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RETA FINAL-Questões Comentadas de Dir. Administrativo p/ Receita Federal (Analista
Tributário) 2018
Professores: Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
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Direito Administrativo p/ Receita Federal 
Analista da Receita Federal do Brasil 
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AULA 0: Princípios da Administração. Estado, 
Governo e Administração. Lei de Acesso à 
Informação 
Sumário	
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................... 5 
Administração pública em sentido amplo e em sentido estrito .................................................. 7 
Administração pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico .............................................. 8 
Administração pública em sentido objetivo, material ou funcional ............................................ 8 
Atividades-meio e atividades-fim da Administração ................................................................... 9 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ..............................................................................................13 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO ....................................................................................................14 
Princípios Expressos .....................................................................................................................15 
Princípios Implícitos .....................................................................................................................16 
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO .......................................................................................................44 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ................................................................................................60 
GABARITO .......................................................................................................................................78 
 
 
Olá concurseiros e concurseiras. 
É com muita satisfação que estamos lançando o curso de Questões 
Comentadas de Direito Administrativo para o concurso de Analista da 
Receita Federal do Brasil. O curso terá como foco as questões da ESAF, 
cobrindo todos os itens do último edital. 
De imediato, vejamos as características deste material: 
ü grande quantidade de questões comentadas (resolveremos as 
questões encontradas da avaliadora + questões complementares – 
se necessário); 
ü contato direto com o professor através do fórum de dúvidas. 
Caso ainda não me conheçam, meu nome é Herbert Almeida, sou 
Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do 
Espírito Santo aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo. Além 
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disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do 
TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a Administração 
Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante sete anos, fui militar 
do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor 
Financeiro, Pregoeiro, Responsável pela Conformidade de Registros de 
Gestão e Chefe de Seção. Sou professor de Direito Administrativo e 
Administração Pública aqui no Estratégia Concursos e palestrante da 
Turma Estratégica. 
Além disso, no Tribunal de Contas, participo de atividades relacionadas 
com o Direito Administrativo. 
Ademais, os concursos públicos em que fui aprovado exigiram diversos 
conhecimentos, inclusive sobre Direito Administrativo. Ao longo de meus 
estudos, resolvi diversas questões, aprendendo a forma como cada 
organizadora aborda os temas previstos no edital. Assim, pretendo passar 
esses conhecimentos para encurtar o seu caminho em busca de seu 
objetivo. Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que levará 
você à aprovação no concurso público para Analista da Receita Federal 
do Brasil. 
Observo ainda que o nosso curso contará com o apoio do Prof. 
Alfredo Alcure, que nos auxiliará com as respostas no fórum de dúvidas. 
O Prof. Alfredo também é Auditor de Controle Externo do TCE-ES e possui 
vasta experiência em Direito Administrativo pelo desempenho de funções 
de procurador. Com isso, daremos uma atenção mais completa e pontual 
ao nosso fórum. 
Falando do nosso curso, vamos abordar o seguinte conteúdo para a 
nossa disciplina: 
DIREITO ADMINISTRATIVO: Princípios básicos da Administração Pública. Estado, 
governo e administração pública. Direito Administrativo: origem, conceito, fontes. 
Lei de Acesso à Informação. Organização administrativa da União: administração 
direta e indireta. Entidades paraestatais e terceiro setor. Agências executivas. 
Agências reguladoras. Atos administrativos Poderes administrativos. Licitação 
Pública. Contratos administrativos. Convênios e instrumentos congêneres. Serviços 
públicos e regulação estatal. Concessões, permissões e autorizações. Parcerias 
Público-Privadas. Consórcios-Públicos. Controle da Administração Pública. 
Sistemas Administrativos. Improbidade Administrativa. Agentes públicos: 
disposições doutrinárias e constitucionais. Lei nº 8.112/1990. Processo 
Administrativo Federal. Ética na Administração. Lei de conflito de interesses (Lei nº 
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11.813/2013). Responsabilidade civil do Estado. Bens públicos. Intervenção do 
Estado na propriedade privada. 
Para cobrir estes itens, seguiremos o seguinte cronograma: 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 0 
Princípios básicos da Administração Pública. Estado, governo e 
administração pública. Direito Administrativo: origem, 
conceito, fontes. Lei de Acesso à Informação. 
Disponível 
Aula 1 
Organização administrativa da União: administração direta e 
indireta. Entidades paraestatais e terceiro setor. Agências 
executivas. Agências reguladoras. 
29/03 
Aula 2 Atos administrativos 05/04 
Aula 3 Poderes administrativos. 12/04 
Aula 4 Licitação Pública. 19/04 
Aula 5 
Contratos administrativos. Convênios e instrumentos 
congêneres 
26/04 
Aula 6 
Serviços públicos e regulação estatal. Concessões, permissões e 
autorizações. Parcerias Público-Privadas. Consórcios-Públicos
 
03/05 
Aula 7 
Controle da Administração Pública. Sistemas Administrativos. 
Improbidade Administrativa. 
10/05 
Aula 8 
Agentes públicos: disposições doutrinárias e constitucionais. Lei 
nº 8.112/1990. (parte 1) 
17/05 
Aula 9 
Agentes públicos: disposições doutrinárias e constitucionais. Lei 
nº 8.112/1990. (parte 2). 
24/05 
Aula 
Extra 
Responsabilidade civil do Estado. 31/05 
Aula 10 
Processo Administrativo Federal. Ética na Administração. Lei de 
conflito de interesses (Lei nº 11.813/2013). 
07/06 
Com isso, vamos poder abordar os diversos itens do edital, 
direcionando os estudos para o que a banca poderá cobrar em sua prova. 
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Em nossas aulas, vamos apresentar um resumo do assunto e, na 
sequência, várias questões da banca + as questões complementares. Com 
isso, o candidato poderá se preparar e, ao mesmo tempo, resumir o 
conteúdo para a prova. 
Atenção! Este curso é completo em pdf, não teremos videoaulas para 
essa matéria. 
Por fim, se você quiser receber dicas diárias de preparaçãopara 
concursos e de Direito Administrativo, siga-me nas redes sociais (não 
esqueça de habilitar as notificações no Instagram, assim você será 
informado sempre que eu postar uma novidade por lá): 
 
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Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso 
curso. 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
 
 
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ESTADO,	GOVERNO	E	ADMINISTRAÇÃO	
 
O Estado é um ente personalizado, que se apresenta exteriormente, nas relações 
internacionais com outros Estados soberanos, e, internamente, como pessoa jurídica de 
direito público, capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem pública. 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, apresentando os ensinamentos de outros 
doutrinadores, o conceito de Estado varia segundo o ângulo em que é considerado: 
sociológico – é corporação territorial dotada de um poder de mando originário (Jellinek); 
político – é comunidade de homens, fixada sobre um território, com poder superior de 
ação, de mando e de coerção (Malberg); e constitucional – é pessoa jurídica territorial 
soberana (Biscaretti di Ruffia). 
Nesse contexto, o Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis: 
ü Povo: é o seu componente humano, demográfico; 
ü Território: a sua base física, geográfica; 
ü Governo soberano: o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder 
absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do Povo. 
A evolução institucional, a partir das correntes liberais, substituiu o poder quase ilimitado 
dos reis e monarcas (absolutismo) para dar lugar ao que chamamos de Estado de 
Direito, que, segundo José dos Santos Carvalho Filho, se baseia na regra de que, ao 
mesmo tempo em que o Estado cria o direito, deve sujeitar-se a ele. 
Com efeito, a ideia de Estado de Direito se traduziu, originalmente, na relação de três 
postulados fundamentais1: a generalização do princípio da legalidade; a universalidade 
de jurisdição e a tripartição dos poderes. 
Segundo o princípio da legalidade, a atuação estatal exige autorização legislativa para 
as suas ações ou omissões. Em outras palavras, a atividade do Estado deve se realizar em 
estrita observância ao que estabelece a lei. 
A universalização de jurisdição, por sua vez, significa que todos os atos estatais devem 
submeter-se a controles que permitam a responsabilização dos sujeitos que atuarem de 
modo inadequado. 
Por fim, a tripartição dos poderes consiste na dissociação da atuação estatal, gerando 
a diferenciação de competências (funções), atribuídas a órgãos diversos. Dessa forma, 
nenhum órgão estatal possui poder ilimitado, estando sujeito ao sistema de freios e 
contrapesos que gera o equilíbrio aos chamados três poderes: Legislativo, Executivo e 
Judiciário. 
 
