Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instalações Prediais: Elétrica e Hidráulica Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Vanderlei Rotelli Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Instalações Hidráulicas • Instalações Hidráulicas. • Utilização dos conceitos vistos em um Projeto de Instalações Hidrossanitárias, utilizando a simbologia e a representação adequadas. OBJETIVO DE APRENDIZADO Instalações Hidráulicas Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Instalações Hidráulicas Instalações Hidráulicas Até este momento, aprendemos com o desenho arquitetônico que a represen- tação gráfica é um meio de comunicação visual, que apresenta informações como medidas, materiais, início de instalação ou sequência de trabalho para a construção ou reforma de uma edificação ou a confecção de mobiliário e até mesmo de objetos. A partir do emprego desses conceitos, consegue-se manter uma linguagem uni- versal dentro da Construção Civil. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentas um série de Normas brasileiras, uma das quais trata o assunto da representação gráfica, tipo- logias e espessuras de linhas e outros temas, para manter padronização na repre- sentação nos Projetos desenvolvidos no Brasil e, também, para outras localidades estrangeiras, pelo fato de as Normas brasileiras estarem baseadas na Normas da ISO (International Organization for Standardization), Entidade internacional que reúne as associações de normas técnicas de 246 países, entre elas, a ABNT. Vale a pena lembrar, também, de alguns princípios que conversamos, como o que diz que as Instalações Hidráulicas Prediais são todos os subsistemas e conjuntos responsáveis pela distribuição da água em uma edificação, também compostas pelo sistema de recolhimento do esgoto produzido na edificação. Os Projetos de Instalações Hidráulicas são desenvolvidos por profissionais espe- cializados e fica a cargo do designer de interiores a alocação dos novos pontos ou a realocação dos pontos existentes em relação à concepção do projeto. Para a execução das instalações, há empresas ou profissionais capacitados que devem contemplar sua Rede de Distribuição, formada pelos seguintes elementos: barriletes, colunas ou prumadas, ramais, sub-ramais, conexões, registros e pontos, junto com as especificações dos materiais a serem utilizados na sua execução, como tubos de PVC (Policloreto de Vinila), CPVC (Policloreto de Vinila Clorado), PPR (Polipropileno Copolímero Random) e PEX (Polietileno Reticulado Monocamada). A figura no link a seguir mostra um dos materiais mais utilizados, atualmente, nas construções; as instalações com PEX. Ligação de tubulação PEX: http://bit.ly/31RvXj9 Ex pl or Além das Normas Técnicas e da Legislação vigente, há outros dados que tam- bém complementam as informações para cada tipo de Projeto de Instalações Hi- dráulicas, sempre lembrando que há necessidade de um profissional especializado para a concepção do seu projeto e de sua execução. O conhecimento desses tipos de Instalações Prediais auxilia o designer de inte- riores na concepção do projeto a ser desenvolvido. Por meio da reflexão das ne- cessidades apresentadas pelo cliente, do levantamento métrico e das informações apresentadas no conjunto de instalações prediais (instalação hidráulica, instalação 8 9 elétrica, instalação de gás e instalação de telecomunicações) é possível analisar, testar e comprovar as soluções mais adequadas ao Projeto de Design de Interiores. No processo de projeto e de execução de readequação dos pontos existentes ou dos novos pontos, deve-se sempre prever as acomodações dos materiais e dos equipamentos no momento de obra. O canteiro de obra, seja de uma reforma simples ou de uma construção nova, deve acondicionar os materiais e os equipamentos de forma adequada e certa, evitando danificar, extraviar ou comprometer seu uso e, assim, gastos desneces- sários à obra. É função do designer de interiores prever esses tipos de acomodações na obra, que servirão de apoio para a execução dos serviços de instalações prediais. Representação das passagens hidráulicas: http://bit.ly/2Y6PHNs Ex pl or Com esses