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virtualização de servidores

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CENTRO PAULA SOUZA 
 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TAQUARITINGA 
 
TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES 
 
 
 
 
AUTOR: CLEITON LEIVE DE LIMA XAVIER 
 
 
ORIENTADOR: PROF. MSC. MARCO ANTONIO ALVES 
PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taquaritinga 
2010
 
CLEITON LEIVE DE LIMA XAVIER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à faculdade de tecnologia de 
Taquaritinga como parte dos requisitos para a obtenção do 
título de Tecnólogo em Processamento de dados. 
 
Orientador: Prof. Msc. Marco Antonio Alves Pereira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taquaritinga 
2010
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
Cleiton Leive de Lima Xavier 
Virtualização de Servidores 
 
 
Monografia apresentada à Faculdade de Tecnologia 
de Taquaritinga, como parte dos requisitos para a 
obtenção do título de Tecnólogo em Processamento de 
dados. 
 
 
Data da aprovação: ___/___/______ 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
________________________________________________________________ 
Nome 
___________________________________________________________________________ 
Instituição 
___________________________________________________________________________
Assinatura 
___________________________________________________________________________ 
 
________________________________________________________________ 
Nome 
___________________________________________________________________________ 
Instituição 
___________________________________________________________________________
Assinatura 
___________________________________________________________________________ 
 
________________________________________________________________ 
Nome 
___________________________________________________________________________ 
Instituição 
___________________________________________________________________________
Assinatura 
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico, 
 
Aos meus pais e amigos que 
sempre me 
 apoiaram e acreditaram em meu 
potencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Ao Prof. Marco Antonio Alves Pereira, por sua competência, paciência e 
disponibilidade como orientador. 
 
Aos meus amigos da faculdade e os de longa data que sempre me ajudam e apóiam em 
tudo o que faço: Alexandre, Antonio, Íris, Leandro, Raquel, Jucilaine, Jonathan, Monika, 
Tião. 
 
A minha família que também sempre me apóia. 
 
A Deus que está sempre ao meu lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xavier, C. L. L. Virtualização de Servidores. Trabalho de conclusão de curso (Monografia). 
Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”. Faculdade de Tecnologia de 
Taquaritinga, 2010. 48 p. 
 
 
RESUMO 
 
 
Virtualização é uma técnica que permite compartilhar e utilizar recursos de um único sistema 
computacional em vários outros denominados de máquinas virtuais. Cada máquina virtual 
oferece um sistema computacional completo muito similar a uma máquina física. Com isso, 
cada máquina virtual pode ter seu próprio sistema operacional, aplicativos e oferecer serviços 
de rede. É possível ainda interconectar (virtualmente) cada uma dessas máquinas através de 
interfaces de rede, switches, roteadores e firewalls virtuais. A utilização de máquinas virtuais 
está se tornando uma alternativa para várias empresas para a virtualização ou consolidação de 
servidores, o que diminui os custos, a complexidade do gerenciamento de um amontoado 
deles e ainda prevê um melhor aproveitamento dos sistemas computacionais, dentre outros 
benefícios que serão discutidos no decorrer do trabalho. O presente trabalho tem como 
objetivo demonstrar as características, vantagens, desvantagens, dentre outros aspectos da 
virtualização de servidores através de exemplos e do uso do Vmware Server. 
 
 
Palavras-chave: Virtualização. Servidores. Máquina virtual. Rede. Consolidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xavier, C. L. L. Virtualização de Servidores. Trabalho de conclusão de curso (Monografia). 
Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”. Faculdade de Tecnologia de 
Taquaritinga, 2010. 48 p. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Virtualization is a technique that allows sharing and using resources from a single system 
several other computational called virtual machines. Each virtual machine provides a 
complete computing system very similar to a physical machine. Thus, each virtual machine 
can have its own operating system, applications and provide network services. It is also 
possible to interconnect (virtually) each of these machines via network interfaces, switches, 
routers and firewalls, virtual. The use of virtual machines is becoming an alternative for many 
companies to virtualization or server consolidation, reducing costs, complexity of managing a 
bunch of them and still provides a better utilization of computer systems, among other 
benefits that will be discussed in this work. This work aims to demonstrate the features, 
advantages, disadvantages, and other aspects of server virtualization across examples and 
using the Vmware Server. 
 
 
 
Keywords : Virtualization. Server. Virtual machine. Network. Consolidation. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 9 
2. VIRTUALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 10 
2.1 PROPRIEDADES DOS HYPERVISORES .......................................................................................... 12 
2.2 TIPOS DE VIRTUALIZAÇÃO ......................................................................................................... 14 
2.2.1. VIRTUALIZAÇÃO DO SISTEMA OPERACIONAL ...................................................................... 14 
2.2.2. EMULAÇÃO DO HARDWARE ................................................................................................... 15 
2.2.3. VIRTUALIZAÇÃO DAS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO ...................................................... 16 
2.3 TÉCNICAS DE VIRTUALIZAÇÃO .................................................................................................. 17 
2.3.1. VIRTUALIZAÇÃO TOTAL ........................................................................................................ 18 
2.3.2. PARAVIRTUALIZAÇÃO ............................................................................................................ 19 
2.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................................................. 20 
2.4.1. VANTAGENS ............................................................................................................................ 20 
2.4.2. DESVANTAGENS ...................................................................................................................... 21 
2.5 SUPORTE DO HARDWARE ........................................................................................................... 22 
2.6 APLICAÇÕES ............................................................................................................................... 23 
3. VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES .................................................................................... 24 
3.1 TIPOS DE SERVIDORES ................................................................................................................ 26 
3.2 VANTAGENS E BENEFÍCIOS ........................................................................................................ 28 
3.3 DESVANTAGENS .......................................................................................................................... 29 
3.4 SEGURANÇA EM SERVIDORES VIRTUALIZADOS ........................................................................30 
3.4.1. DETECÇÃO DE INTRUSÃO ....................................................................................................... 31 
3.4.2. PLANO DE CONTINGÊNCIA ..................................................................................................... 32 
3.4.3. HONEYPOTS E HONEYNETS ..................................................................................................... 32 
4. FERRAMENTAS DE VIRTUALIZAÇÃO ...................... ......................................................... 34 
4.1 VMWARE ..................................................................................................................................... 34 
4.2 XEN ............................................................................................................................................. 35 
4.3 VIRTUAL PC ................................................................................................................................ 37 
4.4 HYPER - V .................................................................................................................................. 38 
5. INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO VMWARE SERVER NO WINDO WS .............. 39 
5.1 INSTALAÇÃO DO VMWARE SERVER .......................................................................................... 39 
5.2 CONFIGURANDO O VMWARE SERVER ....................................................................................... 41 
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 46 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 47 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Ilustração 1 : Alguns sistemas existentes.. ................................................................................. 9 
Ilustração 2: Camada de compatibilidade.. ............................................................................... 11 
Ilustração 3 : Uma máquina virtual .......................................................................................... 12 
Ilustração 4 : Virtualização do Sistema Operacional................................................................ 15 
Ilustração 5 : Virtualização por emulação de hardware.. ......................................................... 16 
Ilustração 6 : Virtualização de linguagens de programação ..................................................... 17 
Ilustração 7: Representação da Virtualização Total ................................................................. 18 
Ilustração 8: Representação da Paravirtualização.. .................................................................. 19 
Ilustração 9 : Exemplo de consolidação de servidores ............................................................... 9 
Ilustração 10: O hypervisor XEN ............................................................................................. 36 
Ilustração 11 : Início da instalação. .......................................................................................... 40 
Ilustração 12: Instalação. .......................................................................................................... 40 
Ilustração 13: Tela de registro .................................................................................................. 41 
Ilustração 14: Tela de login ...................................................................................................... 42 
Ilustração 15: Tela criação de Máquina Virtual. ...................................................................... 42 
Ilustração 16: Criação de disco virtual ..................................................................................... 43 
Ilustração 17: CD/DVD drive.. ................................................................................................. 44 
Ilustração 18 : Tela de Finalização da Configuração.. ............................................................. 44 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Nos dias de hoje, é imprescindível para as empresas possuir uma área de TI 
(Tecnologia da Informação) flexível, pronta para crescer na mesma proporção que crescem 
seus negócios. Mas para alcançar o sucesso, as mesmas precisam implantar rapidamente 
novos serviços, aplicativos e investir em equipamentos. Não suportando mais os altos custos 
de energia e de imóveis, nem a complexidade associada com um amontoamento de servidores, 
elas estão buscando aumentar a agilidade nos negócios e a redução de custos, e começam a 
utilizar as tecnologias de virtualização como solução para seus problemas, além de melhor 
aproveitarem seus recursos de computação. 
De acordo com Maziero; Laureano, (2008), a técnica da virtualização não é recente, 
foi criada na década de 1960, com o objetivo de prover um melhor aproveitamento do 
hardware, que tinha alto custo na época, para recriar ambientes do usuário final em um único 
mainframe. Na década de 1980, com a popularização de plataformas de hardware baratas 
como o PC, a virtualização perdeu importância. Afinal, era mais barato, simples e versátil 
fornecer um computador completo a cada usuário, que investir em sistemas de grande porte, 
caros e complexos. 
Com o aumento de desempenho e funcionalidades do hardware do PC e o surgimento 
da linguagem Java, no início dos anos 1990, o interesse pelas tecnologias de virtualização 
voltou à tona. 
A evolução recente da tecnologia de máquinas virtuais permitiu a sua adoção em larga 
escala nos sistemas de produção. O principal uso de máquinas virtuais tem sido a 
consolidação de servidores e, conseqüentemente, a redução de custos em hardware, software e 
gerência do parque tecnológico. 
 
