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Universo, Sistema Terra e Tectônica de Placas A origem do planeta Terra está intrinsecamente ligada à formação do Sol e dos demais planetas do Sistema Solar e de todas as estrelas a partir de nuvens de gás e poeira interestelar (Cordani, U. G., 2000). Com o resfriamento do universo, ocorreu a transformação de energia em matéria, organizado em super aglomerados de galáxias, aglomerados e, cada galáxia, por exemplo Via Láctea, em estrelas, estas por sua vez, por planetas, satélites e objetos menores, como meteoros, cometas, poeiras, e matéria escura. Cada fenômeno cósmico é notado na Terra pelo efeito luminoso gerado durante a sua criação, ou seja, a luz percebida por uma supernova levou alguns bilhões de anos até chegar aos nossos olhos e equipamentos de medição. A NASA, National Aeronautics and Space Administration, desenvolveu um projeto de uma missão não tripulada denominada de James Webb Space Telescope, JWST, figura 1, com a finalidade de colocar no espaço um observatório para captar a radiação infravermelha. O telescópio deverá observar a formação das primeiras galáxias e estrelas, estudar a evolução das galáxias, ver a produção dos elementos pelas estrelas e ver os processos de formação das estrelas e dos planetas. O telescópio James Webb, contém lentes 10 vezes maiores do que seu antecessor e acrescimento de novos sensores. O cronograma de lançamento foi prorrogado diversas vezes pela NASA Figura 1 - Concepção Artística do telescópio JWST Para que possamos entender o planeta Terra, precisamos retroceder no tempo há 13,8 bilhões de anos, quando tudo começou. Segundo a teoria do Big Bang, ocorreu a criação de energia e espaço, em expansão e esfriamento continuo, a partir de um único ponto, segundo Karla Panchuk (2018), conforme apresentado na figura 2. Figura 2 - Criação do universo. A esquerda, linha do tempo e, à direita, projeção de Mollwiede da radiação cósmica de fundo. Conforme apresentado por Cordani em O Planeta Terra e suas origens, nos segundos iniciais ao acontecimento, a temperatura era alta demais para a matéria ser estável, ou seja, tudo era radiação. Sendo que, o espectro da radiação de micro-ondas de fundo que pegava o Universo em todas as direções do espaço, como remanescente da radiação emitida, é uma das maiores evidências para a teoria do Big Bang nos dias atuais, e ainda, implica que a radiação original partiu para todos os lados com a mesma temperatura. Entretanto, à medida que o universo de expandia, também esfriava. Eventualmente, as partículas que colidiram foram capazes de se juntar para formar átomos, em vez de serem despedaçadas novamente quando outras partículas se chocaram contra eles. Essas colisões produziram hidrogênio e hélio, os elementos mais comuns no universo. E, como surgiram os elementos químicos? De acordo com o site da Tabela Periódica, os elementos químicos são produtos de fusão e fissão nuclear, conhecidos como nucleossíntese. Os nucleossínteses podem ser realizados artificialmente pelo homem, por meio de reatores nucleares (de fissão ou fusão) ou em equipamentos destinados especificamente à nucleossíntese usando aceleração e colisão de partículas nucleares. O primeiro processo de nucleossíntese natural foi o Big Bang, com uma produção massiva de elementos (e seus isótopos) químicos, sendo eles hidrogênio e hélio. Tendo algum resquício de formação de lítio, berílio e boro. Elementos a partir do carbono podem ser formados em processos que ocorrem em estrelas. Alguns elementos podem ser formados em estrelas não muito maiores do que o Sol, enquanto que outros elementos com mais prótons e nêutrons precisam de condições mais drásticas, encontradas em estrelas mais massivas. Ademais, tem se ainda a explosão de estrelas, conhecida como supernovas, que possuem massas maiores do que 10 vezes o Sol. Com a possibilidade de dar vazão a vários processos nucleares de alta energia com a criação de diversos elementos presentes na tabela periódica, pode-se verificar os elementos químicos na figura 3. Figura 3 - Tabela Periódica De acordo com o Livro ABC de Física Nuclear disponibilizado pelo Instituto de Física da USP, um átomo é constituído de um núcleo extremamente pequeno, carregado positivamente, rodeado por uma nuvem de elétrons carregados negativamente. Embora tipicamente o núcleo seja menos de dez mil vezes menor que o átomo, o núcleo contém mais de 99.9% da massa do átomo! Os núcleos são constituídos de partículas carregadas positivamente chamadas prótons de outras eletricamente neutras, chamadas nêutrons. Essas partículas são mantidas agrupadas por uma força chamada força forte ou força nuclear. Esta força é muito maior que as forças familiares como a eletrostática que mantém os elétrons ligados aos núcleos, mas tem alcance limitado a pequenas distâncias, da ordem do tamanho do próton ou nêutron (cerca de 10-15 metros). O número de prótons no núcleo, Z é chamado número atômico. Este número determina o elemento químico do átomo. O número de nêutrons no núcleo é denominado N. O número de massa do núcleo, A, é igual a Z+N. Um dado elemento químico pode ter vários isótopos, que diferem uns dos outros pelo número de nêutrons contidos no núcleo. Num átomo neutro, o número de elétrons orbitando o núcleo é igual ao número de prótons no núcleo. Como a carga elétrica do próton e do elétron são +1 e -1 respectivamente (em unidades da carga do elétron), a carga total do átomo é zero. Presentemente são conhecidos 112 elementos, desde o mais leve, o hidrogênio até o recentemente descoberto e ainda sem nome, elemento 112. Todos os elementos mais pesados que o urânio foi produzido artificialmente pelo homem. Entre esses elementos, há cerca de 270 isótopos estáveis e mais de 2000 instáveis. Nosso Sol é uma estrela de média grandeza, ocupando a posição central na Sequência Principal no diagrama H – R, figura 4. Como tal, encontra-se formando He pela queima de H, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Possivelmente, permanecerá nesta fase por outros bilhões de anos, antes de evoluir para a fase de gigante vermelha, anã branca, e finalmente tornar-se uma anã negra. Segundo os modelos mais aceitos, como o de Safronov de 1972, a origem do Sistema Solar remonta a uma nebulosa de gás e poeira cósmica, com composição química correspondente à abundância solar dos elementos. A nebulosa tinha forma de um disco achatado, em lenta rotação. Nos primórdios da evolução, o Sol iniciava seus processos internos de fusão nuclear, a temperatura de toda a região mais interna permanecia elevada. Com o resfriamento gradativo, pela perda de energia por radiação, parte do gás incandescente condensou-se em partículas sólidas, iniciando o processo de acreção planetária, mediante colisões entre tais partículas, guiadas pela atração gravitacional (Cordani, U. G., 2007). Figura 4 - Diagrama H - R Formação da terra Como apresentado pela University of Saskatchewan, há cerca de 4.5 bilhões de anos atrás, a Terra primitiva