Buscar

Cultura e Identidade Surda - Libras

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
DISCIPLINA DE LIBRAS I
IZABELLA ANDRADE PERTENCE GOMES
RELATÓRIO: cultura e identidade surda
BELO HORIZONTE
2020
Cultura e Identidade Surda
Segundo o dicionário Aurélio, o termo “cultura” representa normas de comportamento, saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo de outro. Já o termo identidade se refere ao conjunto das qualidades e das características particulares de uma pessoa que torna possível sua identificação ou reconhecimento. Nesse contexto, temos a cultura e identidade surda.
Aproximadamente, entre os anos de 1950 e 1990, para a educação e inserção social das crianças e jovens com perdas auditivas profundas era necessária a aquisição da língua oral como meio de superação dos limites da deficiência. Nessa época, desejava-se reprimir o uso de gestos, pois sua utilização era considerada um prejuízo a aquisição e desenvolvimento de linguagem oral. Ainda assim, os alunos surdos que frequentavam as escolas e classes especiais jamais deixaram de utilizar gestos como forma de comunicação entre si (FERRARI, 2017).
Em 1981, iniciou-se a luta pela participação plena de igualdade das pessoas com deficiência no mundo e, sobretudo, pelo instrumento legal da 24ª Declaração Universal dos Direitos Linguísticos, promovido pela Unesco e a convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência. Já em 2002, com a sansão da Lei de Libras, origina-se a conquista pelo direito de igualdade linguística e cultural (OLIVEIRA, 2015).
Sendo assim, com o desenrolar dos anos, a cultura surda vai sendo formada por um conjunto de ações, gestos, hábitos e comportamentos que o indivíduo surdo constrói ao longo de sua vida, formando, portanto, sua identidade cultural. Esta identidade é construída à medida que este sujeito surdo se sente parte da cultura vigente e começa a construir e fortalecer sua própria cultura, o convívio direto com a Libras, suas experiências de trocas e contato com outros surdos (OLIVEIRA, 2015)
Segundo TIPOS (2020), as identidades surdas podem ser de 5 tipos:
1. Identidade de Transição: se dá quando o surdo abandona hábitos ouvintes e adota uma maneira mais visual de se relacionar com o meio externo, usando a língua de sinais, por exemplo. O indivíduo cria um senso maior de representatividade, reconhecendo-se como um sujeito em transição, a partir do momento que passa a ter mais contato com a comunidade surda usuária de Libras.
2. Identidade inconformada: os ouvintes passam a enxergar o indivíduo como deficiente, acabando por distanciar e dificultar a comunicação oral e mais ainda a sinalizada, reforçando a identidade inconformada. Quando isso ocorre, o sujeito surdo não consegue captar a representação da identidade ouvinte e hegemônica, sentindo-se dentro de uma identidade subalterna. 
3. Identidade flutuante: isso ocorre quando o surdo se espelha na representação dominante, vivendo e se manifestando de forma similar ao mundo dos ouvintes. Diz-se que a pessoa é “colonizada”, aceitando a hegemonia imposta pela maneira de se comunicar dos outros indivíduos, mas flutua entre as duas formas de perceber e se relacionar com o mundo.
4. Identidade híbrida: as pessoas de identidade híbrida são aquelas que poderão utilizar mais de um meio para se comunicar. Sendo assim, neste grupo podem ser incluídos os surdos que nasceram ouvintes, mas que por algum motivo perderam a audição ao longo da vida. Podem oralizar, além de utilizar a Libras; pois entendem a estrutura da comunicação falada.
5. Identidade incompleta: são aqueles indivíduos surdos que optam por se socializar apenas no ambiente dos ouvintes, mas não se sentem ouvintes. Eles têm a habilidade de articular as palavras e fazer leitura labial, utilizando como auxílio um aparelho auditivo, que se falhar ou for desligado, as levará inevitavelmente ao mundo do silêncio. É comum que esses indivíduos se neguem a utilizar Libras.
Referências Bibliográficas
FERRARI, C. C. Surdez Cultura e identidade: as trajetórias sociais na construção das identidades de indivíduos surdos. Tese (Doutorado em Educação, História, Política, Sociedade). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 2017
OLIVEIRA, M. de. Cultura e inclusão na educação em museus: processo de formação em mediação para educadores surdos. Tese (Mestrado em Museologia). Universidade de São Paulo. 2015.
TIPOS de identidade surda. 2020. Disponível em: https://blog.signumweb.com. br/curiosidades/tipos-de-identidade-surda/ > Acesso em: 16 de novembro de 2020.

Continue navegando