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A mensagem de Jesus (esquema)

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DADOS FUNDAMENTAIS SOBRE A 
HISTÓRIA DE JESUS DE NAZARÉ
Depois da apresentação de alguns elementos importantes do testemunho histórico acerca de Jesus Cristo, serão apresentados alguns dados que, segundo a maioria dos investigadores oferecem um alto grau de solidez histórica.
1 - Nazareno
Embora muitos admitam que Jesus
tenha nascido em Nazaré,
segundo os Evangelhos de 
Mateus (2,1) e Lucas (2,1-20), 
teria nascido em Belém, durante o reinado do Imperador romano Augusto, certamente antes da morte de Herodes o Grande, ocorrida na primavera do ano 4 a.C.
Ainda que não seja possível precisar a data de seu nascimento, os historiadores coincidem em situá-lo entre os anos 6 e 4 antes de nossa era.
2 - Língua materna
A língua materna de Jesus foi o aramaico.
Segundo Pagola, não se sabe com certeza se sabia ler e escrever. Em todo caso, o Evangelho de São Lucas narra que ele, “conforme seu costume, no dia de sábado, foi à Sinagoga e levantou-se para fazer a leitura” (Lc 4,16). 
Conhecia certamente o hebraico. 
Segundo alguns autores, Jesus pode ter falado também um pouco de grego, porém desconhecia o latim.
3 - Vida em Nazaré
Jesus viveu sua infância, a juventude e 
os primeiros anos da vida adulta
em Nazaré (Lc 2, 39.51s; Mt 2,19-23).
Segundo Pagola, Jesus era um homem de mentalidade mais rural que urbana. 
O conhecimento do contexto sociocultural e religioso permite reconstruir de maneira plausível alguns aspectos sobre seu ofício de artesão e sua educação no seio de uma família judaica.
4 - Encontro como Batista
Em determinado momento,
Jesus ouviu falar de João Batista, 
que movia um
movimento de conversão 
numa região desértica junto ao rio Jordão. 
Deixou sua aldeia de Nazaré, ouviu a mensagem de João e recebeu seu batismo 
(Cf. Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 3,21s).
5 - Atividade itinerante (A)
Por volta do ano 27-28, Jesus iniciou 
uma atividade itinerante 
(que durou aproximadamente três anos)
que o levou da Galileia a Jerusalém, onde foi executado provavelmente a 7 de abril do ano 30. 
Certamente exerceu seu ministério público nas proximidades do lago da Galileia e, durante algum tempo, em Cafarnaum. 
5 - Atividade itinerante (B)
Sempre acompanhado por um grupo de discípulos e discípulas, sua atividade concentrava-se em
duas tarefas: 
curar enfermos de diversos males e anunciar sua mensagem sobre o “Reino de Deus”. 
Sua fama cresceu rapidamente e as pessoas se mobilizavam para encontrar-se com ele.
Jesus tinha o costume de retirar-se de noite a lugares afastados para rezar.
6 - Profeta do reino de Deus (A)
Jesus empregava uma linguagem característica e sugestiva. 
Seus ditos breves e penetrantes, seus aforismos e, sobretudo, suas belas parábolas são inconfundíveis.
Sua pregação concentra-se no anúncio do 
“Reino de Deus”.
6 - Profeta do reino de Deus (B)
Sua mensagem parte da tradição judaica que ele procura comunicar através de uma linguagem simbólica e poética, extraída da vida. 
É essencial sua exortação a “entrar” no Reino de Deus e seu chamado a ser “compassivos” como o é o Pai do céu. O perdão aos inimigos constitui o ponto culminante deste chamado.
7 - Atividade curadora (A)
Embora seja difícil precisar o grau de historicidade de cada relato trans­mitido pelas tradições evangélicas, não há dúvida de que Jesus levou a cabo curas de diversos tipos de enfermos, que foram consideradas milagrosas por seus contemporâneos.
Praticou também exorcismos, libertando do mal pessoas que, naquela cultura, eram consideradas possuídas por espíritos ma­lignos. Tais prodígios eram entendidos como sinais da chegada do reino de Deus. 
7 - Atividade curadora (B)
Porém, Jesus sempre se opôs a executar os sinais espetaculares que alguns setores críticos provavelmente lhe pediam fazer ver a todos, de maneira plástica, que o Reino de Deus está aberto a to­dos, sem excluir ou marginalizar ninguém.
8 - Rodeado de discípulos (A)
Jesus aparece sempre convocando seu povo a entrar no reino de Deus (cf. Mt 3,17; Mc 1,15).
Por isso, formou-se em torno a Jesus um grupo redu­zido de seguidores itinerantes (cf. Lc 10,1), entre os quais havia também certo núme­ro de mulheres.
Além desse grupo reduzido, houve um setor mais amplo de simpatizantes que continuaram vivendo em suas casas, mas que se identificavam com sua mensagem e acolhiam Jesus e seu grupo quando chega­vam à sua aldeia.
