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Histórico Armas Químicas

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HISTÓRICO DE ARMAS QUÍMICAS 
Ana Beatriz Cavalcanti 
• Definição: 
Os compostos denominados como armas químicas foram desenvolvidos com a visão do 
grande potencial de extermínio em massa. Algumas armas químicas ou venenos militares 
mundialmente conhecidos são: gás Mostarda, O-mostarda, Sesquimostarda, Sarin, 
Soman, VX, Tabun, DFP, GF, entre outros, que foram muito utilizados em guerras ou 
embates consideravelmente grandes. 
• Características Históricas: 
As armas químicas em sua maioria foram desenvolvidas com o intuito de alcançar uma 
destruição em massa em pouca quantidade de tempo, causando assim, destruição 
imediata de uma grande parte de soldados ou de partes do mundo. 
As grandes nações consideraram a descoberta desse tipo de arma muito importante para 
a corrida espacial e tecnológica durante guerras intensas e duradouras. 
Até a Primeira Guerra Mundial, não se sabia do uso de armas de origem químicas, 
biológicas ou atômicas, mas se sabia que as grandes potências da época já produziam 
esse tipo de arma para enriquecer seu poderil bélico. Antes mesmo da descoberta de 
combinações de elementos químicos que seriam capazes de reagir e culminar em 
explosões ou na liberação de gases letais, o ser humano já se interessava pela arte da 
guerra e já era competitivo o suficiente para começar a desenvolver cada vez mais armas 
para facilitar o desempenho no campo de guerra. 
Na Grécia antiga, os grego já utilizavam flechas envenenadas com alto alcance, provando 
que a química e a guerra já estiveram relacionadas muito antes do conhecimento vasto 
sobre a química. 
As armas químicas já foram utilizadas em muitas guerras, mesmo que secretamente 
produzidas, durante as guerras foram usadas em larga escala. O cientista alemão Fritz 
Harber, ganhador do Prêmio Nobel de Química por suas pesquisas sobre a síntese da 
amônia, propôs, em 1915, o uso de gás cloro contra os inimigos. Sua idéia foi posta em 
prática na Batalha de Ypres, na Bélgica. Ainda na Primeira Guerra Mundial, o gás 
mostarda foi usado pelos alemães contra os inimigos e os ingleses e franceses utilizaram 
gases do sangue. Estima-se que nessa guerra houve mais de 100 mil mortos vítimas de 
armas químicas. 
Após a Primeira Guerra, as autoridades tiveram noção do massacre promovido pelo uso 
de armas químicas e tentaram de forma urgente, limitar a produção e o uso de tais armas. 
O tratado de Genebra previsto para regular de forma intensa o uso das armas falhou 
miseravelmente, pois as nações continuaram a usá-las em conflitos ocorridos no século 
XX. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, os nazistas usaram o Zyklon B e o gás 
cianídrico no extermínio de judeus. 
Muitas convenções foram realizadas com o mesmo intuito do Protocolo De Genebra, 
entretanto, até hoje somos cientes que esse tipo de tecnologia até hoje é produzido e 
sabemos que se houvessem conflitos seriam usados. Em 1972, a Convenção de Armas 
Biológicas e Químicas proibiu a produção e estocagem de armas químicas e biológicas no 
mundo, mas, desde então, houve casos de desrespeito a essa lei, como durante a 
invasão do Afeganistão pela ex-URSS, na luta dos iraquianos contra os curdos e na 
Guerra do Golfo. 
Exemplos de Armas Químicas (utilizadas em guerras) 
 
 
 
• Tipos mais comuns e mais usados: 
Sufocantes 
Como exemplos temos o cloro, fosgênio, disfogênio. Esses gases são de cor 
verde-amarelada e, no caso do cloro, possui cheio de piscina. 
As principais consequencias são quando inalados. Estes agentes fazem com que fluído 
se acumule dentro dos pulmões, matando a pessoa por asfixia em diferentes períodos de 
tempo, o fosgênio pode demorar até 48 horas para fazer efeito, enquanto o cloro pode 
afetar as pessoas quase imediatamente. 
Para os soldados e pessoas se protegerem era recomendado o uso de uma máscara 
antiga é suficiente. Para ser usada como arma, o gás pode ser colocado em cilindros e 
transportado ao campo de batalha, onde é pulverizado. Também é possível colocar o gás 
em morteiros. 
 