princípios, compreendemos que o desenvolvimento dos desenhos para a execução de uma obra não pode ser feito de qualquer maneira, mas deve sempre ser balizado com as Normas emitidas pela ABNT, sejam elas para a repre- sentação gráfica de um ambiente, sejam de alguma instalação predial. Pela padronização da representação e pela simbologia empregada nos desenhos, é possível uma comunicação clara e direta, livre de interpretações duvidosas que possam prejudicar o bom andamento de uma obra. Para tanto, é necessário que o projetista ou o profissional que esteja desenvolvendo algum tipo de planta técnica siga corretamente a normatização vigente para o tipo de projeto a ser desenhado. Por exemplo, podemos visualizar o comentário acima na imagem a seguir, na qual temos uma vista isométrica com as ligações hidráulicas: Figura 1 – Vista isométrica com água fria e água quente Fonte: Reprodução 9 UNIDADE Instalações Hidráulicas Nessa macrovisão da representação gráfica e simbologias, faremos um recorte para as instalações hidráulicas básicas. Nosso objetivo será conhecer as simbologias usadas nas plantas hidráulicas e como elas auxiliam a leitura do projeto hidráulico, para seu desenvolvimento. É importante visualizar todos os detalhes da planta, como legendas, notas e outras representações, pois, por mais que se tenha uma padronização vigente por meio das Normas brasileiras, algumas simbologias podem sofrer alterações con- forme regulamentos de cada Empresa, escritórios, construtoras ou profissionais da área. Dessa maneira, um dos principais instrumentos de uma planta, que nos auxiliará na sua leitura, é o quadro de legendas. É de extrema importância que toda a simbologia utilizada na elaboração das plan- tas e vistas hidráulicas esteja contida na legenda, para seu entendimento correto. As demais informações, como escalas de trabalho, materiais utilizados, dimen- sões e procedimentos de execução estarão descritas em sistemas de notas de dese- nho, complementando as informações transmitidas pelas simbologiasempregadas. Figura 2 – Projetos compatibilizados visando à economia e eliminando retrabalho Fonte: Reprodução A aplicação da simbologia e a leitura correta e clara da planta hidráulica garante uma execução de obra segura, na qual são evitados erros de execução, ônus ao cliente, preservação a qualidade e garantia da solução projetual proposta ao cliente. Para melhor compreendermos esses procedimentos de representação gráfica, a Figura 3 apresenta os principais símbolos utilizados nas plantas hidráulicas prediais, para instalações de água fria e de água quente (sistema de distribuição de água em uma edificação): 10 11 Figura 3 – Simbologia de água quente e água fria Fonte: Acervo do conteudista A Figura 4 apresenta os principais símbolos utilizados nas plantas hidráulicas prediais para instalações de esgoto e de águas pluviais (sistema de recolhimento de líquidos, águas servidas e águas pluviais em uma edificação). Perceba como a simbologia é semelhante, mas, lembre-se de que, como Designer de Interiores, você precisa ler essa simbologia, mas não vai desenhar ou executar o Projeto. Figura 4 – Simbologia de esgoto e águas pluviais Fonte: Acervo do conteudista 11 UNIDADE Instalações Hidráulicas Se não existisse uma padronização na representação gráfica dos tubos, cone- xões e componentes das instalações hidráulicas prediais, como identificaríamos cada tipo de instalação? Exatamente! Seria impossível manter um padrão de qualidade na execução em obra das ins- talações hidráulicas sem uma planta hidráulica devidamente desenhada, com apli- cação correta da representação gráfica, simbologia e legenda. A normatização permite que todos os envolvidos entendam os desenhos da mes- ma maneira, permitindo que o projetista não precise sequer conhecer o executor, pois o projeto se explica pelo desenho. Conhecendo a simbologia básica das instalações hidráulicas, podemos realizar com facilidade e clareza a leitura do um projeto hidráulico, conforme as Figuras 83 e 84. Assim, temos total compreensão dos procedimentos, para sua execução: Figura 5 – Planta hidráulica de um banheiro Fonte: Acervo do conteudista Na planta acima, podemos observar os símbolos das conexões, tubos e compo- nentes de cada tipo de instalação hidráulica, como água fria, água quente, esgoto e águas pluviais. Com as informações na planta baixa e na vista esquemática (Figura 6), é possível uma clara e fácil compreensão da maneira que serão executadas e como funciona- rão as instalações hidráulicas básicas. Quando associamos as duas Figuras, é bem simples entender esse projeto, certo? 