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PLANO DIRETOR VÁRZEA GRANDE-MT - ANÁLISE

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1 
 
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO AUGUSTO ARRUDA DE SOUZA 
FRANCISCO EDINIR DO NASCIMENTO JÚNIOR 
MARLON VIEIRA GOMES 
TIAGO GOMES DINIZ 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA 
GRANDE-MT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO-RO 
2020 
2 
 
FERNANDO AUGUSTO ARRUDA DE SOUZA 
FRANCISCO EDINIR DO NASCIMENTO JÚNIOR 
MARLON VIEIRA GOMES 
TIAGO GOMES DINIZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA 
GRANDE-MT 
 
Trabalho acadêmico apresentado à 
Universidade Federal de Rondônia-UNIR, como 
requisito parcial para média semestral na 
disciplina de Planejamento Urbano do curso de 
Graduação em Engenharia Civil. 
 
Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Carolina M. de Hollanda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO-RO 
2020 
3 
 
SUMÁRIO 
1INTRODUÇÃO...........................................................................................................5 
2 DADOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE.........................6 
3 ANÁLISE DO PLANO DIRETOR.............................................................................8 
3.1 CONSULTORIA.....................................................................................................9 
3.2 PRODUTOS E ETAPAS DE TRABALHO DO PROCESSO DE REVISÃO...........10 
3.2.1 Produto 1 – Capacitação do Grupo de Trabalho............................................10 
3.2.2 Produto 2 – Pactuação do Plano de Trabalho..............................................12 
3.2.3 Produto 3 – Diagnóstico Técnico Participativo............................................15 
3.2.3.1 Volume I – Relatório Técnico.........................................................................16 
3.2.3.2 Volume II – Relatório das Reuniões Setoriais e Comunitárias.......................18 
3.2.4 Relatório Intermediário – Revisão de Diretrizes e Cenário Desejado.........22 
3.2.5 Estudos Ambientais Complementares..........................................................22 
3.2.6 Produto 4 – Minuta de Lei do PDMVG...........................................................24 
3.2.7 Produto 5 – Relatório do Procedimento de Avaliação do PDMVG.............24 
3.3 ANÁLISE DA MINUTA DE LEI DO PDMVG........................................................25 
3.3.1 Estrutura do Texto..........................................................................................25 
3.3.2 Princípios.........................................................................................................25 
3.3.3 Objetivos..........................................................................................................26 
3.3.4 Diretrizes..........................................................................................................28 
3.3.5 Instrumentos Urbanos....................................................................................28 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................29 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................31 
ANEXO II – MAPAS PRESENTES NO PDMVG.......................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Mapa de Situação de Várzea Grande-MT...................................................6 
Figura 2: Vista aérea de Várzea Grande-MT..............................................................7 
Figura 3: Aeroporto Internacional Marechal Rondon..................................................8 
Figura 4: Empresa Contratada....................................................................................9 
Figura 5: Etapas de Trabalho....................................................................................10 
Figura 6: Definição do Mapeamento de Pontos Críticos...........................................11 
Figura 7: Evento de Capacitação..............................................................................11 
Figura 8: Cronograma de Atividades.........................................................................12 
Figura 9: Evento de Pactuação.................................................................................13 
Figura 10: Roteiro Básico para Eventos Participativos.............................................14 
Figura 11: Cronograma de Desenvolvimento das etapas.........................................15 
Figura 12: Mapa de Vazios Urbanos.........................................................................17 
Figura 13: Convite Digital para Oficinas....................................................................19 
Figura 14: Convites Impressos para Oficinas............................................................19 
Figura 15: Tabela de Dados Quantitativos Produzidos na Oficina............................20 
Figura 16: Gráfico de Análise dos Pontos Positivos e Negativos sobre os temas 
apresentados nas Oficinas Participativas...................................................................20 
Figura 17: Participação da População nas Oficinas..................................................21 
Figura 18: Mapa atual das Zonas de Preservação e Conservação..........................23 
Figura 19: Mapa Proposto no Estudo Ambiental para Zonas de Preservação e 
Conservação..............................................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O estabelecimento do Estatuto da Cidade - Lei no 10.257, de 10 de julho de 
2001 – representa um avanço na política pública urbana nacional. Ao incorporar 
diretrizes, princípios e instrumentos voltados para a promoção da função social da 
cidade e da propriedade urbana e para a gestão democrática, essa lei dá novos rumos 
para o desenvolvimento urbano, garantindo o direito à cidade sustentável. 
O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do 
Município. Tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e ordenado 
da área rural e urbana. Orientando a atuação do poder público e da iniciativa privada 
na construção dos espaços e serviços públicos, visa melhores condições de vida para 
todos (ESTATUTO DAS CIDADES, 2001). 
A revisão do Plano Diretor constitui-se como uma oportunidade para a ação 
compartilhada entre o Poder Público, o setor privado e a população do município, com 
o objetivo comum de buscar soluções adequadas para aperfeiçoar o planejamento, a 
gestão e o desenvolvimento das potencialidades locais. 
O vigente Plano Diretor Municipal de Várzea Grande foi instituído pela Lei no 
3.112/2007, sendo oportuna a sua revisão – haja vista que o prazo máximo é de dez 
anos, em consonância ao estabelecido na própria Lei e pelo Estatuto da Cidade. 
Sendo assim, o presente trabalho visa analisar o Plano Diretor do Município 
de Várzea Grande-MT, abordando de forma crítica fundamentos gerais do 
planejamento e regional. Para isso, será analisado o serviço de consultoria, os 
produtos elaborados pela empresa contratada, dando ênfase a como foi o processo 
de participação popular, os instrumentos urbanos sugeridos no PD e como eles se 
aplicam em suas diretrizes e estratégias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 DADOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE 
O município de Várzea Grande, está localizado no Estado de Mato Grosso, 
na Mesorregião do Centro – Sul Mato-Grossense, Microrregião de Cuiabá, na margem 
direta do Rio Cuiabá. Ocupa uma área de 1.048.212 Km² e se limita ao norte com os 
municípios de Acorizal, Rosário Oeste e Jangada, ao sul com os municípios de 
Poconé e Santo Antônio do Leverger ao leste com a capital do Estado de Mato Grosso 
Cuiabá e a oeste com o município de Nossa Senhora do Livramento. (PREFEITURADE VÁRZEA GRANDE, 2020). 
Figura 1: Mapa de Situação de Várzea Grande-MT. 
 
