1 RESUMO DE D CONSTITUCIONAL II

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A ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 92/C.F : São órgãos do poder judiciário:
I. Supremo Tribunal Federal
II. Conselho Nacional de Justiça
III. Superior Tribunal de Justiça
IV. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais
V. Tribunais e Juízes do Trabalho
VI. Tribunais e Juízes Eleitorais
VII. Tribunais e Juízes Militares
VIII. Tribunais e Juízes dos Estados, do Distrito Federal e Território
CRÍTICA -- O conselho nacional de justiça foi inserido na estrutura do poder judiciário pela E.C. 45/2004. Foi inadequado, pois não se trata de órgão de Poder, ausente até mesmo do exercício de função jurisdicional. 
· JUSTIÇA DA UNIÃO (Especializada) → processar e julgar matérias de natureza do trabalho, eleitoral e militar. 
· JUSTIÇA DA UNIÃO (Federal comum) → processar e julgar o remanescente, desde que haja interesse da União.
· JUSTIÇA ESTADUAL → aplicar o direito estadual e federal comum, desde que não haja interesse da União. 
· SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA → responsável pelo contencioso da lei federal. Criado pela Constituição de 88, relativamente novo. 
· SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL → responsável pelo contencioso constitucional. Considerado o guarda da Constituição.
A) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL : 
Composto por 11 ministros, nomeados pelo Presidente da República. (requisitos: art.92)
Cada ministro - com exceção do Presidente - integra uma Turma. 
Primeira Turma: 5 ministros
Segunda Turma: 5 ministros 
Presidente do STF
As duas turmas têm competências idênticas. O processo é distribuído ao MINISTRO-RELATOR e - por consequência - a uma ou outra turma.
Presidente de cada Turma: critério de antiguidade. 
Presidente e Vice do STF: mais antigos e que ainda não exerceram o cargo.
· A jurisdição constitucional NÃO é privativa do STF - Pois, além do Sistema 
 Concentrado de Constitucionalidade (regulado pelo STF), há também o sistema Difuso. 
Outros órgãos do judiciário podem declarar inconstitucionalidade, desde que sejam competentes para o caso concreto. 
· O STF também não se limita a questões constitucionais - lida com ações
 penais, habeas corpus, mandados de segurança, etc. 
PORTANTO, as FUNÇÕES DO STF podem ser divididas em duas: 
1. ÓRGÃO DE CÚPULA: revê as decisões dos demais tribunais incompatíveis com a Constituição e atribui foro privilegiado a determinados julgamentos. 
2. TRIBUNAL CONSTITUCIONAL: aprecia, de forma concentrada, as ações diretas de inconstitucionalidade e constitucionalidade. 
→ COMPETÊNCIAS DO STF 
Exerce competência Originária e Recursal (ordinária e extraordinária)
· Competência ORIGINÁRIA: 
Art. 102 - ao STF compete processar e julgar, originariamente:
Nas infrações penais COMUNS, o Presidente e Vice da República, membros do Congresso, seus próprios ministros e procurador-geral da república. 
Nas infrações penais COMUNS e nos crimes de RESPONSABILIDADE, os ministros de estado, membros dos tribunais superiores e do T.C.U, etc.
O habeas corpus sendo paciente qualquer pessoa acima, o mandado de segurança contra atos do presidente da república, etc. 
· Competência RECURSAL: (ordinária e extraordinária)
· ORDINÁRIA → Julgar, em grau de recurso ordinário, o crime político, o hábeas corpus, o mandado de segurança, o hábeas data, mandado de injunção, decididos em única instância pelos tribunais superiores.
Permite a apreciação de TODO ao contexto probatório do processo, exame de fato é de direito (diferentemente do extraordinário)
· EXTRAORDINÁRIA → O recurso extraordinário consiste em: 
“instrumento processual-constitucional destinado a assegurar a verificação de eventual afronta à Constituição em decorrência de decisão judicial proferida em única ou última instância” 
origem -- “Writ of error” do direito norte-americano, que busca a retificação de erros de direito em decisões. 
