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Aluno: José Eduardo Moreira Rosa
Termo: 8º
Professor(a): Andressa Ferrari
3. A discriminação genética do trabalhador, ou seja, a utilização de suas informações genéticas como fator discriminatório, pode se dar nas mais diversas fases do contrato de trabalho. Tal prática discriminatória pode ocorrer na fase pré-contratual, com a utilização de tais informações para decidir, como por exemplo, se concretizará ou não a contratação do trabalhador, bem como pode ocorrer na vigência da relação empregatícia. A discriminação genética é mais presente entre as tratativas e a formalização dos contratos de trabalho quando, após conhecer e selecionar o candidato, são exigidas dele informações médicas (exames admissionais), normalmente a partir de exames laboratoriais (hemograma, glicose, micológico, sífilis, entre outros). Vale destacar que é sempre comum haver mais candidatos do que vagas, permitindo diversas opções de escolha para o empregador.
Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios da probidade e boa-fé. Esqueceu-se o legislador de incluir expressamente na formula do art. 422 os períodos pré e pós-contratual, dentro das quais o princípio da boa-fé tem importância fundamental para a criação de deveres jurídicos para as partes, diante da inexistência nessas fases de prestação a ser cumprida. Essa omissão não implica negação da aplicação da regra da boa-fé para essas fases antecedentes e posteriores do contrato, muito pelo contrario, já que cabe aqui a interpretação extensiva da norma para abranger também as situações não expressamente referidas, mas contidas no seu espírito.
4. A possibilidade da realização de testes genéticos preditivos pode trazer novas perspectivas para a prevenção e tratamento de doenças. No entanto, apesar desses avanços, é necessária uma reflexão acerca dos aspectos negativos que podem surgir a partir do uso indiscriminado. Para que a realização dessas análises seja jurídica e eticamente adequada, é necessário observar os princípios bioéticos, através do aconselhamento genético e do consentimento informado. Respeitando, assim, princípios jurídicos da dignidade humana e os direitos de personalidade.
5. O importante papel da Bioética em paralelo à proteção dos direitos da personalidade à intimidade e ao sigilo genéticos como importante instrumento para equilibrar a evolução da biociência e a proteção da pessoa humana, visa debater os conflitos éticos decorrentes do mapeamento, do sequenciamento e do uso indiscriminado de informações genéticas. Na perspectiva do enunciado seria uma eugenia.
6. Respaldamos o teor da Resolução nº 1.957/2010, do CFM, em que, as tecnologias reprodutivas devem ser restritas aos casos de infertilidade e esterilidade, bem como ao tratamento de doenças ligadas aos cromossomos sexuais, de modo que a seleção do sexo deve ser restrita às hipóteses em que se busque evitar enfermidades graves e, portanto, não deve ser permitida por outros motivos.
7. Uma atribuição errônea a Maquiavel sobre a frase, em que, significa que qualquer iniciativa é válida quando o objetivo é conquistar algo importante. Porém, há que se ter cautela, porque, até que ponto justificaria tal afirmação? Entrando na esfera jurídica, teremos que arcar com as consequências, sendo elas cíveis e penais. Vincent (no filme é o inválido) comete crime de falsidade ideológica ao se passar por Jerome (tido como perfeito), incentivado pelo sonho de ir ao espaço.
8. Deve-se encontrar um equilíbrio entre o indivíduo, sociedade e o meio ambiente, visando estabelecer quais seriam os limites para a ciência evoluir, paralelamente ao anseio do mundo por uma melhor qualidade de vida para a espécie humana, inter-relacionada com a fauna, flora e o ecossistema, é a função reservada à bioética. É a busca pelo ideal de uma convivência harmônica, com o objetivo de se ter uma sadia qualidade de vida, preservando o meio ambiente, pois o “homem é o produto do meio em que vive".
9. Há qualidades genéticas que não pode ser detectado pela seleção genética, e no caso, Vincent tinhas suas qualidades. Um bom exemplo é sua determinação que, permite-lhe vencer as limitações, talvez, pelo fato de sempre ser tratado “inválido”. Enfim, fatores que independem da genética. 
Os complexos problemas desenvolvidos remetem-nos a considerar que o problema não é necessariamente a ciência, mas sim como decidimos aplicar o conhecimento científico, sendo que, numa mesma pesquisa científica que pode criar medicamentos que salvam vidas, e, pode também, criar armas de destruição em massa, ainda que esta destruição seja velada e subjetiva.
10. No caso do filme ele era perfeito, pois, foi submetido a alterações na sua biologia. Para os padrões do ser humano, seria considerado um ser com anomalia genética, porque nascerá com 12 dedos. 
