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TCC- Eziane

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1
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
EZIANE BRUNELLI GOMES QUINELATO 
A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA PERSPECTIVA DO IDOSO
LONDRINA
2015
 EZIANE BRUNELLI GOMES QUINELATO
 A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA PERSPECTIVA DO IDOSO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau do Curso de Serviço Social.
Orientadora: Profª Adarly Rosana Moreira Gois
LONDRINA
2015
 EZIANE BRUNELLI GOMES QUINELATO
A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA PERSPECTIVA DO IDOSO
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau do Curso de Serviço Social.
Aprovado em ____de ____________ de 2015
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________ Profª Adarly Rosana Moreira Gois
 UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná
Orientador (a)
____________________________________________
Prof(a). 
 UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná
Convidado (a)
____________________________________________
Prof(a). 
 UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná
Convidado (a)
	Dedicatória: Dedico o meu TCC - Trabalho de Conclusão de Curso, para todos aqueles que fizeram do meu sonho real, me proporcionando forças para que eu não desistisse de ir atrás do que eu buscava para minha vida. Muitos obstáculos foram impostos para mim durante esses últimos anos, mas graças a vocês eu não fraquejei. Obrigado por tudo família, professores, amigos e colegas.
AGRADECIMENTO
	“Agradeço a Deus em primeiro lugar, fonte de sabedoria, amor e por ter me oportunizado todas as condições essenciais para transpassar os obstáculos e vencer mais uma etapa desta caminhada. 
Aos meus pais, meus familiares por terem me guiado por caminhos que tornasse possível chegar até aqui. 
	Não poderia deixar de agradecer ao meu esposo e meus filhos que entenderam os momentos de ausência e me apoiaram e estimularam nas ocasiões em que tive percalços para dar continuidade a minha caminhada. 
 Agradeço em especial a minha Orientadora: Profª Adarly Rosana Moreira Góis, por me conduzir não só nesse seguimento, mas criar em mim expectativas de estar integrado em pesquisa. Apesar de exigente, sempre teve a certeza que eu poderia ir além daquilo que eu sonhava. 
 Eziane B. G. Quinelato 
 RESUMO
 Eziane B. G. Quinelato [footnoteRef:1] [1: QUINELATO, Eziane, acadêmica do curso de Serviço Social, pela Faculdade UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Serviço Social – Orientadora, Profª Adarly Rosana Moreira Góis.
] 
	A pesquisa apresentada faz parte das exigências Curriculares do Curso em Serviço Social da Faculdade UNOPAR- Universidade do Norte do Paraná, cujo tema principal “A Importância do Lazer na Perspectiva do Idoso”. No contexto brasileiro, as ações voltadas para a terceira idade vão de encontro com os objetivos da Política Nacional do Idoso. Nele os idosos realizam atividades de novas aprendizagens, novas amizades, garantia dos direitos sociais, que também compreendem um espaço de política, onde os idosos participam dialogando e executando assim a cidadania. Para tanto, o presente estudo foi realizado em duas etapas, sendo a primeira referente a uma revisão bibliográfica a respeito da temática proposta e a segunda, relativa a uma pesquisa exploratória, utilizando-se como instrumento a técnica de entrevista estruturada aplicada a 40 aposentados, de ambos os sexos, com mais de 60 anos de idade, residentes na cidade do Município de Mucuri/BA, selecionados no Lar de convivência dos Idosos, independendo da classe social. Os dados foram analisados descritivamente, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam que os indivíduos idosos vêem o lazer como uma diversão, uma distração, ou simplesmente passear e sempre o vinculam a atividades rotineiras. As entidades governamentais devem preocupar-se mais com políticas de lazer voltadas para esta população, criando e estimulando programas de lazer que possibilitem a realização sociável enquanto ser humano.
Palavras-chaves: Envelhecimento, Lazer, Idoso. 
RESUME
                                                                         Eziane B. G. Quinelato 1 	The research that I am presenting is part of the Curriculum of the course requirements in Social work Faculty-University of UNOPAR Norte do Paraná, whose main theme "the importance of leisure in the perspective of the elderly". In the Brazilian context, the actions directed to seniors meet with the objectives of the National Policy for the elderly. The elderly activities of new learning, new friendships, social rights, which also comprise a political space, where the elderly participate in dialogue and running so the citizenship. To this end, the present study was carried out in two stages, the first being for a literature review regarding the proposed theme and the second, on an exploratory research, using as instrument to structured interview technique applied to 40 retirees, of both sexes, with over 60 years of age, resident in the city of the municipality of Mucuri/BA selected in the home of the elderly, regardless of social class. The data were analyzed descriptively, through the technique of thematic content analysis and indicate that the elderly individuals see the recreation as a diversion, a distraction, or simply walk and always link to routine activities. The Government should be more concerned with leisure policies aimed at this population, creating and stimulating Leisure programs allowing the realization sociable as a human being.
Keywords: Aging, recreation, Elderly.
SUMÁRIO 
1 – INTODUÇÃO........................................................................................................10
1.1 Problema...........................................................................................................12
1.2 Objetivo Geral...................................................................................................12
1.3 Objetivos Específicos........................................................................................13
1.4 Justificativa.......................................................................................................13
2 – METODOLOGIA..................................................................................................14
3 – REFERÊNCIAS TEÓRICAS ...............................................................................14
3.1 Lazer na Visão de Alguns Teóricos..................................................................14
4 –DESENVOLVIMENTO..........................................................................................18
4.1 O Envelhecimento Demográfico da População................................................18
4.2 Considerações sobre os Idosos........................................................................20
4.3 Políticas de Atenção ao Idoso..........................................................................24
4.4 Os Diferentes Mecanismos Legislativo de Proteção ao Idoso.........................28
4.5 O Centro de Convivência do Idoso...................................................................31
4.6 A autoestima Fator Importante na Qualidade de Vida......................................32
4.7 Idosos tem Direitos: Saúde, Esporte e Lazer.................................................. 23
4.1.1 O Estatuto e o Direito do Idoso......................................................................35
4.1.2 Na Saúde.......................................................................................................364.1.3 No Transporte Coletivo.................................................................................36
4.1.4 Nos Casos de Violência e Abandono............................................................36
4.1.5 Entidades de Atendimento ao Idoso..............................................................37
4.1.6 Lazer, Cultura e Esporte................................................................................37 
4.1.7 Trabalho na Terceira Idade............................................................................37
4.1.8 Habitação......................................................................................................38
5 –CONHECENDO O LAR DE CONVIVÊNCIA DOS IDOSOS DO MUNICÍPIO DE MUCURI/BA...............................................................................................................38 
5.1 Analíse e Discussão dos Dados ......................................................................38 
5.2 O Trabalho Social.............................................................................................39
5.3 Mucuri/BA Dados Gerais História.....................................................................41
6 – CONCLUSÕES....................................................................................................44
 REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................47
1 INTRODUÇÃO
	O envelhecimento proporciona limites maiores ao indivíduo, mas isso não significa que o idoso tenha que se afastar de tudo, trabalho, sexo, vida social, lazer. A adaptação frente a uma fase nova da vida é a maior dificuldade encontrada pelos idosos. 
	A idéia de que, a partir de determinada idade, certas atividades não devem ser desfrutadas, é uma concepção que tende a ser superada em relação às constantes modificações sociais, uma vez que, a expectativa de vida das pessoas, atualmente, tem aumentado muito, com isso, a necessidade de se repensar as questões que envolvem a qualidade de usufruto do tempo livre. Nesse sentido, as atividades de lazer necessitam estar em evidência nos estudos referentes a esta faixa etária, por representar essa importante mudança social atual é, justamente, o objetivo deste estudo, verificar como o idoso conceitua o lazer, no sentido de compreender a perspectiva do lazer na visão do próprio idoso. 
	A população idosa brasileira vem aumentando desde a década de 1950, quando apenas 4% dos brasileiros tinham mais de 60 anos. Prevê-se que em 2005 teremos 15% da população brasileira com mais de 60 anos de idade e ainda, que esta em 2025 será a sexta maior população idosa do mundo, com cerca de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos (Shouri Jr. et. al., 1994). 
	Frente a esses dados, parece haver uma necessidade de novos olhares para os idosos, de uma forma a que se comece a pensar em como melhorar essa fase da vida. Os desafios trazidos pelo envelhecimento da população têm diversas dimensões e dificuldades, mas nada é mais justo do que garantir ao idoso a sua integração na comunidade.
