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Novidades Legislativas do ECA

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Novidades Legislativas e Considerações Preliminares do ECA
LEI 8.069-1990
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NOVIDADES LEGISLATIVAS E CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES DO ECA
Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei n. 8.069/90
APRESENTAÇÃO
Estrutura:
O ECA é formado por dois livros:
#Livro 01 Parte Geral:
A. Título I Disposições Preliminares;
B. Título II Direitos Fundamentais; e
C. Título III Formas de Prevenção.
#Livro 02 Parte Especial:
A. Título I Políticas de atendimento;
B. Título II Medidas de Proteção;
C. Título III Prática de Ato Infracional;
D. Título IV Medidas Pertinentes aos pais ou responsável;
E. Título V Conselho Tutelar; 
F. Título VI Acesso à Justiça; e
G. Título VII Crimes e Infrações Administrativas Praticadas contra a Criança e o Adolescente.
1. Lei n. 13.845/2019
Art. 53. Acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no 
mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação 
básica.
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Novidades Legislativas e Considerações Preliminares do ECA
LEI 8.069-1990
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2. Lei n. 13.824/2019
RECONDUÇÃO (“REELEIÇÃO”) DOS CONSELHEIROS TUTELARES
Antes da Lei n. 13.824/2019 Depois da Lei n. 13.824/2019 (atualmente)
Era permitida uma única recondução.
Acabou a limitação. O Conselheiro Tutelar 
pode ser reconduzido inúmeras vezes, desde 
que passe por novo processo de escolha.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região 
Administrativa do Distrito Federal haverá, no 
mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão 
integrante da administração pública local, 
composto de 5 (cinco) membros, escolhi-
dos pela população local para mandato de 4 
(quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, 
mediante novo processo de escolha.
Art. 132. Em cada Município e em cada 
Região Administrativa do Distrito Federal 
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tute-
lar como órgão integrante da administração 
pública local, composto de 5 (cinco) mem-
bros, escolhidos pela população local para 
mandato de 4 (quatro) anos, permitida recon-
dução por novos processos de escolha.
O Conselheiro Tutelar é eleito pela comunidade do local para exercer um mandato de 4 
anos, podendo agora, com a alteração na lei em 2019, ser reconduzido várias vezes.
3. Lei n. 13.812/2019
Desaparecimento de criança, adolescente ou outra pessoa com vulnerabilidade
A investigação do desaparecimento será realizada imediatamente após notificação aos 
órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária 
e companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes todos os dados 
necessários à identificação da pessoa desaparecida.
Além disso, o desaparecimento de criança ou adolescente deve ser também comunicado 
ao Conselho Tutelar.
Autorização para Viagem de Crianças e Adolescentes
Agora, o menor de 16 anos de idade não pode mais viajar livremente em território nacio-
nal, ele precisa seguir algumas regras. Quem transporta menores de 16 anos sem observar 
as formalidades legais pratica infração administrativa; se for para o exterior, é crime de acordo 
com o ECA.
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Novidades Legislativas e Considerações Preliminares do ECA
LEI 8.069-1990
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O Estatuto da Criança e do Adolescente impõe, em seus arts. 83 a 85, algumas restrições 
para que as crianças e adolescentes façam viagens desacompanhados dos pais. A Lei n. 
13.812/2019 promoveu importante alteração nessas regras. Vejamos:
ECA
Antes da Lei 13.812/2019 Depois da Lei n. 13.812/2019 (atualmente)
Adolescente podia fazer viagens nacionais 
mesmo que estivesse desacompanhado dos 
pais ou responsável, não sendo necessária 
autorização judicial. As restrições que exis-
tiam eram apenas para viagens de crianças 
(ou seja, menores de 12 anos).
Determinou que as mesmas restrições 
impostas para viagens nacionais de crianças 
também devem ser estendidas para adoles-
centes menores de 16 anos.
4. Lei n. 13.715/2018
A Lei n. 13.715/2018 também alterou o ECA com a mesma finalidade da mudança que foi 
feita no Código Penal. Vejamos:
ECA
Antes da Lei 13.715/2018 Depois da Lei 13.715/2018 (atualmente)
Art. 23. (...) (...) § 2º A condenação criminal 
do pai ou da mãe não implicará a destituição 
do poder familiar, exceto na hipótese de con-
denação por crime doloso, sujeito à pena de 
reclusão, contra o próprio filho ou filha.
Art. 23. (...) (...) § 2º A condenação criminal 
do pai ou da mãe não implicará a destituição 
do poder familiar, exceto na hipótese de con-
denação por crime doloso sujeito à pena de 
reclusão contra outrem igualmente titular do 
mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou 
outro descendente.
O fato de o pai ter sido condenado criminalmente não implicará a perda do poder familiar. 
Inclusive o ECA dispõe que a criança tem direito à convivência familiar, ou seja, a visitar o pai 
no presídio independente de autorização judicial. Com a alteração, pai ou mãe que praticou 
crime doloso contra o próprio filho ou filha, e esse crime tem a pena de reclusão, ele perde o 
poder familiar. Se praticar o crime contra o outro (pai ou mãe), também perde.
Essa parte tem caído bastante em provas de concursos públicos, pois alterou o ECA, o 
Código Civil e o Código Penal.
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5. Lei n. 13.509/2017
Antes da Lei 13.509/2017 Atualmente
Prazo máximo de permanência da criança e 
do adolescente em programa de acolhimento 
institucional: 2 anos, salvo comprovada 
necessidade que atenda ao seu superior inte-
resse, devidamente fundamentada
Prazo máximo de permanência da criança e 
do adolescente em programa de acolhimento 
institucional: 18 meses, salvo comprovada 
necessidade que atenda ao seu superior inte-
resse, devidamente fundamentada.
Acolhimento institucional é uma medida protetiva.
Programa de Apadrinhamento
Em que consiste
O ECA prevê que se a criança ou o adolescente estiver em situação de risco (art. 98), 
o juiz da infância e juventude poderá determinar medidas protetivas que estão elencadas 
no art. 101.
Destacam-se duas importantes e frequentes medidas de proteção:
• o acolhimento institucional (art. 101, VII); e
• o acolhimento familiar (inciso VIII).
O apadrinhamento consiste, portanto, em proporcionar (estimular) que a criança e o ado-
lescente que estejam em “abrigos” (acolhimento institucional) ou em acolhimento familiar 
possam formar vínculos afetivos com pessoas de fora da instituição ou da família acolhedora 
onde vivem e que se dispõem a ser “padrinhos”. Veja a redação do art. 19-B, caput e § 1º, 
inseridos pela Lei n. 13.509/2017 ao ECA.
Até uma pessoa jurídica pode apadrinhar uma criança. Ela se encontra no acolhimento 
institucional; faz-se então um estudo e o TJ, pela Vara da Infância e da Juventude, dá esse 
programa para a pessoa, que faz parte do programa, faz um cadastro e se torna madrinha ou 
padrinho de uma criança que está no acolhimento. Como requisito, porém, a pessoa não pode 
estar na fila de adoção.
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Qual é o prazo do estágio de convivência?
Antes da Lei 13.509/2017 Atualmente
O art. 46 do ECA previa que o prazo do está-
gio de convivência seria fixado pela autori-
dade judiciária, observadas as peculiaridades 
do caso concreto.