era um lugar desagradável pois, havia temperatura excessivamente alta devido a decomposição de elementos radioativos dentro da Terra, bem como de processos associados à formação da Terra. Os processos de formação contribuíram com calor das seguintes maneiras: • O calor vinha da energia térmica já contida nos objetos que se agregaram para formar a Terra. • O calor veio das colisões. Quando os objetos atingiram a Terra, parte da energia de seu movimento foi para a deformação da Terra e parte dela foi transformada em calor. • À medida que a Terra se tornava maior, sua força gravitacional se tornava mais forte. Isso aumentou a capacidade da Terra de atrair objetos, mas também fez com que o material que forma a Terra fosse comprimido. A compressão faz com que os materiais aqueçam. O aquecimento teve uma consequência importante para a estruturada Terra. Conforme a Terra crescia, ela coletava uma mistura de grãos minerais de silicato rochoso, bem como ferro e níquel. Esses materiais foram espalhados por toda a Terra. Isso mudou quando a Terra começou a aquecer: ficou tão quente que os metais derreteram e escorreram através do material de silicato rochoso em direção ao centro da Terra, tornando-se o núcleo da Terra. O material de silicato se tornou a crosta e o manto da Terra. Em outras palavras, a Terra se desfez. A separação de minerais de silicato e metais em uma camada externa rochosa e um núcleo metálico, respectivamente, é chamada de diferenciação. A fricção do metal derretido movendo-se pela Terra fez com que ela esquentasse ainda mais. A alta temperatura da Terra no início de sua história também significa que os primeiros processos tectônicos foram acelerados em comparação com os dias de hoje, e a superfície da Terra era mais geologicamente ativa. Embora a Terra tivesse varrido uma quantidade substancial do material em sua órbita à medida que se acumulava, a inquietação dentro do sistema solar causada por mudanças nas órbitas de Saturno e Júpiter ainda estava enviando muitos objetos grandes em cursos de colisão cataclísmica com a Terra. A energia dessas colisões derreteu repetidamente e até vaporizou minerais na crosta, e expulsou gases da atmosfera terrestre. A evidência da pior colisão que a Terra experimentou não é nada sutil. Na verdade, você provavelmente já olhou diretamente para ele centenas de vezes, talvez sem perceber o que é. Essa colisão foi com um planeta chamado Theia, que tinha aproximadamente o tamanho de Marte. Não muito depois da formação da Terra, Theia atingiu a Terra (Figura 5). Quando Theia bateu na Terra, o núcleo de metal de Theia se fundiu com o núcleo da Terra, e os detritos das camadas externas de silicato foram lançados no espaço, formando um anel de escombros ao redor da Terra. O material dentro do anel se fundiu em um novo corpo em órbita ao redor da Terra, dando-nos a nossa lua. Surpreendentemente, os destroços podem ter se aglutinado em 10 anos ou menos! Esse cenário para a formação da lua é chamado de hipótese do impacto gigante. Figura 5 - Impressão artística de uma colisão entre planetas. Uma colisão semelhante entre a Terra e o planeta Theia pode ter nos dado nossa lua. Fonte: NASA / JPL-Caltech (2009) A composição química da terra, predominam quatro elementos, que representam 95% da massa da Terra: oxigênio (O), magnésio (Mg), silício (Si) e ferro (Fe) segundo Panchuk (2018). Ainda segundo a autora, os outros 5% são compostos por alumínio (Al), cálcio (Ca), níquel (Ni), hidrogênio (H) e enxofre (S)” e, em menor percentagem, os elementos estáveis da tabela periódica. Esta composição é característica dos planetas terrestres do sistema solar, a exemplo de Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, que têm um núcleo de metal rodeado por rocha. O planeta terra está em constante evolução. A sua crosta primordial, com nucleação a partir de 4,5 bilhões, envolveu processos com alto fluxo térmico. Ainda é controverso como pequenos núcleos da crosta interagiram, provável forma de protoplacas tectônicas. Este ambiente foi dominado por hidrogênio e gás hélio, gases vulcânicos com vapor de água e dióxido de carbono, amônia e metano. O advento do oxigênio com taxas significativas, ocorreu apenas por volta de 2 bilhões de anos atrás, permitindo que a atmosfera antes anóxica gerasse oxidação e o aparecimento de rochas vermelhas no globo terrestre (transformação de Fe2 em Fe3, através de processos intempéricos). Camadas da Terra: crosta, manto e núcleo Durante milhões de anos a Terra passou por processos de diferenciação e formação de camadas distintas, detectada através de ondas sísmicas, concentrando os elementos mais leves (menos densos) na superfície, como Silício e Alumínio e os mais pesados no núcleo (mais densos), como Ferro, ao passo que no manto predominam Magnésio e ainda ferro, pouco silício. A crosta é constituída basicamente por uma fina película (crosta continental e oceânica), menos densa, com 1,4% do volume da terra, pelo manto, com 82,5% do seu volume e, o núcleo, com 16,1% (Panchuk, 2018), conforme figura 6. Figura 6 - Interior da Terra. Direita crosta, manto e núcleo externo e interno à escala. Esquerda - Corte mostrando a crosta continental e oceânica e as camadas superiores do manto. A litosfera é a crosta mais a camada superior do manto. O manto é quase inteiramente de rocha sólida, mas está em constante movimento, fluindo muito lentamente. Sua composição é ultramáfica o que significa que tem ainda mais ferro e magnésio do que as rochas máficas e ainda menos sílica. Embora o manto tenha uma composição química semelhante, ele possui camadas com diferentes composições minerais e diferentes propriedades físicas. Ele pode ter diferentes composições minerais e ainda ser o mesmo na composição química, pois o aumento da pressão no manto faz com que as estruturas minerais sejam reconfiguradas. A litosfera não pode ser classificada nitidamente como crosta ou manto porque consiste em ambos. É formado a partir da crosta e também da camada superior do manto, que fica aderida à parte inferior da crosta. As placas tectônicas são fragmentos da litosfera. Abaixo da litosfera está a astenosfera. Pequenas quantidades de rocha derretida dispersas através da astenosfera sólida tornam a astenosfera fraca em comparação com a litosfera. A fraqueza da astenosfera é importante para as placas tectônicas porque se deforma à medida que fragmentos da litosfera se movem sobre ela e através dela. Sem uma astenosfera fraca, as placas estariam travadas no lugar, incapazes de se mover como fazem agora. A camada D” (dee double prime) é uma camada misteriosa que começa aproximadamente 200 km acima da fronteira entre o núcleo e o manto. (Este limite é conhecido como limite núcleo-manto) Sabemos que existe devido à forma como as ondas sísmicas mudam de velocidade à medida que se movem por ele, mas não está claro por que é diferente do resto do manto. Uma ideia é que os minerais estão passando por outra transição nessa região por causa das condições de