Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal Fluminense Medicina Veterinária Manual Prático de Histologia Disciplina: Histologia Veterinária VIII Monitora: Júlia Galian Ribeiro Táboas Orientador: Maurício M. Chagas LÂMINA 2.2 ARTÉRIA ELÁSTICA Os vasos seguem um padrão de distribuição em camadas: a túnica íntima (endotélio + conjuntivo e lâmina limitante elástica interna), túnica média (feixes de fibras musculares lisas + fibras elásticas e lâmina limitante elástica externa) e túnica adventícia (tecido conjuntivo). As artérias podem ser de grande calibre (artérias elásticas- contendo grande quantidade de fibras elásticas na túnica média e adventícia), de médio calibre (artérias musculares- 20 camadas de músculo liso na túnica média) ou de pequeno calibre (arteríolas- lâmina limitante interna mal delimitada e pouca camada de músculo liso na túnica média. Aqui, a túnica adventícia não está mais presente). Fibras elásticas Lâminas elásticas Túnica média Túnica íntima Túnica adventícia Artéria elástica Artéria muscular LÂMINA 2.1 CORAÇÃO O coração é revestido externamente pelo epicárdio (mesotélio- epitélio pavimentoso simples + conjuntivo). No meio, o miocárdio (formado por fibras estriadas cardíacas comuns- núcleo esférico e central, fibras ramificadas, com estriação transversal típica e discos intercalares) e revestindo internamente, o endocárdio(endotélio). Também se encontram fibras de Purkinje (apresentam um citoplasma mais claro, pois os miofilamentos se dispõem em feixes isolados, já que esta fibra não é especializada em contração). Fibras de Purkinje Fibras ramificadas com estriação transversal típica Capilar contínuo LÂMINA 5.3 NARIZ O nariz é dividido histologicamente em 3 áreas: vestíbulo (revestido por epitélio estratificado pavimentoso); área respiratória (epitélio respiratório- Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes) e área olfatória (epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado, abaixo um conjuntivo com glândulas serosas-glândulas de Bowman). Área olfatória Área respiratória Cartilagem hialina Tecido ósseo Tecido conjuntivo Vestíbulo Epitélio estratificado pavimentoso Anel de cartilagem Glândulas serosas Epitélio respiratório LÂMINA 5.1 TRAQUÉIA A traquéia é formada por um anel de cartilagem incompleto, que é fechado por músculo liso. Ela apresenta um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes (epitélio respiratório). Abaixo dele, um tecido conjuntivo com a presença de glândulas. Revestindo a cartilagem, um tecido conjuntivo com adipócitos, vasos e nervos, além de glândulas Epitélio respiratório Placas de cartilagem Brônquio intrapulmonar Bronquíolo terminal Bronquíolo respiratório LÂMINA 5.2 PULMÃO No parênquima pulmonar, observamos a presença de brônquios intrapulmonares (cartilagem encontrada em placas, presença de um epitélio respiratório com glândulas associadas); bronquíolo propriamente dito(epitélio cilíndrico simples ciliado com células caliciformes, perdeu as glândulas e apresenta músculo liso em camadas concêntricas associado a parede-músculo de Reisseisen); bronquíolo terminal( epitélio cúbico simples ciliado, perdeu as células caliciformes e agora possuem células de clara); bronquíolo respiratório (epitélio cúbico simples, começa a perder os cílios e apresenta uma parede descontínua que se abre para os alvéolos); alvéolos(possuem pneumócitos I- pavimentoso simples e pneumócitos II-responsáveis pela produção de surfactante). Glândulas se abrindo na cripta da papila Cripta da papila valada Glândulas serosas Botões gustativos Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Papila valada LÂMINA 4.1 BOCA- LÍNGUA Presença de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (em herbívoros) ou não queratinizado (em carnívoros). Presença de papilas (projeções da mucosa), que podem ser: filiformes (somente epiteliais), fungiformes (presença de eixo de conjuntivo) e valadas (presença de vala que circunda toda a papila, onde se abrem ductos de ácinos). Há ainda, presença de feixes de fibras esqueléticas em diversas direções. LÂMINA 4.11 DENTE Histologicamente, o dente é composto por: odonto (esmalte, dentina e polpa) e periodonto (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). No esmalte, encontramos as marcas de deposição do esmalte pelos ameloblastos, que são as estrias de retzius. Na dentina, encontra-se a presença de canalículos dentinários que