11. O princípio de autonomia do paciente é um dos pilares da bioética. Segundo este conceito, ao paciente deve ser dado o poder de tomar as decisões. Trata-se de um componente importante da ética médica moderna, que tem recebido bastante interesse na literatura atual. No entanto, o índice de participação dos pacientes e a sua vontade de participar são variáveis de acordo com o meio cultural, social e familiar no qual se encontram inseridos. Portanto cabe a própria pessoa decidir seu futuro, respeitando-se a dignidade da pessoa humana a cima da tudo. 
12. A palavra perfeição é ditada pela mídia, pela sociedade. Significa algo mágico, algo fora da realidade. Imperfeito são quem querem ditar a perfeição. Diferente é uma coisa totalmente oposta, são duas coisas ou pessoas com aspectos físicos diferentes. 
Quanto ao Biodireito regulamentar o que é perfeito ou imperfeito, seria um total despautério, pois, sendo ele do ramo do Direito Público associado a bioética, cujas peculiaridades se relacionam com o corpo e à dignidade da pessoa humana, seria totalmente contra esses preceitos. Além do mais, estaria contrariando um dos princípios, como: o da Não-maleficência, em que consiste em se tratar os outros de forma justa; não causar dano a outros sem uma razão poderosa.
13. Denominado “savior sibling”, ou seja, bebê salvador, é aquele que nasce com particularidades genéticas escolhidas com a finalidade de tratar um irmão ou irmã portador(a) de doença grave.
No Brasil, o diagnóstico genético pré-implantacional só é permitido para casos em que há o risco de serem manifestadas doenças raras, graves e que podem ser fatais ou, no mínimo, debilitadoras. A resolução CFM nº 1.358/92 é a que contempla essa questão. De acordo com a Resolução, é permitido a utilização de DGPI para a obtenção de células-tronco. Contudo, a escolha de sexo, que não seja para fins de detecção de doenças genéticas, é proibida. Esta falta de regulamentação própria esbarra em aspectos éticos relevantes sobre a matéria.
Diante de todo o exposto, o DGPI é uma técnica relevante e importante no atual cenário da medicina, tendo aplicação, inclusive, para salvar vidas de crianças, por meio das células-tronco. Sua ideia está bem difundida, no Brasil e no Mundo.
Contudo, é importante observar que este procedimento padece de regulamentação e esbarra em preceitos éticos importantes, razão pela qual sua aplicação deve ser feita com precaução, pois ainda são necessários estudos para a sua total compreensão.
14. Gêmeos univitelinos seriam, na verdade, clones, pois são formados exatamente a partir da mesma célula, a qual em certo momento dá origem a duas células embrionárias idênticas.
15. No início do século XX, a eugenia implicava em ações para estimular a boa reprodução. Tidas como positiva ou negativa. A positiva implicam ações para estimular a boa reprodução. A negativa, ações para limitar a má reprodução. No início do século XXI, a negativa passa a implicar ações para prevenir doenças genéticas, enquanto a positiva especulava sobre criar ou melhorar características físicas e mentais do futuro ser.
São ações e objetivos no campo concreto da reprodução que, contudo, trazem consigo o peso das contradições inerentesàs relações humanas. Essas contradições dizem respeito à discriminação e eliminação de muitas pessoas frente à configuração de um ideal de homem, a um movimento de biologização de fatores eminentemente sociais, à defesa de uma pretensa neutralidade científica e ao uso indiscriminado do direito de escolha reprodutiva.
Há aqueles que apenas almejam a perfeição para a sua própria descendência, ignorando a relação desse desejo pessoal a fatos de natureza coletiva e excludente. Há quem defenda a adoção de novos programas eugênicos sobre a população, que não nos moldes do nazismo. Será possível conciliar todos esses interesses, sem desconsiderar nem os avanços e benefícios diretos da ciência, nem o impacto das contradições produzidas ao longo do processo? O caminho não parece estar traçado. Será a própria sociedade a responsável por atender e conciliar os interesses e direitos individuais às obrigações sociais no âmbito público.
16. O filme nos conduz a uma reflexão quanto às implicações éticas da engenharia genética, a pensar os problemas oriundos das pesquisas em biologia e medicina e suas implicações morais conduzindo-nos a questionar valores seletivos da sociedade contemporânea buscando mensurar ou refletir neste contexto o que seriam escolhas certas, ou erradas. O problema é a subjetividade, o que poderia ser para o bem, também poderia ser usado para o mal. É preciso cautela, pois, a criação de leis sempre terá serem levadas em consideração fatores técnicas, sociais e jurídicas. Chegando ao consenso de uma regulamentação adequada às práticas que não atinjam a autonomia e a dignidade da pessoa humana, e ao mesmo tempo às tronando eficazes e atuais.

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