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Educação Financeira

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A LIBERDADE FINANCEIRA NA 
APOSENTADORIA
Programa Novos Caminhos - Preparação para Aposentadoria
Ministério Público Federal
Agosto/2017
1
Sumário
Tópico 1 – Meu sonho de aposentadoria................................................................................3
Tópico 2 – Noções básicas de educação financeira...............................................................6
Tópico 3 – Comportamento e consumo...............................................................................10
Tópico 4 – Investindo para a aposentadoria.........................................................................14
Dicas de livros:................................................................................................................19
Dicas de filmes:...............................................................................................................19
Bibliografia...........................................................................................................................20
2
Tópico 1 – Meu sonho de aposentadoria
Ao pensarmos no futuro, inevitavelmente refletimos sobre a aposentadoria,
sendo o nosso equilíbrio financeiro e as nossas decisões ao longo da vida
essenciais para a nossa qualidade de vida nessa fase.
Assim, observamos que se trata de todo um planejamento e conceito de
vida. 
Cabe a você perceber hoje como se vê na aposentadoria. Já pensou sobre
isso? Qual é a ideia que vem à sua cabeça?
Sem companhia, sem perspectiva, com dificuldades para se sustentar e
pagar suas próprias contas, cheio de dívidas, vivendo para tratar de doenças? Ou
ativo, com a família ao lado, viajando e podendo realizar outros sonhos, cuidando
da saúde e prevenindo doenças, e financeiramente equilibrado?
Como você se vê quando se aposentar? Daqui a 20, 10, 5 ou 1 ano?
O que você deseja para a sua aposentadoria?
Como você vem se preparando para esse momento?
Reflita sobre os dois cenários: o insatisfatório e o próspero.
Perceba como você se sente ao pensar em viver o cenário insatisfatório.
Imagine se sua vida for assim no futuro?
Agora se perceba vivendo na prosperidade, com harmonia em seu lar,
companhia para os seus dias, aproveitando os momentos com a sua família,
tendo propósito de vida, realizando seus sonhos, conhecendo outros lugares e
vivendo outras experiências, cuidando da sua saúde e promovendo uma
verdadeira qualidade de vida para você!
3
A verdade é que a expectativa de vida da população está aumentando
cada vez mais e, ao se aposentar, aquele servidor ativo, criativo, dedicado e
responsável, continua com todas essas características, ou seja, ele quer viver a
vida de forma intensa, não quer parar no tempo.
Como passamos toda uma vida construindo nossa rotina, relações,
atividades, amizades e objetivos de vida em torno do trabalho que exercemos, ao
deixarmos para trás essa fase da vida, precisamos estar prontos para o novo que
surgirá.
Precisaremos ocupar o tempo, antigamente dedicado ao trabalho, com
outras atividades que nos mantenham ativos e motivados. Então podemos contar
com as atividades físicas, saída com os amigos que cultivamos ao longo da vida,
viagens, momentos em família, cinema, caminhadas, atividades de grupos de
terceira idade, apoio a trabalhos sociais, exercitar os nossos talentos
(artesanatos, desenhos, músicas) e, quem sabe, montar o próprio negócio.
Entretanto, para que a aposentadoria saia conforme o desejado, o seu
planejamento prévio se faz necessário. Além disso, você precisa viver o hoje de
acordo com aquilo que você pretende construir para o seu futuro.
“Nossa, quando aposentar, vou entrar em uma academia e malhar todos os
dias”. Então você aposenta, entra na academia e descobre que você não poderá
malhar, pois, como não faz atividade física há 20 anos, você está com um
problema sério na sua coluna. Primeiro, precisará tratá-la!
Para ter uma qualidade de vida no futuro, você precisa cuidar da sua
qualidade de vida agora!
E isso inclui cuidar das suas finanças no momento presente para que
amanhã você não esteja afundado em dívidas, sem patrimônio, sem reservas
financeiras. Lembre-se ainda que, ao se aposentar, há redução no valor recebido
de proventos, em especial quando analisamos a atual conjuntura econômica e
observamos uma demanda por reformas, entre elas, a previdenciária. Nesse novo
contexto, devemos assumir de forma irrefutável a responsabilidade do nosso
futuro financeiro, pois a aposentadoria com pagamento de valor integral está cada
4
vez mais distante.
