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ECA
Bem-vindo à aula
Proteção Integral 
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará o conceito de Proteção Integral que deve ser observado nas relações com crianças e adolescentes.
 
A criança e o adolescente por estarem em formação e serem o futuro da nação devem receber uma atenção especial por parte do Estado, da sociedade e da família.
            O Princípio da Proteção Integral foi incluído na Constituição Federal de 1988, que elenca que as crianças e os adolescentes devem ter idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho; garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado; obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios; ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins; programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.
            Observa-se que o Constituinte busca a proteção de todas as crianças e adolescentes em aspectos importantes de sua formação, pouco importando se estas se encontram em situação de risco, bem com limitando o direito ao trabalho e também garantindo o acesso aos princípios mínimos penais no caso de prática de ato infracional.
            Deve-se salientar que antes de se instituir a proteção integral à criança e ao adolescente, apenas recebiam especial tratamento somente quando os menores se encontravam em situação de risco.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de A proteção Integral e a Constituição de 1988
·               A importância da proteção às crianças e aos adolescentes por estarem em formação;
·                Regras específicas para o trabalho juvenil, bem como garantia de acesso a todos os direitos trabalhistas decorrentes;
·               Garantias Processuais mínimas no caso de apuração, julgamento e cumprimento de pena por atos infracionais.
·               Proteção integral → Constituição Federal de 1988 → Proteção a todas crianças e Adolescentes
·               Proteção integral → Constituição Federal de 1988 → Abandono da Proteção  do menor em situação de risco
 
LEGISLAÇÃO
Constituição Federal de 1988:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(...)
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.
 
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
(...)
 
Vamos ver agora os casos de aplicação prática do conceito:
 
Jurisdição 
EMENTA: HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. ART. 121, § 5º, DO ESTATUTO: NÃO-DERROGAÇÃO PELO NOVO CÓDIGO CIVIL: PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE. REGIME DE SEMILIBERDADE. SUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE. MANUTENÇÃO DA MEDIDA: POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. HABEAS INDEFERIDO. (...) 2. O Estatuto da Criança e do Adolescente não menciona a maioridade civil como causa de extinção da medida socioeducativa imposta ao infrator: ali se contém apenas a afirmação de que suas normas podem ser aplicadas excepcionalmente às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade (art. 121, § 5º). 3. Aplica-se, na espécie, o princípio da especialidade, segundo o qual se impõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é norma especial, e não o Código Civil ou o Código Penal, diplomas nos quais se contêm normas de caráter geral. 4. A proteção integral da criança ou adolescente é devida em função de sua faixa etária, porque o critério adotado pelo legislador foi o cronológico absoluto, pouco importando se, por qualquer motivo, adquiriu a capacidade civil, quando as medidas adotadas visam não apenas à responsabilização do interessado, mas o seu aperfeiçoamento como membro da sociedade, a qual também pode legitimamente exigir a recomposição dos seus componentes, incluídos aí os menores. Precedentes. 5. Habeas corpus indeferido. (STF: HC 94938/RJ, Rel. Min. Carmen Lucia, j. 12/08/08).
Direito civil. Família. Estatuto da Criança e do Adolescente. Ação de destituição suspensão do poder familiar e/ou aplicação de medidas pertinentes aos pais, guarda, regulamentação de visitas e contribuição para garantir a criação e o sustento de menor. Situação de risco pessoal e social. Suspensão do poder familiar do pai sobre o filho. Aplicação de medidas de proteção à criança. Visitas paternas condicionadas à tratamento psiquiátrico do genitor. – É certo que, pela perspectiva de proteção integral conferida pelo ECA, a criança tem o direito à convivência familiar, aí incluído o genitor, desde que tal convívio não provoque em seu íntimo perturbações de ordem emocional, que obstem o seu pleno e normal desenvolvimento.
(STJ – 3ª Turma, Resp 776977/RS, rel.. Min, Nancy Andrighi, 19.09.2006)
 
 
 
Bem-vindo à aula
Princípio da Dignidade Humana
Professor: João Aguirre
  
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará o Princípio Dignidade Humana e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
Princípio da Dignidade Humana encontra-se previsto no ECA no artigo 18, tendo sido introduzido pela Lei13.010/2014 os artigos 18-A e 18-B. Mencionado princípio estabelece que é dever de todos manter, tanto a criança quanto o adolescente, a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Preconiza não ser possível como formas de correção, disciplina, educação ou por qualquer outro pretexto, o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante, pelos pais, responsáveis, agentes públicos executores de medidas socioeducativas, entre outros. No caso de mencionadas pessoas incorrerem em tais práticas, o Conselho Tutelar aplicará as seguintes medidas: encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; a tratamento psicológico ou psiquiátrico; a cursos ou programas de orientação; obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado e a advertência.2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Princípio da Dignidade Humana
à Vedação a tratamento desumano, violento, vexatório
à Proibição de uso de castigo físico ou tratamento cruel como forma de disciplina, correção, educação
à Medidas cabíveis
à Dignidade Humana à Vedação a castigos físicos ou tratamento cruel à Definição de castigo físico e de tratamendo cruel (art. 18-A, ECA)
à Dignidade Humana à Vedação a castigos físicos ou tratamento cruel à Medidas aplicáveis pelo Conselho Tutelar (art. 18-B, ECA)
 
