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O Trabalho como Ressocialização na Penitenciária Sul

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INSITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
GABRIELA BELLOLI
O TRABALHO COMO FORMA DE RESSOCIALIZAÇÃO NA PENITENCIÁRIA SUL
CRICIUMA
ABRIL DE 2019
GABRIELA BELLOLI
O TRABALHO COMO FORMA DE RESSOCIALIZAÇÃO NA PENITENCIÁRIA SUL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Pós Graduação em Gestão Publica do Campus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina para obtenção do diploma de Especialização em Gestão Publica.
Orientador: Antonio Marcos Feliciano
CRICIUMA
ABRIL DE 2019
O TRABALHO COMO FORMA DE RESSOCIALIZAÇÃO NA PENITENCIÁRIA SUL
GABRIELA BELLOLI
Este trabalho foi julgado adequado para obtenção de XX e aprovado na sua forma final pela comissão avaliadora abaixo indicada.
Criciúma,______/________/2019.
_________________________________________________________
Orientador: Antonio Marcos Feliciano
__________________________________________________________
Membro da Banca:
____________________________________________________________
Membro da Banca:
INTRODUÇÃO
O sistema prisional surgiu como forma de punição, para manter os indivíduos que cometeram algum crime longe da sociedade e assim proteger os cidadãos, ditos, de bem de suas ações criminosas. Antes de entrar em vigor a Lei nº 7210 de 1984, a Lei de Execuções Penais (LEP), as penas eram apenas de caráter punitivas, com o objetivo de castigar o transgressor, com a LEP, essa visão mudou e seu maior objetivo é reeducar esses indivíduos para que retornem ao convívio social e não reincidam no crime. Para Foucault (2002, p 208), “a prisão moderna é uma empresa de modificar indivíduos, tendo duas finalidades fundamentais: a privação de liberdade e a transformação de indivíduos”, transformação esta que pode ser alcançada através do trabalho, buscando a ressocialização do apenado.
Quando se fala em ressocialização do apenado, entende-se que é dever do Estado aplicar medidas com o intuito de melhorar a condição social do apenado e que este deve estar ciente de suas responsabilidades enquanto pessoa integrante de uma sociedade. A LEP em seu artigo 10º nos diz que a assistência ao apenado tem por objetivo prevenir o crime e orientar o apenado quando do seu retorno à convivência em sociedade. Esta ressocialização se dá com o bom aproveitamento dos programas aplicados aos apenados por meio da assistência material, a saúde, jurídica, educacional, social, psicológica bem como do trabalho. 
Segundo Cotes (2005), o trabalho traz grandes benefícios à sociedade e ao apenado. Os atos disciplinares praticados no ambiente laborativo conduz a própria ressocialização, promovendo a dignidade humana, mantendo o seu equilíbrio psíquico e físico para que quando ele possa sair mantenha as mesmas condições de um trabalhador livre.
Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo verificar se por meio do trabalho, o apenado que se encontra em cumprimento de pena na Penitenciária Sul de Criciúma se considera ressocializado para seu retorno ao convivo social. Pretende-se constatar por meio de entrevista se o apenado considera o trabalho como forma de ressocialização, bem como analisar a importância do trabalho ao apenado na unidade. Alem disso busca-se identificar e descrever as ações desenvolvidas, os resultados e as dificuldades apresentadas para a profissionalização dos apenados da Penitenciária Sul.
OBJETIVOS
· Objetivo Geral 
Verificar se por meio do trabalho, o apenado que se encontra em cumprimento de pena na Penitenciária Sul de Criciúma, se considera ressocializado, para seu retorno ao convívio social.
· Objetivos Específicos
- Constatar mediante entrevista, se o apenado considera o trabalho como forma de ressocialização;
- Identificar a importância do trabalho ao apenado, na unidade prisional;
- Identificar e descrever as ações desenvolvidas, os resultados e as dificuldades apresentadas para a profissionalização dos apenados da Penitenciária Sul.