O tema reforma previdenciária ganha cada vez mais destaque nas
discussões políticas, econômicas e sociais. Não nos cabe, no contexto deste
curso, analisar a validade ou não da reforma proposta. Ao se tratar de
planejamento financeiro, precisamos sempre estar atentos aos mais diversos
movimentos do mercado e nos preparar para as novas situações, pois muitos
desses movimentos estão fora do nosso controle ou vontade.
A grande questão é que toda a mudança prevista com a reforma da
previdência impactará nossas vidas, não apenas no que tange ao aumento do
tempo de serviço que será ampliado, mas, em especial, nas possíveis reduções
de proventos para aposentadoria.
Assim, algumas perguntas surgem: estaremos financeiramente prontos
quando a aposentadoria chegar? É prudente continuar contando com a
previdência social? Devemos “apostar todas as nossas cartas” em apenas uma
única opção de recebimentos de proventos?
Sem entrar nas questões polêmicas em torno do assunto, podemos afirmar
que nós devemos assumir a responsabilidade pelo nosso bem-estar financeiro
presente e futuro. Não devemos o delegar unicamente ao poder de outras
pessoas e instituições, ainda que públicas.
Pesquisas mostram que a expectativa de vida da população aumenta a
cada ano, podendo chegar aos 80 anos em 2050, de acordo com a projeção
realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e
possivelmente faremos parte dessa população.
Assim, precisamos refletir hoje o quanto o nosso comportamento precisa
acompanhar os movimentos do mercado. Este é o momento! 
Momento em que estamos na ativa, com condições adequadas de saúde e
com renda que possa nos proporcionar uma estabilidade futura. Se for o caso,
também nos cabe pensar sobre outras opções de gerar renda agora. O que não
podemos é acreditar que o mundo de hoje será o mesmo de 20, 30 anos atrás e
que o futuro financeiro está garantido simplesmente por recebermos
pontualmente nossas remunerações. Se não houver planejamento, consumo
consciente e foco no futuro, dificilmente nos livraremos dos problemas financeiros
ao longo da vida e na aposentadoria.
5
Tópico 2 – Noções básicas de educação financeira
Entre os principais aspectos que interferem diretamente na qualidade de
vida durante a aposentadoria estão as finanças pessoais. É um cuidar do dinheiro
longo da vida, buscando o conhecimento sobre o tema, o envolvimento das
pessoas que influenciam suas decisões, a análise do seu próprio comportamento
diante do consumo e as escolhas financeiras corretas.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), a educação financeira é o processo mediante o qual as
pessoas e sociedades melhoram sua compreensão acerca dos conceitos e
produtos financeiros. Observamos ainda que com a educação financeira podemos
melhorar nossa relação com o dinheiro, através da avaliação das nossas
necessidades e desejos, percebendo como os efeitos de nossas escolhas afetam
a qualidade de vida no presente e futuro. 
Para realizarem escolhas bem embasadas, encontrar ajuda e saber adotar
outras ações que melhorem seu bem-estar, as pessoas precisam adquirir
informação,formação e orientação claras. Assim, com a educação financeira, elas
adquirem os valores e as competências necessárias para aproveitarem as
oportunidades e identificarem os riscos existentes em cada caso.
Estamos constantemente fazendo escolhas financeiras. Desde uma
simples opção alimentar, até uma decisão mais complexa em um momento de
crise. Precisamos escolher o que comer, o que vestir, onde morar, o que estudar,
com o que trabalhar... e todas essas decisões considerarão, de uma forma ou de
outra, os aspectos financeiros.
O número de produtos e serviços financeiros é crescente, bem como o
apelo ao consumo que vem sendo facilitado pelas várias tecnologias de
comercialização. O estilo de vida da sociedade, que coloca o consumo como fim e
não como meio, também impacta a forma como as pessoas geram suas finanças.