 
 
Bem-vindo à aula
Princípio da Prioridade Absoluta
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Princípio da Prioridade Absoluta e sua aplicabilidade de acordo com Estatuto da Criança e do Adolescente.
O princípio da prioridade absoluta está previsto expressamente tanto na Constituição Federal, artigo 227, quanto no ECA, art.4o. Preconiza ser dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Compreendendo tal garantia  da primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; da precedência do atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; da preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; da destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Princípio da Prioridade Absoluta
·       Dever da família, sociedade e do Poder Público
·       Efetivação dos direitos a vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária
·       Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
·       Precedência do atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
·       Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
·       Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Prioridade absoluta → Proteção e socorro
Prioridade absoluta → Serviços públicos
Prioridade absoluta → Recursos públicos
Prioridade absoluta → Políticas públicas
 
 LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
(a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
(b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
(c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
(d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Direito da Liberdade
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Princípio da Liberdade e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Princípio da Liberdade compreende os seguintes aspectos: ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; opinião e expressão; crença e culto religioso; brincar, praticar esportes e divertir-se; participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; participar da vida política; buscar refúgio, auxílio e orientação, conforme o disposto no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Direito da Liberdade
 
·          Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários;
·          Opinião e expressão;
·          Crença e culto religioso;
·          Brincar, praticar esportes e divertir-se;
·          Participar da vida familiar e comunitária;
·          Sem discriminação;
·          Participar da vida política e
·          Buscar refúgio, auxílio e orientação.
 
Liberdade→ Socialização
Liberdade→ Diversão
Liberdade→ Expressão
Liberdade→ Locomoção
Liberdade→ Crença
Liberdade→ Cidadania
Liberdade→ Orientação
 
LEGISLAÇÃO
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Princípio da Participação Social
Professor: João Aguirre 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Princípio da Participação Social e sua aplicabilidade de acordo com a Constituição Federal.
O Princípio da Participação Social na política de atendimento à criança e ao adolescente está fundamentado no art. 227, parágrafos 3º e 7º, c.c o art. 204, II, todos da Constituição Federal. Com ele fica assegurada a participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas públicas e no controle das ações em todos os níveis relacionados à infância e a juventude.
              
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Princípio da Participação Social
 
·       Participação popular
·       Organizações representativas
·       Políticas públicas
Participação Social → Políticas públicas
 
 
LEGISLAÇÃO
 
Constituição Federal de 1988:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(…)
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.
(…)
 § 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Princípio da responsabilidade parental
Professor: João Aguirre
  
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Princípio da responsabilidade parental e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Princípio da responsabilidade parental traz o conjunto de poderes e deveres destinados a assegurar o bem-estar material e moral dos filhos, especificamente do genitor a tomar conta dos seus, mantendo relações pessoais,assegurando a sua educação, o seu sustento, a sua representação legal e a administração dos seus bens (arts. 20 a 24, ECA). Na constância do matrimônio, o exercício da responsabilidade parental compete a ambos os pais, que devem exercer as responsabilidades de comum acordo e, se este carecer, qualquer deles poderá recorrer ao judiciário para decidir sobre a discordância. Estabelece a igualdade absoluta entre todos os filhos, independentemente de sua origem, vetando-se a discriminação entre a filiação legítima e ilegítima.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Princípio da responsabilidade parental.
· Dever de sustento, guarda e educação dos filhos e cumprimento das decisões judiciais pelos pais;
· Igualdade entre os filhos sem discriminação;
· Poder familiar exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe;
· Suspensão e perda do poder familiar por decisão judicial.
 
Responsabilidade parental → Dever de sustento
Responsabilidade parental → Guarda
Responsabilidade parental → Educação
 
LEGISLAÇÃO
Constituição Federal de 88:
 
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.     
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do pátrio poder poder familiar.   
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
§ 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.   
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.      
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Direito à Vida e à Saúde
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Direito à Vida e à Saúde e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
ECA declara a proteção à vida e à saúde da criança e do adolescente, atribuindo à políticas sociais públicas a missão de permitir o nascimento e desenvolvimento sadio, harmonioso e digno. Tal proteção consiste na concessão de algumas garantias que até antecedem o nascimento (arts. 8º a 14, do ECA. À gestante é assegurado o atendimento pré e perinatal pelo SUS, incluindo o fornecimento gratuito de alimentação e de medicamentos, próteses e outros recursos relativos a tratamento. É assegurado o acesso universal e igualitário à criança e ao adolescente nas ações e serviços da saúde, bem como atendimento especializado para os portadores de deficiência. Ao SUS cabe a promoção de programas de assistência médica e odontológica para prevenção de doenças, bem como a vacinação obrigatória. Os hospitais são obrigados a manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe; proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe. Os estabelecimentos de atendimento a saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais/ responsável nos casos de internação, bem como comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de suspeita de maus tratos contra crianças e adolescentes.    
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula:
· Direito à Vida e à Saúde;
· à políticas sociais públicas;
· à nascimento e desenvolvimento sadio, harmonioso e digno;
· à atendimento à gestante;
· à acesso universal e igualitário às ações e serviços da saúde;
· à atendimento especializado portadores de deficiência;
· à Programas de assistência médica, odontológica e vacinação pelo SUS;
· à Obrigações impostas aos hospitais e demais estabelecimentos de saúde;
· à Comunicação dos casos maus tratos ao Conselho Tutelar.
 
