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Ciclos Biogeoquímicos

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Ciclos Biogeoquímicos 
Os ciclos biogeoquímicos são processos que ocorrem na natureza para garantir a reciclagem de elementos químicos no meio. São esses ciclos que possibilitam que os elementos interajam com o meio ambiente e com os seres vivos, ou seja, garantem que o elemento flua pela atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera.
Os principais ciclos biogeoquímicos encontrados na natureza são o ciclo da água, do carbono, do oxigênio e do nitrogênio.
Os ciclos biogeoquímicos são processos que garantem que os elementos circulem pelo meio abiótico e pelo meio biótico, promovendo seu reaproveitamento.
Fatores necessários para que ocorra um ciclo biogeoquímico
Para que um ciclo biogeoquímico aconteça, alguns fatores são essenciais. São eles:
 Reservatório do elemento químico (atmosfera, hidrosfera ou crosta terrestre);
 
 Existência de seres vivos;
 
 Movimentação do elemento químico pelo meio ambiente e pelos seres vivos de um ecossistema.
 Importância dos ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos, por promoverem uma ciclagem dos elementos, garantem que eles sejam utilizados e, posteriormente, estejam novamente disponíveis. Esse é um fator extremamente importante, pois, alguns elementos são essenciais para os seres vivos, e seu uso constante, sem reposição, poderia ocasionar a extinção de espécies.
O ciclo do nitrogênio permite que esse elemento seja constantemente reaproveitado
A circulação dos elementos é fundamental para garantir que um ecossistema funcione adequadamente. Se, por exemplo, a quantidade de oxigênio disponível em um ambiente aquático diminuir, todos os seres vivos daquele ecossistema serão afetados. Avaliar o ciclo biogeoquímico, nesse caso, poderia ser importante para prever um impacto ambiental.
 Fatores que influenciam a velocidade de um ciclo biogeoquímico
A velocidade em que um elemento circula no meio abiótico e biótico depende de vários fatores. A natureza do elemento que participa do ciclo, por exemplo, pode determinar se a ciclagem ocorrerá de maneira lenta ou rápida. Normalmente um ciclo gasoso é mais rápido que um ciclo sedimentar.
Outro ponto importante para a velocidade da ciclagem dos nutrientes é a taxa de crescimento dos seres vivos e sua decomposição. A taxa de crescimento de uma espécie afeta diretamente a cadeia alimentar e, consequentemente, o fluxo de um elemento nessa cadeia. Já a decomposição, se ocorre lentamente, afeta a liberação dos nutrientes para o meio.
O homem também exerce um importante papel nos ciclos biogeoquímicos. Por meio de certas atividades, como a agropecuária, o homem consegue alterar a dinâmica natural de um ecossistema, modificando as vias seguidas por determinado elemento no ciclo. Além disso, a poluição, extração de minerais e a produção de energia podem afetar a ciclagem dos elementos.
 Os ciclos biogeoquímicos garantem que um elemento fique sempre disponível.
Ciclo do Nitrogênio 
O ciclo do nitrogênio é um importante ciclo biogeoquímico. Ele garante a circulação do nitrogênio, utilizado, por exemplo, na formação das proteínas e dos ácidos nucleicos.
O ciclo do nitrogênio é um ciclo biogeoquímico que garante a circulação do nitrogênio no ambiente físico e nos seres vivos. O nitrogênio é um nutriente utilizado por vários organismos, sendo essencial para formar proteínas, ácidos nucleicos e outros componentes das células.
Resumo do ciclo do nitrogênio
O ciclo do nitrogênio garante a ciclagem desse elemento no ambiente, disponibilizando-o para os seres vivos e liberando-o novamente para o meio. Assim, o nitrogênio pode ser, posteriormente, reutilizado por outros organismos. Diversos processos estão envolvidos nesse importante ciclo, como:
Fixação do nitrogênio por bactérias, como as do gênero Rhizobium;
Decomposição da matéria orgânica e formação do íon amônio;
Processo de nitrificação, na qual são observadas duas etapas: nitrosação e nitração.
Desnitrificação, na qual as bactérias desnitrificantes garantem a transformação de nitratos em gás nitrogênio.