1 Justen Filho, 2014, p. 100. 
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Poderes do Estado 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, são poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário (art. 2º). 
A cada um desses poderes foi atribuída uma função principal. Dessa forma, o Poder 
Legislativo se encarrega da função legislativa (normativa); o Poder Judiciário desempenha 
a função jurisdicional; e o Poder Executivo exerce a função administrativa. 
A função legislativa (normativa, legiferante) pode ser entendida como aquela em que o 
Estado edita atos jurídicos primários, de caráter geral (aplicável a sujeitos 
indeterminados) e abstrato (possuem uma previsão hipotética, aplicando-se a todos os 
casos concretos que se enquadrarem na situação nela prevista), que inovam na ordem 
jurídica, com fundamento na própria Constituição. 
A função jurisdicional, por sua vez, consiste na resolução de controvérsias com a força 
jurídica da definitividade. Trata-se de ato subsidiário dos atos primários, em que o Estado 
é chamado a decidir litígios decorrentes de conflitos na aplicação da lei. 
Finalmente, a função administrativa consiste na execução das leis. De forma mais 
técnica, ocorre quando o Estado, no interior de uma estrutura hierárquica, desenvolve 
atos complementares à lei, ou, excepcionalmente, à Constituição, com a finalidade de 
lhes dar aplicação. 
Formas de Estado 
A partir da organização política do território, podemos falar em Estado unitário e 
Estado federado (complexo ou composto). 
A característica do Estado unitário é a centralização política, pois existe um único poder 
político central sobre todo o território nacional e sobre toda a população o qual controla 
todas as coletividades regionais e locais. 
O Estado federado, por outro lado, é marcado pela descentralização política, em que 
ocorre a convivência de diferentes entidades políticas autônomas, distribuídas 
regionalmente, em um mesmo território. 
Vale destacar que não existe subordinação ou hierarquia entre os entes federados. O que 
ocorre é coordenação, sendo que cada ente possui autonomia política, financeira e 
administrativa. 
GOVERNO 
O governo se relaciona com a função política de comando, de coordenação, de 
direção e de fixação de planos e diretrizes para a atuação estatal (as chamadas 
políticas públicas). 
Enquanto o governo é formado pelos órgãos governamentais superiores, com funções 
eminentemente políticas, de fixação de diretrizes e elaboração de planos de ação; a 
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administração pública, em sentido estrito, é formada pelos órgãos e entidades 
administrativas, subalternos, que desempenham funções de execução das decisões e dos 
planos governamentais. 
Sistema de governo 
O sistema de governo representa o modo como se dá a relação entre o Poder 
Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais, sendo 
classificado em dois tipos: presidencialismo e parlamentarismo. 
No sistema presidencialista, as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo 
encontram-se nas mãos de uma única pessoa, chamada de Presidente da República. 
Assim, a característica do presidencialismo é o predomínio da divisão dos 
Poderes, que devem ser independentes e harmônicos entre si. 
Por outro lado, o sistema parlamentarista é marcado pela colaboração entre os 
Poderes Executivo e Legislativo. Nesse caso, as funções de Chefe de Estado e Chefe 
de Governo são exercidas por pessoas distintas. A chefia de Estado cabe ao Presidente da 
República ou monarca, enquanto a chefia de Governo é exercida pelo Primeiro Ministro ou 
Conselho de Ministros. 
Forma de governo 
A forma de governo representa a maneira como se dá a instituição e a transmissão do 
poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados2. 
Podemos caracterizar duas formas de governo distintas: república e monarquia. 
São características da forma republicana de governo: eletividade, temporalidadeno 
exercício do poder, representatividade popular e responsabilidade do governante 
(dever de prestar contas). 
As características da monarquia, por outro lado, são: hereditariedade, vitaliciedade, 
inexistência de representação popular, irresponsabilidade do governante 
(ausência do dever de prestar contas). 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Administração	pública	em	sentido	amplo	e	em	sentido	estrito	
Em sentido amplo, a Administração Pública abrange (a) os órgãos governamentais, ou 
simplesmente Governo, superiores, que exercem suas funções eminentemente políticas, 
isto é, de comando, direção, fixação de diretrizes e elaboração de planos de ação; e (b) 
os órgãos e pessoas jurídicas que exercem a função meramente administrativa, ou 
seja, são encarregados da execução das decisões e dos planos governamentais. 
 
2 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 17. 
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Por outro lado, em sentido estrito, a expressão abrange somente os órgãos e 
entidades administrativas que exercem a função administrativa. Ou seja, no sentido 
estrito, só encontramos os órgãos e pessoas jurídicas responsáveis pela execução dos 
planos de governo, isto é, os responsáveis por desenvolver a função administrativa. 
Administração	pública	em	sentido	subjetivo,	formal	ou	orgânico	
Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, a Administração Pública3 abrange os 
sujeitos que desempenham a função administrativa. Assim, esse critério considera 
“quem” realiza a atividade administrativa, ou seja, o conjunto de agentes, órgãos e 
pessoas jurídicas aos quais é atribuído o exercício da função administrativa. 
Administração	pública	em	sentido	objetivo,	material	ou	funcional	
A administração pública em sentido objetivo, material ou funcional corresponde às 
diversas atividades finalísticas compreendidas na função administrativa. Ou seja, trata-se 
do conjunto de atividades consideradas próprias da função administrativa. Nesse contexto, 
considera-se o objeto ou “o que” é realizado, e não “quem”. 
Existem quatro atividades dessa natureza, todas disciplinadas por regras e princípios 
administrativos: 
Ø Fomento: abrange a atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada 
de interesse ou utilidade pública, ocorrendo por meio de auxílios financeiros ou 
subvenções, financiamentos sob condições especiais, favores fiscais, repasses de 
recursos, benefícios, etc. 
Ø Polícia administrativa ou poder de polícia: corresponde à atividade pela qual a 
Administração impõe restrições, limitações ou condicionamentos ao exercício das 
atividades privadas em prol do interesse coletivo. 
Ø Serviço público: toda atividade concreta e imediata que a Administração Pública 
executa, direta ou indiretamente, para satisfazer a necessidades coletivas, com 
regime jurídico predominantemente público. 
Ø Intervenção administrativa: em sentido amplo, a intervenção compreende três 
espécies de atividades: (i) a regulamentação e a fiscalização da atividade 
econômica de natureza privada (intervenção indireta); (ii) a atuação direta do 
Estado no domínio econômico (intervenção direta), o que ocorre normalmente 
por meio das empresas estatais; e (iii) as atividades de intervenção na 
propriedade privada, mediante atos concretos incidentes sobre destinatários 
específicos (desapropriação, servidão administrativa, tombamento, ocupação 
temporária, etc.). 
 
