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Simulado de Português 
portuguescompestana.com.br 
 
 
1 
 
 
TEXTO 
 
O melhor amigo 
 
A mãe estava na sala, costurando. O 
menino abriu a porta da rua, meio 
ressabiado, arriscou um passo para dentro e 
mediu cautelosamente a distância. Como a 
mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma 
corridinha em direção de seu quarto. 
– Meu filho? – gritou ela. 
– O que é? – respondeu, com o ar 
mais natural que lhe foi possível. 
– Que é que você está carregando 
aí? 
Como podia ter visto alguma coisa, 
se nem levantara a cabeça? Sentindo-se 
perdido, tentou ainda ganhar tempo. 
– Eu? Nada… 
– Está, sim. Você entrou carregando 
uma coisa. 
Pronto: estava descoberto. Não 
adiantava negar – o jeito era procurar 
comovê-la. Veio caminhando desconsolado 
até a sala, mostrou à mãe o que estava 
carregando: 
– Olha aí, mamãe: é um filhote… 
Seus olhos súplices aguardavam a 
decisão. 
– Um filhote? Onde é que você 
arranjou isso? 
– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, 
mamãe? 
Sabia que não adiantava: ela já 
chamava o filhote de isso. Insistiu ainda: 
– Deve estar com fome, olha só a 
carinha que ele faz. 
– Trate de levar embora esse 
cachorro agora mesmo! 
– Ah, mamãe… – já compondo uma 
cara de choro. 
– Tem dez minutos para botar esse 
bicho na rua. Já disse que não quero 
animais aqui em casa. Tanta coisa para 
cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma 
amolação dessas. 
O menino tentou enxugar uma 
lágrima, não havia lágrima. Voltou para o 
quarto, emburrado: 
A gente também não tem nenhum 
direito nesta casa – pensava. Um dia ainda 
faço um estrago louco. Meu único amigo, 
enxotado desta maneira! 
– Que diabo também, nesta casa tudo 
é proibido! – gritou, lá do quarto, e ficou 
esperando a reação da mãe. 
– Dez minutos! – repetiu ela, com 
firmeza. 
– Todo mundo tem cachorro, só eu 
que não tenho. 
– Você não é todo mundo. 
– Também, de hoje em diante eu não 
estudo mais, não vou mais ao colégio, não 
faço mais nada. 
– Veremos – limitou-se a mãe, de 
novo distraída com a sua costura. 
– A senhora é ruim mesmo, não tem 
coração! 
– Sua alma, sua palma. 
Conhecia bem a mãe, sabia que não 
haveria apelo: tinha dez minutos para brincar 
com seu novo amigo, e depois… ao fim de 
dez minutos, a voz da mãe, inexorável: 
– Vamos, chega! Leva esse cachorro 
embora. 
– Ah, mamãe, deixa! – choramingou 
ainda: – Meu melhor amigo, não tenho mais 
ninguém nesta vida. 
– E eu? Que bobagem é essa, você 
não tem sua mãe? 
– Mãe e cachorro não é a mesma 
coisa. 
– Deixa de conversa: obedece sua 
mãe. 
Ele saiu, e seus olhos prometiam 
vingança. A mãe chegou a se preocupar: 
meninos nessa idade, uma injustiça 
praticada, e eles perdem a cabeça, um 
recalque, complexos, essa coisa. 
– Pronto, mamãe! 
E exibia-lhe uma nota de vinte e uma 
de dez: havia vendido seu melhor amigo por 
trinta dinheiros. 
– Eu devia ter pedido cinquenta, tenho 
certeza que ele dava – murmurou, pensativo. 
 
(Fernando Sabino)
 
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Simulado de Português 
portuguescompestana.com.br 
 
 
2 
 
 
Julgue com C (certo) ou E (errado) as afirmações sobre o texto acima. 
 
1- O que gera a quebra de expectativa no leitor da crônica é a atitude final do menino, a qual 
indica uma relação de intertextualidade por alusão. 
 
2- Pelo contexto, deduz-se que a expressão “Sua alma, sua palma”, usada pela mãe, significa 
que o menino se autoflagelaria se não obedecesse a ela. 
 
3- A construção frasal presente em “Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma 
corridinha em direção de seu quarto” apresenta um desvio gramatical de correlação verbal, 
que seria corrigido se assim fosse reescrita: Como a mãe não se voltava para vê-lo, deu uma 
corridinha... 
 
4- No início do diálogo, em “respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível”, o narrador 
usa o “lhe” com a mesma função sintática do segmento destacado em “tenho certeza que ele 
dava”. 
 
5- Em “Seus olhos súplices aguardavam a decisão”, o vocábulo destacado e os vocábulos 
“requerentes, pedintes, apetecíveis, longânimes” são intercambiáveis. 
 
6- Mantém-se a correção gramatical e o sentido original em “Todo mundo tem cachorro, só eu 
que não tenho” se a frase for assim reescrita: Todos têm cachorro, só que eu não. 
 
7- O trecho “Deixa de conversa: obedece sua mãe” apresenta uniformidade de tratamento e 
pontuação adequadas à norma-padrão; não obstante, a regência não está adequada. 
 
8- No contexto anterior ao segmento “Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de 
isso”, o uso inadequado de “isso” no lugar de “isto” pela mãe é um traço de oralidade, próprio 
do registro coloquial. 
 
9- O nexo existente entre as orações coordenadas em “O menino tentou enxugar uma lágrima, 
não havia lágrima” poderia ser explicitado por um dos conectivos seguintes: mas, porém, 
todavia, não obstante, só que. 
 
10- Houve um desvio de concordância verbal em “Mãe e cachorro não é a mesma coisa” uma 
vez que o sujeito é composto, de modo que o verbo deveria estar no plural: são. 
 
___________________________________________________________________________ 
 
GABARITO 
 
1- C 6- E 
2- E 7- C 
3- E 8- E 
4- C 9- C 
 5- E 10- E 
 
 
ATENÇÃO! 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES NAS PRÓXIMAS PÁGINAS 
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