1 – ORIGEM DO SISTEMA PRISONAL: ASPECTOS HITÓRICOS
De acordo com alguns estudos, as prisões surgiram na antiguidade, por volta de 1700 AC, onde os egípcios utilizavam cativeiros para garantir a posse dos escravos e a partir de 525 AC os lavradores convocados pelo Faraó que não conseguissem pagar os seus impostos, tornavam-se seus escravos. Na antiguidade o fato de não pagar impostos, ser desobediente, ser estrangeiro ou prisioneiro de guerra caracterizava crimes e para esses delitos as penas aplicadas eram a morte, suplicio, açoite, amputação de membros, trabalhos forçados, confisco de bens entre outras penalidades. Como não existiam códigos que regulamentasse as sanções penais aplicadas, não havia necessidade de construção de prisões, as pessoas detidas eram aprisionadas em calabouços, torres ou conventos abandonados, sendo esses lugares em ruínas e insalubres onde o “réu” era mantido até o dia de seu julgamento ou de sua execução. 
Na Idade Média até a Idade Moderna, também não se via a pena como privação de liberdadee a prisão era aplicada apenas aos acusados que estavam esperando julgamento, sendo assim o encarceramento servia como um meio e não como o fim da punição.
A partir do século XVIII, a natureza da prisão se modifica e a finalidade do encarceramento passa a ser isolar e recuperar o “infrator” e com isso surge às políticas e práticas penais, com o intuito de reeducar aqueles que infringiram asleis e estavam sob a custódia do Estado. Em 1830 é instituído o Código Criminal do Império, sendo que neste estatuto já apresentava idéias de justiça e cidadania.
No final do século XIX, em virtude da Abolição da Escravatura e da Proclamação da Republica, as leis penais sofreram significativas mudanças. Neste período na America do Norte e Europa foram construídas penitenciárias industriais e agrícolas as quais usavam o trabalho como forma de disciplina e reabilitação dos presos. 
No Brasil, as penitenciárias surgiram após o segundo Código Penal de 1890, que abolia a pena de morte. Começou-se a pensar num modelo ressocializador o qual reintegraria o condenado a sociedade de maneira que o mesmo não reincidisse na prática de crimes.
Segundo Foucault (2002, p. 73) “a prisão é o único lugar onde o poder pode se manifestar em estado puro em suas dimensões mais excessivas e se justificar como poder moral.”
Para o doutrinador Mirabete (1988, p 39) a finalidade da pena privativa de liberdade “é ressocializar, recuperar, reeducar ou educar o condenado, tendo uma finalidade educativa que é de natureza jurídica.”
A massa carcerária do Brasil hoje esta distribuída entre as delegacias, presídios, UPAs, casa dos albergados, casas de custódias e penitenciárias, sendo que muitos destes lugares não possuem estrutura para atender o que determina a Lei 7.210/84. 
2 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL E O TRABALHO 
A Lei nº 7210 de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de Execução Penal (LEP)dispõe em seu artigo 1º “A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e internado.” A LEP busca também, alem da prevenção e humanização no cumprimento da pena, sendo que o objetivo não é apenas punir, mas ressocializar o preso de forma humana, fato diferente dos tempos antigos onde a pena servia apenas para punir, castigar.
Quando se retira o transgressor do convivo da sociedade, devem-sepropiciar condições para sua reintegração social, através de programas e Leis as quais ajudam na obtenção dos meios mais eficazes para que a ressocialização aconteça de forma mais concreta.
Para Prado (2011, p 32) “a reinserção social do condenado constitui um dos objetivos fundamentais da execução penal, de forma que o Estado deve proporcionar todos os aparatos para sua efetivação, ou seja, oferecer meios que possa vir a reeducar o condenado e deste modo venha o devolver para a sociedade.”
A LEP em seu artigo 10º “A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.” reconhece o condenado como parte integranteda sociedade, a qual deverá retornar após cumprimento de sua pena. 
Segundo Zacarias (2006, p.36) “a execução da pena implica uma política destinada à recuperação do preso, que é alçada de quem tem jurisdição sobre o estabelecimento onde ele está recluso.”
