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ECONOMIA E MERCADO - Unidade 3

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Prévia do material em texto

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS
Professora:
Me. Andréia Moreira da Fonseca Boechat
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Editoração Isabela Mezzaroba Belido 
Qualidade Textual Produção de materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; BOECHATO, Andréia Moreira da Fonseca; PARDO, Paulo
 
 Economia e mercado. Andréia Moreira Da Fonseca Boechato; 
Paulo Pardo 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 45 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Economia. 2. Mercado. 3. EaD. I. Título.
ISBN - 978-85-459-0038-2
CDD - 22 ed. 332
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
06| DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS 
 MACROECONÔMICAS
09| POLÍTICA MONETÁRIA
18| POLÍTICA FISCAL 
24| POLÍTICA CAMBIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Definir políticas macroeconômicas.
 • Mostrar a importância do estudo das políticas macroeconômicas.
 • Apresentar a política monetária.
 • Discutir política fiscal.
 • Estudar a política cambial.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Definição e importância das políticas macroeconômicas
 • Política Monetária
 • Política Fiscal
 • Política Cambial
POLÍTICAS MACROECONÔMICAS
INTRODUÇÃO
introdução
Seja bem-vindo(a) ao nosso material de estudo da disciplina Economia e Mercado. 
Nesta unidade, estudaremos a economia por outra ótica. Antes de começar, 
gostaria de lembrá-lo(a) que a economia é dividida em duas grandes áreas: a 
macroeconomia e a microeconomia. Estudaremos a primeira área nesta unidade, 
ou seja, estudaremos o país como um todo, e não apenas as unidades indivi-
duais (microeconomia).
Você, certamente, já ouviu/leu em jornais, revistas, telejornais, internet, entre 
outros, todos os dias, as seguintes manchetes:
A taxa de inflação ultrapassou a meta e governo aumenta a taxa SELIC.
Trabalhamos 150 dias para pagar impostos.
O dólar fechou em alta.
Balança comercial brasileira foi superavitária no mês de outubro.
Ao final desta unidade você entenderá cada um dos temas citados acima, 
entre outros temas relacionados e os motivos que o governo aumenta, por 
exemplo, a taxa de juros, ou injeta dólar no mercado ou corta gastos. Para isto, 
apresentarei a você as três principais políticas macroeconômicas, que são a mo-
netária, que relaciona taxa de juros com a quantidade de moeda em circulação, 
fiscal, que são os gastos e arrecadação do governo e cambial, que está relacio-
nada às transações com o exterior. Além da importância destas políticas para 
o crescimento e desenvolvimento do país.
Você já percebeu que esta unidade é bastante complexa, mas muito interes-
sante, já que os temas discutidos fazem parte do nosso dia a dia e que afetam, 
diretamente, nossas vidas e por isto, o governo se preocupa tanto.
Bons estudos!
Pós-Universo 6
Definição e 
importância 
das políticas 
macroeconômicas
Pós-Universo 7
Como você sabe, as políticas macroeconômicas são fundamentais para a estabili-
dade e crescimento econômico. Sem a interferência do governo, provavelmente os 
preços seriam instáveis e talvez nem haveria crescimento econômico e sim, algumas 
empresas de alguns setores cresceriam, mas a economia como um todo não.
É importante observar que mesmo comum ao governo ativo, a economia é uma 
ciência social complexa e o governo, ao tentar solucionar um problema, acaba tra-
zendo consequências negativas sob o ponto de vista de outro objetivo, ou seja, para 
melhorar um lado, acaba piorando o outro. Por exemplo, uma forma de gerar em-
pregos e consequentemente aumentar a renda nacional, é aumentar a produção. 
Porém, com a renda mais alta, as pessoas tendem a demandar mais, o que pode acar-
retar inflação. Então, você percebeu que o problema inicial, aumentar o número de 
empregos, acarretou uma alta nos preços, ou seja, ao tentar solucionar um proble-
ma, outro foi criado.
Depois do meu exemplo, você deve estar se perguntando o que fazer então, certo?
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é uma política pública e 
gerou entre 2007 e 2012 o aumento de 75%do número de empregos com 
carteira assinada na construção civil (BRASIL, 2014).
fatos e dados
A resposta a esta pergunta não é fácil. O que sabemos é que o governo deve utilizar 
as políticas macroeconômicas e seus instrumentos para atingir o objetivo naquele 
momento, dada a situação econômica nacional e mundial atual alterar a política 
quando a conjuntura econômica também mudar. 
O governo utiliza as políticas econômicas e seus instrumentos, muitas vezes 
de forma conjunta para atingir o objetivo naquele momento.
atenção
Pós-Universo 8
E é isto que o governo faz! Por isto as políticas macroeconômicas envolvem a atuação 
do governo no que diz respeito à oferta e demanda agregada, com o objetivo de es-
tabilizar a economia (controlar a inflação), distribuir renda, permitir que o país cresça e 
se desenvolva, gerar empregos etc. Sandroni (2003) define política econômica como 
sendo um conjunto de medidas que o governo toma com o objetivo de atuar e in-
fluenciar os mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
Para atingir os objetivos citados, o governo intervém na economia através das 
políticas monetária (oferta de moeda e taxa de juros), fiscal (gasto e arrecadação 
pública) e cambial (taxa de câmbio e operações cambiais). Não podemos esquecer 
que cada uma dessas políticas, que serão discutidas nas próximas unidades, afetam 
de forma positiva e negativa outras variáveis econômicas.
Não podemos esquecer também das políticas sociais, industriais, ambientais, 
entre outras. Porém, o foco da nossa disciplina são as políticas econômicas.
Políticas macroeconômicas são a atuação do governo para atingir um deter-
minado objetivo, que pode ser geração de emprego, crescimento econômico, 
redução da inflação, melhorias no balanço de pagamentos, entre outros.
quadro resumo
Pós-Universo 9
Política 
monetária
Pós-Universo 10
Quando falamos em política monetária estamos falando na atuação do governo no 
que diz respeito à quantidade de moeda em circulação e a taxa de juros. Gremaud 
Vasconcelos e Toneto Jr. (2008) acrescentam que a política monetária pode ser en-
tendida como a atuação do Banco Central para definir as condições de liquidez da 
economia, ou seja, quantidade ofertada de moeda, nível de taxa de juros entre outros.
Então, todas as vezes que ouvimos na televisão, que o Banco Central irá se reunir, 
através do COPOM (Comitê de Política Monetária), isto significa que haverá uma nova 
política monetária no país, fato que acontece a cada 45 dias.
Política monetária é a atuação do governo no que diz respeito à quantida-
de de moeda em circulação e a taxa de juros.
quadro resumo
Ofertae Demanda de Moeda
Já que uma das variáveis que o Banco Central utiliza na política monetária é a quan-
tidade de moeda em circulação, é importante entender o que realmente é moeda, 
os motivos que as pessoas demandam moeda e a oferta da moeda.
Para começar, iremos discutir quais são as funções da moeda, que são:
a. Meio de troca – intermediário entre as mercadorias, ou seja, trocamos 
moeda por bens e serviços.
b. Unidade de Conta – estabelece preços a bens e serviços, em outras pala-
vras, sabemos os valores das coisas.
c. Reserva de valor – permite guardar, ou seja, podemos guardar moeda, 
seja pelo motivo precaução ou especulação.