Examina-se APENAS matéria constitucional; (contencioso de lei federal compete ao STJ) 
Em quais casos cabe Recurso Extraordinário? (Art. 105) 
Quando a decisão recorrida:
· Contrariar dispositivo da constituição federal 
· Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal 
· Julgar válida lei ou ato de governo local que foi contestado em face da constituição federal 
· Julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
O recurso extraordinário é cabível contra decisão: 
 de tribunal; 
 de juiz singular → DESDE QUE não seja previsto o recurso ordinário 
 de turmas recursais de juizados especiais 
para ser admitido, é requisito que haja o PREQUESTIONAMENTO :
É necessário que haja embargos declaratórios contra a decisão (pré-questionando o assunto) para que - no futuro - seja possível o Recurso Extraordinário; 
Só não se exige PREQUESTIONAMENTO se o direito for superveniente → tiver surgido após a decisão que foi recorrida. 
*** a ofensa à Constituição deve ser Direta e Frontal para que o recurso 
 extraordinário seja aceito. 
No recurso extraordinário , também deve ser comprovada a REPERCUSSÃO GERAL do caso. -- ou seja, que cá
B) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA :
Órgão criado pela Constituição de 1988. 
É o órgão de cúpula da Justiça comum ( estadual e federal ) - sem relação com a justiça especial. 
Composto por - no mínimo - 33 Ministros, divididos em: 
· ⅓ dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais 
· ⅓ dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça 
· ⅓ em partes iguais dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual e do D.F. 
Funções do STJ → Guardião da lei Federal
 e Uniformizador da Jurisprudência dos Tribunais 
→ COMPETÊNCIAS DO STJ : 
Originária e Recursal ( ordinária e especial);
· competência ORIGINÁRIA → 
Cabe ao STJ processar e julgar (art. 105): 
· nos crimes COMUNS : governadores dos Estados e Distrito Federal;
· crimes COMUNS e de RESPONSABILIDADE: Desembargadores dos Estados e do D.F, membros dos Tribunais de Contas dos Estados e D.F. , membros dos TRF, TRE, TRT, membros do ministério público da união. 
· Mandados de segurança e habeas data contra ato de Ministro de Estado, comandante do Exército ou Marinha, ou do próprio Tribunal. 
· Habeas corpus quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea A do artigo (etc) 
· Competência RECURSAL : 
· ORDINÁRIA → há exame de fato e de direito, e se refere às seguintes matérias: 
· Habeas corpus decididos em única ou última instância pelos TRF ou Tribunais dos Estados
· Mandados de segurança decididos em única instância pelos TRF ou Tribunais dos Estados
· Causas que forem partes Estados estrangeiros ou organismo internacional de um lado e, do outro, Município ou pessoa residente do país 
· ESPECIAL → É por meio do recurso especial que desempenha a função de guardião da lei federal e de órgão uniformizador de jurisprudência dos tribunais. 
 (Essas tarefas eram atribuídas, anteriormente, ao STF) 
Cabe ao STJ julgar, em recurso especial: 
· causas decididas em única ou última instância, pelos TRF ou Tribunais dos Estados, quando a decisão recorrida: 
· Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência 
· Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal 
· Dar lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal 
Para que o recurso especial seja admitido, há alguns requisitos:
· Esgotamento das instâncias ordinárias, diante da norma do art. 105, III ( ‘única ou última instância’ ) 
NÃO se admite recurso especial contra Decisão Singular, proferida por magistrado de tribunal de segundo grau, porque ainda caberia agravo interno ‘regimental’ -- não se esgotaram as instâncias. 
→ OBSERVAÇÃO IMPORTANTE → 
Nada impede que o STJ analise questão constitucional, 
DESDE que em competência originária ou ordinária. 
A Competência Recursal Especial só aprecia matéria INFRACONSTITUCIONAL.
JUSTIÇA FEDERAL COMUM : 
composta por: Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais de 1ª instância. 