	O maior debate sobre as políticas públicas após a entrada em vigor do Estatuto do Idoso vem em boa hora, em virtude das estimativas da ONU, que apontam que em 2020 estaremos com 32 milhões de idosos, colocando o Brasil na 6ª posição, entre os países com maior número de idosos. 
	O Estado brasileiro tem papel, não único, mas fundamental, na proteção e atendimento aos idosos, já que várias melhorias ocorreram, sejam elas, de saneamento básico, de saúde pública, médicas, dentre outras, que fizeram com que a expectativa de vida do brasileiro aumentasse. 
	O envelhecimento populacional é, hoje, um fenômeno mundial, que se pode conceituar como um processo ativo e progressivo, no qual ocorrem mudanças morfológicas, funcionais e bioquímicas, que vão modificando gradualmente o organismo, tornando-o mais vulnerável às agressões.
O envelhecimento humano é um fato reconhecidamente heterogêneo, influenciado por aspectos socioculturais, políticos e econômicos, em interação dinâmica e permanente com a dimensão biológica e subjetiva dos indivíduos. Desta forma, a chegada da maturidade e a vivência da velhice podem significar realidades amplamente diferenciadas, da plenitude à decadência, da gratificação ao abandono, sobretudo em presença de extremas disparidades sociais e regionais como as que caracterizam o Brasil contemporâneo. (ASSIS apud SALDANHA; CALDAS, 2004, p. 11). 
	Dentre os diversos transtornos que afetam a pessoa em processo de envelhecimento, a saúde mental merece especial atenção. Depressão e demência têm incapacitado idosos em todo o mundo por levarem à perda da independência e quase inevitavelmente, da autonomia (GORDILHO, 2000). As desordens mentais comprometem 20% da população idosa, entre as quais se destacam a demência e a depressão como prevalentes (ABBOTT et al.,2004). 
	Segundo Snowdon (2002), no Brasil, aproximadamente 10 milhões de idosos sofrem de depressão. 
	Desta forma, objetivou-se com o estudo analisar a importância do lazer e a influencia da autoestima na vida do idoso, investigando, através de levantamento bibliográfico. Nesse sentido, o estudo está estruturado em seis capítulos. 
	Sendo no primeiro a Introdução buscam contextualizar o tema bem como apresentar a estrutura do trabalho, Problema Investigativo, Hipótese, Objetivo Geral, Objetivos Específicos e a Justificativos todos os elementos aqui apresentado serve como função norteadora da pesquisa. 
	
	O segundo a Metodologia, apresenta o traçado metodológico e como ele estruturou-se para a obtenção dos objetivos pretendidos.
 	Na seqüência o terceiro este incluso a Referencial Teórico, discorre sobre o lazer que é objeto constante de discussões por parte de diversos autores, que apontam variadas definições e concepções acerca da temática na tentativa de apresentar registros consistentes de seu surgimento e desenvolvimento ao longo dos anos. 
	O quatro está intitulado o desenvolvimento que faz uma abordagem sobre: O Envelhecimento demográfico da população; Considerações sobre os Idosos; Políticas de atenção ao idoso; Os diferentes mecanismos legislativos de proteção ao idoso; O Centro de Convivência para Idosos; A autoestima fatores importantes na qualidade de vida; Idosos têm direitos: A Saúde; Cultura; Esporte; Lazer; O Estatuto e o Direito do Idoso - Na Saúde; Transportes Coletivos; Casos de Violência e abandono; Entidades de Atendimento ao Idoso; Lazer, Cultura e Esporte; Trabalho na Terceira Idade e Habitação. 
	O capitulo quinto, fala sobre o objeto de estudo, Conhecendo o Lar de Convivência do Idoso do Município de Mucuri/BA, Análise e discussão dos dados Estudo de caso, O trabalho social, Mucuri/ Bahia – Dados Gerais e Historia. 
	No ultimo capitulo, Conclusões, a partir dos dados levantados, apresentam os resultados e as constatações do estudo. Por fim, as Referências Bibliográficas.
1.1 Problema
· Qual a importância do lazer na vida do idoso? E de que forma a atividade recreativa está associada a melhor a autoestima na qualidade de vida do idoso. 
1.2 Objetivo geral
· Promover a socialização de pessoas idosas através de atividades recreativas e de lazer.
1.3 Objetivos específicos:
· Desenvolver a dinâmica de atividades recreativas e de lazer para terceira idade;
· Compara por meio das atividades recreativas e de lazer melhorias na qualidade de vida, bem estar e auto-estima para terceira idade;
· Apontar propostas recreativas e grupos de lazer para atração do público idoso.
· Conscientizar a importante autoestima como fator de qualidade de vida para o idoso.
· Busca compreender a importância da palavra autoestima no contexto do envelhecimento
1.4 Justificativa
	O presente estudo visa um grande aumento progressivo da população idosa, mas não somente a isto se dá a justificativa da exploração deste projeto. O lazer e as atividades recreativas estão inseridos no cotidiano do homem desde a pré - história, até dias atuais, ocorrendo naturalmente uma modificação e adaptação dessas atividades. 
	LORDA(1995) afirma que: “O desejo de brincar nos acompanha toda a vida (felizmente), porém foram os diferentes compromissos sociais assumidos que nos “distraíram” para prática regular de brincar, mas que não eliminou nosso desejo de fazê-lo”.
	Compreendemos então, que o ser humano necessita de atividades recreativas estando ou não inseridas em seu cotidiano, independente da faixa etária ou classe social, pois traz diversão, distração e alegria para a vida, neste caso, de um idoso podem torná-lo mais sociável, após a conscientização da importante da autoestima como fator de qualidade de vida para o idoso compreender a importância da palavra autoestima no contexto do envelhecimento, além do benefício relacionado ao lado físico e emocional.
2 METODOLOGIA
	Para a definição do material bibliográfico, procedeu-se, primordialmente, a consultas às referencias estudadas durante o curso, bem como à base de dados do Google Acadêmico, Scielo, literaturas e experiências adquiridas durante o decorrer do curso. Como critério de seleção foi adotado os trabalhos que compreendem o referido tema e os descritores que aborda sobre o Lazer, Terceira idade, Autoestima e a Política Nacional de Promoção da Saúde–Portaria 687/GM, de 30 de março de 2006.
	Nesse aspecto, deverá ser implantada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral às pessoas nessa faixa etária da população (BRASIL, 2006).
	A metodologia utilizada por meios de pesquisa bibliográfica com abordagem de natureza qualitativa tem como objetivo identificar como o indivíduo idoso conceitua o lazer. Para tanto, o estudo abrange duas etapas, sendo a primeira referente a uma revisão bibliográfica a respeito da temática proposta e a segunda, a uma pesquisa exploratória, utilizando-se como instrumento uma entrevista estruturada. Este instrumento foi aplicado a 40 pessoas aposentados, de ambos os sexos, com faixa etária acima de 60 anos, selecionados aleatoriamente entre os moradores da região central da cidade de Mucuri/BA, destes, 14 eram do sexo masculino e o restante (26) do sexo feminino. 
	Com o propósito de melhorar a técnica, foi feita uma coleta de dados, ou seja, foi aplicado questionário que continha uma única questão simples e direta, ou seja: O que é lazer para você? Os dados coletados através do instrumento foram analisados de forma descritiva.
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS
3.1 Lazer na visão de alguns teóricos
	A busca da sociedade pelo lazer está relacionada diretamente as relações de trabalho e hábitos cotidianos dos indivíduos, o que o leva a ser considerado como uma necessidade fundamental a um bom desempenho físico e psicológico, sendo o lazer é objeto constante de discussões por parte de diversos autores, que apontam variadas definições e concepções acerca da temática na tentativa de apresentar registros consistentes de seu surgimento e desenvolvimento ao longo dos anos. 
	O significado, o lazer apóia - se teoricamente principalmente nos estudos da sociologia para fundamentar-se.
	Na perspectiva da sociologia, vale destacar as concepções do escritor brasileiro Nelson Carvalho Marcellino e do sociólogo francês Joffre Dumazedier, que consideram que o desenvolvimento do lazer se deu a partir da criação da sociedade industrial e do progresso técnico existente a partir da relação complementar entre os campos histórico e cultural (DUMAZEDIER, 2004). 
	Nesse contexto, o lazer como um resultado do processo industrial, o autor defende que para que o lazer se tornasse acessível para todos os trabalhadores, duas condições essenciais se estabeleceram na época: o tempo livre e as atividades da sociedade desmembradas das regras e obrigações impostas pela comunidade; 
	O lazer é um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se entreter-se ou ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntaria ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. Dumazedier (2004, p. 34).