Agora que você já sabe quais são as funções da moeda, você saberia me dizer os 
motivos que demandamos moeda? Sei que você deve estar assustado com essa per-
gunta e deve ter respondido: é óbvio que sabemos. Mas sabemos na prática, vejamos 
na teoria quais são os motivos que nos levam a demandarmos moeda:
Pós-Universo 11
a. Motivo especulação – para render juros. Então demandamos moeda pelo 
motivo especulação para ganhar mais moeda.
b. Motivo transação – para comprar bens e serviços. Neste motivo, o paga-
mento de contas/dívidas está incluído.
c. Motivo precaução – para um imprevisto. Quem nunca ouviu a expressão 
“nunca se sabe o que vai ser amanhã, é melhor prevenir”?! E por esse motivo 
essas pessoas acabam guardando dinheiro em espécie.
Após entender os motivos que as pessoas demandam moeda, Mendes (2009) faz 
a seguinte afirmação: a demanda por moeda vai depender diretamente de qual é 
a renda do agente econômico e inversamente da taxa de juros. Em outras palavras, 
quanto maior a renda maior a demanda por moeda e quanto maior a taxa de juros 
menor a demanda, pois se a taxa de juros estiver muito alta será mais interessante 
deixar o dinheiro aplicado do que adquirir bens e serviços naquele momento. Para 
melhor visualizar a situação citada, analise o gráfico 01.
Oferta de
moeda
Demanda
por moeda
Taxa de juros
Volume de
moeda (R$)V
D
r
Gráfico 01: Mercado Monetário: demanda e oferta de moeda e a formação da taxa de juros
Fonte: Mendes (2009, p.185)
O gráfico 01 mostra como a taxa de juros e a demanda de moeda são inversamen-
te proporcionais. Pense na taxa de juros como um custo de oportunidade de reter 
moeda. Então, quanto maior for a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade em 
reter moeda, maior será o ganho pela especulação e menor a demanda por moeda.
A demanda de moeda é inversamente proporcional à taxa de juros e depende 
diretamente da renda do indivíduo.
atenção
Pós-Universo 12
Temos também o outro lado, a oferta de demanda, que é controlada pelo Banco 
Central. O Banco Central é o órgão que controla a oferta monetária no nosso país, 
além de todos os assuntos relacionados a ela, ou seja, é o grande responsável pela 
definição da política monetária no Brasil.
 O Banco Central tem diversas funções, entre elas:
 • Controlar a oferta de moeda.
 • Zelar pelo valor da moeda nacional.
 • Regular e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional.
 • Banco dos bancos.
 • Banco do governo.
Você percebeu como é essencial um Banco Central eficiente, já que desempenha di-
versas funções que afetam toda a população!
Porém, o banco Central não é o único que afeta a oferta de moeda, temos também 
os bancos comerciais, que são definidos como intermediários financeiros que captam 
recursos dos poupadores e emprestam para os investidores. O processo citado acima 
é o que chamamos de “criação de moeda”. Vamos ver exatamente como funciona?
Os empréstimos feitos pelos bancos comerciais são feitos mediante a abertura de um 
depósito à vista e não da entrega do dinheiro à pessoa. Esta pessoa pagará suas dívidas, 
em geral, via cheques, transferência e boletos ficando uma parte do depósito no próprio 
banco. Assim, uma parcela é reservada e a outra é emprestada para outra pessoa. Neste 
caso, houve uma multiplicação do depósito inicial e o banco vai “criando moeda”.
Para ficar mais fácil o entendimento desta situação, utilizarei um exemplo. Segundo 
Mendes (2009), um depósito inicial de R$ 100,00 em um banco, que deve manter 20% 
como reservas compulsórias. Destes R$ 100,00 o banco destina R$ 20,00 para reser-
vas e empresta R$ 80,00. Os R$ 80,00 retornam ao banco na forma de novo depósito. 
Dos R$ 80,00 R$ 16,00 transformam-se em reservas e R$ 64,00 são reemprestados. 
Esses voltam como depósito e reinicia-se o ciclo. Percebe-se que os R$ 100,00 ini-
ciais de depósitos multiplicam-se gerando uma sequência de depósitos nos valores: 
R$ 80,00; R$ 64,00; R$ 51,20; R$ 40,96 etc.
Pós-Universo 13
Reservas compulsórias é uma porcentagem que os bancos comerciais são 
obrigados a depositarem no Banco Central para a segurança do Sistema 
Financeiro Nacional.
atenção
Assim, segundo o mesmo autor, um depósito inicial de R$ 100,00 gerou um total 
de depósitos no banco de R$ 500,00, isto é, foi multiplicado por 5. Como milhões 
de depósitos à vista e se ele deve recolher compulsoriamente 20% junto ao Bacen, 
então o poder de criação de moeda desse banco é de R$ 500 milhões (ou seja: R$ 
100 milhões divididos por 0,2). 
Somente o Banco Central pode autorizar a emissão de moeda e os bancos 
comerciais multiplicam esta moeda por meio de empréstimo!
atenção
Instrumentos da Política Monetária
Para controlar a quantidade de moeda em circulação e consequentemente, afetar a 
taxa de juros, a política monetária possui três instrumentos que o governo pode utilizar:
1. Reservas ou Depósitos Compulsórios - Os depósitos compulsórios re-
presentam parte dos recursos que os bancos “arrecadam” no mercado sob 
a forma de depósitos. Essa parte é a que fica retida junto ao Banco Central, 
em outras palavras, os bancos comerciais são obrigados a depositarem uma 
parte de todos os depósitos no Banco Central. Quanto maior for o percen-
tual do depósito compulsório, menor será a oferta de moeda e vice-versa.
2. Taxa de Redesconto - Também conhecido como empréstimos de liquidez 
por alguns autores, a Taxa de Redesconto é a taxa que os bancos comer-
ciais pagam ao Banco Central quando precisam de dinheiro emprestado. 
Por exemplo, digamos que um banco comercial precisa de recursos, ele 
Pós-Universo 14
pode conseguir esses recursos em outros bancos, mas, em última instância, 
se ele não conseguir empréstimos com seus pares, ele recorrerá ao Banco 
Central. A taxa de juros cobrada pelo Banco Central dos bancos comerciais 
é a chamada taxa de redesconto. Se o governo deseja que haja uma eleva-
ção da quantidade de dinheiro em circulação, ele irá diminuir o valor dessa 
taxa, em contrapartida se quiser que há uma redução na quantidade de di-
nheiro na economia ele eleva essa taxa.
3. Operação de open Market ou mercado aberto – é a compra e venda 
de títulos públicos. Então, se o governo quiser aumentar a quantidade de 
moeda em circulação, ele compra os títulos públicos que estão nas mãos 
da população. Caso contrário, se ele quiser reduzir a atividade econômica, 
ele vende títulos públicos.
A figura 01 mostra o feito da compra dos títulos públicos pelo Banco Central 
nas variáveis macroeconômicas. O Banco Central ao adquirir os títulos pú-
blicos, aumentam a oferta de moeda e as reservas bancárias, com isto, a 
taxa de juros cai fazendo com que o consumo e o investimento aumen-
tem, a moeda é desvalorizada e os preços dos ativos sobem. Com a moeda 
desvalorizada, as exportações aumentam e com os preços dos ativos mais 
altos, o consumo e o investimento também aumentam. Toda esta situação 
faz com que a demanda agregada aumente também.
