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RESUMO Jurgen Habermas - Tarefas de uma teoria crítica da sociedade _parte 1_

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TEXTO 01: Jurgen Habermas - Teoria de laAcción Comunicativa, vol. II; 
capítulo: Tareas de una Teoria Crítica de la Sociedad 
> Questão central: se na situação atual das ciências sociais é necessário 
e possível encontrar um substituto à teoria do valor, ao menos pelo lado 
que ela permitia por em relação os acertos teóricos relativos à 
dimensão "sistema" com os relativos à dimensão "mundo de vida". 
> Marx entendeu o plexo sistema da autorrealização do capital como 
uma totalidade fetichista; e isso havia dado lugar à exigência 
metodológica de que tudo aquilo que pudesse cair corretamente sob 
uma descrição sistêmica poderia decifrar-se por sua vez como um 
processo de coisificação do trabalho vivo. Mas essa desmedida 
exigência desaparece no sistema econômico capitalista não vemos 
somente uma nova formação de relações de classes, senão também 
um avançado nível de diferenciação sistêmica com direito próprio. 
> Sob essa premissa, a "questão semântica" de como traduzir algo de 
uma linguagem teórica a outra se transforma na questão empírica de 
quando o crescimento do complexo monetário-burocrático afeta a 
outros âmbitos de ação que não podem assentar-se sobre mecanismos 
de integração sistêmica sem que se produzam efeitos colaterais 
patológicos. 
> A análise da teoria parsoniana dos meios lhe conduziu à hipótese de 
que esses limites sobre passam com a penetração dos imperativos 
sistêmicos nos âmbitos da reprodução cultural, da integração social e 
da socialização. E esta é uma hipótese que deve contrastar-se 
empiricamente mostrando a existência de abstrações reais em zonas 
nucleares do mundo da vida. 
> Introduziu o conceito sistêmico de sociedade pela via de objetização 
metodológica do mundo da vida justificando em termos de uma teoria 
da ação ao passo da perspectiva do participante à perspectiva do 
observador, que essa objetização comporta. Isso também se aplica à 
teoria do valor: sua finalidade é esclarecer o que significa para a 
reprodução simbólica do mundo da vida que a ação comunicativa 
fique relevada por interações regidas por meios, que a linguagem seja 
substituída por meios como o dinheiro e o poder em sua função de 
coordenar a ação. (...) 
> O assentamento da ação sobre um mecanismo de coordenação 
distinto e, portanto, sobre um princípio de socialização distinto, só terá 
como efeito uma coisificação, uma deformação patológica das 
infraestruturas comunicativas do mundo da vida quando o mundo da 
vida não possa deixar as funções afetadas, quando não possa delegar 
sem dor essas funções em subsistemas de ação regidos por meios. Assim 
os fenômenos de coisificação perdem o duvidoso status de feitos que 
puderam deduzir-se de enunciados econômicos sobre relações de valor 
só com ajuda de transformações semânticas; as abstrações reais 
constituem agora um âmbito objetual empiricamente indagável. Se 
convertem em objeto de um programa de investigação que já não 
necessita da teoria do valor ou outro instrumento parecido. 
>Uma teoria da modernização capitalista que se valha dos meios da 
teoria da ação comunicativa se atem ao modelo de Marx em um 
aspecto distinto. Se comporta criticamente ante à realidade das 
sociedades desenvolvidas na medida em que elas não se utilizam do 
potencial de aprendizagem de que culturalmente dispõem e se 
entregam a um descontrolado aumento da complexidade. 
"Como si de un poder cuasi-natural se tratara, lacomplejidad 
sistémica se enseñoreaenellas (...) de unpatrimonio no 
regenerable; no solamente desgasta las formas tradicionales de 
vida, sino que ataca lainfraestructura comunicativa incluso de 
mundos de la vida profundamente racionalizados". 
> Mas essa teoria também é crítica aos debates em Ciências Sociais 
que não são capazes de decifrar os paradoxos da racionalização social 
porque só convertem em objeto os sistemas sociais complexos sob um 
desses aspectos abstratos, sem notar a constituição histórica do âmbito 
objetual sobre que versam. 
> Atualmente, a teoria crítica da sociedade não se comporta como 
competidor ante às orientações de investigação estabelecidas, pois a 
partir da ideia que cada um dessas exposições desenvolve acerca do 
surgimento das sociedades modernas, o que trata é explicar no que 
consiste a limitação específica e também o relativo direito de cada um 
deles. 
