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©Shutterstock/Sergey Nivens Livro do Professor Volume 6 Livro de atividades Língua Portuguesa ©Editora Positivo Ltda., 2017 Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora. Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) S676 Soares, Rosalina Mariana Rathlew. Língua portuguesa : livro de atividades : livro do professor / Rosalina Mariana Rathlew Soares. – Curitiba : Positivo, 2017. v. 6 : il. ISBN 978-85-467-1573-2 1. Ensino médio. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. I. Título. CDD 373.33 Rosalina Mariana Rathlew Soares Divulgação científi ca: a ciência mais aces sível 11 Correlação de tempos verbais Trata da coerência que deve haver entre as formas verbais utilizadas em uma frase Correlação verbal 1. Presente ou futuro do presente do indicativo (oração principal) e presente do subjuntivo (oração subordinada). Solicito/solicitarei que refaça os exames. 2. Pretérito perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito ou futuro do pretérito do indicativo (oração principal) e pretérito imperfeito do subjuntivo (oração subordinada). Solicitei/solicitava/solicitara/solicitaria que refizesse os exames. 3. Presente do indicativo (oração principal) e pretérito perfeito composto do subjuntivo (oração subordinada). Acredito que ele tenha refeito os exames. 4. Pretérito imperfeito do indicativo (oração principal) e mais-que-perfeito composto do subjuntivo (oração subordinada). Acreditava que ele tivesse refeito os exames. 5. Futuro do presente do indicativo (oração principal) e futuro do subjuntivo (oração subordinada). Agradecerei se você refizer os exames. 6. Futuro do pretérito do indicativo (oração principal) e pretérito imperfeito do subjuntivo (oração subordinada). Agradeceria se você refizesse os exames. 7. Futuro do pretérito composto do indicativo (oração principal) e pretérito mais- que-perfeito composto do subjuntivo (oração subordinada). Teria ficado agradecido se você tivesse refeito os exames. 2 Volume 6 Vozes verbais Vozes verbais Voz ativa: o sujeito é o agente do processo verbal. O rapaz podou as roseiras. Voz passiva: o sujeito recebe ou sofre a ação verbal. As roseiras foram podadas pelo rapaz. Voz reflexiva: o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação verbal. O rapaz cortou-se ao podar as roseiras. Analítica sujeito + verbo auxiliar ser + particípio + agente da passiva A roseira foi podada pelo rapaz. Sintética VTD + se (pronome apassivador) + sujeito paciente Podou-se a roseira. Obs: A relação entre as vozes ativa e passiva pode ser assim demonstrada: Concordância verbal: casos gerais O verbo concorda com o sujeito a que se refere. Sujeito simples Verbo na 3.ª pessoa do singular, se o núcleo do sujeito for substantivo singular. Verbo na 3.ª pessoa do plural, se o núcleo do sujeito for substantivo plural. Sujeito composto Anteposto – verbo na 3.ª pessoa do plural. Posposto – verbo concorda com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos do sujeito. voz passiva sujeito paciente verbo na voz passiva agente da passiva voz ativa sujeito agente verbo na voz ativa objeto direto Língua Portuguesa 3 Atividades 4 Volume 6 1. (UNIFESP) Senhor feudal Se Pedro Segundo Vier aqui Com história Eu boto ele na cadeia. A correlação entre os tempos verbais está correta em: X a) Se Pedro Segundo viesse aqui com história eu botaria ele na cadeia. b) Se Pedro Segundo vem aqui com história eu botava ele na cadeia. c) Se Pedro Segundo viesse aqui com história eu boto ele na cadeia. d) Se Pedro Segundo vinha aqui com história eu botara ele na cadeia. e) Se Pedro Segundo vier aqui com história eu terei botado ele na cadeia. 2. (SATC) Em relação ao período “Se o proprietário da fazenda os seus conceitos, é provável que nós com os seus advogados”, o item que apresenta, respectivamente, as flexões verbais que completam os espaços, em conformidade com o padrão da língua, é: a) rever – dialogamos b) rever – dialogaremos c) rever – dialogássemos X d) revir – dialoguemos e) revir – dialogamos 3. Leia a estrofe a seguir. A tua saudade corta como aço de navaia... O coração fica aflito Bate uma, a outra faia... E os óio se enche d’água Que até a vista se atrapaia, ai, ai... SOBRINHO, José Ramiro; SILVA, Ranulfo Ramiro. Cuitelinho. Intérprete: Pena Branca e Xavantinho. In: PENA BRANCA E XAVANTINHO. Som da Terra. [S.l.]: Warner Music, 1999. 