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Tríade Sociológica Clássica na Determinação da Classe e Estratificação Social - PERES, Raquel

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TRÍADE SOCIOLÓGICA CLÁSSICA NA DETERMINAÇÃO DA 
CLASSE E ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL 
 
PERES, Raquel dos Santos 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A sociologia é uma ciência que busca estudar, entender e classificar as 
formas sociais, além de apresentar propostas de​ intervenção social que resultem 
em melhorias na sociedade. Um dos estudos relacionados à sociologia é a 
classificação de diferentes classes sociais. 
No Brasil, as classes sociais são divisões socioeconômicas do sistema 
capitalista. A tríade sociológica clássica (Durkheim, Weber, Marx) dedicou seus 
estudos para entender como uma sociedade deveria ser dividida não só levando em 
conta fatores econômicos, mas como também políticos e ideológicos. 
Neste trabalho está compreendido como as diferentes classes sociais são 
divididas de acordo com cada sociólogo da tríade e como se encontra a dinâmica 
das classes sociais atualmente. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1. A divisão da sociedade em Durkheim: grupos profissionais e funcionais 
 
 1.1 Durkheim 
 
David Émile Durkheim foi um sociólogo, filósofo e antropólogo francês. Ele 
nasceu em Épinal, França, no dia 15 de abril de 1858. 
Durkheim nasceu em uma família de judeus e seu destino era se tornar um 
rabino assim como os homens de outras 8 gerações da família. No entanto, 
resolveu abandonar a escola rabínica. 
Se graduou em filosofia no ano de 1882 na Escola Normal Superior de Paris 
sob a orientação do professor e historiador Fustel de Coulanges. Então, ingressou 
como professor de pedagogia e ciência social na Universidade de Bordeaux, onde 
começou seus trabalhos teóricos. 
Foi lá que ele resolveu revolucionar a humanidade com a criação de uma 
nova ciência, a Sociologia. 
Junto com outros especialistas em história, em etnologia e em jurisprudência, 
conseguiu fundar a revista "L'Année Sociologique", que atualmente é considerada 
uma das revistas de sociologia mais científica publicada. 
Seus estudos variaram entre assuntos como educação, crimes, religião e 
suicídio. Duas de suas obras mais famosas são os livros “Regras do método 
sociológico" e “O suicídio”. 
David Émile Durkheim faleceu no dia 15 de novembro de 1917, em Paris, ele 
está enterrado no Cemitério de Montparnasse. 
 
 
 1.2 Divisão da sociedade 
 
Para Durkheim, a sociedade vai além da somatória de indivíduos e de 
instituições, tais como o Estado, a Igreja, escolas, etc. Ela é ​sui generis​, ou seja, a 
sociedade age sobre um indivíduo de forma exterior e anterior a ele, de forma 
coercitiva. As normas e os padrões sociais definem o indivíduo. 
Dessa forma, ele concluiu que as interações sociais tornam cada sociedade 
singular, tal conclusão surgiu a partir de um estudo realizado por Durkheim sobre a 
teoria do desenvolvimento das sociedades, sua análise sociológica distinguiu a 
socialização em solidariedade mecânica e solidariedade orgânica. 
A solidariedade mecânica marcou as primeiras civilizações, pois estas não 
tinham uma divisão de trabalho de alto nível, a relação entre os indivíduos se dava 
por uma forte crença e costumes em comum. Nestas sociedades, os integrantes 
eram muitos parecidos em seus elos, suas morais coletivas e estruturas sociais 
mostravam quem eram. Qualquer tentativa de burlar a consciência coletiva era 
rapidamente repreendida a fim de se manter uma ordem. 
A solidariedade orgânica surgiu com o desenvolvimento de uma divisão de 
trabalho, a diferenciação social passa então a não ser mais transparente como 
antes era. Portanto, a consciência coletiva se torna mais fraca e cada indivíduo 
adquire uma independência funcional e cognitiva. 
Como foi visto nos dois termos supracitados, para Durkheim, a divisão do 
trabalho foi o principal fator na hora de dividir a solidariedade mecânica da orgânica, 
desde as civilizações mais antigas que se formaram a partir da adesão populacional 
até as sociedades capitalistas. 
A divisão social de Durkheim se divide em grupos profissionais e funcionais, 
estes têm relação com a solidariedade e têm seu centro nos grupos profissionais e 
nas organizações a eles relacionadas. Capitalistas e trabalhadores se diferenciam 
com base nos diferentes trabalhos e contribuições à sociedade e à divisão de 
trabalho, suas interações são reguladas pelo lado profissional que também 
aproxima o indivíduo do ser social através do estabelecimento de morais coletivas. 
Portanto, Durkheim propôs que a divisão de trabalho das civilizações antigas 
foi substituída pela regulamentação das corporações capitalistas e o trabalhador só 
serve como executante de algo que a ele foi designado, ou seja, uma influência 
exterior. 
 