Apesar de moderna, procurando racionalizar, desburocratizar e flexibilizar o fundamento do sistema prisional, a Lei de Execuções Penais não tem produzido os resultados concretos almejados por seus autores e esperados pela sociedade. Tal ineficácia está na omissão do Poder Executivo que, procurando de todas as formas dirimir e eximir-se de suas obrigações básicas no plano social, até a presente data não houve investimentos necessários em escolas, em fábricas e fazendas-modelo, ou mesmo comercio; em pessoal especializado e em organizações encarregadas de encontrar postos de trabalho para os presos me regime semi aberto e aberto, principalmente para os egressos dos estabelecimentos penais.” (ZACARIAS, 2006, p.36)
Uma das formas de ressocialização é através do trabalho e a LEP dedica todo o seu capitulo III ao trabalho do preso. Em seu artigo 28º dispõe que “o trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva.” 
O trabalho do preso é um direito atribuído a ele pela LEP em seu art. 41º, inciso II: “Constituem direitos do preso: II – atribuição do trabalho e sua remuneração” e pela Constituição Federal de 1988 em seu art. 6º onde prevê que o trabalho é um dos “direitos sociais” e como preconiza nossa Carta Magna. O Brasil sendo um país democrático de direito a realização desse ideal passa pela concretização dos direitos e deveres do preso.
Para que o trabalho alcance seu objetivo ressocializador, ele deve ser dotado de meios condizentes com essa finalidade e que sejam capazes de valorizar o preso dentro do mínimo legalmente estabelecido. A realização de uma atividade por parte do preso propicia ao mesmo sua valorização enquanto ser humano e a concretização de sua dignidade. Segundo RIOS (p36) “O trabalho e a dignidade da pessoa humana, portanto, são dois valores indissociáveis, uma vez que a Constituição não concebe a dignidade sem o trabalho e o trabalho sem a dignidade.”
Como prevê a LEP em seu artigo 29º, o preso será remunerado pelo serviço prestado e sua remuneração não será inferior a ¾ do salário mínimo vigente. E como dispõe no artigo 33º a jornada de trabalho não será inferior a seis horas e nem superior a oito horas, com descanso nos domingos e feriados. 
Artigo 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo.
§1º O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo criem, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios;
b) à assistência à família
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
Ainda de acordo com RIOS (p.47) “o trabalho deve observar as condições mínimas de dignidade, respeitando a integridade física e moral do presidiário.”O trabalho deve atender às aptidões físicas e mentais de cada preso, de modo a evitar antagonismos entre a obrigação de trabalhar e o principio da individualização da pena.
A LEP é elogiável quando garante ao preso uma vida produtiva intra-muros, como também permite que ele provenha, mesmo que minimamente, suas necessidades na prisão bem como de sua família por meio do trabalho, pois é através dele que o preso esta sendo preparado para sua reintegração a sociedade.
Conforme a LEP nos mostra, a pessoa privada de liberdade é tão cidadã quanto aquela que nunca esteve presa e que nunca cometeu nenhum crime. Faz uso do princípio que da mesma forma que a educação e o trabalho são mecanismos para a não prática de atos criminosos, eles podem ser usados para a ressocialização daquele que esta cumprindo pena por ter praticado algum crime. 
O trabalho nas unidades prisionais, além de ter como objetivo a ressocialização do preso, propiciando assim sua reintegração social, ele é a melhor forma de ocupar o tempo ocioso dos presos, com isso melhora o ambiente em que estão tornando-o mais seguro.
Alem da remuneração, a atividade laboral do preso dá o direito de remir sua pena conforme prevê a LEP em seu artigo 126.
“O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena.
§1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de um dia de pena por três de trabalho.
§2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a remição.
§3º A remissão será declarada pelo juiz da execução, ouvido o Ministério Público.”
A palavra remição vem de redimiri, que no latim significa reparar, compensar, ressarcir é o desconto de parte do tempo de pena privativa de liberdade. Temos que ter cuidado para não confundir “remição” com “remissão”, sendo que esta ultima significa perdoar, atrela-se ao perdão da pena num todo ou em parte dela como a graça ou indulto.
LEAL (1993, p459) sobre a remição alega que: 
Ao concedê-la, o Estado leva em consideração o resultado positivo do mérito demonstrado pelo ordenamento em aceitar o trabalho prisional e observar as demais regras de disciplina prisional. Em conseqüência, e tendo em vista o principio constitucional da individualização da pena, considera de boa política criminal abdicar de parte da sanção criminal imposta na sentença criminal. Assim sendo, a remição é um instituto de natureza penal que opera como uma causa extintiva da punibilidade e que reduz a quantidade de pena em corrente continua.