1 CD. Faixa 2. Essa canção folclórica emprega a linguagem coloquial, o que se percebe pelo uso de formas como “navaia” e “faia”. a) Transcreva o verso em que a concordância verbal se dá conforme o uso informal. “E os óio se enche d’água”. b) Reescreva esse verso de modo que atenda às prescrições da norma-padrão. E os olhos se enchem d’água. Língua Portuguesa 5 4. (FGV) Com a migração dos investimentos surgem novos desafios, onde o tempo de retorno do capital investido tem que ser o menor possível. Explique por que a forma verbal surgem foi empregada no plural. A gramática normativa prescreve que o verbo da oração deve concordar em número e pessoa com o sujeito a que se refere. Na frase apresentada, o sujeito é “novos desafios”, 3 .ª pessoa do plural, o que leva o verbo a flexionar-se também na 3.ª pessoa do plural. A inversão da ordem padrão (sujeito e verbo), presente na frase, não muda a regra de concordância quando se trata de sujeito formado de um só núcleo. 5. Das frases a seguir, assinale a única que apresenta problema de concordância. a) Saíram daqui, há pouco, a Joana e o irmão. X b) Na pele da criança, parecia pequenos pontinhos as picadas dos insetos. c) O pai e a mãe, mesmo depois de muito conversar e orientar os meninos, mantiveram o castigo dado. d) A turma de amigos promoveu uma bela festa! 6. (FUVEST) Décadas atrás, vozes bem afinadas cantavam no rádio esta singela quadrinha de propaganda: As rosas desabrocham Com a luz do sol, E a beleza das mulheres Com o creme Rugol. Os versos nunca fizeram inveja a Camões, mas eram bonitinhos. E sabe-se lá quantas senhoras não foram atrás do creme Rugol para se sentirem novinhas em folha, rosas resplandecentes. (Quintino Miranda) a) Reescreva o primeiro parágrafo do texto, substituindo “Décadas atrás” por “Ainda hoje” e transpondo a forma verbal para a voz passiva. Faça as adaptações necessárias. Ainda hoje, esta singela quadrinha de propaganda é cantada no rádio por vozes bem afinadas. b) Que expressões da quadrinha justificam o emprego de novinhas em folha e de resplandecentes, no comentário feito pelo autor do texto? “Novinhas em folha” justifica-se pela remissão a “desabrocham”; “resplandecentes”, pela remissão à passagem “a luz do sol”. 6 Volume 6 Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem- -nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos seus anos. Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos quinze anos, como paixão peri- gosa, única e inflexível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é uma brincadeira; é a última manifestação do amor às bonecas; é a tentativa da ave- zinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre com os olhos fitos na ave-mãe, que a está da fronde pró- xima chamando; tanto sabe a primeira o que é amar muito, como a segunda o que é voar para longe. Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor. Camilo Castelo Branco – Amor de perdição “Da janela do seu quarto é que ele a vira pela primeira vez”. Passando-se a oração em destaque para a voz passiva analítica, a forma verbal correspondente é a) foi vista. b) haviavisto. c) estava sendo visto. d) seria vista. X e) fora vista. 8. Considerando a correlação dos tempos verbais, preencha as lacunas com os verbos indicados entre parênteses. I. Se todos acharem que não há mais nada a fazer, os problemas que enfrentamos jamais serão solucionados. (ser) II. Caso os jornais publicassem a matéria, João certamente se tornaria um nome conhecido. (tornar-se) III. Queria que ele tivesse feito/ fizesse um nome conhecido. (fazer) 9. (FGV) Estamos comemorando a entrega de mais de mil imóveis. São mais de 1 000 sonhos realizados. Mais de oito imóveis são entregues todo dia. Quer ser o próximo? Então vem para a X Consórcios. Entre você também para o consórcio que o Brasil inteiro confia. (Texto de anúncio