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AULA 9

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Aula 9: Tópicos da Lei de Responsabilidade Fiscal
Apresentação
A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), se constituiu no principal instrumento regulador das contas públicas do Brasil. A LRF passou a exigir dos gestores nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) maior responsabilidade sobre os gastos públicos a partir de três princípios básicos: imposição de limites para esses gastos, atribuição de responsabilidades e transparência da gestão.
Esta lei trouxe uma mudança institucional e cultural na gestão do dinheiro público, estabelecendo rígidas punições aos gestores que não mantiverem o equilíbrio das contas. Analisaremos nesta aula os principais aspectos tratados na LRF, destacando os controles sobre as contas públicas e limites de gastos.
Objetivos
· Apresentar os limites de gasto e o endividamento estabelecidos pela LRF;
· Listar os relatórios definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
Conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei complementar nº 101 regulamenta o artigo 163 da Constituição Federal de 1988.
A LRF é um mecanismo que incrementa o controle das contas públicas, impondo maior rigor ao governo para que ele não contraia despesas em nível superior às receitas tampouco empréstimos ou dívidas que possam causar um desequilíbrio das contas públicas.
Essa lei fortalece os instrumentos de planejamento e programação orçamentária instituídos pelo artigo 165 da CF/88:
A LRF estabelece, em âmbito nacional, normas de gestão fiscal e patrimonial dos recursos públicos que devem ser observadas pelas pessoas jurídicas de direito público interno da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Esse conjunto engloba:
Receita corrente líquida (RCL)
Na Lei de Responsabilidade Fiscal, a RCL é utilizada como referencial dos limites das despesas com pessoal. Além da sua aplicação no âmbito da LRF, a receita corrente líquida é utilizada pelo Senado Federal para estabelecer limites de endividamento, contratação de operações de crédito e pagamento do serviço da dívida.
O inciso IV do artigo 2º da LRF define receita corrente líquida como o somatório de:
Quando a RCL é calculada em cada esfera de governo, algumas receitas devem ser deduzidas, conforme tabela a seguir:
A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês de referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (§ 3º, art. 2º, LRF).
Objetivos e controles da LRF
Objetivos
De acordo com o caput do art. 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal, o principal objetivo da LRF é estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. O parágrafo primeiro deste artigo, por sua vez, conceitua responsabilidade na gestão fiscal por meio da apresentação dos objetivos da LRF:
O diagrama a seguir parte da premissa de controle sobre as contas públicas e apresenta os principais pontos tratados pela LRF:
Metas fiscais
Estimativa feita pelo governo do resultado fiscal (diferença entre a expectativa de receitas e a de gastos em um ano). Pode haver dois resultados:
Resultado Primário
Resultado Nominal
Atenção
A LRF exige que as leis de diretrizes orçamentárias contenham um anexo com a série de metas fiscais para os três anos subsequentes à respectiva edição.
a) Resultado primário
Diferença entre receitas e despesas do governo, sendo excluídas do cálculo as receitas e despesas financeiras (principalmente juros). São três as possibilidades:
Receita = despesa = resultado nulo
Receita > despesa = superávit primário (indicação de quanto o governo economizou ao longo de um período de tempo tendo em vista o pagamento dos juros incidentes sobre a sua dívida)
Receita < despesa = déficit primário
Dica
O principal objetivo do cálculo do resultado primário é avaliar duas capacidades: a de sustentação da política fiscal frente ao volume da dívida consolidada e a de pagamento pelo setor público no longo prazo.
Os resultados fiscais podem ser apurados de duas formas:
Acima da linha
Corresponde à diferença entre as receitas e as despesas do setor público (usado pelo Tesouro Nacional, está restrito apenas ao governo central);
Abaixo da linha
Corresponde à variação da dívida líquida total interna ou externa (calculado pelo Banco Central para fornecer estatísticas fiscais do setor público consolidado).
b) Resultado nominal
Diferença entre os totais das receitas e despesas do governo (incluindo as financeiras e não financeiras).
Limites
a) Regra de ouro
Pretende evitar que os recursos de operações de crédito sejam utilizados para financiar despesas correntes. Está prevista tanto na CF/88 (art. 167, inciso III) quanto na LRF/00 (art. 12, § 2º):
A realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo poder legislativo por maioria absoluta.
CF 88 art. 167, inciso III.
O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, art. 12, § 2º).
b) Despesas com pessoal
A LRF também trata do artigo 169 da Constituição Federal. A CF/88 determina o estabelecimento de limites para as despesas com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Os limites de gastos com pessoal são estabelecidos em relação à receita corrente líquida (RCL). De acordo com a LRF (art. 18), entende-se como despesas de pessoal:
· Somatório dos gastos do ente da federação com os ativos;
· Despesas com inativos e pensionistas;
· Mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de poder com quaisquer espécies remuneratórias;
· Vencimentos e vantagens fixas e variáveis;
· Subsídios e proventos de aposentadoria;
· Reformas e pensões;
· Adicionais de qualquer natureza;
· Gratificações, horas extras e vantagens pessoais;
· Encargos sociais;
· Contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência;
· Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como outras despesas de pessoal.
O § 1º do artigo 19 da LRF estabelece que, na verificação dos limites de gastos com pessoal, não serão computadas as despesas:
Atenção
A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar (art. 169, CF/88). Adotando-se o regime de competência, essa despesa total será apurada somando-se aquela realizada no mês de referência às dos onze imediatamente anteriores. A LRF atribui competência aos Tribunais de Contas para verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada poder e órgão.
	LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL ESTABELECIDOS NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
	
