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EM_V07_LITERAUTURA_LIVRO DE ATIVIDADES_PROFESSOR

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Livro do Professor
Volume 7
Livro de 
atividades
Literatura
Vanessa de Paula Hey
©Editora Positivo Ltda., 2017 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
H615 Hey, Vanessa de Paula.
 Literatura : livro de atividades : Vanessa de Paula Hey. – 
Curitiba : Positivo, 2017.
 v. 7 : il.
 ISBN 978-85-467-1634-0 (Livro do aluno)
 ISBN 978-85-467-1587-9 (Livro do professor)
 1. Ensino médio. 2. Literatura – Estudo e ensino. I. Título.
CDD 373.33
13Realismo
Literatura realista
Contexto histórico e correntes de pensamento
 • Revolução Industrial em seu estágio mais avançado (introduziu de maneira definitiva as novas tecnologias e os processos científicos). 
 • Consequências: êxodo rural, inchaço das cidades, lutas do proletariado (devido às condições de trabalho desumanas).
 • No Brasil, o final do século XIX foi marcado por importantes acontecimentos como: a Abolição da Escravatura (1888), a Proclamação da 
República (1889) e o início da República Oligárquica do Café.
Nota: o contexto histórico vale para o Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo – estéticas literárias que ocorreram 
praticamente na mesma época.
Principais aspectos do Realismo
racionalidade: 
preocupação com a verdade; 
valorização do conhecimento racional; 
pesquisa e observação da realidade
impessoalidade: 
distanciamento entre o autor e os temas por ele 
apresentados nas obras; 
separação entre os sentimentos do autor e do personagem
objetividade: 
não mais idealizada, a realidade é 
descrita como algo concreto e palpável
contemporaneidade: 
o contexto histórico e social no qual o 
autor está inserido é o mesmo retratado 
nas obras
crítica à burguesia: 
as obras realistas critiocam e 
questionam os valores e os ideais 
burgueses
Correntes de 
pensamento da época
Idealizada ou 
desenvolvida por
Característica
Positivismo Augusto Comte Fundamenta-se na ideia de que o conhecimento científico, formulado com 
base na observação e nos experimentos, é o único válido.
Determinismo Hippolyte Taine Defende que o comportamento humano é determinado e condicionado 
pelo meio, pelo contexto histórico e pela raça.
Evolucionismo Charles Darwin
Baseia-se na seleção natural, segundo a qual apenas espécies mais aptas 
são capazes de sobreviver e perpetuar-se. Essa teoria entrou em choque 
com os ideais criacionistas.
Marxismo/Socialismo Karl Marx e Friedrich Engels
Doutrina política e econômica pautada na ideia de distribuição de 
riquezas, decorrente de reforma social que excluiria a divisão de classes e 
a propriedade privada.
Psicanálise Sigmund Freud
Teoria que pretende explicar o funcionamento do aparelho psíquico (mente 
humana) e tornar conscientes os processos psíquicos inconscientes que 
foram reprimidos ou recalcados durante as etapas do desenvolvimento do 
sujeito, por meio do método de associação livre. 
2 Volume 7
Realismo na Europa
Romantismo Realismo
subjetividade objetividade
idealização da realidade retrato fiel da realidade
personagens mais simples, estereotipados personagens mais complexos, maior densidade psicológica
nacionalismo universalismo
valorização do passado histórico valorização do presente
literatura como fuga da realidade literatura como forma de engajamento
amor: sentimento puro amor: condicionado às conveniências sociais
proximidade emocional distanciamento emocional
Nesse momento, o Romantismo já se encontrava desgastado. O público leitor esperava mais do que um excesso de sentimentalismo e amor à 
pátria. Surge, então, o Realismo, estética literária que pretende representar nas obras uma visão mais lúcida da realidade. Na Europa, a publicação 
do romance Madame Bovary, em 1856, do escritor francês Gustave Flaubert , foi inaugural dessa estética. 
Realismo em Portugal
Principais 
características
Tentativa de retratar a 
realidade de maneira fiel; 
foco nas questões sociais; 
descrição de pessoas 
comuns; representação da 
vida cotidiana; crítica aos 
falsos valores de conduta 
moral e aos bons costumes.
poesia: temática bem variada – relatos do 
cotidiano, poesia política e engajada e poesia 
metafísica (questionamentos relacionados a 
Deus, à vida e à morte).
prosa: crítica aos valores burgueses, à falsa 
moralidade do clero; retrato dos costumes 
das classes menos favorecidas; temas 
considerados vulgares ou mesmo tabus no 
período: adultério, exploração do homem pelo 
homem, jogo de insteresses, conveniências 
sociais.
Em meados do século XIX, coexistiam, em Portugal, grupos de escritores com insteresses distintos: por um lado, havia aqueles ainda apegados 
aos modos de escrita próprios do Romantismo e, por outro lado, um grupo de jovens escritores que se dedicavam a uma nova forma de expres-
são literária. Em 1865, aconteceu um episódio dividiu opiniões: a Questão Coimbrã, que envolveu Antonio Feliciano Castilho, grande defensor da 
estética romântica, e Antero de Quental, um dos jovens escritores da época. Castilho criticou a literatura que estava sendo feita e imediatamente 
Antero de Quental reagiu, defendendo que a arte literária não poderia mais ser alienada, mas sim uma arte combativa, vinculada com a realidade, 
e voltada à representação dos dilemas ideológicos que caracterizavam as questões sociais da época.
Os autores mais representativos são Eça de Queirós (prosa) e Cesário Verde (poesia).
Realismo no Brasil
Depois da Independência e do surto nacionalista-ufanista, a nação ainda esperava pelo progresso social, político e econômico. Com a Guerra 
do Paraguai (1864 – 1870), mesmo que vencedor, o Brasil saiu com dívidas altas. Todo esse processo fortaleceu o pensamento republicano, de-
sencadeando a decadência e o isolamento da monarquia. Nessa época, as ideias abolicionistas também ganharam força.
No Brasil, o Realismo teve início em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas.
