INTERNACIONAL PÚBLICO - ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

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ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
SOBRE A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU E SUA HISTÓRIA
A Assembleia Geral da ONU foi criada em 1945, através da Carta das Nações Unidas, de 1941. Sua primeira reunião ocorreu em 10 de janeiro de 1946, em Londres, na Inglaterra. O contexto social da época era bastante crítico, posto que havia se passado apenas alguns meses do fim da Segunda Guerra Mundial. Por isso, pretendia-se que a Assembleia viabilizasse o objetivo principal da Organização das Nações Unidas, qual seja “manter a paz como base de uma cooperação internacional”.
A Assembleia é considerada o cerne da democracia da ONU, pois todos os 193 países membros que a compõem têm o mesmo peso na tomada de decisões. Em suas reuniões os assuntos debatidos sempre têm grande relevância, pois afetam milhões de pessoas, uma vez que vinculam e afetam todos os países membros.
Por isso, a Assembleia Geral da ONU se firmou como o principal órgão deliberativo, político e representativo das Nações Unidas. Sua organização interna, bem como sua influência no âmbito internacional, possibilitam um debate aberto e democrático entre os representantes das nações, promovendo a reflexão e discussão, bem como traçando diretrizes para o enfrentamento de questões de grande pertinência.
AS FUNÇÕES MAIS RELEVANTES DA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
De acordo com a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral pode:
• Considerar e aprovar o orçamento das Nações Unidas e estabelecer as avaliações financeiras dos Estados Membros;
• Eleger os membros não permanentes do Conselho de Segurança e os membros de outros conselhos e órgãos das Nações Unidas e, por recomendação do Conselho de Segurança, nomear o Secretário-Geral;
• Considerar e fazer recomendações sobre os princípios gerais de cooperação para manter a paz e a segurança internacionais, incluindo o desarmamento;
• Discutir qualquer questão relacionada à paz e segurança internacional e, exceto quando uma disputa ou situação estiver sendo discutida pelo Conselho de Segurança, fazer recomendações a respeito;
• Discutir, com a mesma exceção, e fazer recomendações sobre quaisquer questões dentro do âmbito da Carta ou que afetem os poderes e funções de qualquer órgão das Nações Unidas;
• Iniciar estudos e fazer recomendações para promover a cooperação política internacional, o desenvolvimento e a codificação do direito internacional, a realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e a colaboração internacional nos campos econômico, social, humanitário, cultural, educacional e da saúde;
• Fazer recomendações para a solução pacífica de qualquer situação que possa prejudicar as relações amistosas entre os países;
A Assembleia também pode fazer recomendações aos Estados sobre os assuntos internacionais que estão dentro de sua competência. 
Além disso, ainda pode tomar medidas em casos de ameaça à paz, violação da paz ou ato de agressão, quando o Conselho de Segurança deixou de agir devido ao voto negativo de um membro permanente[footnoteRef:1]. [1: Em tais casos, de acordo com sua resolução “Unindo pela paz” de 3 de novembro de 1950, a Assembleia pode considerar o assunto imediatamente e recomendar aos seus membros medidas coletivas para manter ou restaurar a paz e segurança internacionais.
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FUNCIONAMENTO DA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
Cada um dos 193 Estados membros na Assembleia tem direito a um voto. As votações em questões importantes designadas - como recomendações sobre paz e segurança, a eleição dos membros do Conselho de Segurança e do Conselho Econômico e Social e questões orçamentárias - exigem uma maioria de dois terços dos Estados Membros, mas outras questões são decididas por maioria simples.
Ultimamente, nas reuniões da Assembleia, tem havido um esforço para que as decisões sejam tomadas de forma consensual, não apenas através de votação formal. Com isso, pretende-se fortalecer o apoio dos Estados às decisões da Assembleia aumentando, assim, sua efetividade.
As reuniões principais acontecem de setembro a dezembro de cada ano, num modelo de fórum de discussões multilaterais, em que todos os países membros podem falar e serem ouvidos. Caso haja necessidade, a Assembleia também convoca as chamadas sessões retomadas, que acontecem entre janeiro e setembro.
Este ano, será realizada a 75ª Assembleia Geral da ONU, que tratará do tema “O futuro que queremos, a ONU que precisamos: reafirmando nosso compromisso coletivo com o multilateralismo”, que acontecerá do dia 15 ao dia 30 de setembro de 2020.
De acordo com o regulamento interno, o Presidente, Vice-Presidentes e Presidentes dos Comitês Principais são eleitos pelo menos três meses antes do início da nova sessão, a fim de fortalecer ainda mais a coordenação e preparação do trabalho entre os Comitês Principais e entre as Comissões e o Plenário. Em 17 de junho, a Assembleia elegeu Volkan Bozkir, um diplomata da Turquia, como o Presidente para a 75ª sessão. 
Durante as sessões retomadas a Assembleia debate sobre questões atuais de importância crítica para a comunidade internacional. Estes debates são organizados pelo Presidente da Assembleia Geral, com consulta aos Estados Membros. Nesse período, a Assembléia também realiza consultas informais sobre diversos outros temas relevantes.
Além de suas sessões ordinárias, a Assembléia pode reunir-se em sessões especiais e especiais de emergência. Até o momento, a Assembleia convocou 31 sessões especiais sobre questões que exigem atenção particular. Alguns exemplos de pautas das sessões especiais e especiais de emergência foram: a questão da Palestina, o Apartheid, a questão do HIV/AIDS, dentre outros, sendo a trigésima primeira sobre o enfrentamento à pandemia do COVID-19, que começou em 10 de julho de 2020.
Também já existe uma 32ª sessão extraordinária agendada, cujo tema será Desafios e Medidas para Prevenir e Combater a Corrupção e Fortalecer a Cooperação Internacional, prevista para acontecer entre 26 a 28 de abril de 2021.
ATIVIDADES REALIZADAS PELA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU NOS ÚLTIMOS ANOS
A Assembleia iniciou ações - políticas, econômicas, humanitárias, sociais e jurídicas - que beneficiaram a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. A histórica Declaração do Milênio, adotada em 2000, e o Documento Final da Cúpula Mundial de 2005, refletem o compromisso dos Estados Membros de alcançar metas específicas para alcançar a paz, segurança e desarmamento, juntamente com o desenvolvimento e a erradicação da pobreza; para salvaguardar os direitos humanos e promover o Estado de Direito; para proteger nosso ambiente comum; para atender às necessidades especiais da África; e fortalecer as Nações Unidas. 
Em setembro de 2015, a Assembleia concordou com um conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, contidos no documento final da Cúpula das Nações Unidas para a adoção da agenda de desenvolvimento pós-2015 (resolução 70/1: “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável).