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• Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.
• Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja 
algum problema, informe ao fiscal da sala.
• Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
• Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que 
você escolheu.
• A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas.
• Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridos 75% do tempo de duração da 
prova.
• Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de 
gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência.
• Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.
AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES.
CONCURSO PÚBLICO
Investigador
002. PROVA OBJETIVA
Nome do Candidato
RG Inscrição Prédio Sala Carteira
2
PC/BA – Investigador
LÍNGUA PORTUGUESA
Leia o texto para responder às questões de nú-
meros 01 a 04.
O bom debate
Devemos travar debates em termos racionais ou 
é desejável que a carga moral paute a discussão? A 
pergunta, como o leitor já deve ter intuído, é traiçoeira.
Longe de mim sugerir que a razão é dispensá-
vel. Se há uma característica que possibilita que viva-
mos em sociedades de dezenas de milhões de pes-
soas com os mais variados backgrounds* culturais e 
diferentes prioridades, é justamente a capacidade de 
desenvolver tecnologias e estabelecer regras básicas 
cuja pertinência lógica está ao alcance de todos.
No que diz respeito a debates propriamente ditos, 
a razão é que nos ajuda a buscar evidências que 
apoiem nossa tese (ou falseiem a de nossos adversá-
rios) e a discriminar entre argumentos válidos e fala-
ciosos, possibilitando-nos chegar a conclusões sóli-
das.
O problema é que, embora a razão faça tudo isso, 
ela é péssima motivadora. Nosso modo analítico, que 
opera com algoritmos, cálculo probabilístico e lógica 
formal, é um sistema abstrato, lento e que exige refle-
xão antes de traduzir-se em ações.
Felizmente, não dependemos só dele. Contamos 
também com um módulo experiencial. Moldado por 
milhões de anos de seleção natural, ele é intuitivo, 
baseia-se em emoções e é extremamente rápido. Não 
precisamos pensar antes de recusar comida estra-
gada ou fugir de cães bravios. A dificuldade aqui é 
que, como as emoções estão no comando, tudo pode 
adquirir dimensão moral.
Um bom exemplo é o do cigarro. Mais ou menos 
desde os anos 60, todo fumante sabia que o hábito 
faz mal à saúde. Esse conhecimento racional, porém, 
não era o bastante para fazer a maioria abandonar 
o cigarro. A partir dos anos 90, à medida que o ato 
de fumar foi ganhando contornos de falha moral, os 
índices de ex-tabagistas cresceram e menos jovens 
se iniciaram nas libações fumígenas. O perigo aqui é 
que abrimos espaço para discriminações e estridên-
cias que são elas mesmas moralmente injustificáveis.
(Hélio Schwartsman. www.folha.uol.com.br, 04.04.2015. Adap-
tado)
*background: a totalidade dos elementos (ante-
cedentes familiares, classe social, educação, experi-
ência etc.) que contribuíram para a formação de um 
indivíduo, moldaram sua personalidade e influenciam 
seus rumos (Houaiss).
01. A partir da leitura do texto, afirma-se corretamen-
te que o bom debate
(A) guia-se pela moralidade, a qual é produto di-
reto do raciocínio lógico.
(B) orienta-se por uma lógica abstrata, que de-
sencadeia ações imediatas.
(C) mobiliza o conhecimento racional, combinado 
com a dimensão moral.
(D) pauta-se por regras de conduta abstratas, so-
bre as quais exista consenso.
(E) prescinde da razão, apoiando-se em juízos 
com implicações morais.
02. Segundo o autor,
(A) o raciocínio lógico abstrato exige uma espécie 
de reflexão intraduzível em ações.
(B) a análise lógica e racional não constitui moti-
vação suficiente para alterar hábitos. 
(C) a vantagem do módulo experiencial sobre a ra-
zão é que aquele resulta em juízos mais justos.
(D) a intuição resultante da seleção natural visa 
dirimir conflitos entre culturas diferentes.
(E) o convívio de culturas diferentes pressupõe a 
existência de uma moral comum.
03. “No que diz respeito a debates propriamente di-
tos, a razão é que nos ajuda a buscar evidências 
que apoiem nossa tese (ou falseiem a de nossos 
adversários) e a discriminar entre argumentos 
válidos e falaciosos, possibilitando-nos chegar a 
conclusões sólidas.” No contexto dado, interpre-
ta-se, corretamente, o termo discriminar com o 
sentido de
(A) revelar-se intolerante.
(B) esquivar-se de escolher.
(C) retificar incorreções.
(D) julgar precipitadamente.
(E) perceber diferenças.
04. A concordância verbal está de acordo com a nor-
ma-padrão da língua portuguesa em:
(A) Devem-se levar a sério a possibilidade de 
existir discriminações e estridências moral-
mente injustificáveis.
(B) Faz-se um alerta para o risco de que se ma-
nifestem discriminações e estridências moral-
mente injustificáveis.
(C) O autor teme que, se abrirmos espaço, possa 
surgir discriminações e estridências moral-
mente injustificáveis.
(D) O filósofo sugere que existe a chance de ha-
verem discriminações e estridências moral-
mente injustificáveis.
(E) Deve-se considerar o perigo de que ocorra 
discriminações e estridências, as quais pode-
rão ser moralmente injustificáveis.
3
PC/BA – Investigador
05. O acento indicativo de crase está empregado 
corretamente em:
(A) Um prazo foi estabelecido para àqueles que 
desejassem demonstrar interesse em receber 
o auxílio.
(B) O procurador-geral de Justiça atendeu à di-
versas solicitações que lhe foram encaminha-
das.
(C) O texto citado diz respeito à participação em 
um projeto da área de Promotoria de Justiça.
(D) Aparentemente, a data à partir da qual os inte-
ressados receberão o auxílio não foi definida.
(E) O procurador-geral de Justiça dirigiu-se à 
quem se interessasse em receber um auxílio 
específico.
Leia o texto para responder às questões de nú-
meros 6 a 9.
Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um 
dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua 
tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade 
étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes 
para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. 
Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila 
poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um 
chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de 
operários, em certos casos, podem concluir um curso 
universitário.
A mudança na paisagem é resultado da adoção 
da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo 
implantada no país nos últimos quinze anos, com o 
objetivo de abrir as portas das universidades públicas 
a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar 
a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do 
Brasil.
Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço 
dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto 
de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu 
papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os 
quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino uni-
versitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos 
raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. 
É um feito a comemorar num Brasil tão carente de 
notícias positivas.
Dito isso, é preciso não perder de vista que a polí-
tica das cotas não é uma boa solução. Na verdade, 
é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua 
implantação é a expressão cabal da profunda desi-
gualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou 
sociais, são portanto um atalho para compensar um 
descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam 
temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de 
qualidade para todos, negros e brancos, pobres e 
ricos, de tal modo que as oportunidadessejam iguais 
para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, 
torne-se a medida do triunfo individual.
(Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)
06. O objetivo do texto é discutir
(A) a busca dos operários por melhores condi-
ções de estudos universitários.
(B) o resultado positivo representado pela inclu-
são das cotas no atual cenário educacional.
(C) o papel da arte de Tarsila do Amaral quanto ao 
respeito à diversidade étnica.
(D) a improdutividade das cotas em um sistema 
de ensino igualitário a todos os cidadãos.
(E) a falta de políticas públicas para a garantia de 
educação superior de qualidade.
07. No segundo parágrafo, a expressão “mudança 
na paisagem” refere-se
(A) ao fato de as universidades públicas repudia-
rem os alunos cotistas.
(B) à pintura da tela Operários, concluída por Tar-
sila do Amaral em 1933.
(C) ao uso de chapéu de formatura pelos estu-
dantes de universidades públicas.
(D) à falta de acesso à educação superior para as 
classes menos favorecidas.
(E) à entrada de filhos de operários nas universi-
dades públicas.
08. Na passagem do último parágrafo, diz-se que “as 
cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho 
para compensar um descaminho.” Com essa fra-
se, o autor
(A) mostra que a finalidade das cotas é reforçar o 
fosso entre as classes sociais do país.
(B) opõe a existência das cotas à ideia de que 
elas melhoram a qualidade de vida social.
(C) compara as cotas a um descaminho, ou seja, 
algo destituído de valor e de virtudes.
(D) conclui que as cotas servem para compensar 
as desigualdades flagrantes na sociedade.
(E) condiciona a existência das cotas a um cami-
nho de justiça social pleno no Brasil.
09. Observe as passagens:
I – ... a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos 
expoentes do modernismo nacional, concluiu 
sua tela Operários... (1º parágrafo);
II – ... com o objetivo de abrir as portas das uni-
versidades públicas a negros, pardos, índios e 
pobres... (2º parágrafo);
III – As cotas, raciais ou sociais, são portanto um 
atalho... (4º parágrafo);
IV – O desejável, mesmo, é que elas sejam tempo-
rárias... (4º parágrafo).
Nas passagens transcritas, emprega-se a vírgu-
la, correta e respectivamente, para:
(A) separar aposto explicativo; indicar uma enu-
meração; expandir uma informação; dar ênfa-
se ao advérbio.
4
PC/BA – Investigador
(B) separar vocativo; indicar uma enumeração; 
fazer uma correção; separar advérbio deslo-
cado.
(C) separar um comentário; separar termos coor-
denados; separar termos em ordem inversa; 
separar o sujeito do predicado.
(D) separar aposto explicativo; marcar uma gra-
dação; separar aposto explicativo; separar 
advérbio deslocado.
(E) separar um comentário; separar termos coor-
denados; separar vocativo; dar ênfase a pro-
nome deslocado.
10. Assinale a alternativa correta quanto à concor-
dância verbal.
(A) O acesso às universidades podem ser um ca-
minho para uma vida melhor.
(B) Com as cotas, garantiram-se vagas a negros, 
pardos, índios e pobres nas universidades.
(C) Houveram muitos mitos quando se cogitaram 
a implementação das cotas.
(D) Já fazem quinze anos que as cotas nas uni-
versidades vem sendo implementadas.
(E) As cotas, implementadas no país nos últimos 
quinze anos, é um feito a comemorar.