pressão e temperatura, semelhante à transição entre o manto superior e inferior. Desde o século passado sabe-se que a Crosta somada ao manto superior, compõe a Litosfera, sólida, porém com comportamento flexural, formando as placas tectônicas (a crosta é rochosa, rígida e o manto é sólido, flui muito lentamente, segundo Panchuk, 2018). As placas litosféricas se deslocam sobre a Astenosfera, esta constituída por rochas derretidas, com comportamento plástico (Panchuk, op cit), permitindo que as placas se movimentem a velocidades entre aproximadamente 3 cm e 18 cm ao ano. O núcleo é composto principalmente de ferro, com menor quantidade de níquel. Elementos mais leves como enxofre, oxigênio ou silício também podem estar presentes. O núcleo está extremamente quente (~ 3500 ° a mais de 6000 ° C). Mas apesar do fato de que a fronteira entre o núcleo interno e externo é aproximadamente tão quente quanto a superfície do sol, apenas o núcleo externo é líquido. O núcleo interno é sólido porque a pressão naquela profundidade é tão alta que impede que o núcleo derreta. As placas tectônicas Sabe-se que Placas Tectônicas, figura 7, são conhecidas por serem uma porção limitada da litosfera por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. Segundo a teoria da tectônica de placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência ou “zonas de rifte”, e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se registra a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas. Figura 7 - Placas Tectônicas do globo terrestre Como as placas se movem? Se a propagação do fundo do mar impulsiona as placas, o que impulsiona a propagação do fundodo mar? Imagine duas células de convecção lado a lado no manto, semelhante à ilustração da figura 8. 1. O manto quente das duas células adjacentes sobe no eixo da crista, criando uma nova crosta oceânica. 2. O membro superior da célula de convecção se move horizontalmente para longe da crista da crista, assim como o novo fundo do mar. 3. Os ramos externos das células de convecção mergulham no manto mais profundo, arrastando também a crosta oceânica. Isso ocorre nas trincheiras do fundo do mar. 4. O material afunda até o núcleo e se move horizontalmente. 5. O material se aquece e atinge a zona onde sobe novamente. Figura 8 - A convecção do manto impulsiona as placas tectônicas. O material quente sobe nas dorsais meso-oceânicas e afunda nas trincheiras profundas, o que mantém as placas se movendo ao longo da superfície da Terra. As placas são detectadas em subducção são detectadas por um método geofísico “tomografia no manto”, Van der Meer et al. (2018) No início do século XX, o alemão Alfred Wagner deduziu que os continentes se movimentam, gerando a hipótese da deriva continental. Uma compilação dos terremotos e vulcões no período de 2001 e 2015 permite visualizar que eles se concentram ao longo do globo terrestre em determinadas faixas ou limites, o que coincide com o limite das placas tectônicas. Este fenômeno pode ser visto tempo real a partir do trabalho de sensores da ISS (Estação Espacial Internacional), onde é possível ver também a profundidade da ocorrência dos terremotos, intensidade, além de fenômenos climáticos. Observe a coincidência dos terremotos e vulcões com os limites das placas tectônicas ou em pontos isolados, também chamados hot spots ou ponto quentes. Em limites de placas convergentes, a profundidade dos focos aumentará, no sentido do deslocamento da placa que desce. A figura maior mostra o choque da Placa Sul Americana, a leste, com a Placa de Nazca, a oeste. Observe que, os sismos de foco raso, que possuem até 70 km de profundidade (círculos vermelhos), se concentram mais próximos à fossa oceânica. Se afastando da fossa, de leste para oeste, aparecem os sismos de foco intermediário, com profundidades entre 70 e 300 km (círculos verdes) e, em seguida, os sismos de foco profundo (círculos azuis), entre 300 e 800 km. A figura menor (inbox) mostra a distribuição desses sismos em perfil. Além das atividades sísmicas, o limite entre placas oceânica e continental, também possui intensa atividade magmática, originando batólitos graníticos e vulcanismo andesítico a riolítico, conforme figura 9. Figura 9 - Sismos em Limites Convergentes O mapa de atividade tectônica digital, figura 10, foi desenhado pela primeira vez em 1977, sob o título "Atividade tectônica e vulcânica global dos últimos um milhão de anos", como uma sobreposição ao mapa do mundo físico da National Geographic Society. Ele passou por muitas revisões até 1998. No entanto, novos bancos de dados e métodos cartográficos tornaram possível um mapa completamente novo, o resultado sendo o Mapa Digital de Atividade Tectônica (DTAM) em que diferentes versões retratam movimentos crustais, sismicidade, terremotos, e continental e oceânico crosta. O objetivo do mapa, como o do original, é apresentar uma compilação gráfica precisa, objetiva e realista da atividade tectônica e vulcânica global contemporânea, que pode servir como uma ferramenta de planejamento científico, educacional e de pesquisa. Figura 10 - Mapa Digital de Atividade Tectônica. Fonte: NASA Deriva Continental O conceito de deriva continental – movimentos de grande proporção sobre o globo – existe há muito tempo. A rigor, esta ideia nasceu com os primeiros mapas do Atlântico Sul a mostrar os contornos da América do Sul e da África. Já em 1620, Francis Bacon, apontava o perfeito encaixe entre estas duas costas como um quebra-cabeça e aventava, pela primeira vez, a hipótese da união destes continentes no passado. Ao final do século XIX, o geólogo austríaco Eduard Suess encaixou algumas das peças do quebra-cabeça e postulou que o conjunto dos continentes meridionais atuais formara, certa vez, um único continente gigante, chamado Terra de Gondwana (ou Gondwana). A teoria da Deriva Continental propriamente dita remonta ao início século XX, tendo surgido a partir das ideias do alemão Alfred Wegener em 1915, um acadêmico e explorador, que se dedicava a estudos meteorológicos, astrônomos, geofísicos e paleontológicos, entre outros. Wegener participou de numerosas expedições para a gélida Groenlândia, onde fez importantes observações meteorológicas e geofísicas. De acordo com suas observações, todos os continentes poderiam ter estado juntos, no passado, como um quebra-cabeça gigante, formando um único supercontinente, que ele denominou de Pangea (do latim pan, “todo” e gea, “terra”). Posteriormente a Pangea teria se fragmentado, dando origem aos continentes e oceanos que conhecemos hoje. Argumentos de Wegner para a Deriva dos Continentes: 1. Paleomagnetismo O Paleomagnetismo estuda o campo geomagnético registrado na magnetização das rochas. Os estudos realizados indicam que a Terra possui um campo magnético significativo, no mínimo, há 2.7 bilhões de anos. Em 1912, Alfred Wegener, após anos de estudo de indicadores paleoclimáticos, propôs que os continentes como são conhecidos hoje já estiveram reunidos em um único “supercontinente” durante o Paleozóico Posterior. Porém, Wegener não possuía um modelo satisfatório que comprovasse sua teoria. Apenas com o desenvolvimento dos estudos de paleomagnetismo, em meados dos anos 50, é que suas ideias foram retomadas e elaboradas as ferramentas necessárias para a sua comprovação. Estudos sobre as inversões de polaridade do campo geomagnético, também contribuem com evidências geofísicas a favor da teoria. As pesquisas com rochas oceânicas iniciaram-se após a segunda guerra mundial, com navios que transportavam magnetômetros a bordo, coletando dados ao longo das linhas de navegação. Observou-se então um fato curioso, a nordeste do Oceano Pacífico foi mapeado um padrão de anomalias magnéticas diferente de qualquer outro observado no continente. Esse padrão é formado por faixas de anomalias lineares, de polaridades alternadas e distribuídas simetricamente em relação à cadeia meso-oceânica, pelas suas características é conhecido como “padrão zebrado”. No início dos anos 60, Fred Vine e Drummond Matthews sugeriram que este padrão de anomalias eram consequências da expansão do assoalho oceânico e das reversões do campo geomagnético. No modelo proposto por eles, o material fundido do manto ascende pelas cadeias oceânicas através de correntes de convecção, esfriando rapidamente ao atingir o exterior. Os minerais ferromagnéticos cristalizados nesse magma adquirem magnetização induzida pelo campo geomagnético. A magnetização é permanentemente registrada nos minerais quando estes atingem uma temperatura específica, denominada temperatura de Curie. A nova rocha formada e já magnetizada constitui uma nova faixa do assoalho oceânico, afastando-se lentamente da dorsal, à medida que novo material ascende. Caso ocorra inversão na polaridade do campo enquanto a nova rocha se solidifica, então esta terá polaridade reversa a anterior, surgindo assim o “padrão zebrado” simétrico à cadeia. Figura 11 - Padrão “zebrado” do assoalho oceânico. 2. Argumentos morfológicos As costas de África e da América do Sul encaixam como um puzzle. Wegener apercebeu-se da complementaridade existente entre a costa ocidental de África com a costa oriental da América do Sul e, mais tarde, entre outros continentes separados atualmente. 3. Argumentos geológicos / Litológicos As rochas encontradas em continentes afastados (África do Sul e Argentina) são semelhantes em origem, idade e estrutura. Rochas encontradas na América do Sul e África, coma mesma idade, são semelhantes (por exemplo, formadas pelos mesmos minerais). Para que isto aconteça, tiveram de estar expostas aos mesmos fenómenos de formação habituais nas rochas. Pelo contrário, as rochas formadas atualmente nesses locais apresentam características diferentes. Existe ainda continuidade de formações rochosas entre as duas costas - como, por exemplo, cordilheiras montanhosas. 4. Argumentos paleoclimáticos Foram estudados depósitos característicos em locais onde não é suposto, como por exemplo, depósitos de glaciares em locais que hoje são climas tropicais. Os sedimentos glaciares só se formam em zonas de grandes altitudes e baixas temperaturas - pólos. No entanto, foram encontrados estes sedimentos em zonas como a África do Sul ou Índia, indicando que estes locais já se encontraram outrora próximos do Pólo Sul, e que, entretanto, afastaram-se - mantendo os registros rochosos. Sendo que Paleoclimatologia defini-se como a ciência que estuda os climas antigos da Terra. 5. Argumentos paleontológicos Foram encontrados fósseis idênticos em continentes hoje muito afastados. Fósseis de seres vivos de uma mesma espécie foram encontrados em locais que distam atualmente milhares de quilómetros, estando ainda separados por oceanos. Devido às suas características, assume-se que seria extremamente difícil que estes seres vivos tivessem percorrido estas distâncias ou atravessado os oceanos. Para além disso, cada espécie desenvolve-se num determinado habitat, o que implica que os locais afastados estiveram outrora em zonas mais próximas do planeta, pois teriam de ter o mesmo clima para possuir as mesmas espécies. Wegener achava que era a rotação da Terra e o movimento das marés provocado pela força de atracção exercida pela Lua e pelo Sol. As placas tectônicas maiores são a placa da América do Sul, América do Norte, Pacífico, Indico-australiana, euroasiática, africana. Mas o jogo de interação entre as placas exige placas menores, para permitir o ajuste entre elas, como Nazca, Coccos, Caribenha, Scotia, Juan de Fuca, Filipinas, a Indo-Australiana subdividida em Australiana e Indiana, Arábia e Antártica. Estudos modernos indicam que existem diversas placas ainda menores. As placas podem se deslocar com diferentes velocidades, entre 1,4cm e 15,1 cm/ano. Limite entre as placas É nos limites entre as placas que se encontra a mais intensa atividade geológica do planeta – vulcões ativos, falhas e abalos sísmicos frequentes, soerguimento de cadeias de montanhas e formação e destruição de placas e crosta. Há três tipos de limites distintos entre as placas litosféricas: • Limites transformantes ou conservativos; • Limites divergentes; • Limites convergentes. Figura 12 - Limite entre as placas A astenosfera, constituído de rochas com plasticidade, permite a movimentação lenta de seus constituintes, basicamente de rochas peridotiticas, parcialmente fundidas. Estas em contato com o núcleo externo (composição líquida), com altas temperaturas, advindas da decomposição radiométricos de minerais (Carneiro et al. 2005), irão formar pequenas núcleos com densidade menor, resultado da rotação da terra. Estas porções irão nuclear as correntes de convecção ou plumas mantélicas, poderosas forças ascendentes, que irão pressionar o base de placas, levando a sua ruptura.Estas forças irão empurrar porções das novas placas em sentidos opostos, gerando a movimentação das placas tectônicas (deriva continental). O contato das correntes de convecção com a base da litosfera gera um decréscimo da sua temperatura, tendem a ficar mais densos, e retornar para a interface manto inferior/núcleo externo, concluindo o ciclo destas correntes. As correntes de convecção quando interagem com as placas, geram o seu adelgaçamento e posterior ruptura, além de injeção de magma máfico (rocha basáltica), à medida que as placas continentais são empurradas em sentidos opostos, são acrescidas de novos pulsos de crosta oceânica basáltica. Ocorrem classicamente ao longo de cadeias meso- oceanicas (limites de placas construtivos). O magmatismo ocorre de cadeias meso-oceanicas ou rupturas continentais de placas (limites de placas construtivos). Formam basaltos nos vulcões e gabros em maior profundidade. Foi assim durante a criação o oceano Atlântico, hoje com uma cadeia meso- oceanica, emersa em um único ponto, na ilha da Islândia. Figura 13 -Separação Continental e Origem dos Oceanos A figura destaca as fases da separação continental e formação dos oceanos: (A) Uma pluma térmica vinda do manto provoca o afinamento e elevação