O art. 46 foi alterado para dizer que a autori-
dade judiciária continua tendo liberdade parafixar a duração do estágio de convivência, 
mas o prazo máximo tem que ser de 90 dias, 
observadas a idade da criança ou adoles-
cente e as peculiaridades do caso.
Art. 46 (...)
§ 2º-A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual perí-
odo, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária. Estágio de convivência em caso de 
adoção por pessoas que moram fora do Brasil.
Antes da Lei 13.509/2017 Atualmente
Art. 46 (...) § 3º Em caso de adoção por 
pessoa ou casal residente ou domiciliado fora 
do País, o estágio de convivência, cumprido 
no território nacional, será de, no mínimo, 30 
(trinta) dias.
Art. 46 (...) § 3º Em caso de adoção por 
pessoa ou casal residente ou domiciliado fora 
do País, o estágio de convivência será de, 
no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 
(quarenta e cinco) dias, prorrogável por até 
igual período, uma única vez, mediante deci-
são fundamentada da autoridade judiciária.
Possibilidade de citação por hora certa
Possibilidade de citação por edital
Isso é novo no ECA e dará celeridade aos processos de adoção.
Prazo nos Procedimentos do ECA
Como se sabe, o CPC/2015 trouxe como uma das suas inovações a contagem dos prazos 
em dias úteis (art. 219). Além disso, o Código previu expressamente prazo em dobro para a 
Fazenda Pública (art. 183) e para o MP (art. 180).
IMPORTANTE. Essas regras de contagem do prazo do CPC/2015 aplicam-se aos proce-
dimentos do ECA?
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NÃO. A Lei n. 13.509/2017 acrescentou um dispositivo ao ECA prevendo expressamente 
que os prazos são contados em dias corridos e que não há prazo em dobro para a Fazenda 
Pública e o MP.
A Lei n. 13.509/2017 reduziu este prazo do MP de 30 para 15 dias. Veja:
Antes da Lei 13.509/2017 Atualmente
Art. 101 (...) § 10. Recebido o relatório, o Minis-
tério Público terá o prazo de 30 (trinta) dias 
para o ingresso com a ação de destituição do 
poder familiar, salvo se entender necessária 
a realização de estudos complementares ou 
outras providências que entender indispensá-
veis ao ajuizamento da demanda.
Art. 101 (...) § 10. Recebido o relatório, o 
Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) 
dias para o ingresso com a ação de desti-
tuição do poder familiar, salvo se entender 
necessária a realização de estudos comple-
mentares ou de outras providências indispen-
sáveis ao ajuizamento da demanda.
Prazo máximo para duração da ação de adoção.
A Lei n. 13.509/2017 acrescentou mais um parágrafo ao art. 47 do ECA prevendo prazo 
máximo de duração da ação de adoção:
Art. 47. (...)
§ 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorro-
gável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
6. Lei n. 13.441/2017
Crimes para os quais poderá haver a infiltração de que trata o ECA
Segundo o novo art. 190-A do ECA, a infiltração de agentes de polícia na internet pode 
ocorrer para investigar os seguintes crimes:
1) Produzir, filmar, registrar etc. cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança 
ou adolescente (art. 240 do ECA);
2) Vender vídeo que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança 
ou adolescente (art. 241 do ECA);
3) Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir etc. fotografia ou vídeo que contenha cena de 
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente (art. 241-A do ECA);
4) Adquirir, possuir ou armazenar fotografia ou vídeo que contenha cena de sexo explícito 
ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente (art. 241-B do ECA);
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5) Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou porno-
gráfica por meio de adulteração de fotografia ou vídeo (art. 241-C do ECA);
6) Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, 
com o fim de com ela praticar ato libidinoso (art. 241-D do ECA);
7) Invadir dispositivo informático alheio (art. 154-A do CP);
8) Estupro de vulnerável (art. 217-A do CP);
9) Corrupção de menores (art. 218 do CP);
10) Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (art. 218- A do CP);
11) Favorecimento da prostituição de criança, adolescente ou vulnerável (art. 218-B do CP).
7. Lei n. 13.440/2017
Trata da prostituição infantil, da exploração sexual infantil.
Art. 244-A.
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na prática 
criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação 
(Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
�����������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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Novidades Legislativas e Considerações Preliminares do ECA
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NOVIDADES LEGISLATIVAS E CONSIDERAÇÕES 
PRELIMINARES DO ECA
O presente conteúdo é uma legislação extravagante, algo específico; ela trata do inimpu-
tável, o menor de 18 anos de idade, que tem tratamento diferenciado. As bancas examinado-
ras de concursos públicos costumam fazer paralelos do ECA com o Código Penal, a Lei de 
Drogas, o Estatuto do Desarmamento etc. Mas, como se trata de inimputável, há a legislação 
específica, como traz o próprio Código Penal.
Para fazer as provas, é necessário saber a lei, a jurisprudência e a súmula, é necessário 
ser técnico. O adolescente, por exemplo, diz-se que comete ato infracional, não crime; apesar 
de a lei colocar que ato infracional é conduta descrita como crime ou como contravenção 
penal. Na prova, usa-se que o adolescente cometeu ato infracional análogo ao homicídio, por 
exemplo, como o Ministério Público faz quando oferece representação (não denúncia).
Ponto 1 - Considerações Preliminares do ECA:
De acordo com o art. 2º:
• Criança: 0 - 12 anos incompletos.
A criança que comete ato infracional receberá medidas protetivas, abordadas mais adiante 
e que constam no art. 101, e será encaminhada ao Conselho Tutelar.
• Adolescente: entre 12 e 18 anos.
A lei não colocou “18 anos incompletos” pois usou o termo “entre”; ou seja, encaixa-se aí o 
indivíduo com até 17 anos, 11 meses e 29 dias de idade. O adolescente pode receber medida 
socioeducativa e medida protetiva também
• Jovem adulto: entre 18 e 21 anos.
O ECA se aplica excepcionalmente nesse caso, pois o indivíduo foi um adolescente que 
praticou um ato infracional com 17 anos de idade, por exemplo, mas foi localizado pela polí-
cia com 18 anos ou foi apreendido com 17 anos e está cumprindo medida socioeducativa de 
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internação. Por completar 18 anos, ele não tem que ser liberado; o que importa é a idade dele 
na data do fato, aplicando-se assim o ECA. Esse adotou, tal qual o Código Penal, a Teoria da 
Atividade e o critério biológico.
A Súmula n. 605 do STJ, muito importante e constantemente abordada em concursos 
recentes, determina que a maioridade penal adquirida posteriormentenão impede, não obsta 
a imposição de medida socioeducativa, que poderá ser aplicada até 21 anos de idade, inclu-
sive a liberdade assistida.
• Convenção Internacional: criança - menor de 18 anos de idade. Porém cada país tem 
suas próprias definições.
A Súmula n. 338 do STJ estipula que a prescrição penal (art. 109 do Código Penal) será 
aplicada na medida socioeducativa. Mas no Código Penal, a prescrição para menores de 21 
anos é pela metade. Tem-se então que o adolescente só poderá ficar internado por no máximo 
3 anos; e essa medida socioeducativa de internação prescreve em 4 anos.
Já a Súmula n. 711 do STF dispõe sobre o crime permanente ou continuado. Suponha 
que um adolescente com 17 anos e 11 meses de idade manteve uma vítima em cativeiro por 
2 meses. Quando a polícia chegou, ele estava em flagrante de crime, não mais de ato infra-
cional, pois aplica-se para ele a lei do momento, mesmo que mais gravosa, por se tratar de 
crime continuado.