INFORMÁTICA 
11. Um usuário de computador recebeu em seu e-
-mail um arquivo do Word. Porém, seu computa-
dor possui sistema operacional Linux. Assinale o 
aplicativo que ele pode utilizar para editar o refe-
rido arquivo recebido.
(A) WinZip.
(B) LibreOffice Writer.
(C) LibreOffice Draw.
(D) MS Access.
(E) Internet Explorer.
12. Os discos que utilizam a tecnologia SSD (solid-
-state drive)
(A) são mais rápidos do que outros tipos de dis-
cos, pois utilizam mais cabeças de leitura e 
de gravação.
(B) possuem custo inferior ao dos discos HDs de 
capacidade equivalente.
(C) possuem o tempo de acesso superior ao dos 
discos HDs.
(D) são baseados na tecnologia de memória flash 
e não possuem peças mecânicas.
(E) são versões antigas dos discos HDs, com mo-
tores e partes mecânicas de maiores dimen-
sões.
13. Assinale a opção referente a uma distribuição do 
Linux:
(A) GPL.
(B) Ubuntu.
(C) Gnome.
(D) Konqueror.
(E) Kernel.
RACIOCÍNIO LÓGICO 
14. Para codificação de senhas para acesso a pro-
cessos de investigações da Polícia Civil do esta-
do da Bahia, uma equipe destinada a esse projeto 
considerou as 26 letras distintas do alfabeto e al-
garismos de 0 a 9. As referidas senhas de acesso 
podem ser construídas com a sequência de duas 
letras seguidas de três algarismos, podendo as 
letras ser maiúsculas ou minúsculas. Sorteando 
uma dessas senhas, qual o valor aproximado da 
probabilidade de, na parte inicial formada por le-
tras, estas serem todas vogais?
(A) 3,6%
(B) 0,9%
(C) 4,5%
(D) 1,8%
(E) 5%
15. Nascimento fez quatro afirmações verdadeiras 
sobre algumas de suas atividades diárias como 
policial do estado da Bahia:
• à noite, ou visto colete, ou visto uniforme.
• lancho, ou vou à Academia de Polícia.
• vou ao restaurante, ou não lancho.
• visto uniforme, ou não vou à Academia de 
Polícia.
Certo dia, Nascimento vestiu um colete pela manhã.
É correto concluir que Nascimento 
(A) lanchou e foi à Academia de Polícia.
(B) foi ao restaurante e não foi à Academia de Po-
lícia. 
(C) não foi à Academia de Polícia e não lanchou.
(D) lanchou e não foi ao restaurante.
(E) não foi à Academia de Polícia e não lanchou.
16. Padilha, investigador da Polícia Civil do estado 
da Bahia, é aficionado em raciocínio lógico. Certo 
dia, realizou o seguinte desafio aos seus colegas 
que estavam de plantão na Delegacia da cidade 
de Porto Seguro: 
Pegou quatro cartões e escreveu um número em 
um lado e, no outro, uma letra, segundo ilustrado 
abaixo.
Em seguida, Padilha afirmou: “Todos os cartões 
que têm uma vogal numa face têm um número 
par na outra” e perguntou para seus colegas: 
Para verificar se tal afirmação é verdadeira, quais 
cartões devem ser virados? 
5
PC/BA – Investigador
(A) Os quatro cartões. 
(B) O primeiro e o segundo cartão.
(C) O primeiro e o quarto cartão.
(D) O segundo e o terceiro cartão.
(E) O terceiro e o quarto cartão . 
ATUALIDADES 
Leia o texto a seguir:
O terrorismo pode ser caracterizado como um tipo 
de violência que se pratica contra vítimas inocentes 
com o objetivo de promover alguma causa ou percep-
ção do mundo, seja pessoal, seja coletiva, isto é, par-
tilhada por um grupo, facção etc. Sabemos que, ao 
longo do século XX e, sobretudo, no século XXI, as 
ações terroristas tiveram e vêm tendo grande impacto 
em várias regiões do mundo. Elas são praticadas pelos 
mais variados agentes. Mas antes de passarmos à 
análise desses agentes, vejamos como e em que cir-
cunstância nasceu a expressão “terrorismo”. A palavra 
terrorismo apareceu pela primeira vez no escrito Let-
ters on a Regicide Peace (Cartas sobre uma paz 
regicida), do filósofo irlandês Edmund Burke. Nesse 
escrito, Burke critica o período da Revolução Fran-
cesa conhecido como “Terror”, ou seja, o período 
em que os jacobinos estiveram no poder – de 1792 
a 1794. Burke classifica como “terroristas” as perse-
guições e sentenças de morte na guilhotina levadas 
a cabo pelos jacobinos nessa fase. Entretanto, com 
o tempo, o termo “terrorismo” passou a se disseminar 
por outros países e a ser empregado em outras situa-
ções, como a guerrilha, ou guerra irregular.
Disponível em: https://historiadomundo.uol.com.br
17. Com base no texto anterior a respeito do terro-
rismo em nível mundial, assinale a única correta.
(A) A Al Qaeda é um grupo terrorista cujo nome 
significa “a base” em árabe, tendo sido conhe-
cido mundialmente em razão dos atentados 
às torres do World Trade Center, em 11 de se-
tembro de 2001. É composta por muçulmanos 
fundamentalistas e tem por objetivo erradicar 
a influência ocidental sobre o mundo árabe, 
sendo criada em 1980 para defender o territó-
rio do Afeganistão contra os EUA, que busca-
va expandir o domínio sobre o país.
(B) O Boko Haram tem o significadodo seu nome 
como “a educação não islâmica é pecado”, 
sendo às vezes traduzido também como “a 
educação ocidental é pecado”. Esse grupo é 
uma organização antiocidental que objetiva 
implantar a sharia (lei islâmica) no território da 
Síria e de Israel. 
(C) As Forças Armadas Revolucionárias da Co-
lômbia (FARCs) são um dos grandes grupos 
terroristas da atualidade a declarar-se de ul-
tradireita, tendo surgido em 1964 como um 
braço informal do Partido Direitista da Colôm-
bia. Assim como o Hamas, não são considera-
das como grupo terrorista por muitos países. 
As FARCs lutam pelo controle da Colômbia, 
alegando combater a hegemonia ideológica 
dos Estados Unidos sobre o país, atuando 
principalmente em guerrilhas, sequestros e 
controlando o tráfico de drogas. 
(D) Apesar de não ser considerado como um tí-
pico grupo terrorista por alguns analistas, o 
Hamas — sigla em árabe para “Movimento de 
Resistência Islâmica” — é temido pela maio-
ria das organizações internacionais e Esta-
dos, sendo por isso classificado como tal. Ele 
atua nos territórios da Palestina, tendo como 
objetivo a destruição do Estado de Israel e a 
consolidação do Estado da Palestina. 
(E) O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) 
é um grupo terrorista jihadista que age nos 
dois referidos países, tendo surgido em 2013 
como uma dissidência da Al-Qaeda, inspi-
rando-se nesse grupo. O objetivo do EIIS é a 
criação de um emirado islâmico abrangendo 
os territórios da Síria e do Iraque, e seus se-
guidores são predominantemente fundamen-
talistas islâmicos xiitas.
Migrar corresponde à mobilidade espacial da 
população, ou seja, é o ato de trocar de país, 
estado, região, ou até mesmo de domicílio. A 
migração internacional consiste na mudança de 
moradia com destino a outro país. Tal ocorrência 
vem sendo promovida ao longo de muitos anos. 
A exemplo disso, cita-se a migração forçada de 
africanos no intento de realizarem trabalhos es-
cravos em outros continentes. A partir daí, esses 
fluxos migratórios internacionais têm se intensifi-
cado cada vez mais nas últimas décadas.
18. O processo de migração internacional pode ser 
desencadeado por diversos fatores: em razão de 
desastres ambientais, guerras, perseguições po-
líticas, étnicas ou culturais, causas relacionadas 
a estudos, busca de trabalho e melhores condi-
ções de vida, entre outros. Sobre este tema e as-
suntos correlatos, é correto afirmar que
https://historiadomundo.uol.com.br/
6
PC/BA – Investigador
(A) o principal motivo para esses fluxos migrató-
rios internacionais é de origem religiosa, uma 
vez que grupos fundamentalistas atuam nas 
nações que dispersam esses migrantes, e as 
pessoas deixam seus países de origem fugin-
do dos extremismos religiosos e visando à ob-
tenção de emprego e melhores perspectivas 
de vida em outras nações.
(B) a xenofobia, repulsa ao imigrante, se torna 
cada vez mais presente nos países desenvol-
vidos. Os nativos dos países desenvolvidos 
acreditam que os imigrantes são os culpados 
pelo desemprego, pela criminalidade e pelos 
demais problemas sociais do país. No caso 
brasileiro, a xenofobia está ausente, uma vez 
que nosso país sempre foi um local que rece-
beu inúmeros grupos de emigrantes de outros 
países, tais como italianos, alemães, portu-
gueses, japoneses, sírios e venezuelanos.
(C) a “fuga de cérebros” faz referência aos pro-
fissionais pouco especializados em áreas do 
mercado de trabalho dotados de um baixo 
conhecimento em seu campo profissional e 
que migram de países pobres ou com poucas 
oportunidades laborais para centros mais de-
senvolvidos que carecem dessa mão de obra 
barata, sem muitas habilidades.
(D) a sigla Brexit é uma junção de “Britain” e “exit”, 
que em português significa saída do Reino 
Unido (da União Europeia). O Brexit, opção 
que venceu o plebiscito, consiste basicamen-
te no desmembramento, por parte do Reino 
Unido, do bloco da União Europeia, porém a 
questão das migrações não pesou no plebis-
cito, uma vez que o Reino Unido é um arqui-
pélago e, com isso, sempre foi muito difícil a 
entrada de estrangeiros na região. 
(E) a migração internacional promove uma série 
de problemas socioeconômicos. Em face das 
medidas tomadas pela maioria dos países de-
senvolvidos, no intento de restringir a entrada 
de imigrantes, o tráfico destes tem se intensi-
ficado bastante. No entanto, esses mesmos 
países adotam ações seletivas, permitindo a 
entrada de profissionais qualificados e pro-
vocando a “fuga de cérebros” dos países em 
desenvolvimento.