se formam a partir da deposição da matriz no polo apical dos odontoblastos. Entre o esmalte e a dentina, o limite amelodentinário. No cemento, encontram-se lacunas ocupadas por cementócitos que possuem prolongamentos orientados na direção do ligamento periodontal. Estrias de Retzius Canalículos dentinários Limite amelodentinário Cemento Lacunas ocupadas por osteócitos LÂMINA 4.2 ESÔFAGO A mucosa do esôfago é formada por um epitélio estratificado pavimentoso, um tecido conjuntivo associado e uma muscular da mucosa fragmentada. Na submucosa, encontramos glândulas esofagianas (ácinos mucosos). No esôfago cervical, a camada muscular apresenta músculo esquelético. Mucosa Fibras elásticas Submucosa Glândulas esofagianas Músculo estriado esquelético Camada muscular Glândulas gástricas Epitélio cilíndrico simples mucoso Célula principal Célula parietal Criptas gástricas LÂMINA 4.4 ESTÔMAGO A mucosa do estômago é formada por invaginações chamadas de criptas ou fossetas gástricas, revestidas por um epitélio cilíndrico simples mucoso, que reveste também as glândulas que se abrem no fundo das criptas. A proporção entre o tamanho das glândulas e das criptas, divide este orgão em: região cárdia ( criptas grandes e glândulas curtas- apresenta região de transição brusca entre o epitélio do esôfago e estômago), região de corpo e fundo (criptas curtas e glândulas longas) e região pilórica (presença de criptas e glândulas com tamanhos semelhantes, além disso, pode ter nódulos linfóides associados). O estômago possui uma muscular da mucosa típica e uma submucosa sem glândulas. A camada muscular é constituída por camada circular interna e longitudinal externa, com a presença do plexo mioentérico entre elas. Próximo a curvatura menor, pode apresentar uma terceira camada, a circular interna. Associado as glândulas, encontramos células parietais- acidófilas, responsáveis pela formação de HCL e células principais- basófilas, responsáveis pela formação de pepsinogênio. Submucosa Fibras elásticas Lâmina 4.3 Estômago ruminante O estômago de ruminantes é formado por 4 câmaras: rúmen, retículo, omaso (digestão mecânica e com epitélio estratificado pavimentoso, submucosa sem glândulas e camada muscular típica) e abomaso (digestão química, parecido com o estômago de monogástricos). O Rúmen apresenta projeções da mucosa, as papilas ruminais, além disso, não apresenta muscular da mucosa. O Retículo possui pregas reticulares, onde a muscular da mucosa se projeta um pouco para dentro de cada prega. O omaso, possui pregas omasais com papilas, sendo que a camada circular interna se projeta no interior de cada prega. 1. Papila ruminal 2. Prega reticular Rúmen 1 Retículo 2 Rúmen Omaso Projeção da camada circular interna Papilas omasais Submucosa Fibras elásticas Glândulas intestinais Mucosa Fibras elásticas Projeção da submucosa Vilosidade intestinal LÂMINA 4.5 INTESTINO DELGADO O intestino,diferentemente do estômago, apresenta evaginações da mucosa, que são as vilosidades intestinais, revestidas por um epitélio cilíndrico simples com planura estriada e células caliciformes, que também reveste as glândulas intestinais, que apresentam no fundo, células acidófilas- células de Paneth. No duodeno, encontramos a presença de glândulas na submucosa-glândulas duodenais ou de Brünner) que se abrem nas glândulas da mucosa. A camada muscular é típica. Mucosa Fibras elásticas Glândulas intestinais Muscular da mucosa Submucosa Fibras elásticas Camada circular interna Plexo mioentérico Camada longitudinal externa Serosa Camada muscular LÂMINA 4.6 INTESTINO GROSSO No intestino grosso não há presença de vilosidades, apenas criptas revestidas por epitélio cilíndrico simples com planura estriada e células caliciformes (MUITAS!) e glândulas intestinais revestidas pelo mesmo epitélio. Presença de nódulos linfóides associados a mucosa. Dúctulo bilífero Hepatócitos Vênula Cordões de hepatócitos Capilares sinusóides Célula de Kupffer LÂMINA 4.7 FÍGADO Nesta lâmina, observam-se lóbulos hepáticos delimitados por septos de tecido conjuntivo, que por sua vez, apresentam o espaço porta nas arestas (ramo da artéria hepática + ramo da veia hepática + ductúlo bilífero + vaso linfático). Dentro dos lóbulos, observam-se cordões de hepatócitos com a presença de capilares sinusóides entre eles. Ácino mucoso Ducto intercalar Glândula sublingual LÂMINA 4.8 GLÂNDULAS SALIVARES As glândulas salivares são ácinos compostos, são elas: Parótida (apenas ácinos serosos); sublingual (predomínio de ácinos mucosos e alguns mistos) e submandibular (predomínio de ácinos mucosos e serosos, e alguns mistos). A porção ductal é formada por: ducto intercalar (se liga a luz do ácino, formado de epitélio cúbico simples); ducto estriado (epitélio cúbico simples, mas as células são mais altas) e ducto excretor (epitélio estratificado cilíndrico). Ilhota de Langerhans Célula centro- acinosa Ácino seroso LÂMINA 4.9 PÂNCREAS O pâncreas exócrino é formado por ácinos serosos, sem a presença de ductos estriados e no centro de cada ácino, a célula centro-acinosa (projeção do ducto intercalar). O pâncreas endócrino é formado pelas ilhotas pancreáticas ou de Langerhans, formada por 4 tipos de células de difícil diferenciação em H.E. LÂMINA 3.1 BAÇO Apresenta cápsula de tecido conjuntivo com fibras musculares lisas, que emite trabéculas para o interior do orgão. O parênquima é dividido em polpa branca (presença de nódulos linfóides e artéria associada a eles-arteríola central da polpa branca) e polpa vermelha (formada por células de defesa dispostas em cordões-cordões esplênicos ou de Billroth) e entre estes, a presença de capilares sinusóides. Em alguns nódulos linfóides, percebemos a região cortical e medular bem delimitada, sendo esta mais clara, chamada de centro germinativo de Flehmen, constituindo assim, um nódulo reativo. 1. Polpa branca 1. Cordões esplênicos (de Billroth) 2. Polpa vermelha 2. Nódulo linfoide reativo 3. Trabécula 3. Arteríola central da polpa branca 4. Nódulo linfóide 4. Mácrófagos 1 2 3 3 2 4 1 4 Seio peritrabecular Trabécula Cápsula Seio subcapsular Nódulo linfóide Cordões medulares Seios medulares Medula Córtex LÂMINA 3.3 LINFONODO Dividido em região cortical (presença de nódulos linfóides) e região medular (formada por cordões medulares e entre eles, os seios medulares). Fluxo da linfa: seio subcapsular-> seio peritrabecular->seio medular. Medula Medula Córtex Corpúsculo de Hassal LÂMINA ADICIONAL TIMO Apresenta região cortical mais basófila (muitos linfócitos) e região medular corada mais fracamente (maior quantidade de linfoblastos). Na região medular, podemos encontrar células reticulares epiteliais dispostas em camadas concêntricas, formando o corpúsculo de Hassal. Medula Cordões de células epitelioides Córtex Epitélio que reveste a cloaca Luz da cloaca LÂMINA 3.2 BURSA DE FABRICIUS A bursa é exclusiva de aves e parecida com o timo, exceto pela presenta de um epitélio revestindo uma luz (luz da cloaca). Além disso, não apresenta corpúsculo de Hassal. Neuro-hipófise Adeno- hipófise Células beta Células alfa Pituicitos LÂMINA 6.2 HIPÓFISE Esta glândula tem parte dela originada de tecido nervoso: neuro-hipófise e uma parte de tecido epitelial: adeno-hipófise. A neuro-hipófise é formada por axônios de neurônios amielínicos e pituicitos (células da glia). A adeno-hipófise é formada por células cromófilas (alfa-acidófilas e beta- basófilas) e células cromófobas (sem afinidade por nenhum corante). Zona glomerulosa Zona fasciculada Zona reticulada Medula- células cromafins LÂMINA 6.1 ADRENAL O córtex da adrenal é dividido em 3 zonas: zona glomerulosa, zona fasciculada e zona reticulada. A zona glomerulosa apresenta as células organizadas em cordões arquiciformes, formando glomérulos e é responsável pela liberação de mineralocorticóides. A zona fasciculada é formada por células dispostas em cordões paralelos e que possuem grande quantidade de lipídio no citoplasma, dando um aspecto esponjoso para a célula, que é então chamada de espongiócito. É responsável pela liberação de glicocorticóides. A zona reticulada, apresenta células dispostas em rede, com presença de lipídio no citoplasma, mas nem tanto quanto na fasciculada. Na medula, encontramos células cromoafins (afinidade por sais de cromo), que por vezes, estabelecem comunicação direta com neurônios. Marca de reabsorção do colóide Células parafoliculares Colóide Células foliculares LÂMINA 6.3 TIREÓIDE Formada por células foliculares (semelhantes a um epitélio cúbico simples ou pavimentoso simples, variando de acordo com a atividade da glândula) que armazenam seu produto de secreção no colóide. Entre os folículos, encontramos um conjuntivo intersticial, com a presença de células c ou parafoliculares, que são responsáveis pela secreção de calcitonina (diminui a concentração de cálcio