da crosta. Em seguida, com a atuação da força de tração (setas brancas), ocorre o abatimento do terreno, a partir de sucessivas falhas normais, originando um rifte continental. (B) O rifte fica mais largo, aumentando a espessura dos depósitos sedimentares. As atividades vulcânicas começam a ocorrer e, nas áreas mais baixas do rifte, formam-se grandes lagos. Esta é a fase em que se encontra atualmente o Rifte Africano. (C) O mar invade o rifte alargado pela força de tração, até que as porções continentais estejam completamente separadas, começando a criar uma fina crosta oceânica. Esta é a fase atual do Mar Vermelho. (D) Ao final, um oceano estará entre os dois novos continentes e, no limite entre eles, se forma a cadeia meso-oceânica. Alguns basaltos podem ser perenes, quando o vulcanismo ocorre em porções continentais que não evoluem para uma separação de placas, nas proximidades de rifts ou pontos quentes. Esta foi a origem para vastos derrames de lavas basálticas (secundariamente dacítica e riolítica), no Estado do Paraná, na bacia sedimentar do Paraná. Exposições destas rochas cobrem aproximadamente 50% da área do estado do Paraná, com abrangência além do Brasil (oeste dos estados de S. Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Mato Grosso do Sul,) no Paraguai, Argentina e Uruguai. Limites de falhas transformantes Em limites onde as placas deslizam uma em relação à outra, a litosfera não é nem criada nem destruída. Esses limites são falhas transformantes: fraturas ao longo das quais ocorre um deslocamento relativo à medida que o deslizamento horizontal acontece entre blocos adjacentes. Os limites de falhas transformantes são tipicamente encontrados ao longo de dorsais mesoceânicas, onde o limite divergente tem sua continuidade quebrada, sendo deslocado num padrão semelhante a um escalonamento. A Falha de Santo André na Califórnia, onde a Placa Pacífica desliza em relação à Placa Norte-Americana, é um ótimo exemplo de uma falha transformante em continente, como mostrado na Figura 15. Pelo fato de as placas terem se deslocado umas em relação às outras durante milhões de anos, as rochas contíguas nos dois lados da falha são de tipos e idades diferentes. Figura 14 - Uma vista para o noroeste ao longo da Falha de Santo André na Planície de Carrizo, na Califórnia Central. Limites divergentes Os limites divergentes ocorrem nas cadeias meso-oceânicas onde tensões tradicionais afastam uma placa litosférica da outra, predominantemente por falhamento normal, com a intrusão de magma derivado da astenosfera entre elas, que se transforma em nova crosta oceânica ao consolidar-se. Existem dois tipos de limites divergentes, são eles: separação de placas nos continentes e separação de placas nos oceanos. Separação de placas nos continentes Esse limite divergente é caracterizado por vales em rifte, atividade vulcânica e terremotos distribuídos sobre uma zona mais larga que a dos centros de expansão oceânicos, pois a separação ocorre com uma placa continental e outra placa continental. É o caso do Mar Vermelho e o Golfo da Califórnia, riftes que se encontram num estágio mais avançado de expansão. Nesses casos, os continentes já se separaram o suficiente para que o novo assoalho oceânicopudesse ser formado ao longo do eixo de expansão e os vales em rifte fossem inundados pelo oceano. Algumas vezes, o fendimento continental pode tomar-se mais lento ou parar antes de haver a separação do continente e a abertura de uma nova bacia oceânica. Outro exemplo é o Golfo da Califórnia, um oceano em processo de abertura resultante do movimento da placa, marca um rifte que está sendo alargado entre a Baixa Califórnia e o México. Figura 15 - O Mar Vermelho divide-se para formar o Golfo de Suez, e o Golfo de Aqaba. A Península Arábica, ao separar-se da África, abriu esses grandes riftes, que agora foram inundados pelo mar; B – Golfo da Califórnia, no Oceano Pacifico. Separação de placas nos oceanos No fundo do mar, o limite entre as placas em separação é marcado por uma dorsal meso-oceânica que exibe vulcanismo ativo, terremotos e rifteamento causados por forças extensionais (estiramento) que estão puxando as duas placas à parte. Figura 16 - O rifteamento e a expansão do assoalho oceãnico na Dorsal Mesoatlântica criam uma cadeia de montanhas vulcanogênicas onde falhamento, terremotos e vulcanismo estão concentrados ao longo de um estreito centro de expansão mesoceânico. Outro exemplo é a ilha da Islândia que expõe um segmento da Dorsal Mesoatlântica. Dorsal Mesoatlântica é discernível no Oceano Ártico, ao norte da Islândia, e conecta-se a um sistema de dorsais mesoceânicas que quase circunda o globo e serpenteia através dos oceanos Índico e Pacífico, terminando ao longo da costa oeste da América do Norte. Esses centros de expansão originaram os milhões de quilômetros quadrados de crosta oceânica que são atualmente o assoalho de todos oceanos. Figura 17 - A Dorsal Mesoatlântica, um limite de placa divergente, aflora acima do nível do mar na Islândia. O vale em rifte com forma de fratura preenchido com rochas vulcânicas novas indica que as placas estão sendo afastadas. Limites convergentes ou destrutivos A partir de um dado momento na evolução da abertura dos oceanos, o sentido de movimento das correntes de convecção sofre inversão e as bacias são progressivamente fechadas. Numa interface entre a crosta oceânica a continental ocorre rompimento e a placa mais pesada e menos espessa é subductada. A evolução deste processo gera o soerguimento de rochas sedimentares (arenitos, argilitos, calcários) e sedimentos dispostos no fundo da bacia oceânica e formam uma cadeia de montanhas. Nela são inseridos corpos ígneos, produtos da fusão da placa subductada, que ascendem e concentram-se em câmaras magmáticas (plutonismos), ou chegam à superfície na formação de vulcões (vulcanismo), gerando rochas plutônicas como granitos e sienitos. E os produtos vulcânicos geram rochas como riólitos e andesitos. As pressões e temperaturas na ordem de kilobares e temperaturas acima de 350º C., geram metamorfismo das rochas sedimentos/sedimentos soerguidos, a exemplo de filitos, xistos, gnaisses, quartzitos e mármores, entre outras. Geralmente a placa de maior densidade mergulha sob a outra, entra em fusão parcial em profundidade e gera grande volume de magma e lava, como, por exemplo, na margem pacífica da América do Sul, entre as placas de Nazca e Sul-americana. Quando as placas de densidades semelhantes colidem, o processo é complexo, envolvendo intensas deformações compressivas e fenômenos associados, com dobramento, falhamento reverso, cavalgamento de lascas de uma placa sobre a outra e, com isso, acentuado espessamento crustal. Um exemplo desse processo é a formação dos Himalaia. Existem três tipos de limites convergentes, são eles: convergência oceano-oceano, convergência oceano-continente, convergência continente–continente. Figura 18 - Quadro geotectônico da América do Sul, a subducção da Placa de Nasca e formação