Fonte: Prefeitura de Várzea Grande-MT (2020). 
Está localizada à 789 metros de altitude acima do nível do mar, com relevo 
relativamente plano com topografia suave e em declive em direção a calha do Rio 
Cuiabá. Possui uma cobertura vegetal característica de cerrado com pontos de 
Floresta Amazônica e Pantanal, em sua área urbana possui dois parques 
consolidados, o Parque Tanque do Fancho e o Parque Flor do Ipê, o primeiro 
localizado no centro e o segundo na região do bairro Cristo Rei, existe uma terceira 
área em processo de implementação de parque denominado de Parque Berneck, esse 
localizado no bairro Marajoara região oeste. 
O município é cortado por vários rios e córregos, o mais importante deles é o 
Rio Cuiabá e o Rio Pari, o primeiro com grande expressão fazendo a sua divisa com 
Cuiabá e o segundo na região norte da cidade. Em sua área urbana existem vários 
7 
 
córregos, como o Laranjinha, o Rodeio, do General, do Sapateiro, do Formigueiro, 
Imbauval, Traira, Piçarrão, do Aeroporto, da Manga e por essa quantidade acaba por 
reafirmar o seu nome “Várzea Grande”. 
Figura 2: Vista aérea de Várzea Grande-MT. 
 
Fonte: Gazeta Digital (2020). 
A temperatura média anual é de 25,9°C, nos meses de inverno mais 
precisamente em julho as temperaturas podem chegar a abaixar para 8°C, 
temperatura essa que não dura muito tempo; já no período de verão a temperatura 
pode chegar facilmente a 40°C. Existem duas estações anuais bem definidas o 
inverno que é a estação seca e o verão que é a estação chuvosa, a média 
pluviométrica é de 1.750 mm anuais mantendo a média da umidade relativa do ar em 
torno de 60%. 
Com população estimada em 287.526 habitantes de acordo com dados do 
IBGE 2020, é a segunda maior cidade em população do Estado de Mato Grosso; junto 
com Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio, Acorizal e Chapada dos 
Guimarães formam a Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, aglomerado 
urbano esse em que habitam um terço de toda a população do Estado de Mato 
Grosso. 
O sitio aeroportuário acaba dividindo a cidade em duas grandes áreas, sendo 
a mais próxima ao rio a região do bairro do Cristo Rei e Parque do Lago, e na outra 
face o centro com suas expansões ao oeste e ao sul. A expansão urbana, atualmente 
ocorre em direção norte e foi possibilitada pelo investimento em obras de 
8 
 
infraestrutura e pavimentação e duplicação de vias, o que facilitou o acesso, e a 
interligação com o município de Cuiabá. 
O município é o portal de entrada para norte e o oeste do estado de Mato 
Grosso, sendo cortado pelas Rodovias Federais BR 070, BR163 e BR 364 importantes 
eixos de ligação e integração nacional, assim como também é cortando pelas rodovias 
estaduais MT 351 e MT 050, importantes ligações regionais com as cidades da 
baixada cuiabana. 
O Aeroporto Internacional Marechal Rondon, se localiza neste município, 
sendo o principal aeroporto do Estado de Mato Grosso, atendendo a toda baixada 
Cuiabana, atualmente possui capacidade para atender quatro milhões de passageiros 
anuais e é a porta de entrada do turismo nacional e internacional, em busca de 
atrativos naturais no Pantanal e em Chapada dos Guimarães, sendo considerado o 
segundo mais movimentado do centro oeste. 
Figura 3: Aeroporto Internacional Marechal Rondon. 
 
Fonte: Prefeitura de Várzea Grande-MT (2020). 
 
3 ANÁLISE DO PLANO DIRETOR 
O Plano Diretor Municipal de Várzea Grande, Lei Nº 3.112, de 13 de dezembro 
de 2007, completou seus 10 anos em 2017, e com isso, tornou-se necessária a revisão 
do mesmo, conforme exigido pelo Estatuto da Cidade. 
9 
 
A Prefeitura Municipal de Várzea Grande, através da Secretaria de 
Administração, lançou no dia 23 de janeiro de 2018, edital de licitação na modalidade 
Concorrência Pública, do tipo “Melhor Técnica e Preço”, visando a contratação de 
empresa especializada para efetuar os estudos e revisão do Plano Diretor Municipal 
de Várzea Grande – MT, Lei Complementar nº 3.112/2007 e todas as leis urbanísticas 
posteriores até a data de publicação do Edital em questão. 
A empresa vencedora do processo licitatório foi a TECHNUM CONSULTORIA 
SS. 
 
3.1 CONSULTORIA 
A empresa, por sua vez, iniciou os estudos para revisão do Plano Diretor em 
24 de agosto de 2018, com prazo previsto de 01 ano para finalização do mesmo. 
A Technum Consultoria tem ampla experiência no domínio de trabalhos 
relacionados ao planejamento urbano, desde a elaboração de Planos Diretores 
Municipais até estudos e projetos para a qualificação urbana de áreas específicas. 
Seu primeiro trabalho, realizado após o Estatuto da Cidade, data de 2002. A partir daí 
já foram implementados vários contratos de trabalho referentes à elaboração e à 
revisão de Planos Diretores. No total, a Technum trabalhou com mais de 30 municípios 
localizados em vários estados brasileiros (Pará, Espírito Santo, Tocantins, Goiás, Rio 
de Janeiro, Sergipe, Piauí, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará e Maranhão). 
Figura 4: Empresa Contratada. 
 