3Literatura
Volume 7
Machado de Assis (1839-1908)
1.ª fase (romântica)
Produção que contempla o início de sua carreira (1850) e se estende até a década de 1870. Também conhecida como fase de amadureci-
mento ou preparação, nela, sua obra apresenta traços próprios da estética romântica: moralismo burguês, sentimentalismo, subjetivismo e 
cumprimento do esquema romântico. Obras mais representativas do período:
 • Romances – Ressurreição, A mão e a luva e Helena e Iaiá Garcia.
 • Contos – Contos Fluminenses e Histórias da meia-noite.
 • Poesia – Crisálidas, Falenas e Americanas.
 • Teatro – Queda que as mulheres têm para os tolos, Os deuses de casaca e Tu, só tu, puro amor.
2.ª fase (realista)
Produção que fez Machado de Assis ser reconhecido como um grande escritor. Tem início em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas 
de Brás Cubas. Obras mais representativas do período:
 • Romances – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires.
 • Contos – Papéis avulsos, Histórias sem data e Várias Histórias.
 • Poesia – Ocidentais.
 • Teatro – Não consultes médico e Lição de botânica. 
crítica às situações 
humanas e à burguesia: 
os valores sustentados 
pelo Romantismo, como a 
amizade, o amor, o casamento 
e a religião, são, por vezes, 
desacreditados ou mesmo 
ridicularizados. O adultério, 
a hipocrisia, as segundas 
intenções e a vaidade são 
os grandes corruptores dos 
relacionamentos humanos.
análise psicológica: 
seus personagens, em 
geral, são redondos, ou 
seja, apresentam grande 
profundidade psicológica, 
são fortes, repletos de 
contradições e podem ser 
considerados imprevisíveis 
linguagem: 
acadêmica, obediente 
à norma culta, concisa, 
objetiva e com a presença 
de metalinguagem
uso de digressões: 
a narrativa é constantementeinterrompida por reflexões, 
retrospectivas e comentários 
do narrador ou do personagem. 
As digressões diminuem a 
distância entre o narrador e 
o leitor, transformando este 
em cúmplice ou colaborador; 
o narrador conversa com o 
leitor e, por vezes, sugere a ele 
que pule alguns capítulos ou 
interrompa a leitura
intertextualidade: 
alusão a outras obras, textos 
e autores; uso de citações 
e paródia
tempo e espaço: 
os enredos têm como pano de 
fundo as paisagens físicas e 
sociais do Rio de Janeiro do 
final do século XIX
ironia: 
jogo de linguagem que 
permite abordar temas 
delicados de modo crítico ou 
sarcástico; dá aos enredos 
maior profundidade e 
senso crítico
pessimismo: visão negativa 
do mundo; uso de humor 
e ironia para contrapor o 
negativismo
Características gerais 
da obra machadiana
4
Atividades
1. Observe a obra de arte do artista argentino Antonio Berni.
BERNI, Antonio. Manifestación. 1934. 1 óleo sobre estopa, color., 
180 cm x 249,5 cm. Museu de Arte Latinoamericano, Buenos Aires.
 As pessoas retratadas na tela são personagens ideali-
zados ou representam pessoas comuns? Explique.
As pessoas retratadas representam o ser humano comum. Na tela,
há a presença de vários tipos, facilmente reconhecidos em quase
todas as sociedades. Não se busca mostrar somente aquilo
que é belo, ou que se aproxima do perfeito, mas pessoas reais,
que faziam parte da sociedade da época.
2. Marque as alternativas que correspondem às manifes-
tações artísticas do Realismo.
a) ( ) A prática da arte pela arte.
b) ( X ) A arte como forma de denúncia.
c) ( X ) A representação do real, desvinculado da idea-
lização e do sentimentalismo.
d) ( ) O uso de muitos símbolos.
3. Quanto ao Realismo, marque as proposições corretas.
a) ( ) A literatura desenvolvida por essa estética literária 
se voltou, principalmente, para os problemas rurais, 
demonstrando como o avanço dos grandes centros 
urbanos corrompeu a vida no campo. 
b) ( ) Essa estética desenvolveu o romance naciona-
lista, sem se utilizar do excesso de sentimenta-
lismo romântico. 
c) ( X ) Buscou analisar, de maneira mais objetiva e com 
senso crítico, os problemas sociais, denunciando 
os vícios e a corrupção da sociedade burguesa 
da época.
d) ( X ) Evidenciou os aspectos desagradáveis da rela-
ção entre indivíduo e sociedade.
4. (UFMT) A partir da metade do século XVIII, na Europa, 
uma conjugação de eventos redimensionou a cúpula 
do poder social. A burguesia, contraposta à nobreza e 
clero ora decadentes, se firmou e a ciência passou a 
explicar racionalmente a realidade. Essa alteração na 
fisionomia econômico-filosófica do velho continente, 
com reflexos nas nações periféricas, veio acompa-
nhada de um natural realinhamento das artes. A lite-
ratura, sem abrir mão de proporcionar prazer estético 
e cumprindo seu papel de revelar a relação entre o 
homem e sua circunstância histórica, adequou-se e 
espelhou a nova realidade que trazia, entre outros 
marcos, a supracitada alternância de classes no po-
der. Qual fato histórico ocorreu no Brasil durante a 
época do Realismo?
a) Chegada da expedição colonizadora de Martim 
Afonso de Sousa 
X b) Proclamação da República 
c) Conjuração Mineira e condenação de Tiradentes 
d) Vinda de D. João VI e da família real 
e) Abdicação de D. Pedro I
5. (ENEM) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a 
personagem, critica sutilmente um outro estilo de épo-
ca: o Romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou 
dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura 
da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. 
Não digo que já lhe coubesse a primazia da bele-
za, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é 
romance, em que o autor sobredoura a realidade e 
fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não 
digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou 
espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da 
natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, 
que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins 
secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de 
Janeiro: Jackson, 1957.
 A frase do texto em que se percebe a crítica do narra-
dor ao Romantismo está transcrita na alternativa:
X a) ...o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às 
sardas e espinhas...