União: 50%
	40,9% para o Executivo
	
	6% para o Judiciário
	
	2,5% para o Legislativo
	
	0,6% para o Ministério Público
	
Estados: 60%
	49% para o Executivo
	
	6% para o Judiciário
	
	3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado
	
	2% para o Ministério Público
	Municípios: 60%
	54% para o Executivo
	
	6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do município, quando houver
c) Dívida consolidada líquida
Resultado obtido deduzindo-se da dívida consolidada os valores do ativo disponível e dos haveres financeiros. Isso é descontado dos valores inscritos no item restos a pagar processados conforme estabelece o artigo 42 da LRF. A dívida consolidada compreende, nos termos do art. 29 da LRF, o montante total das obrigações financeiras assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e de operações de crédito para amortização em prazo superior a doze meses.
Saiba mais
A resolução do Senado Federal nº 40/2001  dispõe sobre os limites globais para o montante de duas dívidaspúblicas: a consolidada e a mobiliária dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
d) Garantias
Compromissos de adimplência de obrigações financeiras ou contratuais assumidas pelo Estado ou por entidade a ele vinculada perante terceiros em decorrência da contratação de operações de crédito internas e externas.
Saiba mais
A LRF estabelece que os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas se forem observados o disposto no artigo 40, as normas do artigo 32 e também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal. Diferenciados para União, estados, municípios e Distrito Federal, os limites para concessão de garantias são estabelecidos pelo Senado Federal em percentual da RCL.
Contragarantia é a contrapartida oferecida pelo ente que irá receber uma garantia.
e) Operações de crédito (global e ARO)
Por força do disposto no artigo 30 da LRF, o Senado Federal aprovou as resoluções 40 e 43, de dezembro de 2001, que estabeleceram limites globais de endividamento e operações de crédito para os estados, Distrito Federal e municípios. Essas resoluções também proibiram:
• Contratações de operações de crédito nos dois últimos quadrimestres do mandato;
• Necessidade de comprovação da adimplência do tomador de empréstimos através de certidão do Tribunal de Contas a que esteja vinculado.
Para as operações de crédito por antecipação da receita orçamentária (ARO), a resolução nº 43 fixou limite de 7% da RCL.
Atenção
As ARO somente poderão ser realizadas a partir do décimo dia do início do exercício e liquidadas até o dia 10 de dezembro de cada ano, estando proibidas enquanto houver operação anterior não resgatada e nos 180 dias anteriores ao final do mandato do chefe do Executivo.
f) Restos a pagar
O artigo 42 da LRF estabelece que:
É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa, serão considerados os encargos e as despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
LRF, artigo 42.
Mecanismos de compensação
1) Renúncia de receita
Na LRF, o artigo 14, § 1º, estabelece que a renúncia de receitas:
Compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondem a tratamento diferenciado.
LRF, artigo 14, § 1º.
Constituindo exceção à regra geral, renúncias de receitas podem ocorrer através da concessão de três diferentes tipos de benefícios:
2) Geração de despesas obrigatórias de caráter continuado (DOCC)
O artigo 17 da LRF define DOCC como as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente público a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.
Atenção
Há discussões e controvérsias quanto à definição das despesas obrigatórias de caráter continuado. Por isso, a decisão sobre a classificação dessas despesas tem sido realizada pelos relatores da Comissão Mista de Orçamento durante a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Despesas com pessoal e encargos sociais representam o item de despesa obrigatória de caráter continuado mais relevante no setor público brasileiro. De longa duração, eles englobam gastos com o pagamento de ativos, inativos e pensionistas.