3 Normalmente, os autores escrevem “Administração Pública”, com letras iniciais maiúsculas, para designar o 
sentido subjetivo, ou seja, os sujeitos que desempenham a função administrativa. Por outro lado, 
“administração pública”, com letras iniciais minúsculas, representa o sentido material, isto é, o conjunto de 
atividades consideradas próprias da função administrativa. 
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Atividades-meio	e	atividades-fim	da	Administração	
A função administrativa alcança também o conjunto de atividades relacionadas com o 
aparelhamento humano e material das entidades, assim como ao seu 
aprimoramento e manutenção, representando as atividades-meio da Administração. 
São exemplos a nomeação de servidores, a aquisição de bens, a celebração de contratos 
de manutenção das instalações, etc. 
O professor Gustavo Barchet inclui também como atividade-meio a edição de atos 
normativos pelas autoridades administrativas. 
Além dos atos normativos, também se enquadram nas atividades-meio as decisões que 
resolvam litígios na esfera administrativa. 
Concluindo o tema, podemos dizer que a função administrativa compreende as quatro 
atividades finalísticas – fomento, polícia administrativa, serviços públicos e intervenção 
administrativa – e as atividades-meio – atividades acessórias como (i) a composição, a 
manutenção e o aparelhamento material e humano; (ii) a edição de atos normativos; (iii) 
decisões administrativas que solucionem conflitos, sem força de definitividade. 
Vamos às questões. 
1. (ESAF - AFRFB/2005) Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administração 
Pública abrange 
a) a atividade administrativa. 
b) o poder de polícia administrativa. 
c) as entidades e órgãos que exercem as funções administrativas. 
d) o serviço público. 
e) a intervenção do Estado nas atividades privadas. 
Comentário: em sentido subjetivo, formal ou orgânico, a Administração Pública 
abrange os sujeitos que desempenham a função administrativa. Assim, esse 
critério considera “quem” realiza a atividade administrativa, ou seja, o conjunto 
de agentes, órgãos e pessoas jurídicas aos quais é atribuído o exercício da 
função administrativa (alternativa C). 
Todas as demais alternativas versam sobre a Administração pública em sentido 
objetivo, material ou funcional, que corresponde às diversas atividades 
finalísticas compreendidas na função administrativa. Ou seja, trata-se do 
conjunto de atividades consideradas próprias da função administrativa. Nesse 
contexto, considera-se o objeto ou “o que” é realizado, e não “quem”. 
Existem quatro atividades dessa natureza, todas disciplinadas por regras e 
princípios administrativos: fomento, polícia administrativa, serviço público e 
intervenção administrativa. 
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Gabarito: alternativa C. 
2. (ESAF - ATRFB/2006) A primordial fonte formal do Direito Administrativo no Brasil 
é 
a) a lei. 
b) a doutrina. 
c) a jurisprudência. 
d) os costumes. 
e) o vade-mécum. 
Comentário: a doutrina apresenta quatro fontes principais do Direito 
Administrativo: 
§ a lei; 
§ a jurisprudência; 
§ a doutrina; e 
§ os costumes. 
Destas, a lei, em decorrência do princípio da legalidade, é a fonte principal do 
Direito Administrativo brasileiro (alternativa A). 
Gabarito: alternativa A. 
3. (ESAF – AFC/CGU/2006) O Direito Administrativo é considerado como sendo o 
conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem o exercício das funções 
administrativas estatais e 
a) os órgãos inferiores, que as desempenham. 
b) os órgãos dos Poderes Públicos. 
c) os poderes dos órgãos públicos. 
d) as competências dos órgãos públicos. 
e) as garantias individuais. 
Comentário: tranquila! O Direito Administrativo é o ramo do direito público que 
disciplina o exercício da função administrativa,e a atividade das pessoas e 
órgãos que a desempenham. 
Gabarito: alternativa A. 
4. (ESAF - PFN/2003) Assinale, entre os atos abaixo, aquele que não pode ser 
considerado como de manifestação da atividade finalística da Administração Pública, 
em seu sentido material. 
a) Concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo urbano. 
b) Desapropriação para a construção de uma unidade escolar. 
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c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas de 
posturas municipais. 
d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público. 
e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em 
determinado Estado-federado. 
Comentário: a administração pública em sentido material se manifesta através 
de quatro atividades. Quais sejam: 
§ Fomento: abrange a atividade administrativa de incentivo à iniciativa 
privada de interesse ou utilidade pública, ocorrendo por meio de auxílios 
financeiros ou subvenções, financiamentos sob condições especiais, 
favores fiscais, repasses de recursos, benefícios, etc.; 
§ Polícia administrativa ou poder de polícia: corresponde à atividade pela 
qual a Administração impõe restrições, limitações ou condicionamentos 
ao exercício das atividades privadas em prol do interesse coletivo. São 
exemplos as atividades de fiscalização, expedição de licenças, sanções, 
autorizações, etc.; 
§ Serviço público: toda atividade concreta e imediata que a Administração 
Pública executa, direta ou indiretamente, para satisfazer a necessidades 
coletivas, com regime jurídico predominantemente público. São 
exemplos a prestação de serviços de telecomunicação ou de instalação 
e fornecimento de energia elétrica; 
§ Intervenção administrativa: em sentido amplo, a intervenção compreende 
três espécies de atividades: (i) a regulamentação e a fiscalização da 
atividade econômica de natureza privada (intervenção indireta); (ii) a 
atuação direta do Estado no domínio econômico (intervenção direta), o 
que ocorre normalmente por meio das empresas estatais; e (iii) as 
atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos 
concretos incidentes sobre destinatários específicos (desapropriação, 
servidão administrativa, tombamento, ocupação temporária, etc.). 
Podemos, agora, retornar às alternativas: 
a) Concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo urbano – 
serviço público – CORRETA; 
b) Desapropriação para a construção de uma unidade escolar – intervenção 
administrativa – CORRETA; 
c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas de 
posturas municipais – polícia administrativa – CORRETA; 
d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público – 
atividade-meio da Administração – ERRADA; 
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e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em 
determinado Estado-federado – fomento – CORRETA. 
Gabarito: alternativa D. 
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REGIME	JURÍDICO	ADMINISTRATIVO	
 
O regime jurídico administrativo resume-se em dois aspectos: de um lado, estão as 
prerrogativas, que representam alguns privilégios para a Administração dentro das 
relações jurídicas; de outro, encontram-se as sujeições, que são restrições de liberdade 
de ação para a Administração Pública. 
Regime Jurídico-administrativo
 
As prerrogativas ou privilégios são regras, desconhecidas no direito privado, que 
colocam a Administração em condições de superioridade nas relações com o particular. 
São faculdades especiais que o setor público dispõe, como, por exemplo, o poder de 
requisitar bens e serviços, de ocupar temporariamente imóvel alheio, de aplicar sanções 
administrativas, de alterar ou rescindir unilateralmente os contratos administrativos, de 
impor medidas de polícia, etc4. 
Por outro lado, as sujeições ou restrições retiram ou diminuem a liberdade da 
Administração quando comparada com o particular, sob pena de nulidade do ato 
administrativo ou, até mesmo, de responsabilidade da autoridade que o editou. São 
exemplos a necessidade de observar a finalidade pública ou de pautar-se segundo os 
princípios da moralidade, legalidade e publicidade. Além desses, podemos mencionar a 
sujeição à realização de concurso público para selecionar pessoal e de fazer licitação para 
firmar contratos com particulares. 
 
 
4 Di Pietro, 2014, p. 62. 
Prerrogativas
Sujeições
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A base do regime jurídico administrativo encontra-se nos princípios da supremacia e da 
indisponibilidade do interesse público. 
 