> Se descartamos por carecer de complexidade o enfoque que 
representa a teoria do comportamento, existem hoje3 principais 
direções de investigação q se ocupam do fenômeno das sociedades 
modernas (não críticas ou excludentes entre si): 
1 - Ligada a Weber e à historiografia marxista; constitui linha de pesquisa 
de orientação comparativa, de metodologia tipológica, centrada nos 
aspectos sociais da história (conhecido como história social). A 
dinâmica da luta de classes recebe atenção maior conforme o 
enfoque, e o núcleo teórico é constituído por hipóteses sobre a 
diferenciaçãoestrutural da sociedade em sistemas de ação 
especificados funcionalmente; seu estreito contato com a pesquisa 
histórica impede que a teoria da diferenciação estrutural resulte num 
programa de orientação teórica. Separa a metodologia funcionalista. 
Ideia unidimensional do processo global de diferenciação estrutural. 
Falta o acabamento conceitual para uma adequada distinção entre: 
a) Diferenciação estrutural do mundo da vida, sobretudo de seus 
componentes sociais; 
b) A automização dos sistemas de ação que se 
diferenciamatravés dos meios de controle, e a diferenciação interna 
desses subsistemas e 
c) Os processos de diferenciaçãoque simultaneamente 
possibilitam a desdiferenciação de âmbitos de ação socialmente 
integrados, no sentido de uma colonização do mundo da vida. 
2 - Ligada à teoria econômica neoclássica e com o funcionalismo 
sociológico; linha sistêmica de pesquisa que se impôs na economia e na 
administração. Se ocupa preferencialmente da complexidade interna 
dos sistemas econômicos e do sistema administrativo, suficiente como 
modelos idealizados. Mas na medida em que viram a necessidade de 
incluir os entornos sociais, fez-se sentir a necessidade de uma teoria 
integrada que compreendera também a interação entre os subsistemas 
economia e Estado, dada sua relação de complementariedade 
funcional. 
3 - Com base na Fenomenologia, na Hermenêutica e no 
Interacionalismo Simbólico, linha de pesquisa centrada nos aspectos 
acessíveis da teoria da ação. As distintas correntes da sociologia 
compreensiva, na medida em que procedem com suficiente grau de 
generalização, coincidem no seu interesse por esclarecer as estruturas 
das imagens do mundo das formas de vida. O núcleo é a teoria da vida 
cotidiana, que também pode se conectar com investigação histórica. 
Quando isso ocorre, os processos de modernização podem ser 
apresentados desde a perspectiva dos modos de vida específicos das 
distintas capas e grupos sociais (...). 
"Una teoría crítica de lasociedadpodráasegurarse tanto mejor de 
los resultados de estas tresdirecciones de 
investigacióncuantomayossealaexactitudcon que 
demuestreendetallecómolosámbitosobjetuales que esas líneas de 
investigación se limitan a dar ingenuamente por sentados 
sólopudiernformarseenlaconstelación de comienzosdel mundo 
moderno y, por cierto, como consecuenciadeldesacoplamiento 
de sistema y mundo de la vida". 
> Ainda que a teoria da diferenciação estrutural não separa 
suficientemente os aspectos sistema e mundo da vida, as linhas de 
pesquisa baseadas na teoria de sistemas e na teoria de ação isolam e 
sobregeneralizam em cada caso um desses aspectos. Nos três casos, as 
abstrações metodológicas tem a mesma consequência. Suas teorias de 
modernidade permanecem insensíveis ao que Marx chamava de 
abstrações reais; elas só podem ser abordadas por uma análise que 
tenha em conta simultaneamente a racionalização do mundo da vida 
e o aumento da complexidade dos subsistemas regidos por meios e que 
não perca de vista a natureza paradoxal das suas interferências; las 
patologias sociaisnão podem medir-se em função de estados de 
normalidade biológicos, senão em função das contradições em que se 
vejam envoltas as interações entrelaçadas comunicativamente, por 
causa do poder objetivo com que os enganos podem apoderar-se de 
uma prática cotidiana dependente da facticidade de pretensões de 
validade. 
> Ao falar de abstrações reais, Marx não só se referia aos paradoxos 
(supra mencionado) como também aos paradoxos que só são 
acessíveisa uma análise da coisificação (ou racionalização). 
