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Luxação Glenoumeral

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Luxação Glenoumeral 
Beatriz Rithiely 
 
CONCEITO 
 
• Perda da congruência articular entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide 
• Luxação: perda da congruência articular 
• Sub-luxação: perda parcial da integridade articular 
 
• Luxação X Instabilidade 
→ Não é a mesma coisa, mas uma pode ser decorrente da outra. Ex: pessoas que tem 
instabilidade podem ter mais facilidade de luxar, mas quem tem luxação pode apresentar 
uma instabilidade – porém são fisiologicamente distintas 
→ Existem pessoas que apresentam uma instabilidade, mas nunca vão luxar a articulação 
→ Já outras pessoas, apresentam um processo de luxação sem ter a instabilidade 
 
• Instabilidade: alteração da capsula articular onde haverá uma frouxidão, permitindo uma 
maior mobilidade da cabeça do úmero dentro da cavidade glenóide, não necessariamente 
gerando uma luxação. 
• A cavidade glenóide é muito pequena para a cabeça do úmero, essa desproporção facilita a 
luxação 
 
• Elementos ativos e passivos da articulação 
– vão restringir a luxação articular 
→ Ativos: ligamentos e os músculos do 
manguito rotador 
→ Passivos: labrum glenoidal – rebordo da 
glenóide (aumenta sua profundidade para 
não haver luxação), capsula articular. 
 Qualquer disfunção em algum desses 
componentes, pode levar a uma maior facilidade de 
um processo de luxação articular 
 
• A luxação da articulação glenoumeral ocorre com mais frequência em comparação com as 
outras articulações 
→ As outras articulações são mais estáveis, elas apresentam uma coaptação articular maior 
→ A anatomia da articulação coxofemoral é bem parecida com a articulação glenoumeral, 
mas a profundidade da cavidade coxofemoral é mais profunda, e a articulação coxomeforal 
se mantem em grande maioria em cadeia cinética fechada, permitindo uma estabilização. 
Diferente do ombro que tem maior parte dos movimentos em cadeia cinética aberta, então 
o peso do braço está sempre sem apoio. Necessita que a musculatura seja bem mais forte e 
estável. 
 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
 
• Luxação traumática 
→ Anterior, posterior, superior e inferior 
→ Mais frequente 
→ Anterior – 1,5 a 2% da população e 7% dos atletas 
→ Força violenta, impacto direto, queda sobre a GU 
→ Ruptura e desinserção do labrum, dos ligamentos glenoumeral e da capsula (lesão de 
Bankart) 
 
• Luxação atraumática 
→ Geralmente acontece por causa de uma instabilidade articular 
→ Sub-luxação sem trauma, direção anterior, posterior ou inferior 
→ Não há ruptura das estruturas anatômicas 
→ Capsula frouxa, muito móvel -> permite que o paciente retire e coloque o ombro no lugar 
 -> quanto mais força a retirada e colocação, mais vai afrouxando a capsula e aumenta a 
instabilidade -> consequentemente facilitando que as luxações aconteçam de formas simples 
→ Cirurgia é indicada após os 21 anos porque acredita-se que nessa idade adquirisse 
maturidade e não vai forçar a luxação espontânea 
→ Antes dos 21 anos – tratamento conservador 
→ Pode acontecer voluntariamente – quando o paciente tira, e involuntariamente – ao realizar 
movimentos comuns 
 
• Luxação reincidivante 
→ Decorrência de luxação traumática e atraumática 
→ São as recorrências das luxações, geralmente as atraumaticas geram lesões posteriores 
→ Os pacientes das luxações traumáticas podem gerar reincidiva a partir de um novo trauma 
ou uma lesão de Hill Sachs 
→ Há uma possibilidade maior de uma lesão traumática se tornar uma lesão reincidivante 
quando associada a lesão de Hill Sachs ou Hill Sachs invertida 
→ Na Hill Sachs, pode haver afundamento do osso cortical e a luxação é mais possível de 
acontecer 
→ Paciente teve uma lesão primaria, 80% vai reincidivar 
 
LESÕES ASSOCIADAS 
 
• Bankart 
→ Ruptura ou desinserção da porção anterior da capsula 
articular e do labrum junto ao rebordo da glenóide; 
→ Luxação traumática anterior e recidivantes 
 
• Bankart invertida 
→ Desinserção do labrum e/ou da capsula articular no 
rebordo da glenóide posterior 
 
• Hill Sachs 
→ Afundamento osso cortical do canto póstero-superior 
da cabeça do úmero 
→ Lesão anterior da glenoumeral -> abdução + torração 
externa 
→ Quando maior o afundamento, maior a chance de novo 
episódio de luxação 
 
• Hill Sachs invertida 
→ Afundamento da porção antero-lateral da cabeça umeral 
→ Luxação posterior Da glenoumeral 
 