	Percebe se que o lazer está voltado para a liberdade de escolha do indivíduo em vivenciar algum tipo de atividade que não inclua a responsabilidade ou a ocupação obrigatória, podendo assim ser o ato de conversar com os amigos, jogar, viajar, descansar ou realizar qualquer ação que seja prazeroso e conveniente para ele. 
Merece destaque o conceito de Marcellino (1990, p.31) que o entende como cultura: 
	“Compreendida em seu sentido mais amplo-vivenciada (praticada ou fruída) no ‘tempo disponível’. O importante como traço definidor, é o caráter ‘desinteressado’ dessa vivência. Não se busca, pelo menos fundamentalmente, outra recompensa além da satisfação provocada pela situação. A ‘disponibilidade de tempo’ significa possibilidade de opção pela atividade prática ou contemplativa” (MARCELLINO, 1990, p.31). 
	Assim, analisando-se tais considerações, e sintetizando alguns pontos chave, identifica alguns aspectos em comum compartilhados por estes dois estudiosos como a concepção que aponta o surgimento do lazer, e a convicção da importância desta prática no desenvolvimento social de todas as parcelas da população. 
	Desse modo, o lazer se torna uma alternativa valiosa para o preenchimento do tempo e das necessidades dos indivíduos, o que é fundamental observar, pois na medida em que a maturidade e a independência marcada pela desobrigação profissional se tornam conseqüências advindas do processo de envelhecimento, o surgimento de um novo perfil dos idosos se constrói gradativamente, assumindo novas posturas e valores diante da sociedade. O Lazer é garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que afirma ser este um direito social, tal como a educação e o trabalho, sendo dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
 
	Nota-se assim que o lazer é tão importante na vida dos sujeitos quanto o são a saúde e a alimentação.
	Apesar de se tratar de uma questão de cidadania, esta não é algo assente, visto que são muitas as interpretações existentes a respeito do lazer e os obstáculos que impedem sua total realização. Alguns autores, planejadores e pessoas comuns defendem a idéia de que o trabalho é mais importante que o lazer, ou que este não faz parte das necessidades prioritárias, afirmando que a diversão é exclusiva apenas das classes sociais mais abastadas. 
	Entende-se, porém, que o sentido de tais afirmações deve ser desmistificado, mesmo sabendo-se que, embora uma grande parcela da população viva em condições precárias, esta também tem o direito ao lazer, tido como uma necessidade do indivíduo.	
	São muitas as definições e estudos sobre o Lazer, com inúmeras visões de teóricos, que ora vinculam o conceito a tempo livre, ora ao ócio.
	Todavia, o conceito mais difundido no Brasil foi proposto por Dumazedier (1973, p.34), considerado o pai da sociologia empírica do Lazer:
	Um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.
	Abrangendo o Lazer à Cultura, para o referido autor, o ser tanto poderá ser consumidor quanto produtor desta, o que representa uma ampliação do significado do lazer, que não se limita a conjuntos de ocupações, como defendido por Dumazedier (1979), pois o termo ocupação está intimamente ligado a trabalho, afazeres e ofício; e o lazer se enquadra exatamente no oposto a isto. Seria mais adequado falar em experiências ou vivências, ou no fato de se ter vida, de se viver, ou ainda noconhecimento adquirido pela própria vida.
	Para isso, faz-se necessário a introdução do lazer, como uma ferramenta capaz de desenvolver a autoestima da pessoa idosa. Para Dumazedier (apud SANTINI, 1993, p. 17):
Lazer é um conjunto de ocupações, às quais o individuo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembarcar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. 
	Muito do que tenho lido sobre o tema mostra que ainda existem muito para se estudar. Por isso e pelo caminho escolhido neste estudo, não caberia neste momento ser o dono do saber a respeito do surgimento, teorias e definições de lazer. 
	Creio que não é preciso buscar uma teoria ou definição correta para o lazer, pois este não se constrói desta forma. 
	O que devemos buscar é um embasamento teórico capaz de auxiliar a trabalhar cada vez melhor com o lazer dos indivíduos. 
	Os momentos de lazer caracterizam-se como um meio de realização ante as necessidades do homem. O homem demonstra sua liberdade quando busca suprir suas necessidades, e a prática do lazer de mostra a participação deste homem livre na sociedade.
4 DESEMVOLVIMENTO
4.1 O Envelhecimento demográfico da população
	O envelhecimento da população foi um dos acontecimentos de maior impacto no final do século XX e, seguramente, será crucial na construção da história do presente século. A estimativa mundial atual é de que existem 540 milhões de idosos, sendo que 330 milhões estão vivendo em países em desenvolvimento (PAHO 1999 a; 2002a) e que em 2020 haverá 1,2 bilhões de idosos em todo o mundo (KALACHE, 1996); (PAHO, 2002c).
	O Brasil, à semelhança dos demais países em desenvolvimento, está passando por um processo de envelhecimento rápido e intenso. Em números absolutos, é uma das maiores populações de idosos em todo mundo. Na década de 40, o percentual de idosos na população total brasileira, era de 4,5%; nos anos 80, esse valor cresceu para 6.3% e no ano 2000, aumentou para 8,5%. Estima-se que em 2025, 14% da população total do país seja de idosos na faixa etária de 60 anos e mais (CAMARANO, 2002).
	Em estudos sobre envelhecimento, constata-se que, em quase todos os países do mundo, esse índice duplicará ou triplicará nas próximas décadas, representando uma transição demográfica sem precedentes (PAHO, 2002c).
A transição demográfica é um processo gradual pelo qual, uma sociedade passa de altas taxas de fecundidade e mortalidade para taxas baixas. É caracterizada pela diminuição da mortalidade infantil, decorrente da diminuição das doenças infecciosas e parasitárias. A parcela da população que mais cresce, atualmente, é a dos idosos, sobretudo os com mais de 80 anos.
	Segundo Médici e Beltrão (1993) O fenômeno da transição demográfica é composto de três fases. Na primeira delas, ocorrem elevadas taxas de natalidade e mortalidade, determinando baixo crescimento populacional. Na segunda, estão presentes taxas elevados de natalidade e queda das taxas de mortalidade, provocando crescimento populacional ao aumento da fecundidade, levando a um “rejuvenescimento” da população. Nessas três décadas, as proporções de jovens e de idosos representaram, em média, respectivamente 42,3% e 2,5% do total (CARVALHO, 1993).
	 Somente a partir de 1960, com o declínio da fecundidade em algumas regiões mais desenvolvidas do Brasil, iniciou-se o processo de envelhecimento populacional no país. De acordo com a Pesquisa Nacional de amostra em Domicílios (PNAD), realizada na década de 70, o fenômeno se estendeu, paulatinamente, às demais regiões brasileiras, tanto nas áreas urbanas quanto rurais, e a todas as classes sociais. 
	A taxa de fecundidade total caiu de 5,8 para 2,7 filhos por mulher, entre 1970 e 1991 redução superior a 50% (IBGE, 1996). 
	Como conseqüência, o peso relativo do número de jovens declinou de 41,9% para 34,7% no mesmo período e a proporção de idosos cresceu de 3,1% para 4,8%. O índice de envelhecimento da população, que era igual a 6,4% em 1960, alcançou 13,9% em 1991, incremento superior a 100%, em apenas três décadas.
Se no início do século XXI, a proporção de indivíduos que alcançava os 60 anos de idade se aproximava de 25%, em 1990 ela superava 78,0% entre as mulheres e 65,0% entre os homens; a esperança de vida ao nascer já ultrapassava os 65 anos (IBGE, 1994; CAMARGO; SAAD, 1990).
	Nos últimos 25 anos observou-se, claramente, esse processo de envelhecimento demográfico no Brasil. O censo de 1980 (IBGE) indicou que, nesse ano, 6,1% (7,2 milhões de uma total de 118,6 milhões) da população tinha sessenta anos ou mais. Em 2005, essa população foi projetada em 8,8%, devendo chegar a, pouco mais de 24,0% em 2050 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2004).
4.2 Considerações sobre os Idosos
	Para a Organização das Nações Unidas-ONU, o ser idoso difere para países desenvolvidos e para países em desenvolvimento. Nos primeiros, idosos são os seres humanos com 65 anos e mais; nos segundos, idosos são aqueles com 60 anos e mais. 
	Essa definição foi estabelecida em 1982, durante a Primeira Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento da População, relacionando-se com a expectativa de vida ao nascer e com a qualidade de vida que as nações propiciam a seus cidadãos (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1982).