"Precisamente estoeslo quelaviejtateoría crítica se habíapropuesto 
como tarea antes de que a principio de losaños 40 empezara a 
distanciarse cada vez + de lasinvestigaciones sociológicas. Por 
esovoy a repasarelcomplejo de temas que ocuparan a laprimera 
teoria crítica (...)" 
> Ou seja: nesse ponto, Habermas se propõe a fazer um repasse da 
Teoria Crítica já desenvolvida até o início dos anos 1940, a mostrar como 
alguma das preocupações da teoria crítica podem ser retomadas sem 
se comprometer com suposições filosóficas ou históricas e, por fim, 
mostrar o "distinto significado" que tem hoje a crítica do positivismo na 
era do pós positivismo. O texto original é contínuo com umas indicações 
mínimas de cada uma das propostas, mas por uma questão lógico-
esquemática eu vou fragmentar, conforme segue. 
I – Repasse da Teoria Crítica 
 - Até o início dos anos 1940 o trabalho do Instituto de Investigação 
Social esteve dominado essencialmente por 6 temas: 
a) Formas de integração das sociedades pós liberais: ante a 
profunda transformação sofrida pelo capitalismo liberal, o conceito de 
coisificação estava exigindo uma especificação; sobretudo o nacional-
socialismo obrigou o estudo da mudança da relação entre economia e 
Estado (...). 
b) Socialização na família e o desenvolvimento do eu; 
c) Meios de comunicação de massa e cultura de massa; 
> A relação entre o sistema de ação econômica e o sistema de ação 
administrativa deciso sobre como fica integrada a sociedade, sobre as 
formas de racionalidade a que se submete o contexto em que os 
indivíduos desenvolvem sua vida. 
> Mas a subsunção dos indivíduos socializados sob o padrão de 
controles sociais dominantes tinha que se estudar em outro lugar: na 
família, que, como agência de socialização, prepara os sujeitos para os 
imperativos do sistema ocupacional e no espaço público, onde a 
cultura de massas gera obediência generalizada às instituições políticas. 
> A teoria do capitalismo tardio só podia explicar o tipo de integração 
social. 
d) Psicologia social "de la protesta paralizada y acallada": 
Imagem monolítica de uma sociedade totalmente administrada; a ela 
corresponde um modo de socialização repressivo, que exclui a natureza 
interna, e um controle social q tudo penetra, feito através dos canais 
dos meios de comunicação de massas. 
e) Teoria del arte 
f) Crítica del positivismo de la ciência. 
>Os processo de coisificação da consciência só podem se converter 
em objeto de programa de pesquisa planejado integralmente em 
termos empíricos uma vez que a teoria do valor perdeu sua função 
essencial. O conteúdo normativodo conceito de coisificação tinha de 
se obter a partir do potencial de racionalidade da cultura moderna. 
> A arte se converte em objeto preferido de uma crítica ideológica que 
se impõe a si mesma como tarefa ao separar conteúdos 
transcendentes da arte autêntica, seja utópica ou crítica, dos 
componentes afirmativos ideologicamente consumidos dos ideais 
burgueses - filosofia tem significação central. 
II – Como alguma das preocupações da teoria crítica podem ser 
retomadas sem se comprometer com suposições filosóficas ou 
históricas; 
 
> A discussão em termos de crítica ideológica com a tradição poderia 
propor-se como objetivo a recuperação do conteúdo da verdade dos 
conceitos e problemas filosóficos, a apropriação de seu conteúdo 
sistemático, porque a crítica viria sustentada por supostos teóricos; nesse 
momento a teoria crítica se baseava ainda na filosofia marxista da 
história - na convicção de que forças produtivas desenvolvem uma 
força objetivamente explosiva. Só sob esse suposto poderia limitar-se a 
crítica a tornar conscientes os homens das possibilidades para às que já 
está madura a própria situação histórica. 