Princípios basilares ou fundamentais do Direito Administrativo 
Celso Antônio Bandeira de Mello 
ü Supremacia do interesse público 
ü Indisponibilidade do interesse público 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro 
ü Supremacia do interesse público 
ü Legalidade 
 
PRINCÍPIOS	DA	ADMINISTRAÇÃO	
 
Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, os mandamentos mais 
gerais que orientam a elaboração das leis administrativas, direcionam a atuação da 
Administração Pública e condicionam a validade de todos os atos administrativos. 
Os princípios podem ser expressos, quando estão previstos taxativamente em uma 
norma jurídica de caráter geral, ou implícitos, quando não constam taxativamente em 
uma norma jurídica, decorrendo, portanto, da jurisprudência ou da doutrina. 
Tendo como referência unicamente a Constituição, são princípios previstos 
expressamente para a administração pública direta e indireta – autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista –, de qualquer dos Poderes 
– Legislativo, Executivo e Judiciário – da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – 
LIMPE. 
Por outro lado, os princípios implícitos não constam taxativamente em uma norma 
jurídica geral, decorrendo de elaboração doutrinária e jurisprudencial. 
 
 	
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Princípios	Expressos		
 
Princípios expressos na Constituição Federal 
L
I
M
P
E 
Legalidade: a lei é a base do Estado Democrático de Direito, constituindo a 
base da atuação administrativa. Os agentes públicos só podem atuar quando a lei 
autorizar ou determinar. 
Impessoalidade: esse princípio possui quatro aplicações principais. Na 
primeira, ele representa o princípio da finalidade, ou seja, a atuação 
administrativa deve ter por objetivo o interesse público. Na segunda aplicação, ele 
se traduz no princípio da isonomia, isto é, a Administração deve atender a todos 
os administrados sem discriminações, pois não se pode favorecer pessoas ou se 
utilizar de perseguições indevidas. Alémdisso, a impessoalidade determina a 
vedação de promoção pessoal, uma vez que os agentes públicos atuam em 
nome do Estado. Por fim, este princípio é fundamento para o reconhecimento dos 
casos de impedimento e suspeição, com a finalidade de afastar dos processos 
administrativos e judiciais as autoridades que não poderão julgar com 
imparcialidade. 
Moralidade: impõe que o administrador público não dispense os preceitos 
éticos que devem estar presentes em sua conduta. 
Publicidade: relaciona-se com a exigência de publicação de determinados 
atos em órgãos oficiais como requisito de eficácia e com o dever de transparência 
da Administração Pública. 
Eficiência: é o princípio constitucional expresso mais “novo”, pois foi incluído 
na CF pela EC 19/1998. Exige uma atuação da Administração Pública com 
excelência, fornecendo serviços públicos de qualidade à população, com o menor 
custo possível (desde que mantidos os padrões de qualidade) e no menor tempo. A 
eficiência se relaciona com o agente público, que deve desempenhar suas 
atribuições com qualidade; e com a forma de organizar, estruturar e disciplinar a 
administração pública, que deve ser a mais racional possível, permitindo que se 
alcancem os melhores resultados na prestação dos serviços públicos. 
 
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Princípios	Implícitos		
P
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Supremacia do interesse público sobre o privado: trata das prerrogativas 
do poder público, isto é, os poderes conferidos à Administração, que lhe asseguram a 
posição de superioridade perante o administrado, aplicando-se somente nas relações 
em que a Administração atua em prol do interesse da coletividade. 
Indisponibilidade do interesse público: representa as sujeições da 
Administração, ou seja, são limitações e restrições impostas ao poder público com o 
intuito de evitar que ela atue de forma lesiva aos interesses públicos ou de modo 
ofensivo aos direitos fundamentais dos administrados. 
Razoabilidade e proporcionalidade: em regra, esses dois princípios são 
tratados como se fossem um só. Eles buscam limitar a atuação discricionária dos 
agentes públicos, evitando decisões exageradas ou desarrazoadas. Qualquer limitação 
ou penalidade deve ser aplicada com bom senso, dentro de parâmetros aceitáveis pela 
população em geral. Com efeito, qualquer restrição deve ser aplicada em equilíbrio 
com os fins de interesse público desejados. 
Controle ou tutela: fundamenta o controle da Administração Direta sobre a 
Indireta, com o objetivo de garantir que as entidades administrativas cumpram o 
princípio da especialidade. Por conseguinte, as entidades administrativas encontram-
se vinculadas aos órgãos da Administração Central, assegurando o desenvolvimento 
de suas finalidades. 
Autotutela: representa o controle que a Administração pode realizar sobre os 
seus próprios atos. Nos termos da Súmula 473 do STF, a Administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não 
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
Motivação: representa que o administrador deve indicar os fundamentos de 
fato e de direito que o levam a adotar qualquer decisão no âmbito da Administração 
Pública, demonstrando a correlação lógica entre a situação ocorrida e as providências 
adotadas. Dessa forma, a motivação serve de fundamento para examinar a finalidade, 
a legalidade e a moralidade da conduta administrativa. 
Continuidade do serviço público: os serviços públicos devem ser prestados 
de maneira contínua, ou seja, sem parar. Isso porque é justamente pelos serviços 
públicos que o Estado desempenha suas funções essenciais ou necessárias à 
coletividade. Por conseguinte, os serviços públicos não podem ser interrompidos, 
devendo, ao contrário, ter normal continuidade. 
Contraditório e ampla defesa: assegura aos litigantes e aos acusados as 
formas para que possam se defender, contestar e apresentar provas para defesa de 
seus direitos. 
Especialidade: reflete a ideia de descentralização administrativa, em que se 
criam entidades para o desempenho de finalidades específicas. Dessa forma, é a lei 
que define as áreas de atuação das entidades da Administração Indireta, não podendo 
um mero ato administrativo modificar a finalidade dessas entidades. 
Segurança jurídica: tem a finalidade de assegurar a estabilidade das relações 
jurídicas já consolidadas, diante da inevitável evolução do Direito, tanto em nível 
legislativo quanto jurisprudencial. Possui diversas aplicações, como a proteção ao 
direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. Fundamenta, ainda, os 
institutos da prescrição e decadência administrativa. 
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Fechamos com questões. Vamos lá?! 
5. (ESAF - AnaTA/MTUR/2014) Assinale a opção em que consta princípio da 
Administração Pública que não é previsto expressamente na Constituição Federal. 
a) Publicidade. 
b) Eficiência. 
c) Proporcionalidade. 
d) Legalidade. 
e) Moralidade. 
Comentário: para começar o assunto de modo bem fácil. Os princípios 
previstos expressamente na Constituição Federal correspondem ao LIMPE: 
§ Legalidade [alternativa D] 
§ Impessoalidade 
§ Moralidade [alternativa E] 
§ Publicidade [alternativa A] 
§ Eficiência [alternativa B] 
Dito isto, podemos assinalar a alternativa C (proporcionalidade) como nossa 
alternativa incorreta. 
Gabarito: alternativa C. 
6. (ESAF - TA/DNIT/2013) Segundo Meirelles (1985), administrar é gerir interesses 
segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens entregues à guarda e à conservação 
alheias. Se os bens e interesses geridos são individuais, realiza-se a administração 
privada; se são coletivos, realiza-se a administração pública. Neste contexto, assinale 
a opção que não apresenta um dos princípios que norteiam a Administração Pública. 
a) Legalidade: presa aos mandamentos da lei, deles não podendo se afastar, sob 
pena de invalidade do ato. 
b) Impessoalidade: qualquer atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os 
cidadãos, sem determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza. 
c) Finalidade: impõe-se à administração pública a prática de atos voltados para o 
interesse público. 
d) Habilidade: por parte daqueles encarregados das operações, para dirigir e 
coordenar estas operações a fim de que sejam cumpridos os planos. 
e) Igualdade: todos os cidadãos são iguais perante a lei e, portanto, perante a 
administração pública. 
Comentário: 
a) o princípio da legalidade impõe a atuação administrativa nos termos da lei e 
constitui uma das garantias principais de respeito aos direitos individuais. Isso 
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ocorre porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os 
limites de atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício 
de tais direitos em benefício da coletividade – CORRETA; 
b), c) e e) o princípio da impessoalidade divide-se em quatro vertentes: 
§ finalidade: todo ato da Administração deve ser praticado visando à 
satisfação do interesse público (sentido amplo) e da finalidade para ele 
especificamente prevista em lei (sentido estrito).Se não for assim, o ato 
será inválido; [alternativa C – CORRETA] 
§ igualdade ou isonomia: a Administração deve atender a todos os 
administrados sem discriminações. Não se pode favorecer pessoas ou 
se utilizar de perseguições indevidas. Isso quer dizer que todos são 
iguais perante a lei (art. 5º, caput), sendo que eventuais tratamentos 
diferenciados só podem ocorrer quando houver previsão legal; 
[alternativa E – CORRETA] 
§ vedação da promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do 
Estado. Dessa forma, não poderá ocorrer a pessoalização ou promoção 
pessoal do agente público pelos atos realizados; e 
§ impedimento e suspeição: esses institutos possuem o objetivo de afastar 
de processos administrativos ou judiciais as pessoas que não possuem 
condições de aplicar a lei de forma imparcial, em função de parentesco, 
amizade ou inimizade com pessoas que participam do processo. 
Sendo assim, pelo princípio da impessoalidade (isonomia) qualquer atividade 
de gestão pública deve ser dirigida a todos os cidadãos, sem determinação de 
pessoa ou discriminação de qualquer natureza [alternativa B: CORRETA]; 
Por fim, a alternativa D apresenta uma característica que não corresponde a um 
princípio da Administração (habilidade). 
Gabarito: alternativa D. 
7. (ESAF - Ag Exec/CVM/2010) O dever da Administração de dar transparência aos 
seus atos denomina-se: 
a) legalidade 
b) motivação 
c) publicidade 
d) eficiência 
e) moralidade 
Comentário: conversamos sobre o princípio da legalidade há pouco, desse 
modo, vejamos os demais princípios, isso irá nos auxiliar na resposta: 
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§ Motivação: representa que o administrador deve indicar os fundamentos 
de fato e de direito que o levam a adotar qualquer decisão no âmbito da 
Administração Pública, demonstrando a correlação lógica entre a 
situação ocorrida e as providências adotadas; 
§ Publicidade: exige a publicação em órgãos oficiais como requisito de 
eficácia de atos administrativos gerais (efeitos gerais e externos), bem 
como a transparência da atuação administrativa, constituindo um 
requisito indispensável para o efetivo controle da Administração Pública 
por parte dos administrados; 
§ Eficiência: diz respeito a uma atuação da administração pública com 
excelência, fornecendo serviços públicos de qualidade à população, com 
o menor custo possível (desde que mantidos os padrões de qualidade) e 
no menor tempo; e 
§ Moralidade: impõe que o administrador público não dispense os 
preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta. 
Agora ficou fácil para indicar nossa resposta: o dever da Administração de dar 
transparência aos seus atos denomina-se publicidade (alternativa C). 
Gabarito: alternativa C. 
8. (ESAF - Ag Exec/CVM/2010) O princípio da Administração Pública que se 
fundamenta na ideia de que as restrições à liberdade ou propriedade privadas 
somente são legítimas quando forem necessárias e indispensáveis ao atendimento 
do interesse público denomina-se: 
a) legalidade. 
b) publicidade. 
c) proporcionalidade. 
d) moralidade. 
e) eficiência. 
Comentário: para não ficar repetitivo – acabamos de ver 4 dos 5 princípios 
citados – não iremos retornar a eles, por enquanto, ok?! 
Além disso, como trabalhamos os princípios da legalidade, da publicidade, da 
moralidade e da eficiência, já sabemos que nenhum deles corresponde ao 
mencionado no enunciado. 
Portanto, podemos assinalar a alternativa C como nossa resposta. Isso porque 
o princípio da proporcionalidade exige o equilíbrio entre os meios que a 
Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões 
comuns da sociedade, analisando cada caso concreto5. Considera, portanto, 
 
