Estruturas Condicionais Simples e Compostas

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Estruturas condicionais simples
Aline Cristina Antoneli de Oliveira
Introdução
Uma das grandes façanhas do homem ao construir máquinas programáveis foi a possibilidade de fazer com que
elas conseguissem tomar decisões. Você sabia que o conceito de máquina “inteligente”, a despeito de sua
capacidade de comunicação, corresponde justamente a essa capacidade de tomar decisões?
Nesta aula, você vai compreender a estrutura condicional simples e como a decisão pode ser estruturada dentro
de um programa para que ele adquira a capacidade de, além de executar instruções de forma sequencial, realize
desvios de execução a partir de decisões programadas.
Bons estudos!
Ao final desta aula, você será capaz de:
• Conhecer e aplicar estruturas condicionais simples, elaborando algoritmos para a solução de problemas.
Definição e implementação
Você já deve saber que algoritmos são instruções executadas de forma sequencial, ou seja, por meio de uma
sequência linear de cima para baixo e da esquerda para a direita. A partir do momento em que os problemas a
serem resolvidos se tornam um pouco mais complexos, é possível estruturar os algoritmos de forma a permitir
que decisões sejam tomadas para sua resolução. Isso ocorre por meio da .estrutura de seleção
Estruturas de seleção são estruturas que permitem que um bloco de ações seja executado quando condições,
representadas por expressões lógicas ou relacionais, são ou não satisfeitas (FORBELLONE; EBERSPÄCHER,
2005). Tenha em mente que as estruturas de seleção podem ser , ou .simples compostas encadeadas
As estruturas de seleção simples são estruturadas por uma <condição>, que, se for verdadeira, executa uma ação
<A> e a encerra. Veja abaixo:
1 se <condição>
2 então
3 A; // único comando
4 fimse;
Ao planejar a lógica da solução para um problema de programação, você utilizará com frequência
pseudocódigos, ou fluxogramas, antes de traduzir para a linguagem de programação que vai executar o
programa. Aplicada em um fluxograma, a representação gráfica de uma estrutura de seleção simples, utilizando a
estrutura “se-então”, pode ser vista na Figura 1 a seguir:
•
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Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
Observe o que a figura acima indica. Quando um programa é iniciado e se encontra com uma expressão de
tomada de decisão, ele possui um desvio de execução, que o fará tomar outro caminho caso a condição colocada
seja verdadeira.
Já a estrutura de seleção composta oferece a possibilidade de executar uma instrução caso a condição não seja
verdadeira, utilizando a estrutura “se-então-senão”. Graficamente, essa estrutura pode ser representada
conforme apresenta a Figura 2 a seguir.
Figura 1 - Exemplo de fluxograma de estrutura de seleção composta.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
Caso a condição seja verdadeira, serão executadas as instruções A e B. Caso seja falsa, será executada a instrução
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Caso a condição seja verdadeira, serão executadas as instruções A e B. Caso seja falsa, será executada a instrução
C. Em uma estrutura condicional simples, como há somente a proposição da execução de instruções caso a
condição seja verdadeira, se ela não for verdadeira, o programa segue seu fluxo normal de execução até o final,
não havendo outro desvio de “rota” em sua execução.
No exemplo a seguir, mostraremos um algoritmo que apresenta várias condicionais simples e que, a partir do
momento em que alguma condição não é verdadeira, simplesmente segue seu fluxo, encontrando-se com outras
condicionais.
Imagine um programa que realiza o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) a partir das informações de peso
e altura fornecidas. O cálculo do IMC é feito pela multiplicação do peso pela altura dividido pela altura. Caso o
valor fique abaixo de 18,5, a pessoa está abaixo do seu peso ideal, caso fique entre 18,5 e 25, ela está em seu peso
ideal, por outro lado, se o IMC apresentar um valor superior a 25, a pessoa está acima do peso.
Observe na próxima figura, o fluxograma dessa solução, no qual podemos ver várias condicionais simples
representadas.