> Sem uma teoria da história não seria possível uma crítica imanente 
centrada ao redor de figuras do espírito objetivo; sem essa teoria a 
crítica se veria abandonada aos variáveis critérios que 
contingentemente pusera à sua disposição cada época histórica. O 
programa de investigação dos anos 1930 vinha sustentado pela 
confiança, nutrida pela filosofia da história, que sob a pressão do 
desenvolvimento das forças produtivas se desfaria em movimentos 
sociais. Mas paradoxalmente, Horkheimer, Marcuse e Adorno, graças 
aos seus trabalhos de crítica ideológica, se viram reforçados na opinião 
de que nas sociedades pós liberais a cultura perde sua autonomia e 
fica incorporada, nas formas des-sublimadas que adota na cultura de 
massas, na engrenagem do sistema econômico-administrativo. O 
desenvolvimento das forças produtivas, inclusive no próprio pensamento 
crítico, aparece cada vez mais na perspectiva de uma turva 
assimilação ao seu contrário. Na medida em que para esses autores a 
sociedade totalmente administrada só encara uma razão instrumental 
elevada à totalidade, todo o que existe se transforma em abstração 
real; e, assim sendo, o atacado e deformado por essas abstrações tem 
necessariamente que subtrair-se de toda intervenção empírica. 
> A fragilidade desses fundamentos da filosofia da história permite-nos 
entender por quê a tentativa de uma teoria crítica da sociedade 
desenvolvida em termos interdisciplinares estava condenada ao 
fracasso e por quê Horkheimer e Adorno recortaram esse programa 
reduzindo-lhe a considerações especulativas sobre a "dialética da 
ilustração" {não sei o que Habermas entendeu por esse termo; traduzi 
apenas literalmente}. Os supostos do materialismo histórico sobre a 
relação dialética entre forças produtivas e relações de produção 
haviam se transformado em enunciados pseudonormativos sobre a 
teologia objetiva da história - considerada como a força impulsora da 
realização de uma razão que nos ideias burgueses se havia interpretado 
a si mesma de forma equívoca. A teoria crítica só poderia assegurar-se 
de seus fundamentos normativos em perspectiva da filosofia da história. 
Mas isso apenas não era capaz de sustentar um programa de 
investigação empírica. 
> "Locual queda también de manifiestoenla falta de unámbitoobjetual 
claramente delimitado como es el de lapráctica comunicativa 
cotidiana del mundo de la vida, enla que se encarnanlasestructuras de 
racionalidad y enla que pueden ser identificados losprocesos de 
coisificación". As categorias básicas da Teoria Crítica enfrentam 
diretamente a consciência dos indivíduos a uns mecanismos sociais de 
integração que se limitariam a prolongar-se para dentro, 
intrapsiquicamente. Ao contrário, a teoria da ação comunicativa pode 
assegurar-se do conteúdo racional de estruturas antropológicas 
profundas numa análise que inicialmente é apenas reconstrutivo, isso é, 
que vem planejado em termos a-históricos. Essa análise descreve 
estruturas da ação e do entendimento, que podem inferir-se do saber 
intuitivo dos membros competentes das sociedades modernas. Essa 
análise cerra todo caminho de volta à uma filosofia da história que, 
forçosamente, não pode ser capaz de distinguir entre problemas de 
lógica evolutiva e problemas de dinâmica evolutiva. 
>Enese espectro de temas se reflejalaidea programática de Horkheimer 
de una ciencia social interdisciplinar. 
Habermas se propõe, então, a complementar a proposição com alguns 
comentários sobre os temas mencionados. 
"Me decidotambién a estas notas ilustrativas porque 
quierosubrayarel carácter plenamente abierto y lacapacidad 
de conexión que piensotieneelplanteamiento que hehecho de 
la teoria de lasociedad (...).Lo que lateoría de la sociedade 
puede proporcionar por símisma se asemeja al carácter 
focalizador de una lente. 
Sólocuandolascienciassocialesdejaran de ser capaces de 
inspirar ideasnuevashabría expirado la época de lateoría de 
lasociead". 
a) Formas de integração das sociedades pós liberais: 
> O racionalismo ocidental surgiu no marco das sociedades em que se 
implanta o capitalismo burguês. Por isso, com Marx e Weber se estudam 
as condições de partida da modernização analizando o caso desse 
tipo de sociedades e seguido a tendência evolutiva capitalista. Mas nas 
sociedades pós liberais esse caminho se bifurca: Numa das direções a 
modernização vem impulsionada pelos problemas endogenamente 
gerados pelos processos de acumulação econômica e na outra pelos 
problemas gerados pelos esforços de uma racionalização dirigida pelo 
Estado. No caminho evolutivo do capitalismo organizado se formam a 
ordem política das democracias de massas e do Estado social; não 
obstante, sob a pressãoda crise econômica a forma de produção, 
ameaçada pelas consequências da desintegração social, só podem se 
manter em alguns lugtares com a instauração de regimes autoritários ou 
fascistas. No caminho evolutivo que representa o socialismo burocrático 
se cristalizam a ordem política das ditaduras de partido único 
(estanilismo). Essas ramificações tornam necessárias especificações 
históricas, inclusive no nível mais geral dos tipos de integração da 
sociedade e das correspondentes patologias sociais. 