 O Coclo do Nitrogênio 
O nitrogênio gasoso não pode ser utilizado pela maioria dos seres vivos.
O ciclo do nitrogênio garante que esse elemento circule pelo ambiente físico e pelos seres vivos. O nitrogênio é encontrado nas rochas, no fundo dos oceanos, nos sedimentos e na atmosfera. Na atmosfera, ele é encontrado na forma de gás e representa 79% dos gases presentes nessa camada.
Apesar de ser encontrado em grande quantidade na atmosfera, o gás nitrogênio não é utilizado pela maioria dos organismos vivos, os quais são incapazes de fixar e incorporar à matéria viva o nitrogênio atmosférico. Entre os organismos capazes de utilizar esse nitrogênio, estão alguns tipos de bactérias.
Durante o ciclo do nitrogênio, é possível perceber que os vegetais conseguem obter esse elemento por meio de sais nitrogenado disponíveis no ambiente. As plantas, por exemplo, conseguem utilizar apenas os íons amônio (NH4+) e nitrato (NO3-). Já os consumidores, como os animais, conseguem obter o nitrogênio por meio da alimentação.
Podemos dividir o ciclo do nitrogênio em determinadas etapas: fixação, amonização, nitrificação e desnitrificação.
FIXAÇÃO
Nessa etapa do ciclo, ocorre a fixação do nitrogênio atmosférico com a ajuda, principalmente, de bactérias. Sem dúvidas, as bactérias mais importantes para essa etapa são as bactérias do gênero Rhizobium, as quais vivem associadas às raízes de plantas leguminosas, como feijão, ervilha e soja. Essas bactérias formam nódulos na região cortical das raízes dessas plantas, onde agem captando o nitrogênio atmosférico e transformando-o em amônia (NH3), que será utilizada pela planta. Essas bactérias estabelecem uma relação mutualística com o vegetal, fornecendo às plantas os sais de nitrogênio de que elas precisam, enquanto recebem delas a matéria orgânica que foi produzida no processo de fotossíntese.
Vale salientar que existe também a fixação física do nitrogênio. Nesse processo, o gás nitrogênio transforma-se em amônia em decorrência de fenômenos físicos, como relâmpagos e faíscas elétricas. As quantidades de amônia produzidas nesse processo, no entanto, são muito pequenas.
AMONIZAÇÃO
O nitrogênio encontrado no solo é, muitas vezes, proveniente de materiais orgânicos mortos. Quando os decompositores começam a atuar na matéria orgânica nitrogenada, liberam amônia (NH3) no ambiente. Essa amônia combina-se com a água do solo e forma o hidróxido de amônio, que se ioniza e produz o íon amônio (NH4+) e a hidroxila (OH-). Esse processo é conhecido como amonização ou amonificação.
NITRIFICAÇÃO
No processo de nitrificação, ocorre a oxidação da amônia em nitrito e, na sequência, em nitrato. Esse processo é realizado por bactérias que fazem quimiossíntese, ou seja, que utilizam a energia liberada na nitrificação para sintetizar suas substâncias orgânicas. As bactérias que realizam nitrificação são chamadas de bactérias nitrificantes. Bactérias dos gêneros Nitrosomonas e Nitrosococus convertem amônia (NH3) em nitrito (NO2-), e as Nitrobacter convertem nitrito( NO2-) em nitrato (NO3-). Na nitrificação, temos, portanto, duas etapas:
Nitrosação: oxidação da amônia em nitrito. Veja a equação abaixo:
2 NH3 + 3O2 → 2 NO2- + 2 H+ + 2 H2O
Nitração: oxidação do nitrito em nitrato. Veja a equação abaixo:
2 NO2- + O2 → 2 NO3-
O nitrato liberado pode ser absorvido, utilizado pelas plantas e convertido em compostos orgânicos. Desse modo, o nitrogênio entra na cadeia alimentar. Os animais conseguem adquirir nitrogênio por meio da alimentação.
DESNITRIFICAÇÃO
No solo, existem bactérias chamadas desnitrificantes, que utilizam os nitratos e transformam-nos em gás nitrogênio por meio de um processo conhecido como desnitrificação. A desnitrificação garante a devolução do nitrogênio para a atmosfera
 Bactérias do ciclo do nitrogênio
Bactérias do gênero Rhizobium associam-se a leguminosas e garantem a fixação do nitrogênio.