EXEMPLO
Na linguagem de programação PHP, por exemplo, um trecho de algoritmo que exibe na tela
que a variável “a” é maior do que “b”, em uma estrutura condicional simples ficaria da seguinte
forma:
<? php
if ($a > $b) { echo “a is bigger than b”;}
?>
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Figura 2 - Programa que calcula o IMC.
Fonte: Elaborada pela autora, 2019.
Observe na Figura 3, as três estruturas condicionais simples, em que somente a condição verdadeira apresenta
instruções a serem executadas e, logo após sua execução, o fluxo de execução retorna para o programa
normalmente, até o final.
Agora, confira o pseudocódigo dessa solução:
1 CalculoIMCAlgoritmo 
2 peso, altura, imc;real:
3 (“Entre com o peso”);escreva
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3 (“Entre com o peso”);escreva
4 (peso);leia
5 (“Entre com a altura”);escreva 
6 (altura);leia
7 imc ← peso / altura * altura;
8 (imc < 18,5) se então
9 (“Você está abaixo do peso ideal!”);escreva
10 ;fimse
11 (imc >= 18,5) e (imc < 25) se então
12 escreva(“Parabéns! Peso ideal!”);
13 ;fimse
14 (imc > 25) se então
15 escreva(“Você está acima do peso ideal!”);
16 ;fimse
17 .fimalgoritmo
No tópico a seguir, a estrutura de seleção de múltiplas escolhas será apresentada.
Múltipla Escolha
Se for necessário criar algoritmos que dependem de múltiplas alternativas, saiba que existe uma estrutura
específica para esses casos, que é a seleção pela estrutura “escolha..caso”. Essa estrutura pode ser utilizada
quando há diversos valores possíveis para uma única variável em teste, e cada um deles exige um modo de ação
diferente (FARREL, 2010).
Essa estrutura permite uma melhor leitura do código, tornando-o mais simples. Por isso, tenha em mente, sua
utilização é mais aconselhada do que a estrutura de seleção composta encadeada. Confira a sua utilização no
código!
1 escolha A
2 B1: C1;caso
3 B2: C2;caso
4 B3: C3;caso
5 B4: C4;caso
6 : C5;caso contrário
7 fimescolha.
Caso o valor da variável A seja igual a B1, C1 será executado, e assim sucessivamente. Para executar um comando
verificado com todos os outros valores, exceto os discriminados caso a caso, é incluída outra instrução, o “caso
”, o que torna esse tipo de estrutura condicional composta (FORBELLONE; contrário EBERSPÄCHER, 2005).
FIQUE ATENTO
A escolha pela utilização de uma estrutura condicional simples, composta ou encadeada,
sempre vai depender de quem está programando, a partir das melhores práticas de código
limpo e da facilidade no uso do código.
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”, o que torna esse tipo de estrutura condicional composta (FORBELLONE; contrário EBERSPÄCHER, 2005).
Lembrando sempre que os valores utilizados dentro da estrutura “ESCOLHA..CASO” para verificação devem ser
numéricos.
Aprofundando um pouco mais a compreensão sobre a seleção de múltiplas escolhas, imagine que agora você
quer construir um algoritmo que tenha como entrada o preço de um produto e o seu código de origem, conforme
as regras a seguir sobre número de procedência e origem. Caso o código não seja nenhum dos especificados,
deve ser considerado importado.
A partir da entrada, o programa deve informar como saída o preço e a procedência desse produto:
• 1 – Procedência Sul
• 2 – Procedência Norte
• 3 – Procedência Leste
• 4 – Procedência Oeste
• 5 ou 6 – Procedência Nordeste
• 7, 8 ou 9 – Procedência Sudeste
• 10 até 20 – Procedência Centro-Oeste
Esse algoritmo pode ser representado em um fluxograma também. Observe!
Figura 3 - Algoritmo de procedência de produtos.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019.
