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Anatomia do Sistema Endócrino

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2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 1 
 
ANATOMIA II 
AULA 1 – SISTEMA ENDÓCRINO 
Hipotálamo
 INTRODUÇÃO 
O hipotálamo é uma pequena área localizada no 
interior do crânio na região do diencéfalo (3º 
ventrículo). Fica entre o telencéfalo e o mesencéfalo. 
Tem como função comandar o sistema 
endócrino e o sistema nervoso autônomo. 
 
 
 
 
 
O hipotálamo é delimitado superiormente pelo 
sulco hipotalâmico e inferiormente pelo quiasma 
óptico, túber cinéreo ou infundíbulo e corpo 
mamilar, os quais compõem seu assoalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIVISÃO 
• Hipotálamo quiasmático. 
• Hipotálamo tuberal. 
• Hipotálamo mamilar. 
 
 NÚCLEOS HIPOTALÂMICOS 
São 8 núcleos, mas no momento, 3 deles são 
importantes: 
• Supraótico e Paraventricular: Ficam no hipotálamo 
quiasmático e produzem os hormônios 
armazenamento neuro-hipofisário (ocitocina e 
vasopressina). 
• Arqueado: Fica no hipotálamo tuberal e produz 
hormônios que atuam estimulando ou inibindo a 
adeno-hipófise, chamados fatores de liberação. 
 
 FUNÇÕES 
• Controle do sistema nervoso autônomo, porção 
motora. 
• Regulação da temperatura corporal. 
• Regulação da ingestão de alimentos, controla o 
centro da fome e da saciedade. 
VENTRÍCULOS CEREBRAIS 
Cavidades onde ocorre a produção de líquor, 
um líquido protetor que circula no espaço 
subaracnoide. Entre a ponte, o bulbo e o cerebelo, 
fica o quarto ventrículo, que se comunica com o 
terceiro ventrículo, por meio do aqueduto 
cerebral. O terceiro ventrículo, por sua vez, se 
comunica com os ventrículos laterais (primeiro e 
segundo) por meio dos forames interventriculares 
direito e esquerdo. Partindo do aqueduto cerebral 
e indo em direção ao forame interventricular há 
uma linha, denominada sulco hipotalâmico, que 
divide o tálamo e o hipotálamo. 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 2 
 
• Regulação do comportamento emocional 
• Regulação da ingestão de água. 
• Regulação do sono e da vigília. 
• Regulação da diurese. 
• Controle do sistema endócrino. 
 
 IRRIGAÇÃO 
A carótida interna irriga o encéfalo e se divide em 
artéria cerebral anterior e artéria cerebral média 
(ramos terminais). As artérias cerebrais anteriores direita 
e esquerda se comunicam através da artéria 
comunicante anterior. 
As artérias vertebrais esquerda e direita, se 
originam da primeira porção da artéria subclávia. Se 
unem posteriormente e formam a artéria basilar, ela se 
divide nas artérias cerebrais posteriores. 
Na bifurcação entre as artérias cerebrais média e 
anteriores, sai um ramo chamado de artéria 
comunicante posterior, o qual liga essas artérias as 
artérias cerebrais posteriores. 
As artérias cerebrais anteriores esquerda e direita, 
a artéria comunicante anterior, as artérias carótida 
interna esquerda e direita, as artérias cerebrais 
posteriores esquerda e direita e as artérias 
comunicantes posteriores esquerda e direita, formam o 
polígono de Willis ou polígono cerebral. 
 
 
 
 
 
 DRENAGEM VENOSA 
São os seios que confluem para o seio sigmoide e 
se comunica com a veia jugular interna. 
Os seios da dura-máter são formados pelos 
folhetos internos e externo dessa meninge, sendo 
revestidos internamente por endotélio. 
 