publicitário, editado.) Reescreva a frase – Estamos comemorando a entrega de mais de mil imóveis – na voz passiva, com agente expresso. Está sendo comemorada por nós a entrega de mais de mil imóveis /A entrega de mais de mil imóveis está sendo comemorada por nós. 10. Considerando as normas da concordância verbal, complete as lacunas das frases a seguir. a) Permanecia/permaneciam ali o avô e os dois netos, aguardando o ônibus. (permanecer – pretérito imperfeito do indicativo) b) Mexia , sem parar, o pé e a cabeça, demonstrando estar ansioso. (mexer – pretérito imperfeito do indicativo) c) Na festa, lembrou pequenos sinos o tinir das taças. (lembrar – pretérito perfeito do indicativo) 7. (MACKENZIE - SP) Língua Portuguesa 7 11. (UNISINOS) a questão refere-se à história em quadrinhos abaixo. Considerando o conteúdo do texto, a articulação das ideias e o emprego de alguns recursos linguísticos, assinale a única alternativa correta. a) Por meio de uma sátira, o cartunista expressa a tese de que não há pessoas inteligentes porque só se preocupam com máquinas de última geração, cujo uso não requer inteligência. b) Evidencia-se, nessa tira, a ocorrência de repetição viciosa, uma vez que o adjetivo “inteligente(s)” aparece reitera- das vezes. X c) O pensamento do personagem, expresso nos seis quadrinhos, poderia ser assim apresentado em forma de período, na variante linguística culta: Há edifícios inteligentes, telefones inteligentes, carros inteligentes e eletrodomésticos inteligentes, mas, se houvesse mais investimentos em educação, existiriam pessoas inteligentes. d) Por meio do advérbio “mais” (quinto quadrinho), o cartunista expressa a ideia de que não há investimento algum em educação. e) O conectivo “e” (último quadrinho) expressa uma relação semântica de adição entre os seguintes argumentos: maior investimento em educação e existência de pessoas inteligentes. 12. Para responder aos itens a seguir, considere a fala do personagem nos dois últimos quadrinhos. a) Por que foi usado o futuro do pretérito (“seria”) em vez do presente do indicativo (Não é melhor investir mais em educação...)? O uso da forma verbal no futuro do pretérito do indicativo pretende expressar a ideia de que essa é uma pergunta que levanta uma hipótese, uma possibilidade, e não que coloca a questão de modo assertivo. Essa opção denota que a fala do personagem apresenta uma pergunta retórica, não expressando uma dúvida autêntica. b) Como seria essa fala se o personagem se dirigisse à sociedade como um todo, pedindo que haja mais investimen- tos em educação? Faça as alterações necessárias, usando a norma culta da língua. Invista(m) mais em educação para haver pessoas inteligentes. 8 Volume 6 c) Considere a frase a seguir e complete a lacuna com o verbo haver, flexionando-o de modo que haja correlação verbal adequada. Se houvesse mais investimento em educação, haveria mais gente inteligente. 13. (FGV) Em qual das alternativas não há a necessária correlação temporal das formas verbais? a) A festa aconteceu no mesmo edifício em que transcorrera o passamento de José Mateus, vinte anos antes. X b) Quando Estela descer da carruagem, poderia acontecer-lhe uma desgraça se o cocheiro não dispuser adequada- mente o estribo. c) Tendo visto o pasto verde, o cavalo pôs-se a correr sem que alguém pudesse controlá-lo. d) Pelo porte, pelo garbo, todos perceberam que Antônio Sé fora militar de alta patente. e) Se o policial não tivesse intervindo a tempo, teria ocorrido a queda do canhão. 14. Leia o texto a seguir. Governadores vão a Cunha por CPMF e ouvem das dificuldades para aprová-la [...] “Acho que está fadado à derrota fragorosa. Porém, se chegar a ponto de votar, não vou obstruir. Com muita boa vontade, vai entrar em vigor em julho de 2016, se passasse”, afirmou o presidente após encontro com oito governadores que estiveram no Congresso. ÁLVARES, Débora; URIBE, Gustavo. Governadores vão a Cunha por CPMF e ouvem das dificuldades para aprová-la. Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 set. 2005. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1682480-governadores-vao-a-cunha-por-cpmf-e-ouvem- das-dificuldades-para-aprova-la.shtml>. Acesso em: 16fev. 2015. Para que a correlação dos tempos verbais se torne adequada, há duas reescritas possíveis da passagem em desta- que. Escreva-as. Com muita boa vontade, vai entrar (entrará) em vigor em julho de 2016, se passar [...] Com muita boa vontade, entraria em vigor em julho de 2016, se passasse [...] 15. (UFRGS) Físico reconstrói o mapa do céu indígena Um pesquisador do Paraná passou os últimos dez anos, a expensas próprias, reconstituindo as cons- telações conhecidas pelos povos indígenas do Brasil. O esforço começa a dar resultado agora, depois de sua aposentadoria. Germano Affonso, professor titular de física da UFPR e doutor pela Universidade de Paris 6, descobriu que as principais constelações dos tupinambás, que habitavam a costa brasileira no século 16 e foram os primeiros a ter contato com os europeus, são comuns a diversas outras etnias do Brasil. São elas: Ema, Anta, Homem Velho e Veado. As constelações indígenas, segundo ele, têm funções práticas semelhantes às das constelações ociden- tais: marcar a passagem do tempo e as estações do ano e servir como pontos de orientação. No entanto são maiores, mais facilmente reconhecíveis e formadas não só a partir de estrelas, como de manchas exis- tentes na Via-Láctea (Caminho de Anta ou Caminho dos Espíritos, para os tupinambás). Ele conseguiu Língua Portuguesa 9 inventariar mais de cem constelações, ao passo que existem hoje 88 constelações indígenas distintas registradas oficialmente. O resultado da pesquisa será apresentado hoje, em Recife. Affonso falará na conferência “Contribui- ções Nativas para o Conhecimento”, às 15h. Segundoo físico da UFPR, a ideia de remontar o mapa do céu dos índios começou com um relato do capuchinho francês Claude d’Abbeville, do século 17, que veio lhe cair nas mãos. Nele, o europeu citava constelações conhecidas pelos tupinambás do Maranhão. A Affonso chamou atenção o fato de os nomes dessas constelações serem muitas vezes os mesmos que grupos indígenas do Paraná usavam para descrever o céu. Adaptado de: Folha de S. Paulo, 16 jul. 2003. Folha Ciência, p. A 14. As afirmações abaixo referem-se às vozes verbais utilizadas no texto. I. A frase Ele conseguiu inventariar mais de cem constelações poderia ser alterada da seguinte forma, continuando semanticamente equivalente à original: Mais de cem constelações tinham sido inventariadas por ele. II. A frase O resultado da pesquisa será apresentado hoje poderia ser reescrita corretamente da seguinte forma, mantendo-se a voz passiva: Apresentar-se-á hoje o resultado da pesquisa. III. A frase Affonso falará na conferência “Contribuições nativas para o conhecimento” não pode ser passada para a voz passiva. IV. A frase Nele, o europeu citava constelações conhecidas pelos tupinambás do Maranhão poderiaser reescrita como Nele, eram citadas pelo europeu constelações conhecidas pelos tupinambás do Maranhão, sem prejuízo do sentido e da correção. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III. d) Apenas II e IV. X e) Apenas II, III e IV. 16. (FGV) Considere o seguinte trecho do texto: Em uma recente análise, a revista inglesa “The Economist” mostra que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho. Redija duas novas versões desse trecho, adotando a voz passiva, a) com agente da passiva expresso em todo o trecho; V oz passiva analítica: Em uma recente análise, é mostrado pela revista “The Economist” que a força de trabalho foi dobrada pela entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial. b) empregando pronome apassivador, somente na passagem – Em uma recente análise, a revista inglesa “The Eco- nomist” mostra. Voz passiva sintética: Em uma recente análise, mostra-se que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho. 10 Volume 6 17. (FUVEST-SP) "Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão... Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz... Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos." No trecho, a personagem reflete sobre fatos presentes. Se ela os colocasse no passado, como ficariam os verbos destacados? a) tivesse convencido / foi / entendeu / seria / esperaríamos. b) convencesse / seria / entendia / será / esperássemos. c) convencesse / era / entenderia / seria / esperávamos. d) convencia / era / entendia / seria / esperaríamos. X e) tivesse convencido / era / entendia / seria / esperávamos. 18. (FUVEST-SP) A única frase em que a correlação de tempos e modos NÃO foi corretamente observada é: a) Segundo os Correios, se a greve terminar amanhã, as entregas serão normalizadas em 13 dias. b) Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, as fábricas também criaram suas próprias linhas de crédito. c) Um dos seus projetos de lei exigia que os professores e servidores das universidades fizessem exames antidoping. X d) Na discussão do projeto, o deputado duvidou que o colega era o autor da emenda. e) A Câmara Municipal aprovou a lei que concede descontos a multas e juros que estão em atraso. 19. (UEPG) Escolha as estruturas aceitáveis considerando a perfeita correlação entre os tempos verbais. 01) Se tivessem registrado a infância da aviação, os fotógrafos a popularizaram. 02) Quando os fotógrafos tiverem registrado a infância da aviação, eles a tinham popularizado. X 04) Quando os fotógrafos registraram a infância da aviação, eles a popularizaram. X 08) Quando registrarem a infância da aviação, os fotógrafos a popularizarão. X 16) Se os fotógrafos tivessem registrado a infância da aviação, eles a teriam popularizado. 12 Charge: a crítica em quadro Colocação pronominal em tempos simples, tempos compostos e locuções verbais Colocação pronominal Próclise: posição do pronome oblíquo átono an tes do verbo. Muitos se transferiram para esta cidade. Mesóclise – posição do pronome oblíquo átono intercalando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo. Contar-lhe-ei tudo quando nos encontrarmos Ênclise – posição do pronome oblíquo átono depois do verbo. Diga-me o que realmente pensa sobre isso. Obs: A gramática normativa privilegia a colocação do pronome átono depois do verbo (ênclise). Porém, na língua portuguesa falada no Brasil, há a tendência do usar a próclise sempre que não houver impedimentos para isso. Ex.: Nós nos vimos no intervalo da apresentação. Colocação dos pronomes oblíquos átonos em locuções verbais e tempos compostos Se houver elemento que justifique a próclise, o pronome pode vir antes do verbo auxiliar Não lhe vou fazer este favor. Sempre o ficam observando. depois do infinitivo ou gerúndio Não vou fazer-lhe este favor. Sempre ficam observando-o. • palavras de sentido negativo • advérbios e locuções adverbiais • conjunções subordinativas • pronomes relativos • pronomes indefinidos • pronomes demonstrativos • orações iniciadas por palavras interrogativas • orações iniciadas por palavras exclamativas • orações que exprimem desejo (orações optativas) Não havendo elementos que justifiquem o uso da próclise, o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Tenho-o encontrado com frequência. Se a locução verbal não iniciar a oração, o pronome oblíquo pode aparecer em duas posições: antes do verbo auxiliar ou entre os dois verbos. Não se coloca o pronome oblíquo após o particípio. Eu o tenho encontrado com frequência. Eu tenho-o encontrado com frequência VERBO AUXILIAR + PARTICÍPIO depois do verbo auxiliar, se não houver justificativa para o uso da próclise. Vou-lhe fazer este favor. Ficam-no observando. depois do infinitivo ou gerúndio. Vou fazer-lhe este favor. Ficam observando-o. VERBO AUXILIAR + INFINITIVO OU GERÚNDIO Língua Portuguesa 11 Atividades 1. Faça a colocação adequada dos pronomes entre pa- rênteses, considerando a norma-padrão. a) Aqui se alugam roupas para festas à fantasia.(se) b) Procure as fotos e leve -as daqui. (as) c) Deus o proteja , meu filho! (o) d) Em se tratando de política e futebol, todos acham que têm razão. (se) e) Eu não o vejo como a melhor pessoa para o cargo de diretor. (o) f) Tenho lhe mandado recados insis- tentes, mas ele não me responde. (lhe, me) g) Irei quando me for conveniente. (me) h) Como muitos pais se enganam em relação aos filhos! (se) i) Sempre lhe digo que tudo foi um equívoco. (lhe) j) Esse livro não lhe pertence . Por favor, deixe -o sobre a mesa!