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL 
E DE GÊNERO
“A implantação de políticas de promoção da igual-
dade de gênero e raça foi intensificada no Brasil no 
início dos anos 2000, juntamente com um conjunto de 
diretrizes que deveriam orientar as práticas de gestão, 
em especial as noções de transversalidade e interse-
torialidade. Tais noções são compreendidas, conforme 
o Plano Nacional de Direitos Humanos, como impres-
cindíveis para alcançar condicionantes “multidimen-
sionais” de situações de desigualdade e estão ancora-
das na “perspectiva da universalidade, indivisibilidade 
e interdependência dos direitos”. 
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da 
República. Programa Nacional de Direitos Humanos. Brasília, 
SEDH/PR, 2010.
19. Tendo como base normas que norteiam a promo-
ção da igualdade racial e de gênero, assinale a 
alternativa correta. 
(A) A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Muni-
cípios e do Distrito Federal, constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos a soberania, a cidadania, a dig-
nidade da pessoa humana, os valores sociais 
do trabalho e da livre-iniciativa, a função so-
cial e o pluralismo político.
(B) A sociedade baiana é cultural e historicamen-
te marcada pela presença da comunidade 
afro-brasileira, constituindo a prática do racis-
mo crime inafiançável e imprescritível, sujeito 
a pena de detenção e multa, nos termos da 
Constituição Federal.
(C) É dever exclusivo do Estado garantir a igual-
dade de oportunidades, reconhecendo a todo 
cidadão brasileiro, independentemente da et-
nia ou da cor da pele, o direito à participação 
na comunidade, especialmente nas ativida-
des políticas, econômicas, empresariais, edu-
cacionais, culturais e esportivas, defendendo 
sua dignidade e seus valores religiosos e cul-
turais.
(D) Não serão consideradas discriminação racial 
as medidas especiais tomadas com o único 
objetivo de assegurar progresso adequado de 
certos grupos raciais ou étnicos ou de indiví-
duos que necessitem da proteção que possa 
ser necessária para proporcionar a tais gru-
pos ou indivíduos igual gozo ou exercício de 
direitos humanos e liberdades fundamentais, 
contando que tais medidas não conduzam, 
em consequência, à manutenção de direitos 
separados para diferentes grupos raciais e 
não prossigam após terem sido alcançados 
os seus objetivos.
(E) Toda mulher, independentemente de classe, 
raça, etnia, orientação sexual, renda, cultu-
ra, nível educacional, idade e religião, goza 
dos direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sendo-lhe asseguradas as oportuni-
dades e facilidades para viver sem violência, 
preservar sua saúde física e mental e seu 
aperfeiçoamento moral, intelectual e social. 
O Superior Tribunal de Justiça promoverá a 
extensão desses direitos às mulheres estran-
geiras que estiverem em território nacional.
7
PC/BA – Investigador
20. Nos termos da Lei Estadual n. 10.549/2006, que 
cria a Secretaria de Promoção da Igualdade Ra-
cial, alterada pela Lei n. 12.212/2011, e da Lei n. 
10.678/2003, que cria a Secretaria de Politicas 
de Promoção da Igualdade Racial, assinale a al-
ternativa incorreta. 
(A) A Secretaria de Promoção da Igualdade Ra-
cial – SEPROMI tem por finalidade planejar e 
executar políticas de promoção da igualdade 
racial e de proteção dos direitos de indivíduos 
e grupos étnicos atingidos pela discriminação 
e demais formas de intolerância.
(B) Não são de competênciada SEPROMI as ati-
vidades pertinentes ao planejamento e execu-
ção das políticas públicas de caráter transver-
sal para as mulheres.
(C) A Secretaria de Promoção da Igualdade Ra-
cial está estruturada basicamente em órgão 
colegiado e órgãos da Administração direta. 
(D) A Coordenação de Promoção da Igualdade 
Racial tem por finalidade orientar, apoiar, co-
ordenar, acompanhar, controlar e executar 
programas e atividades voltadas à implemen-
tação de políticas e diretrizes para a promo-
ção da igualdade e da proteção dos direitos 
de indivíduos e grupos raciais e étnicos, afeta-
dos por discriminação racial e demais formas 
de intolerância.
(E) A Secretaria Especial de Políticas de Promo-
ção da Igualdade Racial é órgão de apoio su-
perior do presidente da República. 
MEDICINA LEGAL
21. Saber as diferenças técnicas entre as feridas de 
entrada e de saída de projéteis de arma de fogo 
– PAFs no cadáver são conhecimentos importan-
tes para os profissionais que trabalham com in-
vestigações de crimes de homicídio, pois estudos 
apontam que, no Brasil, a maioria dos assassi-
natos ocorre com o uso dessas armas. Acerca 
desse assunto, sabe-se que
(A) a câmara de mina de Hoffman sempre ocorre 
nos tiros de encosto, não importando a região 
anatômica atingida.
(B) os orifícios de entrada de PAFs provocados 
por tiros a distância geralmente apresentam 
zona de enxugo, de escoriação, bordas regu-
lares e invertidas.
(C) os orifícios de entrada de PAFs provocados 
por tiros a distância geralmente apresentam 
zona de enxugo, de escoriação, bordas regu-
lares e evertidas.
(D) a zona de tatuagem aparecerá toda vez que o 
tiro for a curta distância.
(E) as zona de esfumaçamento e de tatuagem 
são removíveis com lavagem.
22. Para que a polícia judiciária possa tomar as provi-
dências legais exigidas pelo Código de Processo 
Penal, a autoridade policial e os investigadores, 
quando comparecem aos locais de crime, devem 
saber diferenciar mortes violentas de mortes na-
turais. Para tanto, acerca dos conhecimentos de 
Tanatologia Forense, precisam saber que
(A) as mortes naturais devem ser encaminhadas 
ao Instituto Médico Legal – IML.
(B) as mortes naturais são aquelas relacionadas 
a doenças e à velhice. Nesses casos, os ca-
dáveres podem apresentar sinais de violência.
(C) as mortes violentas são aquelas relacionadas 
a assassinatos (homicídios), suicídios e a aci-
dentes.
(D) os locais de morte natural geralmente apresen-
tam desordem e sinais de luta no ambiente.
(E) a presença de livores cadavéricos fixos no ca-
dáver geralmente ocorre a partir da segunda 
hora após o óbito.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
23. A reforma da Administração Pública conduzida 
durante a década de 30 tinha por objetivo tornar 
o Estado
(A) mais profissional e menos patrimonialista, ou 
seja, um Estado autoritário e burocrático.
(B) menos profissional e menos patrimonialista, 
isto é, um Estado de bem-estar social.
(C) mais profissional e mais patrimonialista, ou 
seja, um Estado regulador.
(D) mais patrimonialista e menos burocrático, ou 
seja, um Estado de bem-estar social.
(E) menos patrimonialista e menos burocrático, 
isto é, um Estado regulador.
24. O Modelo de Excelência em Gestão Pública – 
MEGP está apoiado em oito dimensões integra-
das e interativas distribuídas em quatro blocos.
Relacione cada dimensão apresentada no con-
ceito à prática ou ao requisito de interesse que 
lhe seja inerente.
1) GERAÇÃO DE VALOR
2) APRENDIZADO ORGANIZACIONAL E INO-
VAÇÃO
3) PENSAMENTO SISTÊMICO
4) DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
( )� Alcance de resultados econômicos, sociais 
e ambientais, bem como de resultados dos 
processos que os potencializam, em níveis 
de excelência, e que atendam às necessida-
des e expectativas das partes interessadas.
8
PC/BA – Investigador
( )� Compreensão e tratamento das relações de 
interdependência e seus efeitos entre os di-
versos componentes que formam a organi-
zação, bem como entre estes e o ambiente 
com o qual interagem.
( )� Compromisso da organização em respon-
der pelos impactos de suas decisões e ativi-
dades, na sociedade e no meio ambiente, e 
de contribuir para a melhoria das condições 
de vida, tanto atuais quanto para as gera-
ções futuras, por meio de um comportamen-
to ético e transparente.
( )� Busca e alcance de novos patamares de 
competência para a organização e sua 
força de trabalho, por meio da percepção, 
reflexão, avaliação e compartilhamento de 
conhecimentos, promovendo um ambiente 
favorável à criatividade, experimentação e 
implementação de novas ideias capazes de 
gerar ganhos sustentáveis para as partes 
interessadas.
Assinale a opção que mostra a relação correta, 
de cima para baixo.
(A) 2, 1, 4 e 3.
(B) 1, 3, 4 e 2.
(C) 3, 1, 4, e 2.
(D) 3, 2, 1 e 4.
(E) 1, 2, 4 e 3.
25. Entre as diversas metodologias de administração 
de materiais, destaca-se a curva XYZ, segundo a 
qual os itens de material são classificados
(A) pela importância relativa no processo produ-
tivo, divididos em insumos de baixa, média e 
alta importância.
(B) de acordo com sua aplicação na organização, 
como artefatos, benfeitorias e de consumo. 
(C) por tempo de duração médio no estoque, com 
cálculo de acordo com o índice de rotatividade.
(D) pelo índice de reposição estimado em função 
da vida útil ou prazo de validade do item de 
material.
(E) por valor de demanda, de acordo com sua im-
portância, geralmente financeira.
LEIS ESPECÍFICAS
26. Nos termos da Lei Estadual n. 12.209/2011, que 
dispõe sobre o processo administrativo, no âm-
bito da Administração direta e das entidades da 
Administração indireta, regidas pelo regime de 
Direito Público do Estado da Bahia, assinale a 
alternativa correta. 
(A) A Administração Pública obedecerá aos prin-
cípios da legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade, eficiência, celeridade, 
razoabilidade, proporcionalidade, motivação, 
devido processo legal e ampla defesa, se-
gurança jurídica, oficialidade, verdade mate-
rial, gratuidade, boa-fé objetiva, efetividade 
e, quando cabível, da instrumentalidade das 
formas.