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CONCEITOS 
• Axônio mielínicos: Possuem bainha de mielina 
e os nódulos de Ranvier. 
• Axônio amielínicos: Sem bainha de mielina. 
• Encéfalo: Órgãos do sistema nervoso 
localizados dentro do crânio. Dividido em três 
partes, superiormente temos o cérebro, 
posteriormente o cerebelo e inferiormente o 
tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). 
• Medula espinal: Localizada dentro do canal 
vertebral. 
• Telencéfalo (Cérebro): Parte mais volumosa, 
originada do prosencéfalo. Suas duas partes 
laterais são chamadas de hemisférios cerebrais. 
• Diencéfalo: Dividido em subtálamo, tálamo, 
hipotálamo e epitálamo. 
• Substância cinzenta: Tecido nervoso 
constituído por neuroglia (células de 
sustentação), corpos de neurônios e fibras 
nervosas (axônios), predominantemente 
amielínicas. 
• Substância branca: Tecido nervoso formado 
por neuroglia e fibras nervosas 
predominantemente mielínicas. 
• Formação reticular: Regiões do tecido nervoso 
com característica de substância cinzenta e 
branca ao mesmo tempo, como ocorre no tronco 
encefálico. 
• Núcleos: Massa de substância cinzenta dentro 
de substância branca ou grupo delimitado de 
corpos de neurônios com, aproximadamente a 
mesma função e estrutura. Estão localizados 
dentro do sistema nervoso central. 
• Córtex: Substância cinzenta disposta 
perifericamente em relação a substância branca. 
Está presente no cérebro e cerebelo. 
• Nervos: Feixes de fibras nervosas (axônios) 
situados fora do sistema nervoso central. 
• Tractos: Feixes de fibras nervosas (axônios) 
situados no interior do SNC com, 
aproximadamente, mesma origem, função e 
destino. 
• Fascículos: Tractos com grande quantidade de 
fibras nervosas, como os fascículos grácil e 
cuneiforme. 
• Lemniscos: São conjuntos de estruturas 
nervosas resultantes da fusão de tractos ou 
fascículos. 
CONCEITOS 
• Vias Sensitivas: Ascendentes. 
• Vias Motoras: Descendentes. 
• Fibras de Projeção: Fibras nervosas que 
comunicam áreas de órgãos diferentes do 
sistema nervoso. 
• Fibras de Associação: Fibras nervosas que 
comunicam áreas de um mesmo órgão do 
sistema nervoso. 
• Comissura: Formação anatômica constituída 
por fibras nervosas que cruzam 
perperndicularmente o plano mediano 
(exemplo: Corpo caloso). 
• Decussação: Formação anatômica constituída 
por fibras nervosas que cruzam obliquamente o 
plano mediano (exemplo: Decussação das 
Pirâmides Bulbares). 
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ANATOMIA II 
AULA 2 – SISTEMA ENDÓCRINO 
Hipófise e Glândula Pineal 
 HIPÓFISE 
Corpo ovoide situado na sela túrcica do osso 
esfenoide. Encontra-se conectada ao hipotálamo 
através do infundíbulo (túber cinéreo). Encontra-se 
separada do restante do encéfalo pelo diafragma da 
sela, uma reflexão das meninges. 
Relaciona-se acima com o quiasma óptico, abaixo 
com o seio venoso intercavernoso e o seio esfenoidal. 
Subdividida em adeno-hipófise e neuro-hipófise. 
 
 
ADENO-HIPÓFISE 
É o lobo anterior da hipófise, dividida em parte 
infundibular (tuberal), intermédia e distal. Se 
desenvolve como um divertículo da região buco 
faríngica. 
Tem a função de secretar uma variedade de 
hormônios por estímulo ou inibição do núcleo 
arqueado do hipotálamo. 
 
 
 
 
NEURO-HIPÓFISE 
É o lobo posterior da hipófise, dividida em 
eminência mediana, haste infundibular e processo 
infundibular. Desenvolve-se como um divertículo do 
assoalho do terceiro ventrículo. 
Tem a função de armazenar neurossecreções 
produzidas nos núcleos supraóptico e paraventricular, 
que são a ocitocina e a vasopressina. 
 