5 Marinela, 2013, p. 56. 
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que as competências administrativas só podem ser exercidas validamente na 
extensão e intensidade do que seja realmente necessário para alcançar a 
finalidade de interesse público ao qual se destina. 
Gabarito: alternativa C. 
9. (ESAF - APO/MPOG/2010) A observância da adequação e da exigibilidade, por 
parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração 
Pública: 
a) Publicidade. 
b) Moralidade. 
c) Legalidade. 
d) Proporcionalidade. 
e) Impessoalidade. 
Comentário: de graça! A observância da adequação e da exigibilidade visa um 
equilíbrio entre os fins e os meios do que é realizado pela Administração. Por 
esse motivo, pelo princípio da proporcionalidade (alternativa D), as 
competências administrativas só podem ser exercidas na extensão e 
intensidade do que seja realmente necessário para alcançar a finalidade de 
interesse público. 
Gabarito: alternativa D. 
10. (ESAF - ACE/MDIC/2012) Determinado município da federação brasileira, 
visando dar cumprimento a sua estratégia organizacional, implantou o programa 
denominado Administração Transparente. Uma das ações do referido programa 
consistiu na divulgação da remuneração bruta mensal, com o respectivo nome de 
cada servidor da municipalidade em sítio eletrônico da internet. 
A partir da leitura do caso concreto acima narrado, assinale a opção que melhor 
exprima a posição do Supremo Tribunal Federal - STF acerca do tema. 
a) A atuação do município encontra-se em consonância com o princípio da 
publicidade administrativa. 
b) A atuação do município viola a segurança dos servidores. 
c) A atuação do município fere a intimidade dos servidores. 
d) A remuneração bruta mensal não é um dado diretamente ligado à função pública. 
e) Em nome da transparência, o município está autorizado a proceder a divulgação 
da remuneração bruta do servidor e do respectivo CPF. 
Comentário: com base na CF/88: 
Art. 5º (...) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;” 
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Dessa forma, a publicidade torna-se um preceito geral e o sigilo a exceção. 
Assim, com exceção dos dados pessoais (dizem respeito à intimidade, honra e 
imagem das pessoas) e das informações classificadas por autoridades como 
sigilosas (informações imprescindíveis para a segurança da sociedade e do 
Estado), todas as demais informações devem ser disponibilizadas aos 
interessados, algumas de ofício (pela internet ou por publicações) e outras 
mediante requerimento. 
Posto isto, a atuação do município encontra-se em consonância com o princípio 
da publicidade administrativa (alternativa A), tendo em vista que a divulgação 
da remuneração bruta mensal, com o respectivo nome de cada servidor da 
municipalidade não se enquadra como informação sigilosa. 
Gabarito: alternativa A. 
11. (ESAF - AFC/CGU/2012) O princípio que instrumentaliza a Administração para a 
revisão de seus próprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da 
sua atuação e, no que toca ao controle de legalidade, representando potencial 
redução do congestionamento do Poder Judiciário, denomina-se 
a) Razoabilidade. 
b) Proporcionalidade. 
c)Autotutela. 
d) Eficiência. 
e) Eficácia. 
Comentário: 
a) o princípio da razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição 
administrativa, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto 
de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas – 
ERRADA; 
b) o princípio da proporcionalidade tem por objeto o controle do excesso de 
poder, pois nenhum cidadão pode sofrer restrições de sua liberdade além do 
que seja indispensável para o alcance do interesse público (equilíbrio entre os 
meios e os fins) – ERRADA; 
c) o princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possui o 
poder de controlar os seus próprios atos, anulando-os quando ilegais ou 
revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração 
não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo 
fazê-lo diretamente – CORRETA; 
d) a eficiência diz respeito a uma atuação da administração pública com 
excelência, fornecendo serviços públicos de qualidade à população, com o 
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menor custo possível (desde que mantidos os padrões de qualidade) e no 
menor tempo – ERRADA; 
e) a eficácia não reproduz um princípio, mas sim uma característica inerente a 
várias condutas. Assim, podemos entender a eficácia como um indicador de 
quantidade ou qualidade, que demonstra o alcance dos objetivos e metas 
estabelecidos para determinado período de tempo – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
12. (ESAF - ATRFB/SRFB/2012) A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal – 
STF enuncia: "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por 
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". Por meio da Súmula n. 473, o 
STF consagrou 
a) a autotutela. 
b) a eficiência. 
c) a publicidade. 
d) a impessoalidade. 
e) a legalidade. 
Comentário: fácil, não é mesmo? A forma que a Administração possui de 
corrigir os seus próprios atos, consagrada pela Súmula 473 do STF, é o 
princípio da autotutela (alternativa A). 
Gabarito: alternativa A. 
13. (ESAF - AUFC/TCU/2000) Em relação aos princípios da Administração Pública é 
correto afirmar, exceto: 
a) ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não veda, pelo 
princípio da legalidade, a Administração só pode realizar o que lhe é expressamente 
autorizado em lei 
b) pelo princípio da finalidade, não se admite outro objetivo para o ato administrativo 
que não o interesse público 
c) o princípio da publicidade impõe a publicação, em jornais oficiais, de todos os atos 
da Administração 
d) a conduta ética do administrador deve-se pautar pelo atendimento ao princípio da 
moralidade 
e) o princípio da legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer 
espécie mediante ato administrativo 
Comentário: 
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a) em síntese, a função administrativa se subordina às previsões legais e, 
portanto, o agente público só poderá atuar quando a lei determinar (vinculação) 
ou autorizar (discricionariedade). Ou seja, a atuação administrativa obedece a 
vontade legal. Por outro lado, os administrados podem fazer tudo o que não 
estiver proibido em lei, vivendo, assim, sob a autonomia da vontade. Sendo 
assim, correta a afirmativa – CORRETA; 
b) pelo princípio da finalidade, todo ato da Administração deve ser praticado 
visando à satisfação do interesse público (sentido amplo) e da finalidade para 
ele especificamente prevista em lei (sentido estrito). Se não for assim, o ato será 
inválido – CORRETA; 
c) o que ocorre é a exigência de publicação em órgãos oficiais como requisito 
de eficácia. Isso quer dizer, os atos administrativos gerais que produzirão 
efeitos externos ou os atos que impliquem ônus para o patrimônio público 
devem ser publicados em órgãos oficiais, a exemplo do Diário Oficial da União 
ou dos estados, para terem eficácia (produção de efeitos jurídicos) – ERRADA; 
d) isso aí. O princípio da moralidade, que também está previsto de forma 
expressa no caput do art. 37 da Constituição Federal, impõe que o 
administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar 
presentes em sua conduta – CORRETA; 
e) a Administração deve se limitar aos ditames da lei, não podendo, por simples 
ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou 
impor vedações. Para tanto, depende de prévia edição legal – CORRETA. 
Gabarito: alternativa C. 
14. (ESAF - AFT/MTE/2006) Em face dos princípios constitucionais da Administração 
Pública, pode-se afirmar que: 
I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos públicos 
reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade. 
II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de acordo 
com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade administrativa. 
III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto de 
vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o 
aspecto material. 
IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor 
resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da 
eficiência. 
V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre 
nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração Pública, 
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desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei para o referido 
cargo. 
 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II e IV. 
c) apenas as afirmativas I, III e IV. 
d) apenas as afirmativas I, III e V. 
e) apenas as afirmativas II, III e V. 
Comentário: vamos analisar uma a uma: 
I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos 
públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade – perfeito! A 
seleção via concurso público evita favoritismos e indicações de cunho político 
para a grande parte dos cargos públicos, prezando pela impessoalidade – 
CORRETA; 
II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de 
acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade 
administrativa – mesmo nos atos discricionários, o administrador deve agir 
baseado nos critérios legais, sendo que a conveniência e oportunidade de suas 
escolhas deve recair dentre opções legalmente previstas no ordenamento – 
ERRADA; 
III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto 
de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade 
administrativa, sob o aspecto material – de acordo com Di Pietro, “sempre que 
em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração 
ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em 
consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa 
administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, 
estará havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa”. Assim,pode 
até existir lei formal favorecendo algum particular, mas, havendo ofensa à 
moral, tal ato será considerado ilegal – CORRETA; 
IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o 
melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o 
princípio da eficiência – exatamente! O princípio da eficiência surgiu como 
forma de proporcionar uma atuação da administração pública com excelência, 
fornecendo serviços públicos de qualidade à população, com o menor custo 
possível (desde que mantidos os padrões de qualidade) e no menor tempo – 
CORRETA; 
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V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre 
nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração 
Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei para 
o referido cargo – existe em nosso ordenamento a vedação ao nepotismo, que 
proíbe a indicação de parentes para exercer cargos públicos, nos termos da 
súmula vinculante nº 13 do STF: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou 
parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, 
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração 
pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos estados, do 
Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição Federal” – ERRADA. 
Portanto, estão corretas as alternativas I, III e IV. 
Gabarito: alternativa C. 
15. (ESAF - AFRFB/SRFB/2003) Tratando-se de poder de polícia, sabe-se que 
podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de intensidade da 
medida maior que a necessária para a compulsão do obrigado ou pela extensão da 
medida ser maior que a necessária para a obtenção dos resultados licitamente 
desejados. Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o seguinte 
princípio: 
a) legalidade 
b) finalidade 
c) proporcionalidade 
d) moralidade 
e) contraditório 
Comentário: dos princípios apresentados, é o da proporcionalidade que surge 
como limitador de excessos possivelmente decorrentes do poder de polícia. 
Nos termos do art. 2º, parágrafo único da Lei 9.784/99, a administração deve 
observar a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público. 
Gabarito: alternativa C. 
16. (ESAF - AFT/MTE/2003) A Emenda Constitucional nº 19, de 1998 (EC 19/98), 
acrescentou aos princípios constitucionais da Administração Pública o princípio da 
eficiência, que é composto de algumas características básicas. Entre elas, não se 
inclui: 
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a) direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade do bem comum. 
b) imparcialidade. 
c) participação e aproximação dos serviços públicos da população. 
d) desburocratização. 
e) liberdade de ação para o servidor. 
Comentário: todas as alternativas trazem características que foram 
implementadas a partir da EC n° 19/98, como decorrência da reforma gerencial, 
iniciada em 1995 com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado 
(PDRAE). Nesse sentido, a eficiência se relaciona a uma atuação da 
administração pública com excelência e imparcialidade, fornecendo serviços 
públicos de qualidade à população, com o menor custo possível, 
desburocratizando-o sempre que possível (desde que mantidos os padrões de 
qualidade) e no menor tempo, para atendimento do bem comum. 
A despeito de toda essa “modernização”, tal princípio não configura uma “carta 
branca” ao administrado, que deve nortear sua atuação sob o aspecto da 
legalidade administrativa. 
Gabarito: alternativa E. 
17. (ESAF - AFRFB/SRFB/2000) Indique, nas opções abaixo, aquela que não se 
apresenta como um princípio da Administração Pública estabelecido pela 
Constituição de 1988. 
a) Legalidade 
b) Impessoalidade 
c) Unidade 
d) Moralidade 
e) Publicidade 
Comentário: dos princípios expressos no caput do artigo 37 da CF, temos: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
Portanto, das alternativas apresentadas, apenas o princípio da unidade não 
consta expressamente do texto constitucional como princípio da Administração 
Pública. 
Gabarito: alternativa C. 
18. (ESAF - AFC/CGU/2001) O regime jurídico-administrativo abrange diversos 
princípios. Entre os princípios abaixo, assinale aquele que se vincula à limitação da 
discricionariedade administrativa. 
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a) impessoalidade 
b) presunção de legitimidade 
c) razoabilidade 
d) hierarquia 
e) segurança jurídica 
Comentário: conforme nos ensina Maria Sylvia Di Pietro, o princípio da 
razoabilidade é “aplicado ao Direito Administrativo como mais uma das 
tentativas de impor-se limitações à discricionariedade administrativa, 
ampliando-se o âmbito de apreciação do ato administrativo pelo Poder 
Judiciário”. Assim, ensina a autora que, por mais que determinada decisão 
discricionária não transgrida nenhuma norma concreta e expressa, será 
considerada ilegítima se não for razoável, o que pode acontecer quando: não 
dê os fundamentos de fato ou de direito que a sustentam; não leve em conta os 
fatos constantes do expediente, ou públicos e notórios ou não guarde uma 
proporção adequada entre os meios que emprega e o fim que a lei deseja 
alcançar. 
Gabarito: alternativa C. 
19. (ESAF - Ana Tec/SUSEP/2006) A legalidade, como princípio básico da 
Administração Pública, especificamente, consiste mais em que, a autoridade 
administrativa só pode praticar atos, quando 
a) autorizados ou permitidos em lei. 
b) não vedados em lei. 
c) indicada sua fundamentação. 
d) tenha competência para tanto. 
e) objetivam interesse público. 
Comentário: segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da legalidade 
constitui uma das garantias principais de respeito aos direitos individuais. Isso 
ocorre porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os 
limites de atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício 
de tais direitos em benefício da coletividade. A legalidade apresenta dois 
significados distintos. O primeiro aplica-se aos administrados, isto é, às 
pessoas e às organizações em geral. Conforme dispõe o inciso II do artigo 5º 
da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei. Dessa forma, para os administrados tudo o que não for 
proibido será permitido. Assim, a lei tem um aspecto negativo, pois restringe o 
campo de atuação dos administrados. O segundo sentido do princípio da 
legalidade é aplicável à Administração e decorre diretamente do artigo 37, 
caput, da CF/88, impondo a atuação administrativa somente quando houver 
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previsão legal. Assim, para o setor público a lei tem conotação positiva. Isso 
ocorre porque a Administração só poderá agir quando houver previsão legal. 
Por esse motivo, ele costuma ser chamado de princípio da estrita legalidade. 
Gabarito: alternativa A. 
20. (ESAF - Ana/CVM/2010) Analise os itens a seguir, relacionados aos princípios 
que norteiam a atividade da Administração Pública, e marque com V se a assertiva 
for verdadeira e com F se for falsa. 
Ao final, assinale a opção correspondente. 
( ) Segundo o princípio da impessoalidade, a atuação do administrador público deve 
objetivar a realização do interesse público. 
( ) Em razão do princípio da isonomia, é vedada a adoção de quaisquer 
discriminações positivas pela Administração Pública. 
( ) As restrições ao direito de greve do servidor público decorrem do princípio da 
continuidade das atividades da Administração Pública. 
( ) A estipulação legal de prazo decadencial para a Administração anular seus atos é 
contrária ao princípio da segurança jurídica. 
 