da cadeia dos Andes à oeste, e a cadeia Meso-Atlantica situada na borda leste da placa Sulamericana. Convergência oceano-oceano Se as duas placas envolvidas são oceânicas, uma desce abaixo da outra em um processo conhecido como subducção. A litosfera oceânica da placa que está em subducção afunda na astenosfera e é por fim reciclada pelo sistema de convecção do manto. Esse encurvamento para baixo produz uma longa e estreita fossa de mar profundo. À medida que a placa litosférica fria desce, a pressão aumenta; a água aprisionada nas rochas da crosta oceânica subduzida é "espremida" e ascende à astenosfera acima da placa. Esse fluido causa fusão do manto, produzindo uma cadeia de vulcões, denominada arco de ilhas, no fundo oceânico atrás da fossa. Um exemplo dessa convergência oceano-oceano são os arcos de ilhas no Japão. Figura 19 - Subducção de uma placa oceânica com outra placa oceânica, formando uma fossa profunda e um arco de ilha vulcânico. Convergência oceano-continente Esse tipo de convergência ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental. A placa continental cavalga sobre a placa oceânica, já que é mais leve e subduz mais dificilmente que a crosta oceânica. A borda continental fica enrugada e é soerguida num cinturão de montanhas aproximadamente paralelo à fossa de mar profundo. As enormes forças de colisão e subducção produzem grandes terremotos ao longo da interface de subducção. Um exemplo é a costa oeste da América do Sul, onde a Placa Sul-Americana colide com a Placa de Nazca, de natureza oceânica, é uma zona de subducção desse tipo. Uma grande cadeia de altas montanhas, os Andes, eleva-se no lado continental do limite colidente e uma fossa de mar profundo situa-se próximo à costa. Os vulcões aqui são ativos e mortais. Um deles, o Nevado del Ruiz, na Colômbia, matou 25 mil pessoas por ocasião de uma erupção em 1985. Alguns dos maiores terremotos do mundo também foram registrados ao longo desse limite. Figura 20 - Subducção de uma placa oceânica em uma margem continental, formando um cinturão de montanhas vulcânico na margem deformada do continente em vez de um arco de ilha. Convergência continente-continente Convergência de placas que envolve dois continentes. Um exemplo é a colisão das placas Indiana e Eurasiana, ambas com continentes em sua borda frontal. A Placa Eurasiana cavalga a Placa Indiana, mas a Índia e a Ásia mantêm-se flutuantes, criando uma espessura dupla da crosta e formando a cordilheira de montanhas mais alta do mundo, o Himalaia, bem como o vasto e alto Planalto do Tibete. Nessa e em outras zonas de colisão continente-continente, ocorrem terremotos violentos na crosta que está sofrendo enrugamento. Já em arcos de ilhas e magmáticos (produto da subducção de placa oceânica x oceânica e oceânica x continental, respectivamente), o vulcanismo é ácido, com sílica na sua composição, tornando-o viscoso, e suas lavas podem ser ejetadas até 3km acima de superfície, gerando um espetáculo pirotécnico, geralmente letal ou com danos as populações locais. Exemplo clássico da literatura são as erupções dos vulcões Santa Helena na costa oeste dos EUA, vulcão Etna, situado na Sicília (Itália) e Vesúvio, que em 79 d.C destruiu as cidades romanas de Pompeia e Herculano, ambos nos Alpes. Limites transformantes ou conservativos https://pt.wikipedia.org/wiki/Sic%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga https://pt.wikipedia.org/wiki/Pompeia https://pt.wikipedia.org/wiki/Herculano O movimento lateral esquerdo ou direito entre duas placas ao longo de uma falha transformante pode produzir efeitos facilmente observáveis à superfície. Devido à fricção, as placas não podem pura e simplesmente deslizar uma pela outra. Em vez disso, a tensão acumula-se em ambas placas e quando atinge um nível tal, em qualquer um dos lados da falha, que excede a força de atrito entre as placas, a energia potencial acumulada é libertada sob a forma de movimento ao longo da falha. As quantidades maciças de energia libertadasneste processo são causa de terramotos, um fenómeno comum ao longo de limites transformantes. Um exemplo deste tipo de limite de placas é o complexo da falha de Santo André, localizado na costa oeste da América do Norte o qual faz parte de um complexo sistema de falhas desta região. Neste local, as placas do Pacífico e norte-americana movem-se relativamente uma à outra, com a placa do Pacífico a mover-se na direção noroeste relativamente à América do Norte. Dentro de aproximadamente 50 milhões de anos, a parte da Califórnia situada a oeste da falha será uma ilha, próxima do Alasca. Figura 21 - Falha de Santo André, na costa oeste dos EUA. Pontos quentes, ou hot spots, no interior de placas https://pt.wikipedia.org/wiki/Falha_transformante https://pt.wikipedia.org/wiki/Falha_transformante https://pt.wikipedia.org/wiki/Fric%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Tens%C3%A3o_de_cisalhamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_potencial https://pt.wikipedia.org/wiki/Terramoto https://pt.wikipedia.org/wiki/Falha_de_Santo_Andr%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Calif%C3%B3rnia https://pt.wikipedia.org/wiki/Alasca Figura 22 - Mecanismo de formação da Ilha do Havaí, através de ponto quente. Fonte Uchoa. Em geral, os vulcões ativos no mundo (terrestres ou marinhos) situam-se em limites convergentes (80%) e divergentes (15%) de placas tectônicas, porém há uma pequena fração deles que ocorre no interior destas, dando origem as famosas e belíssimas ilhas havaianas, que se situam no meio da Placa do Pacífico, por exemplo. É comum de se estranhar a formação dessas ilhas vulcânicas no meio de uma placa tectônica. As cadeias vulcânicas havaianas são essencialmente assísmicas, ou seja, elas não têm a presença de terremotos exceto ao centro vulcânico, porém quando ainda estava se definindo o padrão que as placas tectônicas de todo o globo operavam, cientistas observaram que estas cadeias tinham uma espécie de alinhamento. Além disso, a presença de uma certa “ordem” na idade das rochas do local, no sentido noroeste ao longo da cadeia vulcânica, fez com que após grandes estudos surgisse a explicação para tal acontecimento: Os chamados "hotspots", ou "pontos quentes". Esses alinhamentos observados são originados pelo movimento da placa tectônica sobre os pontos quentes que se encontram fixados em uma posição única. Os jatos estreitos e cilindros de magma (comumente chamados de plumas do manto) ascendem de locais profundos (provavelmente do limite núcleo-manto) e ao entrar em contato com a crosta terrestre resultam na formação do vulcão. Na imagem abaixo, estão descritas as três etapas principais para a constituição desse fenômeno. A) Anomalia térmica surge entre o núcleo externo e manto inferior, com magma ascendente; B) Hot spot se instala abaixo da crosta, no manto superior, onde ocorre um derramamento basáltico; C) Com o contínuo movimento da litosfera, o hot spot manifesta-se na crosta por meio de ilhas vulcânicas; Isso