2. A estratificação social em Weber: classe, estamento e partido 
 
 2.1 Weber 
 
Karl Emil Maximilian Weber​ nasceu em Erfurt, Alemanha, em 1864. Sua 
família era protestante e tradicional e seu pai era advogado, tais fatores 
influenciaram os estudos do sociólogo e a situação política e econômica da 
Alemanha no século XIX ajudou a consolidar as teorias de Weber. 
Aos 18 anos, começou a estudar direito na ​Universidade de Heidelberg, local 
onde deu início aos estudos em ciências jurídicas, economia e ciência da religião. 
Em 1893, se tornou professor da Universidade de Freiburg. Weber tentou ingressar 
na carreira política, mas não obteve sucesso. 
Sofreu de depressão durante grande parte de sua vida por não conseguir o 
sucesso financeiro que tanto almejava. Este fator com o fato de que suas relações 
familiares eram conturbadas, fez com que ele se tornasse incapaz de lecionar. 
Assim, ele passou a viajar por vários países da Europa e pelos Estados Unidos. Por 
mais que ele tenha tirado licença, não pôde voltar ao trabalho, mas o governo 
alemão reconheceu seus esforços e o concedeu uma aposentadoria, em 1903. 
Desde 1903, sua produção intelectual aumentou bastante e ele continuou 
seus estudos incessantemente até 1920, quando morreu de pneumonia, mas 
chegou a participar, neste mesmo ano, da comissão para a formulação da 
Constituição de Weimar. 
 
 
 2.2 Estratificação social 
 
Para Weber, cada relação social tem seu devido prestígio quando 
relacionada às distinções sociais, econômicas e políticas de uma sociedade. Ou 
seja, a desigualdade nada mais é do que uma relação de poder. São as ações do 
indivíduo que distinguem cada uma dessas ordens (social, econômica e política) 
que, de certa forma, dependem uma da outra. 
A teoria da estratificação social tem como base três conceitos: classe, 
estamento e partido. Cada um desses conceitos determina a quais estratos sociais 
os indivíduos pertencem. 
A classe social é fundamentada por uma situação de mercado, ou seja, tem 
base econômica. Portanto, conclui-se que as classes estão relacionadas com à 
condição econômica que o indivíduo possui. Pessoas de uma mesma classe 
possuem situação de mercado semelhantes. 
O estamento é definido com a posição que um indivíduo possui em 
determinada sociedade. Não é considerada como classe, pois a posse de 
propriedades privadas não garantem um alto prestígio social. Pessoas de um 
mesmo estamento possuem um estilo de vida e instrução formal semelhantes. 
Weber percebeu que, a longo prazo, pessoas com uma posição de classe 
podem também ser atribuídas à posição de estamento, ou seja, ele diz que 
geralmente o proprietário também é chefe. Tal situação, como já dito, não é sempre 
verdade. 
Partido é a estratificação social que está relacionada com a quantidade de 
poder que um indivíduo tem sobre uma organização, então o partido seria uma 
ordem política. Como visto anteriormente, a classe e o estamento influenciam um ao 
outro, o mesmo ocorre com o partido, ele influencia as outras ordens. Tudo dessa 
ordem está fortemente ligado à aquisição de poder, ele pode estar presente em 
diferentes classes, pois existem partidos em um Estado, em um grêmio estudantil e 
até mesmo em um clube. O partido se utiliza de diferentes classes e estamentos 
para chegar ao poder e seus mecanismos variam desdevotos à violência. 
Portanto, segundo Weber, a classe é a ordem econômica, o estamento é a 
ordem social e o partido é a ordem política. 
 