Art. 2º ECA e a Súmula n. 605 STJ/ Súmula n. 338 STJ/Súmula n. 711 STF:
1. Teoria: da atividade;
Considera-se praticado ato infracional no momento da ação ou da omissão, ainda que 
outra seja o momento do resultado. Por exemplo, a pessoa com 17 anos, 11 meses e 20 dias 
de idade desferiu tiros na vítima, que faleceu 1 mês depois, quando o autor já havia comple-
tado 18 anos. O que importa é que, no momento da ação, ela tinha menos de 18 anos, inde-
pendente da morte resultante ter ocorrido depois.
2.Critério: biológico ou cronológico;
3. Tipicidade: delegada;
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Novidades Legislativas e Considerações Preliminares do ECA
LEI N. 8.069/1990
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Nos art. 228 ao 244 do ECA, constam os crimes praticados contra a criança e o adoles-
cente. Quando o adolescente pratica o ato infracional, o ECA não traz a tipificação de cada ato 
infracional. Quando o MP vai representar, ele pegará essa tipificação no Código Penal e em 
outras leis extravagantes, por isso a tipicidade delegada.
4. Interpretação: teleológica.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigên-
cias do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança 
e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
A interpretação não é gramatical, a letra da lei; é teleológica porque busca o fim da norma, 
no caso, o fim social, como a Lei Maria da Penha.
5. Ato Infracional: é a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
Conceito de crime: é fato típico, antijurídico e culpável.
ATENÇÃO
Se uma questão de prova perguntar se o adolescente comete ato típico e antijurídico, a 
resposta é afirmativa, devido ao conceito de ato infracional. Entretanto não é culpável, 
pois ele é inimputável e segue as regras constantes no ECA, sendo punido com medida 
socioeducativa.
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preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente
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CRIMES PRATICADOS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE
PARTE PENAL – CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS PRATICADOS 
CONTRA CRIANÇA/ADOLESCENTE
Jurisprudência:
O STF fixou a seguinte tese: 
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir 
material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B do ECA), quan-
do praticados por meio da rede mundial de computadores (internet). STF. Plenário. RE 628624/
MG, Rel. orig. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28 e 29/10/2015 
(repercussão geral) (Info 805).
O STJ, interpretando a decisão do STF, afirmou que, quando se fala em “praticados por 
meio da rede mundial de computadores (internet)”, o que o STF quer dizer é que a postagem 
de conteúdo pedófilo-pornográfico deve ter sido feita em um ambiente virtual propício 
ao livre acesso. Por outro lado, se a troca de material pedófilo ocorreu entre destinatários 
certos no Brasil, não há relação de internacionalidade; portanto, a competência é da Jus-
tiça Estadual.
Assim, o STJ afirmou que a definição da competência para julgar o delito do art. 241-A do 
ECA passa pela seguinte análise: se ficar constatada a internacionalidade da conduta: Justiça 
FEDERAL. Ex.: publicação do material feita em sites que possam ser acessados por qualquer 
sujeito, em qualquer parte do planeta, desde que esteja conectado à internet. Nos casos em 
que o crime é praticado por meio de troca de informações privadas, como nas conversas via 
WhatsApp ou por meio de chat na rede social Facebook: Justiça ESTADUAL.
Isso porque, tanto no aplicativo WhatsApp quanto nos diálogos (chat) estabelecidos na 
rede social Facebook, a comunicação se dá entre destinatários escolhidos pelo emissor 
da mensagem. Trata-se de troca de informação privada que não está acessível a qualquer 
pessoa. Desse modo, como em tais situações o conteúdo pornográfico não foi disponibilizado 
em um ambiente de livre acesso, não se faz presente a competência da Justiça Federal. STJ. 
3ª Seção. CC 150.564-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 26/04/2017 
(Info 603 STF)
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente
LEI N. 8.069/1990
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CRIMES
a. Do art. 228 a 244-B do ECA.
b. Procedimento: denúncia oferecida pelo Ministério Público.
c. Ação penal: pública incondicionada (só se procede mediante denúncia.
d. Aplicação de normas: ECA, Código Penal (parte geral) e Código de Processo Penal.
e. Prescrição: art. 109, Código Penal.
f. Pena: reclusão, detenção e multa.
Art. 244-A: pena de reclusão, multa e perda de bens e de valores (utilizados na prática do 
crime de prostituição infantil).
g. Competência: Justiça Comum Estadual ou Justiça Comum Federal (ex.: art. 239, ECA).
Obs.: � Os crimes do ECA são punidos, regra geral, a título de dolo. Entretanto, os arts. 
228 e 229 trazem crimes que podem ser punidos a título de dolo ou culpa.
ATENÇÃO
Regra geral, os crimes previstos no ECA são de menor potencial ofensivo, ou seja, são 
crimes em que a pena máxima cominada não ultrapassa os dois anos. Assim, recomenda-
se uma leitura atenta da lei (do art. 228 ao 244-B) e, se possível, uma segunda leitura com 
foco na pena de cada crime, marcando aqueles que são de menor potencial ofensivo.
Além dos crimes, o Estatuto da Criança e do Adolescente também traz a previsão de 
algumas infrações administrativas. É importante destacar que a pena dessas infrações será 
sempre a aplicação de multa.
É importante conhecer essas infrações administrativas, pois, em prova, a banca pode 
tentar misturá-las aos crimes para tentar confundir o candidato.
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente
LEI N. 8.069/1990
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INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
a. Do art. 245 ao 258-C. 
b. Procedimento: representação, que pode ser oferecida pelo Ministério Público ou pelo 
Conselho Tutelar.
Além da representação, o procedimento pode ser feito por meio de um auto de infração 
lavrado por um servidor efetivo ou credenciado.
c. Não há ação penal, mas ocorre um processo administrativo em que deve ser garantido o 
contraditório e a ampla defesa.
d. Aplicação de normas: ECA e normasdo Direito Administrativo.
e. Prescrição: em cinco anos (ponto recorrente em prova)
f. Pena: multa.
g. Competência: unicamente Justiça Comum Estadual.
CRIMES PREVISTOS NO ECA
Bloco-01 (do Art. 240 ao 241-E)
Principalmente em concursos para carreiras policiais, recomenda-se uma atenção espe-
cial no estudo dos crimes que envolvem atos de pedofilia previstos no ECA. Isso porque a 
Polícia Civil tem feito várias operações de combate a esses crimes, tais como a operação “Luz 
na Infância”, promovida pela Polícia Civil do Distrito Federal. Assim, esse assunto pode ser 
cobrado em provas.
1. Utilização de menor em cena pornográfica
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo 
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei n. 11.829, 
de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008)
O artigo acima traz seis verbos tipificados.
O sujeito ativo desse crime pode ser qualquer pessoa; logo, é classificado como um crime 
comum. Já o sujeito passivo pode ser a criança ou o adolescente.
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente
LEI N. 8.069/1990
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Para a prática do crime do art. 240 do ECA, não é necessário o contato físico do criminoso 
com a criança.
Classificação do crime do art. 240, ECA:
• Crime comum.
• Crime formal (independe de resultado).
• Crime doloso.
• Admite a tentativa.
• Tipo penal misto alternativo (se o indivíduo comete dois ou mais verbos tipificados, res-
ponde por um só crime).