Fonte: Prefeitura de Várzea Grande-MT (2020). 
Sua experiência provém de trabalho com municípios de situações e portes 
diversos: com população de menos de 10.000 hab. até 2,6 milhões de habitantes; 
situados no interior do País, no litoral; pertencentes a regiões metropolitanas de 
10 
 
pequeno e de grande porte. Os profissionais de sua equipe buscam, continuamente, 
a ampliação do conhecimento teórico e a prática do enfrentamento de situações 
diversas, alcançando soluções inovadoras e aplicáveis a cada caso em particular. O 
conhecimento técnico e prático, acumulados, permitem auxiliar às prefeituras na 
tomada de decisão em diferentes processos. 
 
3.2 PRODUTOS E ETAPAS DE TRABALHO DO PROCESSO DE REVISÃO 
A empresa Technum Consultoria dividiu as etapas de trabalho de 
desenvolvimento da revisão do plano diretor conforme elucidado na Figura 5. 
Figura 5: Etapas de Trabalho. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
 
As etapas de Capacitação, Pactuação do Plano de Trabalho e Diagnóstico 
Técnico Participativo formam os 3 (três) dos 5 (cinco) produtos desenvolvidos para a 
revisão do Plano Diretor em questão e, através desses supracitados produtos, inicia-
se a 4ª (quarta) etapa: Revisão das Diretrizes e Cenário Desejado, onde é elaborado 
relatório intermediário apresentado na 5ª (quinta) e 6ª (sexta) etapa. 
 
3.2.1 Produto 1 – Capacitação do Grupo de Trabalho 
A Capacitação representa a primeira etapa do estudo e revisão do Plano 
Diretor Municipal de Várzea Grande. 
O objetivo principal foi a troca de conhecimento e a preparação para o 
trabalho, visando o entrosamento da equipe, o nivelamento do conhecimento sobre o 
11 
 
escopo a ser executado, o início das atividades de sensibilização para a participação, 
e o detalhamento das etapas, atividades e cronograma. 
Figura 6: Definição do Mapeamento de Pontos Críticos. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
O evento foi realizado nos dias 13,14,17,18 e 19 de setembro de 2018 na Sala 
de Reunião da Sede da Prefeitura Municipal de Várzea Grande, com duração de 30 
(trinta) horas. 
Figura 7: Evento de Capacitação. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
12 
 
O modelo adotado para as apresentações seguiu formato participativo, 
induzindo à troca de conhecimento entre os participantes. O material técnico 
preparado pela Consultoria incluiu temas básicos pertinentes ao processo de revisão 
do Plano Diretor, abordando aspectos teóricos e práticos, voltados à realidade de 
Várzea Grande. 
O processo de capacitação foi dividido em 4 (quatro) módulos abarcando os 
temas principais a serem discutidos, conforme sintetizado na tabela da Figura 8 a 
seguir. Conforme exposto aos participantes, ao longo de todas as etapas do trabalho, 
os temas debatidos serão retomados de modo que a parte teórica seja detalhada e 
adotada na práticapara a resolução dos ajustes e proposições a serem incorporados 
no Plano Diretor de Várzea Grande. 
Figura 8: Cronograma de Atividades. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
 
3.2.2 Produto 2 – Pactuação do Plano de Trabalho 
O presente produto corresponde ao detalhamento das etapas e atividades 
previstas, bem como metodologias adotadas para o trabalho, além dos registros dos 
eventos realizados para apresentação e pactuação do Plano de Trabalho. 
13 
 
A pactuação do Plano de Trabalho foi realizada junto ao Conselho da Cidade 
de Várzea Grande e junto à Comissão Administrativa de Estudo e Revisão da 
Legislação Urbanística do Município de Várzea Grande - MT. 
O objetivo principal foi o detalhamento do planejamento do trabalho, com 
organização sistêmica das etapas e das atividades de forma a propiciar melhor 
organização e produtividade, bem como dispor de material de divulgação permitindo 
transparência e facilidade no acompanhamento do processo de revisão do Plano 
Diretor Municipal de Várzea Grande. 
Os eventos realizados para pactuação ocorreram no dia 21 de setembro de 
2018 na Sala de Reunião da Secretaria Municipal de Planejamento, sendo um pela 
manhã, no período de 8:00hs as 12:00hs com a participação dos representantes do 
Conselho da Cidade de Várzea Grande (ConCidade) e outro no período da tarde, das 
14:00hs às 15:30hs junto aos representantes da Comissão Administrativa de Estudo 
e Revisão da Legislação Urbanística do Município de Várzea Grande – MT. 
Figura 9: Evento de Pactuação. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
Nas duas ocasiões o Plano de Trabalho apresentado foi aprovado por 
unanimidade. A reunião para o ConCidade teve início com a apresentação da síntese 
das atividades realizadas na Etapa 1 – Capacitação, seguida pela apresentação do 
Plano de Trabalho proposto. Já na reunião com a Comissão de Revisão do Plano 
14 
 
Diretor, tendo em vista que grande parte do escopo foi alvo de discussão na Etapa 1 
- Capacitação, a Consultoria apresentou a síntese do Plano de Trabalho dando 
destaque aos ajustes feitos a partir das discussões anteriores. 
Figura 10: Roteiro Básico para Eventos Participativos. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
15 
 
A figura 10 mostra o roteiro básico de atividades de planejamento, execução 
e forma de registro, a título de exemplo do caminho crítico adotado em tais situações, 
sem definição da responsabilidade das atividades (que foram acordadas no momento 
do planejamento). 
O cronograma das etapas foi desenvolvido na pactuação do plano de trabalho 
e considerou o prazo inicial previsto em contrato, de 01 (um) ano para a execução das 
atividades e entrega dos anteprojetos de Lei do Plano Diretor Municipal de Várzea 
Grande. 
Figura 11: Cronograma de Desenvolvimento das etapas. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
O plano de trabalho também norteou a respeito de todas as oficinas, reuniões 
e audiências públicas participativas, dando uma premissa inicial para o funcionamento 
do planejamento dessas etapas de suma importância para desenvolvimento das 
etapas. 
 