12 13 Figura 6 – Vista hidráulica esquemática Fonte: Acervo do conteudista Como já conversamos antes, não é atribuição do Designer de Interiores o de- senvolvimento da planta hidráulica com as definições de diâmetro de tubulação e carga, mas fica sob a responsabilidade do Designer a definição do posicionamento dos equipamentos e dos aparelhos a serem utilizados nos ambientes que recebem as instalações hidráulicas. Quando se desenvolve a planta de pontos hidráulicos, você deve considerar as informações existentes do projeto hidráulico ou da situação atual da obra. A partir dessas informações, você desenvolve uma planta e corte (ou vista) com a posição dos pontos hidráulicos, informando suas localizações, em função do pro- jeto de design de interiores que você desenvolveu. A planta de pontos hidráulicos será o elo entre o projeto de design de interiores e o projeto hidráulico. Por meio dela, o profissional técnico que desenvolverá o projeto hidráulico terá um norte para se guiar em relação à concepção prevista. Por exemplo, a Figura 7 apresenta uma planta com os pontos hidráulicos de um banheiro: 13 UNIDADE Instalações Hidráulicas Figura 7 – Planta de pontos hidráulicos Fonte: Acervo do conteudista Figura 8 – Corte esquemático com os pontos hidráulicos Fonte: Acervo do conteudista As Figuras 7 e 8 são exemplos de planta e vista dos pontos hidráulicos do novo ba- nheiro proposto em Projeto. Dessa maneira, podemos compreender a importância 14 15 em posicionar de maneira correta os aparelhos sanitários em relação aos pontos de saída e coleta. Você desenvolve a planta com a posição dos aparelhos hidrossanitários e os pontos hidráulicos do espaço, correlacionada ao projeto de design de interiores. Depois, encaminha essa peça gráfica para o projetista hidráulico, que ele irá di- mensionar todo o sistema e realizar os ajustes que forem necessários. O conheci- mento básico das instalações hidráulicas prediais permite desenvolver esse tipo de planta sem que haja muita alteração ou ajuste por conta do projetista hidráulico, otimizando, assim, o tempo de projeto e execução. O Designer de Interiores não desenvolve projeto hidráulico, dimensionamento de tubulação ou cálculo de carga. É atribuição desse profissional definir o posicio- namento dos aparelhos sanitários e dos equipamentos hidráulicos em relação ao projeto de interiores, conforme a figura a seguir, balizando o desenvolvimento do Projeto Hidráulico. Figura 9 – Planta pontos hidráulicos – Cozinha Fonte: Acervo do conteudista Figura 10 – Vista pontos hidráulicos – Cozinha Fonte: Acervo do conteudista Nos dias atuais, uma questão importante vem sendo discutida nos tramites le- gais, sobre as atribuições do profissional em Design de Interiores. A profissão está registrada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do- cumento que “reconhece, nomeia títulos e descreve as características das ocupações 15 UNIDADE Instalações Hidráulicas do mercado de trabalho brasileiro” – de acordo com a classificação do Ministério do Trabalho e Emprego. Os códigos da CBO para Designer de Interiores são os de nível superior – 2629 e médio – 3751. Dentro das atividades descritas na classificação, destacamos algumas, como: • Alocar pontos de iluminação; • Alocar pontos elétricos; • Alocar pontos hidráulicos; • Alocar pontos de telefonia; • Contratar serviços especializados; • Coordenar equipes. Além das definições e da descrição das atividades na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em 2014, homologou a NBR 16.280, que apresenta os requisitos para o sistema de gestão no controle de processos, projeto e execução de reformas em edificações. Analisaremos, agora, algumas definições que a NBR 16.280:2014, Reforma de Edificações – Sistema de Gestão de Reformas – Requisitos, apresenta: • Empresa capacitada: Organização ou pessoa que tenha recebido capacita- ção, orientação e responsabilidade profissional habilitado e que trabalhe sob responsabilidade de profissional habilitado; • Empresa especializada: Organização ou profissional liberal que exerça fun- ção na qual são exigidas qualificação e competência técnica específicas (ABNT NBR 16.280, Reforma de Edificações – Sistema de Gestão de Reformas – Re- quisitos, 2014). Estimado aluno, veja que a partir dessas definições apresentadas pela Classifi- cação Brasileira de Ocupações e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, podemos compreender melhor até que fase o projeto de Design de Interiores chega e, a partir disso, quais são os outros profissionais que estão envolvidos, para emba- sar nossa proposta projetual. A partir das considerações levantadas, é possível compreender que, para pro- por alterações nas instalações prediais, o designer de interiores precisa trabalhar previamente algumas etapas do Projeto, como definições de layout, mobiliário, acabamentos e, junto com essas informações, começamos a alocar os pontos das instalações prediais existentes e/ou novos. A partir dessa visão macro do projeto, começamos a definir quais os outros serviços especializados precisaremos, como, por exemplo, um projetista hidráulico para redimensionar e calcular a nova demanda hidráulica, caso seja necessário para melhor adequação ao projeto proposto. 16 17 Seguindo o conceito formado até o momento, entendemosque o Projeto de Designer de Interiores, no momento de sua idealização, deve contemplar cada tipo de instalações prediais que há no ambiente ou espaço que você está projetando. Ao propor novos pontos hidrossanitários, você deve considerar as instala- ções existentes e a sua viabilização no Projeto. Esse tipo de pensamento não restringe a sua criação, e sim cria uma visão mais ampla das possibilidades de soluções de projeto. Segundo comenta Miriam Gurgel (2011), o processo de criação começa real- mente após a definição de “O que”, “Para quem” e “Onde”. As soluções serão infi- nitas; portanto, a existência de um briefing nos fornecerá diretrizes, irá nos manter nos trilhos e organizará o projeto. Concluindo nosso pensamento sobre o projeto e as instalações hidrossanitárias, entendemos que as instalações hidrossanitárias são subsistemas que estão integra- dos ao sistema construtivo existente ou que está sendo proposto, de forma racional, harmônica e tecnicamente correta. Se não existe coordenação ou entrosamento entre a equipe multidisciplinar com- posta pelo designer de interiores e os profissionais contratados para a elaboração dos projetos complementares, pode ocorrer incompatibilização entre os projetos, o que aparecerá depois, durante a execução da obra. Pensando dessa forma, é válida a comparação da Figura do designer de interio- res com a de um maestro e sua orquestra: sob sua batuta, ele conduz um grupo de instrumentistas, e juntos ecoam melodias harmoniosas. Da mesma maneira, o de- signer de interiores irá “reger” sua equipe multidisciplinar, que estará sendo guiada pelas diretrizes estabelecidas no projeto. Simples, certo? Reveja as partes que não ficaram muito claras e consulte os Materiais Comple- mentares, que vão ajudar a sanar todas as suas dúvidas! Bons estudos! 17 UNIDADE Instalações Hidráulicas Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Saiba como Funciona na Prática um Projeto Hidráulico https://youtu.be/Yi1x3M2AjaE Leitura Nas Instalações Hidráulicas, existe o Produto Ideal para cada Tipo de Projeto http://bit.ly/31WdDW3 Shafts de Espuma otimizam Custo de Instalação em Condomínio http://bit.ly/323YvGq Instalações Hidráulicas http://bit.ly/31WdLov 18 19 Referências BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias e de Gás. 4.ed. São Paulo: Pini, 1998. CARVALHO JUNIOR, R. de. Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias: Princípios básicos para elaboração de projetos. São Paulo: Blucher, 2014. GURGEL, M. Projetando Espaços: Design de Interiores. 7.ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2011. 19
Compartilhar