(B) Os atos do processo administrativo depen-
dem de forma determinada, e somente por lei 
poderão ser utilizados modelos padronizados 
pela Administração.
(C) O processo administrativo inicia-se de ofício, 
a pedido do interessado ou por denúncia de 
qualquer administrado.
(D) A Administração poderá emitir decisão motiva-
da nos processos administrativos, bem como 
sobre solicitações ou reclamações, indicando 
de forma clara e precisa os fundamentos de 
fato e de direito que embasaram a decisão, 
caso se tenha requerimento com esse pedido. 
(E) A Administração tem o dever de invalidar seus 
próprios atos, quando eivados de vícios de 
legalidade, e pode anulá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos. Os atos administrativos 
ilegais de que decorram efeitos favoráveis ao 
administrado deverão ser invalidados no pra-
zo de 02 (dois) anos, contados da data em 
que foram praticados.
27. Nos termos da Lei Estadual n. 11.370/2009, que 
institui a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado 
da Bahia, e dá outras providências, assinale a al-
ternativa correta. 
(A) À Polícia Civil do Estado da Bahia, órgão au-
tônomo e permanente do Poder Público, in-
tegrante da estrutura da Secretaria da Segu-
rança Pública – SSP, dirigida por Delegado de 
Polícia Civil, classe Especial ou classe I, da 
ativa ou da inatividade, compete, com priva-
cidade, o exercício das funções de polícia ju-
diciária, ressalvada a competência da União, 
cabendo-lhe, ainda, as atividades de repres-
são criminal especializada.
(B) O ciclo completo da investigação policial ini-
cia-se com a notícia-infração, desdobrando-se 
em ações continuadas e articuladas, inclusive 
de natureza cartorial, visando à formalização 
das provas e à minimização dos efeitos dos 
delitos, incluindo-se as pesquisas técnico-
-científicas, concluindo-se com definição da 
autoria e materialidade.
(C) São símbolos institucionaisda Polícia Civil do 
Estado da Bahia: o Hino, a Bandeira, o Brasão 
e o Distintivo de Serviço Ostensivo, segundo 
modelos estabelecidos em lei, passíveis de 
alteração mediante proposta do delegado-
-geral da Polícia Civil, aprovada pelo chefe do 
Poder Executivo. 
9
PC/BA – Investigador
(D) A Polícia Civil do Estado da Bahia está es-
truturada organizacionalmente em órgãos de 
Direção Superior, órgãos de Gestão Estratégi-
ca, órgãos de Gestão Tática, órgãos de Ges-
tão de Inteligência, órgãos de Suporte Opera-
cional e Unidades Operativas. 
(E) A Direção Superior da Polícia Civil do Esta-
do da Bahia será exercida pelo secretário de 
Segurança Pública, pelo delegado-geral da 
Polícia Civil, pelo delegado-geral adjunto da 
Polícia Civil, com o auxílio do Conselho Su-
perior da Polícia Civil e da Corregedoria da 
Polícia Civil.
28. Um servidor, pregoeiro de determinado órgão 
público estadual, foi demitido por supostamente 
favorecer um grupo de empresas nas licitações 
realizadas pelo órgão. Contudo, alguns anos 
depois, conseguiu anular sua demissão. Nesse 
caso, conforme consta na Lei n. 6.677/1994, é 
certo que o servidor será
(A) readaptado.
(B) reconduzido.
(C) reintegrado.
(D) colocado em disponibilidade.
(E) revertido ao cargo que anteriormente ocupava, 
com direito a indenização.
29. Com fundamento na Lei n. 6.677/1994, assinale 
a alternativa correta.
(A) O servidor responde civil, penal e adminis-
trativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições, sendo a responsabilidade admi-
nistrativa afastada no caso da absolvição cri-
minal.
(B) A obrigação de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada até 
a total quitação do débito.
(C) A responsabilidade penal abrange os crimes 
imputados ao servidor, nessa qualidade. A ju-
risprudência orienta que a responsabilidade 
penal não alcança as contravenções por se-
rem de pequeno potencial ofensivo.
(D) A responsabilidade civil ou administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição 
criminal que negue a existência do fato ou a 
sua autoria.
(E) Sendo o servidor absolvido na esfera penal, 
ficará prejudicada a esfera civil pela impossi-
bilidade do nexo causal entre as instâncias.
30. Com fundamento na Lei estadual n. 9.433/1995, 
assinale a alternativa incorreta sobre as modali-
dades de licitação.
(A) Tomada de preços é a modalidade de licitação 
entre interessados devidamente cadastrados 
ou que provem perante a comissão, na data 
da abertura da licitação, que atendem a todas 
as condições exigidas no edital para habilita-
ção, observada a necessária qualificação e 
permitida a exigência de documentação com-
probatória da capacidade técnica e operacio-
nal específica do licitante. 
(B) Convite é a modalidade de licitação entre in-
teressados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados 
em número mínimo de cinco pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apro-
priado, cópia do instrumento convocatório e o 
estenderá aos demais cadastrados na corres-
pondente especialidade.
(C) Concorrência é a modalidade de licitação que 
se faz pelo chamamento universal de quais-
quer interessados que comprovem possuir os 
requisitos mínimos de qualificação exigidos 
no edital para execução do seu objeto. 
(D) Pregão é a modalidade de licitação destina-
da à aquisição de bens e serviços comuns, 
qualquer que seja o valor estimado da con-
tratação, em que a disputa é feita por meio de 
propostas escritas e lances verbais, em uma 
única sessão pública, ou por meio da utiliza-
ção de recursos de tecnologia da informação. 
(E) Concurso é a modalidade de licitação que se 
faz pela convocação de quaisquer interessa-
dos, para escolha de trabalho técnico, cien-
tífico ou artístico, mediante a instituição de 
prêmios ou remuneração aos vencedores, 
conforme critérios constantes de regulamento 
próprio.
NOÇÕES DE DIREITO PENAL
31. Em relação aos crimes hediondos, marque a al-
ternativa correta.
(A) Conforme a Lei n. 8.072/1990, trata-se de um 
crime hediondo a lesão corporal dolosa de na-
tureza gravíssima e a lesão corporal seguida 
de morte, quando praticadas contra autorida-
de ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema 
prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decor-
rência dela, ou contra seu cônjuge, compa-
nheiro ou parente consanguíneo ou afim até 
terceiro grau, em razão dessa condição.
(B) Trata-se de um crime hediondo a posse ou o 
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
(C) Em caso de crime hediondo, a progressão de 
regimes se dará no quantum de dois terços da 
pena, se o agente for reincidente.
(D) Conforme entendimento do STF, é cabível 
regime inicial diverso do fechado nos crimes 
hediondos.
(E) Conforme entendimento do STF, é cabível o 
indulto quando se tratar de crimes hediondos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
10
PC/BA – Investigador
32. Em relação aos crimes de abuso de autoridade, 
marque a alternativa incorreta.
(A) Considera-se autoridade, para os efeitos des-
ta lei, quem exerce cargo, emprego ou função 
pública, de natureza civil, ou militar, ainda que 
transitoriamente e sem remuneração.
(B) O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à 
sanção administrativa civil e penal.
(C) A sanção penal consiste, dentre outras, na 
perda do cargo e na inabilitação para o exer-
cício de qualquer outra função pública pelo 
dobro do prazo da pena aplicada.
(D) O processo administrativo não poderá ser so-
brestado para o fim de aguardar a decisão da 
ação penal ou civil.
(E) Constitui abuso de autoridade qualquer aten-
tado à liberdade de locomoção.
33. Em relação aos crimes contra a Administração 
Pública, marque o item correto.
(A) Conforme entendimento do STJ, é aplicável o 
princípio da insignificância aos crimes contra 
a Administração Pública.
(B) No caso do peculato culposo, o arrependi-
mento posterior até o recebimento da denún-
cia reduz a pena de um a dois terços.
(C) Para que se configure o crime de peculato, 
o funcionário público deverá se apropriar ou 
desviar bem público de que tenha posse em 
razão do cargo, configurando-se crime co-
mum se o bem for particular.
(D) O peculato é um crime funcional próprio.
(E) Pratica peculato na modalidade estelionato 
aquele que se apropria de dinheiro ou qual-
quer outra utilidade que, no exercício do car-
go, recebeu por erro de outrem.
34. Em relação aos crimes previstos no Código Pe-
nal, marque a alternativa correta.
(A) O crime de fraude em certames de interesse 
público é um crime contra a Administração 
Pública e, além disso, a pena será aumentada 
de um terço se o fato for cometido por funcio-
nário público.
(B) Conforme entendimento do STJ, é cabível o 
princípio da insignificância ao crime de moeda 
falsa.
(C) Para fins penais, o cartão de crédito emitido 
pela Caixa Econômica Federal é equiparado 
a documento público.
(D) A conduta de atribuir-se falsa identidade pe-
rante autoridade policial é típica, ainda que 
em situação de alegada autodefesa.
(E) Pratica o crime de falsidade de atestado mé-
dico, previsto no artigo 302 do Código Penal, 
o agente que falsifica os dias declarados pelo 
médico para ficar mais dias de licença.
35. Em relação aos crimes contra o patrimônio, mar-
que a alternativa incorreta.
(A) Consuma-se o crime de roubo com a inver-
são da posse do bem mediante emprego de 
violência ou grave ameaça, ainda que por 
breve tempo e em seguida à perseguição 
imediata ao agente e recuperação da coisa 
roubada, sendo prescindível a posse mansa 
e pacífica ou desvigiada.
(B) Sistema de vigilância realizado por moni-
toramento eletrônico ou por existência de 
segurança no interior de estabelecimento 
comercial, por si só, não torna impossível a 
configuração do crimede furto.
(C) É possível o reconhecimento do privilégio pre-
visto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de 
crime de furto qualificado, se estiverem pre-
sentes a primariedade do agente e o pequeno 
valor da coisa e se a qualificadora for de or-
dem objetiva.
(D) O crime de dano praticado contra o patrimônio 
do Distrito Federal é hipótese de dano simples.
(E) O abigeato é hipótese de furto qualificado.