 
Hematóxicas 
Como exemplo temos o grupo dos Cianetos: cianeto de hidrogênio e cloreto de 
cianogênio. Esses gases são incolores e podem ter cheio de amêndoas, o que dificultaria 
a sua identificação de gás nocivo, pois na época das primeiras guerras, poucos tinham o 
conhecimento sobre essa característica peculiar deste gás. 
Como principais consequências da inalação o cianeto de hidrogênio é absorvido pelos 
pulmões e, ao ser distribuído pela corrente sangüínea, afeta a habilidade dos tecidos do 
corpo de absorver oxigênio. Os órgãos mais afetados são o cérebro e o coração – que 
pode parar de funcionar em até oito minutos. O cianeto de hidrogênio pode ser absorvido 
pela pele aumentando seu poder de controle do sistema neurológico e respiratório, 
levando o soldado ou pessoa á óbito em questão de minutos. 
Para a proteção e antídoto as máscaras antigas e roupas especiais. Há alguns antídotos, 
mas não há consenso quanto à eficiência deles. Para que o gás possa ser utilizado como 
arma, precisa ser usado em espaços fechados para ter o máximo de eficácia. 
 
Irritantes 
Como exemplo temos o Gás mostarda, lewisite, yperite de enxofre ou azoto. O gás 
mostarda, na forma líquida, tem cor amarela. O cheiro destes agentes lembra o do alho, 
de gerânios ou de peixe, mas não é muito forte. 
Como principais efeitos, os gases queimam a pele, os olhos, e todos os órgãos internos 
por onde passem caso inalados, causando grandes ulcerações. 
Para a proteção,os agentes irritantes atacam o corpo tanto na forma líquida como na 
forma gasosa, de maneira que equipamento de proteção completo, para todo o corpo, é 
necessário. 
Como arma, o gás mostarda foi usado pela primeira vez pela Alemanha, durante a 
Segunda Guerra Mundial. Também foi usado pela Itália na Etiópia entre 1935 e 1936, pelo 
Egito no Iêmen nos anos 60 e pelo Iraque na Guerra contra o Irã, na década de 80. 
 
Neurotóxicas 
Como exemplo, os gases organofosforados, divididos em duas categorias – o grupo V, 
que incluiu os gases VX e VG; e o grupo G, que inclui os gases sarin, tabun e soman. Os 
do tipo V são mais potentes e não têm cor nem cheiro, enquanto os do tipo G têm cheiro 
de frutas e são amarronzados. Na forma líquida, são absorvidos pela pele. 
Como principais efeitos, os gases neurotóxicos afetam o sistema nervoso, impedindo o 
transporte correto de mensagens entre o cérebro e os músculos do corpo. Uma 
quantidade muito pequena é capaz de provocar a morte em menos de dois minutos. Os 
gases do grupo V podem ser tratados com agentes adesivos, o que aumenta a eficiência 
da arma. 
Para a proteção, máscaras impedem intoxicação pelos agentes em forma de vapor, mas 
para as formas líquidas é preciso vestir equipamento de proteção completo. A atropina é 
um antídoto eficiente, mas deve ser administrada com rapidez. 
Sobre o seu uso como arma, o sarin foi inventado na Alemanha nos anos 30, mas não foi 
usado na Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra, vários países desenvolveram 
gases neurotóxicos, entre eles o VX, inventado na Grã-Bretanha. O tabun e o sarin foram 
usados pelo Iraque contra curdos no norte do país, em 1988. 
 