8 - Rodeado de discípulos (B)
Segundo os evangelhos, Jesus chamou para junto de si um grupo mais próximo, os “Doze” (Mc 3,13-19; Mt 10,1-4; Lc 6,12-16), que simbolizava seu desejo de conseguir a restauração de Israel.
9 - Reações diante de Jesus (A)
Fora do grupo reduzido de discípulos e do círculo de simpatizantes, Je­sus alcançou grande popularidade na Galileia e regiões vizi­nhas.
Jesus mobilizava massas relativa­mente importantes (cf. Mt 5,1; Mc 3,7; Lc 6,17), e isso o transformava precisamente em personagem pe­rigoso perante as autoridades. 
Jesus provocou também a rejeição de setores que procuraram estigmatizá-lo e desacreditá-lo para impedir sua influência. 
De fato, Jesus não foi bem recebido entre seus convizinhos e despertou a oposição de escribas e dirigentes religiosos tanto na Galileia quanto em Jeru­salém. 
Foi criticado por comer com pecadores e acusado de estar possuído pelo demônio. Jesus defendeu-se com firmeza de ambas as acusações.
9 - Reações diante de Jesus (B)
10 – Execução (A)
Na primavera do ano 30, Jesus subiu a Jerusalém, no território da Judeia, que, ao contrário da Galileia, era regida por um prefeito romano. 
A cidade de Jerusalém era governada diretamente naquele momento pelo sumo sacerdote Caifás. 
Jesus realizou um gesto hostil para com o templo, gesto que provocou sua detenção. Parece que não houve propriamente julgamento de Jesus perante as autoridades judaicas. Antes, em vista do que aconteceu no templo, a aristocracia sacerdotal ficou ainda mais convencida da periculosidade que Jesus representava e confabularam para fazê-lo desaparecer. 
De fato, Jesus morreu crucificado provavelmente no dia 7 de abril do ano 30 e foi o prefeito romano Pôncio Pilatos quem ditou a ordem de sua execução. 
10 – Execução (B)
11 - Fé em Jesus ressuscitado
É possível verificar historicamente que, entre os anos 35 e 40, os cristãos da primeira geração confessavam com diversas fórmulas uma convicção compartilhada por todos e que rapidamente foram propagando por todo o Império: 
“Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos”.
Algumas curiosidades sobre a cronologia da vida de 
Jesus Cristo
A investigação moderna conseguiu estabelecer com bastante exatidão a cronologia da vida do Senhor no enquadramento dos acontecimento da História Universal.
Datação ...
O monge Dionísio o Exíguo (+ 556) colocou o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo como centro da História da Humanidade.
Com os dados históricos de que dispunha, situou-o no ano 753 da fundação de Roma e assinalou o ano de 754 como o primeiro da era cristã. 
Este cômputo, ainda que atrase em alguns anos o magno acontecimento, é o que continua em vigor.
Sabemos pelos Evangelhos que Jesus nasceu «em tempos do rei Herodes» (Mt 2,1; Cf. Lc 1,5).
Hoje conhecemos bem pelos dados que fornece o historiador judeu Flávio Josefo que Herodes morreu no ano 750 da fundação de Roma (Cf. Guerra judaica, I,33,1 e 5,6 e 8; II, 1,2; Antiquitates iud., XVII, 6, 1 e 4; XVII, 8; XVII, 6,1.4-5; XVII, 8.1; XVII,9).
Portanto, há que adiantar o nascimento de Cristo pelo menos quatro anos relativamente à data que determinou Dionísio o Exíguo. 
Flávio Josefo fala da morte de Herodes em duas das suas obras: A Guerra judaica, escrita entre os anos 75 e 79 d.C., e Antiguidades judaicas, escrita entre o ano 93 e o 94.
Jesus nasceu provavelmente no ano 748 da fundação de Roma 
(6.° ano antes da era cristã), 
ou quando muito no 
ano 746 da fundação de Roma 
(8.° antes da era cristã).
Quanto à data da Morte, sabe-se com certeza que o Senhor morreu numa sexta-feira (Cf. Mt 27,62; Mc 15,42; Lc 23,54; Jo 19,31) do mês hebraico de Nisan, dentro do mês de abril denosso calendário. Quanto ao ano, quase todas as probabilidades estão a favor do ano 30 da era cristã; mas não se pode excluir totalmente o ano 33. 
No que diz respeito ao dia do mês, Nosso Senhor morreu no dia 14 ou 15 de Nisan.
Quadro cronológico 
da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo
8 a.C.
748
Era cristã
0
27 (28) d.C.
780 (781) 
Nascimento
 Batismo e início do ministério público
Mistério Pascal
30 (33) d.C.
783 (786)
 era cristã
- era romana
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Domínio romano: Pompeu tomou Jerusalém (63 a.C.)
Destruição de Jerusalém
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Morte 
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São 
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100 d.C.
Redação dos Evangelhos

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