 
Código/Legislação XXX:
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.   
· 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema;
· 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal;
· 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem.
 § 4o  Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.      
  § 5o  A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção.     
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.     
· 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado;
· 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável,nos casos de internação de criança ou adolescente.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.      
Parágrafo único.  As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.       
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
ECA
 
Bem-vindo à aula
Direito da Liberdade
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Princípio da Liberdade e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Princípio da Liberdade compreende os seguintes aspectos: ir vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; opinião e expressão; crença e culto religioso; brincar, praticar esportes e divertir-se; participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; participar da vida política; buscar refúgio, auxílio e orientação, conforme o disposto no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Direito da Liberdade.
· Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários;
· Opinião e expressão;
· Crença e culto religioso;
· Brincar, praticar esportes e divertir-se;
· Participar da vida familiar e comunitária;
· Sem discriminação;
· Participar da vida política;
· Buscar refúgio, auxílio e orientação.
 
Liberdade → Socialização   
Liberdade → Diversão
Liberdade → Expressão
Liberdade → Locomoção
Liberdade → Crença
Liberdade → Cidadania
Liberdade → Orientação
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Direito ao Respeito
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Direito ao Respeito e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da infância e juventude.
O Direito ao Respeito compreende a preservação da integridade física e psíquica, que possui especial relevância tendo em vista a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, não representando a mera não agressão, além da integridade moral, entendida como a preservação dos valores morais da criança e do adolescente. O legislador elencou de forma expressa, no artigo 17 do ECA, alguns bens (imagem, identidade, autonomia, valores, idéias e crenças, espaços e objetos pessoais) que compõem a noção de integridade física, psíquica e moral de modo a enfatizar a importância da preservação destes no sadio desenvolvimento da criança e do adolescente.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Direito ao Respeito.     
 
· Inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral;
· Preservação imagem, identidade, autonomia, valores, ideias, crenças, espaços e objetos pessoais.
 
Respeito → Integridade física
Respeito → Psíquica
Respeito → Moral
  
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
 
 
 
 
Bem-vindo à aula
Direito da Dignidade
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Dignidade e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
O Direito da Dignidade encontra-se previsto no ECA no artigo 18, tendo sido introduzido pela Lei13.010/2014 os artigos 18-A e 18-B. Mencionado direito estabelece que é dever de todos manter, tanto a criança quanto o adolescente, a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Preconiza não ser possível como formas de correção, disciplina, educação ou por qualquer outro pretexto, o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante, pelos pais, responsáveis, agentes públicos executores de medidas socioeducativas, entre outros. No caso de mencionadas pessoas incorrerem em tais práticas, o Conselho Tutelar aplicará as seguintes medidas: encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; a tratamento psicológico ou psiquiátrico; a cursos ou programas de orientação; obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado e a advertência.
 
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Direito da Dignidade.  
 
· Vedação a tratamento desumano, violento, vexatório;
· Proibição de uso de castigo físico ou tratamento cruel como forma de disciplina, correção, educação;
· Medidas cabíveis.
 
Dignidade → Vedação a castigos físicos ou tratamento cruel → Definição de castigo físico e de tratamendo cruel (art. 18-A, ECA)
Dignidade → Vedação a castigos físicos ou tratamento cruel → Medidas aplicáveis pelo Conselho Tutelar (art. 18-B, ECA)
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.     
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se:     
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:     
a) sofrimento físico; ou      
b) lesão;     
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:      
a) humilhe; ou      
b) ameace gravemente; ou       
c) ridicularize.     
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:     
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;      
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;     
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;
V - advertência.
Parágrafo único.  As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Direito a ConvivênciaFamiliar e Comunitária e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A convivência familiar e comunitária é um direito fundamental de crianças e adolescentes garantido pela Constituição Federal (artigo 227) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 19). O ECA estabelece que toda criança e adolescente tem direito a ser criado e educado por sua família e, na falta desta, por família substituta. Quem estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, bem como sua permanência em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos. Com exceção de situações de emergência, a decisão de afastar a criança ou o adolescente da sua família de origem deve ser baseada em uma recomendação técnica, a partir de um diagnóstico elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar. Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade.
 
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Direito à Convivência Familiar e Comunitária.    
 