• Slap (S= SUPERIOR; L= LATERAL; A= ANTERIOR; 
P= POSTERIOR) 
→ Lesão anterior ou posterior do labrum superior 
→ Não é tão comum 
→ Desinserção do rebordo superior do labrum, onde se 
insere o bíceps braquial 
→ Associada a vários graus de instabilidade e uso 
excessivo do membro superior 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
• Luxação anterior 
→ 85% dos casos 
→ Tipos: subcoracóide (+comum), subglenóide, 
subclavicular e intratorácico 
→ Trauma direto e violento – póstero-anterior – de 
trás para frente 
→ Queda ao solo com abdução e rotação externa dos 
membros superiores 
→ Cabeça do úmero se alojará anteriormente 
→ Desiserção da capsula junto com a ruptura do 
labrum (Bankart) e dos ligamentos glenoumerais 
→ Afundamento do canto póstero-superior da 
cabeça do úmero – Hill Sachs 
→ As lesões de Bankart e Hill Sachs só podem acontecer uma luxação anterior. Podem 
acontecer juntas ou isoladas 
 
• Luxação superior 
→ Fratura do acrômio 
→ Ruptura dos músculos do manquito rotador 
→ Gravidade provoca redução, por isso que até hoje ela é interrogada na literatura – alguns 
livros colocam que ela existe e outros, não 
 
 
• Luxação posterior 
→ Como é uma luxação que se encontra posteriormente e dentro das 
fibras do deltoide, muitas vezes é uma luxação que passa 
desapercebido 
→ Rara 
→ Contração excessiva da musculatura -> crise convulsiva e choque 
elétrico -> rotação excessiva dos rotadores internos 
→ Trauma direto – antero-posterior 
→ Ruptura capsular posterior 
→ Diagnóstico tardio 
→ Movimentos são mantidos 
→ Rotação interna e adução -> cabeça do úmero se apresenta posteriormente, lesionando a 
capsula articular e o labrum posteriormente (lesão de bankart invertida) 
→ Movimento normal, mas com dor 
→ Hill Sachs invertida -> a cabeça do úmero roda para trás e quem se choca é a região anterior 
da cabeça do úmero, então a lesão é o afundamento do osso cortical da cabeça do úmero na 
região antero-lateral 
 
 
• Luxação inferior 
→ Força violenta com o braço em abdução máxima – 100° 
→ Cabeça umeral na axila em posição extra-articular 
→ Posição do paciente – braço elevado pois a cabeça do úmero está 
alojada na região axilar 
→ Em todos os casos, o ideal é que a recolocação seja feita 
imediatamente após a lesão porque quanto mais tempo demora a 
musculatura entra em espasmo, ficando mais difícil ser 
reposicionado – pode ser necessário anestesia e bloco cirúrgico 
para a recolocação, devido ao espasmo muscular elevado 
→ Para recolocar deve haver tração – para diminuir o espasmo e 
depois recoloca 
→ Paciente jovem ficará imobilizado por 3 semanas – com objetivo 
de reduzir o quadro álgico do paciente 
→ A imobilização do idoso normalmente dura em torno de 1 semana a 15 dias 
 
DIAGNOSTICO 
 
• Mecanismo lesional 
→ Posição do braço na hora do trauma 
- Anterior: abdução + rotação externa 
- Posterior: abdução + rotação interna 
- Inferior: abdução > 100° 
• Saber se a primeira redução foi fácil ou difícil -> se conseguir fazer de forma rápida ou não 
• Saber se houve recorrência 
• Saber qual foi o período de imobilização do primeiro episodio 
• A recolocação deve ser feita imediatamente -> tracionar e recolocar 
 
• Observar sinais e sintomas de lesões nervosas -> principalmente n. musculo cutâneo, m. 
axilar, n. mediano, n. radial, n. ulnar 
• Exame de sensibilidade e motricidade 
• Artéria braquial pode ter sido acometida 
 
• Exame vascular 
→ Palpação da artéria radial 
→ Teste de Allen 
 
• Radiografia 
→ AP 
→ Perfil 
→ Abdução 90° com rotaçãointerna e externa 
 
• Tomografia para observar as inserções capsulares 
• Ressonância para observar lesão no manguito rotador 
 
EXAME FISICO 
 
• Instabilidade anterior 
→ Observar sinal de dragona -> cabeça umeral se desloca anteriormente 
→ Teste de apreensão anterior -> em decúbito dorsal 
→ Teste do fulcro -> Com o paciente em decúbito dorsal e o braço abduzido a 90º, coloque a 
sua mão sob a articulação glenoumeral e gire externamente o braço do paciente sobre a mão 
-> movimento póstero anterior do úmero 
→ Teste de gaveta anterior 
 
• Instabilidade posterior 
→ Teste de gaveta posterior 
→ Teste de apreensão posterior 
 
• Instabilidade inferior 
→ Sinal do sulco 
 
TRATAMENTO 
 
• A fisioterapia deve começar imediatamente após a luxação, mas é difícil por causa da 
imobilização, consequentemente o paciente perde bastante conteúdo muscular, perde 
adaptação sensoriomotora, perde receptores articulares -> facilitando uma nova luxação 
• Se a instabilidade for associada, normalmente a redução é fácil e não é necessária anestesia 
 
• Imobilização -> só controla a dor, não geral alteração no quadro 
→ Idoso: 1 semana à 15 dias 
 
→ Adulto: até 2 semanas 
→ Jovem: até 3 semanas 
• Reparação cirúrgica da luxação primaria é benéfica -> artroscopia 
 
• Tratamento conservador 
→ É indicado pelo período de 3 a 6 meses -> não havendo eficácia é optada a cirurgia (no caso 
de uma luxação atraumatica) 
 
• Tratamento conservador -> Atraumatica 
→ 3 a 6 meses para conclusão do sucesso do tratamento conservador 
→ Reforço muscular global 
→ Reforço muscular do manguito rotador 
→ Reforço muscular da glenoumeral 
→ Exercício abaixo dos 90° 
→ Trabalhar rotador interno, externo e deltoide 
→ Reequilíbrio da musculatura escapular 
 
TRATAMENTO CIRURGICO 
 
• Lesões traumáticas 
 
• Artroscopia 
→ Menor dor 
→ Menor rigidez 
→ Menor perda sanguínea 
→ Menor risco de infecção 
→ Menor tempo de internação hospitalar 
→ Reabilitação precoce 
→ Desvantagem: são mais frequentes as novas luxações 
 
• Capsulotomia 
→ Desinserção do supraespacular e reinsere no subescapular 
 
• Reparo de Bankart 
→ É feita com ancoras 
→ Parecido com a capsulotomia, mas vai reinserir no osso para ancorar a capsula 
 
 
 
• Cirurgia aberta 
→ Literatura aponta falha de 2 a 47% 
→ No protocolo de reabilitação não é permitida nenhuma atividade acima da cabeça até seis 
semanas 
 
→ Reparo dinâmico cirúrgico de Bristol 
 
- Transferência do processo coracóide para o rebordo da glenóide 
- Paciente vai apresentar limitação de rotação interna e externa 
- É apropriado obter 90° de rotação externa com 90° de abdução após esse procedimento 
 
→ Capsulorrafia 
- Resulta em perda funcional da rotação externa e gera grande dificuldade para recuperar o 
movimento 
 
RECORRENCIA NO PÓS OPERATÓRIO 
 
• Avaliação inadequada no pós-opp 
• Falha no reconhecimento do tipo correto de luxação do paciente 
• Erro cirúrgico 
• Novas lesões 
 
• Anormalidades 
→ Lesão de Bankart não cicatrizadas 
→ Avulsão umeral do ligamento glenoumeral 
→ Grande lesão óssea no bordo da cavidade glenoidea 
→ Frouxidão capsular excessiva 
→ Lesão do manguito rotador 
→ Extensa lesão de Hill-Sachs – > 30° 
→ Retroversão da cabeça umeral – diminuição ou aumento 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO 
 
• Objetivo geral 
→ Reestruturar a estabilidade articular e o equilíbrio muscular proporcionando ao membro 
superior o retorno à funcionalidade. 
 
• Objetivo especifico 
→ Reestabelecer a ADM no complexo cervical-cintura escapular 
→ Reequilibrar as tensões musculares no complexo cervical-cintura escapular 
→ Reequilibrar o binário trapézio-serrátil anterior 
→ Reequilibrar a dinâmica caixa torácica-respiração 
→ Reequilibrar as forças musculares exercidas pelo manguito rotador e deltoide, possibilitando 
uma melhor coaptação articular entre a cabeça umeral e a glenóide 
→ Promover a flexibilidade e ganho de força muscular global do membro superior 
→ Reintegrar o paciente às atividades funcionais através do treino proprioceptivo 
→ Em pacientes com luxações reincidivantes trabalha-se fortalecimento muscular e trabalho 
proprioceptivo – luxação voluntaria ou frouxidão ligamentar excessiva – desde a fase de 
proteção máxima até a liberação 
→ Procedimento cirúrgico – trate-se a dor, edema, inflamação e processo cicatricial 
 
 
→ Principal foco 
- Fortalecimento 
- Reforço muscular 
- Propriocepção 
 
→ Inicio do tratamento 
- Primeira fase: até 30° de movimento 
- Segunda fase: até 90° de movimento 
- Terceira fase: até 180° de movimento 
 
• Pós cirúrgico 
→ Pompagem 
→ Liberação miofascial 
→ Desativação de trigger points 
→ Mobilização articular 
→ Alongamento 
→ Flexibilização 
→ FNP 
→ Diagonais de movimento 
→ Exercício passivo, ativo-assistido, ativo, resistido 
 
• Traumática com tratamento conservador 
→ Exercício isométrico 
→ Ganho de ADM até 90° 
→ Exercício ativo-assistido 
→ Exercício ativo 
→ Exercício resistivo

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