O algoritmo dos códigos de procedência de produtos, representado no fluxograma da Figura 4 acima, pode ser
FIQUE ATENTO
Ainda que a estrutura “ESCOLHA..CASO” seja uma estrutura de simples utilização e
compreensão, ela é uma estrutura condicional composta. Isso porque, por meio do “caso
contrário”, ela apresenta um direcionamento de instruções caso todas as condições anteriores
não sejam verdadeiras.
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O algoritmo dos códigos de procedência de produtos, representado no fluxograma daFigura 4 acima, pode ser
expresso da seguinte forma em pseudocódigo:
1 ProcedênciaAlgoritmo 
2 PREÇO, CÓDIGO;inteiro:
3 (“Entre com o código de procedência do produto”);escreva 
4 (CÓDIGO);leia
(“Entre com o preço do produto”);escreva 
 (PREÇO);leia
5 (CÓDIGO)escolha
6 1: (PREÇO, “Sul”);caso escreva
7 2: (PREÇO, “Norte”);caso escreva 
8 3: (PREÇO, “Leste”);caso escreva 
9 4: (PREÇO, “Oeste”);caso escreva
10 5, 6: (PREÇO, “Nordeste”);caso escreva
11 7, 8, 9: (PREÇO, “Sudeste”);caso escreva 
12 10 .. 20: (PREÇO, “Centro-Oeste”);caso escreva 
13 (PREÇO, “Importado”);caso contrário: escreva
19 fimescolha.
20 fimalgoritmo.
Nesse algoritmo, observe duas situações na representação da estrutura CASO em pseudocódigo: nas linhas 10 e
11, é oferecida mais de uma opção de valores de entrada. Em pseudocódigo, essa situação pode ser representada
por vírgula (caso 5, 6) ou (caso 7, 8, 9), ou seja, qualquer um desses valores de entrada retornará à instrução
daquela linha. A vírgula, nesse caso, representa o operador “OU”. Ficando claro que cada linguagem de
programação possui sua sintaxe específica e representará essa estrutura dentro de sua sintaxe.
Outra situação é a apresentada na linha 12, em que se o usuário tiver informado um valor entre 10 e 20, será
informado que a procedência é “Centro-Oeste”. Em pseudocódigo, na estrutura “CASO”, é permitido utilizar dois
pontos subsequentes (..) para determinar intervalo de valores.
Fechamento
Nesta aula, você compreendeu as estruturas básicas que podem compor um algoritmo. Você viu que para
qualquer problema computacional, as três estruturas (sequencial, condicional ou de desvio e de repetição) são
suficientes. Você também teve a oportunidade de compreender que:
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
SAIBA MAIS
Uma outra forma de representação de algoritmos bastante utilizada é o diagrama de Chapin.
Ele foi criado por Ned Chapin a partir de trabalhos de Nassi-Shneiderman, que consistia em
substituir o fluxograma tradicional por um diagrama que apresenta uma visão hierárquica e
estruturada da lógica do programa. Confira detalhes de sua estrutura no segundo capítulo de
Forbellone e Eberspächer (2005).
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Nesta aula, você teve a oportunidade de:
• A estrutura condicional simples, também chamada de estrutura de seleção ou de desvio, é a estrutura 
que toma decisão dentro de um programa, sendo composta pela instrução “se..então”.
• A estrutura de seleção de múltipla escolha possibilita a execução de uma instrução a partir de uma 
quantidade maior de opções de condicionais colocadas pelo programa.
Referências
FARREL, Joyce. introdução. São Paulo: Cengage Learning, 2010.Lógica e design de programação:
FORBELLONE, André Luiz Villar; EBERSPÄCHER, Henri Frederico. : a construção deLógica de programação
algoritmos e estruturas de dados. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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	Introdução
	Definição e implementação
	
	Exemplo de fluxograma de estrutura de seleção composta.
	Programa que calcula o IMC.
	Múltipla Escolha
	Algoritmo de procedência de produtos.
	Fechamento
	Referências