O ciclo do nitrogênio necessita da partição de algumas bactérias. As bactérias do gênero Rhizobium, por exemplo, sãoimportantes nesse ciclo, uma vez que vivem associadas às plantas leguminosas, ajudando na fixação do nitrogênio. Além das bactérias do gênero Rhizobium, as bactérias dos gêneros Azotobacter e Clostridium e certas cianobactérias são capazes de fazer a fixação.
As bactérias estão ainda presentes no processo de amonização. Nesse caso, temos bactérias decompositoras que atuam sobre a matéria orgânica e liberam amônia para o ambiente.
No processo conhecido como nitrificação, também temos a participação de bactérias. As Nitrosomonas e Nitrosococus, por exemplo, convertem amônia (NH3) em nitrito (NO2-), e as Nitrobacter convertem nitrito( NO2-) em nitrato (NO3-).
Por fim, temos as bactérias que participam do processo de desnitrificação. Essas bactérias garantem a devolução do nitrogênio para a atmosfera.
Desse modo, o ciclo do nitrogênio apresenta as seguintes bactérias:
Fixadoras, como é as do gênero Rhizobium;
Decompositoras, que garantem o processo de amonização;
Nitrificantes, como as Nitrosomonas e Nitrosococus, que realizam o processo de nitrosação, e as Nitrobacter, que realizam o processo de nitração;
Desnitrificantes, que garantem a liberação de nitrogênio para a atmosfera.
 Importância do ciclo do nitrogênio
O ciclo do nitrogênio é extremamente importante, pois garante a circulação do nitrogênio. Esse elemento químico é essencial para a formação de proteínas e de ácidos nucleicos, sendo fundamental, portanto, para a sobrevivência dos seres vivos.
 
CICLO DO CARBONO
Ciclo do carbono é um ciclo biogeoquímico, ou seja, um processo que garante a reciclagem do carbono, possibilitando que esse elemento interaja com o meio e também com os seres vivos. Nesse ciclo verificamos como o carbono movimenta-se pela atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera.
Etapas do ciclo do carbono
O ciclo do carbono pode ser dividido em dois ciclos que ocorrem em velocidades distintas: o ciclo geológico do carbono e o ciclo biológico do carbono. Esses dois ciclos, apesar de serem mais fáceis de compreender separadamente, estão interligados. 
Ciclo geológico do carbono
É responsável por regular a movimentação do carbono pela atmosfera, hidrosfera e litosfera e destaca-se por ser um ciclo demorado. O carbono, como sabemos, é encontrado nos solos, nas rochas, nos ambientes aquáticos, como nos oceanos, e na atmosfera.
O gás carbônico (CO2), presente na atmosfera, é solúvel em água, assim ocorre uma troca contínua entre o CO2 na atmosfera e o ambiente aquático. Outra forma de movimentação acontece quando o CO2 dissolve-se na água da chuva, produzindo H2CO3, que é uma solução ácida, que facilita a erosão das rochas silicatadas.
O processo de intemperismo (conjunto de processos que levam à desintegração das rochas) provoca também a liberação dos íons Ca2+ e HCO3. Esses íons podem ser levados para o oceano, sendo utilizados por organismos marinhos na formação de conchas. Essas conchas, quando o animal morre, são depositadas no ambiente e acumulam-se, fazendo parte do sedimento no fundo dos oceanos. Esse sedimento, posteriormente, forma rochas calcárias. O CO2 pode ainda ser liberado pelos vulcões para atmosfera.
Ciclo biológico do carbono
Envolve os seres vivos do planeta e pode ocorrer no meio terrestre e no meio aquático. Organismos fotossintetizantes são responsáveis por retirar o gás carbônico da atmosfera. No processo de fotossíntese, esses organismos utilizam o CO2 e liberam o oxigênio (O2). Na fotossíntese, o carbono é utilizado na fabricação de moléculas orgânicas.