 
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM SANGUÍNEA 
A hipófise é irrigada pelas artérias hipofisárias 
superiores (ramos da artéria cerebral média) e 
inferiores (ramos da artéria carótida interna). 
Na adeno-hipófise temos a circulação porta-
hipofisária, é uma rede de capilares responsável por 
receber o sangue venoso com hormônios do 
hipotálamo e drena o sangue com os hormônios 
hipofisários para o corpo.A manutenção e a regulação da atividade da 
adeno-hipófise dependem da irrigação feita pelo 
sistema porta-hipofisário. 
Já na neuro-hipófise, os hormônios chegam por via 
neurócrina não sináptica e saem por meio de veias 
hipofisárias para o restante do corpo. 
 
A adeno-hipófise secreta prolactina, GH, TSH, 
ACTH, MSH, FSH, LH. 
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INERVAÇÃO 
A inervação é feita pelos tratos hipotálamo-
hipofisial que contém dois grupos de fibras: Trato 
supraóptico hipofisial e o trato túbero-hipofisial. 
 
 
 
 GLÂNDULA PINEAL 
A glândula pineal é a parte endócrina do 
epitálamo. Localizada no plano mediano na parte 
posterior do mesencéfalo, acima dos corpos 
quadrigêmeos, chamados de colículos superiores 
(responsáveis pela visão) e inferiores (responsáveis pela 
audição). 
Tem a função de produzir a melatonina, 
relacionada ao fuso-horário. Não tem relação de 
obediência ao hipotálamo e a hipófise, não funcionando 
como os eixos endócrinos (hipotálamo-hipofisário). 
Origina-se embriologicamente de um divertículo 
do terceiro ventrículo, tendo a mesma origem da retina. 
 
 
 
IRRIGAÇÃO 
É irrigado por ramos da artéria cerebral 
posterior, que são ramos da artéria basilar. É muito 
vascularizada, sendo seu fluxo de sangue só superado 
pelo dos rins. 
 
INERVAÇÃO 
Sua inervação se faz principalmente por fibras 
parassimpáticas do nervo vago, provenientes do 
gânglio cervical superior (simpático). 
O tronco simpático cervical possui 3 dilatações: 
1. Gânglio Cervical Superior: No início da carótida 
interna, acima do seio carótido. 
2. Gânglio Cervical Médio: Próximo a artéria tireóidea 
inferior. 
3. Gânglio Cervical Inferior: Próximo a artéria 
subclávia, também chamado de torácico superior ou 
estrelado. 
 
 
 
SÍNTESE DE MELATONINA 
A síntese de melatonina apresenta baixa atividade 
durante o dia, sendo produzida no período noturno. 
Essa atividade é determinada pela estimulação da 
glândula pineal pelo núcleo supraquiasmático 
transmitida a ela por fibras simpáticas. 
Denominamos essa atividade de ritmo circadiano. 
Além disso, apresenta ação antigonadotrófica sobre as 
gônadas, funcionando como um mecanismo inibitório. 
 
Gânglio Cervical Superior 
Gânglio Cervical Médio 
Gânglio Cervical Inferior 
Glândula Pineal 
Colículos Superiores 
Colículos Inferiores 
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ANATOMIA II 
AULA 3 – SISTEMA ENDÓCRINO 
Tireoide e Paratireoide 
 TIREOIDE 
Situada entre a quinta e sétima vertebras cervicais, 
geralmente, cobrindo do 2º ao 4º anel da traqueia. A 
glândula tireoide apresenta a forma de um H, formado 
por 2 lobos, que são unidos por um istmo. Em alguns 
casos ela pode apresentar um lobo vertical superior, 
chamado de lobo piramidal. 
É revestida por 2 envoltórios, são eles: 
• Uma cápsula fibrosa intimamente aderente a 
glândula. 
• Uma bainha derivada da lâmina pré-traqueal da 
fáscia cervical profunda. 
A lâmina anterior da bainha da tireoide envolve os 
músculos infra-hióideos e a lâmina posterior envolve a 
traqueia, o esôfago e os nervos laríngeos recorrentes 
(ramos do vago). 
Ela se desenvolve como um divertículo mediano a 
partir do assoalho da faringe. 
 
MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS 
Com aparência semelhante a uma fita, eles ficam 
na região inferior ao osso hioide. Situam-se em dois 
planos: 
• Plano superficial: Esternohioideo e omohioideo 
(escapula). 
• Plano profundo: Esternotireoideo e tireohioide. 
 
NERVOS 
O nervo laríngeo recorrente esquerdo surge 
quando o nervo vago faz a volta no arco aórtico. Já, o 
nervo laríngeo recorrente direito surge quando o 
nervo vago faz a volta na artéria subclávia direita. 
 
IRRIGAÇÃO 
A irrigação da tireoide é feita pela artéria tireóidea 
superior, primeiro ramo da carótida externa, e pela 
artéria tireóidea inferior, vinda da região posterior, é 
um ramo do tronco tireocervical, que é ramo da 
primeira porção da artéria subclávia. 
 
DRENAGEM VENOSA 
As veias tireóideas superior e médias drenam a 
parte superior e do istmo da tireoide, para a veia 
jugular interna. Já as veias tireóideas inferiores 
drenam a parte inferior da tireoide, para as veias 
braquiocefálicas. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
Em direção superior para os linfonodos cervicais 
profundos inferiores. Em direção inferior para os 
linfonodos paratraqueais. 
 
 
 
 
 
 
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INERVAÇÃO 
Feita por ramos do tronco simpático cervical e 
nervo vago (parassimpático). 
 
 
 
 
 PARATIREOIDES 
São glândulas pequenas, de coloração amarelo-
rosado, localizadas na metade medial da superfície 
posterior da glândula tireoide. 
O diâmetro delas é de cerca de 6 mm, e localizam-
se fora da cápsula da tireoide. São denominadas 
glândulas paratireoides superiores e inferiores. 
As artérias tireóideas terminam exatamente nas 
glândulas paratireoides, ajudando na localização dessas 
pequenas estruturas. 
 
 
 
 
É importante ter cuidado na hora de 
cirurgias para retirada da tireoide, pois há 
estruturas pequenas e importantes próximas a 
ela. 
Os nervos laríngeos recorrentes, por 
exemplo, caso sejam afetados causaram 
rouquidão permanente, e as paratireoides 
devem ser preservadas, pois são importantes 
para a contração muscular e para a coagulação 
sanguínea. 
TETANIA 
Caracterizada pela ocorrência de contrações 
musculares involuntárias e espasmos, 
normalmente, causada pela deficiência de 
cálcio, devido o hipoparatireoidismo ou 
retirada das paratireoides. No entanto, também 
pode estar presente em casos de tétano ou 
doença renal. 
P á g i n a | 8 
 
ANATOMIA II 
AULA 4 – SISTEMA ENDÓCRINO 
Glândulas Suprarrenais
 INTRODUÇÃO 
Glândulas pequenas localizadas na face supero-
medial da parte anterior do rim correspondente. São 
circundadas pela fáscia renal à qual estão aderidas. 
A suprarrenal direita projeta-se posteriormente à 
veia cava inferior. A direita tem formato piramidal e a 
suprarrenal esquerda é mais achatada (forma de maia 
lua). 
O córtex produz hormônios esteroides, enquanto 
a medula faz à síntese de epinefrina e norepinefrina. 
 
 IRRIGAÇÃO 
• Artéria suprarrenal superior: Ramos das artérias 
frênicas inferiores. 
• Artéria suprarrenal média: Ramos da artéria aorta 
descendente abdominal. 
• Artéria suprarrenal inferior: Ramos das artérias 
renais. 
 DRENAGEM VENOSA 
Veias satélites das artérias que as originaram. As 
inferiores drenam primeiro para as veias renais para 
depois chegar à veia cava inferior. 
 