· TRF: 
Composto de - no mínimo - 7 juízes, sendo: 
⅕ formado por advogados e membros do ministério públicoos demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício (por merecimento e antiguidade, alternadamente) 
COMPETÊNCIA DO TRF : 
· processar e julgar ORIGINARIAMENTE : 
· os juízes federais da sua área de jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, em crimes COMUNS E DE RESPONSABILIDADES. 
· membros do Ministério Público da União, exceto em caso de competência da J. eleitoral 
· as revisões criminais e ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região
· mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio tribunal ou de juiz federal 
· habeas corpus, quando a autoridade coautora for juiz federal 
· conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao tribunal
· Julgar, em grau de RECURSO: 
· as causas decididas pelos juízes federais e pelos estaduais no exercício da competência federal de sua área de jurisdição 
· JUÍZES FEDERAIS: 
A competência da justiça federal é fixada a partir da pessoa interessada (União, autarquia, empresa pública federal …) 
A Emenda Constitucional 45/2004 também atribuiu à J.F. a competência de julgar causas relativas a direitos humanos. 
Mas somente se se tratar de GRAVE violação de direitos humanos ou para garantir o cumprimento de algum tratado internacional de direitos humanos que o Brasil seja parte. 
Se não houverem pressupostos constitucionais envolvidos na causa de direitos humanos, devem ser julgadas pela Justiça Estadual. 
· JUSTIÇA DO TRABALHO: 
Criada na Constituição de 1946. 
Teve sua competência ampliada pela EC 45/2004 --
 passou a alcançar todas as relações de trabalho, sem se limitar a empregador-empregado 
→ Tribunal Superior do Trabalho : 
27 Ministros.
Funciona, junto com o TST, um órgão para aperfeiçoar cursos oficiais (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho) e um para supervisionar a administração e orçamento (Conselho Superior de Justiça do Trabalho) 
→ Tribunais Regionais do Trabalho 
No mínimo, 7 ministros
→ Varas do Trabalho 
Atuam com um juiz singular. 
COMPETÊNCIAS da J. do Trabalho:
Processar e julgar: 
Ações oriundas de relações de trabalho;
Ações que envolvam direito de greve;
Ações sobre representação sindical;
Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sobre a jurisdição do trabalho; 
Conflitos de competência entre órgãos de jurisdição trabalhista;
Ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrente da relação de trabalho; etc.
OBS: A justiça do trabalho NÃO tem competência pra julgar ações PENAIS.
· JUSTIÇA ELEITORAL 
Criada com o Código Eleitoral (1932)
Composta por: 
Tribunal Superior Eleitoral 
Tribunais Regionais Eleitorais 
Juízes Eleitorais 
Juntas Eleitorais 
OBS - os juízes eleitorais são juízes de direito estaduais ou do Distrito Federal em mandados de biênio (2 anos como juízes eleitorais também) 
Competencias do TSE: 
→ ORIGINARIAMENTE: 
registro e cassação de partidos políticos e candidatos à presidência e vice-presidência;
Conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais;
Crimes eleitorais; 
etc. 
As decisões do TSE são irrecorríveis, salvo as que contrariarem a Constituição e as denegatorias de habeas corpus ou mandado de segurança. 
· JUSTIÇA MILITAR: 
Composta por :
Superior Tribunal Militar
Tribunais e Juízes instituídos por lei. 