Relatórios definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal
A LRF exige que os governantes informem e demonstrem todas as suas ações, de forma clara, visando a subsidiar o efetivo controle social sobre as contas públicas. Ela define como instrumentos de transparência da gestão fiscal aos quais será dada ampla divulgação (inclusive em meios eletrônicos de acesso público):
O texto legal estabelece também que a transparência será assegurada mediante incentivo à participação popular e à realização de audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão de planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Atenção
Na esfera federal, a Secretaria do Tesouro Nacional, para cumprir o disposto na LRF, divulga a prestação de contas do Presidente da República e os demais demonstrativos relativos à União. Também informa as séries históricas, que oferecem aos usuários uma sequência anual de receitas e despesas da União. O artigo 51 da LRF ainda estabelece que o Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.
Relatório resumido de execução orçamentária (RREO)
Publicado bimestralmente, este balanço mais detalhado engloba a movimentação orçamentária de todos os poderes e entidades de uma mesma esfera de governo. Em seu artigo 165, §3º, a Constituição Federal exige que o Poder Executivo publique o RREO no prazo de trinta dias após o encerramento de cada bimestre. Municípios com mais de 50 mil habitantes devem publicar seus RREO até 30 dias após o encerramento de cada bimestre.
Relatório de gestão fiscal (RGF)
Relatório setorial elaborado e publicado pelo Poder Executivo - embora inclua os dados referentes ao Poder Legislativo - que demonstra a execução de variáveis sujeitas a limite (pessoal, dívida consolidada, ARO, operações de crédito e garantias). O RGF deve ser publicado em até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre. Municípios com menos de 50 mil habitantes podem divulgá-lo semestralmente.
Atividade
1. A LRF estabelece, em âmbito nacional, normas de gestão fiscal e patrimonial dos recursos públicos que devem ser observadas pelas:
a) Pessoas jurídicas de direito público interno da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
b) Pessoas jurídicas de direito público interno ou externo.
c) Pessoas jurídicas de direito público ou privado da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
d) Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
e) Pessoas físicas de direito público interno da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
Gabarito
A resposta correta é a alternativa a. O § 2º do art. 1º da LRF estabelece, em âmbito nacional, normas de gestão fiscal e patrimonial dos recursos públicos que devem ser observadas pelas pessoas jurídicas de direito público interno da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, englobando:
• Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
• O Ministério Público Federal e os dos estados;
• Os Tribunais de Contas da União, dos estados e, quando houver, dos municípios;
• As entidades da administração direta, inclusive a Advocacia-Geral da União, as procuradorias estaduais e os fundos;
• As entidades da administração indireta.
2. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece diferentes limites para a realização de despesas com pessoal por poder e esfera de governo. Na tabela abaixo, faça o relacionamento entre o limite de gasto estabelecido por poder com a esfera de governo a que se refere:
A. União;
B. Estados;
C. Municípios.
	Limite por poder
	Esfera de governo
	54% para o Executivo
	
	40,9% para o Executivo
	
	3% para o Legislativo
	
	2,5% para o Legislativo
	
	0,6% para o Ministério Público
	
	49% para o Executivo
	
	2% para o Ministério Público
	
Gabarito comentado
Municípios / União / Estados / União / União / Estados / Estados.
	LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL ESTABELECIDOS NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
	