36. Com base nas disposições do Direito Penal e no 
entendimento doutrinário dominante, marque a 
alternativa incorreta.
(A) Conforme entendimento do STJ, a lesão cor-
poral que causa a perda de dois dentes amol-
da-se à hipótese de lesão corporal gravíssima 
por deformidade permanente.
(B) O crime de plágio é um crime contra a pessoa 
de competência da Justiça Federal.
(C) O crime de violação de domicílio é um crime 
contra a pessoa.
(D) A lesão corporal qualificada pela violência 
doméstica, artigo 129, § 9º, do Código Penal, 
terá sua pena aumentada de um terço se o 
crime for cometido contra pessoa portadora 
de deficiência.
(E) Conforme entendimento do STJ, o reconhe-
cimento da qualificadora da "paga ou pro-
messa de recompensa" (inciso I do § 2º do 
art. 121) em relação ao executor do crime de 
homicídio mercenário não qualifica automa-
ticamente o delito em relação ao mandante, 
nada obstante este possa incidir no referido 
dispositivo caso o motivo que o tenha levado 
a empreitar o óbito alheio seja torpe.
37. Com base no Código Penal, marque a alternativa 
correta.
(A) Tratando-se do concurso de pessoas, o Có-
digo Penal adotou, em regra, a teoria plura-
lística.
(B) As únicas circunstâncias que se comunicam 
aos coautores e partícipes são as de caráter 
pessoal elementares do delito.
11
PC/BA – Investigador
(C) Se algum dos concorrentes quis participar de 
crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena 
deste. Será aplicada a pena do crime mais 
grave diminuída de metade, na hipótese de 
ter sido previsível o resultado mais grave.
(D) A prévio ajuste é um dos requisitos do concur-
so de pessoas.
(E) O ajuste, a determinação ou instigação e o 
auxílio, salvo disposição expressa em contrá-
rio, não são puníveis, se o crime não chega, 
pelo menos, a ser tentado.
38. Com base no Código Penal, marque a alternativa 
correta.
(A) A embriaguez completa, culposa, exclui a im-
putabilidade penal.
(B) É isento de pena o agente que, em virtude de 
desenvolvimento mental incompleto, não era 
inteiramente capaz de entender o caráter ilíci-
to do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento.
(C) A pena pode ser reduzida de um a dois terços 
ao agente que, por doença mental, era intei-
ramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato.
(D) Em relação à inimputabilidade, o Código Pe-
nal adotou, em regra, o critério biopsicológico.
(E) A inimputabilidade exclui a ilicitude da conduta.
39. De acordo com as disposições do Código Penal 
e entendimento doutrinário dominante, marque a 
alternativa correta.
(A) São exculpantes a legítima defesa, o estado 
de necessidade, o estrito cumprimento de um 
dever legal e o exercício regular de um direito.
(B) São justificantes a inimputabilidade, o erro 
de proibição escusável e a inexigibilidade de 
conduta diversa.
(C) A coação irresistível, vis compulsiva, exclui a 
culpabilidade do agente.
(D) Menor de 18 (dezoito) anos não pratica crime 
em virtude de suas condutas serem atípicas.
(E) As condutas praticadas em estado de hipnose 
excluem a culpabilidade do agente.
40. De acordo com as disposições do Código Penal 
e entendimento doutrinário dominante, marque a 
alternativa correta.
(A) Na contagem dos prazos penais, contam-se 
os dias, meses e anos pelo calendário grego-
riano.
(B) As regras gerais do Código Penal aplicam-se 
aos fatos incriminados por lei especial, mes-
mo se esta dispuser de modo diverso.
(C) Na contagem dos prazos penais, exclui-se o 
dia do início, incluindo-se, porém, o do ven-
cimento.
(D) A pena cumprida no estrangeiro não atenua 
a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, 
quando diversas, ou nela é computada, quan-
do idênticas. 
(E) A sentença estrangeira, quando a aplicação 
da lei brasileira produz na espécie as mes-
mas consequências, pode ser homologada no 
Brasil para obrigar o condenado à reparação 
do dano, a restituições e a outros efeitos ci-
vis, dependendo, nesse caso, da existência 
de tratado de extradição com o país de cuja 
autoridade judiciária emanou a sentença, ou, 
na falta de tratado, de requisição do Ministro 
da Justiça. 
41. De acordo com as disposições do Código Penal 
e entendimento doutrinário dominante, marque a 
alternativa correta.
(A) Conforme entendimento do STJ, é incabível o 
arrependimento posterior aos crimes contra a 
fé pública.
(B) Conforme entendimento do STJ, é cabível o ar-
rependimento posterior no homicídio culposo.
(C) É cabível arrependimento posterior no crime 
de extorsão.
(D) É possível o arrependimento posterior até o 
trânsito em julgado.
(E) Para que o arrependimento posterior seja vá-
lido, é necessário que a conduta do agente 
seja espontânea.
42. De acordo com as disposições do Código Penal 
e entendimento doutrinário dominante, marque a 
alternativa correta.
(A) A lei posterior que de qualquer modo favore-
cer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, 
salvo se decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado.
(B) Ninguém pode ser punido por fato que lei pos-
terior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais e 
civis da sentença condenatória.
(C) Transitada em julgado a sentença condenató-
ria, compete ao juízo da sentença a aplicação 
de lei mais benigna.
(D) A lei penal mais grave aplica-se ao crime con-
tinuado ou ao crime permanente, se a ces-
sação da continuidade ou da permanência é 
anterior a sua vigência.
(E) A lei excepcional ou temporária, embora de-
corrido o período de sua duração ou cessadas 
as circunstâncias que a determinaram, aplica-
-se ao fato praticado durante sua vigência, 
ainda que lei posterior seja mais benigna.
12
PC/BA – Investigador
43. De acordo com as disposições do Código Penal 
e o entendimento doutrinário dominante, marque 
a alternativa incorreta.
(A) Não há crime quando a preparação do fla-
grante pela polícia torna impossível a sua 
consumação.
(B) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta improprie-
dade do objeto, é impossível consumar-se o 
crime.
(C) O crime impossível ou crime falho ocorre 
quando, apesar de adentrar nos atos execu-
tórios, a consumação é impossível de ocorrer.
(D) Exige-se a voluntariedade para que seja con-
figurado o arrependimento eficaz.
(E) Considera-se crime tentado quando, iniciada 
a execução, não se consuma por circunstân-
cias alheias à vontade do agente.
44. De acordo com as disposições do Código Penal 
e entendimento doutrinário dominante, marque a 
alternativa correta.
(A) Denomina-se concurso formal o caso em que 
o agente, mediante mais de uma ação ou 
omissão, pratica dois ou mais crimes, idênti-
cos ou não. Aplicam-se cumulativamente as 
penas privativas de liberdade em que haja in-
corrido. No caso de aplicação cumulativa de 
penas de reclusão e de detenção, executa-se 
primeiro aquela. 
(B) Denomina-se concurso material quando o 
agente, mediante uma só ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. 
Aplica-se-lhe a mais grave das penas cabí-
veis ou, se iguais, somente uma delas, mas 
aumentada, em qualquer caso, de um sexto 
até metade. 
(C) Denomina-se concurso formal próprio quando 
o agente, mediante uma só ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, 
sendo a ação ou omissão dolosa, e quando 
os crimes concorrentes resultarem de desíg-
nios autônomos. Nesse caso, as penas serão 
somadas.
(D) Denomina-se crime continuado o caso em 
que o agente, mediante mais de uma ação ou 
omissão, pratica dois ou mais crimes de espé-
cies diferentes e, pelas condições de tempo, 
lugar, maneira de execução e outrasseme-
lhantes, devem os subsequentes ser havidos 
como continuação do primeiro. Aplica-se-lhe a 
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a 
mais grave, se diversas, aumentada, em qual-
quer caso, de um sexto a dois terços.
(E) Denominam-se crime continuado específico 
os crimes dolosos, contra vítimas diferentes, 
cometidos com violência ou grave ameaça à 
pessoa, hipótese em que poderá o juiz, con-
siderando a culpabilidade, os antecedentes, a 
conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, au-
mentar a pena de um só dos crimes, se idênti-
cas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, 
observadas as regras do parágrafo único do 
art. 70 e do art. 75 do Código Penal.
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL 
PENAL 
45. Em relação à aplicação da lei processual penal 
no tempo, no espaço e em relação às pessoas, 
analise os itens a seguir, indicando a assertiva 
correta.
(A) A lei processual penal posterior, que de qual-
quer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, ainda que decididos por sen-
tença condenatória transitada em julgado.
(B) O processo penal reger-se-á, em todo o terri-
tório brasileiro, pelo Código de Processo Pe-
nal, sem exceções.
(C) A lei processual penal admitirá interpretação 
extensiva e aplicação analógica, bem como 
o suplemento dos princípios gerais de direito.
(D) A lei processual penal aplicar-se-á desde 
logo, com prejuízo da validade dos atos reali-
zados sob a vigência da lei anterior, os quais 
devem ser repetidos sob pena da nulidade do 
processo.
(E) As leis processuais penais especiais se so-
brepõem às regras gerais do Código de Pro-
cesso Penal, e este não poderá ser aplicado 
às leis especiais nos pontos omissos mesmo 
que não disponham de modo diverso.
46. Sobre a investigação criminal realizada por meio 
do inquérito policial e o entendimento dos tribu-
nais superiores, analise os itens a seguir, indican-
do a assertiva correta.
(A) Em relação ao arquivamento do inquérito po-
licial, podemos verificar o arquivamento im-
plícito, que, segundo destaca a doutrina, é o 
fenômeno que se verifica quando o Ministério 
Público deixa de incluir na denúncia algum 
fato investigado ou algum dos indiciados, sem 
justificação ou expressa manifestação deste 
procedimento, consumando-se quando o juiz 
não se pronunciar em relação aos fatos omiti-
dos na peça de acusação. Embora este arqui-
vamento não esteja previsto no ordenamento 
jurídico brasileiro, é agasalhado como possí-
vel e lícito pelo Supremo Tribunal Federal.