Os
investimentos
e o consumo
crescem
O Bacen
compra
títulos
públicos
A oferta
monetária e
as reservas
bancárias
aumentamAs taxas
reais de juros
caem
A moeda 
local isto é,
o real (R$)
desvaloriza
As
exportações
líquidas se
expamdem
A demanda
agregada
aumenta
Os preços
dos ativos
sobem
Os
investimentos
e o consumo
crescem
Figura 01 – Efeitos da compra de títulos públicos pelo Banco Central sobre as variáveis macroeconômicas
Fonte: Carvalho et al. ( 2008)
Pós-Universo 15
Você percebeu que o governo pode utilizar qualquer um dos três instrumentos para 
aumentar ou reduzir a quantidade de moeda em circulação e consequentemente, 
estimular ou desestimular a atividade econômica. Porém, além da quantidade de 
moeda em circulação, temos também a taxa de juros.
Taxa de Juros
Taxa de juros pode ser definida como o preço do uso do dinheiro. Neste sentido, 
Gremaud et al. (2007 p. 285) definem taxa de juros como o que se ganha pela apli-
cação de recursos durante determinado período de tempo, ou, alternativamente, 
aquilo que se pega pela obtenção de recursos de terceiros (tomada de empréstimo) 
durante determinado período de tempo.
Verificando a definição de taxa de juros, já é possível inferir que essa é uma va-
riável das mais importantes em qualquer economia, visto que a partir dela muitas 
decisões são tomadas. Por exemplo, se um empresário deseja fazer um investimento 
uma das variáveis que ele levará em consideração é a taxa de juros. Se uma pessoa 
física pretende comprar um produto e vai pagá-lo a prestação, quanto ele pagará de 
juros vai afetar diretamente sua decisão de compra. 
Então, sabendo o que é e como é importante a taxa de juros, verifiquemos como 
ela é formada. No Brasil a chamada taxa básica de juros é a SELIC – Serviço Especial 
de Liquidação e Custódia, é básica porque a partir dela é que as demais taxas são es-
tabelecidas, ou seja, as demais taxas de juros, como do cheque especial e do cartão 
de crédito, são baseadas na Taxa SELIC.
A Taxa SELIC é definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), órgão que 
pertence ao Banco Central. Sempre que a definição da SELIC acontece, essa infor-
mação é bastante divulgada, justamente por causa daquilo que conversamos agora 
mesmo, a intenção do governo é informar o que ele deseja dos agentes econômi-
cos através de sua decisão de elevar, manter ou reduzir a SELIC.
A SELIC é a taxa de juros básica da economia. Então, todas as demais taxa 
de juros, são formadas com base da SELIC!
atenção
Pós-Universo 16
Como a Política Monetária 
Afeta a Economia 
Agora que já estudamos um pouco sobre moeda e as variáveis que envolvem a po-
lítica monetária, vamos discutir como o governo faz política monetária e quais os 
resultados que pretende com ela.
Em geral dizemos, tecnicamente, que a política monetária pode ser contracionista 
ou expansionista e o que quer dizer isso? Uma política monetária contracionista é 
feita se o governo deseja frear a economia, melhor dizendo, se, na visão do governo, 
a economia está muito aquecida, as pessoas/empresas estão utilizando muito a 
moeda para as mais diversas funções e ele deseja que isso seja reduzido, ele pratica-
rá política monetária contracionista . Ai você pode me dizer: Mas quando o governo 
vai querer desaquecer a economia? Quando, por exemplo, a inflação estiver muito 
elevada. E como se faz essa política? A ferramenta mais utilizada, no Brasil, é a taxa 
de juros, mas todos os instrumentos de política monetária citados anteriormente são 
e podem ser utilizados.
Já política monetária expansionista funciona no sentido inverso, se o governo acha 
que a economia está desaquecida e ele pretende estimular essa economia ele poderá 
reduzir a taxa de juros o que levará os agentes econômicos a reaquecerem a economia.
A figura 02 mostra como a política monetária pode afetar a economia.
Decisões de Política
Monetária
Taxa de Juros Requerimentos Compulsórios
Crédito
Produto Real
Moeda
Nível de Preços
Taxa de Redesconto
Taxa de câmbio
Figura 02 – O Mecanismo de Transmissão da Política Monetária - Brasil
Fonte: Gontijo (2007)
Pós-Universo 17
Como pôde ser visto a decisão da política monetária tem três caminhos a serem se-
guidos: alterar a taxa de juros ou os depósitos compulsórios ou a taxa de redesconto 
e cada variável/instrumento alterado gerará um afeito. Por exemplo, a taxa de juros 
afeta diretamente o crédito, a moeda, o produto e a taxa de câmbio (veremos taxa 
de câmbio na quarta aula desta unidade) e o nível geral de preços (inflação). Já os 
depósitos compulsórios e a taxa de redesconto, afeta o crédito, a moeda, que por 
sua vez, afeta o produto, o nível geral de preços e a taxa de câmbio.
A tabela abaixo mostra a variação da taxa de juros SELIC no período compreen-
dido entre 02/05/2014 e 02/06/2014.
Data Taxa (%a.a.)
Fator 
diário
Base de cálculo 
(R$)
Estatísticas
Média Mediana Moda Desvio padrão
Índice de 
curtose
02/05/2014 10,90 1,00041063 266.004.322.181,56 10,90 10,89 10,90 0,03 292,49
05/05/2014 10,90 1,00041063 276.295.337.059,08 10,90 10,89 10,90 0,03 338,20
06/05/2014 10,90 1,00041063 274.715.732.545,24 10,90 10,89 10,90 0,03 311,73
07/05/2014 10,90 1,00041063 274.860.836.635,56 10,90 10,89 10,90 0,03 326,53
08/05/2014 10,90 1,00041063 303.779.370.838,58 10,90 10,89 10,90 0,03 315,56
09/05/2014 10,90 1,00041063 282.385.424.539,29 10,90 10,89 10,90 0,03 326,28
12/05/2014 10,90 1,00041063 275.211.464.631,44 10,90 10,89 10,90 0,03 352,15
13/05/2014 10,90 1,00041063 250.701.795.682,93 10,90 10,89 10,90 0,04 223,18
14/05/2014 10,90 1,00041063 270.933.938.420,39 10,90 10,89 10,90 0,03 325,41
15/05/2014 10,90 1,00041063 294.755.909.682,28 10,90 10,89 10,90 0,02 412,18
16/05/2014 10,90 1,00041063 283.965.395.335,42 10,90 10,89 10,90 0,03 379,43
19/05/2014 10,90 1,00041063 271.162.147.481,41 10,90 10,89 10,90 0,03 336,78
20/05/2014 10,90 1,00041063 270.694.633.510,59 10,90 10,89 10,90 0,03 359,40
21/05/2014 10,90 1,00041063 236.273.265.813,37 10,90 10,89 10,90 0,03 264,21
22/05/2014 10,90 1,00041063 238.402.474.775,10 10,90 10,89 10,90 0,03 303,82
23/05/2014 10,90 1,00041063 224.363.415.983,42 10,90 10,89 10,90 0,07 130,63
26/05/2014 10,90 1,00041063 201.917.460.813,80 10,90 10,89 10,90 0,03 274,71
27/05/2014 10,90 1,00041063 207.690.252.133,37 10,90 10,89 10,90 0,03 248,09
Fonte: Banco Central (2014)
Pós-Universo 18
Política
fiscal 
Pós-Universo 19
Uma política bastante discutida pelas pessoas é a política fiscal, que trata basicamen-
te, dos gastos e arrecadação do governo. Então, política fiscal é a atuação do governo 
no que diz respeito à arrecadação de tributos e aos gastos públicos, com o objetivo 
básico conduzir, de forma eficiente, a área administrativa do governo, promovendo o 
bem-estar social, mediante melhorias da infraestrutura, como construção de escolas, 
estradas, hospitais, salários de funcionários etc.