3.2.3 Produto 3 – Diagnóstico Técnico Participativo 
O presente produto refere-se ao Relatório Técnico do Diagnóstico Técnico 
Participativo – Produto 3 e corresponde ao detalhamento das etapas, atividades, 
metodologias, materiais e informações adotados para o processo da revisão do Plano 
Diretor Municipal de Várzea Grande – MT (Lei n° 3.112/2007) e demais leis 
urbanísticas inseridas nesse Plano: Lei do Perímetro Urbano, Lei de Zoneamento de 
Uso e Ocupação do Solo Urbano, Lei de Parcelamento do Solo Urbano, Lei do 
Sistema Viário, Código de Obras e Código de Posturas. 
Este estudo corresponde a dois volumes que compõem o Diagnóstico Técnico 
Participativo: o Relatório Técnico, que diz respeito à realidade do município; e o 
Relatório das Reuniões Setoriais e Comunitárias, que retrata o processo de 
construção participativa do diagnóstico. 
16 
 
O Diagnóstico Técnico Participativo é a etapa de levantamento da realidade 
local e regional do município para dar subsídio à elaboração da revisão do seu Plano 
Diretor e demais leis urbanísticas. O intuito é agrupar as informações a respeito dos 
vários aspectos do município por meio da visão técnica e da participação popular. Este 
processo tem como objetivo estabelecer o quadro dos problemas atuais de Várzea 
Grande e captar as potencialidades futuras da região. 
A intenção deste documento é relatar o trabalho técnico desenvolvido e 
apresentar as informações coletadas sobre o município, bem como divulgar e dar 
transparência para o processo de elaboração do Diagnóstico, permitindo o 
acompanhamento do processo de revisão do Plano Diretor de Várzea Grande e das 
demais leis urbanísticas. 
Para a conformação da situação atual do município, foram adotadas as etapas 
e atividades definidas na Pactuação do Plano de Trabalho - Produto 2. O trabalho 
contou com a coleta dos dados, contribuições e resultados da leitura técnica e 
participativa. Para a análise das informações, foram elaborados mapas temáticos que 
permitiram a visualização espacial dos problemas e potencialidades identificados. 
 
3.2.3.1 Volume I – Relatório Técnico 
Conforme acordado no Produto 2 – Pactuação do Plano de Trabalho - a 
elaboração do Diagnóstico Técnico Participativo compreende o levantamento de 
dados, sistematização e análise das informações dos principais temas abordados: 
 Trabalho técnico: organização interna da Consultoria com relação ao 
levantamento de dados, tendo como base os principais temas e informações 
fornecidos pelo Poder Público. Nessa etapa a Consultoria foi responsável por 
organizar os trabalhos de visita em campo e da coleta de dados, bem como dos 
eventos participativos (detalhados no Relatório das Reuniões Setoriais e 
Comunitárias); 
 Base das informações técnicas: análise das informações existentes para o 
desenvolvimento do Diagnóstico Técnico Participativo. A equipe técnica além de 
organizar dados secundários, produziu alguns dados primários, tanto por meio de 
coleta em campo como a partir dos dados já existentes, compilando informações 
detalhadas neste Relatório (base cartográfica, carta geotécnica, análises 
socioeconômicas, análise de mobilidade, análise ambiental, orientações legais); 
17 
 
 Análises integradas: sistematização dos dados obtidos, permitindo o 
entendimento do conjunto de informações levantadas e sua implicação para o 
processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande – MT e das demais 
leis urbanísticas, detalhados neste Relatório; 
Figura 12: Mapa de Vazios Urbanos. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
O relatório é dividido em 8 partes, a saber: 
1. Caracterização do município e inserção regional: breve contextualização do 
município em relação ao país e ao estado do Mato Grosso com algumas 
considerações sobre a importância estadual, metropolitana, regional e local. 
2. Aspectos ambientais – territoriais: estudo específico sobre as várias 
questões ambientais que dizem respeito ao município de maneira geral. Informações 
básicas para a definição do macrozoneamento. 
18 
 
3. Aspectos ambientais – urbanos: estudo específico sobre as questões 
ambientais que diz respeito à geotécnica e outras considerações em relação à área 
urbana (delimitada pelo perímetro urbano). 
4. Caracterização da área rural: caracterização geral, a partir de 
levantamentos feitos em campo, de comunidades, assentamentos, chácaras e 
aglomerados situados em áreas rurais ou de atividades rurais. 
5. Aspectos socioeconômicos: estudo específico detalhado das 
características sociais e econômicas do município levando em consideração seu 
contexto e características nacional, metropolitano e municipal. 
6. Aspectos socioculturais: apresentação e considerações das várias 
questões sociais e culturais do município, principalmente com base nas informações 
levantadas em reuniõestécnicas e populares. 
7. Aspectos socioterritoriais: apresentação e considerações das várias 
questões sociais e territoriais do município com base nas informações levantadas em 
reuniões técnicas e populares. 
8. Aspectos legais e institucionais: em especial daqueles referentes ao plano 
diretor, por meio de apresentação das legislações, decretos resoluções e portarias 
federais que dizem respeito ao tema e uma breve análise das leis municipais, 
contempladas no escopo da revisão, bem como das necessidades institucionais e 
gestacionais. 
A etapa do Diagnóstico Técnico Participativo faz-se importante para 
construção e consolidação da revisão do Plano Diretor uma vez que apresenta as 
informações base para elaboração do planejamento urbano a curto, médio e longo 
prazo. Trata-se de uma análise em macro temas que permitem vislumbrar as 
potencialidades, fragilidades e condicionantes relativos ao desenvolvimento 
municipal. 
 