13
PC/BA – Investigador
(B) Arquivado o inquérito policial, por despacho 
do juiz, a requerimento do promotor de justi-
ça, não pode a ação penal ser iniciada sem 
novas provas.
(C) Segundo entendimento sumulado pelo STF, é 
direito do defensor, no interesse do represen-
tado, ter acesso amplo aos elementos de pro-
va que, já documentados ou em andamento 
em procedimento investigatório realizado por 
órgão com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito de de-
fesa.
(D) Não é vedada a utilização de inquéritos poli-
ciais e ações penais em curso para agravar a 
pena-base. 
(E) O indiciamento de suspeito no inquérito poli-
cial, privativo do delegado de polícia, dar-se-
-á por ato fundamentado, mediante análise 
técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a 
autoria, materialidade e suas circunstâncias.
47. No que diz respeito à competência penal, confor-
me entendimento do Superior Tribunal de Justi-
ça, analise os itens a seguir e indique a assertiva 
correta.
(A) O fato de o delito ser praticado pela internet 
atrai, automaticamente, a competência da 
Justiça Federal, sendo desnecessário de-
monstrar a internacionalidade da conduta ou 
de seus resultados.
(B) É absoluta a nulidade decorrente da inobser-
vância da competência penal por prevenção, 
que deve ser alegada em momento oportuno, 
sob pena de preclusão.
(C) Compete à Justiça Estadual processar e julgar 
prefeito municipal por desvio de verba sujeita 
a prestação de contas perante órgão federal.
(D) Compete à Justiça Federal processar e julgar 
os crimes praticados contra funcionário públi-
co federal quando relacionados com os exer-
cícios da função.
(E) As atribuições da Polícia Federal se confun-
dem com as regras de competência consti-
tucionalmente estabelecidas para a Justiça 
Federal, não sendo possível que uma inves-
tigação conduzida pela Polícia Federa seja 
processada perante a Justiça estadual.
48. As infrações penais se processam mediante ação 
pública; esta será promovida por denúncia do Mi-
nistério Público, mas dependerá, quando a lei o 
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de 
representação do ofendido ou de quem tiver qua-
lidade para representá-lo e, também, se proces-
sam mediante ação penal privada, quando a lei 
expressamente determinar que só se procedem 
mediante queixa, havendo ainda possibilidade da 
ação privada ser subsidiária da pública. Em re-
lação à legitimidade e à desistência da ação pe-
nal privada, analise os itens a seguir, indicando 
a assertiva incorreta, nos termos do Código de 
Processo Penal.
(A) A queixa contra qualquer dos autores do crime 
obrigará ao processo de todos, e o Ministério 
Público velará pela sua divisibilidade.
(B) A renúncia ao exercício do direito de queixa, 
em relação a um dos autores do crime, a to-
dos se estenderá.
(C) O perdão concedido a um dos querelados 
aproveitará a todos, sem que produza, toda-
via, efeito em relação ao que o recusar.
(D) O perdão poderá ser aceito por procurador 
com poderes especiais.
(E) A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão 
todos os meios de prova.
49. Segundo descreve o Código de Processo Penal, 
a competência jurisdicional será determinada pe-
las seguintes regras, exceto:
(A) o lugar da infração.
(B) o domicílio ou residência do réu.
(C) o domicílio ou residência do ofendido.
(D) a natureza da infração.
(E) a prerrogativa de função.
50. Analise a seguinte situação hipotética: Antônio, 
Carlos, Analiz e Pedro, todos maiores de 18 anos 
e capazes, reincidentes na prática anterior de 
crimes, foram presos por associação criminosa 
quando fraudavam documentos de idosos com 
o objetivo de praticar, contra eles, estelionato, o 
que, nos termos do Código Penal, terá pena do-
brada (art. 171 – pena: reclusão de 1 a 5 anos e 
multa (...) Estelionato contra idoso – § 4º Aplica-
-se a pena em dobro se o crime for cometido con-
tra idoso.). Levando-se em consideração que os 
crimes de estelionato não chegaram a ser prati-
cados, mas que a associação criminosa já estaria 
consumada, por estarem reunidos todos os ele-
mentos exigidos no tipo penal do art. 288 do Có-
digo Penal, com pena de reclusão de 1 a 3 anos, 
em relação às prisões provisórias admitidas na 
legislação brasileira, analise os itens a seguir:
I – A prisão temporária seria possível para os auto-
res do crime, pois, segundo descreve a Lei da 
Prisão Temporária (Lei n. 7.960/1989), caberá 
prisão temporária quando houver fundadas ra-
zões, de acordo com qualquer prova admitida 
na legislação penal, de autoria ou participação 
do indiciado nos seguintes crimes: homicídio 
doloso, sequestro ou cárcere privado; roubo; 
extorsão; estelionato, extorsão mediante se-
questro, dentre outros.
14
PC/BA – Investigador
II – Em razão de o crime ser inafiançável, é impos-
sível para o juiz na audiência de custódia con-
ceder a liberdade provisória para os envolvidos 
na infração penal.
III – Mesmo presentes os requisitos da preventiva, 
o juiz não poderia decretar a prisão cautelar, 
tendo em vista a pena para o crime de associa-
ção criminosa ser inferior a quatro anos.
IV – A prisão em flagrante deverá ser relaxada caso 
o juiz identifique alguma ilegalidade na prisão.
Estão corretos os itens
(A) I, II e IV.
(B) I e III.
(C) II.
(D) II, III e IV.
(E) IV.
51. Analise a seguinte situação hipotética: em um lo-
cal de triplo homicídio, houve a localização dos 
corpos da família (pai, mãe e filho). Assim que to-
mou conhecimentodo fato por meio de uma “noti-
tia criminis” anônima, a polícia se dirigiu ao local, 
num dia de domingo, por volta das 23 horas, e se 
deparou com a cena descrita na notícia anôni-
ma. Diante disso, tratando-se de crimes não tran-
seuntes (que deixaram vestígios), em relação ao 
local do crime e quanto à perícia nos cadáveres, 
analise as assertivas a seguir, indicando qual dos 
itens está em desarmonia com o comportamen-
to apuratório, relacionado ao exame de corpo de 
delito, nos termos da lei processual penal.
(A) O exame de corpo de delito poderá ser feito 
em qualquer dia e a qualquer hora.
(B) A autópsia será feita pelo menos seis horas 
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evi-
dência dos sinais de morte, julgarem que pos-
sa ser feita antes daquele prazo, o que decla-
rarão no auto.
(C) Os cadáveres serão sempre fotografados na 
posição em que forem encontrados, bem como, 
na medida do possível, todas as lesões exter-
nas e vestígios deixados no local do crime.
(D) Para representar as lesões encontradas no 
cadáver, os peritos, quando possível, junta-
rão ao laudo do exame provas fotográficas, 
esquemas ou desenhos, devidamente rubri-
cados.
(E) Em nenhum caso serão arrecadados objetos 
encontrados, ainda que possam ser úteis para 
a identificação dos cadáveres.
52. O exame de corpo de delito e as demais perícias 
são regulamentadas entre os artigos 158 a 184 
do CPP. Conforme descreveu a legislação em re-
lação a esse tema, podemos afirmar que
(A) o exame de corpo de delito e outras perícias 
serão realizados por perito oficial, e, neste 
caso, independerá se é ou não portador de 
diploma de curso superior.
(B) na falta de perito oficial, o exame será reali-
zado por 2 (duas) pessoas idôneas, portado-
ras de diploma de curso superior, preferen-
cialmente na área específica, dentre as que 
tiverem habilitação técnica relacionada com a 
natureza do exame.
(C) os peritos oficiais e os não oficiais prestarão 
o compromisso de bem e fielmente desempe-
nhar o encargo.
(D) no processo penal, não será permitida ao Mi-
nistério Público, ao assistente de acusação, 
ao ofendido, ao querelante ou ao acusado a 
indicação de assistente técnico, apenas a for-
mulação de quesitos aos peritos nomeados.
(E) não sendo possível o exame de corpo de de-
lito, por haverem desaparecido os vestígios, 
a prova testemunhal não poderá suprir-lhe a 
falta.
53. Nos termos do Código de Processo Penal (artigos 
317 e 318 do CPP), a prisão domiciliar consiste 
no recolhimento do indiciado(a) ou acusado(a) 
em sua residência, só podendo dela ausentar-se 
com autorização judicial. Para a substituição, o 
juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabe-
lecidos na Lei, podendo o juiz substituir a prisão 
preventiva pela domiciliar quando o agente for:
(A) maior de 75 (setenta e cinco) anos.
(B) extremamente debilitado por motivo de doen-
ça grave.
(C) imprescindível aos cuidados especiais de 
pessoa menor de 7 (sete) anos de idade ou 
com deficiência.
(D) gestante, exclusivamente quando a gestação 
for a partir do 7º (sétimo) mês.
(E) mulher com filho de até 12 (doze) anos de ida-
de completos.
54. Em relação às prisões provisórias, conforme a 
legislação processual penal e seu entendimento 
jurisprudencial, analise os itens a seguir, indican-
do a assertiva incorreta.
(A) Não há crime quando a preparação do fla-
grante pela polícia torna impossível a sua 
consumação.
(B) Não caracteriza flagrante preparado, e sim 
flagrante esperado, o fato de a Polícia, tendo 
conhecimento prévio de que o delito estava 
prestes a ser cometido, surpreender o agente 
na prática da ação delitiva.
(C) Considera-se em flagrante delito quem: está 
cometendo a infração penal; acaba de come-
tê-la; é perseguido, logo após, pela autorida-
15
PC/BA – Investigador
de, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infra-
ção, ou encontrado, logo depois, com instru-
mentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração.
(D) Em qualquer fase da investigação policial ou 
do processo penal, caberá a prisão preventi-
va decretada pelo juiz, de ofício, se no curso 
da investigação policial, ou a requerimento do 
Ministério Público, do querelante ou do as-
sistente, ou por representação da autoridade 
policial.
(E) Pode ser decretada a preventiva se o crime 
envolver violência doméstica e familiar contra 
a mulher, criança, adolescente, idoso, enfer-
mo ou pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de urgência.