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preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
CRIMES PRATICADOS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE II
BLOCO-01 (DO ARTIGO 240 AO 241-E)
1. Utilização de Menor em Cena Pornográfica
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo ex-
plícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008)
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo inter-
medeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda 
quem com esses contracena. (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008) [conduta equiparada]
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: I – no exercício de cargo 
ou função pública ou a pretexto de exercê-la; (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008)
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou (Redação dada 
pela Lei n. 11.829, de 2008)
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por 
adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, te-
nha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
É importante ter atenção redobrada quando a lei trouxer causas de aumento de pena, pois 
trata-se de um tema bastante explorado em prova. Além disso, o inciso III do § 2º do art. 240 
traz uma importante informação no que diz respeito a quem pode praticar esse crime. O rol 
trazido por esse dispositivo também é bastante importante para fins de prova.
2. Comércio de material pedófilo
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explí-
cito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008) 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei n. 11.829, de 2008)
No crime do art. 241 do ECA, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, pois trata-se de um 
crime comum. Já o sujeito passivo será a criança ou o adolescente.
Classificação desse crime:
• Comum.
• Doloso.
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
• Formal (independe de resultado).
• No verbo “vender”: crime instantâneo.
• No verbo “expor à venda”: crime permanente.
• Tipo penal misto alternativo (quem vende e expõe à venda comete um só crime).
3. Difusão da Pedofilia
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer 
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro 
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído 
pela Lei n. 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
O sujeito ativo do art. 241-A pode ser qualquer pessoa (crime comum). O sujeito passivo é a criança 
ou o adolescente.
Classificação do crime:
• Comum.
• Doloso.
• Tipo penal misto alternativo.
• O § 1º traz uma conduta equiparada.
Art. 241-A. [...] § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que 
trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou ima-
gens de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
§ 2º As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1º deste artigo são puníveis quando o 
responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o 
acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
Nesse sentido, se o proprietário de um site que está exibindo as imagens de crianças e 
adolescentes receber uma notificação oficial para desabilitar o conteúdo ilícito e assim o fizer, 
a sua conduta se torna atípica, ou seja, não responderá por crime algum.
Entretanto, caso o proprietário do site, após a notificação, não desabilitar o conteúdo ilí-
cito, ele poderá responder e, inclusive, poderá responder em flagrante, pois se trata de um 
crime permanente. 
Assim, é possível dizer que o § 2º do art. 241-A trouxe uma condição objetiva da punibilidade.
4. Posse de Material Pornográfico
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de 
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
(Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
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Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
Apenas o fato de ter a posse do material pornográfico envolvendo criança ou adolescente 
é conduta tipificada como crime. Entretanto, o Legislativo entendeu que essa posse, desde 
que em pequena quantidade, é causa de diminuição da pena do agente. Isso conforme dispõe 
o § 1º do próprio art. 241-B. Como a lei não cita o que é essa pequena quantidade, quem irá 
decidir isso é o juiz, utilizando os preceitos de razoabilidade e proporcionalidade.
§ 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o materiala que se 
refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
§ 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades 
competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quan-
do a comunicação for feita por: (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o 
recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágra-
fo; (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Mapa Mental – Atos de Pedofilia
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil
LEI N. 8.069/1990
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CRIMES RELACIONADOS À PORNOGRAFIA INFANTIL
CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Bloco-01 (do Artigo 240 ao 241-E)
Os crimes deste bloco são classificados como tipo penal misto alternativo, ou seja, se uma 
pessoa pratica mais de um verbo previsto no tipo penal, ela não irá responder por cada uma 
dessas condutas, mas por apenas um crime.
Entretanto, em uma prova de concurso público recente, foi cobrado o seguinte entendi-
mento: uma pessoa recebe um vídeo contendo cena de sexo envolvendo criança ou adoles-
cente. Por ter a posse desse vídeo, a pessoa já responde por um crime. Ocorre que, tempos 
depois, essa mesma pessoa resolve divulgar o vídeo que havia recebido. Por essa nova ati-
tude, a pessoa responderá por outro crime.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de 
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
(Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Classificação do crime do art. 241-B:
• Crime comum.
• Doloso.
• Instantâneo (no verbo adquirir) e permanente (nos verbos possuir e armazenar).
• Cabe a suspensão condicional do processo em função da pena mínima.
• Tipo penal misto alternativo.
Art. 241-B. [...] § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o 
material a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Em prova, uma banca trouxe a seguinte situação hipotética: uma pessoa recebeu uma foto 
pornográfica de criança ou adolescente em um aplicativo de mensagens, que baixou a imagem 
automaticamente. Logo após, a polícia apreendeu o celular e identificou essa imagem. Nesse 
caso, a pessoa responderia pelo armazenamento da imagem? De acordo com o entendimento 
da banca, há o crime do art. 241-B do ECA nessa conduta, mesmo que o celular tenha baixado 
a imagem automaticamente, sem a ação de seu dono.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil
LEI N. 8.069/1990
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Outro ponto muito importante é que a lei não trouxe o que seria essa “pequena quanti-
dade” para fins de diminuição de pena. Por isso, ao julgar uma pessoa que cometeu esse 
crime, o juiz é quem irá definir o que é essa “pequena quantidade” de acordo com critérios de 
proporcionalidade e razoabilidade.
Regra geral, as bancas examinadoras de concursos públicos consideram “pequena quan-
tidade” até duas imagens ou vídeos. Já alguns doutrinadores entendem como pequena quan-
tidade até três conteúdos.
Art. 241-B. [...] § 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar 
às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C 
desta Lei, quando a comunicação for feita por: (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o 
recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágra-
fo; (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por 
meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade 
policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Nesse sentido, se um policial está investigando a prática de crimes de pedofilia e, por 
esse motivo, tem a posse de material pornográfico envolvendo criança e adolescente, não 
haverá crime para ele. Trata-se de uma hipótese de exclusão da tipicidade expressamente 
prevista no ECA.
Art. 241-B. [...] § 3º As pessoas referidas no § 2º deste artigo deverão manter sob sigilo o material 
ilícito referido. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
ATENÇÃO
Se alguém utiliza um determinado site na internet para divulgar cenas de sexo envolvendo 
criança ou adolescente, o proprietário do site receberá uma notificação oficial para 
desabilitar esse conteúdo ilícito da internet.
Caso o proprietário do site atenda a essa solicitação, para ele não haverá crime e o fato se 
torna atípico. Entretanto, caso não atenda o pedido, o dono do site poderá ser preso em 
flagrante de crime, pois trata-se de um crime permanente.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil
LEI N. 8.069/1990
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5. Simulacro de Pedofilia
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou porno-
gráfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra 
forma de representação visual: (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Classificação do crime do art. 241-C:
• Crime comum.
• Dolosos.
• Cabe a suspensão condicional do processo.
• Sujeito ativo: qualquer pessoa.
• Sujeito passivo: regra geral, a criança ou o adolescente.
Art. 241-C. [...] Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibi-
liza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produ-
zido na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
O parágrafo único do art. 241-C do ECA trouxe uma conduta equiparada ao crime pre-
visto no caput.
6. Aliciamento de Menores
Apesar de a doutrina denominar esse crime como “aliciamento de menores”, na verdade, 
só há crime se o aliciamento envolver a criança. Isso porque o sujeito passivo desse crime só 
pode ser a criança por expressa previsão legal:
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, 
com o fim de com ela praticar ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Classificação do crime do art. 241-D:
• Crime comum.