· Criação e educação na família de origem;
· Família substituta exceção;
· Ambiente familiar livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes;
· Programa de acolhimento familiar ou institucional;
· Relatório elaborado por equipe multidisciplinar;
· Preferência a manutenção ou reintegração à sua família;
· Garantia da convivência com os pais privados de liberdade.
Convivência familiar e comunitária → Família de origem → Preferência
Convivência familiar e comunitária → Família  substituta → Programa de Acolhimento institucional
 
  
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
§ 1o  Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.      
§ 2o  A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.      
§ 3o  A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.     
§ 4o  Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.      
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.     
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.     
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
§ 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.       
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.      
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
 
 
 
 
Bem-vindo à aula
Famílias
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará os tipos de Famílias e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
O Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece a existência de três espécies de família: a natural, a extensa e a substituta.
a) família natural: assim entendida a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes (art. 25, caput, ECA).
b) família extensa: aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade (art. 25, parágrafo único, ECA).
c) família substituta: para a qual o menor deve ser encaminhado de maneira excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e adoção (art.28, ECA).
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Famílias.  
· Família Natural;
· Família Extensa;
· Família Substituta.
 
Família Natural → Família Extensa
Família Natural ≠ Família Substituta
  
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
Parágrafo único.  Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.      
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§ 1º Sempre que possível, a criança ou adolescente deverá ser previamente ouvido e a sua opinião devidamente considerada.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.           
§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência.       
§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação deafinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.  
§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.       
§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar.         
§ 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório:      
  I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;     
  II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia;     
  III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.     
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado.
Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem autorização judicial.
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Guarda
Professor: João Aguirre
  
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Guarda.
A Guarda, como um dos atributos do poder familiar, consiste na prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente. É a forma mais precária de colocação em família substituta, sendo, em regra, aplicada como medida preparatória de tutela ou de adoção (exceto no de adoção por estrangeiros), de forma a regularizar a situação de fato. Excepcionalmente, visa atender situações peculiares como a ausência de um dos pais. Confere a seu detentor o direito de representação ou assistência de determinados atos, que deverão ser especificados pelo juiz, bem como o direito de oposição a terceiros, inclusive aos pais. Atribui a condição de dependente para todos os fins de direito, especialmente previdenciários. Cessados os motivos que a determinaram, poderá ser revogada por decisão judicial (arts. 33 a 36, ECA).
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Guarda.
·          Prestação assistência material, moral e educacional;
·          Preparatória de tutela ou de adoção;
·          Regularização situação de fato;
·          Direito de representação, direito de oposição e condição de dependência para todos os fins;
·          Revogação judicial cessados motivos.
 
Guarda → Tutela  ou adoção → Regularizar situação de fato
Guarda → Situações  peculiares
Guarda → Detentor → Direito de representação
Guarda → Detentor → Direito de oposição a terceiros
 
Guarda → Detentor → Condição de dependência
Guarda → Revogação judicial
 
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.      
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
§ 4o  Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.     
Art. 34.  O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar.      
        § 1o  A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.              § 2o  Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.
Art. 35.  A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Tutela
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Tutela e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
A Tutela, prevista nos artigos 36 a 38 do ECA, destina-se a conferir ao tutor a representação legal do incapaz, nos casos de falecimento ou ausência dos pais ou de falta de poder familiar. Seu deferimento pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente no dever de guarda. Será deferida a pessoa de até 18 anos incompletos. O tutor pode ser nomeado por testamento..
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Tutela.
→ Tutelando pessoa de até 18 anos incompleto
→ Prévia suspensão ou perda do poder familiar
→ Dever de guarda
 
Tutela → Menor de 18 anos
Tutela → Prévia suspensão ou perda do poder familiar
Tutela → Dever de guarda
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 36.  A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.      
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.
Art. 37.  O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei.             
  Parágrafo único.  Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de última vontade, se restar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de assumi-la.    
Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Adoção – Classificação
Professor: João Aguirre
  
1 - Classificação
 
Nesta aula, você estudará a classificação da adoção no ordenamentojurídico brasileiro, em razão do rompimento do vínculo com a família natural e do estabelecimento do vínculo com a nova família.
1.1 Classificação em razão do rompimento com o vínculo com a família natural:
a) Adoção Bilateral: rompe-se o vínculo com ambos os pais naturais;
b) Adoção unilateral: rompe-se o vínculo com apenas um dos pais naturais, ex: adoção pelo padastro.
 
1.2 Classificação em razão do estabelecimento de vínculos com a nova família:
a) Adoção singular: existe apenas um adotante. Ex: adoção por pela pessoa solteira;
b) Adoção conjunta: adoção por um casal que seja casado ou que viva em união estável.
 
O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento pacificado no sentido da possibilidade de adoção por casal homossexual.
 