2. VIRTUALIZAÇÃO 
De acordo com Singh (2004), em uma livre tradução, define virtualização como: 
 
Uma biblioteca ou metodologia de dividir os recursos de um computador 
através de múltiplos ambientes de execução, por aplicação de um ou mais 
conceitos ou tecnologias como particionamento de hardware e software, 
compartilhamento de tempo, simulação parcial ou completa da máquina, 
emulação, qualidade de serviço e muitas outras coisas. (SINGH, 2004). 
 
Os sistemas operacionais, assim como as aplicações, são projetados para aproveitar o 
máximo dos recursos que o hardware fornece. Normalmente os projetistas de hardware, 
sistema operacional e aplicações trabalham de forma independente. Esses trabalhos 
independentes geraram, ao longo dos anos, várias plataformas operacionais diferentes (e não 
compatíveis entre si). Assim, aplicações escritas para uma plataforma operacional não 
funcionam em outras plataformas (Ilustração 1): 
 
Ilustração 1 : Alguns sistemas existentes. 
Fonte: LAUREANO (2006). 
 
A utilização de máquinas virtuais possibilita resolver esse problema, pois cria uma 
“camada” para compatibilizar diferentes plataformas. Essa “camada” – softwares 
 Virtualização de Servidores - 11 
que podem ser utilizados para fazer os recursos parecerem diferentes do que realmente 
são – é chamada de virtualização (Ilustração 2). 
 
 
Ilustração 2: Camada de compatibilidade. 
Fonte: LAUREANO (2006). 
 
Portanto, um ambiente de máquina virtual consiste de três partes básicas, (que podem 
ser observadas na Ilustração 3): 
• O sistema real, nativo ou hospedeiro (host system), que contém os recursos 
reais de hardware e software do sistema; 
• O sistema virtual, também denominado sistema convidado (guest system), que 
executa sobre o sistema virtualizado; em alguns casos, vários sistemas virtuais 
podem coexistir, executando simultaneamente sobre o mesmo sistema real; 
• A camada de virtualização, hypervisor, ou monitor de máquinas virtuais 
(VMM – Virtual Machine Monitor), que constrói as interfaces virtuais a partir 
da interface real. 
(MAZIERO; LAUREANO, 2008). 
 
 
Virtualização de Servidores – 12 
 
Ilustração 3 : Uma máquina virtual.Fonte: Smith and Nair (2004). 
 
Em termos ligeiramente mais técnicos, a virtualização desassocia essencialmente 
usuários e aplicações das características específicas do hardware dos sistemas que usam, para 
executar tarefas computacionais. (GOLDEN; SCHEFFY, 2008). 
2.1 Propriedades dos Hypervisores 
 
 
A camada de virtualização, hypervisor, ou monitor de máquinas virtuais (VMM – 
Virtual Machine Monitor), é um software, que permite que múltiplos sistemas operacionais 
ou aplicativos, possam funcionar sobre um mesmo hardware e sistema através da criação de 
máquinas virtuais, ou seja, constrói as interfaces virtuais a partir da interface real. 
Para que funcione de foma eficiente, um hypervisor, deve seguir alguns requisitos, 
como: prover um ambiente de execução idêntico ao da máquina real, no quesito lógico, 
podendo apresentar no pior caso, leves degradações de desempenho. Além disso, o mesmo 
deve ter controle completo dos recursos no sistema hospedeiro. 
De acordo com Popek and Godberg, (1974), apud Maziero; Laureano,(2008) , um 
hypervisor ideal deve satisfazer as seguintes propriedades: 
_____________ 
Popek, G. and Goldberg, R. (1974). Formal requirements for virtualizable third 
generation architectures. Communications of the ACM, 17(7):412– 421. 
 
 
Virtualização de Servidores – 13 
• Equivalência: todo progama executado em uma máquina virtual deve se 
comportar da mesma forma que o faria em uma máquina real, podendo haver 
diferenças somente nos recursos diponíveis(memória, disco, etc); 
• Controle de recursos: o hypervisor deve ter o controle completo dos recursos 
da maquina real, pois nenhum programa da máquina virtual deve possuir 
acesso a recursos que não tenham sido alocados a ele pelo hypevisor, que deve 
intermediar todos os acessos; 
• Eficiência: grande parte das intruções do processador virtual, deve ser 
executada pelo processador da máquina real, e as que não puderem ser 
executadas pelo processador real devem ser interpretadas pelo hypevisor e 
traduzidas em ações equivalentes no processador real; 
• Isolamento: propriedade que garante que um software em execução em uma 
máquina virtual não possa ver, influenciar ou modificar outro software em 
execução no hypervisor ou em outra máquina virtual; 
• Inspeção: o hypervisor tem acesso e controle sobre todas as informações do 
estado interno da máquina virtual, como registradores do processador, 
conteúdo de memória, eventos etc; 
• Gerenciablidade: a administração de diversas instâncias de máquinas virtuais 
sobre um mesmo hypervisor é simplificada e centralizada. O mesmo deve ter 
mecanismos para gerenciar o uso dos recursos existentes entre os sistemas 
convidados; 
• Encapsulamento: O hypervisor pode salvar checkpoints de uma máquina 
virtual, periodicamente ou em situações especiais (por exemplo, antes de uma 
atualização de sistema operacional). Esses checkpoints são úteis para retornar a 
máquina virtual a estados anteriores (rollback), para análises post-mortem em 
caso de falhas, ou para permitir a migração da máquina virtual entre 
hypervisores executando em computadores distintos. 
• Recursividade: alguns sistemas de máquinas virtuais exibem também esta 
propriedade. Deve ser possível executar um hypervisor dentro de uma máquina 
virtual, produzindo um novo nível de máquinas virtuais. Neste caso, a máquina 
real é normalmente denominada máquina de nível 0. 
Atendendo a todos esses requisitos, um hypervisor deve funcionar de forma eficiente 
para o total controle das máquinas virtuais. 
Virtualização de Servidores – 14 
 