> Hipótese de que entre as condições de partida do processo de 
modernização figura uma profunda racionalização do mundo da vida. 
O dinheiro e o poder tem que poder ficar anclados como meios no 
mundo da vida; tem que poder ficar institucionalizados por via de 
direito positivo. Uma vez cumpridas essas condições de partida, podem 
diferenciar-se um sistema econômico e um sistema administrativo que 
guardam entre si uma relação de complementariedade e que 
entravam uma relação de intercâmbio com seus entornos por meios de 
controle. Nesse nível de diferenciação sistêmica em que surgem as 
ciências modernas, primeiro capitalistas e depois, destacando-se delas, 
as sociedades do socialismo burocrático. A via capitalista da 
modernização fica aberta enquanto o sistema econômico desenvolve 
em seu crescimento uma dinâmica própria e se põe a cabeça com 
seus problemas engenamente gerados - se faz com o primado evolutivo 
para o conjunto da sociedade global. O caminho modernizador 
discorre em outros termos quando o sistema de ação administrativoa, 
sobre a base de uns meios de produção amplamente estatizados e da 
institucionalização da dominação política de um partido único, 
consegue uma autonomia similar frente ao sistema econômico. 
> Na medida em que se implantam esses princípios de organização 
surgem relações de intercâmbio nesses dois subsistemas funcionalmente 
complementares e os componentes sociais do mundo da vida em que 
estão ancorados os meios. Uma vez descarregado das tarefas da 
reprodução material, o munda da vida pode, por um lado, diferenciar-
se em suas estruturas simbólicas, pondo, assim, em marcha a lógica 
própria das evoluções que caracterizam a modernidade cultural; por 
outro lado, a esfera da vida privada e da opinião pública política ficam 
agora postas também à distância tanto quanto ao redor do sistema. 
Segundo seja o sistema econômico ou o aparato estatal em que 
ostente o primado evolutivo, será a economia doméstica ou as 
afiliações politicamente relevantes as que constituam a principal porta 
de entrada pela que penetram no mundo da vida as crises das que 
esses subsistemas logram desembaraçar-se. 
> As perturbações da reprodução material do mundo da vida adotam 
nas sociedades modernizadas a forma de desequilíbrio sistêmico; e 
esses, ou operam diretamente como crises ou provocam patologias no 
mundo da vida. 
>Essas crises de controle sistêmico tem sido investidas principalmente no 
caso do ciclo econômico dos sistemas de economia de mercado; mas 
no socialismo burocrático os mecanismos de autobloqueio da 
planificação administrativa produzem tendências às crises semelhantes 
do processo de acumulação. Os paradoxos da racionalidade 
planificadora, à semelhança da racionalidade de intercâmbio, podem 
explicar-se pelas contradições em que caem consigo mesmas as 
orietanções racionais da ação a causa de efeitos sistêmicos não 
pretendidos. A essas tendências à crise não só se faz frente no 
subsistema que em cada caso surge, como também no sistema de 
ação que lhes é complementar e ao que podem ser deslocados. Assim 
como que a economia capitalista depende das intervenções 
organizativas do Estado, assim também as instâncias planificadoras do 
socialismo burocrático dependem das operações de autogoverno do 
sistema econômico. O capitalismo desenvolvido oscila entre as políticas 
que representam a autorregulação pelo mercado e o intervencionismo 
estatal. Mais marcada ainda é a estrutura dilemática na outra parte, 
onde as medidas políticas oscilam sem remédio entre o reforço da 
planificação central e a descentralização, entre os programas 
econômicos orientados à inversão e os orientados ao consumo. 