Os seres vivos necessitam da matéria orgânica para sobreviver. Enquanto os autotróficos são capazes de produzir moléculas orgânicas, os heterotróficos necessitam consumir essas moléculas de outros seres vivos, sendo esse o caso, por exemplo, dos seres humanos. Desse modo, através da matéria orgânica, o carbono vai passando pelas cadeias e teias alimentares.
Os seres vivos são também responsáveis pela liberação de gás carbônico no ambiente. A liberação ocorre por dois processos: o processo de respiração e o processo de decomposição. Na respiração, os organismos utilizam oxigênio e liberam gás carbônico no processo. Já na decomposição, ocorre a liberação de gás carbônico e água.
É importante destacar ainda que, nos últimos anos, os seres humanos têm contribuído para o aumento dos níveis de gás carbônico atmosférico. Atividades como o desmatamento e a utilização de combustíveis fósseis têm garantido um aumento significativo desse gás na atmosfera, e, com isso, tem-se observado uma acentuação do chamado efeito estufa.
Efeito estufa e aquecimento global
Denominamos de efeito estufa um fenômeno natural que garante um aquecimento da superfície terrestre, essencial para a sobrevivência da vida no planeta. Esse efeito é conseguido graças à presença de gases na atmosfera, chamados de gases do efeito estufa, que são capazes de reter parte do calor vindo do Sol. Entre esses, estão o gás carbônico e o gás metano.
O efeito estufa é responsável por garantir que a temperatura do planeta fique adequada para a sobrevivência dos seres vivos.
Nos últimos anos, o que se tem observado é um aumento crescente da emissão desses gases do efeito estufa. O gás carbônico, por exemplo, é adicionado em grande escala na atmosfera por meio de processos como a queima de combustíveis fósseis. O aumento da concentração de CO2 na atmosfera está relacionado com a acentuação do efeito estufa e uma elevação da temperatura do planeta, o que é conhecido como aquecimento global.
O aumento da temperatura média do planeta é uma questão que merece atenção, pois esse aquecimento pode desencadear problemas graves. 
Dentre as principais consequências do aquecimento global, podemos citar:
Aumento da quantidade de chuvas em algumas regiões e longos períodos de estiagem em outras;
Derretimento das geleiras;
Aumento do nível do mar;
Perda de biodiversidade;
Problemas de abastecimento;
Aumento de casos de algumas doenças, como a dengue e a malária.
Importância do ciclo do carbono
O ciclo do carbono é essencial para sobrevivência da vida no planeta, uma vez que o carbono é um elemento que faz parte da estrutura de todas as moléculas orgânicas. Além disso, esse elemento está presente em grande parte do material que compõe nosso planeta, como rochas, oceanos e a atmosfera.
Ciclo do Fósforo 
O fósforo é um elemento químico importante para o organismo humano, estando presente, por exemplo, na composição dos fosfolipídios, que são parte essencial da formação das membranas, na molécula de ATP (adenina trifosfatada) e nos ácidos nucleicos. Para as plantas, o fósforo é um nutriente que auxilia no crescimento. Além disso, é importante citar a importância do fósforo como fertilizante.
Devemos destacar que, apesar da importância do fósforo, ele também causa impacto negativo quando em grande quantidade no ambiente aquático. Esse elemento químico pode chegar ao meio aquático pelo uso de fertilizantes, que acabam sendo levados para o interior de rios e lagos, ou pelo lançamento de dejetos humanos, por exemplo. O excesso de fósforo pode gerar o aumento de algas, o que causa a eutrofização, isto é, o enriquecimento do ambiente aquático que causa o acúmulo de matéria orgânica em decomposição.
O ciclo do fósforo é relativamente simples, uma vez que não possui formas que passam pela atmosfera e os organismos só o utilizam na forma de íon fosfato.
Ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos garantem que um dado elemento seja constantemente reciclado e possa ser reaproveitado. O fósforo é um elemento que, assim como alguns outros, apresenta um ciclo biogeoquímico, ou seja, esse elemento circula pelos organismos vivos e pelo meio terrestre.