3.2.3.2 Volume II – Relatório das Reuniões Setoriais e Comunitárias 
Acordado no Produto 2 – Pactuação do Plano de Trabalho, a construção do 
Diagnóstico Participativo contou com reuniões de naturezas e objetivos específicos: 
 Reuniões setoriais – reuniões técnicas de caráter interinstitucional com os 
órgãos setoriais para a identificação de problemas e coleta de informações e dados a 
respeito da cidade. Este processo contou com a participação de representantes e 
entidades relacionadas a temas específicos a serem tratados na revisão do Plano 
19 
 
Diretor. Além das informações recolhidas nas reuniões técnicas, foram realizadas 
diversas visitas técnicas de campo para coletas de dados (ambiental, carta 
geotécnica, econômico, mobilidade, planejamento urbano, legislação urbana e 
ambiental). 
 Reuniões abertas à população – encontros abertos a população em forma 
de “Oficinas” para a discussão acessível das questões a respeito da realidade local e 
para apresentação do processo que está sendo elaborado da construção da revisão 
do Plano Diretor e demais leis urbanísticas. Além das oficinas realizadas em área 
urbana, foram realizadas visitas técnicas e reuniões com as populações rurais para 
coletas de dados sobre a realidade local. 
O diálogo e a participação da prefeitura municipal, equipes técnicas e 
comunidade são essenciais para construção empírica e técnica de um planejamento 
urbano democrático no município de Várzea Grande. 
Figura 13: Convite Digital para Oficinas. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
Figura 14: Convites Impressos para Oficinas. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
20 
 
As Oficinas de participação popular tiveram o propósito de incluir a 
cooperação da comunidade no debate sobre a Revisão do Plano Diretor Municipal de 
Várzea Grande, a partir da coleta de informações referentes à caracterização atual do 
município. Tais informações são pertinentes ao processo de construção do 
Diagnóstico Técnico Participativo. 
A tabela e os gráficos a seguir apresentam os tópicos discutidos pela 
população, referentes a cada tema abordado ao longo das 4 (quatro) Oficinas no 
realizadas em 4 (quatro) localidades distintas do município, no período de 21 a 23 de 
novembro de 2018, tratando sobre os Pontos Positivos e Negativos. Além dos dados 
coletados, tais tabelas também apresentam o quantitativo a respeito das 
manifestações, auxiliando, assim, na compreensão de qual o principal tópico 
abordado pelos participantes. 
Figura 15: Tabela de Dados Quantitativos Produzidos na Oficina. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
Figura 16: Gráfico de Análise dos Pontos Positivos e Negativos sobre os temas apresentados nas 
Oficinas Participativas. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
A partir da análise do gráfico da figura 16 é possível observar que a maior 
ênfase participativa se deu nos aspectos sociais. Cabe ressaltar que com relação aos 
pontos positivos, os participantes fizeram a análise da situação atual do município, 
mas aproveitaram o momento da oficina para fazer sugestões com relação aos seus 
anseios quanto ao planejamento. 
21 
 
Os principais tópicos abordados no tema “aspectos sociais” foram os 
relacionados à educação, à cultura e à saúde, respectivamente. Outros 2 (dois) temas 
que tiveram uma boa participação da comunidade foram os relacionados: à economia 
do município, com ênfase ao tópico da Cidade Industrial; e ao ambiente, às áreas 
verdes do município. 
Figura 17: Participação da População nas Oficinas. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
Com relação aos pontos negativos, o gráfico da figura 16 mostra que a 
participação comunitária foi mais expressiva com relação aos seguintes temas: 
aspectos sociais, aspectos ambientais e infraestrutura. Nos aspectos sociais, a falta 
de fomento à cultura, ao lazer e à educação foram os tópicos mais abordados ao longo 
das oficinas. Nos aspectos ambientais, destaca-se a insatisfação popular quanto às 
temáticas relacionadas ao saneamento e à degradação de áreas verdes. 
Ainda dentro dos pontos negativos observados pela população ao longo das 
Oficinas, destaca-se o tema a respeito da Infraestrutura, com os tópicos sobre a 
pavimentação e sinalização. Com relação à pavimentação, a principal reclamação dos 
22 
 
participantes foi a respeito da qualidade do asfalto e da recuperação das vias e com 
relação ao tema mobilidade a colocação mais expressiva foi sobre o transporte 
coletivo oferecido. 
 
3.2.4 Relatório Intermediário – Revisão de Diretrizes e Cenário Desejado 
Este documento corresponde ao Relatório Intermediário, com conteúdo 
pertinente à Revisão das Diretrizes e do Cenário Desejado para elaboração da revisão 
do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande – MT (Lei n° 3.112/2007) e demais leis 
urbanísticas inseridas nesse Plano: Lei do Perímetro Urbano, Lei de Zoneamento de 
Uso e Ocupação do Solo Urbano, Lei de Parcelamento do Solo Urbano, Lei do 
Sistema Viário, Código de Obras e Código de Posturas. 
Esse Relatório tem por objetivo apresentar os principais pontos do 
Diagnóstico, bem como a referência ao ajuste de Diretrizes e Cenário Desejado, de 
forma condensada. Visa facilitar a divulgação dos pontos principais e o entendimento 
dos principais tópicos pertinentes ao Plano Diretor Municipal. 
A Revisão das Diretrizes e Cenário Desejado foi definida e apresentada na 
Pactuação do Plano de Trabalho - Produto 2. Esta etapa é fruto da construção 
conjunta do corpo técnico e da população. A partir da preparação deste relatório e sua 
divulgação são realizadas Reuniões Técnicas e Audiências Públicas para: 
• apresentar a situação atual do município, ou seja, os principais pontos do 
Diagnóstico Técnico Participativo; 
• discutir a elaboração do Cenário Desejado, visando o desenvolvimento 
sustentável do município; e 
• definir os Temas Prioritários a serem considerados nas proposições da Lei. 
 