(lhe, o) k) Na peça, ele imitava um macaco, coçando -se todo. (se) l) Esperarei por você no local onde nos vimos pela primeira vez. (nos) 2. (FGV) Observe a ocorrência da mesóclise nos seguintes exemplos: - veremos + o = vê-lo-emos; - faríamos + os = fá-los-íamos; - veríamos + a = vê-la-íamos. Assinale abaixo a alternativa em que a mesóclise ocor- re de acordo com a norma culta. a) Fa-los-ei. b) Entende-los-ás. c) Partí-las-ás. X d) Integrá-las-eis. e) Intui-las-emos. 3. Segundo a norma-padrão, a colocação do pronome oblíquo está incorreta em: a) Em se chegando a uma solução, qualquer uma, tudo ficará bem. X b) Assim que sentiu-se abandonado pelos amigos, procurou a família. c) Não me disponho a ceder às suas vontades. d) O bichinho me olhou algum tempo antes de atender ao chamado. e) Não a reconheci quando entrou na sala. 4. Não há inadequação na colocação do pronome em: a) Pode confiar em que sempre dir-lhe-ei a verdade. X b) O advogado não devia calar-se sobre os novos fatos surgidos na investigação. c) Se entregar-lhe o documento hoje, faça-o discreta- mente. d) O médico não atendeu-o embora tivesse consulta marcada. e) Irei à aula desde que sinta-me melhor. 5. (FATEC) Enquanto um misto de tragédia e pantomima se desenrola aos nossos olhos atônitos, escre- vo esta coluna meio ressabiada: como estará o Brasil quando ela for publicada, isto é, em dois dias? Estamos no meio de um vendaval descon- certante: numa mistura entre público e privado como nunca se viu, correntes inimagináveis de dinheiro sem origem ou destino declarados jor- ram sobre nós levando embora confiança, ética e ilusões. O drama é que não somos arrastados por "for- ças ocultas" ou ventos inesperados. Devíamos ter sabido. Muitos sabiam e váriosparticiparam – embora apontem o dedo uns para os outros feito meninos de colégio: "Foi ele, foi ele, eu não fiz nada, eu nem sabia de nada, ele fez muito pior". Espetáculo deprimente, que desaloja de seu acomodamento até os mais crédulos. 12 Volume 6 Se mais bem informados, poderíamos ter optado diferentemente em várias eleições – mas nos entregamos a miragens sedutoras e ideias sem fundamento. Agimos como cida- dãos assim como fazemos na vida: omissos por covardia ou fragilidade, por fugir da rea- lidade que assume tantos disfarces. Deixamos de pegar nas mãos as rédeas da nossa con- dição de indivíduos ou de brasileiros, e isso pode não ter volta. Fica ali feito um fantasma pérfido: anos depois, salta da fresta, mostra a língua, faz careta, ri da nossa impotência. Não dá para voltar, nem sempre há como corrigir o que se fez de errado, ou que deixou de ser feito e causou graves mazelas. (Lya Luft. É hora de agir. VEJA, 27 de julho de 2005.) Assinale a alternativa em que o trecho do texto, reescri- to, apresenta-se de acordo com os princípios de con- cordância e colocação pronominal da norma culta. a) O drama é que "forças ocultas" ou ventos inespera- dos não o arrasta. X b) Sobre nós jorra dinheiro sem origem ou destino, em correntes que não se imaginam. c) Escrevo essa coluna mais ressabiada, enquanto nossos olhos atônitos vê se desenrolar um misto de tragédia e pantomima. d) Se desaloja até os mais crédulos de seu acomoda- mento, graças a esse espetáculo deprimente. e) Poderia-se ter optado diferentemente, em várias eleições, se a população toda estivesse mais bem informado. 6. Obedecendo à norma-padrão, nas frases a seguir, mar- que com C a colocação correta e com E a colocação incorreta dos pronomes oblíquos. I. ( C ) Ninguém me havia alertado sobre a necessida- de de tomar vacina antes de viajar. II. ( E ) Os professores têm esforçado-se para que a gincana seja um sucesso. III. ( C ) Nunca lhe quereria mal por isso. IV. ( E ) Durante o evento, houve problemas que expli- cam-se pela queda de energia elétrica. V. ( E ) Estranhei, pois os pais não preocuparam-se em ver onde o filho estava. A sequência correta é: X a) C - E - C - E - E b) E - E - E - C - C c) C - C - E - E - C d) C - E - E - C - E e) E - C - C - E - C 7. (ENEM) A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Esses