	Assim sendo, no Brasil, é considerado idoso que m tem 60 anos e mais, ou ainda, para determinadas ações governamentais, considerando-se as diferenças regionais verificadas no país, aquele que, mesmo tendo menos de 60 anos, apresenta acelerado processo de envelhecimento (BRASIL, 1996). 
	A legislação brasileira qualifica o que entende por idoso, estando explicitado no Estatuto do Idoso, conforme a Lei n.º 10.741, em seu artigo 1º: “É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”. Esse critério é o adotado no presente estudo sem, todavia, desconsiderar as qualificações antes mencionadas (BRASIL, 2003).
	Com relação ao fator cronológico, é importante observar-se que, isoladamente, não é um medidor de velhice. O envelhecimento não é algo homogêneo, é estritamente uma experiência individual e ocorre, diferentemente, em cada pessoa e em cada sociedade. Numa concepção biológica, todavia, é o resultado efetivo do desgaste das funções vitais e mentais, com a passagem do tempo.
	Apesar de ser pouco preciso, o critério cronológico é um dos mais utilizados para estabelecer o que é ser idoso, sendo amplamente utilizado para delimitar a população de um determinado estudo, para análise epidemiológica, ou ainda com propósitos administrativos e legais voltadas para desenho de políticas públicas e para o planejamento ou oferta de serviços.
	Entretanto, o idoso não deve ser definido apenas pelo critério cronológico, pois outras condições, tais como: físicas, funcionais, mentais e de saúde, podem influenciar, diretamente, na determinação desse conceito. O termo velho guarda, em si, uma conotação de coisa antiga, coisa usada, fora de época. Recorrendo ao dicionário, literalmente, significa “adj. [...] 2. Que existe há muito tempo; antigo. [...] 5. Gasto pelo uso 6. Antiquado, desusado. S. m. 1. Homem idoso”.
	Associados ao termo, também estão alguns outros ajuizamentos de valores, como: perda, deterioração, inutilidade, fragilidade, decadência, antigo, gasto pelo uso, tudo isso contribuindo para formar um juízo de valor depreciativo. O conceito de velhice necessita ser visualizado como uma última fase do processo de envelhecer humano, pois a velhice é um estado que caracteriza a condição do ser humano idoso.
	Percebe-se que, embora se reconheça a velhice apenas no outro ser humano e não em quem a está vivenciando, integrado na dimensão temporal da existência, reconhece-se, a cada momento e de forma renovada, que a velhice parece galgar novos limites. Esses limites estão cadavez mais altos eleva o idoso a reconhecer-se, aceitar-se e integrar-se à sua família e comunidade, porque essas ações terminam por torná-lo reconhecido, aceito e integrado por todos.
	Fernandes (1997) alerta que, seja qual for à ótica pela qual se discuta ou escreva acerca da velhice, é desejável respeitar os direitos inatingíveis ou intocáveis do cidadão idoso.
	Esses direitos dizem respeito a quatro pontos especiais, que são: o tratamento eqüitativo, através do reconhecimento de seus direitos, adquiridos pela contribuição social, econômica e cultural em sua sociedade, ao longo da sua vida; direito à igualdade, por meio de processos que combatam todas as formas de discriminação; direito à autonomia, estimulando-se a participação social e familiar, o máximo possível; direito à dignidade, respeitando-se sua imagem e assegurando-lhe consideração nos múltiplos aspectos que garantam satisfação de viver a velhice.
	Na compreensão de Beauvoir (1990), a velhice é o que acontece aos seres humanos que ficam velhos. Impossível encerrar essa pluralidade de experiências num conceito, ou mesmo numa noção. Pelo menos, pode-se confrontá-las, tentando destacar delas as constantes e dar razões às suas diferenças. Essa autora mostra a complexidade do conceito de velhice e deixa claro, que não se trata de eliminar o conflito, mas de reconhecê-lo como elemento capaz de mexer com as organizações e manter um clima propício à mudança. Não se trata de homogeneizar, mas de integrar as diferenças.
	Beauvoir (1990) lembra ainda que, uma vez que em nós, é o outro quem é velho, a revelação da nossa idade vem através dos outros, referindo que, mesmo enfraquecido, empobrecido, exilado no seu tempo, o idoso permanece, sempre, o mesmo ser humano. No entendimento de Martins (2002), a velhice, pode ser considerada um conceito abstrato, porque diz respeito a uma categoria criada socialmente para demarcar o período em que os seres humanos ficam envelhecidos, velhos, idosos.
	Como descreve Martins (2002), os fenômenos do envelhecimento e da velhice e a determinação de quem seja o idoso, muitas vezes, são considerados com referência às restritas modificações que ocorrem no corpo, na dimensão física. Mas, é desejável que se perceba que, ao longo dos anos, são processadas mudanças, também na forma de pensar, de sentir e de agir dos seres humanos, que passam por essa etapa do processo de viver.
	Também Bóbbio (1997) relata que a velhice não é uma cisão em relação à vida precedente, mas é, na verdade, uma continuação da adolescência, da juventude e da maturidade, que podem ter sido vividas de diversas maneiras. Para esse autor, também as circunstâncias históricas, que ele relaciona, tanto à vida privada quanto à vida pública, exercem muita importância nos determinantes da velhice.
	Porém, mesmo não sendo idoso, Bóbbio (1997), correlaciona o processo de envelhecimento, e principalmente a fase da velhice, com situações de limitações e perdas para alguns seres humanos. Não se envelhece em um dado momento da vida, ainda que a sua percepção seja menos sentida pelas crianças, pelos jovens, pelos adultos (maduros, mas não idosos) e, de certa forma, menos aceita por quem já entrou nas faixas de idade mais altas. Na verdade, as pessoas se deparam com situações, mais negativas do que favoráveis, relacionadas à velhice.
	É complexo, porém desejável, admitir que envelhecer não é fácil, e que nesse processo, é possível verificar uma situação dialógica, onde convivem o medo e as perdas com os ganhos e as boas expectativas. Outro aspecto que contribui, marginalmente, para a persistência dos preconceitos contra a velhice é a dificuldade de adaptação ao meio, em virtude das mudanças psicológicas e biológicas do idoso (SILVA; SILVA FILHO et al., 2005).
	Com relação a esse aspecto, Siqueira, Botelho e Coelho (2002) alegam que quem se preocupa em estudar e descrever o idoso não é ele próprio: são os outros. Adicionalmente, analisam diversos conceitos sobre velhice, envolvendo as perspectivas: biológico/comportamentalista (processo de envelhecimento fisiológico); economicista (impacto econômico do envelhecimento social); sociocultural (velhice entendida como uma construção social e os reflexos sobre as possíveis formas de sua representação); transdisciplinar (dimensão que se esforça em contemplar o conjunto dos aspectos biológico, econômico e sociocultural).
	Assim, a caracterização de idoso vai além de uma definição padrão que considera, de forma absoluta e fria, determinada faixa etária, mas envolve múltiplos fatores que afetam, diferentemente, cada indivíduo. Veras (1991) questiona a forma de se estabelecer, efetivamente, o que se pode entender por velhice, e responde ser, no seu entendimento, um termo impreciso, que guarda uma relativa dificuldade de percepção, considerando-se que está relacionado a fatores emocionais e psicológicos, além do fator idade cronológica.
	No entendimento de Lima (2001), a velhice está surgindo como uma possibilidade de se pensar uma nova maneira de ser velho, justificada, essa afirmação, pelo fato de que os idosos estão se organizando em movimentos, que avançam, politicamente, na discussão de seus direitos. 
	A velhice, vista como representação coletiva, começa, mesmo que de forma tímida, a mostrar outro estilo de vida para os idosos, que ao invés de ficarem em casa, isolados, saem em busca do lazer, para os bailes, viagens, teatros e bingos, participam de grupos, clubes e universidades abertas à terceira idade. 
	O movimento referido emerge com uma força ainda desconhecida por aqueles que o vivenciam, de sujeitos que tornam visível a possibilidade de modificação da velhice, tirando rótulos e contestando os mitos.
4.3 Políticas de atenção ao idoso
	O crescente número de idosos trás novas exigências e demandas à sociedade, e leva os governos à necessidade da criação de leis e uma política centrada nos seus interesses. Torna-se emergente uma efetiva atuação das políticas públicas e sociais voltadas às necessidades do idoso, que possam melhorar as condições e a qualidade de vida na velhice, da população em geral. Essa é uma das grandes responsabilidades atuais dos chefes de estado, principalmente, dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, quando da elaboração de suas políticas e programas.