2.2 Tipos de virtualização 
 
 
Dentro da virtualização podemos ter várias formas de implementação, e obter o 
mesmo objetivo atingido um nível de complexidade diferente. 
A implementação de uma virtualização pode ser feita das seguintes formas: 
virtualização do sistema operacional, emulação do hardware, e virtualização das linguagens 
de programação. 
2.2.1. Virtualização do sistema operacional 
 
 
Para Golden, Scheffy (2008), a virtualização de Sistemas operacioanais, funciona 
sobre um sistema operacional hospedeiro existente e fornece um conjunto de bibliotecas que 
interagem com as aplicações, dando a estas, a ilusão de estarem rodando em uma máquina 
dedicada a seu uso (Ilustração 4). O principal a se entender é que, a partir da perspectiva de 
execução da aplicação, ela vê e interage apenas as aplicações em execução no seu sistema 
operacional virtual e com o próprio sistema operacional virtual. 
Esta abordagem é extremamente útil quando deseja-se oferecer um conjunto similar de 
funcionalidades do sistema operacional a diferentes usuários, utilizando apenas uma única 
máquina. 
Este uso é ideal para as empresas de hospedagem web, elas usam para que um web site 
hospedado acredite ter o controle completo de uma máquina, enquanto de fato, cada site 
hospedado compartilha a máquina com vários outros, cada um previsto em sua própria 
máquina virtual. 
Este tipo de virtualização limita a escolha de sistema operacional, pois funciona com 
base na abstração de um sistema específico. O FreeBSD Jail e o User-Mode Linux são 
exemplos dessa tecnologia. 
 
Virtualização de Servidores – 15 
 
Ilustração 4 : Virtualização do Sistema Operacional 
Fonte: LAUREANO (2006). 
2.2.2. Emulação do hardware 
 
 
Emulação de hardware, como o próprio nome indica, consiste na virtualização de 
hardware. Dentro de todos os tipos de virtualização, este talvez seja o mais complexo. 
Com a implantação deste modelo é possível construir compatibilidade entre o software 
e o hardware. Por outras palavras podemos dizer que é usado hardware virtual para simular o 
hardware realmente necessário. 
Uma das grandes vantagens deste modelo de virtualização é que podem ser criados 
diferentes ambientes informáticos utilizando a mesma máquina física, ou seja, podem ser 
simulados vários processadores (CPU) utilizando o mesmo processador físico. 
Apesar de ser um modelo complexo, este não dispensa desvantagens. Um dos 
principais problemas de qualquer emulação é a possível perda de desempenho. Com a 
emulação do hardware, as instruções são modificadas para que possam ser aplicadas no 
hardware real. Como se pode ver na Ilustração 5, os pedidos feitos pelo software virtual têm 
de ser emulados para “encaixar” nos requisitos do hardware físico. Por outro lado tem 
também de existir uma emulação das respostas do hardware físico para que o software virtual 
“compreenda” o hardware físico ajudando também para a diminuição do desempenho do 
sistema. 
Virtualização de Servidores – 16 
 
Também pode-se destacar a questão do driver de dispositivo para emulação de 
hardware, pois o hypervisor contém os drivers de dispositivo e não há maneira de novos 
serem instalados por usuários. Consequentemente, se uma máquina tem recursos de hardware 
e o hypervisor não tem driver para o software de virtualização, este não pode ser executado 
em sua máquina. Isto pode causar problemas, especialmente para as organizações que querem 
se aproveitar de novos desenvolvimentos de hardware. (RICARDO; MARQUES, 2009). 
 
 
 
Ilustração 5 : Virtualização por emulação de hardware. 
Fonte: RICARDO, MARQUES (2009). 
2.2.3. Virtualização das linguagens de programação 
 
 
Nesta forma de virtualização, as máquinas virtuais são criadas para computadores 
fictícios destinados a uma tarefa específica. É criada, pela camada da virtualização, uma 
aplicação no topo do sistema operacional (Ilustração 6). Esta camada é a responsável pela 
Virtualização de Servidores – 17 
execução das aplicações construídas para esta forma de virtualização. Um exemplo de 
linguagem de programação virtualizada é a Java, através do Java Virtual Machine. 
 
 
Ilustração 6 : Virtualização de linguagens de programação. 
Fonte: LAUREANO (2006). 
 
Uma Java Virtual Machine (JVM), como é conhecida, ilustra bem um exemplo de 
virtualização de linguagemde programação. Através de Java é possível criar aplicações que 
rodem em plataformas distintas e que atendam a uma infinidade de dispositivos, de celulares a 
mainframe, e tudo isso só pôde ser implementado devido à JVM. 
Uma JVM tem o propósito de executar em qualquer plataforma o código escrito em 
Java. A Sun, principal detentora da Java, define uma JVM como “uma máquina imaginária 
implementada via software ou hardware que executa instruções vindas de bytecode”. 
(LAUREANO, 2006). 
 
2.3 Técnicas de virtualização 
 
 
As técnicas mais utilizadas para virtualização atualmente são: paravirtualização 
(paravirtualization) e virtualização total (full virtualization). 
 
Virtualização de Servidores – 18 
2.3.1. Virtualização Total 
 
 
Segundo Laureano (2006), a virtualização total reconstrói um ambiente virtual no qual 
o hardware fornecido aos sistemas convidados corresponde a um sistema real existente. Toda 
a interface de acesso ao hardware é virtualizada, incluindo todas as instruções do processador 
e os dispositivos de hardware. Desta forma, os sistemas convidados não precisam sofrer 
nenhum tipo de alteração ou ajuste para executar no ambiente virtual (Ilustração 7). Esta é a 
abordagem usada na maioria dos hypervisores de sistema clássicos, como QEmu e VMWare. 
Sua maior vantagem consiste em permitir que sistemas operacionais convencionais executem 
como convidados sem necessidade de modificações. Por outro lado, o sistema convidado 
executa mais lentamente, uma vez que todos os acessos ao hardware são intermediados pelo 
hypervisor. Além disso, o hypervisor terá que interceptar e emular todas as instruções 
sensíveis executadas pelos sistemas convidados, o que tem um custo elevado em plataformas 
de hardware sem suporte adequado à virtualização. 
 
 
Ilustração 7: Representação da Virtualização Total. 
Fonte: LAUREANO (2006). 
 
Virtualização de Servidores – 19 
2.3.2. Paravirtualização 
 
 
Na paravirtualização, o sistema a ser virtualizado (sistema convidado) sofre 
modificações para que a interação com o monitor de máquinas virtuais seja mais eficiente 
(Ilustração 8). 
 
 
Ilustração 8: Representação da Paravirtualização. 
Fonte: LAUREANO (2006). 
 