→ 1ª instância - 
Constituída por Auditoria de Correição, Conselhos de Justiça, Juízes-Auditores; 
→ 2ª Instância - 
Constituída pelo Superior Tribunal Militar (15 Ministros) 
· JUSTIÇA DOS ESTADOS: 
→ 1ª instância - 
Composta por órgãos monocráticas (juízes de direito)
→ 2ª instância - 
Composta pelo Tribunal de Justiça 
RESUMO DE CONSTITUCIONAL II 
1- Engrenagens do Judiciário 
2- Competências Originárias e Recursais
3- Artigo 93 (primeira parte)
4- Princípios Constitucionais do Judiciário 
5- Sumula Vinculante 
6- Lei Orgânica da Magistratura 
7- Quinto Constitucional 
8 – Garantias dos Juizes 
1.0 - Engrenagens do Judiciário 
Conforme visto acima, o judiciário brasileiro se subdivide em: 
			 - JUSTIÇA ESTADUAL
Justiça 	 - JUSTIÇA FEDERAL (ou justiça da união comum) 
 Nacional Justiça da União 
			 - JUSTIÇA ESPECIALIZADA (ou justiça da união especial) 
Logo, quando se fala em JUSTIÇA NACIONAL, fala-se de: 
		Normas COMUNS aos entes federais e estaduais. 
Que normas são essas ? 
- Estatuto da Magistratura 
- Estatuto dos Tribunais (estaduais e federais) 
- Art. 93 da C.F (normas centrais do judiciário) 
Sabendo que Justiça Nacional é aquela comum à esfera estadual e federal, 
 	QUAIS TRIBUNAIS SUPERIORES são parte da Justiça Nacional ?
			O STJ e o STF, pois serve tanto a j. federal quanto a estadual, 
 						indiscriminadamente. 
Observações Importantes sobre o judiciário: 
· Não confundir Justiça da UNIÃO com Justiça FEDERAL. 
	A justiça federal é um ramo da justiça da união (que engloba a justiça especial também) 
· Art. 125 da C.F. -- O Estado pode criar TRIBUNAIS ESTADUAIS MILITARES p/ julgar policiais militares e corpo de bombeiros 
Diferentemente dos Tribunais Militares da União, que só julgam membros das forças armadas. 
· RE-EXAME NECESSÁRIO ou RECURSO DE OFÍCIO: 
Sempre que a ação condenar um ente publico (como a Fazenda Nacional) por exemplo, a União tem que entrar com recurso para rever a matéria. 
2.0 - Competências Originárias e Recursais 
STF Competências: 
 			 ORIGINÁRIA (funciona como 1ª instancia) 
 				ex.: Julgar o presidente em crimes comuns – art. 102
			 RECURSAL (se subdivide em: ) 
 				- Recurso ORDINÁRIO (há exame de fatos e de direitos) 
 				- Recurso EXTRAORDINÁRIO (só discute direito) 
O Recurso Extraordinário é o mais comum, porque é nele que se trata da Constitucionalidade das normas. 
STJ Competências: 
 			ORIGINÁRIA (1ª instância) 
 				Ex.: Julgar governadores em crimes comuns – art. 105
			RECURSAL (se subdivide em: )
				- Recurso ORDINÁRIO (há exame de fatos e de direitos) 
 				- Recurso ESPECIAL (só discute direitos) 
OBSERVAÇÃO Nada impede que o STJ discuta questões constitucionais, 
 		desde que seja em competência ORIGINÁRIA ou RECURSAL ORDINÁRIA. 
 			(no recurso especial só discute lei INFRACONSTITUCIONAL.) 
OBSERVAÇÃO 2 Se um recurso for questionar uma lei FEDERAL como inconstitucional – 
 		 vai pro STF. 
		 Se um recurso for questionar uma lei ESTADUAL como inconstitucional – 
 			vai pro TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
			 
3.0 – ARTIGO 93 (PRIMEIRA PARTE)
Art. 93 da C.F : 
		I - Ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso publico de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e, obedecendo-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
Ou seja O Brasil adota o modelo TÉCNICO-BUROCRÁTICO. 
	Técnico porque apura-se o conhecimento e Burocrático porque a carreira é organizada. 
	O Concurso pra Juiz envolve MÉRITO (prova) e TÍTULOS (doutorado, publicações...) 
		O ingresso se dá como JUIZ SUBSTITUTO. 
	Fica 2 anos “em observação” e à disposição do Tribunal. 
 		Nesses 2 anos, o juiz NÃO é vitalício. 