	A política pública de atenção ao idoso se relaciona com o desenvolvimento sócio - econômico e cultural, bem como com a ação reivindicatória dos movimentos sociais. Um marco importante dessa trajetória foi a Constituição Federal de 1988, que introduziu, em suas disposições, o conceito de Seguridade Social, fazendo com que a rede de proteção social alterasse o seu enfoque, estritamente assistencialista, passando a ter uma conotação ampliada de cidadania (BRASIL, 1988).
	Nessa direção, criou-se no Brasil, a Política Nacional do Idoso (PNI), através da Lei nº 398.842/94, regulamentada no Decreto n. 1.948/96, que ampliou as possibilidades de discussão sobre os aspectos relativos ao envelhecimento e à implementação de ações pertinentes, nos diversos segmentos da sociedade (BRASIL, 1994); (BRASIL,2006).
	Seus principais objetivos são garantir condições para um envelhecimento saudável, assim como, a diminuição do isolamento social, advindo de estereótipos e preconceitos em relação à velhice. Entre outras finalidades, está também, a de assegurar os direitos sociais e a dignidade do cidadão idoso, defendendo a causa do idoso, nos mais diversos parâmetros, criando condições que promovam a sua autonomia e estimule a sua integração e participação efetiva na sociedade.
	Constitui um marco, chamando atenção para o fato de o tema velhice ser pertinente a toda a sociedade.
	Em seu artigo 3º, a PNI, estabelece que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao idoso, todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo a sua dignidade, bem-estar e direito à vida e garantindo-lhe não sofrer discriminação de qualquer natureza.
	Trata-se de uma Política Nacional ampla, que além de enfocaras questões diretamente implicadas com a pessoa idosa, também enfoca toda a infra-estrutura e suportes necessários ao seu bom desenvolvimento. Treinar profissionais da saúde para melhor atender os idosos, priorizar seu atendimento, trabalhar na promoção, reabilitação, e dar incentivo aos estudos e pesquisas relacionados ao idoso são algumas das ações propostas pelo poder público, para garantir a qualidade de vida dos brasileiros que envelhecem (BRASIL, 1994).
	Tendo em vista as dificuldades sociais e de saúde vivenciadas pelos idosos, considerando a necessidade de melhorar a atenção de saúde dessa população, e a necessidade deste setor dispor de uma política, devidamente expressa, relacionada à saúde do idoso, foi publicada a Política Nacional de Saúde do Idoso, cujo Decreto–Lei foi promulgado através da Portaria Ministerial n.º 1.395/99 (BRASIL, 1999).
Nesse sentido, a Política Nacional de Saúde do Idoso afirma:
 	... como propósito basilar a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade (BRASIL, 1999, p.21).
	Um pouco mais recentemente, foi aprovado o Estatuto do Idoso, transformado na Lei nº. 10.741/03 que, além de legalizar, consolida os direitos e necessidades da pessoa humana na velhice, na perspectiva de que o mundo moderno, dentro da ordem, tem capacidade econômica e tecnológica para atender às necessidades do envelhecimento, colocando como prioridade o ser humano, em detrimento do mercado e da especulação financeira. (BRASIL, 2003). 
	A legislação brasileira especifica o que entende por idoso. Isso está explícito na Lei n.º 10.741, de 1º de outubro de 2003 em seu artigo 1º: “É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos” (BRASIL, 2003).
	O Estatuto do Idoso, elaborado com intensa participação das entidades de defesa dos interesses das pessoas idosas, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ampliou muito a resposta do Estado e da sociedade às necessidades dessas pessoas. 
	O estatuto traz 118 artigos que regulamentam os direitos e estabelecem punições para crimes contra idosos. Em seu Art. 3.º, do Título I, das Disposições Preliminares, confere que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. No Art. 9.º, do Capítulo I, Título II, Dos Direitos Fundamentais, diz que é obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.
	O estatuto estabelece, também, mudanças nos benefícios da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), garantindo aos idosos com mais de 65 anos e sem condições financeiras, o direito a receber o benefício de um salário mínimo (BRASIL, 1990).
	No tocante às instituições destinadas ao atendimento de idosos, a Portaria MS 249/2002 (BRASIL, 2002) dispõe sobre a organização e o cadastramento dos Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, enquanto que, o Decreto de nº. 5.109/2004 dispõe sobre a composição, a estruturação, as competências e o funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (BRASIL, 2004).
	Contudo, essas leis, em sua maioria, têm caracterizado a pessoa idosa, com uma imagem de bom velhinho, tranqüilo e tolerante. De fato, observa se que os idosos continuam despojados de uma autoridade real, em vez de pretensos privilégios especiais, os idosos deveriam ter condições para viver dignamente.
	Algumas outras formas de intervenção na assistência à velhice voltada para cultura, esporte e lazer, solidificado no modelo francês, buscam integrar os idosos na família e na sociedade, incentivam a luta pela preservação dos grupos de idosos e pela garantia de lazer, para resgatar a concepção de uma velhice autônoma e ativa. Como exemplo cita-se eventos e programas desenvolvidos por entidades como o Serviço Social do Comércio (SESC) e Legião Brasileira de Assistência (LBA), considerados pioneiros nesse tipo de atividades:
	Escola Aberta para a Terceira Idade, centros de convivência de idosos, trabalhos com pré-aposentados, Programa Pró Idoso, projetos das secretarias de Serviço Social e propostas da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
	Como resultados positivos dessas experiências, os centros de vivências são uma resposta, imediata e efetiva, no que diz respeito ao isolamento social. Por sua vez, a Universidade Aberta para a Terceira Idade, que visa a educação permanente, tem contribuído para a descoberta de novos interesses e novas habilidades e, os serviços de ajuda domiciliar e os centros de tratamento-dia prestam serviços à população, diminuindo os indicadores de internação hospitalar e incentivando novas possibilidades de atendimento para a pessoa idosa.
	Todas estas experiências de práticas de grupos, somadas aos serviços geriátricos comunitários, constituem, em parte, alternativas eficazes para o atendimento da população idosa, visto que o acesso aos programas ainda se restringe a alguns segmentos da classe média (PAVARINI, 1996).
4.4 Os diferentes mecanismos legislativos de proteção ao idoso
	Não faz muito tempo que as pessoas começaram a se interrogar, a respeito da necessidade de uma proteção jurídica e social para os idosos, a fim de atender às necessidades desse grupo de cidadãos, que hoje constitui uma grande parcela da população brasileira. 
	No Brasil, existem alguns organismos legislativos de proteção e valorização dos idosos. Cada um deles tem por objetivo comum criar meios para a promoção do envelhecimento saudável e a melhoria de vida dessa população, não permitir que os idosos, (até mesmo os institucionalizados) seja discriminados ou mal-interpretados no seu importante papel na sociedade. 
	Com a utilização do conceito de “envelhecimento ativo”, no final da década de 90, a OMS buscou incluir, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o envelhecimento, o que pode ser compreendido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas (ORGANIZA ÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2000).
	Esse processo envolve políticas públicas, que promovem modos de viver mais saudáveis e seguros, em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de atividades físicas no cotidiano, e do lazer, a prevenção às situações de violência familiar e urbana, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco, entre outros. Tais medidas devem contribuir para o alcance de um envelhecimento que signifique, também, um ganho substancial em qualidade de vida e saúde.
	A implementação envolve uma mudança de paradigma, que deixa de ter o enfoque baseado em necessidades e que, normalmente, coloca as pessoas idosas como alvos passivos, e passa a ter uma abordagem que reconhece o direito dos idosos à igualdade de oportunidades e de tratamento em todos os aspectos da vida, à medida que envelhecem.
	Essa abordagem apóia a responsabilidade dos mais velhos no exercício de sua participação nos processos políticos e em outros aspectos da vida em comunidade. Ao longo da história do SUS, houve muitos avanços e também desafios permanentes a superar, sendo exigido, dos seus gestores, um movimento constante de mudanças, pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um país tãogrande e desigual.
	Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, o Ministério da Saúde, em setembro de 2005, definiu a Agenda de Compromisso pela Saúde, assumindo o compromisso público da construção do PACTO PELA SAÚDE, com base nos princípios constitucionais do SUS e ênfase nas necessidades de saúde da população, o que significa o exercício simultâneo de definição de prioridades, articuladas e integradas em três eixos: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS (BRASIL, 2006).
	Destaca-se, aqui, o Pacto pela Vida, que constitui um conjunto de compromissos sanitários, dos gestores do SUS, em torno da definição de prioridades para a construção de políticas de saúde, identificadas com as realidades regionais, expressas em objetivos e metas no Termo de Compromisso de Gestão do documento das Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde, no ano de 2006.
	Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas às prioridades nacionais, conforme pacto local. Os estados, região ou municípios devem pactuar as ações necessárias para o alcance das metas e dos objetivos propostos.
	Entre as prioridades do Pacto pela Vida, foram pactuadas seis ações, sendo que três delas têm especial relevância com relação ao planejamento de saúde para a pessoa idosa. São elas: a saúde do idoso, a promoção da saúde e o fortalecimento da Atenção Básica.
	Em relação à promoção da saúde da população idosa, as ações locais deverão ser norteadas pelas estratégias de implementação, contempladas na Política Nacional de Promoção da Saúde–Portaria 687/GM, de 30 de março de 2006. Nesse aspecto, deverá ser implantada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral às pessoas nessa faixa etária da população (BRASIL, 2006).
	A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), Portaria GM nº 2.528, de 19 de outubro de 2006, define que a atenção à saúde, dessa população, terá como porta de entrada a Atenção Básica / Saúde da Família, tendo como referência, a rede de serviços especializada de média e alta complexidade (BRASIL, 2006).
	Para efeitos desse Pacto, será considerada idosa, a pessoa com 60 anos ou mais. O trabalho nesta área deverá seguir várias diretrizes, entre elas a promoção do envelhecimento ativo e saudável; atenção integral à saúde da pessoa idosa; estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; implantação de serviços de atenção domiciliar; acolhimento preferencial em unidades de saúde, respeitado o critério de risco; provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; fortalecimento da participação social; formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa e apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.	
	Foram estabelecidas, no pacto, algumas ações estratégicas: implantação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa como forma de instrumento de cidadania, com informações relevantes sobre a saúde da pessoa idosa, possibilitando um melhor acompanhamento por parte dos profissionais de saúde; elaboração do Manual de Atenção Básica e Saúde para a Pessoa Idosa, para indução de ações de saúde; implantação do Programa de Educação Permanente à Distância, na área do envelhecimento e saúde do idoso, voltado para profissionais que trabalham na rede de atenção básica em saúde, contemplando os conteúdos específicos das repercussões do processo de envelhecimento populacional, para a saúde individual e para a gestão dos serviços de saúde.
	Ainda sobre as ações estratégicas do pacto pela vida, encontra-se a reorganização do processo de acolhimento à pessoa idosa nas unidades de saúde, como uma das estratégias de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso.
	Assim também, o desenvolvimento de ações que visem qualificar a dispensação e o acesso da população idosa e a implementação da avaliação geriátrica global, realizada por equipe multidisciplinar, a toda pessoa idosa internada em hospital que tenha aderido ao Programa de Atenção Domiciliar. 
	Esta é uma modalidade de prestação de serviços voltada ao idoso, valorizando o efeito favorável do ambiente familiar no processo de recuperação de pacientes e os benefícios adicionais para o cidadão e o sistema de saúde.
4.5 O Centro de Convivência para Idosos
	O centro de convivência trata-se de uma instituição destinada a ofertar atividades educativas, recreativas e de lazer para o idoso, com o intuito de garantir-lhes o aprendizado ou aperfeiçoamento de um conhecimento, bem como favorecer o entrosamento social com os demais integrantes do grupo, estimulando a interação social. 
	Um Centro de Convivência deve ser um espaço estimulante para a troca de experiências, mediado por uma instância pedagógica, que oriente e canalize ações, registrando as em benefício do grupo. Os indivíduos devem ser estimulados a saírem de seus lares pessoais e incitados, por meio de estratégias e conteúdos de reflexão, a colocar seus talentos a serviço de uma comunidade mais ampla, na qual ele se veja refletido. (SILVA, 2003,p.13). 
	A principal função do centro de convivência é a interação social, existente entre os participantes e o meio, não apenas nas realizações das atividades internas, como também nas ações que precisam acontecer entre o idoso e o social. Por exemplo, para chegar ao centro, o idoso precisa comunicar-se com outras pessoas, pegar ônibus ou táxi, usar do seu direito de cidadão pertinente à idade, raciocinar, traçar rotas, encontrar formas de vencer os obstáculos.
	Todas essas atividades fazem com que o idoso interaja com o meio, tornando-o ativo e independente. Vale lembrar, porém, dos idosos incapacitados de se locomoverem sozinhos. 
	Para esses, o centro trabalha com atividades manuais e psíquicas. O fluxo de entrosamento no centro de convivência deve ser unidirecional, cujo ponto mestre seria capacitar o idoso para um envelhecimento ativo e sustentado. Para tal, é preciso que funcionários encontrem ajuda de familiares dos participantes. 
	As atividades recreativas e educacionais oferecidas no centro de convivência desenvolvem a auto-estema do idoso, uma vez que o torna capaz de realizar uma atividade, dando - lhe significado e importância perante uma ação coletiva.
4.6 A autoestima fatores importantes na qualidade de vida
	A autoestima está ligada ao amor - próprio, como o indivíduo se vê e se ama, a depender de suas particularidades, respeitando e entendendo seus limites, evitando o sentimento de culpabilidade ou de inferioridade dos sujeitos, mediante ações que lhe são requeridas ou as que decidem realizar. Em seu livro “Por falar em boa velhice”, Nere e Freire ressaltam que:
	De uma forma bastante simplificada, auto-estimar-se significa gostar de nós mesmos, nos apreciarmos de modo genuíno e realista. Não se trata, portanto, de um excesso de valorização de nossa própria pessoa, de arrogância ou egocentrismo. Gostamos daquilo que realmente somos aceitando nossas habilidades e também nossas limitações. (NERE; FREIRE, 2000, p. 33-4).
 
	Como se vê, a autoestima é algo que se sente por si mesmo, permitindo que o idoso desenvolva a imagem de si. Para desenvolver o amor-próprio, é necessário delimitar onde começam as suas ações e as dos outros. Tal conhecimento propicia o auto cuidado, visto que, quando este não se aflora, o idoso necessita de atenção maior do cuidador.
	Por tal motivo, o mesmo precisa entender que deve fazer pelo outro apenas o que este não pode fazer por si mesmo e encorajá-lo a tentar, a fim de garantir autonomia e estimular o auto cuidado, trabalhando com isso a autoestima pelo fato de que o idoso, possuidor do autônomo, se ama mais.
	Tais aspectos suscitam algumas reflexões. Primeiro, faz-se necessário entender a importância da autoestima numa pessoa em fase de envelhecimento e, depois, que conseqüências trazem um trabalho desenvolvido a partirdos princípios da afetividade.
	Segundo Branden (1995), a autoestima é composta de sentimentos de competência e de valor pessoal, acrescida de autor respeito e autoconfiança, refletindo o julgamento implícito da capacidade de lidar com os desafios da vida. 
	Portanto, é muito importante que se desenvolva de uma forma harmônica a autoestima da pessoa idosa para que esta não venha desenvolver estados psicopatológicos.
	Para isso, faz-se necessário a introdução do lazer, como uma ferramenta capaz de desenvolver a autoestima da pessoa idosa. Para Dumazedier (apud SANTINI, 1993, p. 17):
	Lazer é um conjunto de ocupações, às quais o individuo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembarcar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. 
	Dessa forma, o lazer estar ligado a um universo de variações que proporcione bem estar, afastando de si o sentimento de incapacidade, tristeza e abandono que muitas vezes podem levar ao surgimento de processos patologia.
4.7 Idosos têm direitos: A Saúde, Cultura, Esporte e Lazer
	Com a tramitação no Congresso Nacional, criado com o objetivo de garantir ao idoso sua dignidade, foi sancionado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia primeiro de outubro de 2003, dia Internacional do Idoso, o Estatuto do Idoso. 
	No Brasil o debate que se estabeleceu na sociedade foi fundamental para o entendimento de que seria necessária uma legislação específica que foi introduzida pelo Estatuto do Idoso, para garantir a dignidade das pessoas da terceira idade, já que antes existia uma abrangência e uma carência do aprofundamento das questões fundamentais, como o conflito entre geração e o entendimento da terceira idade como portadora de necessidades específicas. 
	No campo legislativo, pouco se avançou, já que a realidade do idoso no Brasil é bem diferente daquela que rege os princípios constitucionais. Os mitos e preconceitos, a violência, as falhas nas políticas públicas de atenção ao idoso, a questão da previdência social e as necessidades em relação à moradia, aos idosos portadores de necessidades especiais, são questões a serem discutidas. 
	Reconhece-se que este direito conferiu aos idosos importantes benefícios ao nosso país, sendo perceptível o seu cunho social, uma vez que já era tempo de velar pelos direitos dos idosos que, por toda uma vida, trabalharam em benefício de toda a sociedade. Com uma expectativa de vida desafiadora, o dia a dia dos idosos de hoje é preenchido pelo trabalho, atividades físicas e sociais bem diversas. 