Sendo a remição uma forma de assegurar o direito do preso de reduzir parte de sua pena pelo exercício do trabalho, SILVA (2002, p178) considera:
A remição constitui em direito do condenado, que pelo trabalho, poderá ter reduzido o tempo de duração da pena privativa de liberdade. Pelo instituto em comento é oferecido em estimulo ao preso para que, desenvolvendo atividade laboral, não apenas veja abreviada a expiação da pena (o que seria de interesse exclusivo do condenado), mas também para que o trabalho sirva de instrumento para a efetiva e harmoniosa reinclusão à sociedade (o que é de interesse geral). O trabalho e, por conseqüência, a remição, constituem instrumento que buscam alcançar a finalidade preventiva da pena criminal.
O direito de remição é para os presos que se encontram em regime fechado ou semi-aberto, não se aplicando aos que se encontram em prisões de albergues, pois o trabalho é um pressuposto para estar em tal condição, sendo este regido pelo CLT.
Para fins de remição, só será considerado os dias que o preso desempenhar suas atividades laborais durante a jornada completa de trabalho, que não poderá ser inferior a seis horas e nem superior a oito horas.
Atualmente, até os trabalhos que não recebem remuneração estão sendo aceitos para a remição da pena como os trabalhos burocráticos na administração, manutenção e limpeza predial, cozinha, padaria entre outras atividades.
3 – RESSOCIALIZAÇÃO O TRABALHO E O REEDUCANDO NA PENITENCIARIA SUL
A Penitenciária Sul foi fundada em 02 de junho de 2008 com o intuito de abrir novas vagas para a Região Sul. É considerada uma unidade prisional referencia de segurança máxima, tendo como objetivo minimizar os altos índices de reincidência e de exclusão social, após cumprimento de pena. Com fundamentação na Constituição Federal, na LEP, no Código Penal e demais leis, a penitenciaria objetiva ainda alcançar a ressocialização dos reeducandos, proporcionando aos mesmos, condições reais de integração social..
A penitenciária atende presos condenados ao regime fechado, os quais passam a maior parte de sua pena nesta unidade, até a progressão de regime ou sua liberdade. 
Atualmente 229 presos exercem alguma atividade laborativa dentro da unidade tais como: montador de esquadriasde alumínio, carga e descarga, padeiro, cozinheiro, manutenção predial, auxiliar administrativo, limpeza, entre outras funções. Desse total, 167 exercem atividade remunerada e 62 não remunerada, mas todos ganham por direito a remição pelos dias trabalhados, como dispõe na LEP e já tratado no capitulo anterior deste trabalho. Os critérios adotados para inserção dos presos nas vagas disponíveis são o bom comportamento e as maiores penas. 
Atualmente a Penitenciária Sul conta com duas empresas que oferecem trabalho remunerado aos reeducandos, a ESAF, de esquadrias de alumino e a RESICOLOR, de tintas e solventes. Até o inicio do ano de 2018 a empresa HYDRA, de montagem de chuveiros, também estava na Penitenciária, mas devido sua matriz mudar para outro Estado foram encerradas suas atividades. A estrutura física da unidade favorece a instalação de novas empresas, tanto que a ESAF esta expandindo suas atividades, abrindo novas vagas de trabalho, o que é de grande importância desde o fechamento da HYDRA.
A principal finalidade da pena privativa de liberdade é a ressocialização do preso e a LEP foi um grande avanço no tratamento ao preso dando ênfase a essa finalidade.
A família também tem participação importante na ressocialização do preso. Os vínculos afetivos são de grande valor, pois sabendo que alguém o espera na rua e acredita em sua mudança faz com que muitos presos acreditem em seu potencial e não voltam a reincidir no crime. 
Em seu artigo 28, a LEP dispõe que “O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva”. Esse dever é reiterado no artigo 31, caput e artigo 39 inciso V da referida Lei.
O trabalho do preso é imprescindível por vários motivos tais como: tira o preso da ociosidade e matem a ordem na unidade prisional, ajuda a manter o equilíbrio psíquico do preso, contribui para a formação da personalidade e com o seu salário, o preso consegue manter suas necessidades básicas na prisão e muitos ajudam suas famílias. Do ponto de vista ressocializador, o trabalho é importante, pois o preso ao conseguir sua liberdade já conhece uma profissão, abrindo maiores chances de re reinserir na sociedade de forma digna e honesta.