55. No que diz respeito a diligências necessárias à 
prevenção e à repressão dos crimes relaciona-
dos ao tráfico de pessoas, previstas no Código 
de Processo Penal (art. 13-B), dentre elas, o 
membro do Ministério Público ou o delegado de 
polícia poderão requisitar, mediante autorização 
judicial, às empresas prestadoras de serviço de 
telecomunicações e/ou telemática que disponibi-
lizem imediatamente os meios técnicos adequa-
dos – como sinais, informações e outros que per-
mitam a localização da vítima ou dos suspeitos 
do delito em curso, sobre essa diligência. Analise 
os itens a seguir, indicando a assertiva correta.
(A) Para os efeitos desta diligência, sinal significa 
posicionamento da estação de cobertura, seto-
rização e intensidade de radiofrequência, bem 
como as conversas entre os interlocutores.
(B) Será permitido acesso ao conteúdo da comu-
nicação de qualquer natureza, que sempre 
acompanhará a decisão sobre o sinal de loca-
lização que dependerá de autorização judicial.
(C) Deverá ser fornecido pela prestadora de tele-
fonia móvel celular por período não superior a 
45 (quarenta e cinco) dias, renovável por uma 
única vez, por igual período.
(D) Na hipótese prevista no artigo 13-B do Código 
de Processo Penal, o inquérito policial deverá 
ser instaurado no prazo máximo de 72 (seten-
ta e duas) horas, contado do registro da res-
pectiva ocorrência policial.
(E) Não havendo manifestação judicial no prazo 
de 48 (quarenta e oito) horas, a autoridade 
competente requisitará às empresas presta-
doras de serviço de telecomunicações e/ou 
telemática que disponibilizem imediatamente 
os meios técnicos adequados – como sinais, 
informações e outros – que permitam a locali-
zação da vítima ou dos suspeitos do delito em 
curso, independentemente de comunicação 
ao juiz.
56. Tratando-se de competência penal, de acordo 
com o que está descrito no Código de Processo 
Penal sobre o tema, analise os itens a seguir, in-
dicando a resposta correta.
I – No processo por crimes praticados fora do ter-
ritório brasileiro, será competente o juízo da 
Capital do Estado onde houver por último re-
sidido o acusado. Se este nunca tiver residido 
no Brasil, será competente o juízo da Capital 
da República.
II – Os crimes cometidos em qualquer embarcação 
nas águas territoriais da República, ou nos rios 
e lagos fronteiriços, bem como a bordo de em-
barcações nacionais, em alto-mar, serão pro-
cessados e julgados pela justiça do primeiro 
porto brasileiro em que tocar a embarcação, 
após o crime, ou, quando se afastar do País, 
pela do último em que houver tocado.
III – Os crimes praticados a bordo de aeronave na-
cional, dentro do espaço aéreo correspondente 
ao território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bor-
do de aeronave estrangeira, dentro do espaço 
aéreo correspondente ao território nacional, 
serão processados e julgados pela justiça da 
comarca em cujo território se verificar o pouso 
após o crime, ou pela da comarca de onde hou-
ver partido a aeronave.
Quanto às afirmações descritas, pode-se afirmar 
que:
(A) Todos os itens estão corretos.
(B) Estão corretos os itens I e II.
(C) Está correto o item I.
(D) Está correto o item III.
(E) Estão corretos os itens II e III.
57. Nos termos da Lei n. 9.296/1996, que regulamen-
ta o inciso XII, parte final, do art. 5° da Consti-
tuição Federal, sobre a interceptação telefônica, 
analise os itens a seguir, indicando a assertiva 
incorreta.
(A) Só será admitida a interceptaçãode comu-
nicações telefônicas quando ocorrer os se-
guintes requisitos: houver indícios razoáveis 
da autoria ou participação em infração penal; 
a prova não puder ser feita por outros meios 
disponíveis e o fato investigado constituir in-
fração penal punida com reclusão.
(B) A interceptação de comunicações telefônicas, 
de qualquer natureza, para prova em investi-
gação criminal e em instrução processual pe-
nal, observará o disposto na lei específica e 
dependerá de ordem do juiz competente, que 
não poderá ser o juiz da ação principal, sob 
segredo de justiça.
(C) A lei aplica-se à interceptação do fluxo de 
comunicações em sistemas de informática e 
telemática.
16
PC/BA – Investigador
(D) A interceptação das comunicações telefôni-
cas poderá ser determinada pelo juiz, de ofí-
cio ou a requerimento da autoridade policial, 
na investigação criminal ou, ainda, do repre-
sentante do Ministério Público, na investiga-
ção criminal e na instrução processual penal.
(E) O pedido de interceptação de comunicação 
telefônica conterá a demonstração de que a 
sua realização é necessária à apuração de 
infração penal, com indicação dos meios a 
serem empregados. Excepcionalmente, o juiz 
poderá admitir que o pedido seja formulado 
verbalmente, desde que estejam presentes os 
pressupostos que autorizem a interceptação, 
caso em que a concessão será condicionada 
à sua redução a termo.
58. O juiz é um dos sujeitos principais do processo 
penal, juntamente com o autor da ação (acusa-
ção) e o réu (defesa). Ao juiz incumbirá prover à 
regularidade do processo e manter a ordem no 
curso dos respectivos atos, podendo, para tal 
fim, requisitar a força pública, bem como decidir 
a lide. Em alguns casos, verificam-se impedimen-
tos ou suspeição do juiz. Com base nesse tema, 
indique a assertiva correta.
(A) O juiz é suspeito e, por isso, não poderá 
exercer jurisdição no processo em que tiver 
funcionado seu cônjuge ou parente, consan-
guíneo ou afim, em linha reta ou colateral até 
o terceiro grau, inclusive, como defensor ou 
advogado, órgão do Ministério Público, autori-
dade policial, auxiliar da justiça ou perito.
(B) O juiz é impedido de funcionar no processo 
em que ele próprio houver desempenhado 
funções de autoridade policial ou órgão do 
Ministério público, bem como servido como 
testemunha do fato ou se qualquer de seus 
parentes até o 3º grau tiverem servido como 
testemunha.
(C) O juiz é impedido e, por isso, não pode de-
cidir no processo em que ele próprio ou seu 
cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive, for parte ou diretamente interessado 
no feito.
(D) Nos juízos coletivos, não poderão servir no 
mesmo processo os juízes que forem entre si 
parentes, consanguíneos ou afins, em linha 
reta ou colateral até o quarto grau, inclusive.
(E) O juiz será impedido e, se não o fizer, poderá 
ser recusado por qualquer das partes: se for 
amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer 
deles.
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE 
59. Assinale a alternativa correta acerca do trabalho 
interno do preso.
(A) A Lei de Execução Penal disciplina apenas 
que o trabalho do preso condenado definiti-
vamente é obrigatório, não se aplicando aos 
presos provisórios.
(B) O trabalho do condenado, como dever social 
e condição de dignidade humana, terá finali-
dade de orientação e apoio para reintegrá-lo 
à vida em liberdade.
(C) Aplicam-se as disposições da Consolidação 
das Leis do Trabalho para dirimir eventuais 
conflitos decorrentes do trabalho do preso.
(D) A jornada normal de trabalho não será inferior 
a 6 nem superior a 8 horas, com descansos 
nos domingos e feriados, sendo possível atri-
buir horário especial de trabalho àqueles pre-
sos designados para os serviços de conserva-
ção e manutenção do estabelecimento penal.
(E) O trabalho do preso condenado definitiva-
mente não é obrigatório, tendo em vista a ve-
dação constitucional de imposição de penas 
de trabalhos forçados. 
60. Em relação ao instituto da remição, considerando 
a normas previstas na Lei n. 7.210/1984, assinale 
a alternativa correta. 
(A) A remição é aplicável apenas aos presos con-
denados definitivamente, por sentença penal 
condenatória transitada em julgado.
(B) Compete ao juiz da execução decidir sobre 
questões relacionadas à remição da pena.
(C) Não se admite a remição de pena daquele 
preso que estuda, tendo em vista a ausência 
de previsão legal.
(D) Se o preso efetivamente trabalhar nos domin-
gos e feriados, sem autorização do juízo ou 
da direção do estabelecimento prisional, es-
ses dias não serão considerados no cálculo 
da remição da pena.
(E) O preso que, por acidente, esteja impossibili-
tado de prosseguir no trabalho ou nos estudos 
deixará de beneficiar-se com a remição, du-
rante o período do impedimento.
61. Assinale a alternativa correta acerca do delito 
de corrupção de menores (art. 244-B da Lei n. 
8.069/1990), considerando as disposições conti-
das na Lei n. 8.069/1990. 
(A) Configura o delito previsto no art. 244-B do 
ECA o ato de corromper ou facilitar a corrup-
ção de menor de 18 anos, com ele pratican-
do infração penal ou induzindo-o a praticá-la, 
incorrendo na mesma pena quem pratica tais 
condutas por quaisquer meios eletrônicos, in-
clusive sala de bate-papo na internet.
17
PC/BA – Investigador
(B) Não admite a modalidade tentada, por ser cri-
me de mera conduta.
(C) É crime próprio, pois somente pode ser prati-
cado por genitores ou por superior hierárquico 
nas relações de trabalho.
(D) É crime de menor potencial ofensivo.
(E) Para a configuração do crime previsto no art. 
244-B do ECA, é necessária a prova da efeti-
va corrupção do menor. 
62. Segundo o disposto na Lei n. 9.296/1996 (Inter-
ceptação Telefônica),
(A) admite-se a interceptação de comunicações 
telefônicas quando a infração penal for puni-
da, no máximo, com pena de detenção. 
(B) a interceptação das comunicações telefônicas 
prescinde de determinação do juiz. 
(C) a interceptação das comunicações telefônicas 
é medida que pode ser aplicada em relação a 
qualquer crime previsto no Código Penal ou 
em Legislação Penal Extravagante, bastan-
do, para tanto, que o juiz defira a diligência de 
modo fundamentado, justificando pormenori-
zadamente a imprescindibilidade da medida.