[ Ser vitalício significa só perder o cargo com processo judiciário e com sentença transitada em julgado ] 
Não ser vitalício significa que ele pode ser EXONERADO se não for produtivo,
 tiver comportamentos inadequados, etc. 
IMPORTANTE Essa EXONERAÇÃO se dá mediante processo administrativo. 
				(diferentemente do processo judiciário mencionado acima)
	II – Promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e por merecimento, atendidas as seguintes normas: 
A) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento
B) A promoção por merecimento pressupõe dois anosde exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago
C) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. 
D) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio e, assegurada ampla defesa. 
E) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolve-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. 
OU SEJA O juiz cumpre a carreira com promoções.
	As promoções acontecem por critério de ANTIGUIDADE e de MERECIMENTO. 
		(alternadamente e consecutivamente) 
-- Se for por ANTIGUIDADE > O juiz mais antigo é OBRIGATORIAMENTE promovido.
 				 exceto se houver recusa de 2/3 dos membros do tribunal. 
-- Se for por MERECIMENTO > Só podem se candidatar a QUINTA parte mais antiga do 
 				 Tribunal (de 100 juizes, os 20 mais antigos concorrem) 
	O tribunal escolhe 3 nomes em uma lista e depois o próprio tribunal reduz a lista – 
 			escolhendo UM SÓ. (mas PQ fazer uma lista pra si mesmo?) 
Por que se um candidato esteve em 3 listas consecutivas ou 5 alternadas É 
				 			Promovido AUTOMATICAMENTE! 
	E QUAIS são os critérios para análise do merecimento ??
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fixou alguns ‘critérios objetivos’ para evitar nepotismo: 
· - ASSIDUIDADE (comparecer sempre)
· - PRESTEZA (rapidez) 
· - APERFEIÇOAMENTO TÉCNICO (fazer cursos) 
· - ÉTICA 
· - PRODUTIVIDADE 
COMARCA: 
		COMARCA Divisão Territorial da 1ª Instancia da J. Estadual
			Podem ser: 
a) Comarcas PEQUENAS ( entrância inicial)
b) Comarcas MÉDIAS ( entrância intermediária ) 
c) Comarcas GRANDES ( entrância especial ) 
Geralmente, o juiz começa na entrância inicial Que é uma cidadezinha de interior, pequena 
 							e com poucos habitantes. 
Conforme é PROMOVIDO, o juiz alcança a entrância especial Comarcas de mais de 
 							200 mil habitantes, como BH por exemplo. 
· ENTRÂNCIAS só existem na Justiça ESTADUAL. 
III - O Acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância 
OU SEJA Para entender o ‘acesso’, é preciso diferencia-lo da PROMOÇÃO. 
		PROMOÇÃO Mudar de comarca (de Contagem pra BH, por exemplo) 
 						permanece na mesma instância.
 		ACESSO Mudar de grau de jurisdição (da vara pro Tribunal) 
						Muda de instancia (juiz vira desembargador) 
O acesso segue as mesmas regras da promoção. 
4.0 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO JUDICIÁRIO
Art. 93 (segunda parte) 
A) FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES: 
IX – Todos os julgamentos dos órgãos do poder judiciário serão públicos, e fundamentadas toas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei (...)
As decisões devem ser fundamentadas sob pena de nulidade. O advogado pode interpor embargo declaratório contra a decisão que for omissa. 
B) MOTIVAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS E MAIORIA ABSOLUTA:
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadsa e em sessão publica, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros 
· Outras Considerações do ART. 93: 
ORGÃO ESPECIAL Pode ser criado um órgão especial para ajudar tribunais muito 
 				numerosos (com muitos desembargadores). 
		Se houver mais de 25 membros no Tribunal, é possível instituir um órgão 
 		composto de 12 a 25 membros para tomar as decisões que seriam do Pleno. 
Isto porque seria difícil reunir TODOS os desembargadores para deliberar algum assunto. 