a) V, F, F, F 
b) F, V, V, F 
c) V, V, V, V 
d) F, V, F, V 
e) V, F, V, F 
Comentário: 
- Segundo o princípio da impessoalidade, a atuação do administrador público 
deve objetivar a realização do interesse público. Isso mesmo. A atuação da 
administração deve ter em vista os interesses da coletividade, sem preferencias 
ou distinções entre os administrados – VERDADEIRA; 
- Em razão do princípio da isonomia, é vedada a adoção de quaisquer 
discriminações positivas pela Administração Pública. A Constituição Federal 
estabelece que todos são iguais perante a lei (art. 5º, caput), sendo que 
eventuais tratamentos diferenciados só podem ocorrer quando houver previsão 
legal. Ademais, referido princípio determina que a Administração Pública deve 
tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida das suas 
desigualdades – FALSA; 
- As restrições ao direito de greve do servidor público decorrem do princípio da 
continuidade das atividades da Administração Pública. Pelo princípio da 
continuidade, os serviços públicos devem ser prestados de maneira contínua, 
sem parar. Segundo Carvalho Filho, a “consequência lógica desse fato é a de 
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que não podem os serviços públicos ser interrompidos, devendo, ao contrário, 
ter normal continuidade” –VERDADEIRA; 
- A estipulação legal de prazo decadencial para a Administração anular seus 
atos é contrária ao princípio da segurança jurídica. Muito pelo contrário. 
Segundo Di Pietro, este princípio está na base das normas sobre prescrição e 
decadência. Os posicionamentos da administração podem mudar no decorrer 
do tempo, devendo-se assegurar que as situações já consolidadas sejam 
mantidas. Nesse sentido, a prescrição e a decadência constituem formas de 
assegurar essas situações, dando segurança aos administrados – FALSA. 
Gabarito: alternativa E. 
21. (ESAF - Ag Faz/Pref RJ/2010) Em relação aos princípios constitucionais da 
administração pública, é correto afirmar que: 
I. o princípio da publicidade visa a dar transparência aos atos da administração 
pública e contribuir para a concretização do princípio da moralidade administrativa; 
II. a exigência de concurso público para ingresso nos cargos públicos reflete uma 
aplicação constitucional do princípio da impessoalidade; 
III. o princípio da impessoalidade é violado quando se utiliza na publicidade oficial de 
obras e de serviços públicos o nome ou a imagem do governante, de modo a 
caracterizar promoção pessoal do mesmo; 
IV. o princípio da moralidade administrativa não comporta juízos de valor elásticos, 
porque o conceito de "moral administrativa" está definido de forma rígida na 
Constituição Federal; 
V. o nepotismo é uma das formas de ofensa ao princípio da impessoalidade. 
 