	De acordo com dados publicados em 2012, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos. E para dar meios a uma vida de qualidade aos idosos, há dez anos o governo brasileiro vem sancionado normas para o desenvolvimento da melhor idade, por meio do Estatuto do Idoso. A normativa é estabelecida pela Lei 10.741/2003 que defende direitos específicos para pessoas com idade superior a 60 anos. O estatuto do Idoso determina que seja dever do Estado garantir a proteção à vida e à saúde. 
	Políticas Públicas têm sido desenvolvidas para proporcionar um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia mantém um programa de pré aposentadoria reforçando os direitos do Estatuto dos Idosos. Dentre as ações do programa, está à realização de palestras, abordando temas ligados ao processo de aposentadoria e a saúde física e psicológica dos servidores prestes a se aposentar. A iniciativa ajuda aposentados do TJBA a encarar a mudança de rotina como uma nova fase da vida, pautada em aproveitar o tempo de forma prazerosa.  (Tribunal de Justiça do Estado da Bahia www5.tjba.jus.br/) 
4.1.1 O Estatuto e o Direito do Idoso
	O direito do idoso e o estatuto do idoso – Em 2003, depois de alguns anos de tramitação no Congresso Nacional, o Estatuto do Idoso foi finalmente aprovado. No mês seguinte, em outubro do mesmo ano, o Estatuto foi sancionado pelo Presidente da República da época, garantindo maior abrangência dos direitos dos cidadãos com idade superior a 60 anos. 
	Muitos daqueles que são classificados como indivíduos componentes da Terceira Idade estão enquadrados dentro desse código de leis que prevê o respeito, os direitos e os deveres do idoso. 
	No entanto, uma grande parcela da sociedade – até mesmo entre aqueles a quem o Estatuto assiste – não tem conhecimento prático desses direitos e deveres. Talvez por falta de costume de conhecer os próprios direitos, ou pela cultura de conhecimento distante que é conservada no nosso país, torna-se comum não conhecer algumas das leis que regem a nação, bem como os direitos dos cidadãos, sejam elas crianças, adolescentes, adultos ou idosos. 
	O idoso não pode continuar na posição de maior abandonado em nossa sociedade, apenas como merecedor de assistencialismo por parte do Estado, já que os idosos alcançaram a posição de cidadão efetivo na sociedade, com lugar de respeito e dignidade que merecem, uma vez que, o que o idoso realmente quer, é participar ativamente da sociedade.
	O envelhecimento da população influencia o consumo, a transferência de capital e propriedades, impostos, pensões, o mercado de trabalho, a saúde e assistência médica, a composição e organização da família. É um processo normal, inevitável, irreversível e não uma doença. Portanto, não deve ser tratado apenas com soluções médicas, mas também por intervenções sociais, econômicas e ambientais. 
	O Estatuto do Idoso prevê em suas diretrizes as seguintes leis de proteção à terceira idade e o direito do idoso:
4.1.2 Na Saúde
	O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente equipamentos sensoriais e de locomoção ao brasileiro com deficiência. 
	Estão à disposição dos pacientes vários tipos de próteses (utilizadas como substitutas de membros e articulações do corpo), órteses (aparelhos que servem para alinhar ou regular determinadas partes do corpo) e aparelhos para auxiliar no deslocamento do dia a dia também a distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses.
	Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade. O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.
4.1.3 Transportes Coletivos
	Para Transportes Coletivos os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. 
	A carteira de identidade é o comprovante exigido. Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível. Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos excederem o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda.
4.1.4 Casos de Violência e abandono
	Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a pena de seis meses a três anos de detenção e multa. 
	Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa.Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão. Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa.
4.1.5 Entidades de Atendimento ao Idoso
	O dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso. 
	A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público. A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a interdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos.
4.1.6 Lazer, Cultura e Esporte 
	Todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer.
4.1.7 Trabalho na Terceira Idade 
É proibido à discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer. O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os concorrentes com idade mais avançada.
	4.1.8 Habitação
É obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos. 
5 CONHECENDO O LAR DE CONVIVÊNCIA DOS IDOSOS DO MUNICIPIO DE MUCURI/BA
5.1 Análise e discussão dos dados
	O objeto de estudo, O Lar de Convivência do Idoso do Município de Mucuri/BA fica situado a Rua Jovita Fontes, n° 50-Centro, nesta Cidade. 
	Com base na questão proposta sobre o que é lazer para você, foram encontradas várias definições diferentes sobre lazer. 
	Para muitos, 21 dos 40 entrevistados pode-se observar também, que, várias pessoas acabaram definindo como lazer atividades rotineiras, como assistir TV ou ouvir música (8), conversar com amigos ou familiares (8), descansar (10), fazer trabalhos manuais (10). Mas também houve quem dissesse que o lazer é passear (22) ou então, viajar (3), saindo um pouco da rotina do seu dia a dia. Existe também quem considera como lazer a realização de pequenos afazeres domésticos (2) ou, simplesmente, viver bem no lar (2), ir à igreja (1), ou ainda, notavelmente, alguma coisa em que não precisa pensar na vida (1).
	Dentre os entrevistados, houve um que não soube responder esta questão. Talvez porque não sabia sobre o que se tratava, mas o que pode ser observado é que esta pessoa dizia não ter estudo e não sabia responder, parecia julgar-se incapaz e com muito medo de responder errado, preferiu não dizer nada. 
	Durante as atividades recreativas, o idoso é induzido a pensar, movimentar o corpo e sincronizar ações com os demais, tornando-se importante e necessário para o desenvolvimento de ações. 
	Para Marcellino (1983), é importante que as atividades de lazer procurem atender as pessoas em seu todo, sendo necessário, portanto, que os indivíduos conheçam atividades que satisfaçam seu interesse, seja estimulado a participar e recebam um mínimo de orientação que lhes permitam a opção caracterizadora do lazer. Sem dúvida as pessoas precisam conhecer diferentes atividades no lazer para ir à busca de atividades prazerosas, fora da rotina dos seus lares. O lazer na terceira idade configura-se como uma ferramenta mestra no aumento da qualidade de vida do idoso, ao passo que a convivência com outras pessoas e a possibilidade de novos aprendizados estimula o indivíduo a interagir com o meio elevando à autoestima. Independente da linha de pensamento, entendimento, definição ou conceituação, o lazer é elemento essencial de qualquer sociedade e cultura, tendo grande importância na caracterização dos indivíduos que o desfrutam. 
5.2 O trabalho social
	Nesse aspecto, observa-se que o Centro de Referência da Assistência Social do Município de Mucuri, desenvolve um Serviço de atendimento em parceria com a Prefeitura local, com a Pastoral da Criança. 
	As demandas coletadas ocorrem por meios de trabalho familiares, em grupos ou coletivos organiza-se de modo que venha a ampliar trocas culturais e vivenciais desenvolvendo o sentimento de identidade e propiciando o fortalecimento de convivência com a comunidade.
	Para excursão desse serviço faz parte do quadro de Recursos Humanos, no Lar de convivência dos Idosos do Município de Mucuri/BA, 03 (três) Assistentes Sociais, 02 (dois) Psicólogas, 03 (três) Educadoras Sociais,01(um) Auxiliar Administrativos, 02(dois) Auxiliares de Serviços Gerais, 01(um) Vigia, 01(um) Motorista, 01(um) Coordenador, e 02 (dois) Instrutoras de Oficinas ( Sendo um para oficina de violão e o outro para esportes). 
	A Prefeitura do Município e o Centro de Referência da Assistência Social, juntamente com outros órgãos da sociedade realizam encontros festivos para idosos tais como: Dias dos Avôs; Festas Juninas; Festa do Padroeiro do lar dos idosos; Dia da pessoa idosa; Passeios e intercâmbios (Em algumas desses eventos o idoso pode levar membros da família).
	Existe um evento esperado por todos que é o “Dia do Desafio” é uma campanha de incentivo à prática regular de atividades físicas em benefício da saúde e lazer, acontece anualmente na última quarta-feira do mês de maio, por meio de ações comunitárias.
	Conta a historia que durante o rigoroso inverno canadense de 1983, quando a temperatura chegava aos 20 graus negativos, o Prefeito sugeriu uma ação que necessitava da colaboração de todos. A idéia propunha que, às 15 h, todos apagassem as luzes, saíssem de casa e caminhassem durante 15 minutos ao redor do quarteirão mais próximo. Era um convite ao exercício do corpo.