Dessa forma, precisamos perceber nossa responsabilidade diante das escolhas
que realizamos e com as ferramentas e conhecimentos da educação financeira,
poderemos:
• diminuir os riscos do endividamento;
6
• aumentar o entendimento sobre as alternativas de crédito;
• identificar o produto financeiro adequado à sua circunstância;
• auxiliar no sucesso de pequenos e médios empreendimentos;
• aumentar a segurança quanto às fraudes e aos abusos; e
• auxiliar no planejamento a longo prazo: realização de sonhos e
suporte à aposentadoria.
A educação financeira torna-se essencial diante dos desafios e estímulos
encontrados no mundo atual. Assim, realizar o planejamento financeiro, conhecer
nossas reais necessidades, cuidar do nosso dinheiro, aprender a implementar os
sonhos e nos preparar para o futuro precisam estar inseridos na nossa rotina e
ser tão comuns quanto as próprias escolhas financeiras. 
Desse modo, a preparação para aposentadoria deve se preocupar o
quanto antes com o planejamento dos recursos financeiros. Observe o esquema
desenhado na Figura 1.1:
Figura 1.1: Planejamento Financeiro para Aposentadoria
As receitas são tudo aquilo que você recebe, como o salário, alugueis
recebidos, rendimentos de uma aplicação financeira. 
Por sua vez, as despesas são os valores gastos dentro de determinado
período de tempo, como a gasolina, alimentação, aluguel pago, mensalidade
escolar, luz, condomínio, pagamento de empréstimos. Os gastos que não cobram
juros de você são chamados de compromissos financeiros, enquanto que aqueles
que acarretam cobrança de juros são as dívidas.
7
Por fim, os investimentos são os recursos aplicados que geram receitas e
juros para você, ou seja, você investe determinado valor e ganha em cima dele. É
o que chamamos de “fazer o dinheiro trabalhar para você”. 
Diante desses conceitos, observe que, para ter recursos para investir, as
receitas recebidas devem superar as despesas, e que quanto menos dívida
tiver melhor será, pois assim não se paga juros. Das receitas que serão
investidas, é essencial que parte dela seja disponibilizada exclusivamente para
um investimento que tenha por objetivo reunir recursos para a aposentadoria.
Os conhecimentos e o planejamento financeiros são fundamentais nesse
processo. Para tanto, devemos (i) transformar os sonhos em metas concretas e
com prazos previamente estabelecidos, (ii) envolver as pessoas que estão
diretamente relacionadas às decisões financeiras da família, (iii) definir os limites
de gastos de forma clara para todos os envolvidos e (iv) buscar constantemente
os conhecimentos financeiros necessários para o contínuo aprimoramento do
planejamento financeiro. 
Conscientes da importância desses quatro pontos, partimos para o
planejamento financeiro propriamente dito. 
Primeiramente, devemos fazer um levantamento da nossa atual situação
e identificar como está nossos gastos, como estamos utilizando nossos recursos,
quais são nossas atuais prioridades, qual é a nossa porcentagem de gasto para
cada item do orçamento (alimentação, moradia, educação, lazer, bem-estar),
quanto gastamos com supérfluos. Ou seja, precisamos conhecer cada detalhe e
motivação dos nossos gastos. 
Em seguida, faremos uma análise detalhada de possíveis dívidas que
tenhamos contraído. Observaremos os prazos, juros cobrados, motivos que nos
levaram à dívida. Então, definimos um plano para eliminar essa dívida. Receber
juros é sempre a opção financeira mais inteligente e deve ser sempre o nosso
foco do planejamento. Entretanto, caso seja realmente necessário assumir uma
dívida, deve-se tomar cuidado com a motivação por trás dessa escolha e evitar
que a situação saia do controle levando ao superendividamento.
Diante das despesas identificadas e da relação delas com a receita,
passamos para outro importante passo: analisa a necessidade de corte de
gastos. Precisamos gastar menos do que recebemos e investir essa diferença.
Para isso, devemos planejar nossas compras, adquirir apenas o necessário e
comprar sempre à vista. As três perguntas mágicas da Figura 1.2 podem nos
8
ajudar no processo decisório. Se respondermos não a pelo menos uma pergunta,
NÃO devemos finalizar a compra:
Figura 1.2: Perguntas mágicas na hora da compra
Dessa forma, conhecendo suas finanças, fazendo os cortes necessários,
eliminando as dívidas e planejando sua vida financeira, você passa a PAGAR-SE
PRIMEIRO. Assim, antes de assumir qualquer despesa, você prioriza o
compromisso com suas finanças: separa o valor correspondente para o
investimento adequado para a realização de sonhos e para a tranquilidade na
aposentadoria.
Decidir hoje quando e como você quer gastar seus recursos é o que
conhecemos como LIBERDADE FINANCEIRA. Sem amarras ou impedimentos.
Esse é o objetivo da educação financeira. Além de proporcionar o alcance dos
objetivos materiais, também contribui com o consumo consciente e sustentável,
com a manutenção da sua qualidade de vida e de seus familiares e com o
equilíbrio financeiro de outros indivíduos e sociedades. E para fazermos as
melhores escolhas financeiras, precisamos conhecer nossos comportamentos,
perceber o que está por trás das nossas motivações e o poder da influência do
mercado nas nossas decisões. 
Isso tudo faz da educação financeira um assunto para toda a vida!
9
“Primeiro fazemos nossos hábitos, 
depois nossos hábitos nos fazem”.
Jonh Dryden
Tópico 3 – Comportamento e consumo
É fácil constatar que a atual sociedade está voltada para o consumo.
Somos bombardeados a cada instante por propagandas, novos produtos e
serviços, e até afirmações que querem determinar o que precisamos. São
estímulos tão intensos que impactam nossas emoções, desejos e vaidades.
A influência dessa cultura consumista pode levar o indivíduo a viver sobre a
ditadura do ter, comprando cada vez mais na tentativa de alcançar o prazer,
chegando a ter comportamentos de consumo compulsivos e perdendo o controle
financeiro que podem levar até ao superendividamento.
O consumo excessivo ocasiona não somente o desequilíbrio pessoal,
como também desestabiliza toda a sociedade, já que os lixos tecnológicos –
como celulares, tablets, baterias – aumentam, e esgotam-se cada vez mais rápido
as fontes de matéria prima.
Dessa forma, para a conquista e manutenção do equilíbrio financeiro é
essencial compreender e gerenciar o próprio comportamento diante do consumo.
Não basta ter o conhecimento se o consumo não for responsável, se não
soubermos fazer escolhas inteligentes, se não respeitarmos nossos
planejamentos e não fizermos as concessões necessárias. 
É comum observarmos as pessoas colocando em prática seus
conhecimentos quanto ao planejamento financeiro, definindo metas e prazos,
conversando com as pessoas envolvidas, estabelecendo a quantia que deve ser
investida mês a mês, acompanhando seus gastos e, de repente,chega o fim do
mês e nada do que foi planejado é alcançado. Então o indivíduo se frustra e
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reforça suas crenças limitantes relacionadas ao dinheiro. 
“Ah! Dinheiro é só para quem já tem alguma herança!”
“Só se fica rico sendo desonesto.”
“Não nasci para viver na fartura.”
“O que eu ganho é muito pouco para ter uma boa qualidade de vida.”
E assim por diante...
Entretanto, ao observarmos o que está por trás das falhas no
planejamento, encontramos baixo autoconhecimento e resistência na mudança do
próprio comportamento frente ao consumo. 
Nesse processo de autoconhecimento, devemos primeiramente conhecer o
meio no qual estamos inseridos. Você já observou como a propaganda influencia
nossas escolhas de vida? Como o mercado busca nos colocar necessidades que
não existem? Vamos refletir sobre alguns exemplos:
• Famosas propagandas com o apelo “leve 3, pague 2”. Mas você
realmente precisa de 3 itens? Por que levar 3, se você só precisa de 1?
• Falsas promoções. Se você não sabe o que realmente precisa e/ou
não planeja a compra do produto, cai nessa armadilha. Você cede ao
apelo de uma “promoção” e compra o bem. Entretanto, na próxima
semana, percebe que ele está com o mesmo preço (às vezes até mais
barato). 