• Doloso.
• Formal (independe do resultado).
• Cabe a suspensão condicional do processo.
• Tipo penal misto alternativo.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil
LEI N. 8.069/1990
• Sujeito ativo: qualquer pessoa.
• Sujeito passivo: apenas a criança, nos termos da lei.
Art. 241-D. [...] Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – facilitaou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica 
com o fim de com ela praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de 
forma pornográfica ou sexualmente explícita. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
Norma Explicativa
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou 
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades 
sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou ado-
lescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído pela Lei n. 11.829, de 2008)
O STJ, em nome do princípio da proteção integral da criança e do adolescente, entendeu 
que, mesmo que a criança esteja vestida, se o maior de idade estiver filmando seus órgãos 
genitais para fins sexuais, isso caracteriza crime.
Mapa Mental – Atos de Pedofilia
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil II
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CRIMES RELACIONADOS À PORNOGRAFIA INFANTIL II
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2018/PF) Valdo recebeu por e-mail um vídeo gravado por seu amigo Lucas com 
pornografia envolvendo uma adolescente e uma outra pessoa, maior de idade. Após as-
sistir ao vídeo, Valdo arquivou as imagens no HD do seu computador. Nessa situação, a 
conduta de Lucas configurou crime de divulgação de vídeos com pornografia envolvendo 
adolescente, e a de Valdo foi atípica.
COMENTÁRIO
Como Valdo recebeu e arquivou o vídeo, ele responderá pelo crime do art. 241-B do ECA. 
Já Lucas responderá pelo crime do art. 241-A do ECA.
2. (CESPE/2017) A respeito dos crimes contra a criança e o adolescente, julgue os itens a 
seguir:
I – É da justiça estadual a competência para processar e julgar o delito de divulgação 
de pornografia infantil, ainda que o material pornográfico ultrapasse as fronteiras na-
cionais, visto que não há, nesse caso, interesse da União a atrair a competência da 
justiça federal.
COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento dos tribunais superiores, quando o crime ultrapassa as 
fronteiras nacionais, ou seja, foi cometido por meio da internet livre, a competência para 
julgamento será da Justiça Federal.
II – A mera exibição, em fotografia ou vídeo, dos órgãos genitais de uma criança ou ado-
lescente para fins primordialmente sexuais é insuficiente para a configuração dos cri-
mes que, previstos no ECA, estejam relacionados a imagens de pornografia infantil.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil II
LEI N. 8.069/1990
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COMENTÁRIO
Na realidade, essa conduta é considerada crime do ECA.
III – Considere que se constate, durante inquérito policial, que Alberto, maior imputável, 
armazenava em seu computador dois vídeos com cenas pornográficas envolvendo 
criança ou adolescente e que se comprove que o indiciado não tenha comprado nem 
distribuído os vídeos, mas apenas feito o download na Internet. Nessa situação hipoté-
tica, Alberto responderá por crime previsto no ECA, com direito à redução de um a dois 
terços da pena prevista, em razão da pequena quantidade de material armazenado.
COMENTÁRIO
O § 1º do art. 241-B dispõe uma causa de diminuição de pena para quem possui pequena 
quantidade de material pornográfico armazenado.
LEI N. 13.441/2017 – INSTITUIU A NOVA TÉCNICA INVESTIGATIVA NA 
INTERNET
A Lei n. 13.441/2017 instituiu a chamada “infiltração policial virtual”, uma nova técnica 
investigativa que pode ser feita na internet.
As normas sobre essa infiltração policial virtual estão discriminadas entre os arts 190-A e 
190-E do ECA.
Essa técnica será utilizada quando houver indícios de determinados crimes relacionados 
à pornografia infantil, tais como:
• Arts. 240 a 240-B do ECA.
• Art. 154-A do Código Penal.
• Crimes contra a dignidade sexual de criança ou adolescente.
Exemplo: surgem indícios de que alguém está produzindo material pornográfico envol-
vendo criança ou adolescente para vender. Essa informação chega ao Delegado de Polícia ou 
ao Ministério Público.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil II
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Nesse caso, quando a autoridade policial é quem tem conhecimento do crime, realizará 
uma representação e pedirá autorização ao juiz para que um policial possa se infiltrar e inves-
tigar o crime.
Já quando quem tem conhecimento é o MP, o promotor requer autorização para a infiltra-
ção policial.
O juiz pode deferir ou indeferir a infiltração policial virtual, pois esta é considerada a ultima 
ratio das provas.
Com a autorização judicial, o policial contará com um prazo máximo para que possa per-
manecer infiltrado. Esse prazo é de 90 dias, mas é possível que seja renovado desde que não 
exceda o prazo máximo de 720 dias.
De acordo com o ECA, o relatório policial que for produzido ao longo do período de infiltra-
ção permanecerá em autos apartados do inquérito policial. Além disso, toda a infiltração será 
sigilosa e eletrônica.
Apesar desse relatório permanecer em autos apartados, o juiz e o MP podem requerer 
relatórios parciais dessa investigação, que são enviados pelo Delegado de Polícia.
Tópico 01: Quais os crimes que a nova lei permitiu a infiltração virtual policial?
São eles:
• ECA:
 – Art. 240 (utilização de menor em cena pornográfica).
 – Art. 241 (comércio de material pedófilo).
 – Art.241-A (difusão da pedofilia).
 – Art.241-B (posse de material pornográfico).
 – Art.241-C (simulacro de pedofilia).
 – Art.241-D (aliciamento de menores).
• Código Penal:
 – Art. 154-A (invasão de dispositivo de Informática).
 – Art. 217-A (estupro de vulnerável).
 – Art. 218 (corrupção de menores).
 – Art. 218-A (satisfação de lascívia).
 – Art. 218-B (prostituição infantil).
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil II
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Obs.: � Há uma grande discussão na doutrina a respeito da taxatividade desse rol. Existem 
vários artigos escritos no sentido de que esse rol é taxativo, ou seja, a infiltração 
policial virtual só será permitida quando houver a investigação da prática de um dos 
crimes listados acima.
Tópico 02: Quem pode pedir?
• Representação da autoridade policial.
• Requerimento do MP.
Tópico 03: Prazos
• Não poderá exceder o prazo de 90 dias.
• Eventuais renovações: totalizando 720 dias.
Obs.: � É importante lembrar que os prazos de 90 e 720 dias não podem ser somados. Na 
realidade, o prazo máximo das renovações não pode exceder os 720 dias.
Tópico 04: Características da Infiltração
1. Prova subsidiária.
2. Sigiloso.
3. Rol taxativo.
4. Técnica especial.
ATENÇÃO
A lei de Drogas, a Lei de Organização Criminosa e a Convenção de Palermo permitem a 
infiltração policial no meio físico. Agora com o advento da referida lei, há a infiltração virtual, 
normatizada pelo ECA.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil II
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Tópico 05
 
Nos termosdo artigo 144 da CF/1988, a autorização legislativa será deferida pelo juiz 
apenas para policiais federais e policiais civis, os quais são os competentes para apuração 
de delitos.
Tópico 06: 
O artigo 190-C excludente da ilicitude (estrito cumprimento do dever legal).
Criou-se uma terceira previsão de infiltração policial no Brasil disciplinada pelos arts. 190-A 
a 190-E do ECA, inseridos pela Lei n. 13.441/2017.