Para ALBERGARIA (1996, p139):
A ressocialização é um dos direitos fundamentais do preso e esta vinculada ao welfare statate (estado social de direito), que se empenha por assegurar o bem-estar material a todos os indivíduos, para ajudá-los fisicamente, economicamente e socialmente. O delinqüente como individuo em situação difícil e como cidadão, tem direito á sua reincorporação de todos os especialistas em ciências do homem para uma missão eminentemente humana e que pode contribuir para o bem-estar da humanidade.
Dentro da Penitenciária, alem do trabalho, é oferecido aos presos, através de uma parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC a entrega de certificados que atestam a experiência profissional dos presos.
No ano de 2018 aconteceram duas solenidades para a entrega desses certificados. Uma aconteceu em março de 2018 onde 05 presos receberam certificado de pintor, 05 de pedreiro, 09 de operador de linha de produção, 17 de montador de esquadrias e 19 de montador de equipamentos eletroeletrônicos, totalizando 55 presos certificados. PRONATEC formou 12 presos em cursos de panificação, almoxarife e operador de computador. No ato o preso F.R. discursou “Foi uma chance muito importante e é por meio dela que vamos conseguir emprego e restabelecer nossos laços com a família e a sociedade. Sair daqui com um diploma na mão fará toda a diferença para nos inserir no mercado de trabalho.”
A segunda solenidade aconteceu em dezembro de 2018 onde foram entregues 35 certificados de montador de esquadrias de alumínio, 06 de operador de águas e afluentes e um preso terá seu livro publicado.
Para a diretora da Penitenciária Sul, Maira de Aguiar Montegutti essa certificação “é uma grande oportunidade de reeducação. Além disso, sair com um documento de qualificação profissional poderá facilitar a entrada no mercado de trabalho.”
Com essas parcerias a Penitenciária busca uma melhoria na qualidade de vida dos reeducandos através da reforma do individuo preso, buscando sua reeducação, descoberta de novas qualidades e aptidões laborais, a redescoberta de sua autoconfiança e o seu preparo para o mercado de trabalho, de modo que consiga assegurar seu sustento e sustento de sua família.
4 – PROGRAMA DE RESSOCIALIZAÇÃO PELO TRABALHO
No nosso Estado foi implantado, segundo o modelo do projeto “Começar de Novo” do Ministério da Justiça, pela extinta Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (SJC), através do Departamento de Administração Prisional (DEAP) o Programa de Ressocialização Pelo Trabalho oferecendo atividade laboral aos presos, onde num período de 02 anos já foram assinados mais de 180 convênios de trabalhos com empresas e órgãos públicos.
Este programa exige que a empresa conceda certificado profissional ao apenado, qualificando-o em sua função e também exige que a empresa o contrate pelo período de um ano após o termino de sua pena.
Em Santa Catarina há mais de seis mil presos inseridos em alguma atividade laboral, o que corresponde a 31% da população carcerária do Estado.
Para o secretário da atual Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativo, Leandro Lima “O trabalho e a educação são estratégias de segurança em nossas unidades prisionais. Esta comprovado cientificamente que as atividades laborais e educacionais tronam as unidades mais seguras.”
As empresas conveniadas ficam dispensadas do pagamento de 13º salário, FGTS, INSS, aviso prévio, bem como alguns impostos e outros benefícios trabalhistas. Em contrapartida investem na estrutura das oficinas de trabalho dentro das unidades prisionais.
Em 2018, Santa Catarina ficou em primeiro lugar na edição do Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Prisional (RESGATA) instituído pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) para incentivar empresas e instituições que utilizam mão de obra do sistema prisional com 32 empresas classificadas.
5 – METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória, pois foi um processo mais flexível e não estruturado que usou a pesquisa bibliográfica para um melhor aprofundamento do tema escolhido por meio de doutrinas, livros, artigos e trabalhos já realizados. É pela pesquisa bibliográfica que se busca citações relevantes, que facilitam o entendimento do assunto.
Também se optou pela pesquisa descritiva para a coleta de dados por aplicação de questionário com perguntas objetivas e subjetivas, onde se tentouextrair o máximo de dados verídicos dos entrevistados. Usou-se a abordagem quali-quantitativa, pois este é o melhor jeito de promover a interação entre números e palavras.
Para a elaboração da pesquisa foram entrevistados 17 presos que estão inseridos na Oficina da ESAF. A escolha deles foi de forma aleatória e como tenho livre acesso aos presos, pois trabalho na Penitenciária Sul as entrevistas ocorreram de forma tranqüila, pois como os presos já me conhecem não tiveram receio algum para responder as perguntas, ficaram bem a vontade. O atendimento ocorreu de forma individual, sem a presença de agente na sala de apoio.
A entrevista possui perguntas fechadas para coleta de dados quantitativos e perguntas abertas para a coleta de dados qualitativos, e é através destas perguntas abertas que se conhece melhor a realidade de cada preso.
Os questionamentos abordavam a importância do trabalho para cada um deles, e se o entrevistado acredita que o trabalho nas unidades prisionais ajudam na ressocialização. 
6 – RESULTADOS OBTIDOS
A pesquisafoi realizada na Penitenciária Sul de Criciúma com 17 reeducandos inseridos em oficina laboral, escolhidos de forma aleatória, foi aplicado um questionário com 10 perguntas objetivas e subjetivas.
Segue os resultados:
Conforme gráfico percebe-se que a maioria dos entrevistados possui mais de 40 anos, sendo que o restante ficou entre 22 a40 anos de idade.
O gráfico nos mostra que a maioria dos entrevistados se diz solteiro, mas todos já tiveram algum relacionamento conjugal em alguma fase de sua vida.
Em relação aos dados obtidos quanto a possuírem filhos, vê-se que a maioria dos reeducandos entrevistados os possui, o que podemos verificarque mesmo os que se dizem solteiros no gráfico anterior, possuem filhos de algum relacionamento.
	
Em relação à questão sobre o tempo de condenação, nota-se que a maioria dos entrevistados foram condenados a mais de 26 anos, alguns por um único crime, outros por soma de penas de suas condenações. O reeducando entrevistado com a menor pena foi condenado a 06 anos e 09 meses, sendo esta sua segunda prisão. Outro reeducando por seu único crime foi condenado a 30 anos de prisão e o reeducando com a maior condenação por soma de penas, esta cumprindo 63 anos de prisão.
Em relação à pergunta se trabalhou quando em liberdade, apenas 01 entrevistado relatou que nunca trabalhou, pois desde adolescente cometia atos infracionais e assim que completou 18 anos foi preso.
Dos demais, 12 relataram que trabalharam com carteira assinada e 04 trabalharam como autônomos.
As profissões são diversas entre as quais podemos citar: motorista, servente de pedreiro, pedreiro, metalúrgico, agricultor, serviços gerais, marceneiro, motoboy.
Grande parte dos entrevistados esta inserido na oficina de trabalho entre 01 e 02 anos. Sendo que um dos quesitos objetivo para a inserção no trabalho é as penas mais altas. 
Quando questionados sobre o destino da remuneração, apenas 03 entrevistados responderam que é apenas para uso pessoal, pois não recebem visita de nenhum familiar e de acordo com as normas da Unidade Prisional somente pessoas com carteirinha de visita que podem retirar o dinheiro proveniente do trabalho do preso desde que o mesmo enderece para o visitante
De acordo com os entrevistados, alguns citaram mais de uma qualidade para a importância do trabalho na unidade.
Segundo D.O.M, 28 anos “o trabalho dignifica o homem.”
Para C.K.L. , 57 anos “o trabalho me mantém lúcido.”
Dois reeducandos relataram que o trabalho esta sendo muito importante para eles, pois um ajudou a mãe a comprar uma casa e o outro ajudou a avó a construir uma casa de alvenaria.
O reeducando J.W.P., 43 anos relatou que o trabalho o ajudou a sair da depressão e C.S.M., 25 anos o trabalho o motiva para quando estiver na rua.
Dos 17 entrevistados apenas 02 responderam que acreditam em partes na ressocialização através do trabalho.
Para L.F.B., 41 anos “a ressocialização acontece para quem quer. Muitos vêem no trabalho uma forma de juntar dinheiro e continuar no crime na rua.”