3.2.5 Estudos Ambientais Complementares 
O presente estudo visa a análise das variáveis físico-ambientais e de uso e 
cobertura da terra atual das Zonas de Preservação e Conservação (ZCP) de Várzea 
Grande com o objetivo contextualizar seu papel ecológico dentro da revisão do Plano 
Diretor Participativo de Várzea Grande – MT. Estas zonas estão previstas no art. 22 
da Lei Complementar n° 3.727/2012 e foram definidas, à época, por apresentarem 
características relevantes no que diz respeito aos atributos naturais. 
23 
 
De acordo com o referido dispositivo, as ZCPs são destinadas a contribuir 
para a manutenção e o equilíbrio ecológico, paisagístico e cênico no território 
municipal e estão divididas em ZCP 1 e ZCP 2. 
As primeiras são zonas constituídas por áreas públicas ou privadas com 
excepcional potencial ambiental e paisagístico nas quais o adensamento deve ser 
controlado, visando manter baixa a densidade demográfica. Já as ZPC 2 são zonas 
formadas por áreas públicas ou privadas com excepcional potencial ambiental e 
paisagístico, com presençade maciços de vegetação, cursos d'água ou nascentes, 
para as quais existe o interesse do poder público em transformá-las em unidades de 
conservação de domínio público ou, que já sejam unidades de conservação. Ou seja, 
as ZCP 1 são menos restritivas para ocupação do que as ZCP 2. 
Deste modo, o estudo busca identificar o contexto atualizado de cada uma 
das ZCPs a partir do levantamento dos principais controles ambientais que devem ser 
consideradas na revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo e no Zoneamento Urbano 
do Plano Diretor Municipal. Para isso, serão avaliadas variáveis dentro dos limites 
oficiais disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Várzea Grande estabelecidos na 
lei, aqui denominadas ZCPs de “A” a “Q”. 
Figura 18: Mapa atual das Zonas de Preservação e Conservação. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2020). 
24 
 
Figura 19: Mapa Proposto no Estudo Ambiental para Zonas de Preservação e Conservação. 
 
Fonte: Technum Consultoria SS (2020). 
 
3.2.6 Produto 4 – Minuta de Lei do PDMVG 
Como o presente trabalho acadêmico buscar analisar o Plano Diretor 
Municipal, não vai ser evidenciado aqui as minutas das Leis que complementam o 
Plano Diretor pois tornaria o trabalho muito extenso e fugiria do foco. 
A minuta de Lei do Plano Diretor do Município de Várzea Grande será 
analisada no item “3.3 ANÁLISE DA MINUTA DE LEI DO PDMVG. ” 
 
3.2.7 Produto 5 – Relatório do Procedimento de Avaliação do PDMVG 
De acordo com o Plano de Trabalho – Produto 2, o documento, na forma de 
Relatório, deverá conter no mínimo: 
 Indicadores de monitoramento e informações básicas que o compõem; 
 Procedimentos necessários para sua execução – incluindo periodicidade 
do levantamento e das análises; 
 Mecanismos e sistemas aplicáveis; 
 Entidades e atores envolvidos – com indicação dos responsáveis por 
cada atividade a ser realizada; 
25 
 
 Forma de divulgação dos indicadores, análises e resultados. 
Informamos que até a data de conclusão do presente estudo a respeito do PDMVG 
ainda não foi publicado o relatório com os procedimentos de avaliação. 
 
3.3 ANÁLISE DA MINUTA DE LEI DO PDMVG 
3.3.1 Estrutura do Texto 
Tabela 1: Estrutura do Texto. 
ESTRUTURA DO TEXTO COM TÍTULOS E CAPÍTULOS 
TÍTULO I - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO 
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
CAPÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR 
CAPÍTULO III – DAS DIRETRIZES E AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO 
CAPÍTULO IV – DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR 
TÍTULO II DO ORDENAMENTO TERRITORIAL 
CAPÍTULO I – DA MACROZONA RURAL 
CAPÍTULO II – DA MACROZONA URBANA 
TÍTULO III DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL 
CAPÍTULO I – DOS INSTRUMENTOS PARA APROVEITAMENTO COMPULSÓRIO DO 
SOLO URBANO 
CAPÍTULO II – DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO 
CAPÍTULO III – DO DIREITO DE PREEMPÇÃO 
CAPÍTULO IV – DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR 
CAPÍTULO V – DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR 
CAPÍTULO VI – DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS 
CAPÍTULO VII – DO DIREITO DE SUPERFÍCIE 
CAPÍTULO VIII – DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA 
CAPÍTULO IX – DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL 
CAPÍTULO X – DA USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO 
CAPÍTULO XI – DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA 
CAPÍTULO XII – DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 
TÍTULO IV - DO PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL 
CAPÍTULO I – DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA 
CAPÍTULO II – DO PLANEJAMENTO E GESTÃO DO PLANO DIRETOR 
TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
Fonte: Technum Consultoria SS (2018). 
 