 DRENAGEM LINFÁTICA 
É feita por vasos linfáticos que acompanham as 
veias que drenam as suprarrenais e desembocam nos 
linfonodos para-aórticos. 
 
 INERVAÇÃO 
Feita pelo plexo celíaco e nervos esplâncnicos 
torácicos e lombares (principalmente fibras simpáticas, 
que se dirigem à medula da suprarrenal). 
 
 
 
 
 
 
 
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ANATOMIA II 
AULA 5 – SISTEMA ENDÓCRINO E REPRODUTOR 
Testículos 
 ESCROTO 
Consiste numa bolsa situada atrás do pênis e 
abaixo da sínfise púbica. A pele que o reveste é 
delgada e pigmentada, apresentando poucos pelos, 
mas muitas glândulas sudoríparase sebáceas. 
Encontra-se dividido em dois compartimentos: 
Cada um contém um testículo, um epidídimo, a 
porção inferior do funículo espermático e seus 
envoltórios. A crista mediana é a indicação superficial 
dessa divisão, sendo chamada de rafe do escroto. Ela 
continua anteriormente com a rafe peniana e 
posteriormente com a rafe perineal. 
 
 
 
TÚNICA DARTOS (SUPERFICIAL ou EXTERNA) 
Lâmina fascial sem gordura, composta por fibras 
musculares lisas, que dão a aparência rugosa da pele. 
O escroto é dividido internamente por uma continuação 
da túnica dartos, o septo do escroto, em hemiescroto 
direito e hemiescroto esquerdo. A demarcação externa 
do septo escroto é a rafe escrotal. 
 
 
 
CANAL INGUINAL 
É formado pelo desenvolvimento fetal. Constitui 
uma passagem oblíqua, com cerca de 4 cm de 
comprimento, que segue inferomedialmente através da 
parte inferior da parede do abdome. Situa-se paralelo e 
superiormente à metade medial do ligamento inguinal. 
Apresenta duas aberturas (anéis inguinais 
superficial e profundo) e quatro paredes (teto, 
assoalho, parede anterior e posterior). 
• Anel inguinal profundo: É a entrada, fica superior a 
região intermediaria do ligamento inguinal, lateral a 
artéria epigástrica inferior. 
 
 
• Anel inguinal superficial: É a saída pelo qual o 
funículo espermático emerge no canal inguinal. 
Divisão que ocorre nas fibras da aponeurose do 
músculo oblíquo externo na região superolateral ao 
tubérculo púbico. As partes da aponeurose situadas 
lateral e medialmente são seus pilares: Seu pilar 
lateral é o tubérculo púbico e o pilar medial é a crista 
púbica. 
 
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• Parede anterior: Aponeurose do músculo oblíquo 
externo, reforçada na parte lateral pela aponeurose 
do músculo oblíquo interno. 
• Parede posterior: Fáscia transversalis, reforçada por 
fixações púbicas das aponeuroses dos músculos 
oblíquo interno e transverso do abdome. 
• Teto: Lateralmente pela fáscia transversalis, 
centralmente pelo músculo oblíquo interno e 
transverso do abdome, e medialmente pelo pilar 
medial da aponeurose do oblíquo externo. 
• Assoalho: Ligamento inguinal. 
• Conteúdo: Funículo espermático. 
 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
Conduz o feixe neurovascular dos testículos e os 
suspende no escroto. É constituído pelos músculos da 
parede antero-lateral do abdome. 
Contém, o ducto deferente (junto com os vasos 
para ele e o nervo para o epidídimo); artéria gonadal 
(acompanhada por nervos do plexo testicular); plexo 
pampiniforme; vasos linfáticos; artéria cremastérica 
(músculo cremaster); ramo do nervo genitofemoral e 
remanescentes do processo vaginal do peritônio 
 
 
 
 
 TESTÍCULOS 
Estão localizados na bolsa escrotal e suspensos 
pelos funículos espermáticos, com o testículo 
esquerdo geralmente localiza-se em posição abaixo, 
pois apresenta um funículo espermático mais longo que 
o direito. 
É dividido em lóbulos, constituídos por túbulos 
seminíferos contorcidos, que são unidos por túbulos 
contorcidos retos à rede do testículo, localizada no 
mediastino testicular. São responsáveis pela produção 
de espermatozoides e testosterona. 
A superfície interna de cada testículo é coberta por 
uma túnica que tem lâmina visceral e parietal. Essa 
túnica se chama de túnica vaginal. 
A túnica vaginal é um saco peritoneal que 
circunda parcialmente o testículo, suas lâminas são 
separadas por uma pequena quantidade de líquido. 
 