• Descontos. Você vai ao mercado comprar uma lista de produtos de
limpeza, mas passa na frente do setor de eletrônicos e vê um pendrive
em promoção. Você compra. Você se planejou para essa compra?
Você realmente precisava desse produto? 
• Papo de vendedor. Você se planejou para comprar um par de
sapatos. Juntou o dinheiro, vai pagar à vista. Entretanto, ao chegar na
loja, o (a) vendedor (a) te apresenta uma bolsa SENSACIONAL
(segundo ele/a). Você se encanta com a bolsa e também a compra,
sem planejamento, sem refletir se você realmente precisa de mais
uma.
• Obsolescência dos produtos tecnológicos. Você se planeja, junta
recursos e comprar um celular top de linha. Entretanto, três meses
depois, sai um novo modelo com novas funcionalidades. Você não
resiste, vende seu celular com três meses de uso e logo compra o
novo. 
11
São situações simples e bem comuns no nosso dia a dia. O que elas têm
de similaridade são a falta de planejamento e o apelo do mercado. Entretanto
cabe especial destaque ao processo decisório: você não decidiu de fato o que
precisava comprar. Agiu ansiosamente com base nas emoções do momento ou
do apelo.
Esses exemplos nos permitem perceber o quanto ficamos vulneráveis
quando não temos metas financeiras bem definidas e quando estamos envolvidos
na cultura do consumo. Mesmo com grandes conhecimentos financeiros, se não
tivermos o planejamento em dia e se não compreendermos o que nos motiva de
fato, cairemos em tentação. 
É importante observar que o equilíbrio financeiro depende não apenas de
controles numéricos, planilhas, lista de receitas e despesas, mas está
completamente relacionado ao comportamento apresentado diante da vida e do
consumo.
Assim, precisamos identificar quais são nossas prioridades, as reais
necessidades, o que de fato tem valor em nossas vidas, quais são nossas
crenças limitadoras e libertadoras.
O que significa o "precisar" para você? E o que significa “necessitar”? 
Quando necessitamos de algo, não podemos viver sem. É tudo aquilo que
faz sentido em nossas vidas, que nos preenche de amor e paz. Entretanto, muitas
vezes, confundimos esses dois verbos e demandas das quais “precisamos”
passam a ter um valor muito maior. 
Principais comportamentos e emoções que prejudicam o alcance do
equilíbrio financeiro:
• Incapacidade de tolerar frustrações e aceitar limites;
• Dificuldade em renunciar a um consumo imediato;
• Necessidade de satisfação a curto prazo;
• Dificuldade em seguir planejamentos, respeitar metas e prazos;
12
Qual o seu padrão de vida?
O vídeo a seguir apresenta importantes reflexões sobre como o nosso padrão 
de vida interfere diretamente no nosso equilíbrio financeiro. O que escolhemos 
cabe nos nossos bolsos?
https://www.youtube.com/watch?v=wMErDLBydAY
• Desejo de perseguir um estilo de vida acima de suas
possibilidades;
• Perceber-se como o salvador da família, dos amigos, dos
vizinhos;
• Insatisfação com a vida;
• Carência;
• Dificuldade para fazer suas próprias escolhas.
Conheça-se! Conscientize-se da sua real situação e promova a mudança
necessária para o alcance do seu bem-estar.
Sem a mudança, todo o conhecimento financeiro adquirido e esforço de
controle financeiro facilmente se perderão nos apelos do mercado, nas suas
decisões inconscientes e nos seus próprios comportamentos consumistas.
13
Tópico 4 – Investindo para a aposentadoria
Conhecendo os fundamentos do planejamento financeiro e considerando a
importância central do comportamento consciente frente ao consumo, o próximo
passo é fazer o dinheiro trabalhar e receber juros.
Inicialmente, devemos ter sempre em mente que: 
O impaciente PAGA juros
O paciente RECEBE juros
Quando você realiza o seu planejamento financeiro mensal e define o valor
a ser investido para a realização de sonhos e os valores que serão gastos no
mês, você também precisa definir uma quantia para investir no seu futuro. E
esse valor deve ser obrigatoriamente aplicado todos os meses.