3.3.2 Princípios 
 Função social da cidade e da propriedade: a função social da cidade está 
ligada à função do poder público em assegurar condições para que todos possam 
usufruir com igualdade dos bens gerados pela sociedade no contexto urbano. Esse 
entendimento parte do pressuposto que o solo urbano resulta de uma construção 
social e, portanto, deve servir a sociedade como um todo. A propriedade urbana, por 
sua vez, cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de 
ordenação da cidade expressas no plano diretor. A função social da propriedade é a 
submissão dos direitos de propriedades ao uso efetivo da terra para o bem coletivo. 
26 
 
 Garantia da sustentabilidade ambiental do Município: é entendida como 
o desenvolvimento local equilibrado, em consonância com as dimensões sociais e 
econômicas, visando assegurar a preservação dos recursos naturais do Município e 
a melhoria contínua da qualidade de vida das gerações presentes e futuras. 
 Gestão democrática: participação da população no processo de 
planejamento, desenvolvimento e implantação da políticas públicas do Município por 
meio da promoção da participação dos cidadãos, preferencialmente por suas 
organizações representativas, nos processos de planejamento e controle das ações 
públicas, garantindo: transparência, solidariedade e justiça social; fortalecimento do 
poder dos cidadãos; melhoria da gestão das políticas públicas; capacitação da 
sociedade civil para exercício de sua cidadania; efetividade aos conselhos e a outras 
entidades do movimento popular; oportunidade para discussão, avaliação e 
monitoramento da implantação do Plano Diretor. 
 Direito universal à moradia, à infraestrutura e aos serviços e 
equipamentos públicos: obrigação do poder público em garantir os direitos 
fundamentais a todos - moradia, transporte público, saneamento, cultura, lazer, 
segurança, educação, saúde, etc. - evitando desigualdades, segregação e exclusão e 
promovendo justiças sociais e melhoria da qualidade de vida urbana. 
 
3.3.3 Objetivos 
Os objetivos são as metas a serem desenvolvidas pelo Plano Diretor, os 
elementos macros que centralizam os diversos interesses no município. São objetivos 
do Plano Diretor de Várzea Grande: 
I - Promover a qualidade de vida e do ambiente urbano e rural, por meio da 
preservação, conservação, manutenção e recuperação dos recursos naturais e 
construídos; 
II - Incrementar a importância do Município de Várzea Grande no contexto da 
RMVCB e promoção do fortalecimento da identidade e da cultura; 
III - consolidar as estratégias referentes às funções públicas de interesse 
comum; 
IV - Posicionar Várzea Grande como centralidade para municípios de menor 
porte localizados no seu entorno; 
V - Promover o fortalecimento econômico do Município; 
27 
 
VI - Ampliar e distribuir oportunidade de trabalho de forma otimizada com os 
locais de residência; 
VII - Melhorar a mobilidade e a acessibilidade por meio de ordenamento do 
sistema viário e da otimização do sistema de transporte público; 
VIII - Promover a melhoria da acessibilidade urbana em especial com 
diretrizes para supressão de barreiras e obstáculos nas vias e nos espaços públicos, 
e adequação do mobiliário urbano e das edificações; 
IX - Intensificar a ocupação mediante parcelamento, edificação ou utilização 
compulsórios em áreas ambientalmente aptas aos usos urbanos, vinculando-as à 
oferta de infraestrutura e de serviços públicos e à redução da dinâmica de expansão 
periférica do tecido urbano; 
X - Coibir a ocupação em áreas passíveis de alagamentos ou riscos de 
desastres ambientais; 
XI - Cumprir a função social da cidade e da propriedade, coibindo distorção 
de usos e a retenção especulativa de imóveis; 
XII - Fortalecer a identidade do Município, valorizando o patrimônio histórico, 
artístico, cultural e paisagístico; 
XIII - Promover a justa distribuição de benefícios e ônus da implantação de 
infraestrutura e serviços urbanos; 
XIV - Fomentar e estabelecer medidas para a conservação dos 
remanescentes vegetais nativos; 
XV - Incentivar a proteção dos corpos hídricos do município; 
XVI - Fortalecer a gestão ambiental do município, visando o efetivo 
monitoramento e controle do meio ambiente. 
A função social da cidade dá-se pelo direito à terra, à moradia, ao saneamento 
ambiental, ao meio ambienteecologicamente equilibrado, ao transporte público, à 
mobilidade e acessibilidade, à infraestrutura, aos serviços públicos, ao trabalho e ao 
lazer. 
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade, expressa nesta Lei e legislação complementar. 
O direito da propriedade individual é compatível com a função social da propriedade. 
O direito de propriedade não acarreta, obrigatoriamente, o direito de construir 
em sua plenitude, cujo exercício é autorizado pelo Poder Executivo segundo os 
28 
 
critérios estabelecidos neste Plano Diretor e demais legislações urbanísticas e 
ambientais. 
 
3.3.4 Diretrizes 
I - Gestão municipal; 
II - Desenvolvimento econômico; 
III - Desenvolvimento rural sustentável; 
IV - Desenvolvimento social; 
V - Patrimônio cultural; 
VI – Meio ambiente; 
VII - Saneamento ambiental; 
VIII - Sistema viário e transportes; 
IX - Desenvolvimento socioespacial. 
As diretrizes do plano serão aplicadas de forma integrada e simultânea, 
visando garantir a sustentabilidade do desenvolvimento regional e local. 
Para garantir a implementação das diretrizes previstas nessa Lei, a Prefeitura 
Municipal determinará ações, prioridades e prazos, incluindo-os nos Planos 
Plurianuais, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e nos Orçamentos Anuais, de acordo 
com os recursos disponíveis. 
 
