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Laboratório virtual: Sumário teórico Platelmintos, Quetognatos, Anelídios e Nematoda

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LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA DE INVERTEBRADOS 
PLATELMINTOS, QUETOGNATOS, ANELÍDEOS E NEMATODA 
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
 
PLATELMINTOS, QUETOGNATOS, 
ANELÍDEOS E NEMATODA 
 
 
 
Os invertebrados vermiformes são grupos extremamente diversos e bem-
sucedidos na natureza. Com exceção do Filo Chaetognatha (Quetognatos), que são 
predadores restritamente marinhos, os invertebrados vermiformes habitam desde 
ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos, até ambientes terrestres úmidos. 
Além disso, muitas espécies atuam como parasitas, sendo comumente encontradas no 
intestino de animais, como, por exemplo, o nematódeo Ascaris lumbricoides 
(lombrigas) e o platelminto Taenia sp. (solitária), que parasitam seres humanos. 
A diversidade dos invertebrados vermiformes também é refletida em suas 
anatomias externas. Os platelmintos (como as planárias) são vermes não segmentados 
e achatados dorso-ventralmente, que têm corpos moles por não apresentar nenhuma 
estrutura esquelética de sustentação. Os quetognatos são animais alongados e com 
formato aerodinâmico, e apresentam as regiões da cabeça, do tronco e da cauda bem 
definidas. Por serem planctônicos ou bentônicos marinhos, eles têm nadadeiras 
laterais e caudais sustentadas por células epidérmicas alongadas ricas em 
citoesqueleto em formato de pequenos “raios”. 
A maioria dos anelídeos (como sanguessugas, poliquetas e minhocas) 
caracteriza-se por ter uma cabeça formada por um prostômio e um peristômio, 
seguida de um corpo segmentado. A cada segmento, a maioria dos elementos internos 
e externos é repetida, o que evidencia um metamerismo. Essa característica é visível 
externamente por formar anéis ou ânulos. Esses animais têm um sistema digestório 
completo, com seus intestinos apresentando estruturas chamadas de 
microvilosidades. Trata-se de pequenos dobramentos no tegumento intestinal, que 
aumentam a superfície de contato e, portanto, a absorção de nutrientes. Ao final do 
corpo, o pigídio abriga o ânus e normalmente tem alguns cirros. Muitos anelídeos 
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também apresentam inúmeros apêndices corporais, como cerdas e parapódios que 
atendem a várias funções (locomoção, trocas gasosas, proteção, ancoragem, formação 
de correntes aquáticas etc.). 
Já os nematódeos (como os oxiúros) são vermes com corpos arredondados ou 
filiformes revestidos externamente por uma cutícula laminada complexa e bem-
desenvolvida. Essa cutícula é secretada pela epiderme e composta basicamente de 
lipídios e proteínas associadas com mucopolissacarídeos. À medida que o nematódeo 
cresce, ele desprende sua cutícula e desenvolve outra nova por uma série de “mudas” 
durante seu ciclo de vida. Essa característica é compartilhada com outros ecdizoários 
como os membros do Superfilo Panarthropoda. 
Internamente, a complexidade dos invertebrados vermiformes também é 
reconhecida. Platelmintos e nematódeos, por exemplo, não apresentam estruturas 
especializadas para trocas gasosas ou circulação. Dessa forma, suas epidermes têm 
pouca espessura, o que facilita a oxigenação dos tecidos. Enquanto os quetognatos 
têm sistema hemal restrito ao tronco, os anelídeos apresentam um sistema 
circulatório fechado. Além disso, apenas os anelídeos têm em suas musculaturas 
músculos circulares robustos para além dos longitudinais, sendo uma adaptação para 
diferentes formas de locomoção. Embora haja muitas diferenças anatômicas entre 
esses Filos, todos eles são animais protostômios triploblásticos. Apresentando, 
portanto, a formação de ectoderme, mesoderme e endoderme em seus estágios 
embrionários. O celoma, uma cavidade oriunda da mesoderme embrionária e que 
confere a organização e coesão dos órgãos internos, é reconhecido em Annelida e 
Chaetognatha — os celomados. Em Nematoda, os órgãos ficam “soltos” dentro da 
cavidade corporal remanescente do blastocele. Logo, são conhecidos como 
blastocelomados ou pseudocelomados. Já nos Platyhelminthes, que são acelomados, 
não há um espaço entre a parede do corpo e o trato digestivo para a acomodação de 
outros órgãos. 
Toda essa diversidade em diferentes escalas faz com que os invertebrados 
vermiformes estejam em quase todos os hábitats e ecossistemas da Terra, atuando na 
reciclagem de nutrientes do solo, como decompositores e em outros níveis das cadeias 
tróficas, como predadores ou presas. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
BRUSCA, R. C.; MOORE, W.; SHUSTER, S. E. Invertebrados. 3. ed. São Paulo: Saraiva 
Academic Press, 2018. 
 
RUPPERT, E. E.; RICHARD, S. F.; ROBERT, D. B. Zoologia dos invertebrados: uma 
abordagem funcional-evolutiva. 3. ed. São Paulo: Roca, 2005. 
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