Estão corretas: 
a) apenas as afirmativas I, II, III e V. 
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
c) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
d) apenas as afirmativas I, III e V. 
e) apenas as afirmativas I e III. 
Comentário: à exceção da alternativa IV, todas as demais estão corretas. Ao 
contrário do que diz a afirmativa, o conceito de "moral administrativa" não está 
definido de forma rígida na Constituição Federal. A moralidade administrativa 
configura um conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da 
Administração, que implica saber distinguir não só o bem e o mal, o legal e o 
ilegal, o justo e o injusto, mas também o honesto e o desonesto. 
Gabarito: alternativa A. 
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22. (ESAF - APO/MPOG/2005) Os princípios da Administração Pública estão 
presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Assinale, no rol abaixo, 
aquele princípio que melhor se vincula à proteção do administrado no âmbito de um 
processo administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica. 
a) legalidade 
b) proporcionalidade 
c) moralidade 
d) ampla defesa 
e) segurança jurídica 
Comentário: em matéria de interpretação da norma jurídica, é essencial que a 
Administração possua meios de garantir que novas interpretações não 
prejudiquem situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de 
orientação anterior. Essa garantia se dá a partir do princípio da segurança 
jurídica, que se relaciona com a boa-fé. Não significa que o entendimento 
administrativo não possa mudar; o que não é possível é fazê-la retroagir a casos 
já decididos com base em interpretação anterior, considerada válida diante das 
circunstancias do momento em que foi adotada. 
Os demais princípios também devem ser observados no âmbito dos processos 
administrativos, mas o que guarda relação com a interpretação da norma 
jurídica é o da segurança jurídica. 
Gabarito: alternativa E. 
23. (ESAF - AFRE PA/SEFA PA/2002) Assinale a situação que não se relaciona 
com o princípio da impessoalidade, em alguma das suas acepções. 
a) Vedação ao uso da imagem da autoridade para promoção pessoal. 
b) Provimento de cargo público efetivo mediante concurso público. 
c) Anulação de ato cometido com desvio de finalidade. 
d) Verificação da presença do interesse público em todo ato cometido pela 
Administração Pública. 
e) Obrigação da divulgação pública dos atos oficiais. 
Comentário: o princípio da impessoalidade, previsto expressamente na CF/88, 
apresenta quatro sentidos: 
a) princípio da finalidade: em sentido amplo, o princípio da finalidade é 
sinônimo de interesse público, uma vez que todo e qualquer ato da 
administração deve ser praticado visando à satisfação do interesse 
público (D). Por outro lado, em sentido estrito, o ato administrativo deve 
satisfazer a finalidade específica prevista em lei (C). Em casos de desvio 
de finalidade, o ato deve ser anulado; 
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b) princípio da igualdade ou isonomia: o princípio da impessoalidade se 
traduz na ideia de isonomia, pois a Administração deve atender a todos 
os administrados sem discriminações. Não se pode favorecer pessoas 
ou se utilizar de perseguições indevidas, consagrando assim o princípio 
da igualdade ou isonomia.São exemplos: o art. 37, II, que exige a 
aprovação prévia em concurso público (B) para a investidura em cargo 
ou emprego público, permitindo que todos possam disputar-lhes com 
igualdade; o art. 37, XXI, que exige processo de licitação pública para a 
contratação de obras, serviços, compras e alienações, assegurando 
igualdade de condições a todos os concorrentes; o art. 175, que também 
exige licitação pública para as permissões e concessões de serviço 
público; e o art. 100 que trata do regime de precatórios judiciais para o 
pagamento dos débitos das fazendas públicas. 
c) vedação de promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do 
Estado. Dessa forma, não poderá ocorrer a pessoalização ou promoção 
pessoal do agente público pelos atos realizados (A) 
d) impedimento e suspeição: esses institutos possuem o objetivo de afastar 
de processos administrativos ou judiciais as pessoas que não possuem 
condições de aplicar a lei de forma imparcial, em função de parentesco, 
amizade ou inimizade com pessoas que participam do processo. 
Portanto, pelo que demonstramos acima, a obrigação da divulgação pública dos 
atos oficiais não se relaciona com o princípio da impessoalidade, apesar de ser 
característica do princípio da publicidade. 
Gabarito: alternativa E. 
24. (ESAF - AFC/STN/2008) O art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988 previu 
expressamente alguns dos princípios da administração pública brasileira, quais 
sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Consagra-
se, com o princípio da publicidade, o dever de a administração pública atuar de 
maneira transparente e promover a mais ampla divulgação possível de seus atos. 
Quanto aos instrumentos de garantia e às repercussões desse princípio, assinale a 
assertiva incorreta. 
a) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
b) É assegurada a todos a obtenção de certidões em repartições públicas, para a 
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
c) Da publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos poderá constar nomes, 
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo. 
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d) Cabe habeas data a fim de se assegurar o conhecimento de informações relativas 
à pessoa do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. 
e) É garantido ao usuário, na administração pública direta e indireta, na forma 
disciplinada por lei, o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos 
de governo, observadas as garantias constitucionais de sigilo. 
Comentário: as alternativas A, B D e E retratam a previsão expressa da 
Constituição Federal, de preceitos que ou confirmam, ou restringem o princípio 
da publicidade. A seguir, aponto em quais artigos/incisos estão essas 
previsões: 
a) previsto no art. 5º, XXXIII – CORRETA; 
b) previsto no art. 5º, XXXIV, b – CORRETA; 
c) referida previsão está relacionada ao princípio da impessoalidade, na 
acepção de que é vedada a promoção pessoal da autoridade, já que os agentes 
públicos atuam em nome do Estado. Esse significado decorre diretamente da 
disposição do §1º do Art. 37 da CF/88: “§1º - A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos 
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos” – ERRADA; 
d) previsto no art. 5º, LXXII – CORRETA; 
e) previsto no art. 37, §3º, II da CF – CORRETA. 
Gabarito: alternativa C. 
25. (ESAF - Ana/IRB/2006) Considerando-se os princípios que regem a 
Administração Pública, relacione cada princípio com o respectivo ato administrativo e 
aponte a ordem correta. 
(1) Impessoalidade 
(2) Moralidade 
(3) Publicidade 
(4) Eficiência 
( ) Punição de ato de improbidade. 
( ) Divulgação dos atos da Administração Pública. 
( ) Concurso Público. 
( ) Pagamento por precatório. 
( ) Escolha da melhor proposta em sede de licitação. 
 