Vários são os países que adotam a figura do agente infiltrado, por exemplo:
1) Portugal: Lei n. 101/2001, exigindo-se observância ao princípio da proporcionalidade.
2) Argentina: “si las finalidades de la investigación no pudieran ser logradas de outro modo 
– Lei n. 24.424/1994, prevendo-se, também, uma escusa absolutória para o agente infiltrado 
que vier a praticar, nessa condição, um delito, salvo se o crime colocar em grave risco a vida 
ou a integridade física de uma pessoa ou impuser grave sofrimento físico ou moral a outrem.
3) Alemanha, desde 1992.
4) França: art. 706-32 do Code de Procédure Pénale.
5) México: Ley Federal contra la Delicuencia Organizada de 1996.
6) Chile: Lei n. 19.366/1995.
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Crimes Relacionados à Pornografia Infantil II
LEI N. 8.069/1990
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7) Espanha: Ley de Enjuiciamento Criminal – art. 282 – bis.
Vale ressaltar que é perfeitamente possível que o agente policial seja infiltrado para inves-
tigar algum dos delitos do art. 190-A do ECA e, durante a infiltração, descubra outros crimes, 
como, por exemplo, tráfico de drogas, tráfico de pessoas, favorecimento da prostituição de 
adultos etc.
GABARITO
1. E
2. I. E / II. E / III. C
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Infiltração Policial Virtual 
LEI N. 8.069/1990
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INFILTRAÇÃO POLICIAL VIRTUAL
RELEMBRANDO
Conforme visto no bloco anterior, criou-se no Brasil uma terceira previsão de infiltração 
policial disciplinada pelos arts. 190-A a 190-E do ECA, inseridos pela Lei n. 13.441/2017, 
tendo-se como principais características dessa espécie de infiltração:
• Prazo de 90 dias, sendo permitidas renovações, mas o prazo total da infiltração não 
poderá exceder 720 dias;
• Só poderá ser adotada se a prova não puder ser produzida por outros meios disponí-
veis;
• A infiltração de agentes ocorre apenas na internet.
Vale ressaltar que é perfeitamente possível que o agente policial seja infiltrado para inves-
tigar algum dos delitos do art. 190-A do ECA e, durante a infiltração, descubra outros crimes, 
como, por exemplo, tráfico de drogas, tráfico de pessoas, favorecimento da prostituição de 
adultos etc.
Neste caso, os elementos indiciários ("provas") desses outros crimes, coletados pelo 
agente infiltrado, também serão considerados válidos. Isso porque, neste caso, ocorreu o cha-
mado fenômeno da serendipidade (tradução literal da palavra inglesa serendipity), também 
conhecida como “descoberta casual” ou “encontro fortuito”, que consiste na descoberta for-
tuita de delitos que não são objeto da investigação.
Esse é o entendimento do STJ nos casos de interceptação telefônica, raciocínio que pode 
ser transportado para a infiltração policial. Confira precedente recente do Tribunal:
(...)
1. Não há violação ao princípio da ampla defesa a ausência das decisões que decretaram 
a quebra de sigilo telefônico em investigação originária, na qual de modo fortuito ou serendi-
pidade se constatou a existência de indícios da prática de crime diverso do que se buscava, 
servindo os documentos juntados aos autos como mera notitia criminis, em razão da total 
independência e autonomia das investigações por não haver conexão delitiva.
2. O chamado fenômeno da serendipidade ou o encontro fortuito de provas – que se carac-
teriza pela descoberta de outros crimes ou sujeitos ativos em investigação com fim diverso 
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Infiltração Policial Virtual 
LEI N. 8.069/1990
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– não acarreta qualquer nulidade ao inquérito que se sucede no foro competente, desde que 
remetidos os autos à instância competente tão logo verificados indícios em face da auto-
ridade. (…).
Segundo a lei, “concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante 
a operação deverão ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao 
Ministério Público, juntamente com relatório circunstanciado.” Tais atos, deverão ser “reunidos 
em autos apartados e apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito policial, 
assegurando-se a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade das 
crianças e dos adolescentes envolvidos.”
DIRETO DO CONCURSO
1. (DELEGADO-MATO GROSSO/2017) A Lei n. 13.441/2017 instituiu no Estatuto da Criança 
e do Adolescente (artigos 190-A a 190-E da Lei n. 8.069/1990) a infiltração policial virtual, 
nova modalidade de infiltração de agentes de polícia caracterizada por ser efetuada não 
no ambiente físico (como já previsto na Lei de Drogas e na Lei de Organização Crimino-
sa), mas na internet. A novidade, portanto, não foi a instituição da figura do agente infil-
trado (já prevista no artigo 53, I, da Lei n. 11.343/2006, bem como no artigo 10 da Lei n. 
12.850/2013 e artigo 20 da Convenção de Palermo – Decreto n. 5.015/2004), mas, sim, a 
normatização dessa técnica investigativa em meio cibernético.
A infiltração policial consiste em técnica especial e subsidiária de investigação, qualificada 
pela atuação dissimulada (com ocultação da real identidade) e sigilosa de agente policial, 
seja presencial ou virtualmente, face a um criminoso ou grupo de criminosos, com o fim 
de localizar fontes de prova, identificar criminosos e obter elementos de convicção para 
elucidar o delito e desarticular associação ou organização criminosa, auxiliando também 
na prevenção de ilícitos penais. A infiltração policial é gênero do qual são espécies a pre-
sencial (física) e a virtual (cibernética ou eletrônica).
Assinale verdadeiro ou falso:
I – ( ) As infiltrações policiais, tanto física como eletronicamente, são gêneros contidos 
no artigo 20 da Convenção de Palermo.
II – ( ) A Lei n. 13.441/2017 dispõe que crimes de pedofilia e a corrupção de menores não 
podem ser investigados no ambiente real (físico), mas apenas por meio cibernético.
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Infiltração Policial Virtual 
LEI N. 8.069/1990
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III – ( ) Atualmente a infiltração policial virtual está normatizada na Lei n. 8.069/1990 (Es-
tatuto da Criança e do Adolescente).
IV – ( ) A corrente do rol de crimes autorizadores de infiltração virtual do tipo exemplifica-
tivo deve ser utilizada nos crimes virtuais, mesmo quando não estão esgotados todos 
os meios extremos de investigação.
V – ( ) A atuação dissimulada é a principal modalidade de investigação face a grupos cri-
minosos que auxiliam na investigação de crimes graves cometidos através da internet.
COMENTÁRIO
I – A Convenção de Palermo permite apenas a infiltração física de agentes policiais.
II – Conforme o ECA, a investigação cibernética somente será concedida pelo juiz em último 
caso, ou seja, quando não houver outro meio de prova mais efetivo.
III – De fato, a infiltração policial virtual está normatizada na Lei n. 8.069/1990.
IV– A doutrina entende como taxativo o rol de crimes autorizadores de infiltração virtual, que 
deve ocorrer, conforme visto, apenas em último caso.
V – A atuação dissimulada consiste em uma exceção de modalidade de investigação.
ATENÇÃO
É importante que, para evitar pegadinhas da banca, o candidato esteja atento ao fato de 
que existem algumas previsões de crimes que possuem a mesma denominação tanto no 
Estatuto da Criança e do Adolescente como no Código Penal como, por exemplo:
Corrupção de menor
• ECA: o crime de corrupção de menor tipificado pelo Estatuto da Criança e do Adoles-
cente está relacionado ao ato de maior de idade induzir a criança ou o adolescente a 
praticar um ato infracional. Nessa espécie de delito, não poderá haver a infiltração policial 
virtual e o maior responderá tanto pelo crime de roubo quanto pela corrupção de menor.