Ementa
DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. ADOÇÃO DE MENORES POR CASAL HOMOSSEXUAL. SITUAÇÃO JÁ CONSOLIDADA. ESTABILIDADE DA FAMÍLIA. PRESENÇA DE FORTES VÍNCULOS AFETIVOS ENTRE OS MENORES E A REQUERENTE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PREVALÊNCIA DOS INTERESSES DOS MENORES. RELATÓRIO DA ASSISTENTE SOCIAL FAVORÁVEL AO PEDIDO. REAIS VANTAGENS PARA OS ADOTANDOS. ARTIGOS 1º DA LEI 12.010/09 E 43 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. DEFERIMENTO DA MEDIDA. 1. A questão diz respeito à possibilidade de adoção de crianças por parte de requerente que vive em união homoafetiva com companheira que antes já adotara os mesmos filhos, circunstância a particularizar o caso em julgamento. 2. Em um mundo pós-moderno de velocidade instantânea da informação, sem fronteiras ou barreiras, sobretudo as culturais e as relativas aos costumes, onde a sociedade transforma-se velozmente, a interpretação da lei deve levar em conta, sempre que possível, os postulados maiores do direito universal. 3. O artigo 1º da Lei 12.010/09 prevê a "garantia do direito à convivência familiar a todas e crianças e adolescentes". Por sua vez, o artigo 43 do ECA estabelece que "a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos". 4. Mister observar a imprescindibilidade da prevalência dos interesses dos menores sobre quaisquer outros, até porque está em jogo o próprio direito de filiação, do qual decorrem as mais diversas consequências que refletem por toda a vida de qualquer indivíduo. 5. A matéria relativa à possibilidade de adoção de menores por casais homossexuais vincula-se obrigatoriamente à necessidade de verificar qual é a melhor solução a ser dada para a proteção dos direitos das crianças, pois são questões indissociáveis entre si. 6. Os diversos e respeitados estudos especializados sobre o tema, fundados em fortes bases científicas (realizados na Universidade de Virgínia, na Universidade de Valência, na Academia Americana de Pediatria), "não indicam qualquer inconveniente em que crianças sejam adotadas por casais homossexuais, mais importando a qualidade do vínculo e do afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as liga a seus cuidadores". 7. Existência de consistente relatório social elaborado por assistente social favorável ao pedido da requerente, ante a constatação da estabilidade da família. Acórdão que se posiciona a favor do pedido, bem como parecer do Ministério Público Federal pelo acolhimento da tese autoral. 8. É incontroverso que existem fortes vínculos afetivos entre a recorrida e os menores – sendo a afetividade o aspecto preponderante a ser sopesado numa situação como a que ora se coloca em julgamento. 9. Se os estudos científicos não sinalizam qualquer prejuízo de qualquer natureza para as crianças, se elas vêm sendo criadas com amor e se cabe ao Estado, ao mesmo tempo, assegurar seus direitos, o deferimento da adoção é medida que se impõe. 10. O Judiciário não pode fechar os olhos para a realidade fenomênica. Vale dizer, no plano da “realidade”, são ambas, a requerente e sua companheira, responsáveis pela criação e educação dos dois infantes, de modo que a elas, solidariamente, compete a responsabilidade. 11. Não se pode olvidar que se trata de situação fática consolidada, pois as crianças já chamam as duas mulheres de mães e são cuidadas por ambas como filhos. Existe dupla maternidade desde o nascimento das crianças, e não houve qualquer prejuízo em suas criações. 12. Com o deferimento da adoção, fica preservado o direito de convívio dos filhos com a requerente no caso de separação ou falecimento de sua companheira. Asseguram-se os direitos relativos a alimentos e sucessão, viabilizando-se, ainda, a inclusão dos adotandos em convênios de saúde da requerente e no ensino básico e superior, por ela ser professora universitária. 13. A adoção, antes de mais nada, representa um ato de amor, desprendimento. Quando efetivada com o objetivo de atender aos interesses do menor, é um gesto de humanidade. Hipótese em que ainda se foi além, pretendendo-se a adoção de dois menores, irmãos biológicos, quando, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, que criou, em 29 de abril de 2008, o Cadastro Nacional de Adoção, 86% das pessoas que desejavam adotar limitavam sua intenção a apenas uma criança. 14. Por qualquer ângulo que se analise a questão, seja em relação à situação fática consolidada, seja no tocante à expressa previsão legal de primazia à proteção integral das crianças, chega-se à conclusão de que, no caso dos autos, há mais do que reais vantagens para os adotandos, conforme preceitua o artigo 43 do ECA. Na verdade, ocorrerá verdadeiro prejuízo aos menores caso não deferida a medida. 15. Recurso especial improvido.(REsp 889852 / RS, RelMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, T4 - QUARTA TURMA, DJ 27/04/2010)
 
Existe uma exceção autorizando os divorciados, os separados judiciais ou extrajudicialmente e os ex-companheiros a adorem conjuntamente, conforme art. 42, §4o, do ECA.
 
2- LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
(...)
Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
§ 2o  Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
(...)
§ 4o  Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
 § 5o  Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. 
(...)
 
 
 
Bem-vindo à aula
Adoção - Vínculo com a família natural
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Adoção- Vínculo com a família natural e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A adoção é a atribuição da condição de filho ao adotado, tendo como consequência o desfazimento dos vínculos do adotado com os pais e parentes biológicos, salvo quanto aos impedimentos matrimoniais (art. 41, ECA).
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Adoção- Vínculo com a família natural.     
 
· Desfazimento dos vínculos com a família natural;
· Consentimento dos pais ou representante legal.
 
Rompimento dos vínculos → Adoção → Impedimentos matrimoniais
 
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Adoção unilateral
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Adoção unilateral e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
A adoção unilateral é a realizada pelo cônjuge ou companheiro de um dos pais do adotando rompendo-se apenas um dos lados do poder familiar (art. 41, parágrafo 1º, do ECA). É fundamental que não haja o poder familiar de um dos pais, e que este poder seja afastado por sentença.
 
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Adoção unilateral.
 
· Feita pelo cônjuge ou companheiro de um dos pais do adotando;
· Rompimento de um dos lados do poder familiar.
 
Adoção Unilateral = Rompimento um dos lados do poder familiar
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Adoção Bilateral – Classificação
Professor: João Aguirre
 
1 - Classificação
 
Nesta aula, você estudará a classificação da adoção no ordenamento jurídico brasileiro, em razão do rompimento do vínculo com a família natural e do estabelecimento do vínculo com a nova família.
1.1 Classificação em razão do rompimento com o vínculo com a família natural:
a) Adoção Bilateral: rompe-se o vínculo com ambos os pais naturais;
b) Adoção unilateral: rompe-se o vínculo com apenas um dos pais naturais, ex: adoção pelo padastro.
 
1.2 Classificação em razão do estabelecimento de vínculos com a nova família:
a) Adoção singular: existe apenas um adotante. Ex: adoção por pela pessoa solteira;
b) Adoção conjunta: adoção por um casal que seja casado ou que viva em união estável.
 
O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento pacificado no sentido da possibilidade de adoção por casal homossexual.
 
Ementa
DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. ADOÇÃO DE MENORES POR CASAL HOMOSSEXUAL. SITUAÇÃO JÁ CONSOLIDADA. ESTABILIDADE DA FAMÍLIA. PRESENÇA DE FORTES VÍNCULOS AFETIVOS ENTRE OS MENORES E A REQUERENTE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PREVALÊNCIA DOS INTERESSES DOS MENORES. RELATÓRIO DA ASSISTENTE SOCIAL FAVORÁVEL AO PEDIDO. REAIS VANTAGENS PARA OS ADOTANDOS. ARTIGOS 1º DA LEI 12.010/09 E 43 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. DEFERIMENTO DA MEDIDA. 1. A questão diz respeito à possibilidade de adoção de crianças por parte de requerente que vive em união homoafetiva com companheira que antes já adotara os mesmos filhos, circunstância a particularizar o caso em julgamento. 2. Em um mundo pós-moderno de velocidade instantânea da informação, sem fronteiras ou barreiras, sobretudo as culturais e as relativas aos costumes, onde a sociedade transforma-se velozmente, a interpretação da lei deve levar em conta, sempre que possível, os postulados maiores do direito universal. 3. O artigo 1º da Lei 12.010/09 prevê a "garantia do direito à convivência familiar a todas e crianças e adolescentes". Por sua vez, o artigo 43 do ECA estabelece que "a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos". 4. Mister observar a imprescindibilidade da prevalência dos interesses dos menores sobre quaisquer outros, até porque está em jogo o próprio direito de filiação, do qual decorrem as mais diversas consequências que refletem por toda a vida de qualquer indivíduo. 5. A matéria relativa à possibilidade de adoção de menores por casais homossexuais vincula-se obrigatoriamente à necessidade de verificar qual é a melhor solução a ser dada para a proteção dos direitos das crianças, pois são questões indissociáveis entre si. 6. Os diversos e respeitados estudos especializados sobre o tema, fundados em fortes bases científicas (realizados na Universidade de Virgínia, na Universidade de Valência, na Academia Americana de Pediatria), "não indicam qualquer inconveniente em que crianças sejam adotadas por casais homossexuais, mais importando a qualidade do vínculo e do afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as liga a seus cuidadores". 7. Existência de consistente relatório social elaborado por assistente social favorável ao pedido da requerente, ante a constatação da estabilidade da família. Acórdão que se posiciona a favor do pedido, bem como parecer do Ministério Público Federal pelo acolhimento da tese autoral. 8. É incontroverso que existem fortes vínculos afetivos entre a recorrida e os menores – sendo a afetividade o aspecto preponderante a ser sopesado numa situação como a que ora se coloca em julgamento. 9. Se os estudos científicos não sinalizam qualquer prejuízo de qualquer natureza para as crianças, se elas vêm sendo criadas com amor e se cabe ao Estado, ao mesmo tempo, assegurar seus direitos, o deferimento da adoção é medida que se impõe. 10. O Judiciário não pode fechar os olhos para a realidade fenomênica. Vale dizer, no plano da “realidade”, são ambas, a requerente e sua companheira, responsáveis pela criação e educação dos dois infantes, de modo que a elas, solidariamente, compete a responsabilidade. 11. Não se pode olvidar que se trata de situação fática consolidada, pois as crianças já chamam as duas mulheres de mães e são cuidadas por ambas como filhos. Existe dupla maternidade desde o nascimento das crianças, e não houve qualquer prejuízo em suas criações. 12. Com o deferimento da adoção, fica preservado o direito de convívio dos filhos com a requerente no caso de separação ou falecimento de sua companheira. Asseguram-se os direitos relativos a alimentos e sucessão, viabilizando-se, ainda, a inclusão dos adotandos em convênios de saúde da requerente e no ensino básico e superior, por ela ser professora universitária. 13. A adoção, antes de mais nada, representa um ato de amor, desprendimento. Quando efetivada com o objetivo de atender aos interesses do menor, é um gesto de humanidade. Hipótese em que ainda se foi além, pretendendo-se a adoção de dois menores, irmãos biológicos, quando, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, que criou, em 29 de abril de 2008, o Cadastro Nacional de Adoção, 86% das pessoas que desejavam adotar limitavam sua intenção a apenas uma criança. 14. Por qualquer ângulo que se analise a questão, seja em relação à situação fática consolidada, seja no tocante à expressa previsão legal de primazia à proteção integral das crianças, chega-se à conclusão de que, no caso dos autos, há mais do que reais vantagens para os adotandos, conforme preceitua o artigo 43 do ECA. Na verdade, ocorrerá verdadeiro prejuízo aos menores caso não deferida a medida. 15. Recurso especial improvido.(REsp 889852 / RS, RelMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, T4 - QUARTA TURMA, DJ 27/04/2010)
 
