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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA PROFª: IOMARA MARTINS UNID. II – PASSIVO: PASSIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE 1 O passivo representa o conjunto de obrigações assumidas por uma determinada entidade, com o objetivo de financiar sua atividade operacional ou recursos captados para colocá-la em funcionamento. PASSIVO: 2 O passivo significa as fontes financiadoras dos ativos de uma entidade. Aparecem na forma de direitos de proprietários da empresa, quando nos referimos ao patrimônio líquido ou direito de terceiros, quando nos referimos ao Passivo Circulante ou Passivo não- Circulante. 3 4 Passivo é definido pelo CPC 00 como “Toda obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.” Na lei 6.404/76, o passivo é assim dividido em passivo circulante, passivo não circulante; e patrimônio líquido. No PASSIVO, as contas agora devem ser classificadas nos seguintes grupos: 1 - Passivo Circulante; 2 - Passivo não-Circulante; e 3 - Patrimônio Líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 5 Com a MP nº 449/08, as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo não-Circulante, são classificadas no Passivo Circulante, quando se vencem no exercício seguinte, e no Passivo não-Circulante, se têm vencimento em prazo maior que o exercício seguinte. 6 7 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE: Aqui são classificadas as despesas pagas dentro de um exercício social e que pertençam ao exercício seguinte. Exemplo, supondo que uma entidade adote o exercício social se iniciando em janeiro e se encerrando em dezembro. Seriam aqui classificadas as despesas que foram pagas antecipadamente em 2019 e que, pelo princípio da competência, se refiram ao exercício 2020. Todavia, na companhia em que o ciclo operacional da empresa tem duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou não- circulante, tanto do ativo quanto do passivo, deve ter por base o prazo desse ciclo, o que já ocorria, de forma semelhante, na legislação anterior. 8 O passivo circulante será o lugar adequado para o registro das dívidas cujos pagamentos devam acontecer até o término do exercício social seguinte. PASSIVO CIRCULANTE: 9 Assim os Passivos são apresentados de acordo com o grau decrescente de exigibilidade, ou seja, de acordo com a ordem crescente de prazos para pagamento, melhor dizendo, quanto menor for o prazo de pagamento maior será o grau de exigibilidade da conta, no caso, o grupo de passivo circulante tem o maior grau de exigibilidade. 10 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: São as obrigações resultantes de recursos financeiros tomados junto a instituições financeiras, quer para financiamento de capital de giro ou aquisição de algum ativo, assim como, as obrigações resultantes de compra a prazo de bens do Ativo não-Circulante; Imobilizado. 11 Normalmente, empréstimos e financiamentos são suportados por contratos que estipulam seu valor, forma e época de liberação das parcelas, finalidade dos recursos, cláusulas de pagamento em moeda estrangeira, encargos incidentes, garantias etc. 12 13 OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS: As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. Os empréstimos são as concessões de crédito em espécie, sem uma vinculação específica, apesar de normalmente constar do contrato a finalidade do mesmo. 14 Os financiamentos são as concessões de crédito vinculado especificamente à aquisição de determinado bem, podendo ter a intervenção da instituição financeira ou serem feitos diretamente pelo fornecedor. 15 Na atividade comercial, a conta fornecedores representa a compra de mercadorias que serão estocadas para posterior venda. 16 Na indústria, representa a compra de matéria- prima e materiais secundários que serão transformados no produto final a ser vendido depois. 17 Contas a Pagar representam os passivos assumidos para com terceiros, referente a aplicações de recursos no Ativo Circulante ou em despesas incorridas no ciclo operacional. 18 Os passivos que não possuem uma classificação determinada em contas específicas e que representam compromissos assumidos no curto prazo, serão classificados como outras obrigações. 19 Destas forma, observamos que qualquer que seja a conta a qual represente uma obrigação assumida para pagamento posterior referente a compras a prazo efetuadas em um determinado período. Dependendo deste prazo para o pagamento ela se classificará em Passivo Circulante ou em Passivo não-Circulante. 20 21 AVALIAÇÃO DO PASSIVO: - OBRIGAÇÕES ENCARGOS E RISCOS : Obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço. No caso, a atualização do valor terá como contrapartida o resultado. 22 As obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. Considera-se o valor presente: o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros dos pagamentos necessários para a liquidação da obrigação. PASSIVO NÃO-CIRCULANTE: Enquanto o ativo não-Circulante apresenta todas as contas não classificadas no ativo Circulante, o Passivo não-Circulante exibe as contas que não integram: 1) o Passivo Circulante; e 2) o Patrimônio Líquido. 23 24 Serão classificadas no passivo não circulante as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, quando se vencerem em prazo maior que o exercício seguinte. Exemplo de receita diferida é a representada pela conta Juros Ativos a Vencer, desde que o valor recebido antecipadamente não esteja sujeito a restituição. Passivo Não-Circulante Receitas Diferidas ( – ) Custos e Despesas das Receitas Diferidas 25 Quanto aos ajustes de avaliação patrimonial, a MP nº 449/08 ampliou os poderes da CVM, ao permitir que ela estabeleça hipóteses de aplicação desse critério de avaliação, sem prejuízos dos casos já previstos na Lei das Sociedades por Ações. 26
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