• CP: no Código Penal. O crime de corrupção de menor está relacionado à dignidade 
sexual da criança, cabendo infiltração policial virtual conforme expresso pelo artigo 
190-A.
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LEI N. 8.069/1990
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Prostituição infantil
• ECA: expressa pelo artigo 244, a prostituição infantil conceitua-se como o ato de sub-
meter criança ou adolescente à prostituição.
• CP: mais abrangente que a conceitualização dada pelo ECA, no Código Penal, a prosti-
tuição infantil consiste em submeter, atrair ou induzir menor de 18 anos à prostituição. Por 
estar relacionada à dignidade sexual da criança, pode haver, no CP, a infiltração policial.
Cabe destacar, ainda, que a pena para prostituição infantil presente no ECA é diferente da 
pena prevista pelo CP: além da reclusão da multa, o criminoso perderá os bens e valores 
que foram utilizados na prática da ilegalidade, perda que não é prevista no CP.
GABARITO
1. 
I – F
II – F
III – V
IV – F
V – F
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Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente 
LEI N. 8.069/1990
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CRIMES PRATICADOS CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE 
ARTS. 230-236
1. Privação Ilegal da Liberdade do Menor
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem es-
tar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das 
formalidades legais.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: criança ou adolescente.
Classificação
• crime comum, doloso, material e permanente;
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
Situação hipotética
• Determinada pessoa priva um adolescente de sua liberdade.
 – Deverá será aplicado o artigo 230 do ECA, visto que o adolescente apenas poderá 
ser apreendido se estiver em flagrante de ato infracional ou por ordem judicial.
• Autoridade policial priva um adolescente, sem ordem judicial ou flagrante delito, de sua 
liberdade. Deverá ser aplicado o artigo 230 do ECA ou a Lei de Abuso de Autoridade?
 – O conflito aparente de normas deverá ser resolvido através do princípio da especiali-
dade, de modo que prevalecerá o Estatuto da Criança e do Adolescente.
2. Omissão da Comunicação
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fa-
zer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa 
por ele indicada:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
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Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente 
LEI N. 8.069/1990
Sujeito ativo: autoridade policial.
Sujeito passivo: criança ou adolescente.
Classificação
• crime próprio, doloso e formal;
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
Obs.: � ao realizar a apreensão legal de um adolescente, a autoridade policial estará obriga-
da a fazer uma dupla comunicação: ao juiz e à família do preso. Ao deixar de realizar 
essa ação, a autoridade praticará crime omissivo e responderá pelo artigo 231 do 
ECA, e não pela Lei de Abuso de Autoridade, devido à especialidade da norma.
3. Submissão Constrangimento/Vexame
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou 
a constrangimento:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Sujeito ativo: pessoa que possua autoridade, vigilância ou guarda da criança ou do 
adolescente.
Sujeito passivo: criança ou adolescente.
Classificação
• crime próprio, doloso, comissivo e material;
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
Obs.: � por se tratar de crime próprio, ou seja, que pode ser praticado apenas por pessoa que 
possua autoridade, vigilância ou guarda da criança ou do adolescente, quando o pra-
ticante do delito não estiver enquadrado nessas características, deverá ser aplicada 
a lei do Código Penal.
4. Omissão na Liberação
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de 
criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Sujeito ativo: autoridade competente (delegado ou juiz).
Sujeito passivo: criança ou adolescente.
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Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente 
LEI N. 8.069/1990
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Classificação
• crime próprio, doloso, omissivo próprio (não cabe tentativa);
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
5. Descumprimento Injustificado de Prazo
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente priva-
do de liberdade:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Sujeito ativo: encarregado do cumprimento do prazo.
Sujeito passivo: adolescente privado da liberdade.
Classificação
• crime próprio, doloso, formal e omissivo próprio;
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
6. Impedimento à Ação de Autoridades
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou 
representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Estado.
Classificação
• crime comum e doloso;
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
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CRIMES PRATICADOS CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE II
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/UNB PC-AL/2012)Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
e os crimes contra a pessoa, julgue os itens que se seguem.
I – Se, após a regular apreensão de adolescente, a autoridade policial responsável deixar 
de comunicar, imediatamente, o fato à autoridade judiciária competente e à família do 
apreendido ou à pessoa por ele indicada, o delegado de polícia, por ter a incumbência 
legal de ordenar a lavratura do auto de apreensão e demais medidas dele decorrentes, 
será responsabilizado criminalmente por delito previsto no ECA.
II – Pratica o delito de sequestro ou cárcere privado previsto no CP aquele que apreende 
criança ou adolescente, encarcerando-o, contra o qual inexista ordem judicial escrita, 
salvo se a apreensão for em flagrante de ato infracional.
III – O crime consistente na submissão de criança ou adolescente sob sua autoridade, 
guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento, por ser crime próprio, somente 
pode ser praticado por agentes do Estado.
COMENTÁRIO
I – Conforme visto no bloco anterior, ao realizar a apreensão legal de um adolescente, a 
autoridade policial estará obrigada a fazer uma dupla comunicação: ao juiz e à família do 
preso. Ao deixar de realizar essa ação, a autoridade praticará crime omissivo e responderá 
pelo artigo 231 do ECA.
II – Atente-se ao fato de que o ECA não trata sobre os crimes de sequestro e cárcere 
privado, dessa maneira, aquele que praticar essas espécies de delitos responderá pelo 
Código Penal.
III – De fato, o crime consistente na submissão de criança ou adolescente sob sua autoridade, 
guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento, refere-se a um crime próprio, mas, 
diferentemente do expresso na assertiva, este não é praticado apenas por agentes do Estado.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
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ARTS. 237 - 239
1. Subtração de menor
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei 
ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
Pena – reclusão de dois a seis anos, e multa.
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: criança ou adolescente.
Classificação:
• crime comum, doloso, comissivo e formal
• não constitui infração de menor potencial ofensivo;
• não cabe suspensão condicional do processo.
ATENÇÃO
A colocação de criança ou adolescente em lar substituto é feita por meio de guarda, tutela 
ou adoção.
2. Promessa\ entrega de filho\pupilo
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa:
Pena – reclusão de um a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa.
SUJEITO ATIVO: pais, tutor ou guardião.
SUJEITO PASSIVO: filho ou pupilo.
Classificação:
• crime próprio, tipo penal misto alternativo e doloso;
• não constitui infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
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Obs.: � Ao contrário do que ocorre com a previsão do caput do artigo 238, seu parágrafo único 
configura crime comum de conduta equiparada.
ATENÇÃO
Atente-se ao fato de que, esse artigo, proíbe a barriga de aluguel.
3. Tráfico internacional de menor
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente 
para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro:
Pena – reclusão de quatro a seis anos, e multa.
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: (Incluído pela Lei n. 10.764, 
de 12.11.2003)
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa
SUJEITO PASSIVO: criança ou adolescente.
Classificação:
• crime comum, doloso, no verbo do tipo ‘promover’ configura crime material, no verbo do 
tipo ‘auxiliar’ configura crime formal;
• não constitui infração de menor potencial ofensivo;
• não cabe suspensão condicional do processo.