A paravirtualização – embora exija que o sistema a ser virtualizado precise ser 
modificado, o que diminui a portabilidade do sistema – permite que o sistema convidado 
consiga acessar recursos do hardware diretamente. O acesso é monitorado pelo monitor de 
máquinas virtuais, que fornece ao sistema convidado todos os “limites” do sistema, tais como 
endereços de memória que podem ser utilizados e endereçamento em disco, por exemplo. 
A paravirtualização reduz a complexidade do desenvolvimento das máquinas virtuais, 
já que, historicamente, os processadores não suportam a virtualização nativa. A performance 
obtida, a principal razão para utilizar a paravirtualização, compensa as modificações que serão 
implementadas nos sistemas convidados. (LAUREANO, 2006). 
Virtualização de Servidores – 20 
 
2.4 Vantagens e Desvantagens 
 
Existem várias vantagens e desvantagens para a utilização de máquinas virtuais em 
sistemas de computação: 
2.4.1. Vantagens 
 
 
• Facilitar o aperfeiçoamento e testes de novos sistemas operacionais; 
• Auxiliar no ensino prático de sistemas operacionais e programação ao permitir 
a execução de vários sistemas para comparação no mesmo equipamento; 
• Executar diferentes sistemas operacionais sobre o mesmo hardware, 
simultaneamente; 
• Simular configurações e situações diferentes do mundo real, como, por 
exemplo, mais memória disponível ou a presença de outros dispositivos de 
E/S; 
• Simular alterações e falhas no hardware para testes ou reconfiguração de um 
sistema operacional, provendo confiabilidade e escalabilidade para as 
aplicações; 
• Garantir a portabilidade das aplicações legadas (que executariam sobre uma 
máquina virtual simulando o sistema operacional original); 
• Desenvolvimento de novas aplicações para diversas plataformas, garantindo a 
portabilidade dessas aplicações; 
• Diminuição de custos com hardware, utilizando a consolidação de servidores; 
• Facilidades no gerenciamento, migração e replicação de computadores, 
aplicações ou sistemas operacionais; 
• Prover um serviço dedicado a um cliente específico com segurança e 
confiabilidade. 
(GOLDEN, SCHEFFY ,2008). 
Virtualização de Servidores – 21 
 
2.4.2. Desvantagens 
 
 
Para Golden, Scheffy (2008), além do custo do processo de virtualização em si, 
existem outras dificuldades para a ampla utilização de máquinas virtuais: 
 
• Processador não virtualizado: A arquitetura dos processadores Intel 32 bits não 
permite naturalmente a virtualização. O trabalho “Formal Requirements for 
Virtualizable Third Generation Architectures” demonstra que uma arquitetura 
pode suportar máquinas virtuais somente se todas as instruções aptas a 
inspecionar ou modificar o estado privilegiado da máquina forem executadas 
em modo mais privilegiado e puderem ser interceptadas. 
• Diversidade de equipamentos: Existe uma grande quantidade de equipamentos 
disponíveis (características da arquitetura aberta do PC). Em uma execução 
tradicional, o monitor teria de controlar todos esses dispositivos, o que requer 
um grande esforço de programação por parte dos desenvolvedores de 
monitores. 
• Preexistência de softwares: Ao contrário de mainframes, que são configurados 
e controlados por administradores de sistema, os desktops e workstations 
normalmente já vêm com um sistema operacional instalado e pré-configurado, 
e que normalmente é ajustado pelo usuário final. Nesse ambiente, é 
extremamente importante permitir que um usuário possa utilizar a tecnologia 
das máquinas virtuais, mas sem perder a facilidade de continuar utilizando seu 
sistema operacional padrão e aplicações. 
 
A principal desvantagem do uso de máquinas virtuais é o custo adicional de execução 
dos processos em comparação com a máquina real. Esse custo é muito variável, podendo 
chegar a 50% ou mais em plataformas sem suporte de hardware à virtualização, como os PCs 
de plataforma Intel. Esse problema inexiste em ambientes de hardware com suporte à 
virtualização, como é o caso de mainframes. 
Virtualização de Servidores – 22 
Todavia, pesquisas recentes têm obtido a redução desse custo a patamares abaixo de 
20%, graças, sobretudo, a ajustes no código do sistema anfitrião. 
2.5 Suporte do Hardware 
 
 
O suporte de hardware necessário para a construção de hypervisores eficientes está 
presente em sistemas de grande porte, mas é apenas parcial nos micro-processadores de 
mercado. Por exemplo, a família de processadores Intel Pentium IV (e anteriores) possui 17 
instruções sensíveis que podem ser executadas em modo usuário sem gerar exceções, o que 
dificulta a criação de máquinas virtuais em sistemas que usam esses processadores. 
Por volta de 2005, os principais fabricantes de micro-processadores (Intel e AMD) 
incorporaram um suporte básico à virtualização em seus processadores, através das 
tecnologias Intel VT (Intel Virtualization Technology) e AMD-V (AMD Virtualization), que 
são conceitualmente equivalentes. A idéia central de ambas as tecnologias consiste em definir 
dois modos possíveis de operação do processador: os modos root e non-root. O modo root 
equivale ao funcionamento de um processador convencional, e se destina à execução de um 
hypervisor. Por outro lado, o modo non-root se destina à execução de máquinas virtuais. A 
vantagem é que o processador com tecnologia de virtualização possui algumas novas 
instruções para controlar a virtualização. Com essas instruções, o controle do software 
(Virtual Machine Monitor) pode ser mais simples, o que resulta em um maior desempenho se 
comparado a soluções baseadas apenas em software. Além de Intel e AMD, outros fabricantes 
de hardware têm se preocupado com o suporte à virtualização. Em 2005,a Sun Microsystems 
incorporou suporte nativo à virtualização em seus processadores UltraSPARC. 
 Em 2007, a IBM propôs uma especificação de interface de hardware denominada 
IBM Power ISA 2.04, que respeita os requisitos necessários à virtualização do processador e 
da gestão de memória. 
(MAZIERO, LAUREANO, 2008). 
 
Virtualização de Servidores – 23 
2.6 Aplicações 
 
 
De acordo com Vieira (2008), o uso principal da virtualização é a consolidação de 
servidores, mas é possível aplicar seu uso de várias formas e em diversas áreas, 
principalmente em alguns cenários práticos, alguns deles são: 
 
• Ensino – ambientes virtuais podem ser criados e testados sem comprometer a 
estrutura computacional existente; 
• Honeypots – são máquinas colocadas intencionalmente na rede sem nenhum 
tipo de proteção, como antivírus e firewall, para que elas possam ser atacadas 
por crackers. Com o objetivo de monitorar o ataque e suas formas. Quando um 
honeypot é comprometido, pode ser substituído facilmente por outro, em 
alguns casos apenas restaurando a VM a um momento anterior. A grande 
vantagem de sua utilização é a de não comprometer a rede real; 
• Consolidação de servidores – consiste em centralizar e/ou diminuir o número 
de equipamentos e de aplicações instaladas em cada um dos servidores da 
organização, com o objetivo de aumentar a produtividade da infra-estrutura, 
melhorar o gerenciamento do ambiente, aumentar a segurança, diminuir a 
manutenção e economizar em recursos humanos, físicos e financeiros; 
• Consolidação de aplicações – possibilidade de virtualizar o hardware para o 
qual essas aplicações foram projetadas, podendo reunir em um único 
computador todas as aplicações legadas; 
• Disponibilidade – é possível ter ambientes com múltiplas execuções 
simultâneas aumentando a disponibilidade dos recursos oferecidos pela rede, 
como sistemas operacionais e outros serviços; 
• Migração de software – facilita o processo de testes antes de colocar o 
software em produção, dessa forma, reduz-se o impacto sobre as migrações de 
software. 
• Testes e medições – é possível criar cenários virtuais que, são difíceis de 
reproduzir em maquinas reais, facilitam testes sobre determinadas soluções. 
Há muitas outras aplicações para a tecnologia de virtualização, sendo estas as práticas 
mais comuns. 
 
3. VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES 
Segundo Veras (2008), a virtualização de servidores é um conceito já bem conhecido 
na área de TI. O conceito é oriundo dos sistemas operacionas de mainframe que já possuiam 
esta característica. A virtualização de servidores trata da consolidação de vários servidores 
físicos e subutilizados em um único servidor físico com alto grau de utilização, reduzindo a 
complexidade do gerenciamento, espaço físico, requisitos de energia e refrigeração. O 
servidor físico virtualizado passa a rodar vários servidores virtuais chamados de VMs (virtual 
machines). 
 