Existe uma exceção autorizando os divorciados, os separados judiciais ou extrajudicialmente e os ex-companheiros a adorem conjuntamente, conforme art. 42, §4o, do ECA.
 
2- LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
(...)
Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
§ 2o  Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
(...)
§ 4o  Os divorciados, os judicialmente separados eos ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
 § 5o  Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. 
(...)
 
 
 
Bem-vindo à aula
Vínculo com a família substituta
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Vínculo com a família substituta e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, ou seja, conduz à formação de parentesco entre o adotante e o adotado, e ainda entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante ( art. 41, caput, ECA). É medida excepcional e irrevogável (art. 39, parágrafo 1º, ECA), sendo que a morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais (art. 49).  
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Direito da Liberdade.
 
· à Medida excepcional e irrevogável;
· à  Atribui a condição de filho ao adotando;
· à Direito sucessório recíproco;
· à Morte dos adotantes.
 
Vínculo família substitute → Medida irrevogável
Vínculo família substitute → Condição de filho
Vínculo família substitute → Direitos successórios recíprocos
Vínculo família substitute → Morte adotantes
 
  
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
§ 1o  A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.      
§ 2o  É vedada a adoção por procuração.
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
(...) § 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária.
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
 
 
 
 
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Adoção Conjunta
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Adoção Conjunta.
Com a adoção conjunta, anteriormente chamada de adoção bilateral, rompe-se todos os vínculos do adotando com os pais biológicos. Nessa situação o estatuto prevê no seu art. 42, §2º, que para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, e comprovem a estabilidade da família. A lei não descarta, também, que os divorciados, os judicialmente separados e o ex-companheiros adotem em conjunto, para tanto faz-se mister que o estágio de convivência tenha se iniciado durante o período de relacionamento do casal e que seja demonstrada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda,  ocorrendo, dessa maneira, um acordo da guarda e das visitas. (at.42, §4º).
Nota-se que no caso da adoção conjunta faz-se necessário que entre os indivíduos haja ou tenha havido um relacionamento com intuito de constituir família, logo  um casal de amigos não pode adotar conjuntamente.
 
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Adoção  Conjunta.
 
· à  Realizada pelos casados civilmente ou companheiros na união estável;
· à Divorciados, separados judicialmente e ex-companheiros;
· à Estágio de convivência e vínculos de afetividade e afinidade;
· à Guarda compartilhada;
· à Efetivo benefício adotando. 
 
Adoção Conjunta → Casados civilmente
Adoção Conjunta → companheiros → Comprovada estabilidade da família
Adoção Conjunta → Divorciados , separados judicialmente, ex-companheiros → Acordo guarda e regime visitas
Adoção Conjunta → Divorciados , separados judicialmente, ex-companheiros  → Estágio de convivência
 
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. 
(…)
§ 2o  Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.
(…)
§ 4o  Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.       
 § 5o  Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
 
 
 
 
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Idade mínima
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Idade mínima e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
Todas as pessoas civilmente capazes e maiores de 18(dezoito) anos, independentemente do estado civil, têm capacidade e legitimidade para adotar, devendo, contudo, apresentar uma diferença etária de 16 anos em relação ao adotando, porém se a adoção for conjunta, basta que um dos indivíduos, tenha a referida diferença.
  
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Idade mínima.
 
· à Adotante maior de 18 anos;
· à Diferença de idade entre adotante e adotado.
 
Idade minima → Adotante 18 anos
Idade minima → Diferença de 16 anos entre adotante e adotado
 
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
(…) § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
 
 
 
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Consentimento dos Pais ou destituição do poder familiar
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Consentimento dos Pais ou destituição do poder familiar e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
Consentimento dos Pais ou destituição do poder familiar e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Consentimento dos Pais ou destituição do poder familiar.
 
· à Consentimento dos Pais;
· à Dispensa do consentimento;
· à Consentimento adolescente.
 