Para a aposentadoria, os recursos podem ser investidos em uma aplicação
no Tesouro Direto ou em um fundo de renda fixa, por exemplo, e, assim, assume-
se o gerenciamento direto do seu dinheiro. É o mais indicado pelos educadores
financeiros, uma vez que seus ganhos são maximizados e você se apropria das
suas escolhas financeiras, podendo alterar o tipo de investimento de acordo com
as melhores opções do mercado. Observe que, por se tratar geralmente de
planos de longo prazo, é essencial que se escolha opções que levem em conta a
variação da inflação ao longo dos períodos.
Para se escolher a melhor opção de investimento, deve-se observar: 
• TIPOS de investimentos existentes;
• RISCOS envolvidos em cada situação;
• Valor da TAXA DE JUROS recebida;
• Tipos e valores das TAXAS que serão pagas pelo investimento;
• IMPOSTOS devidos em cada tipo de operação;
• LIQUIDEZ do investimento.
Com relação aos casos de ocorrência de imposto de renda, a incidência
14
PRINCIPAIS TIPOS DE INVESTIMENTO PARA MÉDIO / LONGO PRAZO
será sobre a rentabilidade e observará o período de aplicação, conforme tabela
regressiva abaixo:
Imposto de Renda
Período aplicado Alíquota
Até 6 meses 22,50%
De 6 meses a 1 ano 20,00%
De 1 ano a 2 anos 17,50%
Mais de 2 anos 15,00%
FUNDO DE INVESTIMENTO
Definição: É um tipo de aplicação financeira que reúne recursos de um grupo de
investidores (cotistas) com o objetivo investir os recursos no mercado financeiro e
de capitais. O prazo de resgate é definido dependendo do tipo de fundo.
Rentabilidade Impostos e taxas Riscos e garantia
- A rentabilidade do fundo
depende da rentabilidade
dos ativos financeiros
pertencentes a sua
carteira.
- Imposto de Renda: conforme tabela
regressiva.
- Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF): para resgates em
um período inferior a 30 dias.
- Principais custos envolvidos: taxa
de administração e taxa de
performance.
- Não há garantia do Fundo
Garantidor de Crédito.
- Riscos envolvidos: perda
do poder de compra e
volatilidade.
CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (CDB)
Definição: É um título negociável emitido pelos bancos para captação de
recursos financeiros no mercado. Pode ser pré-fixado, pós-fixado ou flutuante
(atrelada a um percentual da variação de um índice).
Rentabilidade Impostos e taxas Riscos e garantia
- A rentabilidade depende
dos juros pagos pela
instituição ao cliente pelo
empréstimo do dinheiro ao
fim do término do contrato.
- Imposto de Renda: conforme tabela
regressiva.
- Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF): para resgates em
um períodoinferior a 30 dias.
- Custos envolvidos: não apresenta.
- É garantido pelo Fundo
Garantidor de Crédito.
- Riscos envolvidos: perda
do poder de compra e risco
institucional, sendo este
minimizado pelo FGC.
RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (RDB)
Definição: Tal como o CBD, são emitidos pelos bancos para a captação de
recursos financeiros no mercado, entretanto, são recibos (e não títulos como o
CDB), e portanto, inegociáveis e intransferíveis. Pode ser pré-fixado, pós-fixado
15
ou flutuante (atrelada a um percentual da variação de um índice).
Rentabilidade Impostos e taxas Riscos e garantia
- A rentabilidade depende
dos juros pagos pela
instituição ao cliente pelo
empréstimo do dinheiro ao
fim do término do contrato.
- Imposto de Renda: conforme tabela
regressiva.
- Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF): para resgates em
um período inferior a 30 dias.
- Custos envolvidos: não apresenta.
- É garantido pelo Fundo
Garantidor de Crédito.
- Riscos envolvidos: perda
do poder de compra e risco
institucional, sendo este
minimizado pelo FGC.