 
Ilustração 9 : Exemplo de consolidação de servidores. 
Fonte: Sun Microsystes 
 
 
Para Golden; Scheffy (2008), em um data center não virtualizado, a idéia é “uma 
aplicação, um servidor”. Isto refere-se ao fato de que a maioria das organizações de TI 
Virtualização de Servidores - 25 
tendem a isolar aplicações, atribuindo a cada uma seu próprio servidor físico. Com o preço 
muito inferior de servidores, tem sido financeiramente possível apoiar este modelo, porém, a 
proliferação de máquinas tem causado seus próprios problemas: 
• Hardware pouco utilizado: Hoje, muitos data centers têm máquinas 
funcionando com somente 10 a 15 por cento da capacidade de processamento 
total. Em outras palavras, 85 a 90 por cento do poder da máquina não é 
utilizado. Entretanto, uma máquina levemente carregada ainda necessita de 
espaço e gasta energia, e esse custo com uma máquina subutilizada é quase o 
mesmo que uma funcionando totalmente. 
Com a melhora constante nas características de desempenho dos 
computadores, a cada ano as novas máquinas têm cerca de duas vezes mais 
poder de processamento, em relação às do ano anterior, o que, num ambiente 
como o citado acima, pode diminuir cada vez mais a taxa de utilização das 
mesmas. É neste aspecto que a virtualização auxilia, pois permite múltiplos 
servidores em um único hardware, o que pode aumentar as taxas de utilização 
de harware para as organizações, desse modo, fazendo o uso mais eficiente do 
capital investido. 
• Data centers funcionando sem espaço: O mundo dos negócios sofreu uma 
grande mudança nos útimos 20 anos, com a automatização dos processos. A 
ascenção da internet aumentou exponencialmente essa tranformação, pois as 
companhias estão comunicando-se em tempo real com seus clientes, sócios e 
fornecedores através da mesma. Naturalmente isto acelerou o movimento dos 
negócios. O efeito disso tudo é um grande número de servidores em uso na 
última década, o que está causando um grande problema para as companhias: 
os data centers estão funcionando sem espaço, e por consequência, essa 
explosão de dados demanda novos métodos de armazenamento. É a chamada 
virtualização de armazenamento, que torna possível o armazenamento, 
independente de qualquer parte do hardware. 
A virtualização oferece a habilidade de hospedar múltiplos sistemas 
convidados em um unico servidor físico, permitindo que as organizações 
recuperem o teritório do data center, evitando a despesa de construir mais 
espaço no mesmo. Este é um enorme benefício da virtualização, pois os data 
centers podem custar milhões de dólares para construir. 
Virtualização de Servidores – 26 
• Administração do sistema custa caro: computadores não fazem tudo por si 
próprios. Cada servidor necessita de cuidados de administradores de sistemas. 
Tarefas comuns de administração incluem: monitoramento do status do 
hardware, substituição de componentes de harware defeituosos, instalação de 
sistemas operacionais e softwares aplicativos, instalação de pacotes de 
atualização, monitoramento de recursos críticos do usuário como memória e 
uso do disco e backup de dados do servidor para outros meios de 
armazenamento, para garantir segurança e redundânica. 
Estas tarefas exigem trabalho intensivo. Administradores – pessoas que 
mantêm as máquinas ativas – não cobram barato. Como parte de uma esforço 
para controlar o aumento do custo de operações, a virtualização oferece a 
oportunidade de reduzir os custos da administração, reduzindo o número de 
máquinas que precisariam de cuidado. Embora muitas das tarefas associadas a 
administração do sistema continuem mesmo no ambiente virtualizado, algumas 
delas desaparecem quando servidores físicos são migrados para virtuais. A 
virtualização pode reduzir drásticamente exigências da administração de 
sistemas, tornando-se uma opção excelente para redução de custos 
operacionais. 
A virtualização de servidores pode resolver todos esses problemas, que são os mais 
comuns, trazendo diversos benefícios. 
3.1 Tipos de servidores 
 
 
Os servidores desempenham vários papéis no ambiente cliente/servidor de uma rede. 
Alguns servidores são configurados para fornecer autenticação e outros para outros usos. 
Muitos também fornecem serviços de rede que permitem que os usuários se comuniquem ou 
localizem outros servidores e recursos na rede. Abaixo, os principais tipos de servidores e que 
funções que eles realizam na rede.: 
• Servidor de arquivos: um servidor de arquivos oferece uma localização 
central na rede, onde é possível armazenar e compartilhar arquivos, diretórios, 
departamentos individuais ou organizações inteiras com usuários através da 
rede. Quando os usuários precisam de um arquivo (arquivos de textos, 
Virtualização de Servidores – 27 
gráficos, planilhas, etc.), é possível acessar o arquivo no servidor de arquivos, 
em vez de ter que transferi-lo entre seus vários computadores. 
• Servidor de impressão: um servidor de impressão oferece acessocentralizado 
e gerenciado aos dispositivos de impressão, atendendo impressoras 
compartilhadas, drivers de impressora dos computadores clientes, e gerencia a 
fila de impressão e a segurança. 
• Servidor de aplicações: é responsável em executar e processar os arquivos de 
dados, ao contrário do servidor de arquivos que somente armazena os arquivos 
e não os processa. Tomemos como exemplo, um cliente faz um consulta ao 
servidor de aplicações e o mesmo realiza a consulta, sendo que o usuário 
apenas receberá o resultado da consulta que é enviado pelo servidor. É possível 
vários clientes acessarem e manipularem ao mesmo tempo uma determinada 
aplicação, fazendo com que todos os dados fiquem sincronizados. 
• Servidor de email: Servidor responsável pelo armazenamento, envio e 
recebimento de mensagens de correio eletrônico. 
• Servidor Web: Servidor responsável pelo armazenamento de páginas de um 
determinado site, requisitados pelos clientes através de navegadores. 
• Servidor FTP: Permite acesso de outros usuários a um disco rígido ou 
servidor. Esse tipo de servidor armazena arquivos para dar acesso a eles pela 
internet. 
• Servidor de DNS: oferece resolução de nomes de host, convertendo esses 
nomes em endereços IP, e os endereços IP em nomes de host. 
• Terminal server: oferece aplicativos e recursos de servidor, como impressoras 
e armazenamento, a vários usuários, como se aqueles aplicativos e recursos 
estivessem instalados em seus próprios computadores. Os usuários conectam-
se ao terminal server ou aos clientes por uma área de trabalho remota. 
(HOLME; THOMAS, 2004). 
Além destes, existem outros tipos de servidores, porém os descritos acima são os mais 
utilizados. 
 
Virtualização de Servidores – 28 
 
3.2 Vantagens e Benefícios 
 
 
Como principais vantagens e benefícios, a virtualização (ou consolidação) de 
servidores oferece: 
• Redução de custos: devido à menor quntidade de equipamentos, aplicações e 
sistemas operacionais; Depois de instalados, hardware e software também 
geram custos de manutenção reduzidos; 
• Redução da complexidade e melhor gerenciamento: permite que se tenha 
um único ponto para gerenciar, diminuindo a complexidade de manutenção 
dos servidores; 
• Redução no número de servidores: com a consolidação, tende-se a ter 
servidores centralizados e mais robustos, eliminando-se a quantidade excessiva 
de servidores de pequeno porte; 
• Redução de imóveis e instalações: diminuindo-se a quantidade de 
equipamentos, consequentemente será necessário um espaço físico menor para 
alocá-los; 
• Redução no consumo de energia: diminundo-se a quantidade de 
equipamentos e substituindo-se equipamentos antigos por novos, o consumo de 
energia acaba sendo reduzido; 
• Aumento de segurança: devido à centralização, a administração do ambiente 
torna-se mais segura e eficiente; 
• Aumento na utilização da capacidade dos servidores: susbsituindo diversos 
servidores de pequeno porte por servidores de grande porte, é possível 
administrá-los para que todo o recurso disponível seja utilizado na maior parte 
do tempo, evitando a ociosidade dos equipamentos; 
• Recuperação de desastres e cópia de segurança: a virtualização pode 
auxiliar a diminuir o tempo de recuperação de dias para horas, uma vez que 
todas as máquinas virtuais podem estar armazenadas na solução de 
Virtualização de Servidores – 29 
armazenamento da empresa e fazerem parte da rotina de cópia de segurança. 
(LAUREANO, 2006). 
Podem existir diversos benefícios e vantagens além dos citados acima, porém os 
mesmos são os mais notáveis. 
3.3 Desvantagens 
 