R.R.A., 47 anos diz que “a cadeia é uma escola, tanto para o bem quanto para o mal. Aprendi muita coisa do crime na cadeia. A pessoa muda se quiser e o trabalho serve para ajudar a família, recomeçar.”
O reeducando D.M.P., 30 anos relatou que “sempre fui trabalhador, entrei nessa vida de bobeira. Prefiro trabalhar e ganhar pouco do que estar no crime.”
Segundo D.M., 63 anos “quem volta para a cadeia é porque gosta.”
É importante para o Estado manter os presos trabalhando enquanto cumprem suas penas. 
A pesquisa nos mostra que com o trabalho, o preso ocupa seu tempo ocioso e sua mente fazendo com que afaste pensamentos negativos, recuperando sua auto-estima, o fazendo se sentir útil, principalmente com o fator idade, pois como vimos na pesquisa à grande maioria dos presos possui mais de 40 anos de idade e sabemos que esta bem difícil arrumar emprego com essa idade nos tempos atuais.
Um ponto importante da pesquisa nos mostra que a maioria dos presos possuem filhos e para eles a família é de grande estima, pois todos se preocupam com seus filhos e demais familiares que estão na “rua”. Todos os presos que recebem visitas, encaminham sua remuneração para sua família, ficando para eles o mínimo possível. Para os presos poder ajudar a família financeiramente, mesmo estando enclausurados os tornam responsáveis e se enchem de orgulho.
Quando se falou no tempo de condenação, se vê pelos dados que a maioria dos presos foram condenados a mais de 20 anos, o que para o Estado gera certa despesa, mas os presos estarem trabalhando, além de ocupar seu tempo ocioso, ainda recebe o o ressarcimento pelas suas despesas, conforme preconiza a LEP.
Quanto ao tempo de serviço, todos os dias há presos entrando e saindo das oficinas de trabalho. Muitos estão a bastante tempo trabalhando e se esmeram para se manter no trabalho. Os motivos que fazem os presos serem retirados das oficinas são diversos tais como: discussões ou brigas nas oficinas, falta de vontade e comprometimento com o serviço, quando o preso progride de regime este é transferido para uma unidade prisional condizente com seu atual regime. Nas unidades há o que chamamos de “regalias”, que são os presos que cumprem a rotina da galeria que se encontram, desde a limpeza até a distribuição da alimentação e remédios. São vagas preenchidas por presos que mantém bom comportamento, mas não recebem remuneração, mas sim remição por tempo de serviço e possuem as mesmas regras para se manter na regalia.
Quando questionados sobre a importância do trabalho, todos foram unânimes em falar na remição e ocupação da mente, mas também citaram outras importâncias do trabalho como as descritas no gráfico apresentado. Como já afirmado, o trabalho além de ocupar o tempo ocioso do preso, torna as unidades prisionais mais seguras.
Sobre a ressocialização pelo trabalho, também foi unânime que sim, os presos acreditam. Apenas dois presos responderam que acreditam em partes, pois para eles a ressocialização esta na pessoa, não é o trabalho apenas que faz com que o preso se ressocialize, ele tem que almejar. O trabalho nas unidades prisionais serve de trampolim para a mudança, sendo que cada um deve desejar esta mudança.
O trabalho realmente terá um papel significante na ressocialização do presos quando este encontrar um sentido nas tarefas que realizam e a partir de então, tentarem buscar o equilíbrio físico e mental.
CONCLUSÃO
O trabalho sempre fez e fará parte da vida das pessoas, ele proporciona condições de vida dignas e é a porta de entrada de todos os sonhos, desejos e projetos de vida que uma pessoa possa almejar.
Antigamente, o trabalho do preso era forçado e servia como forma de punição. Atualmente o trabalho é um direito do preso como prevê a LEP, permitindo a concessão de benefícios como a remição pelos dias trabalhados. O Estado é o principal responsável por assegurar esses direitos contidos em nosso ordenamento jurídico. O trabalho nas unidades prisionais deveria ser levado mais a sério, pois ele dignifica o homem, e o faz se sentir produtivo, transformando o tempo ocioso em crescimento profissional e pessoal, melhorando assim a qualidade de vida dos presos tornando as unidades mais seguras. 