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou 
dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura 
da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. 
Não digo que já lhe coubesse a primazia da bele-
za, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é
romance, em que o autor sobredoura a realidade e 
fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não 
digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou 
espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da 
natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, 
que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins 
secretos da criação.”
Literatura 5
b) ...era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia 
daquele feitiço, precário e eterno,...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou de-
zesseis anos...
e) ...o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins 
secretos da criação.
6. Leia o seguinte trecho retirado do conto “Noite de Al-
mirante”, de Machado de Assis, e destaque ao menos 
três características realistas, transcrevendo passagens 
que as comprovem.
Deolindo Venta-Grande (era uma alcunha de 
bordo) saiu do arsenal de marinha e enfiou pela 
rua de Bragança. Batiam três horas da tarde. Era 
a fina flor dos marujos e, de mais, levava um 
grande ar de felicidade nos olhos. A corveta 
dele voltou de uma longa viagem de instrução, 
e Deolindo veio à terra tão depressa alcançou 
licença. Os companheiros disseram-lhe, rindo:
– Ah! Venta-Grande! Que noite de almirante 
vai você passar! ceia, viola e os braços de Geno-
veva. Colozinho de Genoveva...
Deolindo sorriu. Era assim mesmo, uma 
noite de almirante, como eles dizem, uma des-
sas grandes noites de almirante que o esperava 
em terra. Começara a paixão três meses antes 
de sair a corveta. Chamava-se Genoveva, ca-
boclinha de vinte anos, esperta, olho negro e 
atrevido. Encontraram-se em casa de terceiro e 
ficaram morrendo um pelo outro, a tal ponto 
que estiveram prestes a dar uma cabeçada, ele 
deixaria o serviço e ela o acompanharia para a 
vila mais recôndita do interior.
A velha Inácia, que morava com ela, dissua-
diu-os disso; Deolindo não teve remédio senão 
seguir em viagem de instrução. Eram oito ou 
dez meses de ausência. Como fiança recípro-
ca, entenderam dever fazer um juramento de 
fidelidade.
ASSIS, Machado de. Volume de contos. Rio de Janeiro: Garnier, 
1884. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/bv000208.pdf>. Acesso em: 5 ago. 2015.
1) objetividade: “Deolindo Venta-Grande (era uma alcunha 
de bordo) saiu do arsenal de marinha e enfiou pela rua de
alcunha: designação (normalmente depreciativa) que se utiliza no lugar do nome de 
alguém.
corveta: tipo de embarcação.
recôndita: retirada, longe.
Bragança. Batiam três horas da tarde. Era a fina flor dos 
marujos e, de mais, levava um grande ar de felicidade nos
olhos”; 2) materialização do amor: “Ah! Venta-Grande! Que
noite de almirante vai você passar! ceia, viola e os braços de
Genoveva. Colozinho de Genoveva...”; 3) representação da 
pessoa comum: “Chamava-se Genoveva, caboclinha de vinte 
anos, esperta, olho negro e atrevido”.
7. Relacione as colunas.
(1) Romantismo (2) Realismo
( 1 ) Elogio aos valores burgueses e às suas institui-
ções, como o casamento e a Igreja. 
( 1 ) Desenvolvimento de um romance nacionalista, 
exaltando o modo de vida da sociedade brasileira.
( 2 ) Retrato objetivo da realidade, criticando muitos dos 
valores burgueses da época.
( 2 ) Presença do espírito cientificista do período, como 
o Darwinismo, Evolucionismo, Determinismo e Po-
sitivismo.
( 1 ) Preocupação como passado e com a história, rara-
mente tratando dos problemas da época.
8. Sobre a obra machadiana da fase realista, assinale a 
afirmativa correta.
a) Ocupa-se da descrição minuciosa das relações amoro-
sas entre personagens, que vivenciam o amor de forma 
incondicional.
b) Os romances da segunda fase são marcados pela 
crença determinista como justificativa das ações 
dos personagens. 
c) Apresenta como constantes o vocabulário preciso, a 
bondade humana e a sátira.
X d) Expõe uma análise profunda dos sentimentos hu-
manos, rompendo com a ordem cronológica tradi-
cional.
e) Como muitos escritores que pertenceram à mesma 
tradição, Machado de Assis começou sua carreira es-
crevendo romances realistas, e, mais tarde, passou para 
uma temática mais naturalista, com a publicação de ro-
mances de tese.
6 Volume 7
9. Sobre a prosa de Machado de Assis, assinale a alterna-
tiva INCORRETA.
a) Em contraposição à postura de conformidade ado-
tada pelo escritor na década de 1870, nas décadas 
seguintes, observa-se um intelectual irônico, pessi-
mista e crítico.
b) Um dos temas mais recorrentes na sua segunda 
fase foi a crítica à hipocrisia social.
c) É marcada pelas temáticas universais, que revelam, 
com humor e ironia, a verdadeira condição humana.
X d) Seus romances realistas abordam superficialmente 
os conflitos humanos, buscando o efeito imediato 
do problema, sem se preocupar com a profundidade 
dos problemas morais e sociais.
e) As fraquezas humanas são objeto de constante re-
flexão. 
10. (ENEM) 
Capítulo III
Um criado trouxe o café. Rubião pegou 
na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia 
disfarçadamente mirando a bandeja, que era 
de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais 
que amava de coração; não gostava de bron-
ze, mas o amigo Palha disse-lhe que era ma-
téria de preço, e assim se explica este par de 
figuras que aqui está na sala: um Mefistófeles 
e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, es-
colheria a bandeja, – primor de argentaria, 
execução fina e acabada. O criado esperava 
teso e sério. Era espanhol; e não foi sem re-
sistência que Rubião o aceitou das mãos de 
Cristiano; por mais que lhe dissesse que es-
tava acostumado aos seus crioulos de Minas, 
e não queria línguas estrangeiras em casa, o 
amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a 
necessidade de ter criados brancos. Rubião 
cedeu com pena. O seu bom pajem, que ele 
queria pôr na sala, como um pedaço da pro-
víncia, nem pôde deixar na cozinha, onde 
reinava um francês, Jean; foi degradado a 
outros serviços.