 
O processo de virtualização e consolidação de servidores parece ser um caminho 
consensual para responder à necessidade da contenção de custos relacionados ao 
agigantamento das estruturas de hardware, duplicidade de sistemas operacionais e 
infraestruturas concorrentes. 
Algumas vezes, porém, ao invés de trazer todas as vantagens teoricamente conhecidas 
das virtualização e consolidação de servidores, acaba funcionando como um perturbador a 
mais do ambiente. Perturbador que leva as equipes de TI a terem que se desdobrar no controle 
do ambiente híbrido, com seus diversos componentes físicos e virtuais atuando de modo 
complementar ou concorrente. 
Um estudo feito pela Aberdeen em Dezembro de 2008, com 137 empresas, aponta que 
em pelo menos 32% dos casos de virtualização há a necessidade de se abandonar ou rever o 
processo migratório antes de sua plena instauração como ambiente de fato. 
Numa avaliação sobre os maiores problemas da virtualização, a primeira dificuldade a 
ser enfrentada para o avanço da mesma, está na escassez de ferramentas de migração e 
controle que possam dar conta, de fato, dos vários cenários de legado físico que se apresentam 
para a conversão. É verdade que, as grandes plataformas de virtualização estão 
satisfatoriamente maduras para suportar todo o data center após consolidado, mas o mesmo 
não se pode dizer dos recursos de migração associados às suítes clássicas. 
Há problemas também, no que se refere à degradação de performance e ao tempo de 
resposta após a virtualização. Aliás, segundo a mesma pesquisa citada, mais de 55% das 
empresas não possuem a visibilidade do fluxo de transações e não são capazes de antecipar 
questões de performance durante o processo de virtualização. 
Uma outra análise, feita por Gartner em Fevereiro de 2008, aponta que um grande 
desafio da virtualização está na difícil escolha dos candidatos (aplicações) a serem 
Virtualização de Servidores – 30 
virtualizados, e à falta do entendimento do impacto de tempo de resposta destas aplicações em 
um ambiente virtual. 
É bem verdade que, a despeito disto, a virtualização avança a passos largos, 
notadamente nas grandes empresas, embora, na maioria dos casos, estas migrações ocorram 
em partes específicas do processo. Este processo "por partes" ao menos tem a virtude de 
permitir a paulatina promoção de uma cultura interna de gestão destes novos ambientes, para 
assim assegurar o avanço da virtualização, em movimentos claramente cautelosos. 
(NETBR, 2009). 
3.4 Segurança em servidores virtualizados 
 
 
Algumas das propriedades conceituais da virtualização podem ser úteis para o 
atendimento de critérios de segurança: 
• Isolamento: ao manter os ambientes virtuais isolados entre si e do sistema real 
subjacente, o hypervisor provê a confidencialidade de dados entre os sistemas 
convidados. Adicionalmente, como os dados presentes em uma máquina 
virtual só podem ser acessados pelas respectivas aplicações convidadas, sua 
integridade é preservada; 
• Controle de recursos: Como o hypervisor intermedeia os acessos do sistema 
convidado ao hardware, é possível implementar mecanismos para verificar a 
consistência desses acessos e de seus resultados, aumentando a integridade do 
sistema convidado; 
• Inspeção: a visão privilegiada do hipervisor sobre o estado interno do sistema 
convidado permite extrair informações deste para o sistema hospedeiro, 
permitindo implementar externamente mecanismos de verificação de 
integridade do ambiente convidado, como antivírus e detectores de intrusão; 
• Encapsulamento: a possibilidade de salvar/restaurar o estado do sistema 
convidado torna viável a implementação de mecanismos de rollback úteis no 
caso de quebra da integridade do sistema convidado; da mesma forma, a 
migração de máquinas virtuais é uma solução viável para o problema da 
Virtualização de Servidores – 31 
disponibilidade. 
(MAZIERO; LAUREANO, 2008). 
 
3.4.1. Detecção de intrusão 
 
 
De acordo com Maziero, Laureano, (2008), sistemas de detecção de intrusão (IDS – 
Intrusion Detection Systems), têm como função monitorar uma rede ou um sistema 
computacional, buscando detectar ataques ou atividades maliciosas. coletam dados do sistema 
e os analisam através de técnicas diversas, como reconhecimento de padrões, análise 
estatísticae mineração de dados. Ao detectar uma atividade maliciosa, podem alertar o 
administrador do sistema e/ou ativar contra-medidas. De acordo com a origem da informação 
analisada, os IDSs podem ser classificados como: 
• IDSs de máquina (HIDS – Host-based IDS): monitoram um computador para 
identificar atividades maliciosas locais, como subversão de serviços, vírus e 
trojans. 
• IDSs de rede (NIDS – Network-based IDS): monitoram o tráfego de uma 
rede, para identificar ataques aos computadores a ela conectados. 
 
As máquinas virtuais podem ser úteis na proteção de sistemas HIDS. Através da 
propriedade de inspeção, o hypervisor pode extrair informações de um sistema convidado e 
encaminhá-las para análise por um detector de intrusão executando no sistema nativo, ou em 
outra máquina virtual. O isolamento entre máquinas virtuais assegura a integridade das 
informações coletadas e do próprio detector de intrusão. Por fim, a propriedade de controle de 
recursos permite ao hipervisor intervir no sistema convidado, para interromper atividades 
consideradas suspeitas pelo detector de intrusão. 
Virtualização de Servidores – 32 
3.4.2. Plano de contingência 
 
 
De acordo com Laureano, (2006) é um plano para resposta de emergência, operações 
de backup e recuperação em um sistema. Assegura a disponibilidade de recursos de sistema 
críticos e para facilitar a continuidade de operações durante uma crise. Esse plano é aplicado 
após algum incidente, também chamado de desastre. 
Utilizando a tecnologia (Gerenciabilidade e Encapsulamento das máquinas virtuais), 
pode ser restaurado rapidamente, pois os administradores podem utilizar recursos para fazer 
backup dos servidores de missão-crítica em máquinas virtuais, e várias instâncias do mesmo 
servidor podem ser salvas. Quando um servidor falhar ou não se iniciar novamente, uma nova 
cópia pode ser colocada no ar. 
3.4.3. Honeypots e Honeynets 
 
 
Um honeypot é um sistema explicitamente preparado para ser atacado e invadido. 
Podem ser vistos como “armadilhas”, pois servem para atrair e estudar o tráfego de rede 
malicioso. Como o honeypot não corresponde a serviços legítimos da rede e pode ser 
facilmente atacado, serve como alerta para a presença de atacantes na rede. Além disso, ele 
desvia a atenção dos atacantes dos servidores reais do sistema. 
Os honeypots podem ser: 
• De baixa interatividade: o atacante interage com emulações de serviços de 
rede, que não correspondem a serviços reais e, portanto não serão realmente 
comprometidos. 
• De alta interatividade: expõem aos atacantes sistemas e serviços reais, que 
podem ser comprometidos. Podem ser perigosos se mal configurados, pois 
podem ser invadidos e usados como plataformas para ataques ao restante da 
rede. No entanto, as informações fornecidas por eles são mais detalhadas e 
correspondem melhor à realidade. 
Uma honeynet é uma coleção de honeypots de alta interatividade com diferentes 
sistemas operacionais, configurações e serviços de rede. Além dos honeypots, uma honeynet 
possui firewalls para evitar que tráfego malicioso se propague a partir dela para outras redes, 
Virtualização de Servidores – 33 
detectores de intrusão para monitorar as atividades maliciosas e servidores de logging para o 
registro de eventos. 
A implantação de uma honeynet implica em alocar vários computadores, com sistemas 
operacionais e serviços distintos, o que pode significar um alto custo de implantação e 
operação. Nesse contexto, máquinas virtuais podem ser usadas para construir honeynets 
virtuais. 
(MAZIERO; LAUREANO, 2008) 
 