no sangue). Túbulos seminíferos Colóide Ducto eferente Epitélio gametogênico Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado LÂMINA 8.1 TESTÍCULO E EPIDÍDIMO No testículo, encontram-se túbulos seminíferos (epitélio estratificado em animal púbere). No epidídimo, encontramos o ducto eferente (epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado e não ciliado) e ducto epididimário (epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com estereocílios). Ducto epididimário Epitélio pseudoestratificado cilíndrico com estereocílios Seio cavernoso Trabécula cavernosa Trabécula esponjosa Seio esponjoso Uretra Septo LÂMINA 8.3 PÊNIS Revestido por uma albugínea peniana, que reveste cada corpo (albugínea do corpo esponjoso e albugínea do corpo cavernoso). No corpo esponjoso, encontramos uma albugínea menos espessa, a presença de seios esponjosos e trabéculas esponjosas. No centro, a uretra. No corpo cavernoso, a presença de seios cavernosos, revestidos por endotélio e trabéculas cavernosas. Epitélio pseudo- estratificado cilíndrico com estereocílios Músculo liso circular Lâmina 8.4 Ducto deferente Saindo do ducto epididimário, os espermatozóides seguem para o ducto deferente, que possui epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com esterocílios, e uma espessa camada de músculo liso circular. Albugínea ovariana Corpo lúteo Folículo primordial Teca externa Teca interna Cumulus oophorusOvócito I Corona radiata Células da granulosa Antro folicular Folículo maduro de Graaf LÂMINA 9.2 OVÁRIO O ovário é revestido por uma fina camada de tecido conjuntivo (falsa albugínea). No córtex, apresenta folículos primordiais (dispostos em “cachos de uva”, formados pelo ovócito I e uma camada de células foliculares), folículos em crescimento (presença de mais de uma camada de células foliculares, cúbicas, com presença de região eosinofílica -zona pelúcida e surgimento de teca folicular) e folículo maduro de Graaf (presença de cumulus oophorus com vesículas que ajudam a desprendem o ovócito e corona radiata revestindo o ovócito). Epitélio clíndrico simples ciliado Mucosa ramificada Fímbrias LÂMINA 9.2 TUBA UTERINA Apresenta um epitélio cilíndrico simples ciliado, mucosa ramificada e no infundíbulo, apresenta projeções da superfície, as fímbrias. Estrato submucoso Estrato vascular Estrato subseroso Endométrio Glândulas endometriais -fase estrogênica LÂMINA 9.1 ÚTERO Dividido em 3 camadas: endométrio (formado por epitélio cilíndrico simples, com a presença de glândulas endometriais, que são tubulosas retilíneas (fase estrogênica) ou tortuosas (fase proliferativa). O miométrio (camada muscular) é formado por estrato submucoso, vascular (grande quantidade de vasos sanguíneos) e subseroso. Glomérulo Córtex Túbulo contocido proximal LÂMINA 7.1 RIM Formado por córtex (presença de corpúsculos renais, túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal e ducto coletor) e medula (alça de henle e ducto coletor, sem presença de glomérulos). Nos glomérulos, observa-se a cápsula de Bowman, formada pelo folheto parietal (epitélio pavimentoso simples) e visceral (podócitos). O túbulo contorcido proximal é formado por um epitélio cúbico simples,as suas células possuem projeções laterais, que promovem o afastamento entre o núcleo de cada célula, bastante acidófilo (grande quantidade de mitocôndrias), com a presença de microvilosidades no polo apical, chamada de orla em escova. Alça de Henle fina: epitélio pavimentoso simples, enquanto a espessa é formada por epitélio cúbico simples, assim como o túbulo contorcido distal. Túbulo contorcido distal: epitélio cúbico simples, quando comparado com o proximal, apresenta mais núcleos no corte e é menos acidófilo. Por vezes são encontradas células cilíndricas bem próximas, formando a mácula densa. O ducto coletor apresenta epitélio cúbico simples, com células arredondadas no polo apical (célula abobatada), além disso, é possível observar limites entre as células. Alça fina de Henle Ducto coletor T.C. Proximal Ducto coletor T.C. Distal Epitélio de transição Tecido conjuntivo Músculo liso- corte transversal Célula pavimentos Célula globosa Tecido conjuntivo LÂMINA 7.2 BEXIGA Formada por um epitélio de transição (se adequa a pressão exercida pela urina), podendo ter células globosas, pavimentosas e em “raquete” (de difícil visualização). Além disso, possui músculo liso organizado em camadas.
Compartilhar