Consentimento →  Pais → Dispensa
Consentimento →  Adolescente
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do  poder familiar.
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento.
 
 
 
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Estágio de Convivência
Professor: João Aguirre
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Estágio de Convivência e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
O estágio de convivência é o período fundamental para que seja avaliada a adaptação da criança ou adolescente à suanova família, sendo, dessa forma, um requisito exigido para a concretização da adoção, cujo prazo será, nos moldes do art.46 do ECA, fixado pelo Juiz da Infância e da Juventude.Faz-se necessário vez que propicia uma situação de conhecimento recíproco entre adotante e adotado, possibilitando, dessa maneira, o estabelecimento de vínculos entre os mesmos. Porém, o referido estágio não é obrigatório a todos aqueles que pretendem adotar, podendo , inclusive ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.A lei tornou obrigatório o acompanhamento do estágio de convivência por equipes interprofissionais, dando dessa maneira, uma garantia de que a convivência na família substituta será salutar, e que o adotando terá grandes vantagens com a efetivação da adoção.
 
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Estágio de Convivência.
 
· à  Precede a adoção;
· à  Período fixado pelo juiz;
· à Hipóteses de dispensa;
· à Período nos casos de adotantes residentes fora do País;
· à Acompanhamento por equipe interprofissional.
Estágio de convivência → Prazo fixado pelo juiz
Estágio de convivência → Dispensa
Estágio de convivência → Prazo mínimo de 30 dias no território nacional
Estágio de convivência → Equipe interprofissional
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.
§ 1o  O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.
§ 2o  A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.
§ 3o  Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias .
 § 4o  O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento da medida.
 
 
 
Bem-vindo à aula
Adoção- sentença judicial
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Adoção- sentença judicial e sua aplicabilidade de acordo com a legislação da criança e do adolescente.
Vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial que será inscrita no registro civil. O mandado judicial cancelará o registro original do adotado.A sentença de adoção produz efeitos aquisitivos(do novo parentesco) e extintivos (do parentesco anterior). A extinção do parentesco anterior pode se relativa, parcial ou limitada a um dos ascendentes quando se tratar de adoção unilateral, por padrasto ou madrasta. A transmissão do nome da família é efeito decorrente da decretação da adoção, pois assim que o adotado adquire o estado de filho legítimo do adotante, recebe, também, o nome de família ou patronímico. os efeitos ocorrem a partir do trânsito em julgado da sentença de adoção, exceto no caso da adoção póstuma, onde retroagem os efeitos à data do óbito (art. 47, § 7º do ECA).
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula de Adoção- sentença judicial.
 
· à Necessidade de sentença judicial para formação do vínculo de parentesco;
· à  Inscrição no registro civil e cancelamento do registro original;
· à  Outorga do nome do adotante;
· à  Produção dos efeitos.
 
Sentença Judicial → Produção de efeitos após o trânsito em julgado
Sentença Judicial → Formação do vínculo de parentesco
Sentença Judicial → Inscrição registro civil e cancelamento registro originário
Sentença Judicial → Nome do adotante
 
LEGISLAÇÃO
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
 
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes.
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.
§ 3o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua residência.   
§ 4o Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro.  
§ 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome.
§ 6o Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.
§ 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito. 
§ 8o O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer tempo. 
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
ECA
Bem-vindo à aula
Direito à Educação, à Cultura e ao Lazer
Professor: João Aguirre
 
 
1 - MATERIAL (introdução e conceito)
 
Nesta aula, você estudará Direito à Educação, à Cultura e ao Lazer e sua aplicabilidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
 
O direito à educação, garantido no art. 53 do ECA, tem por finalidade o pleno desenvolvimento da criança e adolescente, o preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Dessa forma, o Estatuto dispõe que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo da criança e adolescente. Cabe aos pais e responsáveis (Art.55, ECA) a obrigação de matricular os filhos ou pupilos na escola e controlar a freqüência. Ao Estado (art.54, ECA) cabe oferecer o ensino fundamental obrigatório e gratutito, atendimento em creches e pré-escola de zero 6 anos de idade, entre outras medidas. O estabelecimento de ensino fundamental (art.56, ECA) comunicar ao Conselho Tutelar os casos de maus tratos, a reiteração de faltas injustificadas e evasão escolar e altos níveis de repetências. Por fim, há a preocupação que além da educação, a criança e adolescente possa brincar e praticar esportes. O esporte e o lazer contribui para que a criança e adolescente desenvolvam outras potencialidades e desenvolvem o relacionamento social, devendo o Município, com apoio dos Estados e da União, estimular e facilitar a destinação de recursos e espaços para programaçoes culturais, esportivas e de lazer.
 
 
2 - COMPLEMENTO
 
RESUMO
 
Veja os pontos principais abordados na aula:
· Direito à Educação, à Cultura e ao Lazer
· à Garantias que visam o pleno desenvolvimento da pessoa da criança e do adolescente, o preparo para exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho;
· à Direitos e deveres dos pais;
· à Deveres do Estado;
· à Deveres dos estabelecimentos de ensino.
 
 
Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência

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