	Além de estimular a realização de atividade física, a iniciativa ocasionou a economia de energia que pôde ser calculada pelo número de pessoas envolvidas na atividade. No ano seguinte, a experiência foi compartilhada com a cidade vizinha e ambas realizaram a caminhada juntas, na mesma data e horário. Estava lançado o espírito que definiria o programa do Dia do Desafio.
	A idéia teve seqüência e o Dia do Desafio passou a ser realizado todos os anos na última quarta-feira do mês de maio, em todo o mundo, e cresce em número de cidades e em total de participantes. Em 2014, o evento completa 20 anos no 	Brasil e tem oferecido a oportunidade de mobilização coletiva em torno da atividade física para pessoas do Continente Americano.
	Nesse dia, pessoas de todas as idades se envolvem em uma competição amigável entre cidades do mesmo porte, na tentativa de mobilizar a maior porcentagem de participantes, tendo como base de calculo o numero oficial de habitantes do município.
	A competição é apenas estímulo à participação. Quem sai ganhando são os envolvidos, que exercitam a integração social, a criatividade, a liderança e o espírito comunitário.
	A Prefeitura de Mucuri, por meio da Secretaria Municipal de Esportes, Cultura e Lazer mobilizam todo o município. Até as escolas municipais, crianças brincaram de pular corda, corrida do saco, do ovo na colher, vôlei, futsal, petecas etc.:
	Este evento acontece na Praça Olhy Zepherino Koch, na Sede, e a terceira idade também entram no ritmo, e acontece até forró no Lar dos Idosos. Cerca de 40 profissionais da Prefeitura ficam à disposição em todo o município para a realização das atividades. O Prefeito por iniciativa própria deseja ampliar esse evento em todo o Município de Mucuri no Dia do Desafio. www.movebrasil.org.br.  Dia do Desafio /
5.3 Mucuri – Dado Gerais e História
	CARACTERÍSTICAS: Mucuri é o primeiro município nordestino para quem chega à Bahia na direção sudeste/nordeste, e o último para quem sai, na direção oposta, fazendo fronteira com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, tendo ao redor ecossistemas de Mata Atlântica, Mata Ciliar, Restinga, Dunas, Cerrado, Manguezal, Praias Rochosas e Arenosas.
Área territorial: 1.780,595 km² - Elevação: 7,00 m -Tempo: 24 °C, vento SE a 24 km/h, umidade de 80% - População estimada: 40.514 habitantes.
 "Mucuri" se origina do tupi antigo mukury, que significa "bacurizeiro".A história de Mucuri foi registrada por colonos e aventureiros que atravessaram a região, a exemplo do historiador e precursor do movimento bandeirante na Bahia, Gabriel Soares de Sousa. Os registros se referem à presença dos temidos índios botocudos, que resistiram bravamente à dominação do homem branco. Eram nômades, caçadores e extremamente ferozes. A prática do canibalismo entre eles vinha da crença de que comer a carne do inimigo que era forte e destemido lhes traria também força e coragem.
	As primeiras expedições portuguesas à região aconteceram no século XVI; duas bandeiras, lideradas respectivamente pelo português Martim Carvalho e pelo mestre de campo Antônio da Silva Guimarães, registraram passagem pelo rio Mucuri em busca de ouro, pedras preciosas e escravos índios. A partir da aldeia de Mucuri, formada por índios e portugueses degredados, nasceu São José de Porto Alegre, um dos primeiros núcleos urbanos do extremo sul da Bahia.
	Antiga aldeia dos índios aimorés, a região começou a ser explorada no século XVI na busca de ouro e pedras preciosas, mas o povoamento foi dificultado devido à ferocidade dos índios. Por volta do século XVIII, chegaram, à região, alemães e suíços que se estabeleceram cultivando café. Em virtude da Ordem Régia datada de 10 de outubro do ano de 1769, criou-se o município chamado São José de Porto Alegre, cuja instalação se deu a 15 de outubro de 1779 pelo ouvidor-geral da comarca de Porto Seguro, José Xavier de Machado Monteiro.
	O distrito-sede deve sua criação ao alvará de 22 de dezembro de 1795, data em que foi a Capela de São José elevada à categoria de freguesia eclesiástica pelo então arcebispo dom Frei Antonio Correia, com o nome de São José de Porto Alegre.
	Em 1931, o topônimo foi mudado para Mucuri, vocábulo tupi que significa rio dos gambás. Os nativos de Mucuri são chamados mucurienses. 
	O município está situado na divisa com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Mucuri possui 35 quilômetros de praias urbanas e virgens com falésias e inúmeros coqueirais. O município de Mucuri comemora o seu aniversário, a contar da autorização de uma ordem régia, dia 10 de outubro de 1769. A vila fundada nesta data com o nome do padroeiro, São José de Porto Alegre, sofreu diversas modificações para chegar até a atual divisão política vigente.
	Atualmente está despertando para o turismo recebendo, em sua grande maioria, mineiros, goianos e baianos. Seu nome tem origem na língua tupi e é o nome de uma madeira abundante no local. Seu padroeiro é São José.
6 - CONCLUSÃO
	Conclui que, apesar das minhas angústias e satisfação pude observar ao longo deste estudo, o quanto aprimorei pelo rigor científico, carregam a expressividades da minha própria história acadêmica e profissional. 
	Ao levantar os dados sobre a pesquisa: Importância do Lazer na Perspectiva do Idoso, através de uma única pergunta “O que é lazer para você”, esta pergunta foi aplicado a 40 pessoas aposentados, de ambos os sexos, com faixa etária acima de 60 anos, selecionados aleatoriamente entre os moradores da região central da cidade de Mucuri/BA, considera que os objetivos específicos relacionados no trabalho, foram atingidos, pois, com base na questão proposta foram encontradas várias definições diferentes sobre lazer.
	Os idosos conceituam o lazer como uma distração, uma diversão, uma definição bem simplificada, frente às várias definições vistas anteriormente por outros autores à diversão ou distração não passa de atividades rotineiras onde o convívio social e a amizade também têm grande importância na vida dos idosos. 
	Segundo alguns estudiosos a autoestima é um fator de suma importância na vida do idoso está ligada ao amor - próprio, como o indivíduo se vê e se ama, a depender de suas particularidades, respeitando e entendendo seus limites, evitando o sentimento de culpabilidade ou de inferioridade. 
	É preciso entender que deve fazer pelo outro apenas o que este não pode fazer por si mesmo e encorajá-lo a tentar, a fim de garantir autonomia e estimular o auto cuidado, trabalhando com isso a autoestima pelo fato de que o idoso se ama mais.
	Tais aspectos suscitam algumas reflexões. Primeiro, faz-se necessário entender a importância da autoestima numa pessoa em fase de envelhecimento e, depois, que conseqüências trazem um trabalho desenvolvido a partir dos princípios da afetividade, junto à família, significam para estes quase que um fator de sobrevivência, pois, assim, não perdem a própria identidade. 
	Percebe se falta de esclarecimentos por parte da maioria dos idosos sobre a temática abordada, o que pode significar falta de conhecimento sobre o assunto. 
	Por isso, faz-se necessário uma maior conscientização sobre o lazer, mostrando seus benefícios e as diversas formas de vivenciá-lo, contribuindo para a busca de novas alternativas, fazendo-os saírem do cotidiano dos seus lares, fica mais fácil mudar esse quadro.
	O lazer na terceira idade configura-se como uma ferramenta mestra no aumento da qualidade de vida do idoso, ao passo que a convivência com outras pessoas e a possibilidade de novos aprendizados estimula o indivíduo a interagir com o meio elevando sua autoestima. 
	As entidades governamentais devem preocupar-se mais com as políticas de lazer voltadas para esta faixa etária, criando e estimulando programas de lazer, os quais favoreçam para a realização plena do idoso enquanto ser humano. Sugerem-se novos estudos que possam ampliar as reflexões sobre o universo do lazer, focalizando-se, especialmente, a população idosa, para que se possa contribuir para a minimização dos aspectos discriminatórios, bem como, assegurar novas perspectivas de compreensão sobre esta fase do desenvolvimento humano. 
	Dessa forma, o lazer estar ligado a um universo de variações que proporcione bem estar, afastando de si o sentimento de incapacidade, tristeza e abandono que muitas vezes podem levar ao surgimento de processos patologia.
	Creio que não é preciso buscar uma teoria ou definição correta para o lazer, pois este não se constrói desta forma. O que devemos buscar sempre é um embasamento teórico capaz de auxiliar-nos a trabalhar cada vez melhor com o lazer dos indivíduos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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