 Logo, 	O órgão especial resolve em nome do tribunal todo (questões fundamentais)
ATIVIDADE JUDICIÁRIA É ininterrupta, sendo vedada férias coletivas. Ou seja, os 
 				juízes tem que tirar férias alternadamente. 
	Crítica: o judiciário sempre funciona desfalcado (porque alguém sempre ta de férias)		ao invés de ficar desfalcado só por um período que seria de férias coletivas. 
DELEGAÇÃO Os servidores podem delegar a pratica de atos administrativos e de e 
 			mero expediente sem caráter decisório. 
	Mas não pode delegar decisões. 
5.0 – SUMULA VINCULANTE 
Art. 103-A : O STF poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de 2/3 dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, (...) bem como proceder à sua revisão ou cancelamento. 
§1º - A sumula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração publica que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questões indenticas.
OU SEJA 
			A sumula vinculante é uma decisão tomada por 2/3 do STF que vincula os outros órgãos do judiciário. 
			Sua função é uniformizar as decisões para evitar insegurança jurídica e evitar multiplicação de processos sobre o mesmo assunto. 
6.0 – LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA
Conforme o artigo 93 Caput Deveria ser criado o ESTATUTO DA MAGISTRATURA.
	- Esse estatuto conteria princípios e preceitos constitucionais da magistratura. 
	- Sua criação é de iniciativa privativa do STF. 
O Estatuto da Magistratura seria uma LEI NACIONAL (vincula a justiça da união e dos estados) 
na forma de LEI COMPLEMENTAR FEDERAL. 
Porém O ESTATUTO NÃO EXISTE! (plot twist) 
		Isso porque desde a ultima reforma do Judiciario em 2004, o STF está 
 		“fazendo” o projeto do Estatuto, que nunca foi aprovado. 
COMO fazer a justiça funcionar SEM O ESTATUTO??
	Pega-se a Lei Complementar 35 de 1976 (época do Regime Militar)
 e interpreta-a à luz da Constituição de 88. 
· L.C. 35 = LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL (LOMAN)
Há controversas sobre o quanto essa lei é compatível ou não com a C.F. 88.
	
-- Teoria da RECEPÇÃO de KELSEN Na falta de Lei Nova (Estatuto), considera-se 
 					RECEBIDA a anterior (Loman) naquilo que couber. 
7.0 – QUINTO CONSTITUCIONAL (ART. 94)
A QUINTA parte dos Tribunais Regionais Federais, Tribunais dos Estados e do Distrito Federal devem ser compostas por: 
· Membros do Ministério Publico
· Com mais de 10 anos de carreira 
· Advogados 
· De notório saber jurídico e reputação ilibada 
· Com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional 
No caso dos advogados, a OAB abre um edital, seleciona por meio de prova, sabatina, etc
			E monta uma lista SEXTUPLA.
· OAB envia essa lista com 6 nomes para o Tribunal, 
 que reduz para TRÊS.
· O Chefe do Executivo escolhe um dos três. 
Obs O Quinto só vale para T.J e TRF. 
Se o numero correspondente ao quinto for IMPAR, 
 há rotatividade das vagas, alternando a maioria. 
Ex: Um ano tem 5 membros do ministério publico e 4 advogados. No outro, 4 membros do ministério publico e 5 advogados. E ASSIM VAI. 
9.0 – GARANTIAS DOS JUÍZES 
Art. 95 
A) Vitaliciedade 
Após os 2 anos como ‘juiz substituto’, o juiz se torna vitalício. 
Isso quer dizer que não pode perder o cargo a não ser por decisão judicial com sentença transitada em julgado 
B) Inamovibilidade 
Não pode ser removido de onde está e redirecionado para outra comarca/vara sem querer. Exceto se for por motivo de interesse publico.
C) Irredutibilidade do Subsidio 
Subsidio é o nome dado para o ‘salário’ em parcela única dos juízes.
Esse subsidio não pode ser reduzido e obedece um reajuste nominal de acordo com a moeda corrente.