Ciclo do Fósforo
O fósforo apresenta as rochas como grande reservatório e seu ciclo envolve plantas, animais e micro-organismos. Por estar presente principalmente nas rochas, esse ciclo tem início quando esse elemento torna-se disponível ao meio por meio da ação de agentes como chuva, sol e vento (processo de intemperismo). Após estar disponívelno meio, o elemento é utilizado pelos vegetais para a realização de suas atividades metabólicas e é transmitido para outros organismos via cadeia alimentar. Os seres vivos aproveitam o fósforo na forma de íons fosfato.
Após estar presente no corpo dos organismos vivos, o fósforo retorna ao meio para poder ser reaproveitado. Nesse momento, entram em ação as bactérias fosfolizantes, que atuam na decomposição de matéria orgânica. Essas bactérias tornam o fósforo disponível na forma de um composto solúvel, que é facilmente transportado dissolvido em água. O fósforo, então, pode ser levado para rios, lagos e mares, por exemplo. Em ambientes aquáticos, o fósforo sedimenta-se e é incorporados a rochas que estão em formação.
Outra forma importante de retorno do fósforo acontece pela ação de aves marinhas. Essas aves alimentam-se de peixes e excretam o elemento em terra firme. Denomina-se de guano o material fecal das aves que foi acumulado por muito tempo.
Ciclo do Enxofre 
O enxofre é um macronutriente essencial à vida, pois organismos assimilam-no e também o eliminam como produto final de seus metabolismos. Vale destacar ainda que esse elemento participa do processo de síntese de proteínas, já que ele constitui certos aminoácidos.
Podemos encontrar um grande reservatório de enxofre na crosta terrestre e um menor na atmosfera. Assim, seu ciclo passa por etapas no solo, na água e na atmosfera. O enxofre pode apresentar diversas formas no ambiente, e os sulfatos são sua forma mais oxidada.
Ciclo do enxofre
O enxofre entra na cadeia alimentar por meio das plantas, que o absorvem de vários compostos para utilizá-lo na produção de seus aminoácidos. Os microrganismos decompõem os aminoácidos de restos de animais e plantas e são os responsáveis pela oxidação do reservatório terrestre de enxofre, por sua liberação para o ambiente e também pela sua fixação nas rochas.
O enxofre pode ser lançado à atmosfera também por emissões vulcânicas, oceânicas, industriais e queima de biomassa. Nos oceanos, esse elemento é emitido, predominantemente, pela decomposição de parte dele presente no organismo de certas algas, formando um reservatório de compostos de enxofre que é parcialmente perdido para a atmosfera.
Assim que chega à atmosfera, o enxofre logo passa por um processo de oxidação. Diversos processos físicos e químicos estão envolvidos em suas transformações na atmosfera, no processo de retirada do sulfato da fase gasosa e na sua mudança para a fase aquosa.
O Ciclo do Exofre passa por diversas etapas, que ocorrem tanto no solo e na água como na atmosfera.
Chuva ácida
Devemos salientar, no entanto, que o aumento de óxidos de enxofre na atmosfera, decorrente principalmente do aumento da poluição industrial, leva à ocorrência da chuva ácida. Esses gases, que reagem com vapor de água e outras substâncias, formam o ácido sulfúrico, o qual, além de causar problemas estruturais como o desgaste de monumentos, desencadeia também uma degradação do meio ambiente.
Ciclo do Oxigênio 
O ciclo do oxigênio é um ciclo biogeoquímico que garante a circulação do oxigênio pelo meio físico e pelos seres vivos. Esse elemento é extremamente importante para a sobrevivência dos seres vivos, sendo usado, por exemplo, na respiração celular (processo em que moléculas são oxidadas e energia é produzida). O ciclo do oxigênio garante a ciclagem desse elemento.
O ciclo do oxigênio garante a ciclagem constante do oxigênio, permitindo que ele seja usado pelos seres vivos e seja disponibilizado novamente para o me  
Ciclo do oxigênio
O oxigênio é encontrado em três reservatórios no planeta: na atmosfera, na biosfera e na litosfera.
O oxigênio molecular compõe cerca de 21% da atmosfera terrestre.
Na atmosfera, o oxigênio pode ser encontrado, por exemplo, na forma de oxigênio molecular (O2), gás carbônico (CO2), ozônio (O3) e dióxido de nitrogênio (NO2). O oxigênio molecular representa cerca de 21% da atmosfera terrestre e é utilizado no processo de respiração.