Política Fiscal é a atuação do governo no que diz respeito aos gastos e 
arrecadação.
quadro resumo
Então, quando o governo eleva ou reduz algum tributo, ele também está fazendo po-
lítica fiscal. Normalmente, ouvimos ou lemos a manchete: “Brasil fecha período com 
superávit primário” ou “Brasil fecha período com déficit primário”, e o que isso quer dizer? 
Tributos são divididos em impostos, taxa e contribuições.
atenção
Déficit ou Superávit primário é definido por Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. (2008) 
como a diferença entre as receitas não financeiras e os gastos não financeiros. Se o 
governo gastou mais do que arrecadou ele tem déficit e se ele gastou menos do que 
arrecadou ele tem superávit. Esse conceito, segundo os mesmos autores, mostra exa-
tamente como o governo está conduzindo sua política fiscal, já que nesse conceito 
não se inclui dívida e nem os juros da dívida. 
Déficit e Superávitprimário é a diferença entre que o que o governo arre-
cada e o que ele gasta. Neste cálculo não é incluído pagamentos de juros 
e da dívida pública.
atenção
Pós-Universo 20
Quando o governo tem superávit em suas contas significa que ele arrecadou mais 
do que gastou e isso pode ser traduzido como uma política fiscal contracionista, 
ou seja, ele está recebendo mais impostos e taxas da população, e por que se chama 
política contracionista? Porque com essa atitude o governo está arrecadando mais 
dinheiro do que gastando e com isso o dinheiro tem girado menos na economia e 
por consequência, gerado menos empregos, menos crescimento.
Já quando o governo tem déficit em suas contas, ele gastou mais do que arreca-
dou, podemos dizer que ele está fazendo uma política fiscal expansionista, isso 
porque se o governo gasta mais do que arrecada ele está estimulando a economia 
através da injeção de recursos. 
Então, a função da política fiscal é a de ajudar o governo a atingir seus objeti-
vos (contrair ou expandir a economia) e, assim, o governo a utiliza através dos seus 
gastos e arrecadações. A maior parte das arrecadações do governo brasileiro se dá 
pelos impostos. De acordo com Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. (2008), o Brasil 
sempre utilizou a estrutura tributária para estimular setores da economia. 
Como a política fiscal é bastante utilizada pelo governo brasileiro e sua arreca-
dação vem principalmente dos impostos, é importante conhecer como os tributos 
são classificados para entender a estrutura tributária brasileira. Os tributos são clas-
sificados de duas formas: sobre a forma de incidência e sobre a base de incidência.
Sobre a forma de incidência:
DIRETOS
NDIRETOS
São os tributos que incidem diretamente sobre o agente pagador, ou seja, 
sobre a renda e riqueza, como por exemplo, IPTU, Imposto de Renda e IPVA. 
Este tipo de tributo corresponde a, aproximadamente, 25,7% da arrecadação.
São os tributos que incidem sobre o preço dos bens e serviços. Este tipo cor-
responde a 48,% da participação e é dividido entre consumidores e empresas 
e podemos citar o ICMS, IOF, IPI, ISS, entre outros. 
Pós-Universo 21
O quadro abaixo mostra alguns tributos diretos e indiretos e as respec-
tivas alíquotas.
TRIBUTOS ALÍQUOTA
Diretos
IRFP Entre 7,5% e 27,%, conforme a renda
IPTU Varia conforme a região e o tamanho do imóvel
IPVA Varia conforme o valor do veículo e estado
Indiretos
ICMS 27 legislações diferentes
IOF Depende da operação financeira
ISS De 2% a 5%
IPI Varia do tipo de bem
Quadro 01 
Fonte: Elaboração própria com dados baseados no <www.impostrometro.com.br>. (2013)
fatos e dados
Você deve estar se perguntando sobre os outros 25,8%. Este percentual corresponde 
às contribuições, como INSS e FGTS. O quadro 5 mostra os principais tributos diretos 
e indiretos do país e suas respectivas alíquotas.
 • Sobre a base de incidência:
 • Progressivos – esse tipo de tributo aumenta conforme a renda aumenta, 
ou seja, os mais ricos pagam mais. Como exemplo, podemos citar os tri-
butos diretos.
 • Regressivos – os regressivos aumentam, proporcionalmente, confor-
me a renda diminuiu, em outras palavras, as classes menos favorecidas 
sentem mais o peso desse tipo de tributo do que as classes altas, isto 
porque são os tributos indiretos, ou seja, incidem sobre bens e serviços.
 • Neutros – independente da renda, a taxação é a mesma, como exemplo, 
as contribuições.
Pós-Universo 22
INSTRUMENTOS E IMPACTO 
DA POLÍTICA FISCAL
Assim como na política monetária, na política fiscal o governo também utiliza instru-
mentos para estimular ou desestimular a economia, de modo a atingir seus objetivos 
que podemos citar, por exemplo, o crescimento e estabilização econômica. No caso 
da política fiscal, os instrumentos utilizados são gastos e arrecadação. 
Se o governo quiser estimular a economia através da política fiscal, ele tem duas 
opções: ou reduz o valor dos impostos ou expande os gastos, principalmente em 
infraestrutura. Caso contrário, se o objetivo for desestimular a economia, por causa, 
por exemplo, de um aumento exagerado da demanda que esteja gerando inflação, 
o governo pode aumentar os impostos ou reduzir os gastos.
Você deve estar se perguntando se o governo ou altera os impostos ou altera 
os gastos. Não, o governo pode estimular ou desestimular a economia alterando as 
duas variáveis e não somente uma.
Os instrumentos da política fiscal também são muito eficazes na melhoria da distri-
buição de renda. Uma forma de reduzir a desigualdade de renda é reduzir os impostos 
indiretos e ou aumentar os gastos governamentais para as classes menos favorecidas.
“O peso dos tributos sobre o preço final dos alimentos no Brasil chega a 
16,9%. Nos dez maiores países da Europa, corresponde, em média, a 5,1%; 
nos EUA, só 0,7%” –Paulo Skaf, presidente da FIESP/CIESP.
reflita
A política fiscal também pode ser utilizada para desenvolver setores específicos da eco-
nomia ou regiões do país, como foi o caso, no ano de 2012, do setor automobilístico, 
no qual o governo reduziu o imposto sobre produção industrial (IPI) dos automóveis 
e da linha branca, assim, reduzindo o preço dos bens, aumentando a demanda, au-
mentando a produção e consequentemente, desenvolvendo estes setores.
É dentro da política fiscal que o governo decide onde fará seus investimentos, 
dessa forma ela influencia diretamente os cidadãos. Além disso, é através dessa polí-
tica que verificamos se o governo está endividado ou não, de onde tem vindo e pra 
onde estão indo seus recursos.
Pós-Universo 23
Porcentagem de impostos incluída nos produtos selecionados.
Produto % de Impostos
Batatinha (in natura) 11,22
Frango congelado 16,80
Ovos de galinha 20,59
Fubá 25,28
Água Mineral 44,55
Cerveja (garrafa ou lata) 55,60
Sapato 36,17
Gasolina 53,03
Fralda descartável 34,21
Livros 15,52
Fonte: Elaboração própria com base nos dados encontrados em:<http//www.impos-
tometro.com.br>
fatos e dados
Pós-Universo 24
Política
cambial
Pós-Universo 25
Nesta aula, discutiremos a terceira política macroeconômica, a política cambial, que 
pode ser definida como a atuação do governo na administração da taxa de câmbio 
e no controle das operações cambiais. 