3. As classes sociais em Marx: contradição e dialética 
 
 3.1 Marx 
 
Karl Heinrich Marx nasceu em Renânia, província ao sul da Prússia, no dia 5 
de maio de 1818. Era filho de um advogado e sua família é descendente de judeus, 
Marx foi perseguido ​pelo governo absolutista de Guilherme III. 
Ele estudou Direito na Universidade de Bonn, onde participou das lutas 
políticas estudantis. Em 1836, foi estudar Filosofia na Universidade de Berlim, nessa 
época as ideias de Hegel estavam bastante populares e Marx se alinhou com seus 
pensamentos. 
Após terminar seu doutorado, Marx tentou lecionar na Universidade de Jena, 
mas não conseguiu pois a universidade não aceitava professores adeptos às ideias 
de Hegel. 
Foi em 1842 que conheceu Friedrich Engels ao assumir a direção do jornal 
“Gazeta Renana”, que foi fechado pelo governo ao publicar um artigo sobre o 
absolutismo russo. Com Engels, ele passou a fazer parte da “Liga dos Justos”, 
entidade secreta de operários alemães. 
No Segundo Congresso da Liga dos Justos, pediram para Marx e Engels 
escrever um manifesto, e com base no trabalho de Engels, ele escreveu o 
“Manifesto Comunista”, onde expressa suas ideias sobre a luta de classes. 
A principal obra de Marx, publicada em 1867 com a ajuda de Engels, é o livro 
“O Capital”, o qual ele critica o capitalismo, mostrando que tal modelo econômico 
está baseado na exploração do trabalhador assalariado. 
Karl Heinrich Marx morreu em Londres, no dia 14 de março de 1883. 
 
 
 3.2 Classes sociais 
 
Marx parte da divisão de proprietários e não proprietários dos meios de 
produção para definir a formação das classes sociais e da sociedade capitalista. 
Basicamente a divisão está entre a classe produtora e a classe que se apropria das 
produções. 
A dinâmica capitalista está centrada nas propriedades privadas, que contém 
os trabalhadores que precisam vender sua força de trabalho e os proprietários que 
comprar a força de trabalho, apropriando-se dos meios de produção. 
Marx se utiliza do método dialético, que permite estudar as diversas camadas 
sociais de forma analítica, para explicar a realidade contraditória entre as duas 
classes sociais previstas. 
A sociedade se organiza com base nas vontades das classes dominantes 
para assim fazer com que as regras reproduzam aquilo que esta classe quiser. A 
contraditoriedade está no fato de que a classe jurídica indica a total igualdade de 
quem vende a força de trabalho e de quem compra, sendo que eles são totalmente 
diferentes economicamente. 
Marx buscou mostrar, através da dialética, o porquê dessa falsa impressão 
de igualdade, que é ocultada pelas relações de produção capitalistas, já que só os 
interesses da classe dominante são manifestados. 
Assim como Weber, Marx acredita que a definição do que é um estrato social 
vai além de fatores econômicos. As classes sociais são definidas pelas lutas 
realizadas que mostram a oposição entre o capital e o trabalho. Essas lutas podem 
ser por melhores salários, redução na jornada de trabalho, melhores condições de 
trabalho, leis que protegem os trabalhadores, etc. 
Com base nas classes sociais e suas lutas, Marx define as relações entre 
exploração e dominação além do caráter econômico. As classes sociais são forças 
sociais e políticas que lutam por seus interesses. 
 
4. As classes e os estratos sociais no século XX 
 
As teorias que mais tiveram influência no século XX foram as de Weber e de 
Marx, o desenvolvimento científico e tecnológico também influenciaram na 
determinação das classes sociais. 
A ciência e tecnologia ajudaram muito no aumento do lucro capitalista, pois 
contribuiu para a redução do tempo de produção de uma mercadoria, aumentando a 
produtividade, e consequentemente isso gerou uma desvalorização da força de 
trabalho. 
Segundo Marx, com a Revolução Industrial o trabalhador perdeu o seu 
principal local de trabalho, sendo substituído pelas máquinas e desvalorizando a 
força de trabalho. A única forma viável para formar uma força política interessada 
em reivindicar o direito dos trabalhadores seria recuperar o controle do processo de 
trabalho, dando poder à classe trabalhadora. 
Com o avanço do fordismo e do toyotismo, as máquinas substituíram o 
trabalho de muitos trabalhadores, no entanto contribuiu para gerar outros empregos 
especializados na produção de máquinas, por exemplo. 
Dessa forma, aparentemente, a introdução da ciência e tecnologia seria algo 
positivo para a produção capitalista e para a capacitação de novos trabalhadores. 
Porém, essa modernização gerou a formação de trabalhadores ultra qualificados 
que, por terem seres vistos como operários polivalentes, passaram a ter chances de 
organizar politicamente a classe trabalhadora de forma mais rígida. 
Então, a luta de classes continua mesmo com a mecanização dos meios de 
produção com a formação de operários polivalentes, pois os interesses da classe 
dominante continua sendo reproduzido em outras classes sociais menos 
favorecidas que busca seus direitos. 
 