4. FERRAMENTAS DE VIRTUALIZAÇÃO 
Existem vários softwares utilizados para a virtualização. Entre eles há os que têm 
suporte aos tipos e técnicas de virtualzação apresentados anteriormente, além de abordagens 
híbridas. Foram escolhidos por estarem entre os mais utilizados e representativos. 
4.1 Vmware 
 
 
De acordo com Maziero; Laureano (2006), atualmente o VMware é a máquina virtual 
para a plataforma x86 de uso mais difundido, provendo uma implementação completa da 
interface x86 ao sistema convidado. Embora essa interface seja extremamente genérica para o 
sistema convidado, acaba conduzindo a um hypervisor mais complexo. 
Como podem existir vários sistemas operacionais em execução sobre o mesmo 
hardware, o hypervisor tem que emular certas instruções para representar corretamente um 
processador virtual em cada máquina virtual, fazendo uso intensivo dos mecanismos de 
tradução dinâmica. 
Por razões de desempenho, o hypervisor do VMware utiliza uma abordagem híbrida 
para implementar a interface do hypervisor com as máquinas virtuais. 
O controle de exceção e o gerenciamento de memória são realizados por acesso direto 
ao hardware, mas o controle de entrada/saída usa o sistema hospedeiro. Para garantir que não 
ocorra nenhuma colisão de memória entre o sistema convidado e o real, o hypervisor VMware 
aloca uma parte da memória para uso exclusivo de cada sistema convidado. 
Para controlar o sistema convidado, intercepta todas as interrupções do sistema 
convidado. Sempre que uma exceção é causada no convidado, é examinada primeiro pelo 
Virtualização de Servidores – 35 
hypervisor. As interrupções de entrada/saída são remetidas para o sistema hospedeiro, 
para que sejam processadas corretamente. As exceções geradas pelas aplicações no sistema 
convidado (como as chamadas de sistema, por exemplo) são remetidas para o sistema 
convidado. 
Atualmente, a VMware produz vários produtos com hypervisores nativos e 
convidados: 
Hypervisor convidado: 
• VMware Workstation: primeira versão comercial da máquina virtual, lançada 
em 1999, para ambientes desktop; 
• VMware Fusion: versão experimental para o sistema operacional Mac OS 
com processadores Intel; 
• VMware Player: versão gratuita do VMwareWorkstation, com as mesmas 
funcionalidades mas limitado a executar máquinas virtuais criadas previamente 
com versões comerciais; 
• VMWare Server: conta com vários recursos do VMware Workstation, mas é 
voltado para pequenas e médias empresas e para ambientes de servidor; 
 
Hypervisor nativo: 
• VMware ESX Server: para servidores de grande porte, possui um núcleo 
proprietário chamado vmkernel e Utiliza o Red Hat Linux para prover outros 
serviços tais como a gerência de usuários. 
4.2 XEN 
 
 
 O ambiente Xen é um hypervisor nativo para a plataforma x86 que implementa a 
paravirtualização. Ele permite executar sistemas operacionais como Linux e Windows 
especialmente modificados para executar sobre o hypervisor. Versões mais recentes do 
sistema Xen utilizam o suporte de virtualização disponível nos processadores atuais, o que 
torna possível a execução de sistemas operacionais convidados sem modificações, embora 
com um desempenho ligeiramente menor que no caso de sistemas paravirtualizados. 
Conforme seus criadores, o custo e impacto das alterações nos sistemas convidados são 
Virtualização de Servidores – 36 
baixos e a diminuição do custo da virtualização compensa essas alterações (a degradação 
média de desempenho observada em sistemas virtualizados sobre a plataforma Xen não 
excede 5%). 
Como o hypervisor deve acessar os dispositivos de hardware, ele deve dispor dos 
drivers adequados. Já os núcleos convidados não precisam de drivers específicos, pois eles 
acessam dispositivos virtuais através de uma interface simplificada. Para evitar o 
desenvolvimento de drivers específicos para o hypervisor, o ambiente Xen usa uma 
abordagem alternativa: a primeira máquina virtual (chamada VM0) pode acessar o hardware 
diretamente e provê os drivers necessários ao hypervisor. As demais máquinas virtuais (VMi, 
i > 0) acessam o hardware virtual através do hypervisor, que usa os drivers da máquina VM0 
conforme necessário. Essa abordagem, apresentada na figura, simplifica muito a evolução do 
hypervisor, por permitir utilizar os drivers desenvolvidos para o sistemaLinux. 
 
 
Ilustração 10: O hypervisor XEN. 
Fonte: MAZIERO; LAUREANO (2008). 
 
 
 
O hypervisor Xen pode ser considerado uma tecnologia madura, sendo muito utilizado 
em sistemas de produção. O seu código-fonte está liberado sob a licença General Public 
Virtualização de Servidores – 37 
Licence (GPL). Atualmente, o ambiente Xen suporta os sistemas Windows, Linux e NetBSD. 
Várias distribuições Linux já possuem suporte nativo ao Xen.( MAZIERO; LAUREANO, 
2006) 
4.3 Virtual Pc 
 
 
O Virtual PC é um software virtualizador produzido pela Microsoft. Tem uma versão 
gratuita voltada a desktops e usuários comuns, o popular Microsoft Virtual PC. Nem sempre 
foi gratuito, a gratuidade começou em julho de 2006. 
Assim como os outros, em uma janela é possível rodar outro sistema operacional, o 
que permite rodar diversos sistemas operacionais em uma mesma máquina, atendendo clientes 
de Windows. É bom para quem utiliza o Windows, e precisa rodar outra versão de Windows 
casualmente – ou mesmo diariamente, se o computador utilizado possuir bastante memória 
RAM. 
Para rodar Linux, já é uma outra coisa. Apesar de a Microsoft ter lançado alguns 
drivers para Linux (Virtual Machine Additions for Linux, para o MS Virtual Server 2005), o 
desempenho ainda não é tão satisfatório. No caso do Virtual PC 2007, nem há a opção 
"Linux" na hora de escolher o sistema para a máquina virtual. Se pretende-se rodar Linux 
virtualizado, é altamente recomendável o uso de outras soluções, como o VMware ou o 
Virtual Box, ambos gratuitos. 
Principais características do Virtual PC: 
• Migração fácil: é possível executar aplicativos numa máquina virtual, ao 
invés de atrasar o processo de depuração para um novo sistema operacional, 
apenas por causa da incompatibilidade, como ocorrem muitas vezes em 
computadores físicos. 
• Múltiplos sistemas operacionais: O suporte técnico pode executar vários 
sistemas operacionais na mesma máquina e alternar entre eles com facilidade. 
É possível restaurar as máquinas virtuais para estados anteriores quase 
instantaneamente. 
Virtualização de Servidores – 38 
• Depuração: torna-se mais ágil realizar testes de softwares em diferentes 
ambientes operacionais, devido à característica de isolamento das máquinas 
virtuais. 
• Desenvolvimento acelerado: Aumenta a qualidade da segurança ao testar e 
documentar seu software em vários sistemas operacionais usando máquinas 
virtuais. 
Enfim, o Virtual PC é indicado para usuários comuns, não para uso em servidores ou 
aplicações mais avançadas. Em algumas características, ele se torna mais limitado do que o 
VMware Server, mas mesmo assim dá conta muito bem do recado na situação de rodar um 
Windows dentro de outro. Ainda tem a vantagem de ser produzido pela mesma produtora do 
Windows, o que garante um ótimo desempenho.(PIAO, 2008) 
 