Política Cambial é a atuação do governo no que diz respeito à administra-
ção da taxa de câmbio e no controle das operações cambiais.
quadro resumo
TAXA DE CÂMBIO 
Como você percebeu pela definição de política cambial, a principal variável utiliza-
da é a taxa de câmbio, mas o que é taxa de câmbio? 
 Taxa de câmbio é o preço, em moeda corrente, de uma unidade de moeda estrangeira, 
em outras palavras, é o preço de uma moeda em relação à outra. No Brasil comparamos 
muito o valor do Real com o Dólar americano, então, vamos supor que o câmbio seja 
igual R$ 2,00. Isto significa que são necessários dois reais para comprar um dólar.
US$ 1 = R$ 2
Você sabe como a taxa de câmbio é formada?
A taxa de câmbio pode ser determinada de duas formas, porém, uma maneira 
exclui a outra: a primeira é pela decisão das autoridades monetárias, que no caso brasi-
leiro é o Banco Central, que fixa de tempos em tempos, a taxa de câmbio e a segunda 
forma é pelo funcionamento do mercado, ou seja, pela famosa lei da oferta e demanda. 
A demanda de moeda estrangeira é oriunda das importações e de todas as ope-
rações que são derivadas de saída de moeda estrangeira do país, como viagens ao 
exterior, devedores brasileiros em moeda estrangeira etc. Já a oferta é decorrente 
das exportações e de todas as operações que fazem moeda estrangeira entrar no 
país, como turistas em viagens ao país, receitas cambiais em serviços, investimento 
estrangeiro direto, entreoutras.
Quando falei que a taxa de câmbio pode ser determinada de duas formas, sig-
nifica que dependerá do regime cambial do país, ou seja, pelo modelo de taxa de 
câmbio que é adotado pelo país, que podem ser classificados em três tipos principais:
Pós-Universo 26
a. Taxa de câmbio fixa – neste regime, o Banco Central determina, ante-
cipadamente, qual será o valor do câmbio. Por exemplo, R$1 = US$1. O 
problema é que neste regime o governo é obrigado a comprar e vender 
moeda a uma taxa estabelecida para manter o câmbio fixo, o que pode 
acarretar déficit público.
De acordo com Vasconcellos et al. ( 2011), as principais vantagens deste 
tipo de regime é que não ocorre instabilidade cambial e pode contribuir 
para o controle da inflação. A desvantagem é a perda de política mone-
tária como instrumento de política econômica. Além da dificuldade de se 
escolher a taxa de câmbio “correta” do mercado, o que pode gerar movi-
mentos especulativos.
Para manter o câmbio fixo é preciso que o país tenha uma boa quantida-
de de Reservas Internacionais, ou seja, moeda internacional, pois o Banco 
Central do país é quem administrará o câmbio e para isso, precisará traba-
lhar com essas Reservas. Você deve estar se perguntando como? Entenda 
o esquema montado na figura 01.
Preço do Dólar = 1Real 
O Dólar está muito barato
e as pessoas demandam
mais dólar. 
Se o regime é Câmbio Fixo Se o regime é Câmbio Flutuante 
Apesar de haver pressão do
mercado, o preço do Dólar não
muda. O Banco Central passa a
ofertar Dólar para atender esse
aumento na demanda e manter
o seu preço.
O preço do Dólar aumenta. 
A causa é a mesma que vocês
aprenderam na unidade II.
A demanda aumentou e a
oferta foi mantida então houve
um aumento no preço 
Figura 01 – Modificação do preço da moeda nos regimes de câmbio fixo e flutuante
Fonte: Elaboração própria (2013)
Quando temos taxa de câmbio fixo e o mercado demanda muita moeda 
estrangeira, o Banco Central entra no mercado cambial ofertando moeda 
internacional para que o preço dela não suba (não haja alteração na taxa 
Pós-Universo 27
cambial). Se o mercado está demandando pouca moeda internacional a ponto 
de haver uma queda no seu preço, o Banco Central entra nesse mercado 
comprando a moeda para evitar que o preço dela caia. Com esses mecanis-
mos, por parte do Banco Central, é que se mantém uma taxa de câmbio fixa.
b. Taxa de câmbio flutuante – é determinada pelo mercado, como já foi 
explicado, pela lei da oferta e da demanda por moeda estrangeira. A vanta-
gem, segundo Vasconcellos et. al (2011), é a utilização do critério de mercado 
para determinar o preço da moeda estrangeira, sem necessidade de inter-
ferência direta do Banco Central, que poderá direcionar os instrumentos de 
política monetária para outros objetivos que não seja a taxa de câmbio. A 
desvantagem é que a taxa de câmbio pode ser muito volátil, afetando ra-
pidamente o comércio internacional.
Indiretamente o Banco Central, mesmo adotando o regime cambial flutuan-
te, interfere na determinação do preço da moeda no mercado, através da 
compra e venda de moeda estrangeira.
atenção
 
O gráfico 01 mostra como a taxa de câmbio é formada no regime de câmbio flutuante.
Oferta de
dólar
Demanda
de dólar
(R$/US$)
Volume
negociado
de dólarV
2,2
Gráfico 01 – Formação da taxa de câmbio
Fonte: Mendes (2009)
Pós-Universo 28
O valor da taxa de câmbio no regime de câmbio flutuante é formado quando 
as curvas de oferta e demanda por dólares se interceptam. No nosso exemplo, 
acontece quando o valor do dólar é de R$2,20 e o volume comercializado de 
moeda (dólar) é “V”. Os motivos que fazem os agentes econômicos deman-
darem moeda estrangeira e ofertarem moeda estrangeira já foram citados 
nesta seção.
Quando temos um aumento da demanda por dólares, caso de aumento das 
importações, a taxa de câmbio aumenta (valoriza), deslocando a curva de 
demanda para cima. Já no caso de uma redução da demanda por dólares, 
como por exemplo, quando exportamos muito, a curva de demanda se 
desloca para baixo, reduzindo o valor da taxa de câmbio, já que teremos mais 
dólares em circulação, sendo assim, seu preço abaixa (desvaloriza).
Da forma similar acontece com a oferta de dólares. Quando temos muita 
oferta, a curva de oferta se desloca para baixo, reduzindo o valor do câmbio, 
como no caso de um aumento das exportações. Já quando temos pouca 
oferta, a curva se desloca para cima, valorizando a moeda estrangeira, caso 
do aumento de importações.
c. Bandas cambiais – regime cambial intermediário entre a taxa de câmbio 
fixa e flutuante. Neste regime, o Banco central determina o valor mínimo e 
máximo da taxa de câmbio e no intervalo, o mercado funciona livremen-
te. Por exemplo, a taxa pode ser entre 1,5 e 2,0, entre esses dois valores o 
mercado funciona livre. Caso o valor do câmbio chegue ao limite máximo 
ou mínimo, o Banco Central interfere.
No Brasil, assim que o Plano Real foi implementado, a taxa de câmbio era 
fixa, passando para bandas de flutuação e após 1999, a taxa de câmbio flu-
tuante foi adotada. 
Pós-Universo 29
A tabela abaixo mostra as paridades em relação ao Euro dos países que 
fazem parte da União Europeia e que adotaram o Euro como moeda oficial.