ocorre pois os Peridotitos oriundos de tal região da parte interna da Terra, trazidos pelas plumas do manto, ao entrarem em contato com regiões de baixas temperaturas e profundidades, começam a se fundir e ter uma contaminação com, no caso, a crosta oceânica com a retirada e introdução de alguns elementos químicos que dão origem ao magma basáltico, que por sua vez, ao entrar em contato com a litosfera pode ser extravasado para a superfície originando o vulcão. Este vulcão até então ativo, se torna inativo na medida em que a placa tectônica vai se movendo e deixando para trás a pluma. Contudo, como as placas tectônicas sempre estão em movimento, esse processo resulta em uma cadeia de vulcões extintos e antigos. Figura 23 - Evolução geocronológica das Ilhas Havaianas. Figura 24 - Seção transversal de uma porção da crosta terrestre em amarelo e do manto em vermelho Os Hotspots são encontrados em várias partes do mundo, tanto em regiões oceânicas como em regiões continentais. Alguns deles: 1. Mapa Batimétrico(profundidade) das Ilhas de Galápagos 2. Hotspot de Afar, mais conhecido como o "Triângulo de Afar". 3. Mapa do Arquipélago Havaiano. 4. Atividade vulcânica e rochas presentes na Islândia. 5. Mapa demonstrando as antigas posições do hotspot de Yellowstone, e suas idades em milhões de anos Contexto do Brasil nas placas tectônicas O Brasil ocupa uma posição privilegiada, no centro da Placa da América do Sul, fora do contexto de uma borda de placa ativa e, assim sujeito aos terremotos de maior intensidade. Mesmo assim os tremores que ocorrem na cadeia meso-atlantica são percebidos no nordeste brasileiro, transmitidos ao longo de descontinuidades da crosta chamados “falhas”. Exemplo ocorre frequentemente no município de João Câmara, RN. Sismos gerados na subducção dos Andes também são percebidos em território brasileiro, principalmente no Acre e regiões vizinhas, fenômeno estudado como neotectônica. Mas, em termo gerais, as atividades sísmicas em território brasileiro são advindas da acomodação de camadas de solos e rochas. Exemplo são massas de água em reservatórios de Hidroelétricas. Quadro geral do registro de sismo no país até dezembro de 2017, foi representado num mapa gerado por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. Ciclo de Wilson Ciclo de Wilson, é um modelo em que um continente se move, formando uma bacia oceânica no meio e depois inicia um processo de convergência que leva à colisão das duas placas e ao fechamento do oceano. Os estágios de abertura de uma bacia oceânica, sedimentação, inversão desta bacia com subducção/colisão entre continentes, com geração de montanhas e o seu aplainamento (atuação de processos intempéricos) constitui o Ciclo de Wilson, nome cunhado em homenagem ao geólogo canadense J. Tuzo Wilson (1966). O tempo estimado para o ciclo foi inicialmente de 300 Milhões de anos, quando o processo reinicia. Não sendo interrompido, estima-se que um Ciclo de Wilson leve cerca de 400 a 500 milhões de anos para ser concluído. https://pt.wikipedia.org/wiki/Continente https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_oce%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_oce%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Limite_convergente https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nica http://austhrutime.com/supercontinent_cycle.htm http://www.geotimes.org/july07/article.html?id=feature_wilson.html http://www.geotimes.org/july07/article.html?id=feature_wilson.html Figura 25 - Estágio do Ciclo de Wilson Os estágios do Ciclo de Wilson incluem uma fase de abertura (estágios 1 a 3) e outra de fechamento (estágios posteriores) de uma bacia oceânica, podendo ser sumarizados da seguinte forma: 1. Embrionário: inicia-se o desmembramento da crosta continental, até então estável, como no sistema de rifte do nordeste da África. 2. Juvenil: a abertura iniciada se conecta com oceano já existente, como no mar Vermelho. 3. Maduro: forma-se o oceano maduro, como no oceano Atlântico. 4. Em Declínio: inicia-se o encolhimento da bacia oceânica através de zonas de subducção, como no oceano Pacífico. 5. Terminal: a bacia se torna estreita e irregular, como no mar Mediterrâneo. 6. Em Sutura: os blocos continentais colidem e é construída uma cadeia de montanhas, como no Himalaia. 7. Em Peneplano: a cadeia de montanhas é erodida, como nas planícies do cráton Norte Americano. Os ciclos dos supercontinentes http://csmgeo.csm.jmu.edu/geollab/Fichter/Wilson/wilsonsimp.html Um supercontinente é uma massa de terra continental única constituída por toda ou pela maior parte da litosfera continental da época. Os ciclos dos supercontinentes constituem um processo sequencial e cíclico de montagens e derivas de supercontinentes ao longo da história geológica da Terra, tendo sidoo Pangea apenas o último deles. Cada um desses ciclos é uma sequência de episódios que incluem construção e junção de crostas continentais (montagem do supercontinente) e rifteamento das mesmas (deriva do supercontinente). Os atuais modelos de evolução da Terra incorporam a teoria dos sistemas integrados e vêm alterando radicalmente a representação da história tectônica do planeta. Eles concebem a Terra inicialmente sem ou com poucos blocos continentais que foram crescendo com o tempo e que apenas recentemente (em tempo geológico) alcançaram sua configuração atual. Nesses modelos, os movimentos continentais revelam complexidade, incluindo até mesmo movimentos rotacionais. O Ciclo de Wilson e os ciclos dos supercontinentes O ciclo completo de um supercontinente, desde o início de sua montagem até sua deriva máxima, é efetivado através da abertura e do fechamento de várias bacias oceânicas, ou seja, através de vários Ciclos de Wilson, que podem ser completos ou incompletos. Figura 26 - Ciclo de Wilson https://earthobservatory.sg/faq-on-earth-sciences/what-supercontinent https://research.bangor.ac.uk/portal/files/20286424/Green_et_al_Future_Tides_R2.pdf https://research.bangor.ac.uk/portal/files/20286424/Green_et_al_Future_Tides_R2.pdf https://www.ohio-forum.com/2014/03/supercontinents-earths-story-of-birth-and-destruction/ http://people.uncw.edu/lamaskint/GLY%20445-545%20FALL%202013/Whitmeyer_2008_Geosphere_Tectonic_cycles.PDF https://research.bangor.ac.uk/portal/files/20286424/Green_et_al_Future_Tides_R2.pdf https://www.researchgate.net/publication/323611663_Potential_role_of_lithospheric_mantle_composition_in_the_Wilson_cycle_a_North_Atlantic_perspective https://2.bp.blogspot.com/-LQCZV0YU9cA/W2n01ETuS-I/AAAAAAAACLA/NU3S4zfMhRwlhrByZCGqQ8fcybWX7YkeQCLcBGAs/s1600/ciclo_wilson_de_cima.png Seis momentos desde a deriva (talvez) máxima do supercontinente Panótia, o supercontinente anterior, há 500 Ma (milhões de anos) até os dias atuais, novamente com a deriva provavelmente máxima do Pangea (fonte) Os principais supercontinentes do passado A Terra teria começado a mudar no período Cryogeniano, com grandes glaciações. Áreas substanciais do Rodínia ficaram cobertas por geleiras