> Mas esses desequilíbrios sistêmicos só se manifestam como crise 
quando os rendimentos da economia do Estado ficam manifestamente 
por baixo de um nível de aspiração estabelecido e minam a 
reprodução simbólica do mundo da vida ao provocar nele conflitos e 
reações de resistência - que afetam diretametne aos componentes 
sociais do mundo da vida. Mas antes de que esses conflitos possam por 
em perigo ãmbitos nucleares da integração social, se vem deslocados 
à periferia: antes de produzir-se estados de anomia, se apresentam 
fenômenos de perda de legitimaçaõ ou de perda de motivação. Mas 
se se logram interceptar as crises de controle, isto é, as perturbações 
percebidas da reprodução material abrindo mão de recursos do 
mundo da vida, surgem então patologias do mundo da vida. Para a 
manutenção da economia e do Estado são relevantes os recursos 
assinalados na fila intermediária em relação à conservação da 
sociedade; é aqui, nas ordens institucionais do mundo da vida, onde 
em última instância tem sua "anclaje" os subsistemas. 
> A substituição das crises de controle pelas patologias do mundo da 
vida podem ser representadas das seguintes formas: os estados 
anômicos se evitam e as legitimações e motivações importantes para a 
existência das ordens institucionais se asseguram a custo e por emio da 
exploração exaustiva dos restantes recursos. Se ataca e explora a 
cultura e a personalidade para dominar as crises e estabilizar a 
sociedade. Consequência: No lugar de fenômenos anômicos (e no 
lugar da perda de legitimação e a perda de motivação substituidora 
da anomia) surgem fenômenos de alienação e de desestruturação de 
identidades coletivas. Estes fenômenos lhes faz derivar da colonização 
do mundo da vida e os caracterizei como coisificação da prática 
comunicativa cotidiana. 
>> Sem embargo, as deformações do mundo da vida só adotam a 
forma de uma coisificação das relações comunicativas nas sociedades 
capitalistas, é dizer, ali onde as crises são transladadas ao mundo da 
vida através da porta de entrada que representa a economia 
doméstica. Não se trata da sobredilatação de um único meio, senão 
da monetarização e burocratização dos âmbitos de ação de 
trabalhadores e consumidores, de cidadãos e clientes das burocracias 
estatais. Nas sociedades nas que a crise penetra no mundo da vida 
pela porta da "pertinência" ou afiliações políticas relevantes, as 
deformações do mundo da vida adotam uma forma distinta. Também 
aqui, nas sociedades de socialismo burocrático, âmbitos de ação que 
dependem de por si da integração social ficam assentados sobre 
mecanismos de integração sistêmica. Só que a coisificação das 
relações comunicativas é substituída por uma simulação de relações 
comunicativas em âmbitos burocraticamente desertizados e 
coativamente humanizadosocupados por um comércio e trato pseudo 
político. Essa "pseudo-politização" guarda em certos aspectos uma 
relação de simetria com a privatização coisificadora. O mundo da vida 
não fica assimilado diretamente ao sistema; não fica assimilado a 
âmbitos de ação formalmente organizados e jurisdicizados, senão que 
as organizações do aparato estatal da economia, autonomizadas 
sistemicamente, são retroprojetadas sobre uma ficção de horizonte do 
mundo da vida. O sistema, ao apresentar-se com roupagens de mundo 
da vida, deixa vazio o mundo da vida. 
b) Socialização na família e o desenvolvimento do eu 
> A família era considerada como a agência através da qual os 
imperativos sistêmicos se imiscuem nos destinos das pulsões; mas não 
era levada a sério na sua estrutura comunicativa interna - era 
considerada num ponto de vista funcionalista. Daqui se desentendem 
as grandes mudanças ocorridas na família burguesa e em especial se 
mal interpretara o resultado da perda de relevância da autoridade 
paterna. Parecia como se agora os imperativos sistêmicos, através da 
midiatização da família, tiveram oportunidade de intervir no acontecer 
intrapsíquico, de forma direta ou peneirados somente pelo meio brando 
da cultura de massas; mas se, pelo contrário, no câmbio estrutural da 
pequena família burguesa se vê operar também a lógica própria da 
racionalização do mundo da vida, se se tem em conta que na 
igualitarização das pautas de relação, nas formas individuais de 
comércio e trato e nas práticas pedagógicas liberalizadas fica também 
liberado um fragmento do potencial de racionalidade que a ação 
comunicativa leva em seu seio, então o câmbio experimentado pelas 
condições socializadoras das famílias de classe média aparece 
também a uma luz distinta. 
> Os indicadores empíricos sugerem a autonomização de uma família 
nuclear em que os processos de socialização se cumprem através do 
meio de uma ação consensual amplamente desinstitucionalizada. 