Nome Paridade
Coroa Estonia 15,6466
Coroa Eslovaca 30,1260
Dracma/Grecia 340,7500
Escudo Cabo Verde 110,2650
Escudo Portugues 200,4820
Florim Holandes 2,20371
Franco Belga/Belg 10,3399
Libra Cip/Chipre 0,585274
Libra/Irlanda 0,787564
Lira/Malta 0,4293
Lira Italiana 1936,2700
Marco Alemão 1,95583
Marco Finlandes 5,94573
Peseta Espanhola 166,3860
Tola/Eslovenia 239,6400
Xelim Austríaco 13,7603
Fonte: Banco Central (2014)
fatos e dados
A partir do que foi discutido, podemos verificar como a taxa de câmbio influencia a 
economia. O quadro 01 mostra as vantagens e desvantagens de cada regime cambial.
Pós-Universo 30
Câmbio Fixo Câmbio Flutuante
Características • Banco Central fixa a taxa de 
câmbio.
• O Banco Central é obri-
gado a disponibilizar as 
reservas cambiais.
• O mercado (oferta e demanda de 
divisas) determina a taxa de câmbio.
• O Banco Central não é obrigado a 
disponibilizar as reservas cambiais.
Vantagens • Maior controle da inflação 
(custos das importações 
estáveis)
• Política monetária mais indepen-
dente do câmbio.
• Reservas cambiais mais protegi-
das de ataques especulativos.
Desvantagens • Reservas cambiais vul-
neráveis a ataques 
especulativos.
• A política monetária (taxa 
de juros) fica dependen-
te do volume de reservas 
cambiais.
• A taxa de câmbio fica muito de-
pendente da volatilidade do 
mercado financeiro nacional e 
internacional.
• Maior dificuldade de controle das 
pressões inflacionárias, devido às 
desvalorizações cambiais.
Quadro 01 – Vantagens e desvantagens dos regimes cambiais
Fonte: Vasconcellos (2008)
No quadro 01 Vasconcellos (2008) resumiu bem as vantagens e desvantagens de cada 
regime cambial, cabe a autoridade econômica (e política) escolher o que melhor se 
adéqua a realidade do seu país. 
Oferta e demanda por dólares
Qualquer transação que seja realizado com o exterior é influenciada pela taxa de 
câmbio, ela pode determinar se certo produto será ou não adquirido. Pensando 
dessa maneira podemos entender que governos podem utilizar a política cambial 
para atingir seu objetivo.
Vamos tratar do nosso caso específico do mercado brasileiro. Quem demanda 
dólar? Quem oferta dólar? Em outras palavras quem compra e quem vende dólares? 
Demanda por dólares:
 • Turistas que viajam para o exterior.
 • Pessoas ou empresas que importam produtos (compram produtos do 
exterior).
Pós-Universo 31• Pessoas ou empresas que contraíram dívidas no exterior e precisam saldá-las.
 • Filiais de empresas cujas sedes são no exterior (ao remeterem lucros e dividendos).
 • Oferta de dólares:
 • Pessoas ou empresas que exportam seus produtos.
 • Turistas estrangeiros que veem ao Brasil.
 • Investidores estrangeiros que investem no Brasil.
 • Quem faz empréstimos no exterior.
VALORIZAÇÃO E DESVALORIZAÇÃO 
CAMBIAL E SUA INFLUÊNCIA 
NA ECONOMIA
Outro ponto fundamental a ser discutido ao analisar a política cambial é a valorização e 
desvalorização cambial, já que como discutimos, a taxa de câmbio influencia diretamen-
te as importações e exportações do país. Em outras palavras, estimula ou desestimula 
o comércio internacional e consequentemente, a produção interna, o número de em-
pregos, o nível de renda, a competitividade da indústria nacional, entre outros fatores. 
Antes de começarmos a discutir o que acarreta uma valorização ou desvaloriza-
ção cambial, é importante reconhecer quando isto acontece. Supondo que no dia 
01 de dezembro de 2013, a taxa de câmbio (lembramos que vou utilizar real/dólar 
em função da sua importância) é de 2,31 e no dia 02 de dezembro do mesmo ano, o 
câmbio passou para 2,33. O que estes valores significam? Neste caso, houve uma des-
valorização cambial, ou seja, no primeiro dia, eram necessários R$2,31 para comprar 
US$ 1,00. No dia seguinte, já foi necessário R$2,33 para comprar US$1,00, havendo 
um aumento de dois centavos para cada dólar demandado. Então, quanto maior 
este valor, mais desvalorizada estará a nossa moeda (real)
Agora se no dia 03 de dezembro, a taxa de câmbio voltou para R$ 2,31. Neste 
caso, houve uma valorização cambial, pois era necessário R$ 2,33 para comprar US$ 
1,00 e agora são necessários R$2,31 para adquirir os mesmo US$ 1,00. Então, quanto 
menor o valor, mais valorizada estará nossa moeda.
Pós-Universo 32
Agora que você já sabe o que é uma desvalorização e uma valorização cambial, 
iremos discutir sua influência na economia e no comércio internacional. Uma valo-
rização cambial ou apreciação cambial estimula as importações, ou seja, aumenta a 
compra de produtos importados, pois nossa moeda está cara em relação à moeda 
estrangeira, com isto, os produtos estrangeiros estão relativamente, mais baratos. Irá 
desestimular as exportações, pois nossos produtos estão caros. Com isto, irá aumenta 
a competição, pois produtos nacionais disputarão mercado com produtos estran-
geiros, e os preços serão mantidos baixos (quanto maior a competição, menor o 
preço, pois caso o empresário aumente o preço do produto, perderá mercado), re-
duzindo a taxa de inflação. Outro ponto positivo quando a moeda está valorizada é 
o aumento a produtividade, pois há um incentivo à modernização da indústria, em 
função do aumento da competitividade e das importações de bens de capital, re-
duzindo os custos de produção.
Bens de capital são os bens necessários para produzir produtos, como má-
quinas e equipamentos.
atenção
As desvantagens da valorização cambial, segundo Vasconcellos et. al. (2011), são em 
relação aos setores nacionais que não estão preparados para competição externa, 
pode sofrer grandes reduções na venda de seus produtos, reduzindo a produção e 
aumentando o desemprego. Os exportadores também são prejudicados, pois nossos 
produtos ficam mais caros no mercado internacional. Como as importações podem 
ser maiores que as exportações, tende a haver déficit comercial. Com isto, o país 
pode buscar recursos no exterior para manter suas reservas cambiais, aumentando 
a vulnerabilidade externa.
Déficit comercial acontece quando o total, em valor, das importações, é 
maior que das exportações.
atenção
Pós-Universo 33
Para Maia (2011), a valorização cambial gera:
 • Problemas financeiros para as empresas que levantam empréstimos em 
moeda estrangeira.
 • Redução do custo dos insumos importados, principalmente matéria-prima.
 • Prejudica as exportações.
 • Estimula as importações.
 • Prejudica o turismo do exterior, pois o turismo interno fica muito caro.
 • Estimula o turismo ao exterior, pois é barato viajar para outros países.
 • Cria um processo recessivo porque desestimula a criação de empresas, 
tanto no setor industrial quanto no turismo.
 • Redução das reservas cambiais, pois o governo precisa vender suas divisas 
para cobrir déficits no Balanço de Pagamentos.
 • Elevação das taxas de juros internos para atrair capital estrangeiro, encare-
cendo a produção e aumentando o custo de vida, gerando desemprego 
e recessão.
