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1 adaptações celulares ao estresse CAPACIDADE DA CÉLULA DE SE ADAPTAR ÀS CONDIÇÕES ADVERSAS DO SEU MEIO. As adaptações são alterações reversíveis em número, tamanho, fenótipo, atividade metabólica ou das funções celulares em resposta às alterações no seu ambiente. ➢ Adaptações fisiológicas: representam respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos. como exemplo o aumento da mama e do útero, induzido por hormônio, durante a gravidez. ➢ Adaptações patológicas: são respostas ao estresse que permitem às células modularem sua estrutura e função escapando, assim, da lesão. HIPERTROFIA A hipertrofia é um aumento do tamanho/ volume das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. Na hipertrofia, não existem células novas, apenas células maiores, contendo quantidade aumentada de proteínas estruturais e de organelas. A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal específica. ➢ fisiológica: aumento maciço do útero pelo estrogênio na gravidez. ➢ patológica: aumento cardíaco que ocorre com hipertensão ou doença de valva aórtica. HIPERPLASIA A hiperplasia ocorre se o tecido contém populações celulares capazes de se dividir; ocorre simultaneamente com a hipertrofia e sempre em resposta ao mesmo estímulo. A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. Em ambas as situações, a proliferação celular é estimulada por fatores de crescimento que são produzidas por vários tipos celulares: ➢ existe dois tipos de hiperplasia fisiológica: 1. hiperplasia hormonal, exemplificada pela proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez. 2. hiperplasia compensatória, na qual cresce tecido residual após a remoção ou perda da porção de um órgão. Por exemplo, quando o fígado é parcialmente removido, a atividade mitótica das células restantes inicia-se 12 horas depois, restaurando o fígado ao seu peso normal. ➢ hiperplasia patológica: a maioria é causada por estimulação excessiva hormonal ou por fatores do crescimento. Por exemplo, após um período menstrual normal, há aumento da proliferação do epitélio uterino, regulado pela estimulação dos hormônios hipofisários (estrogênio ovariano e progesterona). Figura 1. Hipertrofia fisiológica do útero durante a gravidez. Aparência macroscópica do útero normal (direita) e do útero grávido removido por hemorragia pós-parto (esquerda). 2 Entretanto, se o equilíbrio entre estrogênio e progesterona é alterado, ocorre hiperplasia do endométrio, causa comum de sangramento menstrual anormal. Vale lembrar que, em todas essas situações, o processo hiperplásico permanece controlado; se os sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia desaparece. É essa sensibilidade aos mecanismos de controle de regulação normal que diferencia as hiperplasias patológicas benignas das do câncer, no qual os mecanismos de controle do crescimento tornam-se desregulados ou ineficazes. Contudo, em muitos casos, a hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual o câncer pode surgir posteriormente. Por exemplo, pacientes com hiperplasia do endométrio têm risco aumentado de desenvolver câncer endometrial. ATROFIA A diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular, é conhecida como atrofia. Quando um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido ou órgão diminui em tamanho, tornando-se atrófico. Deve ser enfatizado que, embora as células atróficas tenham sua função diminuída, elas não estão mortas. As causas da atrofia incluem a diminuição da carga de trabalho (p. ex., a imobilização de um membro para permitir o reparo de uma fratura), a perda da inervação, a diminuição do suprimento sanguíneo, a nutrição inadequada, a perda da estimulação endócrina e o envelhecimento (atrofia senil). Os mecanismos da atrofia consistem em uma combinação de síntese proteica diminuída e degradação proteica aumentada nas células. METAPLASIA Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular adulto. Nesse tipo de adaptação celular, uma célula sensível a determinado estresse é substituída por outro tipo celular mais capaz de suportar o ambiente hostil. Acredita-se que a metaplasia surja por uma reprogramação de células-tronco que se diferenciam ao longo de outra via, em vez de uma alteração fenotípica de células já diferenciadas. ➢ Metaplasia epitelial: mudança escamosa que ocorre no epitélio respiratório em fumantes habituais de cigarros. ➢ As influências que induzem a transformação metaplásica, se persistirem, podem predispor à transformação maligna do epitélio. Figura 2. Cérebro normal de adulto jovem (A). Atrofia do cérebro em homem de 82 anos com doença cerebrovascular, resultante da redução do suprimento sanguíneo. 3 ➢ Deficiência da vitamina A pode induzir a metaplasia escamosa no epitélio respiratório.
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