O principal evento do ciclo do oxigênio é, sem dúvidas, a fotossíntese. Nesse processo, os organismos fotossintetizantes (algas, plantas e alguns procariotos) utilizam o gás carbônico e liberam oxigênio.
A fotossíntese é uma das principais etapas do ciclo do oxigênio.
Etapas do ciclo do oxigênio
Vários processos estão relacionados com o ciclo do oxigênio, destacando-se a fotossíntese. Nesse processo, organismos fotossintetizantes utilizam gás carbônico, na presença de luz solar, para formar moléculas orgânicas e liberam oxigênio, que é utilizado por seres vivos na respiração celular. Desse modo, podemos concluir que praticamente todo o planeta depende de maneira direta ou indireta da fotossíntese.
Na respiração celular, utiliza-se oxigênio e libera-se gás carbônico. Também são formadas moléculas de água, as quais apresentam oxigênio na composição de sua molécula. Desse modo, o oxigênio utilizado na respiração retorna ao ambiente na forma de moléculas de água e gás carbônico. O oxigênio também é utilizado nos processos de decomposição e combustão. No final desses processos, são liberados gás carbônico e água.
Não podemos esquecer ainda que o oxigênio, sob a ação dos raios ultravioleta do Sol, dá origem ao ozônio, que forma a camada de ozônio. Essa camada diminui a incidência da radiação ultravioleta no planeta, funcionando como um verdadeiro filtro protetor. Sem essa camada, teríamos um risco aumentado de sofrermos com maior incidência de câncer de pele, por exemplo.
Infelizmente o homem possui papel ativo na destruição da camada de ozônio, liberando substâncias na atmosfera que reagem e destroem o ozônio, como os gases chamados de clorofluorcarbonos (CFCs), que eram usados em produtos como sprays e refrigeradores. Atualmente o uso dos CFCs é proibido.
Importância do ciclo do Oxigênio
O ciclo do oxigênio é essencial para a sobrevivência da vida na Terra, uma vez que o oxigênio é utilizado em vários processos. São algumas funções desse elemento:
Essencial para a respiração celular;
Forma a camada de ozônio;
Essencial para a combustão;
Essencial para a decomposição.
 Alterações no ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio é afetado constantemente pelo homem. Nossa espécie é responsável pela liberação de uma grande quantidade de gás carbônico, o que afeta o equilíbrio entre esse gás e o oxigênio. Os principais eventos responsáveis pelo aumento dos níveis de gás carbônico são a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. 
Ciclo da Água 
O ciclo da água destaca-se como um dos principais ciclos biogeoquímicos, uma vez que essa substância é encontrada em absolutamente todos os seres vivos e participa de seus processos metabólicos, sendo fundamental sua ciclagem no meio.
O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, refere-se ao movimento contínuo que a água faz pelo meio físico e pelos seres vivos do ecossistema, passando através da atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera. Trata-se, portanto, de um importante ciclo biogeoquímico que faz com que esse indispensável recurso natural esteja constantemente no ambiente.
O ciclo da água é um ciclo biogeoquímico que garante a circulação da água pelo meio físico e pelos seres vivos, garantindo o movimento contínuo dessa substância.
A água
A água é uma substância formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, sendo H2O sua fórmula química. Encontrada, principalmente, no estado líquido, é a substância mais abundante da crosta terrestre. Estima-se que 70% do planeta seja coberto por água, e a grande maioria dela está nos oceanos. Depois dos oceanos, o segundo maior reservatório de água do planeta são as geleiras. Já nos continentes, essa substância é encontrada, principalmente, em águas subterrâneas. Percebemos, portanto, que a água é um composto químico que poder ser encontrado, de maneira simultânea, nas formas sólida (geleiras), líquida (rios, mares e oceanos) e gasosa (vapor de água).
A água é encontrada no ambiente nas formas sólida, líquida e de vapor de água.
Etapasdo ciclo da água
O ciclo da água, também chamado de ciclo hidrológico, ocorre por meio das mudanças dos estados físicos e da movimentação da água pelos seres vivos e pelo meio ambiente. Esse ciclo depende diretamente da energia solar, dos movimentos de rotação da Terra e, até mesmo, da gravidade..