em um período de resfriamento global conhecido como "Terra Bola de Neve" (Snowball Earth). Acredita-se que esse evento teria sido a causa de sua deriva, com a formação dos oceanos Pacífico e Iapetus. A https://www.youtube.com/watch?time_continue=10&v=ovT90wYrVk4 http://www.oldearth.org/curriculum/history/earth_history_c2_Lesson12.htm http://austhrutime.com/rodinia.htm http://austhrutime.com/rodinia.htm https://3.bp.blogspot.com/-goKnhp3UAV8/W3XbijxqEGI/AAAAAAAACOE/SK9Cm84abL8lkWC044k4dwzycVvk1W5vgCLcBGAs/s1600/ciclo_pangea.png fragmentação de Rodínia, com o aumento da atividade vulcânica, teria introduzido no ambiente marinho nutrientes biologicamente ativos provocando durante os períodos subsequentes significativa evolução da vida primitiva. Rodínia, portanto, teria existido antes que a vida colonizasse a Terra. Sem camada de ozônio para protegê-lo, o supercontinente estaria exposto a luz solar ultravioleta, o que impediria que qualquer organismo o habitasse. A partir de então a Terra passaria a ser aprontar para ser o lar de variadas formas de vida. O Pangea teria levado cerca de 50 milhões de anos para completar sua montagem com colisões que deixaram cicatrizes na forma das cadeias montanhosas conhecidas atualmente. Com o fechamento do oceano Iapetus, o Pantalassa teria sido o único oceano que rodeava Pangea. A heterogênea fragmentação da Pangea teria se iniciado com a abertura da parte central do oceano Atlântico e, no início de sua deriva, teriam se formado os continentes Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. A Eurásia moderna e a América do Norte se formariam a partir da Laurásia, enquanto África, América do Sul, Índia, Austrália e Antártida se formariam a partir de Gondwana. Em algum momento entre 140 e 120 milhões de anos, a América do Norte e a Europa teriam começado a se separar. Por volta de 150 milhões de anos, o mesmo teria acontecido com a África e a Antártida. Há cerca de 95 milhões seria a vez da Austrália se separar da Antártida, aproximadamente na mesma época em que a Índia também iniciaria sua separação da Antártida. Os indícios da montagem e da deriva dos seis principais supercontinentes mostram algumas coincidências desses eventos com eras glaciais e alguns eventos biológicos evolutivos. Parece haver uma conexão dos supercontinentes com o clima e a vida na Terra. Essa conexão poderia se dar, entre outras coisas, através das flutuações no nível do mar, da atividade tectônica e da sedimentação das plataformas. Estudar a evolução dos supercontinentes é um modo de entender a história da Terra, havendo indícios de que, a cada pulsação da Terra, a população de organismos vivos teria se renovado. Os supercontinentes se formam quando os continentes se juntam: um processo que acontece em ciclos que duram várias centenas de milhões de anos. Os atuais continentes do planeta Terra estão em rota de colisão para no futuro distante, cerca de 250 milhões de anos, formarem um novo supercontinente. Geocientistas postularam a existência de supercontinentes no passado e futuro geológico da Terra. Todos estes continentes foram e serão formados em ciclos de aproximadamente 500 milhões de anos. http://www.oldearth.org/curriculum/history/earth_history_c2_Lesson12.htm https://www.ranker.com/list/the-earth_s-known-supercontinents/analise.dubner http://www.oldearth.org/curriculum/history/earth_history_c2_Lesson12.htm https://www.notasgeo.com.br/2018/02/as-placas-tectonicas-e-vida-na-terra.html http://austhrutime.com/pangaea.htm http://austhrutime.com/rodinia.htm http://austhrutime.com/supercontinent_cycle.htm http://austhrutime.com/pangaea.htm http://the-dialogue.com/en/en33-earths-supercontinents/ http://austhrutime.com/pangaea.htm https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1674987112001570 http://www.as.wvu.edu/biology/bio463/Nance%20et%20al%201988%20Supercontinent%20Cycle.pdf A fragmentação e colagem de paleocontinente, conforme descrito no ciclo de Wilson, ocorre em porções isoladas da litosfera, mas geralmente está associado a processos globais de ciclos de supercontinentes, com a sua fragmentação e aglutinação. Foram reconstituídos pelo menos 7 supercontinentes ao longo do tempo geológico: Vaalbara, Ur, Kenorland, Colúmbia, Rodínea, Panótia, Pangéa e este nos paleocontinentes da Laurásia e Gondwana. Perceba o crescimento dos continentes ao longo do tempo geológico, a partir da extrusão de rochas vulcânicas em cadeias meso-oceânicas, depois sofrem subducção, fusão e são adicionadas aos continentes em zonas de acresção, na forma de cadeias de montanhas, além de sedimentos metamorfisados e corpos ígneos. Trabalhos de constituição de supercontinentes de Christopher Scotese tornaram-se clássicos na literatura, com foco nos últimos 500 milhões de anos da.O autor modela um novo supercontinente, chamado de Amásia, daqui a 200 a 250 milhões de anos. Os ciclos geológicos são comuns na natureza, a exemplo dos ciclos da água, ferro, carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo, das glaciações, super-marés, Milankovitch, lunar, solar, das estrelas, entre outros (Gonzalez, 2018). Figura 27 - Supercontinentes, períodos de geração de fragmentos de placas continentais (rifts), colagem de placas através de orogenias (acreções através de cadeias de montanhas), e períodos glaciais Reversão magnética e expansão do assoalho oceânico e tectonosfera A reversão do campo magnético da terra, com a troca dos polos magnéticos, vem sendo notícia em periódicos e sites especializados. O fenômeno ocorre ciclicamente, magnetizando as rochas. Sabe-se que a magnetização ocorre com a rotação do núcleo interno em relação ao externo, gera um campo eletromagnéticoem torno da terra. Este campo é denominado de magnetosfera, responsável por proteger a vida contra os raios cósmicos, principalmente solares. Tendo em vista que o campo magnético está enfraquecendo nos últimos anos, indicando uma possível extinção em tempos futuros, especula-se se o coronavirus poderia ser o resultado deste enfraquecimento. O certo é que este campo eletromagnético é fundamental para orientação das naves espaciais e nas telecomunicações, mas efetivamente ainda não se conhece os efeitos reais com o seu desaparecimento. Por ser constituído predominantemente de basalto, que é uma rocha rica em minerais ferro-magnesianos, o assoalho oceânico, ao se expandir, se magnetiza de acordo com o campo magnético existente na Terra. Os estudos do assoalho oceânico demonstram que, de tempos em tempos, há uma reversão das linhas do campo magnético do nosso planeta, que fica registrada em bandas magnéticas simétricas, a partir da cadeia meso- oceânica. A datação absoluta das bandas de reversão auxilia na definição da velocidade de expansão do assoalho oceânico. Bibliografa Básica ➢ Argumentos de Wegener para a Deriva dos Continentes. Alfred Wegener, 2009. Disponível em: <http://ealfredwegener.blogspot.com/2009/04/argumentos-de- wegener-para-deriva-dos.html>. 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