3.3.5 Instrumentos Urbanos 
 Aproveitamento Compulsório Do Solo Urbano 
 Consórcio Imobiliário 
 Direito De Preempção 
 Outorga Onerosa Do Direito De Construir 
 Transferência Do Direito De Construir 
 Operações Urbanas Consorciadas 
 Direito De Superfície 
 Estudo De Impacto De Vizinhança 
 Zonas Especiais De Interesse Social 
 Usucapião Especial Do Imóvel Urbano 
 Concessão De Uso Especial Para Fins De Moradia 
 Regularização Fundiária 
29 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Plano Diretor Municipal de Várzea Grande-MT instituído pela Lei no 
3.112/2007 passa por uma revisão devido ao anterior ter atingido seus 10 (dez) anos 
– prazo máximo estipulado no Estatuto da Cidade e na própria lei vigente. 
O primeiro ponto a se destacar na revisão do Plano Diretor é justamente o 
concernente a validade do Plano Diretor vigente. As autoridades governamentais do 
Município aguardaram o plano atingir os 10 (dez) anos para iniciar a Concorrência 
Pública visando o trabalho de desenvolvimento da revisão do supramencionado 
Plano. 
Com os trâmites da contratação pública, a empresa vencedora – Technus 
Consultoria – só iniciou os trabalhos em 28 de agosto de 2018, com prazo previsto de 
conclusão para 01 (um) ano, o que por si só já deixaria a Cidade com um ano em meio 
sob vigor de um Plano Diretor defasado. Acrescente-se a isso o prazo da empresa 
inicial que não foi concluído por fatores alheios ao que tivemos de acesso a 
informação, mas que, todavia, entende-se que houve um período de pandemia da 
COVID-19 no qual ficou-se impossibilitado desenvolver o trabalho de reuniões e 
visitas de campo. 
Outro ponto negativo é o baixo número de mapas presentes na atual minuta 
de Lei, onde só constam 02 (dois) mapas. Entretanto, há de se considerar que os 
documentos e relatórios dos produtos que nortearam o anteprojeto contam com uma 
série de mapas muito interessantes e bem elaborados que podem vir a ser inseridos 
no Plano Diretor. 
Dito isso, considerando essas falhas, ressaltamos que os pontos positivos são 
muito mais relevantes e, com base no material que obtivemos para estudo do 
supracitado Plano, constatamos um material de muita qualidade, relatórios bem feitos, 
produtos bem consolidados, participação e engajamento da população com sugestões 
e manifestações de diferentes segmentos sociais, publicidade e transparência 
ímpares, estudo ambiental muito bem elaborado por especialistas de diversas áreas 
ambientais e geológicas, além de, o mais importante, dispor de princípios, diretrizes e 
instrumentos coesos e fundamentais para o Várzea Grande continuar crescendo com 
sustentabilidade e responsabilidade nos próximos 10 (dez) anos. 
Ademais, outro importante fator que há de se destacar é a transformação de 
07 assentamentos rurais em Distritos, o que eleva o patamar dessas localidades e os 
30 
 
deixa aptos a um outro nível de investimentos graças ao recebimento de verbas 
específicas para o seu desenvolvimento urbanístico. 
Por fim, enfatiza-se que os principais pontos citados nas audiências públicas 
foram: quanto ao saneamento básico, a mobilidade urbana, a lei de uso e ocupação 
do solo no município, além da criação em lei dos distritos que atualmente constam 
como zona rural, o que evidencia a preocupação da população de Várzea Grande-MT 
como um todo com esses temas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. – Estatuto da Cidade. Regulamenta 
os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política 
urbana e dá outras providências. Brasília, 2001 Disponível em: 
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm> acessado em nov/2020 
 
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estimativas da 
população residente no brasil e unidades da federação com data de referência 
em 1º de julho de 2020. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: 
<https://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2020/POP2020_202
01030.pdf> acessado em nov/2020 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE VÁRZEA GRANDE. Revisão do Plano Diretor. 
Várzea Grande, 2020. Disponível em: <http://www.varzeagrande.mt.gov.br/plano-
diretor/diagnostico/2042> acessado em nov/2020. 
 
TECHNUS CONSULTORIA. Revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea 
Grande: Produto 1: Capacitação do Grupo de Trabalho. Várzea Grande, 2018. 
Disponível em: <http://www.varzeagrande.mt.gov.br/storage/Arquivos/ 
83a932245595fa20d0d997f369965836.pdf> acessado em nov/2020. 
 
__________ Revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande: Produto 2: 
Pactuação do Plano de Trabalho. Várzea Grande, 2018. Disponível em: 
<http://www.varzeagrande.mt.gov.br/storage/Arquivos/f266c65830678a46a95ccbc12
aaf45ac.pdf> acessado em nov/2020. 
 
__________ Revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande: Produto 3: 
Volume I – Diagnóstico Técnico Participativo – Relatório Técnico. Várzea Grande, 
2018. Disponível em: <http://www.varzeagrande.mt.gov.br/storage/Arquivos/18cc9 
8408392072298289006aba7cd21.I_02> acessado em nov/2020. 
 
__________ Revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande: Produto 3: 
Volume II – Diagnóstico Técnico Participativo – Relatório das Reuniões Setoriais 
e Comunitárias. Várzea Grande, 2018. Disponível em: 
<http://www.varzeagrande.mt.gov.br/storage/Arquivos/cae7fa32f52d954d79ce52fe79
8e1489.II_%2002> acessado em nov/2020. 
 
__________ Revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande: Relatório 
Intermediário – Revisão das Diretrizes e Cenário Desejado. Várzea Grande, 2018. 
Disponível em: <http://www.varzeagrande.mt.gov.br/plano-diretor/cenario_ 
desejado.pdf> acessado em nov/2020. 
 
__________ Revisão do Plano Diretor Municipal de Várzea Grande: Estudos 
Ambientais Complementares. Várzea Grande, 2020. Disponível em: 
<http://www.varzeagrande.mt.gov.br/plano-diretor/upload/PDVG_ESTUDOS%20 
AMBIENTAIS%20COMPLEMENTARES.pdf> acessado em nov/2020. 
 
__________ Minuta de Lei do Plano Diretor do Município de Várzea Grande, 
Estado do Mato Grosso. Várzea Grande, 2020. Disponível em: 
32 
 
<http://www.varzeagrande.mt.gov.br/plano-diretor/arquivos/PDVG_Lei_do_Plano_ 
Diretor_03.08.2020.pdf> acessado em nov/2020. 
 
33 
 
ANEXO II – MAPAS PRESENTES NO PDMVG 
MAPA I: DIVISÃO TERRITORIAL – DISTRITOS 
 
 
MAPA II: MACROZONEAMENTO MUNICIPAL COM SUBDIVISÕES DE ZONAS 
RURAIS

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