a) 1/3/4/2/2 
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b) 2/3/1/1/4 
c) 4/2/1/3/1 
d) 3/4/2/1/4 
e) 3/2/2/1/4 
Comentário: 
(1) Impessoalidade (2) Punição de ato de improbidade. 
(2) Moralidade (3) Divulgação dos atos da Administração Pública. 
(3) Publicidade (1) Concurso Público. 
(4) Eficiência (1) Pagamento por precatório. 
 (4) Escolha da melhor proposta em sede de licitação. 
Tanto a necessidade de elaboração de concurso público para preenchimento 
dos cargos públicos, quanto o pagamento via precatório atendem ao princípio 
da impessoalidade, segundo o qual o interesse e a finalidade pública devem 
nortear o comportamento da administração, proibindo a atuação da 
Administração com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas. A 
punição por atos de improbidade, por sua vez, tem como objetivo a proteção da 
moralidade administrativa. O princípio da publicidade exige a ampla divulgação 
dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas em lei. Por fim, ao selecionar as melhores propostas em sede 
de licitação, a administração privilegia o princípio da eficiência, na medida em 
que a escolha é baseada em critérios objetivos, vencendo aquele que prestará 
os serviços da forma mais adequada, além do dever de prestar um serviço 
satisfatório, sob pena de sofrer as sanções legais. 
Gabarito: alternativa B. 
26. (ESAF - TA/ANEEL/2006) Assinale a opção que elenque dois princípios 
norteadores da Administração Pública que se encontram implícitos na Constituição 
da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 9.784/99. 
a) Legalidade / moralidade. 
b) Motivação / razoabilidade. 
c) Eficiência / ampla defesa. 
d) Contraditório / segurança jurídica. 
e) Finalidade / eficiência. 
Comentário: questão interessante para diferenciarmos os princípios 
constitucionalmente explícitos dos implícitos. Os princípios explícitos são 
aqueles que estão expressamente veiculados no texto constitucional; os 
implícitos, por sua vez, são os que decorrem dos preceitos trazidos pela Carta 
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Maior. Vale lembrar que, apesar de serem considerados implícitos tendo como 
parâmetro a CF, eles podem ser considerados explícitos tomando-se por base 
a legislação infraconstitucional. 
Nesse sentido, temos como princípios explícitos da Administração Pública 
constante do art. 37 da CF: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...). 
Ademais, são princípios explícitos da Administração constantes do art. 2º da 
Lei 9.784/99: 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, 
ampla defesa, contraditório,

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