TÍTULOS PÚBLICOS
Definição: São títulos de renda fixa que têm por objetivo captar recursos para
financiamento da dívida pública e atividades do governo, como saúde, educação
e infraestrutura. Podem ser prefixados ou pós-fixados.
Rentabilidade Impostos e taxas Riscos e garantia
- A rentabilidade depende
do tipo de título adquirido,
podendo ser prefixada ou
pós-fixada, sendo
influenciada pela taxa Selic
ou pela variação do IPCA. 
- Imposto de Renda: conforme tabela
regressiva.
- Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF): para resgates em
um período inferior a 30 dias.
- Custos envolvidos: baixas taxas de
administração e de custódia.
- Riscos envolvidos: perda
do poder de compra,
soberano e da volatilidade.
IMÓVEIS
Definição: Compra de imóveis buscando ganho na valorização do valor ao longo
do tempo ou no recebimento de aluguéis.
Rentabilidade Impostos e taxas Riscos e garantia
- A rentabilidade se dá
basicamente de duas
formas: com a distribuição
de rendimentos e com a
valorização da cota.
- Imposto de Renda: não há
incidência.
- Riscos envolvidos:
volatilidade, inadimplência
do pagamento do aluguel e
custos de manutenção.
AÇÕES
Definição: São cotas que representam uma pequena parte do capital social de
uma empresa.
Rentabilidade Impostos e taxas Riscos e garantia
- A rentabilidade é variável
e parte dela advém da
posse da ação e outra
parte é originada no
eventual ganho de capital
na venda da ação.
- Imposto de Renda: se pessoa física
e o total de vendas não ultrapassar
R$ 20 mil por mês.
- Custos envolvidos: taxa de
corretagem para cada operação
realizada (de compra e venda) e taxa
de custódia. Se investidor for pessoa
física, pagará, além da custódia, taxas
de negociação e liquidação (sobre o
valor da operação).
- Riscos envolvidos:
volatilidade (geralmente
muito alta no mercado de
ações) e risco do negócio
(uma vez que você investe
em ações, se torna “dono”
da empresa).
16
São muitas as opções e não se pode dizer que uma é melhor do que a
outra. Tudo dependerá do seu perfil de investidor e do prazo necessário para o
investimento. Todavia, uma coisa é certa: a diversificação, ou seja, escolher mais
de uma opção de investimento, é sempre uma ótima saída. 
Existem ainda os chamados Planos de Previdência Privada. Trata-se de
uma forma de acumular recursos que garantam uma renda mensal no futuro,
especialmente quando se deseja aposentar. O indivíduo faz contribuições para
um determinado plano que são aplicadas no mercado financeiro (geralmente em
renda fixa) e o saldo poderá ser resgatado ou sacado integralmente ou
mensalmente como uma aposentadoria, a depender do que constar no
regulamento do plano.
Principais tipos:
PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre: é um plano de previdência
complementar que, após um período de acumulação de recursos, proporciona ao
investidor uma renda mensal (que pode ser vitalícia ou por período determinado)
ou um pagamento único. O participante pode deduzir as contribuições (no limite
máximo de 12% da sua renda bruta anual) na declaração de imposto de renda
anual. Entretanto, no momento do resgate incide IR no valor total a ser resgatado
ou recebido sob forma de renda. 
VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre: é classificado como um seguro
de pessoa que, também após um período de acumulação de recursos,
proporciona ao investidor uma renda mensal (que pode ser vitalícia ou por
período determinado) ou um pagamento único. Não há possibilidade de dedução
no imposto de renda anual do participante, mas, no momento do resgate, incide
IR apenas sobre os rendimentos, sendo a característica tributária a principal
diferença entre o PGBL e VGBL.
Além dos tipos de previdência complementar citados, temos ainda aqueles
que se encaixam na categoria de entidades fechadas de previdência
complementar (EFPC). Neste caso, os patrocinadores que são pessoas jurídicas
17
de direito privado ou de direito público decidem oferecer um plano de previdência
para seus empregados ou servidores e custeiam o plano de benefícios sozinho ou
em concurso com os participantes. É o caso da Fundação de Previdência
Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário – Fundpresp-Jud.