Já uma desvalorização cambial ou depreciação cambial, estimula as exportações 
e desestimula as importações, pois os produtos estrangeiros ficam mais caros e os 
nossos produtos mais baratos. Com isto, aumentando a produção interna, gerando 
empregos e renda, consequentemente, a demanda agregada também aumenta. 
Claro, que como na economia sempre tem um lado negativo, a desvalorização 
cambial, aumenta a oferta de moeda, pois as exportações fazem entrar dólares no 
país que precisam ser trocados por real para ser comercializado, expandindo a quan-
tidade de moeda em circulação, o que pode gerar inflação e aumentando a dívida 
externa do país.
Para Maia (2011), a desvalorização cambial:
 • Estimula as exportações.
 • Aumento o turismo do exterior ao país.
 • Desestimula as importações.
Pós-Universo 34
 • Reduz o turismo do país ao exterior.
 • Aumenta o número de empregos, já que aumenta as exportações e con-
sequentemente a produção.
 • Protege o parque industrial nacional da competição externa, no longo 
prazo, tornando-o obsoleto, produção com custos altos e qualidade baixa.
 • Encarece as importações de matéria-prima.
 • Os ativos nacionais tornam-se mais baratos para os estrangeiros, facilitando 
a compra das empresas nacionais por estrangeiros, ocorrendo desnacio-
nalização da produção.
Agora que você conhece as vantagens e desvantagens da valorização e da desvalori-
zação cambial para a economia, tanto no curto prazo quanto no longo prazo, se você 
pudesse escolher, optaria por uma taxa de câmbio mais valorizada ou mais desvalo-
rizada? Esta é uma pergunta difícil, pois tanto a valorização quanto a desvalorização 
cambial trazem pontos positivos e negativos para a economia.
“Quando a realidade muda, minhas convicções também mudam.”
John M. Keynes (1883-1946)
reflita
Pós-Universo 35
INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Até aqui, discutimos a política cambial com foco na taxa de câmbio e nas operações 
cambiais. Porém, este é o principal, mas não o único instrumento da política cambial. 
Você sabe quais são os outros instrumentos utilizados? Os instrumentos são:
a. Intervenção no mercado cambial – o governo administra a valorização 
e desvalorização da taxa de câmbio e as operações cambiais. Este meca-
nismo discutimos na seção acima.
b. Políticas comerciais – este instrumento é voltado mais diretamente para 
o comércio internacional, ou melhor, para o fluxo de mercadorias e serviços. 
O governo pode utilizá-lo por meio de fixação de quotas para importação 
e exportação; impondo tarifas também a importação e exportação; subsí-
dios, entre outros.
Para entendermos melhor o instrumento conhecido como política comer-
cial, tem que ficar claro o que é política comercial!
Política comercial são as restrições e regulamentações que os países impõem 
ao livre fluxo do comércio internacional. Estas restrições são comerciais 
e barreiras não tarifárias. As restrições comerciais são, principalmente, as 
tarifas, que podem ser definidas como uma taxa ou imposto cobrado sobre 
o produto comercializado e podem ser: Tarifas de importações que é a mais 
utilizada das tarifas, pois é uma taxa cobrada sobre os produtosimporta-
dos, enquanto as tarifas de exportações, que são pouco utilizadas, são as 
taxas cobradas sobre os produtos que serão exportados.
As tarifas podem ser ad valorem, específicas ou compostas. O primeiro tipo 
é uma porcentagem fixa sobre o valor do produto, por exemplo, vamos 
supor que o Brasil importe trigo de Argentina a R$ 477,00/ tonelada e cobre 
uma tarifa ad valorem de 10% sobre o valor do produto. Neste caso, o valor 
total do imposto será de R$ 47,7 por tonelada.
O segundo tipo, a tarifa específica, é a quantia fixa por unidade física do 
produto, independente do preço. Voltando ao exemplo do trigo, se o governo 
brasileiro resolvesse cobrar imposto específico de R$5,00/tonelada e as 
empresas brasileiras importassem um milhão de toneladas do produto. O 
valor do imposto seria de R$ 5,00/tonelada, independe do preço do bem.
Pós-Universo 36
O terceiro tipo e o mais caro tipo de tarifa é a composta, uma combinação 
das tarifas ad valorem e específica. No nosso exemplo, o preço pago de 
imposto neste tipo de tarifa seria de R$ 47,7 por tonelada mais R$ 5,00 por 
tonelada, um total de R$ 52,7 por tonelada de trigo importada.
Já nas barreiras não tarifárias temos as cotas que são restrições diretas sobre 
a quantidade que um bem pode ser importado ou exportado e os subsídios 
que são um pagamento, por parte do governo, a uma empresa ou indiví-
duo que enviam bens ao exterior. Como exemplo bem atual, posso citar 
que até julho de 2013, o governo brasileiro aumentou a cota de importa-
ção de trigo de um milhão de toneladas para dois milhões de toneladas 
com uma tarifa de zero por cento. Outro exemplo é a cota para importa-
ção de fibras de algodão, que passou para 80 mil toneladas com tarifas de 
zero por cento também.
As políticas comerciais são utilizadas para, principalmente, desenvolver a in-
dústria nacional e são excelentes mecanismos de crescimento econômico.
c. Tratamento ao capital estrangeiro – este instrumento é utilizado para 
controlar as condições de remessa e ingressos de lucros para o exterior.
atividades de estudo
1. Políticas macroeconômicas são fundamentais para o desenvolvimento e crescimen-
to econômico. Em relação à definição de políticas econômicas, marque a alternativa 
correta:
a) São definidas como a atuação do governo para atingir um determinado objetivo.
b) São a atuação da população que exige que o governo faça uma política econômica.
c) É uma necessidade social e é elaborada por toda a sociedade.
d) São sempre apresentadas antes das eleições.
2. Discutimos nesta primeira aula que além das políticas macroeconômicas que é o 
foco do nossa disciplina, ainda temos outras políticas públicas. Em relação a estas 
outras políticas públicas, marque a alternativa correta:
a) Social, industrial e política.
b) Social, industrial e ambiental.
c) Educacional, saúde e fiscal.
d) Agroindustrial, educacional e ambiental.
atividades de estudo
3. Política monetária é a atuação do governo do que diz respeito à quantidade de 
moeda em circulação e a taxa de juros. O governo pode estimular ou desestimular 
a economia utilizando os instrumentos da política monetária. Em relação à política 
monetária, marque a alternativa correta: 
I) A taxa de redesconto é a taxa de juros que os bancos comerciais pagam ao banco 
central pelos empréstimos. 
II) Se o objetivo do banco central for reduzir a inflação, ele poderá aumentar a taxa 
de juros através do aumento da quantidade de moeda em circulação. 
III) Quanto menor for o valor dos depósitos compulsórios, maior será a quantidade 
de moeda em circulação e maior será a taxa de juros. 
IV) Se o objetivo do governo for aquecer a economia utilizando a política monetária, 
ele poderá comprar títulos públicos que estão nas mãos da população, aumen-
tando assim, a quantidade de moeda em circulação. 
a) Somente as alternativas I e IV estão corretas
b) Somente as alternativas II e III estão corretas.
c) Somente as alternativas I e III e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
4. O governo ao utilizar a política monetária espera que esta afete algumas variáveis 
da economia. Se o governo aumentar a taxa de juros, esta afetará: Marque a alter-
nativa correta:
I) Reduz o consumo e o investimento.
II) Aumenta o preço das ações.
III) Reduz a inflação.