pronomes podem assumir três posições na oração em relação ao verbo. Próclise, quando o pro- nome é colocado antes do verbo, devido a partículas atrativas, como o pronome relativo. Ênclise, quando o pronome é colocado depois do verbo, o que acontece quando este estiver no imperativo afirmativo ou no in- finitivo impessoal regido da preposição “a” ou quando o verbo estiver no gerúndio. Mesóclise, usada quando o verbo estiver flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito. A mesóclise é um tipo de colocação pronominal raro no uso coloquial da língua portuguesa. No entanto, ainda é encontrada em contextos mais formais, como se ob- serva em: a) Não lhe negou que era um improviso. b) Faz muito tempo que lhe falei essas coisas. c) Nunca um homem se achou em mais apertado lan- ce. X d) Referia-se à D. Evarista ou tê-la-ia encontrado em algum outro autor? e) Acabou de chegar dizendo-lhe que precisava retor- nar ao serviço imediatamente. 8. Nas frases a seguir, complete as lacunas de modo que a colocação dos pronomes oblíquos átonos seja ade- quada. a) Em se tratando de perfumes, prefiro os amadeirados. (se) b) Alguns candidatos têm se saído mal nas provas eliminatórias. (se) c) Tudo nos parecia estar correndo bem até que percebemos que havia falhas em algu- mas páginas da prova. (nos) d) Meus pais sempre nos ensinaram a ter respeito pela opinião das pessoas. (nos) Língua Portuguesa 13 e) Não acredito que até agora ninguém lhes ti- vesse contado o que realmente aconteceu naquele dia. (lhes) f) Talvez novas buscas os levem a descobertas interessantes. (os) 9. Leia, a seguir, o fragmento de uma crônica. O menino, que sabia dos apuros do pai, não recebeu alegremente a maravilha eletrônica. − Papai, o senhor não devia ter comprado. − Mas não comprei. − Ahn? − Ganhei. − De quem? − Do Papai Noel, ora. Bom cara. Nem precisei pedir. Ele correu atrás de mim e me deu o pre- sente. Disse que a pilha dura três meses. Legal, não? REY, Marcos. Pega ladrão, Papai Noel! In: Graciliano Ramos et al. Contos brasileiros, 1. São Paulo: Ática, 2011. p. 35-36. No trecho “Ele correu atrás de mim e me deu o presen- te”, ocorre um desvio de colocação pronominal segun- do a norma-padrão. Explique por que, na crônica, esse uso se mostra adequado. Por se tratar de crônica que apresenta linguagem coloquial (observar que o trecho representa uma conversa entre pai e filho), o uso do pronome oblíquo em início de oração torna-se adequado, pois, na comunicação oral, essa é a forma mais utilizada. O uso da gíria “legal”, no fim do diálogo, também revela o nível informal da linguagem usada. 10. Reescreva os períodos, colocando os pronomes ade- quadamente em relação às locuções verbais e aos tempos compostos. a) Soube que há bastante tempo ele estava convidan- do (a) para trabalharem juntos. Soube que há bastante tempo ele a estava convidando/ estava convidando-a para trabalharem juntos. b) Os professores haviam preparado para as provas (o), mas, tentando prevenir (o) de uma possível de- cepção, conversavam bastante com ele. Os professores o haviam preparado para as provas/haviam- no preparado, mas, tentando preveni-lo de uma possível decepção, conversavam bastante com ele. c) O diretor não permitiu concluir o projeto. (me) O diretor não me permitiu concluir o projeto. d) Caso tivesse visto (a), eu teria contado (lhe) tudo o que descobri sobre ele. Caso a tivesse visto, eu lhe teria contado tudo o que descobri sobre ele. e) Os gestores podem explicar (lhe) os resultados das vendas deste mês. Os gestores lhe podem explicar/podem explicar-lhe os resultados das vendas deste mês. 11. (Unimep - SP) I. Demos a ele todas as oportunidades. II. Fizemos o trabalho como você orientou. III. Acharam os livros muito interessantes. Substituindo as palavras destacadas por um pronome oblíquo, temos: a) I. Demos-lhe; II. Fizemo-lo; III. Acharam-los. b) I. Demos-lhe; II. Fizemos-lo; III. Acharam-os. X c) I. Demos-lhe; II. Fizemo-lo; III. Acharam-nos. d) I. Demo-lhe; II. Fizemos-o; III. Acharam-nos. e) I. Demo-lhe; II. Fizemo-lhe; III. Acharam-nos. 14 Volume 6
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