(D) constitui contravenção penal realizar intercep-
tação de comunicações telefônicas sem auto-
rização judicial ou com objetivos não autoriza-
dos em lei.
(E) a gravação dos áudios decorrentes da inter-
ceptação telefônica que não interessar à pro-
va será inutilizada por decisão judicial durante 
o inquérito, a instrução processual ou após 
esta, em virtude de requerimento do Ministé-
rio Público ou da parte interessada. 
63. Acerca da Lei n. 10.471/2003 (Estatuto do Idoso), 
assinale a alternativa correta. 
(A) Carol, cuidadora de Maria, pessoa idosa apo-
sentada, sacou, durante alguns meses, o be-
nefício da aposentadoria de Maria e gastou 
todo o valor para o pagamento de despesas 
suas, deixando de aplicar o benefício em fa-
vor da idosa. Nesse caso hipotético, Carol 
praticou o delito de apropriação indébita pre-
videnciária (Art. 168-A, “caput”, CP).
(B) Carol, cuidadora de Maria, pessoa idosa apo-
sentada, sacou, durante alguns meses, o be-
nefício da aposentadoria de Maria e gastou 
todo o valor para o pagamento de despesas 
suas, deixando de aplicar o benefício em fa-
vor da idosa. Nesse caso hipotético, Carol 
praticou o delito de reter o cartão magnético 
de conta bancária relativa a benefícios, pro-
ventos ou pensão do idoso (art. 104 do Esta-
tuto do Idoso).
(C) O Estatuto do Idoso tornou criminosa a con-
duta de discriminar pessoa idosa, impedin-
do ou dificultando seu acesso aos meios de 
transporte.
(D) Responde pelo delito de omissão de socorro, 
previsto no art. 135 do Código Penal, quem 
deixar de prestar assistência ao idoso, quan-
do possível fazê-lo sem risco pessoal, em si-
tuação de iminente perigo, ou recusar, retar-
dar ou dificultar sua assistênciaà saúde, sem 
justa causa, ou não pedir, nesses casos, o 
socorro de autoridade pública.
(E) Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso 
não se aplica o procedimento previsto na Lei 
n. 9.099/1995. 
64. De acordo com a Lei n. 7.492/1986, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Os crimes previstos na Lei n. 7.492/1986 não 
admitem coautoria ou participação. 
(B) Atribuir-se, ou atribuir a terceiro, falsa identi-
dade, para realização de operação de câmbio 
é conduta atípica para a Lei n. 7.492/1986, 
mas o agente responde de acordo com o deli-
to de falsidade ideológica.
(C) A Lei n. 7.492/1986 não admite confissão es-
pontânea perante autoridade policial.
(D) O indivíduo que gerir fraudulentamente deter-
minada instituição financeira cometerá crime 
cuja ação penal será promovida pelo MPF.
(E) A ação penal nos crimes previstos na Lei n. 
7.492/1986 será ajuizada perante a justiça co-
mum estadual do lugar em que for praticada 
ação ou omissão, ainda que o resultado tenha 
ocorrido em outra unidade da federação. 
65. Constitui crime contra a ordem tributária (Lei n. 
8.137/1990) suprimir ou reduzir tributo, ou con-
tribuição social e qualquer acessório, mediante a 
seguinte conduta: 
(A) falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, dupli-
cata, nota de venda, ou qualquer outro docu-
mento relativo à operação tributável.
(B) abusar do poder econômico, dominando o 
mercado ou eliminando, total ou parcialmen-
te, a concorrência mediante qualquer forma 
de ajuste ou acordo de empresas.
(C) formar acordo, convênio, ajuste ou aliança 
entre ofertantes, visando à fixação artificial de 
preços ou quantidades vendidas ou produzi-
das.
(D) favorecer ou preferir, sem justa causa, com-
prador ou freguês, ressalvados os sistemas 
de entrega ao consumo por intermédio de dis-
tribuidores ou revendedores.
(E) vender ou expor à venda mercadoria cuja 
embalagem, tipo, especificação, peso ou 
composição esteja em desacordo com as 
prescrições legais, ou que não corresponda à 
respectiva classificação oficial.
18
PC/BA – Investigador
66. Acerca dos crimes previstos no CDC, assinale a 
opção correta. 
(A) Os crimes contra as relações de consumo 
previstos no Código de Defesa do Consumi-
dor, em razão do princípio da especialidade, 
revogaram aqueles anteriormente tipificados 
no Código Penal e demais leis penais extra-
vagantes.
(B) Praticar crime contra as relações de consu-
mo, tendo como vítima pessoa sabidamente 
analfabeta, com o intuito de ludibriá-la, confi-
gura causa de aumento de pena de 1/6 a 1/3.
(C) No Código de Defesa do Consumidor, não 
há nenhum crime punido com pena de re-
clusão. Ademais, em relação a todos eles, 
são cabíveis os institutos previstos na Lei n. 
9.099/1995, tais como transação penal, sus-
pensão condicional do processo e composi-
ção civil dos danos, quando se tratar de vítima 
determinada.
(D) Não comete crime o fornecedor que, na repa-
ração de produtos, emprega peça ou compo-
nentes de reposição usados sem a autoriza-
ção do consumidor.
(E) De acordo com o Código de Defesa do Con-
sumidor, as ações penais podem ser públi-
cas incondicionadas, subsidiárias da pública, 
condicionadas à representação do ofendido e 
ações penais privadas. 
67. Acerca do ato de improbidade, que também 
constitui crime, assinale a alternativa correta. 
(A) A aplicação das sanções previstas na Lei de 
Improbidade Administrativa depende da efeti-
va ocorrência de dano ao patrimônio público.
(B) Se uma pessoa maior e capaz representar 
contra um inspetor de polícia por ato de im-
probidade sabendo que ele é inocente, tal 
conduta, de acordo com a Lei n. 8.429/1992, 
é considerada contravenção penal.
(C) O autor de ato de improbidade, reconheci-
do judicialmente por sentença condenatória 
transitada em julgado, não pode, pelo mesmo 
fato, ser denunciado pelo Ministério Público 
e, posteriormente, condenado em ação penal 
pelo mesmo fato, tendo em vista a vedação 
ao bis in idem.
(D) Constitui crime, punido com pena de reclu-
são, a representação por ato de improbidade 
contra agente público ou terceiro beneficiário, 
quando o autor da denúncia o sabe inocente.
(E) A autoridade judicial ou administrativa com-
petente poderá determinar o afastamento do 
agente público do exercício do cargo, empre-
go ou função, sem prejuízo da remuneração, 
quando a medida se fizer necessária à instru-
ção processual, mas a perda da função públi-
ca e a suspensão dos direitos políticos só se 
efetivam com o trânsito em julgado da senten-
ça condenatória. 
68. De acordo com a Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral 
das Nações Unidas, analise os itens e assinale a 
alternativa correta. 
(A) Ninguém será preso, detido ou exilado.
(B) Todo ser humano tem direito, em plena igual-
dade, a uma audiência justa e secreta por par-
te de um tribunal independente e imparcial, 
para decidir sobre seus direitos e deveres ou 
do fundamento de qualquer acusação criminal 
contra ele.
(C) Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o 
direito de procurar e de gozar asilo em outros 
países, ainda que esta perseguição seja le-
gitimamente motivada por crimes de direito 
comum ou por atos contrários aos objetivos e 
princípios das Nações Unidas.
(D) Ninguém poderá ser culpado por qualquer 
ação ou omissão que, no momento, não cons-
tituíam delito perante o direito nacional ou in-
ternacional. Também não será imposta pena 
mais forte do que aquela que, no momento da 
prática, era aplicável ao ato delituoso. 
(E) A Declaração Universal dos Direitos do Hu-
manos pecou ao deixar de prever o princípio 
da presunção de inocência. 
69. Quanto aos crimes eleitorais tipificados no Códi-
go Eleitoral, pode-se afirmar que
(A) não há crimes punidos com pena de reclusão.
(B) não há previsão de sanções penais puníveis 
a título de culpa, resumindo-se a estabelecer 
sanções penais puníveis apenas a título de 
dolo.
(C) usar de violência ou grave ameaça para coa-
gir alguém a votar, ou não votar, em determi-
nado candidato ou partido, ainda que os fins 
visados não sejam conseguidos, não constitui 
crime.
(D) a ação penal por crime de injúria eleitoral é 
de iniciativa pública condicionada à represen-
tação. 
(E) crime de corrupção ativa e passiva eleitoral, 
tipificado no artigo 299 do Código Eleitoral, 
é crime material, pois, para a sua consuma-
ção depende do resultado das eleições, para 
além da aceitação da promessa de vantagem.
70. No que se refere à Lei n. 5.553/1968, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Constitui contravenção penal, punível exclusi-
vamente com pena de multa a retenção de 
qualquer documento a que se refere esta Lei 
n. 5.553/1968.
(B) Constitui contravenção penal, punível com 
pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) meses 
ou multa a retenção de qualquer documento a 
que se refere esta Lei n. 5.553/1968.
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PC/BA – Investigador
(C) Constitui contravenção penal, punível com 
pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) 
meses ou multa a retenção de qualquer docu-
mento a que se refere esta Lei n. 5.553/1968. 
(D) Constitui crime, punível com pena de deten-
ção de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa, a 
retenção de qualquer documento a que se re-
fere a Lei n. 5.553/1968.
(E) Constitui crime, punível com pena de reclusão 
de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa, a reten-
ção de qualquer documento a que se refere a 
Lei n. 5.553/1968. 
71. Acerca dos procedimentos nos juizados espe-
ciais criminais, assinale a opção correta. 
(A) Não se admite a proposta de transação pe-
nal se ficar comprovado que o autor da infra-
ção foi condenado pela prática de contraven-
ção penal.
(B) Não se admite a proposta de transação penal 
se ficar comprovado que o autor da infração 
foi condenado pela prática de crime punível 
com pena de multa.
(C) Havendo representação ou tratando-se de cri-
me de ação penal pública incondicionada, o 
Ministério Público decidirá se arquiva o pro-
cedimento ou se propõe a aplicação imediata 
de pena restritiva de direitos ou multas (tran-
sação penal).

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