 
 
 
 
• Camadas de dentro para fora: Testículo → túnica 
vaginal visceral → túnica vaginal parietal → fáscia 
espermática interna → fáscia cremastérica → fáscia 
espermática externa → túnica dartus → pele. 
Pois, a veia gonadal esquerda é tributária da veia 
renal, criando dois represamentos. Enquanto a veia 
gonadal direita é tributária direta da veia cava inferior. 
 
IRRIGAÇÃO 
Realizada pelas artérias gonadais, que se originam 
da face anterolateral da parte abdominal da artéria 
aorta. 
 
DRENAGEM VENOSA 
As veias gonadais, que drenam os testículos 
formam inicialmente o plexo venoso pampiniforme, 
uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao 
ducto deferente, e que circundam a artéria gonadal no 
funículo espermático. 
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As veias gonadais são divididas em veia gonadal 
direita, que é tributária da cava inferior e da veia 
gonadal esquerda, que é tributária da veia renal 
esquerda. 
Juntamente com os músculos cremaster e túnica 
dartos, faz parte do sistema termorregular do 
testículo ajudando a mantê-lo em temperatura 
constante. 
 
INERVAÇÃO 
Os nervos autônomos do testículo originam-se 
como plexo nervoso testicular sobre a artéria gonadal, 
contendo fibras parassimpáticas vagais e aferentes 
viscerais e fibras simpáticas do segmento T10-T11 da 
medula espinal. 
 
 PATOLOGIAS 
• Criptorquidia: Não migração de um dos testículos 
para a bolsa escrotal. Ocorre em 3% dos recém-
natos a termo e em 30% dos prematuros. Podendo 
variar os pontos. 
• Hidrocele: Presença de líquido em excesso dentro 
dos folhetos vaginais. Pode estar associado a hérnia 
inguinal indireta. 
• Hematocele: Acúmulo de sangue na túnica vaginal, 
normalmente provocado pela ruptura de vasos. 
• Varicocele: Dilatação do plexo pampiniforme 
ocasionado ou por defeitos nas válvulas das veias 
gonadais ou por problemas renais (rim esquerdo). 
• Torção do funículo espermático: Local mais 
comum é imediatamente acima do polo superior do 
testículo. É uma emergência cirúrgica pois pode 
evoluir com necrose testicular. 
 
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ANATOMIA II 
AULA 6 – SISTEMA ENDÓCRINO E REPRODUTOR 
Ovários 
 INTRODUÇÃO 
As gônadas femininas possuem formato e 
tamanho semelhantes aos de uma amêndoa e são 
responsáveis pela produção dos hormônios sexuais 
femininos. 
• Estrogênio: Desenvolvimento do folículo ovariano; 
características sexuais secundárias como, aumento 
dos seios, crescimento de pelos, deposição de 
gordura, crescimento ósseo e desenvolvimento da 
genitália externa; e estimula o crescimento do 
endométrio. 
• Progesterona: Mantém o corpo lúteo, ajuda na 
implantação do óvulo fertilizado promovendo o 
espessamento do endométrio. 
 
 
 
Antes da primeira ovulação o ovário é liso e rosa, 
durante a menacme (período fértil) ele vai se tornando 
acinzentado e pregueado, devido as cicatrizes que se 
seguem a liberação de óvulos de seus folículos. 
Seu tamanho varia com a idade e com estágio do 
ciclo, mas costuma ser um pouco maior antes e depois 
da gravidez. 
 