O trabalho desempenha um papel significativo na reinserção social do preso, apesar de ainda não existir uma política publica eficiente voltada aos egressos do sistema penitenciário. Os presos que realmente querem ter uma vida diferente e digna vêem no trabalho o caminho para essa mudança.
Sabemos que o caminho ainda é longo para que todas as unidades prisionais tenham cem por cento de seus presos trabalhando, devido às precárias condições de estrutura de muitas unidades e a falta de projetos que visem à criação ou ampliação das vagas de trabalho, mas com algumas mudanças em nossa sociedade, e com o apoio de empresas privadas esse cenário está mudando. Com a conscientização da sociedade e novas parcerias esta se criando novas oportunidades de recomeço aos presos.
70%12%12%6%
ESTADO CIVIL
SOLTEIROCASADOUNIÃO ESTAVELSEPARADO
Gráf1
	SOLTEIRO
	CASADO
	UNIÃO ESTAVEL
	SEPARADO
ESTADO CIVIL
12
2
2
1
Plan1
		ESTADO CIVIL
	SOLTEIRO	12
	CASADO	2
	UNIÃO ESTAVEL	2
	SEPARADO	1
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Gráf1
	SIM
	NÃO
FILHOS
13
4
Plan1
		FILHOS
	SIM	13
	NÃO	4
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Gráf1
	06 a 10 anos
	11 a 15 anos
	21 a 25 anos
	ACIMA DE 26 ANOS
TEMPO DE CONDENAÇÃO
4
1
3
9
Plan1
		TEMPO DE CONDENAÇÃO
	06 a 10 anos	4
	11 a 15 anos	1
	21 a 25 anos	3
	ACIMA DE 26 ANOS	9
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Gráf1
	SIM
	NÃO
TRABALHOU QUANDO EM LIBERDADE?
16
1
Plan1
		TRABALHOU QUANDO EM LIBERDADE?
	SIM	16
	NÃO	1
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Gráf1
	02 dias
	04 a 07 meses
	01 a 02 anos
	03 a 04 anos
	ACIMA de 06 anos
TEMPO DE TRABALHO NA UNIDADE
2
2
7
5
1
Plan1
		TEMPO DE TRABALHO NA UNIDADE
	02 dias	2
	04 a 07 meses	2
	01 a 02 anos	7
	03 a 04 anos	5
	ACIMA de 06 anos	1
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Gráf1
	APENAS USO PESSOAL
	USO PESSOAL E AJUDA FAMILIA
DESTINO DA REMUNERAÇÃO
3
14
Plan1
		DESTINO DA REMUNERAÇÃO
	APENAS USO PESSOAL	3
	USO PESSOAL E AJUDA FAMILIA	14
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17%33%29%13%4%4%
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO NA UNIDADE
REMIÇÃOOCUPAR A MENTEAJUDAR A FAMILIATER UMA PROFISSÃOAJUDOU COM A DEPRESSÃODAR VALOR AO SALÁRIO
Gráf1
	REMIÇÃO
	OCUPAR A MENTE
	AJUDAR A FAMILIA
	TER UMA PROFISSÃO
	AJUDOU COM A DEPRESSÃO
	DAR VALOR AO SALÁRIO
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO NA UNIDADE
4
8
7
3
1
1
Plan1
		IMPORTÂNCIA DO TRABALHO NA UNIDADE
	REMIÇÃO	4
	OCUPAR A MENTE	8
	AJUDAR A FAMILIA	7
	TER UMA PROFISSÃO	3
	AJUDOU COM A DEPRESSÃO	1
	DAR VALOR AO SALÁRIO	1
88%12%
ACREDITA NA RESSOCIALIZAÇÃO PELO TRABALHO
ACREDITAACREDITA EM PARTES
Gráf1
	ACREDITA
	ACREDITA EM PARTES
ACREDITA NA RESSOCIALIZAÇÃO PELO TRABALHO
15
2
Plan1
		ACREDITA NA RESSOCIALIZAÇÃO PELO TRABALHO
	ACREDITA	15
	ACREDITA EM PARTES	2
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Gráf1
	22 a 30 anos
	31 a 40 anos
	ACIMA DE 40 anos
IDADE
5
4
8
Plan1
		IDADE
	22 a 30 anos	5
	31 a 40 anos	4
	ACIMA DE 40 anos	8
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