O Sol é o responsável por proporcionar energia para que o ciclo aconteça. Sua luz provoca a evaporação da água presente na superfície terrestre. Em alguns locais, no entanto, a neve e o gelo sublimam, passando do estado sólido para o vapor, pulando as fases de fusão (sólido para o líquido) e de evaporação.
A água, agora em estado gasoso, sobe para camadas mais altas da atmosfera, onde a temperatura é mais baixa. Ao alcançar determinada altitude, essa substância passa do estado de vapor para o líquido (condensação) e forma as nuvens, que são, na realidade, uma grande quantidade de gotículas de água. Em locais frios, essas gotículas podem solidificar-se e dar origem à neve ou ao granizo.
Ao iniciar a chuva, processo também chamado de precipitação, a água começa a retornar para a superfície terrestre e é influenciada diretamente pela gravidade. Nesse momento, ela pode atingir rios, lagos e oceanos, infiltrar-se no solo e nas rochas ou pode ser impedida de voltar à superfície terrestre pela vegetação.
A chuva garante que a água retorne para a superfície terrestre.
Os seres vivos possuem papel determinante no ciclo da água. Como todos os organismos possuem essa substância em seu corpo, a água também flui pelas cadeias alimentares. Além disso, as raízes das plantas absorvem água, e os animais obtêm essa substância bebendo-a ou retirando-a dos alimentos.
Os animais perdem água por meio de processos como a eliminação de urina e fezes, respiração e transpiração. Já as plantas perdem água por transpiração, processo em que vapor de água é liberado pelos estômatos (estruturas presentes na epiderme vegetal que atuam nas trocas gasosas), e por gutação, processo no qual a água eliminada encontra-se no estado líquido. Além disso, parte da água que fica incorporada nesses seres é eliminada durante o processo de decomposição.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês), podemos identificar 16 partes importantes no ciclo da água:
Armazenamento da água nos oceanos (maior reservatório de água no planeta);
Evaporação (mudança da água do estado líquido para o gasoso);
Evapotranspiração (perda de água pelo solo e pelas plantas);
Sublimação (passagem do gelo e da neve para o estado de vapor sem antes passarem pelo estado líquido);
Água na atmosfera;
Condensação (passagem da água do estado de vapor para o líquido);
Precipitação (chuva);
Armazenamento da água nas formas de gelo e neve;
Corrente de neve derretida para rios;
Corrente superficial (água na superfície do solo que vai para os rios);
Corrente dos rios (água que flui para rios, córregos ou riachos);
Armazenamento de água doce existente sobre a superfície da Terra;
Infiltração;
Armazenamento no lençol freático;
Descarga do lençol freático (movimento da água para fora do solo);
Fontes (local onde a água subterrânea é descarregada para a superfície do solo).
É importante dizer que o ciclo da água varia de acordo com o local em que ele ocorre. Fatores como cobertura vegetal, altitude, temperatura e tipo de solo, por exemplo, afetam diretamente a quantidade de água envolvida no processo e a velocidade do ciclo. Desse modo, os 16 pontos citados anteriormente acontecem no planeta como um todo e não apenas em áreas específicas.
O ciclo da água é importante porque garante que essa substância circule constantemente pelo ambiente, passando pelos organismos vivos e pelo meio físico. Como a água circula no ambiente, ela consegue suprir as necessidades dos seres vivos, que precisam diariamente dessa substância para o funcionamento adequado de seu organismo. Além disso, a permanência da água no ambiente é importante para algumas atividades realizadas pelos seres humanos, uma vez que ela é fundamental para a geração de energia, desenvolvimento da produção agrícola e agropecuária, diversas atividades industriais e algumas tarefas do dia a dia, como lavar roupa e louça.
Entretanto, é importante destacar que, apesar de o ciclo da água garantir que essa substância circule no meio constantemente, isso não garante que não possa faltar água. Isso ocorre pelo fato de que o ciclo da água é complexo e pode ser afetado por diversos fatores, como o vento, que podem fazer com que a água que evaporou em uma área seja precipitada em outras.

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