5. A dinâmica das classes médias: ocupação profissional e renda 
 
Um assunto atual que vem sido bastante discutido é a formação de uma 
classe média, cujas relações sociais se situam em um meio termo entre os 
capitalistas e os operários. 
Antigamente, a população classe média era muito pequena, sendo 
considerados apenas poucos pequenos proprietários e comerciantes, servidores 
públicos e profissionais liberais. Atualmente, a classe média cresceu de forma 
significativa por causa do desenvolvimento do setor de serviços. Os sociólogos Mills 
e Nicos Poulantzas buscaram sintetizar os conceitos de classe média. 
Para Mills, a classe média gerencia a produção e aumentam o lucro da 
propriedade privada. Isso porque já não é mais tão necessário a existência de 
trabalhadores especializados em produção e exploração, mas sim porque o número 
de prestadores de serviços aumentou drasticamente por causa do aumento da 
produtividade da manufatura industrial ao desenvolvimento da distribuição e à 
ampliação das funções de coordenação. Portanto, para Mills, essa nova classe 
social surgiu por causa das diferenças existentes com relação às outras duas. 
Para Poulantzas, as classes sociais são definidas com base nas funções que 
um indivíduo possui nas divisões de trabalho. Ele discorda de Marx no fato de que 
as classes sociais não podem ser definidas apenas pelas relações de produção. 
Poulantzas acredita que a diferenciação de trabalho produtivo e improdutivo é peça 
chave na definição dessa nova classe social. 
Para ele, o capitalismo se desenvolveu de forma que os meios de produção 
não estão apenas na mão do capitalista, mas também de gerentes e supervisores, 
essas novas ocupações ajudou na formação dos termos trabalho manual e 
intelectual. O trabalho intelectual gerou uma monopolização do saber pela classe 
dominante. 
Portanto, Poulantzas acredita que a definição de classes sociais também 
deve levar em conta relações políticas e ideológicas. 
No Brasil, é adotada a ideologia weberiana para a determinação das 
diferentes classes sociais com base em seu poder econômico. Alguns autores 
dizem que essa é a classe que teve o poder de consumo aumentado e pode usufruir 
de serviços que antes não lhe é era acessível. Para outros, a classe média teria a 
impressão de inclusão na sociedade, mas com políticas frágeis que podem ser 
acabadas a qualquer momento e sua garantia de se manter como classe é 
inexistente. 
Críticos que rejeitam um conceito weberiano na definição de uma classe 
média, dizem que a classe média nada mais é do que uma classe trabalhadora 
antes sem emprego que conseguiu entrar no mercado de trabalho. 
Os defensores da formação de uma classe média no Brasil não levam em 
conta as desigualdades sociais que assolam o país e dãoa entender que esta 
classe não está mais sujeita ao desemprego, ao subemprego e outras formas de 
trabalho informal, fato que está completamente errado tendo em vista o aumento de 
subempregos nos últimos anos. 
 
CONCLUSÃO 
 
A divisão das diferentes classes sociais não é uma divisão fácil de ser feita 
exatamente por ter que levar em consideração diversos fatores e por diferentes 
sociólogos ter diferentes concepções sobre o mundo. 
As ideias de Durkheim, Weber e Marx ajudaram a compreender um pouco de 
tal complexidade, mesmo que tenham usado critérios diferentes. Durkheim levou em 
consideração a solidariedade mecânica e orgânica; Weber considerou os fatores 
políticos, econômicos e sociais; e Marx dividiu as classes sociais com base na 
posse dos meios de produção ou não. 
Atualmente, o conceito de classes sociais tomou um outro rumo com o 
debate de criar uma classe média, que não leva em consideração as circunstâncias 
históricas e não consideram a possibilidade do desemprego. 
Em minha opinião, entre as ideias apresentadas, a de Weber é a que mais 
faz sentido pelo fato de levar em consideração diversos fatores, não apenas os 
econômicos. As ideias de Marx fazem sentido até certo ponto, dividir a sociedade 
em ter meios de produção ou não deixa de lado muitos outros fatores 
determinantes, pois existem pessoas que não possuem meios de produção, mas 
vivem em uma situação melhor do que à classe operária. No entanto, para mim é 
inegável que a luta de classes deve ser feita a fim de obter melhores condições de 
vida e de trabalho, de forma que as vontades da classe dominante não deve 
prevalecer sobre toda uma sociedade. 
Portanto, a discussão sobre classes sociais é complicada e extremamente 
necessária, mas deve ser considerado todos os fatores possível para gerar uma 
precisão maior e tornar possível a luta por direitos.

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