Cristalizam aqui infraestruturas comunicativas que se tem liberado de 
encadeamentos latentes por parte dos complexos sistêmicos. O 
antagonismo entre o homem, que na esfera íntima se educa para a 
liberdade e humanidade, e o burguês, que na esfera do trabalho social 
obedece a imperativos funcionais, foi sempre ideologia. Mas esse 
antagonismo cobra uma significação distinta: os mundos da vida 
familiar miram de frente os imperativos do sistema econômico e 
administrativo, que lhes advertem desde fora, no lugar de ver-se 
mediatizados por eles "a tergo". Nas famílias e em seus entornos pode 
observar-se uma polarização entre os âmbitos da ação 
comunicativamente estruturados e os formalmente organizados, que 
coloca os processos de socializaçãosob condições distintas, e os expõe 
a um tipo distinto de riscos. É o que sugerem, tomados em termos gerais, 
dois dos sintomas que vem sublinhando a psicologia social: a 
decrescente importância da problemática edípica e a crescente 
importância das crises da adolescência. 
> Desde muito tempo, os médicos de orientação psicoanalítico vem 
observando uma mudança sintomática nas enfermidades psicológicas 
típicas da época. As histerias clássicas quase desapareceram; o número 
de neuroses compulsivas decresce drasticamente; em seu lugar 
aumentam as perturbações narcisistas. Christopher Lashaproveitou essa 
mudança de sintomas para fazer um diagnóstico da época, que vai 
muito além do âmbito do clínico. Esse diagnóstico confirma que as 
transformações significativas da atualidade escapam à psicologia 
social quando ela parte para explicar-lhes da problemática edípica, da 
interiorização de uma repressão social meramente mascarada na 
autoridade paterna. Resultam mais fecundas as explicações que 
partem da premissa de que as estruturas de comunicação liberadas no 
seio da família representam umas condições de socialização mais 
exigentes e simultaneamente mais vulneráveis. Surge um potencial de 
irritação; e com ele cresce também a probabilidade de que as 
instabilidades no comportamento dos pais tenham repercussões 
desproporcionadamente grandes, no sentido de um sublimado 
sentimento de desamparo. 
> A importância que tem para a socialização o desacoplamento do 
sistema e mundo da vida vem sugerido também por outro fenômeno: o 
da agudização da problemática da adolescência. Se os imperativos 
sistêmicos já não penetram furtivamente na família assentando-se em 
formas de comunicação distorcidas e intervindo sub repticiamente na 
formação da pessoa, senão que advem à família de fora, abertamente 
e sem nenhum mistério, tanto mais terão então a formar-se disparidades 
entre as competências, atitudes e motivos, por um lado, e as exigências 
funcionais dos papeis da idade adulta, por outro. Os problemas da 
separação da família e da formação de uma identidade própria estão 
convertendo o desenvolvimento juvenil nas sociedades modernas, 
desenvolvimento que apenas se conta com umrelação do eu com a 
natureza externa em categorias da filosofia da consciência, isto é, 
segundo o modelo das relações entre um sujeito e um objeto, pode 
substituir-se então por uma teoria da socialização que vincule Freud 
com Mead, que coloque as estruturas da intersubjetividade no posto 
que lhes corresponde e que substitua as hipóteses relativas aos destinos 
pulsionais por hipóteses relativas à história da interação e da formação 
da identidade. Esse planejamento pode: 
a) fazer seus os recentes desenvolvimentos que tem tido lugar na 
investigação psicanalítica, em especial a teoria das relações de objeto 
e a psicologia do eu; 
b) conectar com a teoria dos mecanismos de defesa, de modo que 
podem abordar-se as conexões entre as barreiras intrapsíquicas à 
comunicação, por um lado, e as perturbações da comunicação no 
plano interpessoal, no outro; 
c) utilizar as hipóteses sobre os mecanismos de resolução consciente e 
inconsciente dos conflitos para estabelecer uma conexão entre a 
ortogênese e a patogênese. O desenvolvimento cognitivo e socio-moral 
investigado na tradição de Piaget, se cumpre segundo pautas 
estruturais que proporcionam um plano de fundo e contrase fiáveis para 
os desvios apreendidos intuitivamente no âmbito do clínico. 
c) Meios de comunicação de massa e cultura de massa; 
d) Psicologia social "de la protesta paralizada y acallada": 
e) Teoria del arte 
f) Crítica del positivismo de la ciência.

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