outros.
A Constituição de 1988 reserva cinco capítulos aos direitos fundamentais do 
cidadão, com várias categorias sobre os direitos individuais e coletivos. Algumas 
leis são fundamentais para o seu conhecimento, como o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, Estatuto do Idoso, dentre outros. 
16
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Ética e Cidadania
“Ética e Cidadania” de Silvio Gallo (Org). Sugiro a leitura da Unidade 5 – Ética e 
Civilização, para aprofundar os conteúdos abordados no material.
 Vídeos
Ética e Cidadania no Brasil: Cortella, Pondé e Karnal
Todo cidadão tem direito a exercer a cidadania, isto é, seus direitos de cidadão, direitos 
esses que são garantidos constitucionalmente nos princípios fundamentais. Exercer 
os direitos de cidadão, na verdade, está vinculado a exercer também os deveres de 
cidadão. Neste vídeo, os autores discutem aspectos contemporâneos sobre a ética e a 
cidadania no contexto do Brasil.
https://youtu.be/24oyWJ6Cp64
Política, Ética e Filosofia no Dia a Dia
Neste vídeo, Mário Sérgio Cortella, um dos filósofos mais importantes no contexto 
brasileiro, explana as interfaces entre esses 3 assuntos no dia a dia dos brasileiros.
https://youtu.be/zVYw3YGa-0U
 Leitura
As Percepções sobre Democracia, Cidadania e Direitos
PAIVA, D.; SOUZA, M. R.; LOPES, G. F. As percepções sobre Democracia, Cidadania 
e Direitos in Revista Opinião Pública – Vol. X, nº 2, Outubro, 2004, p. 368-376 
https://bit.ly/2yGo8iO
17
UNIDADE Fundamentos da Democracia e da Cidadania
Referências
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010.
COTRIM, G.; RODRIGUES, J. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2012.
DIAS, R. Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
DNET. Guia Cidadania e Comunidade. Conselho Estadual de Defesa da Pessoa 
Humana. Disponível em: <http://dhnet.org.br/dados/guias/dh/br/sp/gcidadan.
htm>. Acesso em 16.05.19.
PRADA, M.; MESQUITA, P.P. Artigo 5º da Constituição – Análise. Disponível 
em <https://www.politize.com.br/artigo-5/artigo-5>. Acesso em 0.07/19.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. Ed. Autores 
Associados. São Paulo, 2006.
SOUZA, H. Poder do Cidadão in Revista Democracia (Artigo), nº 113, 1995.
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