IV) Aumenta a quantidade de pessoas que investem na poupança.
a) Somente as alternativas I e IV estão corretas
b) Somente as alternativas II e III estão corretas.
c) Somente as alternativas I e III e IV estão corretas.
d) As alternativas III e IV estão corretas.
atividades de estudo
5. A política fiscal é a atuação do governo no que diz respeito a arrecadação e gastos e 
é uma forma do governo estimular ou desestimular a economia. Vamos supor que o 
atual presidente queira aquecer a economia através da política fiscal. Marque a ater-
nativa correta que melhor descreve a situação citada:
a) Aumentar os gastos e ou reduzir os impostos.
b) Reduzir os impostos e a taxa de juros.
c) Aumentar os gastos e ou os impostos.
d) Aumentar a quantidade de moeda em circulação.
6. No Brasil, atualmente se tem discutido muito a necessidade de uma reforma fiscal, 
pois pagamos uma quantidade muito grande de impostos e tem pouco retorno 
para a população. Em relação ao sistema tributário brasileiro, marque a alternativa 
que melhor o descreve:
I) É um sistema considerado regressivo.
II) É um sistema considerado progressivo.
III) A maior parte são impostos diretos.
IV) A maior parte são impostos indiretos.
a) Somente as alternativas I e III estão corretas.
b) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
c) Somente as alternativas I e IV estão corretas.
d) Somente as alternativas II e III estão corretas.
atividades de estudo
7. Taxa de câmbio é o preço, em moeda corrente, de uma unidade de moeda estran-
geira, ou seja, é o preço de uma moeda em relação a outra. Cada país define o tipo 
de regime cambial que será utilizado. Em relação aos regimes cambiais e suas van-
tagens, marque a alternativa correta:
I) Na taxa de câmbio flutuante, o câmbio é determinado pelo mercado, o que é 
uma vantagem.
II) A maior vantagem da taxa de câmbio fixa é que o governo pode utilizar a polí-
tica monetária como instrumento da política econômica.
III) A vantagem da taxa de câmbio fixa é que como não há instabilidade, pode reduzir 
a inflação.
IV) A maior vantagem da taxa de câmbio flutuante é que o governo pode utilizar a 
política monetária como instrumento da política econômica.
a) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
b) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
c) Somente as alternativas, III e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
8. A taxa de câmbio influencia diretamente as exportações e importações do país, esti-
mulando ou desestimulando o comércio internacional. Quando há uma valorização 
cambial, significa que nossa moeda está mais cara em relação a uma moeda estran-
geira. Em relação aos efeitos de uma valorização cambial, marque a alternativa correta:
I) Estimula as importações e desestimula as exportações.
II) Aumenta a concorrência interna.
III) Ajuda a reduzir a inflação.
IV) Ajuda a modernizar o parque industrial nacional.
a) Somente as alternativas I e III estão corretas.
b) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
c) Somente as alternativas I e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
resumo
Políticas econômicas podem ser definidas como a atuação do governo para atingir um deter-
minado objetivo. Para isto, temos além das políticas econômicas, as políticas sociais, ambientais, 
industriais, entre outras. Porém, o foco da disciplina Economiae Mercado é analisar as políticas 
econômicas.
As políticas macroeconômicas são de três tipos: Política monetária, política fiscal e política cambial. 
A política monetária pode ser definida como a atuação do governo no que diz respeito à quan-
tidade de moeda em circulação e a taxa de juros. E é composta por três instrumentos, depósitos 
ou reservas compulsórias, taxa de redesconto e operação de mercado aberto. Além, claro, da taxa 
de juros básica da economia, que é a taxa SELIC.
Já a política fiscal, diz respeito à atuação do governo em relação aos gastos e arrecadação. Os 
gastos é o dinheiro que o governo deve gastar para melhorar a vida da população e a arrecada-
ção é feira via tributos, que são os impostos, taxas de contribuições.
A terceira política diz respeito ao setor externo, que é a política cambial. Esta está relacionada à 
taxa de câmbio, que é o preço da moeda nacional em relação a uma moeda estrangeira e as ope-
rações cambiais. A política cambial é uma excelente alternativa para aumentar o Produto Interno 
Bruto (PIB) e afeta o comércio internacional (exportações e importações de bens e serviços).
material complementar
Caminhos da política fiscal brasileira
Autor: Francisco Luis Cazeiro Lopreato
Editora: Unesp
Sinopse: Qual foi a lógica que permeou as decisões em política fiscal 
no país dos anos 1960 ao governo Lula? Nesta obra, o autor demonstra 
que os debates e as ações de política econômica dos sucessivos gover-
nos basearam-se em modelos teóricos estabelecidos, com os quais seus 
representantes se identificavam. 
Na Web
Para conhecer um pouco mais sobre o COPOM, como sua atuação, história, por quem é com-
posto e também para acompanhar a política monetária brasileira, acesse: <http://www.bcb.
gov.br/?copom>.
Para conhecer um pouco mais sobre a história da moeda, sugiro que acesse o site da Casa 
da Moeda e façam uma “viagem” sobre esse assunto:
<http://www.casadamoeda.gov.br/portalCMB/menu/cmb/sobreCMB/origem-dinheiro.jsp>.
Para conhecer o funcionamento do comércio exterior brasileiro, produtos e valores exporta-
dos e importados, tanto total, como por unidade federal e município, acesse:
<http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/>.
Para saber quanto pagamos, em média, de imposto no Brasil por produto, acesse:
<http://www.fiepr.org.br/sombradoimposto/FreeComponent14466content115735.shtml>
Para conhecer o funcionamento do comércio exterior brasileiro, produtos e valores exporta-
dos e importados, tanto total, como por unidade federal e município, acesse:
<http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/>.
referências
GIAMBIAGI F. e ALÉM, A. C. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
GONTIJO, Claudio. Os mecanismos de transmissão da política monetária: uma abordagem teórica. 
Texto para Discussão nº321. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2007.
GREMAUD, Amaury Patrick; DIAZ, Maria Dolores Montoya; AZEVEDO, Paulo Furquim de; TONETO 
JÚNIOR, Rudinei. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2007.
McCALLUM, B. T. Monetary Economics: Theory and Policy. McMillan Publishing.
MANKIW, N.G. Introdução à economia. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
MENDES, J. T. G. Economia: Fundamentos e Aplicações. São Paulo: Pearson Hall, 2009.
PASSOS, C.R.M.; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
Política Fiscal e Dívida Pública – Manoel Carlos de Castro Pires 2008 XIII Prêmio do Tesouro Nacional.
ROMER, D. 2006. Advanced Macroeconomics. Third Edition Boston, McGraw-Hill Irwin.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 12.ed.São Paulo: Beste Seller, 2003.
SOUZA, Nali de Jesus de. Economia Básica. São Paulo: Atlas, 2007.
VASCONCELLOS, Marco Antônio S. & GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economia. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008.
resolução de exercícios
1. a) São definidas como a atuação do governo para atingir um determinado objetivo.
2. b) Social, industrial e ambiental.
3. a) Somente as alternativas I e IV estão corretas
4. c) Somente as alternativas I, III e IV estão corretas.
5. a) Aumentar os gastos e ou reduzir os impostos.
6. c) Somente as alternativas I e IV estão corretas.
7. c) Somente as alternativas, III e IV estão corretas.
8. d) Todas as alternativas estão corretas.
	Definição e importância das políticas macroeconômicas
	Política monetária
	Política
	fiscal 
	Política
	cambial

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