 
• Uso de Armas Químicas na Primeira Guerra: 
Depois de duas experiências sem resultados feitas no front ocidental, ainda em 1915, o 
exército alemão, seguido dos franceses e ingleses, fez largo uso do gás de cloro e de 
mostarda a partir de 1916. Assim, os soldados conheceram mais um abominável 
instrumento de morte. O pavor dos atingidos pela nuvem mortífera foi total. Desde então, 
nada provocou no homem contemporâneo tamanha fobia do que vir a morrer inalando gás 
venenoso. Registra-se o dia 3 de janeiro de 1915 como a data fatídica em que pela 
primeira vez os alemães abriram cilindros de gás venenoso sobre as trincheiras inimigas, 
operação, diga-se, inutilizada pelas baixas temperaturas do inverno Europeu. Mas logo 
que o tempo melhorou,com a primavera, em 25 de abril de 1916, a situação foi outra. Nos 
dias seguintes, na região de Langemarck, perto de Ypres, uma densa névoa verde-cinza, 
típica do gás de cloro, expelida de 520 cilindros, começou a soprar em direção às linhas 
de um regimento franco-argelino que sustentava a posição nas trincheiras em frente. 
Quando os soldados viram aquele vapor tóxico vindo na direção deles, envolvendo tudo, 
adentrando por todo os lados, provocando-lhes uma violenta náusea, foi um salve-se 
quem puder. Era o sopro do dragão. O pânico fez com que eles, deixando as armas e as 
mochilas, corressem como loucos para as linhas da retaguarda em busca da salvação. 
Tiveram que improvisar algumas máscaras na hora, mas sem grandes resultados. 
Entretanto o gás de cloro, já era conhecido e já haviam descoberto formas e antídotos 
para combatê-lo, contudo, outro gás com muito mais poder de destruição foi utilizado. 
A partir do ano de 1916, especialmente durante a longa batalha de Verdun, travada entre 
alemães e franceses, o gás entrou em cena de vez. E desta feita foi a estréia de novo gás 
muito mais mortífero em seus efeitos do que o cloro - o chamado gás de mostarda ( 
dichlorethylsulphide ). De cor amarelada forte, ele mostrou ser capaz de devastar as 
linhas adversárias mesmo em meio às tropas equipadas com máscaras antigas. Em 
contato direto com qualquer parte da pele da vítima, de imediato, ele levantava bolhas 
amareladas, atacando em seguida os olhos e as vias respiratórias. Além disso, tinha a 
capacidade de permanecer fazendo efeito durante um tempo bem superior do que os 
outros, como o gás lacrimogêneo (lachrymator), não mortal, e o de cloro, seja ele 
fosfogênico ou difosgênico. 
 
Uma genial descrição do sofrimentos e do massacre foi dada pelo poeta britânico Wilfred 
Owen: 
DULCE ET DECORUM EST (1917) 
Totalmente encurvados como se fossem velhos mendigos em fila, joelhos dobrados, 
tossindo como bruxas, andávamos sobre a maldita lama. 
 Até o momento em que os insistentes sinalizadores nos fizessem voltar 
 Então, na distância que nos restava percorrer, começamos a nos arrastar 
Alguns marchavam tontos de sono. Muitos deles haviam perdido suas botas, mancando, 
com os sapatos ensanguentados 
 Todos estavam estropiados, todos cegos: bêbados de fadiga, surdos mesmo aos 
alarmes de que um cartucho de gás havia estourado ali perto 
Gás! Gás! Rápido rapazes! Num êxtase mal ajeitado, todos tentam colocar a máscara 
ainda a tempo. Mas alguém continuava gritando alto e tropeçando, como um homem em 
meio ao fogo ou a lama 
Confuso, como se estive metido numa densa e enevoada vidraça de luz verde, como se 
estivesse num mar verde, eu o vi se afogando 
Em todos os sonhos que tive depois dessa desamparada cena, ele aparecia 
precipitando-se sobre mim, derretendo-se, sufocado, afogado 
Não sei se com esses enfumaçados sonhos você também conseguirá ter paz 
Atrás do vagão em que o jogamos, atentei para o branco dos olhos dele 
convulsionando-se no seu rosto 
A sua cara de enforcado, como se fosse um diabo vomitado pelo pecado 
 Você podia escutar, a cada solavanco, o sangue saindo, gorgulhante, dos seus pulmões 
corrompidos 
Obsceno como um câncer, amargo como fel. Quão vil e incuravelmente inflamado em 
línguas inocentes 
Meu amigo você não vai querer este tipo de prazer elevado 
 Tão ardentemente infantil em querer alcançar tal glória desesperada 
É uma velha mentira: Dulce et decorum este Pro patria mori (Quão doce e honrado é 
morrer pela pátria!) 
 
 
Vera Brittain, a enfermeira que presenciou a bárbarie causada pelas armas químicas. 
"Eu gostaria que uma dessas pessoas que dizem querer levar a guerra até suas 
consequências finais que vissem os soldados envenenados pelo gás de mostarda. 
Grandes bolhas cor de mostarda, cegos, todos eles agarrando-se uns aos outros, lutando 
desesperadamente para respirar, com vozes que são um sussurro, dizendo que a 
garganta deles está se fechando e que logo eles vão sufocar-se". 
 
• Uso de Armas Químicas na Segunda Guerra 
 
 
"Hitler não vai avisar primeiro - então sempre carregue sua máscara de gás." 
Cartaz de alerta aos soldados presentes na Segunda Guerra Mundial. 
No período entre guerras, originaram-se uma série de associações entre as principais 
indústrias do setor químico alemão, que já vinham trabalhando em conjunto desde a 1ª 
Guerra Mundial ( devido ao fraco desempenho da Alemanha no setor bélico durante a 
primeira guerra. A fusão de empresas como BASF, Bayer, Hoechst e Agfa deu origem à 
IG Farben, maior química da época e quarta maior empresa do mundo. A IG Farben não 
apenas cooperava com o regime nazista, mas estava por detrás do fornecimento de 
produtos para a manutenção da máquina de guerra alemã e de gases usados nos 
campos de extermínio. 
 
 
Dentre os produtos fabricados pela IG Farben, estava um pesticida à base de ácido 
cianídrico, conhecido pela marca "Zyklon B". Aparentemente, quando começou a ser 
comercializado, destinava-se à fumigação de culturas, no controle de pestes - na época, o 
composto era largamente utilizado para tais fins. O interesse alemão pela produção do 
Zyklon B em grande escala, entretanto, visava sua utilização para o extermínio de judeus, 
nas câmaras de gás dos campos de concentração. 
Devido ao grande potencial de destruição dos compostos denominados como armas 
químicas, a Alemanha consegui atingir Milhões de Judeus nos campos de extermínio com 
muita violência. O ideais pregados pelo Reich da época, diziam que a culpa pela derrota 
da nação na Primeira Guerra Mundial, era por parte, dos Judeus, visto que, uma maioria 
em massa da população judaica possuiam enormes riquezas derivadas de bancos ( 
propriedades privadas ), dando assim início à corrida para o extermínio de Judeus em 
massa, usando assim, milhões de litros de compostos químicos em campos de 
concentração. 
 
Os compostos que se dissociam liberando cianeto como o ácido cianídrico, HCN , que 
são conhecidos como venenosos. O íon cianeto inibe a ação da proteína citocromo c 
oxidase, ligando-se a uma de suas subunidades, a hemo a3, que contém ligantes de 
ferro, por uma ligação pi metálica, muito estável. Nos campos de extermínio, os 
prisioneiros eram trancados no interior das câmaras e ácido cianídrico (sólido) era jogado 
por aberturas, logo fechadas. O ácido desprendia gás cianídrico e as vítimas morriam, 
segundo relatos, em aproximadamente vinte minutos. ( um exemplo clássico desta ação 
foi representado no filme O Menino Do Pijama Listrado). 
 
 
Mesmo com toda a produção e o empenho das nações na fabricação de Armas Químicas, 
durante os conflitos da Segunda Guerra, o uso de tais armamentos foi muito mais 
controlado e rígido comparado à Primeira Guerra,principalmente porque as pessoas e os 
governos envolvidos já tinham noção da capacidade de destruição de tais. O Tratado de 
Versalhes, assinado após o "término" dos conflitos dizia que: era proibido o suo de gases 
venosos em combate, contudo, o exército japonês continuou ultilizando gases como o 
mostarda em embates contra povos menores, como as tropas chineses, sendo elas 
comunistas ou não. Nos levando a entender que também ocorria a injustiça e que o 
espírito humano na época não tinha vez. O nacionalismo exagerado dava lugar à 
xenofobia, o que só agravou ainda mais a massa exterminada. 
 
 
• Uso de Armas Químicas na Guerra Do Vietnã 
Foi somente na Guerra Do Vietnã que o mundo tomou consciência das armas produzidas 
com o intuito de destruição em massa. Após a Segunda Guerra Mundial, como foi super 
rígido o uso desse tipo de arma, a maioria das descobertas e a maioria dos armamentos 
produzidos na época, com a corrida armamentista, acabaram sendo ultilizados na Guerra 
Do Vietnã. 
E, apesar de proscritas pelas Convenções de Genebra, as armas químicas também foram 
fartamente usadas pelos EUA, durante a Guerra do Vietnã. A mais conhecida delas foi o 
Napalm, uma misturade gasolina com uma resina espessa da palmeira que lhe deu o 
nome, e que, em combustão, gera temperaturas acima de 1.000 °C. Adere-se à pele, 
queima músculos e funde os ossos, além de libertar monóxido de carbono, fazendo 
vítimas por asfixia. 
 
Além do Napalm, o exército dos Estados Unidos Da América despejou sobre o Vietnã, 
durante 10 anos (1961-1971) , cerca de 80 milhões de litros de herbicidas. Entre eles, o 
que foi usado com mais frequência, devido à sua terrível eficácia, foi o Agente Laranja, 
que é uma combinação de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T, sendo que a síntese deste 
último gera um subproduto cancerígeno, a Dioxina tetraclorodibenzodioxina, considerada 
uma das substâncias mais perigosas do mundo. O impacto ecológico do uso dessas 
armas químicas foi catastrófico para a cobertura vegetal e para a população que habitava 
a região. 
Mesmo com o término da Guerra os efeitos causados pela emissão dos gases na região 
que se localiza o Vietnã, se perpetuaram após cerca de 40 anos. Causando uma série de 
complicações e doenças como por exemplo: doenças de pele, malformações genéticas, 
câncer, incapacidades mentais e outros problemas que afetam a população vietnamita e 
ex-militares dos EUA. 
Muitas crianças nasceram com muitos problemas mentais e físicos devido à alta 
exposição de seus pais aos herbicidas. Até mesmo crianças filhas de pais que não 
tiveram acesso aos gases mas, ingeriram alimentos contaminados pelos herbicidas, foram 
afetadas e desta forma, nasceram com defeitos genéticos, físicos e mentais, como 
mutações específicas que possuem relação com a má formação do DNA. 
Em 2005, a Associação Vietnamita do Agente Laranja moveu uma ação judicial contra as 
companhias químicas norte-americanas produtoras do Agente Laranja. Mas o juiz federal, 
Jack Weisntein, não acolheu a queixa, alegando que não havia, nos autos do processo, 
"nada que comprovasse que o Agente Laranja tenha causado as doenças a ele 
atribuídas, principalmente pela ausência de uma pesquisa em larga escala". 
Curiosamente, em 1984, uma ação judicial movida por veteranos de guerra 
norte-americanos contra as mesmas companhias, pelos mesmo motivos, resultou em um 
acordo de 93 milhões de dólares em indenizações aos soldados.

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