4.4 Hyper - v 
 
 
De acordo com Sobue (2008), o Hyper-v é um recurso atualmente disponível para o 
windows server 2008, e possui tudo o que é necessário para a virtualização de servidores. 
O Hyper-v consiste em uma partição pai, essencialmente uma máquina virtual com 
acesso direto aos recursos de hardware. Todas as demais máquinas virtuais conhecidas como 
convidadas passam pela partição pai para ter acesso a dispositivos. 
Um dos componentes inovadores do Hyper-v é a arquitetura de compartilhamento de 
dispositivos que oferece suporte a dispositivos emulados e sintéticos. Dispositivos sintéticos 
são dispositivos virtuais mapeados diretamente para dispositivos físicos, os sistemas 
operacionais interagem diretamente com eles, que talvez nem tenham equivalentes físicos 
O Hyper-v suporta máquinas virtuais de 32 e 64 bits, até 4 prcessadores virtuas e 31 
GB de memóia por máquina virtual. suporta como sistemas convidados os Windows 
servers(2000, 2003 e 2008) e o linux Suse Enterprise Server 10. 
 
5. INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO VMWARE SERVER NO 
WINDOWS 
Neste capítulo serão explicadas resumidamente a instalação e configuração do 
Vmware Server. 
5.1 Instalação do Vmware Server 
 
 
Os requisitos mínimos para a instalação do VMware Server são um processador de 
733MHz e 512MB de RAM, o sistema operacional pode ser tanto Windows, quanto Linux. 
Antes de mais nada é necessário fazer o download do VMWare e efetuar seu registro 
(é gratuito). Para isto entre no site www.vmware.com e prcure pelo Vmware Server. Após 
efetuar seu registro você receberá um e-mail de confirmação com um link para o download do 
arquivo e o número serial. 
O processo de instalação é o que se segue abaixo:
Virtualização de Servidores - 40 
 
Ilustração 11 : Início da instalação. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
Neste início de instalação, basta ir clicando em Next. 
Após aceitar os termos de licença, é só clicar em Next novamente na próxima tela que 
aparece. 
Após isso, o assistente ira começar a instalação, para isto, basta clicar em install: 
 
 
Ilustração 12: Instalação. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
 
Após isso, levará alguns minutos para a cópia dos arquivos, e ao final aparecerá a de 
registro: 
Virtualização de Servidores - 41 
 
Ilustração 13: Tela de registro. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
 
Nesta parte, você deverá possuir o Serial Number, que recebe por email quando efetua 
o cadastro. Basta preencher os dados corretamente e clicar em Enter. Aparecerá uma tela 
perguntado se deseja reiniciar o computador, clique em Yes. Após isso a instalação estará 
concluída. 
 
 
5.2 Configurando o Vmware Server 
 
 
Após instalarmos, vamos configurar o Vmware Server para que possamos trabalhar 
com as máquinas virtuais. 
Para abrir o Vmware, basta clicar no ícone Vmware Server Home Page ou digitar em 
seu navegador o endereço : “http://127.0.0.1:8308/ui/#”. Quando o seu navegador abrir 
(Internet Explorer ou Firefox) será apresentada uma mensagem de certificado, simplesmente 
ignore este aviso clicando em "Continuar neste site" no IE, ou “Adicionar Exceção” no 
Firefox. Após isso aparecerá uma tela de login, basta digitar o mesmo login e senha do 
Windows: 
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Ilustração 14: Tela de login. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
Após digitar login e senha corretos, abrirá o Vmware Infraestruture Web Access. A 
parti daí poderemos iniciar as configurações para instalar a máquina virtual. 
No lado direito da tela, em Commands, basta clicar em “Create virtual machine”. 
Aparecerá a tela de criação. Primeiramente Name and Location, basta clicar em next: 
 
 
Ilustração 15: Tela criação de Máquina Virtual. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
Após essa tela, aparecerá a tela de escolha do sistema operacional a ser instalado, 
basta escolher a opção de acordo com o sistema a ser instalado e clicar em next. A próxima 
tela é a de memória e processador. Nesta tela é para que se escolha a quantidade de memória 
para a máquina virtual, você pode deixar na quantidade recomendade, ou aumentar essa 
quantidade, de acordo com sua disponibilidade de memória, lembrando que infuenciará no 
desempenho da máquina virtual. Também nesta tela você deve informar o número de 
processadores e clicar em next. 
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A próxima tela que se segue é a de escolha de HD ou disco virtual, recomenda-se 
escolher a opção de “Create a new virtual disk”: 
 
 
Ilustração 16: Criação de disco virtual. 
Fonte: CAMPOS (2008) 
 
Escolhida essa opção, deverá ser informada a capacidade (em GB) do disco e clicar 
em next. A próxima tela é a de Network adapter, onde será escolhida a configuração de rede 
para a conexão entre as máquinas virtual e real, deve ser escolhida a opção “Add a Network 
adapter” e em seguida a opção “Bridged”, e clicar em next. 
Esta próxima tela é importante, pois é através do CD/DVD ou da imagem ISO de um 
CD/DVD de instalação que será instalado o sistema operacional da máquina virtual. Se for 
escolhida a opção “Use a Physical Drive”, na hora em que se iniciar a máquina virtual,o 
CD/DVD de instalação deve estar no drive físico para que se instale o sistema operacional. 
Porém se o usuário tiver uma imagem ISO de um CD/DVD de instalação, deve escolher a 
opção “Use an ISO image” e após clicar em next, informar o local do arquivo ISO. 
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Ilustração 17: CD/DVD drive. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
Após essa opção, as próximas telas são de disquete “Floppy Drive” e “USB 
Controller”, recomenda-se escolher a opção “Add a USB Controller” para que se possa 
conectar dispositivos à porta USB. Finalmente, será mostrada uma tela para que você 
verifique se tudo está correto. Se estiver, Marque a opção “Power on your new virtual 
machine now” e clique em Finish. 
 
 
Ilustração 18 : Tela de Finalização da Configuração. 
Fonte: CAMPOS (2008). 
 
Virtualização de Servidores - 45 
Este é o fim da configuração e após isso inicia-se a Criação da Máquina Virtual e 
depois disto a instalação do sistema operacional. 
 
 
 
 
Virtualização de Servidores - 46 
 
6. CONCLUSÃO 
A virtualização de servidores é um recurso de extrema importância para o 
alinhamento dos negócios , diminuição dos custos e melhor aproveitamento dos recursos 
computaconais. Futuramente, as empresas que não se adequarem neste novo modelo 
ficarão menos competitivas no mercado e com isso terão um grande prejuízo em 
relação a seus concorrentes. 
A virtualização é algo atual e inovador, e todas as tecnologias de hardware e 
software estão alinhadas a seu favor, como por exemplo, a inclusão de mais instruções nos 
novos processadores. Há também que se levar em consideração que a virtualização pode 
auxiliar muito na diminuição do uso dos recursos naturais, com a diminuição do consumo de 
energia e espaço físico, por exemplo. É a chamada Green Ti, conceito que é de extrema 
importância nos dias atuais. Pode-se notar também que a tecnologia possui poucas ou quase 
nenhuma desvantagem, e que esta amadurecendo a cada dia. Com todos esses benefícios, 
pode-se concluir que importância da virtualização e da consolidação de servidores é 
crucial para o prosseguimento dos negócios e para a área de tecnologia e sistemas de 
informação. 
 
Virtualização de Servidores - 47 
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Contato: cleitonleive@gmail.com

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