Funpresp-Jud: Criado pela Lei nº 12.618/12, essa fundação pública de
direito privado tem por objetivo administrar e executar planos de benefícios de
caráter previdenciário para servidores públicos titulares de cargo efetivo e para os
membros do Poder Judiciário. Para servidores e membros que ingressaram após
14/10/2013, participantes patrocinados, o valor a ser contribuído dependerá do
cargo e do percentual de contribuição escolhido (6,5% a 8,5%), sendo aqueles
que ingressaram após 05/11/2015 com adesão automática. Para aqueles que
ingressaram antes de 14/10/2013 e optarem por aderir ao plano, participantes
vinculados, basta escolher o valor da remuneração de participação e o percentual
da contribuição vinculada (6,5% a 22%) incidente sobre a remuneração escolhida.
Informações adicionais: http://www.funprespjud.com.br/ 
O importante é observar que essa reserva futura proporcionará a sua
qualidade de vida na aposentadoria.
Na aposentadoria você deseja liberdade e disposição para vivê-la da
melhor forma. Ter que cuidar de problemas financeiros nada irá colaborar com a
sua qualidade de vida. 
Planeje sua vida, sua aposentadoria hoje! 
Não deixe para pensar na sua situação financeira em situações de crise ou
na sua aposentadoria apenas quando você já estiver vivenciando-a.
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Indicações de livros e filmes
Dicas de livros:
1) As armadilhas do consumo: acabe com o endividamento – M.Tolotti – Editora
Campus Elsevier
2) As personalidades do dinheiro: como lidar com o dinheiro de acordo com o
seu estilo pessoal – Gloria Maria Garcia Pereira – Editora Campus Elsevier
3) Casais inteligentes enriquecem juntos – Gustavo Cerbasi – Editora Gente
4) Decisões econômicas: você já parou para pensar? – V. R. M. Ferreira –
Editora Saraiva
5) Desejo de status – Alain Botton e tradução de Ryta Vinagre – Editora Rocco
6) Família, afeto e finanças: como colocar cada vez mais dinheiro e amor em
seu lar – Angélica Rodrigues Santiago e Rogério Olegário do Carmo – Editora
Gente
7) O dinheiro e o significado da vida – Jacob Needleman – Editora Cultrix
8) O Futuro é... Viajar, malhar, estudar, namorar e INVESTIR – Mara Luquet –
Editora Benvirá.
9) A crise dos 30 – Bruna Tokunaga Dias – Integrare Editora
10) Adeus, Aposentadoria – Gustavo Cerbasi – Editora Sextante
Dicas de filmes:
1) À procura da felicidade
2) Amor por contrato
3) Poder além da vida 
4) Você pode curar sua vida
5) A grande aposta
6) Os delírios de consumo de Becky Bloom
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Bibliografia
Sites consultados:
www.bcb.gov.br/?BCEDFINhttps://cidadaniafinanceira.bcb.gov.br/
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
www.bmfbovespa.com.br/
www.cvm.gov.br
www.estouendividado.com.br
http://fazaconta.com/index.htm
www.golfinho.com.br/artigospnl/artigodomes200409.asp
www.infomoney.com.br 
www.libratta.com.br
www.oecd.org
www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/regras-do-tesouro-direto 
www.vidaedinheiro.gov.br
Livros consultados:
TOLOTTI, M. As armadilhas do consumo: acabe com o endividamento. Rio
de Janeiro: Editora Campus Elsevier, 2007.
FERREIRA, V.R.M. Decisões econômicas: você já parou para pensar? São
Paulo: Editora Saraiva,2007.
SANTIAGO, Angelica Rodrigues; CARMO, Rogério Olegário do. Família, afeto e
finanças: como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu lar. São
Paulo: Editora Gente, 2012.
LUQUET, Mara. O Futuro é... Viajar, malhar, estudar, namorar e INVESTIR.
São Paulo: Editora Benvirá, 2016.
CERBASI, Gustavo. Adeus, Aposentadoria. Rio de Janeiro: Editora Sextante,
2014.
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