Obs.: � de acordo com o artigo 109 da Constituição Federal, cabe à Justiça Federal a compe-
tência para julgar o crime de tráfico internacional de criança ou adolescente.
Caso a criança tenha sido enviada ao exterior com a intenção de se realizar uma adoção 
irregular, o responsável por seu envio não responderá pelo artigo 239 do ECA, mas pelo artigo 
149 do Código Penal.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
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DIRETO DO CONCURSO
2. (FUNRIO/2017) Conforme o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei N. 
8.069/1990), constitui crime:
a. ( ) privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão, 
ainda que resultante de flagrante de ato infracional.
b. ( ) prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, independentemente de 
paga ou recompensa.
c. ( ) vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, desde que onerosamente, de qualquer 
forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produ-
tos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.
d. ( ) corromper ou facilitar a corrupção de menor de 21 (vinte e um) anos, com ele prati-
cando infração penal ou induzindo-o a praticá-la.
e. ( ) promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente 
para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro.
COMENTÁRIO
a. Estando o adolescente em flagrante de ato infracional, a privação da liberdade por 
autoridade policial não constitui crime.
b. O artigo 238 do ECA expressa que configura crime prometer ou efetivar a entrega de filho 
ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa.
c. O artigo 243 do ECA determina como crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, 
ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica 
ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física 
ou psíquica.
d. A corrupção de menor refere-se a menores de 18 anos de idade.
e. De fato, de acordo com o artigo 239 do ECA, constitui crime promover ou auxiliar a 
efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com 
inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente II
LEI N. 8.069/1990
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GABARITO
1. 
I – C
II – C
III – E
2. 
a. E
b. E
c. E
d. E
e. C
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente III
LEI N. 8.069/1990
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CRIMES PRATICADOS CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE III
ARTS. 242 - 244
1. Fornecimento de arma
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou 
adolescente arma, munição ou explosivo:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei n. 10.764, de 12.11.2003)
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: criançaou adolescente.
Classificação:
• crime comum, doloso, comissivo e de perigo abstrato.
ATENÇÃO
Diante do conflito de normas entre o ECA e o Estatuto do Desarmamento, prevalece o 
primeiro em relação a armas brancas, de modo que, quando o crime estiver relacionado a 
armas de fogo, prevalecerá o segundo.
2. Fornecimento de subst. causadora de dependência
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, 
a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componen-
tes possam causar dependência ou física psíquica:
Pena – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: criança ou adolescente.
Classificação:
• Crime comum, doloso, formal e subsidiário.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente III
LEI N. 8.069/1990
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Obs.: � caso uma pessoa entregue para criança ou adolescente qualquer espécie de subs-
tância caracterizada pelo Ministério da Saúde como droga, responderá pela Lei de 
Drogas, com o aumento de pena previsto. Desse modo, é importante que o candidato 
esteja atento ao fato de que uma pessoa responderá pelo artigo 243 do ECA quando 
houver a entrega para criança ou adolescente de alguma espécie de substância que 
não seja considerada droga, mas que possa causar dependência.
3. Comércio de fogos
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou 
adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, 
sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:
Pena – detenção de seis meses a dois anos, e multa.
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: criança ou adolescente.
Classificação:
• crime comum, doloso e de perigo abstrato;
• infração de menor potencial ofensivo;
• cabe suspensão condicional do processo.
ARTS. 244 A E 244 B
1.	 Submissão	de	menor	à	prostituição
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei, à 
prostituição ou à exploração sexual:
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na prática 
criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação 
(Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. 
(Redação dada pela Lei n. 13.440, de 2017)
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se 
verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo. (Inclu-
ído pela Lei n. 9.975, de 23.6.2000)
§ 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funciona-
mento do estabelecimento. (Incluído pela Lei n. 9.975, de 23.6.2000)
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente III
LEI N. 8.069/1990
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SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: criança ou adolescente.
Classificação:
• crime comum, doloso, comissivo.
Obs.: � de acordo com o STJ, criança e/ou adolescente não tem a capacidade para assentir 
em matéria de prostituição infantil.
ATENÇÃO
É importante que o candidato faça o paralelo desse artigo com o Código Penal:
 - O verbo do tipo criminal expresso no artigo 244-A do ECA é “submeter”, enquanto 
no CP encontram-se os verbos “submeter”, “atrair” e “induzir”, sendo, desse modo, 
mais abrangente.
 - No que diz respeito à pena, o ECA impõe, além da reclusão de quatro a dez anos 
e multa, a perda de bens e valores utilizados na prática criminosa, determinação 
que não está presente no Código Penal.
��������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente IV
LEI N. 8.069/1990
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CRIMES PRATICADOS CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE IV
ARTS. 244 A E 244 B (CONT.)
2. Corrupção de menores
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando 
infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei n. 12.015, de 2009)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei n. 12.015, de 2009)
ATENÇÃO
Súmula n. 500 STJ:
De acordo com a súmula 500 do STJ, o crime de corrupção de menor tipificado pelo ECA 
constitui delito formal, ou seja, independe de resultado.
Informativo n. 595 STJ:
De acordo com o informativo 595 do STJ, caso maior de idade induza, por exemplo, duas 
crianças ou adolescentes a praticar delito infracional, responderá por dois crimes de 
corrupção de menor, visto que se utilizou de duas crianças ou adolescentes distintos.
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipifi-
cadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
§ 2º As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a 
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 
1990 (crimes hediondos).
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: criança ou adolescente.
Classificação:
• crime comum, doloso, comissivo e formal.
Abaixo, segue um importante julgado do STJ em relação à matéria de tráfico de drogas:
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Crimes Praticados Contra a Criança e o Adolescente IV
LEI N. 8.069/1990
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Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos seja o art. 33, 34, 35, 36 ou 
37 da Lei n. 11.343/2006: ele responderá apenas pelo crime da Lei de Drogas com a causa 
de aumento de pena do art. 40, VI. Não será punido pelo art. 244-B do ECA para evitar bis in 
idem. Na hipótese de o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos não estar pre-
visto nos arts. 33 a 37 da Lei de Drogas, o réu poderá ser condenado pelo crime de corrupção 
de menores, porém, se a conduta estiver tipificada em um desses artigos (33 a 37), não será 
possível a condenação por aquele delito, mas apenas a majoração da sua pena com base no 
art. 40, VI, da Lei n. 11.343/2006. STJ. 6ª Turma. REsp 1.622.781- MT, Rel. Min. Sebastião 
Reis Júnior, julgado em 22/11/2016 (Info 595).
DIRETO DO CONCURSO
1. (MP-SP/2019) Em relação ao crime de corrupção de pessoa menor de 18 anos, assinale 
a alternativa correta.
a. Se o agente maior de idade apenas induz o menor de 18 anos à prática de ato infracio-
nal, não há crime de corrupção de menor.
b. O agente maior de idade que pratica tráfico de drogas junto de menor de 18 anos, res-
ponde por esse delito, em concurso formal com a corrupção.
c. O agente maior de idade que pratica infração penal junto de dois menores de 18 anos 
não responde por duas corrupções.
d. Segundo o STJ, o crime de corrupção de menores de 18 anos é material.
e. O agente maior de idade que pratica infração penal junto de menor de 18 anos, o qual 
não registrava qualquer antecedente, responde por dois delitos, em concurso formal.
COMENTÁRIO
a. Conforme o artigo 244-B do ECA, pratica crime de corrupção de menor aquele que 
corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos,

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