União: 50%
	40,9% para o Executivo
	
	6% para o Judiciário
	
	2,5% para o Legislativo
	
	0,6% para o Ministério Público
	
Estados: 60%
	49% para o Executivo
	
	6% para o Judiciário
	
	3% para o Legislativo, incluindoo Tribunal de Contas do Estado
	
	2% para o Ministério Público
	Municípios: 60%
	54% para o Executivo
	
	6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do município, quando houver
3. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) utiliza diversos termos técnicos. Na tabela abaixo, faça o relacionamento das descrições conceituais com os seguintes termos técnicos:
A. Resultado primário;
B. Dívida consolidada líquida;
C. Garantias;
D. Abaixo da linha.
	Descrição conceitual
	Termo
	Forma de apuração dos resultados fiscais que corresponde à variação da dívida líquida total interna ou externa.
	
	São os compromissos de adimplência de obrigações financeiras ou contratuais assumidas pelo Estado ou entidade a ele vinculada perante terceiros em decorrência da contratação de operações de crédito internas e externas.
	
	É a diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo-se do cálculo as receitas e despesas com juros.
	
	É o resultado obtido deduzindo-se da dívida consolidada os valores do ativo disponível e haveres financeiros, descontado dos valores inscritos em restos a pagar Processados.
	
Gabarito comentado
Abaixo da linha / Garantias / Resultado primário / Dívida consolidada líquida.
A - Resultado primário é a diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo-se do cálculo as receitas e despesas com juros. São três as possibilidades.
B - O art. 42 da LRF estabelece que a dívida consolidada líquida é o resultado obtido deduzindo-se da dívida consolidada os valores do ativo disponível e haveres financeiros, descontado dos valores inscritos em restos a pagar processados.
C - A LRF estabelece que os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto no art. 40, as normas do art. 32 e também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal. Garantias são os compromissos de adimplência de obrigações financeiras ou contratuais assumidas pelo Estado ou entidade a ele vinculada perante terceiros em decorrência da contratação de operações de crédito internas e externas.
D - Os resultados fiscais podem ser apurados de duas formas: acima da linha, que corresponde à diferença entre as receitas e as despesas do setor público, e abaixo da linha, que corresponde à variação da dívida líquida total interna ou externa.
4. Basicamente um balanço orçamentário mais detalhado publicado bimestralmente que alcança a movimentação orçamentária de todos os poderes e entidades de uma mesma esfera de governo, o relatório é denominado:
a)  Relatório de gestão fiscal.
b) Relatório geral de gestão orçamentário detalhada.
c) Relatório resumido de execução orçamentária.
d) Balanço orçamentário nível 2.
e) Balanço orçamentário consolidado por ente público.
Gabarito comentado
A resposta correta é a alternativa c. O relatório resumido de execução orçamentária (RREO) consiste basicamente em um balanço orçamentário mais detalhado publicado bimestralmente que alcança a movimentação orçamentária de todos os poderes e entidades de uma mesma esfera de governo. A Constituição Federal exige, em seu artigo 165, §3º, que o Poder Executivo publique, no prazo de trinta dias após o encerramento de cada bimestre, o relatório resumido de execução orçamentária.
5. Assinale a alternativa que apresente o relatório setorial elaborado e publicado pelo Poder Executivo, embora ele inclua os dados referentes ao Poder Legislativo, que demonstra a execução de variáveis sujeitas a limite (pessoal, dívida consolidada, ARO, operações de crédito e garantias).
a) Balanço fiscal consolidado.
b) Relatório geral de gestão orçamentária detalhada.
c) Relatório resumido de execução orçamentária.
d) Balanço orçamentário-financeiro.
e) Relatório de gestão fiscal.
Gabarito comentado
A resposta correta é a alternativa e. O relatório da gestão fiscal (RGF) é um relatório setorial elaborado e publicado pelo Poder Executivo (embora inclua os dados referentes ao Poder Legislativo) que demonstra a execução de variáveis sujeitas a limite (pessoal, dívida consolidada, ARO, operações de crédito e garantias). O RGF deve ser publicado em até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre. Municípios com menos de 50 mil habitantes podem divulgá-lo semestralmente.

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