 POSIÇÃO ANATÔMICA 
Localiza-se numa depressão denominada fossa 
ovariana, próximos ao útero e inferiores as tubas 
uterinas. 
Na posição anatômica, o ovário apresenta seu 
maior eixo verticalmente, apresenta uma superfície 
medial e uma lateral, extremidades tubária e uterina, e 
bordas mesovárica e livre. 
Numa mulher que nunca deu à luz o ovário vai 
estar na parede lateral da pelve, na altura da espinha 
ilíaca antero-superior. 
Sua posição pode alterar após a gravidez ou pelo 
ligamento útero-ovariano (próprio do ovário). 
 
 
 
 
 
 
 
A relaxina é um hormônio produzido pelo corpo 
lúteo e pela placenta, que promove o relaxamento 
nas articulações pélvicas na hora da gravidez e 
facilita o parto. 
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 LIMITES• Anterior: Artéria umbilical obliterada. 
• Posterior: Ureter e artéria ilíaca interna. 
• Superfície lateral: Contato com o peritônio parietal 
que reveste a fossa ovárica. Separa-se por este 
peritônio do tecido extraperitoneal que cobre os 
vasos e nervos obturatórios. 
• Superfície medial: Encontra-se coberta, na sua 
maior parte, pela tuba uterina. Pode se relacionar 
com alças do ilío. 
• Extremidade tubária: A extremidade tubária está 
relacionada com o infundíbulo da tuba uterina, o 
ligamento suspensor do ovário prende-se a esta 
extremidade. A extremidade uterina ou inferior dá 
inserção ao ligamento útero ovariano. 
 LIGAMENTO 
• Mesovário: Mesentério curto de dupla camada, que 
se estende em direção posterior da camada 
posterior do ligamento largo a borda mesovárica do 
ovário. Suas duas camadas estão presas de cada lado 
da sua borda. 
• Ligamento suspensor do ovário (infundíbulo 
pélvico): Se estende em direção superior sobre os 
vasos ilíacos externos perdendo-se no tecido 
conjuntivo que cobre o psoas maior. Contém os 
vasos ováricos e o plexo ovárico de nervos. 
• Ligamento útero-ovariano: Extremidade uterina do 
ovário até o corpo uterino. Fornece sustentação e 
fixação, é composto por fibras de musculatura lisa.
 
 
 IRRIGAÇÃO 
Artérias ovarianas ou artérias gonadais (ramo da 
artéria aorta) e ramos ováricos das artérias uterinas 
(artéria uterina surgem de ramos da artéria ilíaca 
interna). 
A artéria ovárica passa no ligamento suspensor, 
depois entre as duas lâminas do ligamento largo até 
chegar ao mesovário e o hilo. 
O ramo ovárico da artéria uterina passa 
lateralmente ao ligamento largo até anastomosar-se 
com a ovárica. 
 
 
 DRENAGEM VENOSA E LINFÁTICA 
As veias ovarianas têm início no plexo 
pampiniforme, que se comunica com o plexo uterino. 
Duas veias originam-se deste plexo transformando-se 
em veias únicas após chegarem ao abdome. 
A veia direita drena para a veia cava inferior e a 
veia esquerda drena para a veia renal esquerda. 
Enquanto os ramos da uterina drenam para a veia ilíaca 
interna. 
Os vasos linfáticos projetam-se em direção 
superior, juntamente com os vasos ováricos, drenando 
para os linfonodos lombares ou aórticos. 
 
 INERVAÇÃO 
Realizada pelo plexo ovárico. A maior parte das 
fibras que compõem este plexo são vasomotoras. 
 
 PATOLOGIA 
• Cisto ovariano: Podem ser benignos ou malignos. 
Tumores ovarianos. Como os ovários são 
provenientes dos três folhetos embrionários, 
apresenta grande variedade histológica. O cisto 
folicular relaciona-se com resposta exacerbada aos 
estímulos gonadotróficos.

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