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa. V.1. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1993 (fragmento). 
 Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor 
e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, a 
peculiaridade do texto que garante a universalização de 
sua abordagem reside
X a) no conflito entre o passado pobre e o presente rico, 
que simboliza o triunfo da aparência sobre a es-
sência.
b) no sentimento de nostalgia do passado devido 
à substituição da mão de obra escrava pela dos 
imigrantes. 
c) na referência a Fausto e Mefistófeles, que represen-
tam o desejo de eternização de Rubião.
d) na admiração dos metais por parte de Rubião, que 
metaforicamente representam a durabilidade dos 
bens produzidos pelo trabalho.
e) na resistência de Rubião aos criados estrangeiros, 
que reproduz o sentimento de xenofobia.
11. (UNICAMP – SP) Leia os seguintes trechos de Viagens na 
minha terra e de Memórias Póstumas de Brás Cubas:
Benévolo e paciente leitor, o que eu tenho de-
certo ainda é consciência, um resto de consciên-
cia: acabemos com estas digressões e perenais 
divagações minhas.
(Almeida Garrett, Viagens na minha terra. São Paulo: Difusão 
Europeia do Livro, 1969, p.187.)
Neste despropositado e inclassificável livro 
das minhas Viagens, não é que se quebre, mas 
enreda-se o fio das histórias e das observações 
por tal modo, que, bem o vejo e o sinto, só com 
muita paciência se pode deslindar e seguir em 
tão embaraçada meada.
(Idem, p. 292.)
Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz 
certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ín-
timo, por que o maior defeito deste livro és tu, 
leitor. Tens pressa de envelhecer, e o livro anda 
devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o 
estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo 
são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, 
andam e param, resmungam, urram, gargalham, 
ameaçam o céu, escorregam e caem...
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 
Romances, vol I. Rio de Janeiro: Garnier, 1993, p. 140.)
argentaria: peça trabalhada em prata. teso: tenso. pajem: jovem serviçal.
Literatura 7
a) No que diz respeito à forma de narrar, que seme-
lhanças entre os dois livros são evidenciadas pelos 
trechos acima?
Caráter digressivo das narrativas, redução da importância 
da ação dramática, comentários irônicos do narrador e a
constante abordagem ao leitor (“Benévolo e paciente leitor" 
– Garret e “o maior defeito deste livro és tu, leitor” – Machado).
b) Que tipo de leitor esta forma de narrar procura frus-
trar, e de que maneira esse leitor é tratado por am-
bos os narradores?
Procura frustrar o leitor impaciente e ingênuo, acostumado 
a certas convenções do gênero narrativo. Nas duas obras,
o leitor é tratado de maneira irônica pelo narrador.
12. (UNICURITIBA – PR) Considere o texto abaixo e avalie 
as afirmativas a seguir.
Ao Leitor
QUE STENDHAL confessasse haver escrito 
um de seus livros para cem leitores, cousa é que 
admira e consterna. O que não admira, nem 
provavelmente consternará é se este outro livro 
não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cin-
quenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? 
Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra 
difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma 
livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, 
não sei se lhe meti algumas rabugens de pessi-
mismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com 
a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não 
é difícil antever o que poderá sair desse conú-
bio. Acresce que a gente grave achará no livro 
umas aparências de puro romance, ao passo que 
a gente frívola não achará nele o seu romance 
usual; ei-lo aí fica privado da estima dos graves 
e do amor dos frívolos, que são as duas colunas 
máximas da opinião.
Mas eu ainda espero angariar as simpatias da 
opinião, e o primeiro remédio é fugir a um pró-
logo explícito e longo. O melhor prólogo é o que 
contém menos cousas, ou o que as diz de um jeito 
obscuro e truncado. Conseguintemente, evito 
contar o processo extraordinário que empreguei 
na composição destas Memórias, trabalhadas cá 
no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente 
extenso, e, aliás, desnecessário ao entendimento 
da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agra-
dar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agra-
dar, pago-te com um piparote, e adeus.
(MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas. São 
Paulo: Abril Cultural, 1978.)
a) ( F ) O diálogo com o leitor, a narrativa em primei-
ra pessoa, marcada pela ironia, as referências 
intertextuais e metalinguísticas são característi-
cas inconfundíveis do Realismo e do Naturalis-
mo, cujas características se misturam na obra 
de Machado de Assis. 
b) ( F ) Quando diz “Obra de finado”, o narrador espera 
que o livro escrito em vida venha a ter alguns 
leitores após sua morte: “...eu ainda espero an-
gariar as simpatias...” 
c) ( F ) O diálogo do narrador em primeira pessoa com 
o leitor é um traço vanguardista da obra de 
Machado de Assis, aspecto que será posterior-
mente desenvolvido por modernistas, Jorge 
Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. 
d) ( F ) Característica inconfundível dos romances de 
Machado de Assis é a profunda análise psicológica 
das personagens à luz dos avanços da Sociologia 
e da Psicologia do século XIX, conforme a linha 
aberta pelos realistas europeus. 
e) ( V ) Por romper radicalmente com o novelismo idea-
lizante do Romantismo e inaugurarum estilo 
narrativo único em nossa ficção do século XIX, 
o romance Memórias póstumas de Brás Cubas 
inaugurou a literatura realista no Brasil.
13. (UEM – PR) Leia os fragmentos a seguir, retirados de 
romances de Machado de Assis, e responda à questão 
abaixo.
“Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, 
traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás 
ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, 
leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda 
devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o es-
tilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são 
como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, 
andam e param, resmungam, urram, gargalham, 
ameaçam o céu, escorregam e caem ...”
(Memórias Póstumas de Brás Cubas)
consterna: aflige.
galhofa: zombaria.
conúbio: relação, casamento.
frívola: superficial.
angariar: conquistar.
nimiamente: em demasia.
enfadonho: tedioso.
ínfimo: de pouca importância.
ébrios: embriagados.
8 Volume 7
“A leitora que é minha amiga e abriu este livro 
com o fim de descansar da cavatina de ontem 
para a valsa de hoje quer fechá-lo às pressas, ao 
ver que beiramos um abismo. Não faça isso, que-
rida; eu mudo de rumo.”
(Dom Casmurro)
“Se não fora o que aconteceu e se contará por 
estas páginas adiante, haveria matéria para não aca-
bar mais o livro; era só dizer que sim e que não, e 
o que estes pensaram e sentiram, e o que ela sentiu 
e pensou, até que o editor dissesse: basta! Seria um 
livro de moral e de verdade, mas a história come-
çada ficaria sem fim. Não, não, não... Força é con-
tinuá-la e acabá-la. Comecemos por dizer o que os 
dois gêmeos ajustaram entre si [...].”
(Esaú e Jacó)
 Identifique uma característica típica da prosa macha-
diana presente nos três fragmentos acima e explique-
-a. A seguir, extraia dos fragmentos trechos em que 
essa característica pode ser observada.
Metalinguagem, ou seja, quando há, em um texto, a discussão 
sobre seu próprio processo de construção e a reflexão sobre o 
funcionamento da linguagem. Nos trechos em destaque, o texto
 é o tema do próprio texto. No primeiro fragmento: “porque o 
maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer,
e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o
estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os
 ébrios”; no segundo: “A leitora que é minha amiga e abriu este
livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a
valsa de hoje quer fechá-lo às pressas”; no terceiro: “Se não fora
o que aconteceu e se contará por estas páginas adiante, haveria
matéria para não acabar mais o livro”. 
14. (UFRGS – RS) Assinale a alternativa correta sobre a 
obra de Machado de Assis.
a) O primeiro romance publicado por Machado de As-
sis foi Dom Casmurro (1899), totalmente integrado 
à estética romântica, ao pôr em evidência história de 
amor entre Bentinho e Capitu.
cavatina: tipo de música.
b) Brás Cubas, o protagonista do romance Memórias 
Póstumas de Brás Cubas, é um humanista oriundo 
da classe trabalhadora, defensor dos direitos dos 
escravos.
c) Quincas Borba, único romance de Machado de Assis 
que apresenta narrador em primeira pessoa, é nar-
rado pelo próprio Quincas Borba.
X d) Várias Histórias reúne alguns dos principais contos 
de Machado de Assis, entre eles “A causa secreta”, 
que narra o prazer mórbido que sente Fortunato ao 
presenciar o sofrimento alheio.
e) Helena é um romance da última fase de Machado 
de Assis, já integrado ao realismo, na qual se desta-
ca a ironia que consagrou o autor.
15. (USF – SP) Há duas obras [...] cujos títulos envolvem 
“memórias”: as póstumas de Brás Cubas e as de um 
sargento de milícias. A respeito dessas obras, de gran-
de importância para a literatura nacional, bem como do 
contexto de produção e às características das estéticas 
em que se enquadram, analise as afirmações que se-
guem.
 I. Ambas as narrativas versam acerca de eventos me-
morialísticos registrados pelos narradores-persona-
gem em ordem não cronológica.
 II. O romance de Machado de Assis reflete as caracte-
rísticas que iriam se tornar marca registrada do au-
tor, como a análise psicológica, a metalinguagem, a 
conversa com o leitor e o sarcasmo, entre outras.
 III. Embora a narrativa de Manuel Antônio de Almeida 
pertença à esfera de produção do Romantismo na-
cional, pode-se afirmar que ela antecipa, em grande 
parte, a transformação que Machado de Assis pro-
vocará com a produção de obras que constituirão o 
Realismo brasileiro.
 IV. As duas obras trazem inovações significativas ao 
panorama literário nacional, uma vez que registram, 
de forma crítica, o painel social da burguesia cario-
ca, que envolve os costumes, a linguagem, as diver-
sões e os relacionamentos.
 Analisadas as afirmações acima, assinale a opção que 
apresenta todas as corretas.
a) I, II e IV.
b) II, III e IV.
c) I e II.
X d) II e III.
e) III e IV.
Literatura 9
16. Leia a seguinte passagem retirada do romance macha-
diano Dom Casmurro.
– Não! exclamei de repente. 
– Não quê? 
Tinha havido alguns minutos de silêncio, du-
rante os quais refleti muito e acabei por uma 
ideia; o tom da exclamação, porém, foi tão alto 
que espantou a minha vizinha. 
– Não há de ser assim, continuei. Dizem que 
não estamos em idade de casar, que somos 
crianças, criançolas, – já ouvi dizer criançolas. 
Bem; mas dous ou três anos passam depressa. 
Você jura uma cousa? Jura que só há de casar 
comigo? 
Capitu não hesitou em jurar, e até lhe vi as faces 
vermelhas de prazer. Jurou duas vezes e uma terceira: 
– Ainda que você case com outra, cumprirei o 
meu juramento, não casando nunca. 
– Que eu case com outra? 
– Tudo pode ser, Bentinho. Você pode achar 
outra moça que lhe queira, apaixonar-se por ela 
e casar. Quem sou eu para você lembrar-se de 
mim nessa ocasião? 
– Mas eu também juro! Juro, Capitu, juro por 
Deus Nosso Senhor que só me casarei com você. 
Basta isto? 
– Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a 
pedir mais. Sim, você jura... Mas juremos por 
outro modo; juremos que nos havemos de casar 
um com outro, haja o que houver. 
Compreendeis a diferença, era mais que a elei-
ção do cônjuge, era a afirmação do matrimônio. 
A cabeça da minha amiga sabia pensar claro e 
depressa.
ASSIS, Machado. Dom Casmurro. Olinda: Livro Rápido, 2010. p. 56.
 Qual é a diferença entre a forma de juramento proposta 
por Bentinho e a proposta por Capitu?
No trecho descrito, Bentinho apresenta dois momentos
distintos: um como um narrador que se mostra de forma 
racional e outro em que se apresenta de maneira 
passional. A diferença da postura entre o juramento feito por
Bentinho e o feito por Capitu está no fato de aquele se mostrar
mais emocional e esta mais racional (uma vez que faz uma
proposta bem mais inteligente que a dele). 
17. Leia o trecho retirado do último capítulo da obra Dom Cas-
murro, de Machado de Assis, e responda ao que se pede.
Agora, por que é que nenhuma dessas capri-
chosas me fez esquecer a primeira amada do 
meu coração? Talvez porque nenhuma tinha 
os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua 
e dissimulada. Mas não é este propriamente o 
resto do livro. O resto é saber se a Capitu da 
Praia da Glória já estava dentro da de Mata-ca-
valos, ou se esta foi mudada naquela por efeito 
de algum caso incidente. Jesus, filho de Sirach, 
se soubesse dos meus primeiros ciúmes, dir-
me-ia, como no seu cap. IX, vers. 1: “Não te-
nhas ciúmes de tua mulher para que ela não se 
meta a enganar-te com a malícia que aprender 
de ti”. Mas eu creio que não, e tu concordarás 
comigo; se te lembras bem da Capitu menina, 
hás de reconhecer que uma estava dentro da 
outra, como a fruta dentro da casca.
ASSIS, Machado. Dom Casmurro. Olinda: Livro Rápido, 2010. 
p.148.
a) Qual é a conclusão do narrador sobre a personalida-
de de Capitu?
O narrador acredita que a personalidade de Capitu tenha se 
desenvolvido com base em sua inclinação natural,afinal: “hás 
de reconhecer que uma estava dentro da outra, como a fruta 
dentro da casca".
b) O narrador-personagem Bentinho ainda hesita 
quanto à certeza de que fora traído? Por quê?
Não. Bentinho tem certeza de que fora traído. O que resta
saber é se a Capitu que ele acredita tê-lo traído já existia 
na Capitu menina.
c) O que representa o “resto” para o narrador?
Trata-se do questionamento final proposto pelo narrador,
que, já tomando por fato certo a traição, ainda quer saber
se aquela Capitu que o enganara era a mesma
que conheceu ainda menina.
 
 
10 Volume 7
14
Naturalismo
Naturalismo na Europa
Como estética literária, o Naturalismo não corresponde à descrição ou mesmo à exaltação da natureza (característica do Romantismo), mas ao 
retrato do ser humano e do mundo pela perspectiva das ciências naturais.
O Naturalismo surgiu com Émile Zola (1840-1902) e é considerado uma extensão da estética realista, apresentando alguns aspectos em 
comum, como a aversão ao Romantismo e a maneira objetiva de representar a realidade. O que diferencia essa estética, contudo, é o enfoque 
cientificista adotado pelos autores. Assim, os textos naturalistas também podem ser chamados de realistas, embora o contrário não seja válido. 
Naturalismo no Brasil
temas prediletos: sexo, 
adultério, assassinato, 
miséria, desequilíbrio 
psíquico, etc.
determinismo: o momento histórico, as 
questões hereditárias e o meio em que 
vive o ser humano são elementos que 
condicionam o seu comportamento
patologismo: por ser uma vertente 
cientificista, o Naturalismo preocupa-se em 
estudar as distorções do comportamento, 
da personalidade e dos grupos sociais
amoralismo: a vertente naturalista 
descreve e narra a realidade dos fatos, 
sem emitir juízos de valor quanto ao 
comportamento dos personagens
animalização do ser humano: visão 
do ser humano como um ser que se 
move mais pelos seus instintos do que 
pela razão; face a alguma situação, as 
respostas são instintivas 
romances de tese: as 
obras naturalistas se 
colocam a serviço das teses 
cientificistas, tentando 
comprová-las
materialismo (corrente 
marxista): enfatiza o 
necessário à sobrevivência do 
ser humano e o que estrutura 
economicamente a vida em 
sociedade
autores
publicação de 
O Mulato, de Aluísio de 
Azevedo (1881)
Aluísio de Azevedo: maior nome do 
Naturalismo brasileiro. 
Principais obras: 
– O mulato (1881) 
– Casa de pensão (1884) 
– O cortiço (1890), obra-prima do autor, 
representa a influência do meio sobre o 
comportamento social
Raul Pompeia: não se encaixa 
muito bem nos moldes realista-naturalistas. 
O Ateneu, por exemplo, é uma obra que 
apresenta traços impressionistas.
Adolfo Caminha: autor de romances que 
causaram escândalo em sua época. 
Obras: 
– O normalista 
– O Bom-Crioulo
Júlio Ribeiro – A carne 
Domingos Olímpio – Luzia-homem 
Inglês de Sousa – O Missionário
Naturalismo extensão do Realismo
características
Literatura 11
Volume 7
Realismo Naturalismo
influência de Flaubert influência de Émile Zola
romance documental romance de tese ou experimental
ser humano como um ser racional ser humano como um ser instintivo
interesse pela psicologia interesse pela biologia e patologia
destaque para o individual (sem se esquecer do social) destaque para o coletivo
retrato e crítica às classes dominantes retrato das camadas inferiores da sociedade
denúncia social crítica social
investigação da alma humana, acentuando-lhe o caráter perverso
investigação do ser humano em seus aspectos mais instintivos, 
libidinosos e animalescos
ambiente focalizado: vida urbana da corte ambiente focalizado: favelas, cortiços, bairros, periferia
tipos humanos tomados para análise: burguesia decadente e 
hipócrita
tipos humanos tomados para análise: seres humanos movidos 
pelo instinto, populações marginalizadas
preferência pela observação e análise de comportamento preferência pela experimentação
tendência em destacar o universo interior das personagens
destaque para a realidade externa dos personagens - onde vivem, 
como se comportam
narrativa descritiva e detalhista: preocupação com a fidelidade 
ao real
narrativa que revela o relato de experiências que se relaciona com 
hipóteses científicas
12
4. A estética naturalista brasileira foi muito bem representada pelo autor Aluísio de Azevedo. Sua produção revela ver-
dadeiras obras-primas, partidárias do espírito naturalista e que analisaram e criticaram com excelência o comporta-
mento da sociedade burguesa. Sobre o autor e sua obra, pode-se afirmar que
 I. recebeu, em seus romances naturalistas, a influência de autores como Machado de Assis e Eça de Queirós.
 II. a obra O Mulato provocou violenta reação da sociedade maranhense da época por satirizar os vários tipos sociais, 
como as beatas e o clero (fazendo com que o autor retornasse ao Rio de Janeiro).
Atividades
1. Sobre o Naturalismo, complete as lacunas e faça o que se pede.
a) A obra inaugural do Naturalismo no Brasil é O Mulato , de Aluísio de Azevedo, de 1881 . Já a obra-prima 
desse escritor é O cortiço .
b) Cite quatro características naturalistas.
Sugestão de resposta: personagem condicionada, personagem patológica, ênfase nas necessidades instintivas e animalização do
homem.
c) Cite quatro fatores comuns aos movimentos realista e naturalista.
Sugestão de resposta: os dois movimentos eram antiburgueses, antirromânticos, anticlericais e apresentavam preocupações sociais.
2. Marque a alternativa em que todas as características listadas pertencem ao Naturalismo.
a) Idealização da natureza, descrição exacerbada das paisagens rurais, gosto pelo noturno.
b) Descrição da natureza, subjetividade, ênfase na análise do indivíduo como parte de uma coletividade.
c) Passadismo, análise da sociedade da época, referência à mitologia greco-romana.
X d) Determinismo, objetividade, crítica social, cientificismo, materialismo, experimentalismo.
e) Postura escapista, religiosidade, superficialidade, verossimilhança.
3. Enumere as colunas.
1) Personagem realista
2) Personagem naturalista
3) Romance realista
4) Romance naturalista
5) Temas realistas
6) Temas naturalistas
a) ( 5 ) Adultério, hipocrisia, preconceito racial, retrato das injustiças sociais, 
ridicularização dos valores burgueses.
b) ( 2 ) Por vezes, condicionada e patológica, comparada a animais por não 
conter seus instintos.
c) ( 3 ) Impressão da vida real, preocupação em denunciar as injustiças sociais, 
detalhista e objetivista.
d) ( 6 ) Relações sexuais, pobreza, assassinatos, crítica às injustiças sociais, 
desequilíbrio psicológico.
e) ( 4 ) Romance de tese, apoiado na observação e experimentação científicas. 
Descrição de ambientes miseráveis e desequilibrados.
f) ( 1 ) Semelhante ao homem comum, apresenta os aspectos negativos da 
personalidade. Permite o estabelecimento de uma relação entre o texto 
e a realidade histórica e social na qual se insere.
Literatura 13
 III. O cortiço, obra-prima do autor, se passa no Rio de Janeiro e discorre sobre o ambiente de corrupção da habitação 
coletiva, exemplificando a tese de que o homem é produto do meio.
 IV. em suas obras, destacam-se temas como desejos carnais, corrupção, impunidade e adultérios.
 V. o autor utiliza o espaço urbano e os personagens para fazer um retrato psicológico da sociedade da época.
 Estão corretas:
a) I, II e III.
X b) II, III e IV.
c) II e V.
d) I, II e IV.
e) Todas as alternativas.
5. Leia os seguintes trechos retirados das obras Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha, O Missionário, de Inglês de Souza e 
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Em seguida, identifique características realistas/naturalis-
tas em cada uma das passagens.
a) 
Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre as outras, encardidas como panos de cozi-
nha, oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio mercante 
carregado de miséria. No intervalodas peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se corpos 
seminus, indistintos. Respirava-se um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano 
diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na 
inconsciência do sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés, aspectos indecorosos que a luz eviden-
ciava cruelmente. De vez em quando uma voz entrava a sonambular coisas ininteligíveis. Houve um 
marinheiro que se levantou, do meio dos outros, nu em pelo, os olhos arregalados, medonho, gritando 
que o queriam matar. No fim de contas o pobre-diabo era vítima de um pesadelo, nada mais. Tudo 
voltou ao silêncio.
CAMINHA, Adolfo. Bom-Crioulo. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 31 ago. 
2015.
Descritivismo em: “Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre as outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam
à luz moribunda e macilenta das lanternas.”; personagem que representa o homem comum em: “No fim de contas o pobre-diabo era
vítima de um pesadelo, nada mais.”; preferência pelos ambientes miseráveis em: “Imagine-se o porão de um navio mercante carregado de
miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se corpos seminus, indistintos. Respirava-se um odor
nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão.”; objetividade em: “Houve um marinheiro que
se levantou, do meio dos outros, nu em pelo, os olhos arregalados, medonho, gritando que o queriam matar”.
b)
Alguns dias dava-lhe uma gana de satisfazer o apetite, devorando lascas de pirarucu assado, com 
farinha-d’água e latas de marmelada, compradas com os seus ganhos de acólito e cantor do coro. 
Apanhava indigestões de queijo-do-reino e de bananas-da-terra, ingeridas às dúzias, às escondidas, na 
latrina, para evitar a censura do confessor, a quem, logo depois, quando lhe apertavam as cólicas e a 
moléstia se denunciava, revelava a falta, culpando dela o demônio, pertinaz em o perseguir e tentar. 
E jejuava severamente, privando-se de todo alimento dias inteiros para purgar os pecados e provar o 
arrependimento.
SOUZA, Inglês de. O Missionário. 3. ed. São Paulo: Ática, 1992. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
bv000120.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2015.
acre: que tem muita acidez.
alcatrão: substância escura e viscosa, derivada do 
petróleo.
pirarucu: tipo de peixe.
acólito: clérigo que serve ao subdiácono na missa.
latrina: privada.
pertinaz: persistente.
14 Volume 7
cônego: religioso.
rutilantes: vistosas.
arruído: tumulto.
sapoti: fruto de árvore tropical.
muriçoca: tipo de inseto.
centelha: faísca.
cantáridas: insetos voadores.
O trecho evidencia a presença de um personagem patológico, apresentando uma descrição objetiva e detalhista. Além disso, é 
possível perceber a animalização do homem e uma ênfase nas necessidades instintivas: “dava-lhe uma gana de satisfazer o 
apetite, devorando lascas de pirarucu assado, com farinha-d’água e latas de marmelada, compradas com os seus ganhos de 
acólito e cantor do cor”.
c)
Sim, meu pai adorava-me. Minha mãe era uma senhora fraca, de pouco cérebro e muito coração, 
assaz crédula, sinceramente piedosa, – caseira, apesar de bonita, e modesta, apesar de abastada; temen-
te às trovoadas e ao marido. O marido era na Terra o seu deus. Da colaboração dessas duas criaturas 
nasceu a minha educação, que, se tinha alguma cousa boa, era no geral viciosa, incompleta, e, em 
partes, negativa. Meu tio cônego fazia às vezes alguns reparos ao irmão; dizia-lhe que ele me dava mais 
liberdade do que ensino, e mais afeição do que emenda; mas meu pai respondia que aplicava na minha 
educação um sistema inteiramente superior ao sistema usado; e por este modo, sem confundir o irmão, 
iludia-se a si próprio. [...] O que importa é a expressão geral do meio doméstico, e essa aí fica indicada, 
– vulgaridade de caracteres, amor das aparências rutilantes, do arruído, frouxidão da vontade, domí-
nio do capricho, e o mais. Dessa terra e desse estrume é que nasceu esta flor.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004. p. 47.
Personagem condicionado ao meio em: “[...] temente às trovoadas e ao marido. O marido era na Terra o seu deus”; ambiente 
desequilibrado e aspectos negativos da personalidade em: “vulgaridade de caracteres, amor das aparências rutilantes, do
arruído, frouxidão da vontade, domínio do capricho, e o mais. Dessa terra e desse estrume é que nasceu esta flor”; objetividade
e detalhismo em: “Sim, meu pai adorava-me. Minha mãe era uma senhora fraca, de pouco cérebro e muito coração, assaz crédula,
sinceramente piedosa, – caseira, apesar de bonita, e modesta, apesar de abastada”.
6. (FUVEST – SP)
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados. 
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela 
era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos 
trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que se não 
torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era 
a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta 
viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe 
os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para 
lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita 
de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e 
espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca. 
Aluísio Azevedo, O cortiço.
 Em que pese a oposição programática do Naturalismo ao Romantismo, verifica-se no excerto – e na obra a que pertence 
– a presença de uma linha de continuidade entre o movimento romântico e a corrente naturalista brasileira, a saber, a
a) exaltação patriótica da mistura de raças.
X b) necessidade de autodefinição nacional.
c) aversão ao cientificismo.
d) recusa dos modelos literários estrangeiros.
e) idealização das relações amorosas.
Literatura 15
7. (FUVEST – SP) Considere o seguinte excerto de O cortiço, de Aluísio Azevedo, e responda ao que se pede.
[...] desde que Jerônimo propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranquila seriedade de animal 
bom e forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração, e Rita preferiu no europeu o 
macho de raça superior. O cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo às imposições mesológicas, enfarava a 
esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a mulata era o prazer, a volúpia, era o fruto dourado e 
acre destes sertões americanos, onde a alma de Jerônimo aprendeu lascívias de macaco e onde seu corpo 
porejou o cheiro sensual dos bodes.
 Tendo em vista as orientações doutrinárias que predominam na composição de O cortiço, identifique e explique aquela 
que se manifesta no trecho a e a que se manifesta no trecho b, a seguir: 
a) “o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração”. 
No trecho destacado, manifestam-se duas orientações doutrinárias desenvolvidas no século XIX. A primeira é a visão de que o 
comportamento humano é condicionado pelo meio (determinismo). No trecho indicado, há a presença do componente racial sobre
o indivíduo. A segunda orientação relaciona-se à postura eugenista de Rita Baiana, que prefere se relacionar com homem branco,
na nítida intenção de aprimorar a raça.
b) “cedendo às imposições mesológicas”.
A palavra mesologia refere-se à influência que o ambiente exerce sobre o ser e sobre a qual o personagem não tem controle. 
Jerônimo sente desejos por Rita Baiana, o que faz com que se entedie com a esposa e seja levado a consumar a traição.
8. (UCB – RJ)
SãoLuís do Maranhão
A pobre cidade de São Luís do Maranhão parecia entorpecida pelo calor. Quase não se podia sair à rua; 
as pedras escaldavam; [...] a Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. [...] doutro lado da praça, uma 
preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma 
nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’ Era uma 
vendeira de fatos de boi. As crianças nuas [...], a pele crestada, os ventrezinhos amarelentos e crescidos, 
corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel [...]. Os cães, estendidos nas calçadas, tinham 
uivos que pareciam gemidos humanos. 
AZEVEDO, Aluísio. O mulato. São Paulo: Moderna, 1999, p. 6, com adaptações.
 Com base na leitura compreensiva do texto e nas questões relativas à periodização da literatura brasileira, julgue os 
itens a seguir. 
1. ( V ) O texto apresenta uma descrição detalhista e objetiva da realidade. 
2. ( V ) Ressalta-se, no texto, uma concepção determinista da existência, traço marcante da produção literária naturalista. 
3. ( V ) O autor recorre ao zoomorfismo para retratar o estado de degradação do ser humano.
4. ( F ) O romance O mulato, de Aluísio Azevedo, é considerado o marco inicial do Naturalismo brasileiro, movimento 
literário caracterizado pela defesa implacável da abolição dos escravos. 
5. ( F ) Assim como no trecho lido, a sondagem psicológica e o estudo de temas ligados à essência humana são ele-
mentos basilares das principais obras de Machado de Assis e de Clarice Lispector.
propendeu: inclinou-se.
cavouqueiro: aquele que cava.
mesológicas: condições do meio ambiente.
enfarava: entediava.
lascívias: luxúrias.
apregoava: anunciava.
crestada: queimada pelo sol.
guinchavam: chiavam.
16 Volume 7l

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